Você está na página 1de 21

See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.

net/publication/333881197

LUDICIDADE EM FOCO: INTERFACES ENTRE AS TEORIAS DE AUSUBEL E


PIAGET APLICADAS AO ENSINO DE CIÊNCIAS

Preprint · June 2019


DOI: 10.13140/RG.2.2.12087.16803

CITATIONS READS

0 285

4 authors:

Gabriel Jerônimo Silva Santos Marcelo Duarte Porto


Universidade Estadual de Goiás Universidade Estadual de Goiás
17 PUBLICATIONS   1 CITATION    57 PUBLICATIONS   28 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Plauto Simão De-Carvalho Sabrina Couto Miranda


Universidade Estadual de Goiás Universidade Estadual de Goiás, Palmeiras de Goiás, Brazil
76 PUBLICATIONS   250 CITATIONS    90 PUBLICATIONS   292 CITATIONS   

SEE PROFILE SEE PROFILE

Some of the authors of this publication are also working on these related projects:

Biomassa & Estoque de Carbono no Cerrado View project

Phylogeny, Biogeography and Botany of Neotropical Myrtaceae: Blepharocalyx salicifolius (Kunth) O. Berg and other species View project

All content following this page was uploaded by Plauto Simão De-Carvalho on 19 June 2019.

The user has requested enhancement of the downloaded file.


LUDICIDADE EM FOCO: INTERFACES ENTRE AS TEORIAS DE
AUSUBEL E PIAGET APLICADAS AO ENSINO DE CIÊNCIAS

Gabriel Jerônimo Silva Santos (1); Marcelo Duarte Porto (2); Plauto Simão De-Carvalho (3);
Sabrina do Couto de Miranda (4)

(Universidade Estadual de Goias-Mestrado Profissional em Ensino de Ciências ludicidadeciencias@gmail.com)


(Universidade Estadual de Goias- Mestrado Profissional em Ensino de Ciências marcelo.porto@ueg.br )
(Universidade Estadual de Goias- Mestrado Profissional em Ensino de Ciências plauto.decarvalho@gmail.com)
(Universidade Estadual de Goiás-Mestrado Profissional em Ensino de Ciências sabrinac.miranda@gmail.com

Eixo 9: Relato de Experiência

Resumo: A utilização do lúdico no ensino de Ciências ganha cada vez mais notoriedade nos
espaços educacionais. A implementação de práticas lúdicas tendem a propiciar uma maior
dinamização dos conteúdos abordados em sala de aula assim, o professor consegue ampliar
seu arcabouço metodológico e resgatar no aluno o interesse pelas aulas. O propósito deste
estudo, foi buscar aportes teóricos por meio da revisão da literatura, possíveis correlações
entre as teorias de Ausubel e Piaget. Tal associação visa ainda demostrar de que maneira o
lúdico pode auxiliar na construção e assimilação de conceitos voltados à novas aquisições
epistêmicas pelos docentes, fator essencial na ressignificação da práxis. Nesse sentido,
buscou-se investigar em que pontos as teorias se convergem. Concomitante a tal investigação
foi realizado um relato pedagógico descritivo de um micurso voltado à formação de
professores durante a semana do ICB na UFG. Haja vista concepções educacionais iminentes
ao propor no decorrer da formação a utilização do Google Classroom para realização das
discussões e atividades envolvendo a temática, foi possível delinear novas perspectivas
metodológicas como tentativa de melhorar as estratégias de ensino bem como auferir a
relevância do uso das tecnologias educacionais na formação continuada de professores.

Palavras-Chave: Lúdico; Sala de Aula; Aprendizagem; Formação de Professores; Estratégias


de Ensino; Tecnologias Educacionais.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
1
Introdução

As novas demandas educacionais exigem da escola um repensar permanente sobre a


organicidade pedagógica desenvolvida nesse espaço. É inegável que a figura docente assuma
um papel relevante uma vez que, os professores imersos em um mar de incertezas, buscam
por estratégias de ensino inovadoras condizentes com a realidade sociocultural vigente.
A necessidade de compreender melhor como acontece a aprendizagem a nível
cognitivo, fez com que a procura por teorias pedagógicas aumentasse de modo expressivo.
Frente a isso, cabe ao professor conhecer os fundamentos que norteiam os mecanismos
cognitivos responsáveis pela aprendizagem, fator importante se analisarmos o cenário
educacional que passa por sucessivas transformações (PERES et al, 2014).
Toda teoria de aprendizagem está atrelada a pressupostos teóricos que ajudam a
perceber e a entender o mundo que nos cerca com seus valores, crenças e particularidades. Ao
analisar os currículos escolares nota-se a presença de correntes filosóficas como por exemplo,
a comportamentalista, a humanista e a cognitivista. Ainda conforme os postulados de Larrosa
(2014), ao propor ações pedagógicas a escola tende a optar por uma corrente filosófica em
detrimento de outra que nortearam a aprendizagem. Todavia, isso não quer dizer que elas
estejam desassociadas visto que, se faz necessário estabelecer um elo entre diversas teorias na
tentativa de ampliar e diversificar as visões pedagógicas adotadas nas instituições escolares.
Quando a escola adquire um novo olhar pedagógico, muda suas concepções
didáticas no caso do Ensino de Ciências, isso é ideal haja vista que a ampllitude metodológica
utilizada durante as aulas facilita a transposição didática e transforma o conhecimento
científico em uma linguagem mais pedagógica. Ao estabelecer relações dialógicas, o
professor medeia indiretamente o processo de aprendizagem. Essa ação docente possibilita ao
educando encontrar mecanismos próprios para que ele se torne um construtor de
conhecimentos e goste ainda mais de aprender Ciências (OLIVEIRA,2015).
A figura do professor enquanto facilitador da aprendizagem, é decisiva para garantir
o sucesso do processo de ensino na tentativa de ofertar um ensino atrativo de maior qualidade.
Angariar novas descobertas, suscitar hipóteses e solucionar problemas de forma crítica é um
dos desafios do trabalho docente na sociedade contemporânea.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
2
Por conseguinte, o referente estudo tem como pretensão desvelar o seguinte
questionamento: De que forma o lúdico em uma vertente conceitual pedagógica pode ampliar
o repertório didático docente com base nas asserções de Ausubel e Piaget? A partir dessa
problemática analisou-se diversos periódicos alusivos ao assunto com o pretesto de esboçar
novos direcionamentos didáticos para que o Ensino de Ciências adquira uma nova abordagem
didático pedagógica no ensino fundamental.

A Formação de Professores de Ciências em um Viés Lúdico

Diante das variações pragmáticas educacionais iminentes, propor capacitações


voltadas para uma construção epistêmica reflexiva e integradora é essencial. Nesse interim,
recorrer a estratégias de cunho lúdico seria uma ótima opção metodológica. O docente
contemporâneo, precisa ampliar seu aparato didático para que consiga elaborar aulas mais
atrativas e interessantes a fim de superar dificuldades metodologicas e ressignificar o processo
de aprendizagem em diferentes contextos educativos (BRITO, 2011).
Embasado em tais pressupostos, torna-se evidente preconizar o emprego de uma
infinidade de métodos de ensino capazes de subsidiar a práxis pedagógica na tentativa de que
os conhecimentos científicos sejam debatidos, discutidos e amplamente melhorados e estejam
associados ao cotidiano experenciado pelos alunos.
Um dos grandes desafios do professor está em construir e reconstruir os caminhos
da emoção, da sensibilidade, da curiosidade e de valores como a paz, a solidariedade
e a coletividade, visando a formação de seres humanos éticos para viverem em uma
sociedade verdadeiramente humana. Para que os objetivos sejam alcançados, é
desejável que o educador selecione estratégias de ensino e apresente concepções
permeadas por valores e crenças condizentes com o papel docente e com a formação
de cidadãos emancipados, produtores de conhecimentos. (BEHERENS, 2013, p.27).

Quando o fazer ciência nos espaços escolares apresenta um teor lúdico bem
delineado, torna-se um instrumento profícuo de aprendizagem. A ludicidade nesse caso,
adquire maior visibilidade enquanto recurso didático com inúmeros benefícios didáticos
quando atrelado à formação docente. Vale aqui destacar os apontamentos de Gil Pérez e
Carvalho (2011 p.28) eles afirmam em seu livro “A formação de professores de Ciências” que
é incumbência do professor questionar as visões de ciência que muitas vezes são abordadas na

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
3
escola de maneira mnemônica, dogmática e acrítica, como pretensão de superar visões
simplistas que abarcam o Ensino de Ciências vinculadas ao senso comum.
Diante disso, merece destacar ainda os postulados de Freire (2016) ele frisa que para
que haja uma educação de qualidade a superação de desafios, a resolução de problemas e a
construção de novos conhecimentos embasado nas experiências prévias, são cruciais para
impulsionar e estimular a aprendizagem em diferentes perspectivas, isso corrobora para a
emancipação do sujeito enquanto ser suscetível à mudanças em diversos setores sociais.
No tocante ao Ensino de Ciências, o professor precisa durante as aulas não deverá ser
um mero reprodutor de informações, mas sim, “mostrar diversos meios para que o aluno
possa designar entre caminhos, o que for mais compatível com sua percepção de mundo, seus
valores, e com as adversidades que irá se deparar ao longo da vida” (OLIVEIRA, 2015).
As atividades lúdicas nessa ótica, possibilitam aos professores a incorporação de
novas ideias, o desenvolvimento sociocultural, a assimilação de novos saberes e a
potencialização da criatividade. Considerados portanto, elementos balizadores na
implementação de novas práticas de ensino onde o aprender a ensinar assume uma nova
configuração pedagógica baseada na troca de experiências adquiridas ao longo da carreira do
magistério. Investir em capacitações permanente “in loco” é primordial para que o docente
troque experiências e reflita sobre sua praxis (SOARES, 2010).
Ensinar Ciências na atualidade não é uma tarefa fácil, exige do docente muito mais
do que o conhecimento da matéria específica requer uma amplitude epistémica capaz de
englobar múltiplos conhecimentos como por exemplo: Científicos, didático metodológicos e
culturais para garantir uma melhor assimilação do conteúdo pelo aluno. Cabe ao professor
encontrar meios de oferecer um ensino mais contextualizado, dinâmico e envolvente. Adotar
diversas estratégias metodológicas favorece a ocorrência de novos arranjos cognitivos que
tendem a facilitar a aquisição de conteúdos de natureza científica. (GIL PÉREZ E
CARVALHO, 2011).

Aproximações entre a Teoria Ausibeliana e a Epistemologia Genética de Piaget

As teorias de aprendizagem são consideradas importantes correntes filosóficas


utilizadas para explicar e melhorar os processos de ensino. Nesse sentido surge a necessidade

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
4
de uma ação pedagógica integradora que explique em pormenores como o conhecimento é
organizado para o enriquecimento da estrutura cognitiva facilitando a construção epistêmica.
Pensadores como Ausubel e Piaget enquadram-se na linha cognitivista uma vez que
suas produções enfatizam a cognição, o modo de como o homem concebe o mundo do qual
faz parte. Essa visão cognitivista é ideal para a promoção de uma aprendizagem quando é
possível atribuir significado ao que é aprendido. As experiências adquiridas possibikitam ao
indivíduo ampliar percepções da realidade vivenciada que inside diretamente no
processamento de informações relevantes para o amadurecimento intelectivo do indivíduo em
constante transformação (LARROSA 2014).
Nessa linha serão elencados nesse relato, alguns pressupostos das teorias de Ausubel
e Piaget ancorados a algumas reflexões descrevendo possíveis congruências entre elas
voltadas para o Ensino de Ciências em especial ao lúdico e suas nuances enquanto estratégia
capaz de melhorar a interação e ressignificar as estratégias de ensino.
Ausubel nesse contexto, defende a importância de se estabelecer relações cognitivas
profícuas capazes de promover uma aprendizagem com aplicabilidade reais no cotidiano, ele
procura desvendar os mecanismos internos que formam a mente humana. A principal meta a
ser alcançada é a de que todas as ideias sejam aprendidas de modo significativo. O foco
principal está baseado na valorização dos conhecimentos prévios denominados de
subsunçores, responsáveis pela assimilação e reordenação de novos conceitos na estrutura
cognitiva (MOREIRA, 2011).
Vale ainda mencionar que para que a aprendizagem se torne significante de fato é
necessário que haja disposição para aprender associada a uma experiência motivacional
pessoal ontogênica. A combinação desses fatores materializa-se em uma reconciliação
integrativa de conceitos e ideias (AUSUBEL, 2003). Piaget ao contrário, enfatizava a
aprendizagem por descoberta como a ideal valorizando os esforços individuais.
Ausubel não só propõe o inverso para a dinâmica da sala de aula, como alerta para o
fato de que sem um planejamento coerente, ela pode se tornar mecânica e sem nenhum
sentido aparente. Daí a necessidade de estabelecer correlações coesas e objetivas na formação
de novos arranjos cognitivos. Lançar mão de mentefatos integrativos com propósitos bem
definidos, traria inúmeras benfeitorias à pratica pedagógica e por conseguinte ao aprendizado.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
5
Jean Piaget em uma outra vertente analítica, recorre a subterfúgios biológicos e
adaptativos para explicar o processo de construção do conhecimento. Em sua teoria ele frisa
que o conhecimento ocorre por meio de um processo interativo entre sujeito e meio uma vez
que o desenvolvimento é permanente e atinge uma maturação lógico científica. “Quando em
equilíbrio com o meio está em adaptação porém, diante de situações inusitadas pode ocorrer o
desiquilíbrio fato essencial para o aprimoramento cognitivo recorrendo a assimilação. A
inteligência aparece aqui como uma estruturação que imprime determinadas formas aos
intercâmbios entre o sujeito ou sujeitos e os objetos circundantes, próximos ou mais
afastados” (PIAGET, 2013).
O referido autor ainda ressalta que é durante a assimilação que o indivíduo se
apodera de ideia e costumes que subsidiaram a construção e|ou modificação de esquemas em
função do objeto em analise atingindo a acomodação. Tais processos epistêmicos, acontecem
simultaneamente, isso favorece o enfrentamento de conflitos tendo em vista a retomada da
equilibração. Piaget descreve ainda que a passagem por estágios desenvolvimentais são
benéficos pois, o indivíduo adquire habilidades necessárias para formar sua identidade e
assegurar a maturação lógica. O desenvolvimento dessas habilidades melhora a percepção da
realidade diante do bombardeio de informações existentes.
É expressiva a contribuição dessas duas teorias no âmbito educacional. De fato, esses
pensadores trouxeram informações valiosas sobre como ocorre o processo de aprendizagem
Ausubel focou seus estudos em processos de assimilação epistêmica amplamente discutidos
nas obras de Piaget que aborda o desenvolvimento humano subsidiado por questões
biológicas e genéticas com enfoque maior nos aspectos funcionais (MOREIRA, 2011).
Os dois comungam dos mesmos postulados ao abordar conceitos de assimilação
importantes para a maturação intelectiva do indivíduo. Nesse caso a imagem mediadora do
professor é bastante enaltecida mas a participação ativa do discente no processo ganha
notoriedade com a aprendizagem significativa de Ausubel (PONTES NETO, 2006).
Apesar dessa aproximação percebe-se que ambos defendem posicionamentos
distintos no que tange o desenvolvimento cognitivo e que Ausubel detalha com maior
precisão o processo de assimilação e sua progressão evolutiva frente aos desafios impostos. O
professor ao ampliar sua bagagem epistêmica, reflitirá mais sobre sua práxis e conseguirá
fazer as intervenções pedagógicas com maior precisão em sala de aula (D’AVILA,2010).

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
6
CONVERGÊNCIAS ENTRE AS TEORIAS DE APRENDIZAGEM
Autor Jean Piaget David Ausubel Intersecções
Viáveis
Escopo teórico Construção do Valorização de
Conhecimento conhecimentos prévios
Eixos Estruturantes Formação de Esquemas Foco nos
cognitivos de forma conhecimentos prévios Processos
gradativa e por e nos mecanismos de relativos a
influências biológicas apreensão de conceitos assimilação
de conceitos
Relação Sujeito- Adaptação ao meio Construção de Pontes em diversas
Mundo Cognitivas vertentes

Atribuição docente “Desiquibrar” esquemas A aprendizagem deve Cognitivas

mentais com base nas apresentar um


experiências adquiridas potencial significativo
que possibilite o aluno
construir sua
aprendizagem
O lúdico
Concepção Lúdica Foca na utilização de Brincadeiras e jogos
assume novas
Jogos e Brincadeiras são empregadas
vertentes
interativas para facilitar a embasados nos
pedagógicas
aprendizagem e ampliar conhecimentos prévios
conforme
conceitos. e recém adquiridos
conteúdo
“Aprendizagem
abordado
Significante”

Perfil do Aluno Participante ativo na superação de conflitos


epistêmicos necessários na (re) construção do
conhecimento
Fonte Exclusiva (2019)

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
7
O Uso das TIC’S e suas Aplicabilidades: Inovações na Formação Continuada

Na atualidade o oficio docente enfrenta grandes dilemas perante a um cenário atípico


de incertezas e mudanças repentinas.Tal fato que exige do professor um maior preparo para
ensinar com eficácia. Nesse cenario de intensas turbulências as ferramentas cibereducacionais
ganham forte expressividade no campo educacional e a aprendizagem adquire novas
perspetivas. O docente do século XXI precisa utilizar de diferentes artefatos metodológicos
para dinamizar sua prática. As TIC’s em boa medida, podem se tornar uma grande aliada da
tarefa docente e favorecer a construção do conhecimento se utilizadas com fins pedagógicos
(BANNELL et al, 2016).

Em relação a formação de professores percebe-se carências tanto teóricas quanto


práticas de conhecimentos tecnológicos. È preciso reestruturar todo o sistema de ensino e
oferecer condições para que os docentes desenvolvam habilidades necessárias a apropriação
de mecanismos eficazes para inserir a tecnologia ao fazer pedagógico. Não basta o professor
ter competências, como saber navegar na internet ou dominar habilidades no manuseio de
algum aplicativo, estes devem possuir competências pedagógicas para que possam fazer uma
leitura crítica das informações que se apresentam desorganizadas ou desconexas
(COUTINHO e LISBOA, 2011).

O papel do educador sofreu inúmeras adaptações nas últimas décadas, pois cada vez
mais se torna iminente funções pedagógicas de naturereza interativa. Ainda segundo Silva
(2017), essa adaptação se faz necessária ao depararmos no cotidiano escolar com situações
que demandam o uso de diversas ferramentas tecnológicas, que influenciam até mesmo na
nossa maneira de pensar e de nos relacionar com as pessoas, com os objetos e com o mundo
ao redor, principalmente no meio social.

Diante desse pressuposto é imprencidivel que cursos voltados para a formação docente
sejam organizados de modo a potencilizar o contato dos professores com essas ferramentas
para que adquiram novas competências didáticas que poderão ser adaptadas ao contexto
educacional onde ele atua e ressignificar práticas educativas.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
8
Metodologia

Conforme reforça Gil (2010, p.21), “a realização de uma pesquisa requer a descrição
dos procedimentos que serão seguidos, abrangendo o tipo de pesquisa, o método escolhido,
coleta de dados, abordagem, técnicas e recursos metodológicos”. Frente a tal preceito, foi
proposta uma revisão da literatura a respeito das Teorias de Aprendizagem desenvolvidas por
Ausubel e Piaget em artigos, livros e periódicos diversos que abordam a temática. Isso é
primordial uma vez que a pesquisa é considerada um processo permanentemente inacabado e
emerge de aproximações sucessivas da realidade, fornecendo subsídios para uma intervenção
na realidade vivenciada de modo a transformá-la. A posteori foi realizado um relato descritivo
das atividades desenvolvidas em um Micurso intitulado “A Ludicidade em Ciências: Novos
enfoques metodológicos e suas implicações no fazer pedagógico docente” durante a semana
do ICB na Universidade Federal de Goiás- UFG em Setembro de 2018 com base nas
discussões realizadas e nos apontamentos delineados pelos cursistas mediante as atividades e
discussões propostas via Google Sala de Aula.

Google Classroom- A Ludicidade em Ciências XXIX ICB

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
9
Pensando em propostas desafiadoras utilizamos o Google Classrrom no decorrer da
formação mencionada no anseio de demonstrar aos professores possibilidades de tornar o
aprendizado atrativo e dinâmico. É evidente que tal ferramenta possibilita uma maior
interatividade entre as pessoas envolvidas. O uso de novas propstas pedagógicas além de
propiciar ao professor infinitas possibilidades didáticas de adaptar o conteúdo proposto um
dos desafios para que o ofício docente traga em si um caráter dinâmico e inovador tão
necessário à praxis educativa no século XXI
Em tese, o estudo foi fundamentado adotando o caráter quali qualitativo que
analisa aspectos subjetivos dos indivíduos com base na análise de dados descritivos e
estatísticos coletados a partir do preenchimento de um Questionário Investigativo
disponibilizado no “Google Classrroom” aos cursistas ao término da capacitação. Nesse
sentido, recorreu-se também a uma pesquisa bibliográfica em diversos artigos que versem
sobre as teorias de aprendizagem, essa tipologia investigativa “oferece meios adequados para
definir, resolver não somente problemas já conhecidos, como também explorar novas áreas
onde os problemas não se cristalizaram suficientemente”. LAKATOS E MARCONI (2010, p.
66). Fator considerado ideal para sinalizar novos direcionamentos relativos a temática
explorada, essenciais no processo de formação continuada docente tão em evidencia na
contemporaneidade.

Resultados e Discussões
Os resultados alcançados serão analisados considerando as percepções do formador e
dos cursistas a respeito da temática abordada a partir das considerações registradas no Google
Classroom. Ao tentar correlacionar ludicidade, a formação e aprendizagem foram utilizadas
diversas teorizações na tentativa de perfazer uma linha lúdico integrativa (DINELLO, 2007).

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
10
LUDICIDADE EM UM VIÉS FORMATIVO

FERRAMENTA AINDA POUCO EXPLORADA NA


FORMAÇÃO DOCENTE

AINDA PREVALECE ENTRE OS PROFESSORES


CONCEPÇÕES DE QUE “LÚDICO É APENAS
BRINCAR E OU JOGAR

É PRECISO AMPLIAR DISCUSSÕES A RESPEITO DO


LÚDICO E SUAS INFINITAS APLICAÇÕES COM A
FINALIDADE DE MELHORAR PRÁTICAS
PEDAGÓGICAS
Fonte Própria (2019)

Ancorado na análise do questionário investigativo disponibilizado via Google


Classroom percebe-se nas narrativas coletadas que o lúdico na concepção de boa parte dos
cursistas contem uma abordagem pedagógica ainda simplista indícios inexpressivos de um
teor didático voltado para contextualização e aplicabilidade de diferentes metodologias de
ensino nos espaços escolares.

“Diversificar as metodologias de ensino garante que a aula não seja mecânica,


várias metodologias levam o aluno a engajar-se com o tema da aula; desta forma, é
muito importante que o professor analise as metodologias que melhor se aplicam ao
contexto de cada sala de aula.” (Cursista A)

“Ao diversificar as metodologias em sala de aula, é possível atingir um maior


número de alunos e promover a integração da turma naquele assunto que está
sendo discutido, fazendo com que cada aluno entenda da sua forma o que está
sendo proposto sem deixar a aula cair no básico e tradicional.” (Cursista B)

“Eu acho importante pois quando você modifica os métodos de ensino consegue
alcançar alunos muitas vezes desmotivados ou com algum tipo de deficiência. O
aluno gosta de coisas diferentes e nesta época da vida estão sempre buscando
informações, época em que eles conseguem ser mais curiosos, e adaptar mais fácil a
diferentes métodos de ensino. Algo que lhes chame a atenção para mim é muito
importante para despertar o interesse deles.” (Cursista C)

“Como os indivíduos possuem características e contextos histórico culturais


diferentes, suas formas de aprendizagem podem ser distintas. Cada aluno absorve e
assimila o conteúdo de uma maneira, sendo assim importante o professor utilizar
diferentes metodologias dentro e fora de sala de aula.” (Cursista D)

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
11
“Nós professores, temos que ser versáteis! Usar as diversas metodologias
disponíveis porque, geralmente, nos deparamos com uma turma heterogênea. E aí
está o nosso desafio, contribuir de maneira particular para cada um.” (Cursistas E)

Conforme sinalizado acima, observa-se que para o desenvolvimento de propostas


lúdicas é essencial potencializar a implementação de práticas pedagógicas que vão de
encontro a uma formação condizente com as exigências contemporâneas de modo a garantir o
bom êxito das atividades no âmbito escolar.
Ao entender a educação como um processo historicamente produzido e o papel do
educador como agente desse processo, que não se limita a informar, mas ajudar as
pessoas a encontrarem sua própria identidade de forma a contribuir positivamente na
sociedade e que a ludicidade tem sido enfocada como uma alternativa para a
formação humana, pensamos que os cursos de formação deverão se adaptar a essa
nova realidade. Uma das formas de repensar os cursos formativos é introduzir na
base de sua estrutura curricular um novo pilar: a formação lúdica. (SEVERINO,
1991 p.26).

Os cursos de formação continuada são sempre acompanhados da expectativa, de


sugestões para serem aplicadas em sala de aula, de modelos, roteiros ou atividades que
possam ser aplicadas com alunos do Ensino Fundamental tendo em vista melhorias na
aprendizagem tanto em questões conceituais quanto metodológicas. De modo gradativo o
professor precisa adquirir uma postura mais autônoma e crítica ao selecionar os conteúdos e
superar desafios na árdua tarefa de ensinar (CARVALHO, 2003).
Logo, promover capacitações que atendam as exigências contemporâneas de modo a
possibilitar uma maior integração do lúdico ao processo formativo desses profissionais é
relevante. Ao assumir uma posição de destaque dentro do universo lúdico enquanto
mediadores do conhecimento os professores percebem lacunas na aprendizagem. Esse
exercício se feito com frequência tende a potencializar a a criatividade (D’AVILA, 2010).
Estudos Piagetianos salientam a importância dessa mediação docente para o
desenvolvimento da aprendizagem “Segundo Piaget, o conhecimento não pode ser concebido
como algo predeterminado desde o nascimento (inatismo), nem como resultado do simples
registro de percepções e informações (empirismo): o conhecimento resulta das ações e
interações do sujeito no ambiente em que vive. Todo conhecimento é uma construção
elaborada de forma progressiva desde a infância, por meio de interações do sujeito com os
objetos que procura conhecer, sejam eles do mundo físico ou do mundo cultural. O

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
12
conhecimento resulta de uma inter-relação do sujeito que conhece com objeto a ser
conhecido. (MOREIRA, 2011, p.75).
Diante dessa premissa, é essencial que a escola e sua equipe promova momentos
coletivos de formação para que os professores através da trocas de experiências percebam a
necessidade de inovarem suas metodologias na prtensão de que práticas educativas sejam
reformuladas e atendam as reais necessidades dos educandos.
Merece ainda reforçar que a ludicidade adquire forte expressividade no contexto
escolar como instrumento, metodologia e ferramenta facilitadora da aprendizagem. Ela
desempenha um importante papel na construção da individualidade e das relações
interpessoais quando incorporada e contextualizada nas diversas disciplinas (KISHIMOTO,
2009). Diante dessa perspectiva metodológica inovadora vale destacar os seguintes relatos:

“As metodologias que eu considero mais interessantes para incentivar o


aprendizado em ciências são as práticas de campo e a reflexão e debate sobre os
temas abordados, pois leva os alunos a olharem a matéria de maneira mais real e
não apenas tomar aquilo que é dito em sala de aula como verdade absoluta. O uso
de vídeos, filmes e até mesmo livros literários pode se aliar ao ensino propondo
abordagens diferentes para o tema de forma lúdica” (Cursista A)

“Confesso que ainda não 100% inovador. Entretanto, tenho me esforçado a tornar o
processo ensino-aprendizagem mais simplificado de modo que os alunos consigam
absorver as informações. E participar deste minicurso é um exemplo deste esforço.
Compartilhar experiências é uma forma de aprendizagem para mim. Como
mencionei ontem, minha experiência é no ensino superior. E nas minhas disciplinas,
tento trazer casos clínicos, uso de aplicativos de celular, até mesmo laboratórios
virtuais.” (Cursista B)

“Gosto muito de trabalhar com a contextualização e interdisciplinaridade, de


maneira que eu possa transmitir aos alunos métodos de integrar o conhecimento
teórico aí seu dia a dia. Essas metodologias diferenciadas variam muito de acordo
com o conteúdo que está sendo abordado. Eu particularmente, acho um absurdo a
carga de botânica do ensino médio para o professor nem levar uma folha de árvore
pra sala de aula. Assim que o aluno vê uma correlação entre a escola e o mundo
que o cerca com certeza ele se torna mais interessado. Nesse sentido, eu pretendo
ser inovador ao propor o máximo de interdisciplinaridade possível com uma
metodologia mais ativa, visando valorizar a maneira que o aprende e incentivar
uma postura autodidata.” (Cursista C)

“Busco sempre aulas dinâmicas e interativas. Utilizo mídias sociais, como música e
vídeos. Organizo socializações em grupos, jogos e desafios. Proponho atividades
que os auxiliem a desenvolver suas habilidades e a superar medos como a
insegurança. Realizo trabalhos que envolvam criatividade e reflexões. O foco é
inserir o conteúdo de forma chamativa e abrir margem para assuntos cotidianos,
valorizando o aluno como indivíduo e incentivando o pensamento crítico.” (Cursista
D)

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
13
“Eu gosto de promover atividades diferentes em sala de aula, como saídas de
campo para observação, podendo ser dentro do espaço da escola mesmo, vídeos
também são muito importantes para poder debater sobre o assunto, algo que eu
acho importante e podemos usar como metodologia é discutir previamente com o
aluno sobre o tema, e se de alguma forma aquilo já esteve ou ainda está envolvido
em sua vida.” (Cursista E)

O emprego da ludicidade enquanto ferramenta de ensino deve ser amplamente


difundida nas escolas como um valioso recurso que atrai melhorias para o ensino. Essa
amálgama metodológica pode ser amplamente discutida embasada nos preceitos da
aprendizagem significativa “caracterizada pela interação entre o novo conhecimento e o
conhecimento prévio. O novo conhecimento, adquire significados para o aprendiz, e o
conhecimento prévio fica mais rico, mais diferenciado, mais elaborado em termos de
significados, e adquire mais estabilidade” (MOREIRA, 2011).
Nesse caso, cabe a equipe pedagógica criar meios propícios à incorporação do lúdico
enquanto técnica, método e recurso de ensino no intuito de reinventar práticas pedagógicas e
promover melhorias ao ensino difundido nas redes escolares. Nesse contexto formativo, foi
solicitado aos cursistas durante o curso que destacassem os pontos mais importantes
abordados com enfoque na proposta pedagógica desenvolvida. As narrativas expressam bem a
impotância do professor adotar diferentes metodologias na tentativa de vislumbrar novas
formas de ensinar na contemporaneidade.

A- O curso ampliou minha visão de metodologias diferenciadas. Oferecendo base


teórica pra se desenvolver atividades lúdicas em sala de aula promovendo uma
melhor contextualização

B- Proporcionou um leque muito abrangente de metodologias para a sala de aula e


melhorar o fazer pedagógico, principalmente por eu ainda estar no início da
graduação, pode mudar a visão que eu tinha do curso e certamente vai mudar o
rumo da minha formação profissional.

C-A necessidade de novas metodológicas no ambiente educacional

D-A forma como o professor nos fez pensar em vários aspectos sobre o lecionar, a
busca do professor sempre em trazer debates sobre os assuntos que são abordados
ao longo do ano nas diversas séries da educação básica

E-A orientação das práticas didáticas me auxiliou bastante na ampliação das


ferramentas do ensino-aprendizagem. O professor está de parabéns! Muito bem
preparado e deixa margem para o discente ficar curioso e interessado em buscar
conhecer mais sobre a temática.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
14
Percebe-se que a utilização de metodologias diferenciadas são profícuas se
empregadas com uma intencionalidade didática. Quando um novo material é incorporado ao
tema proposto é preciso considerar o conteúdo do material em si, a forma como o professor o
explora e o modo como o aluno o incorpora (MOREIRA e MASINI, 2011). Isso contribui
muito para o crescimento e amadurecimento profissional do educador perante os desafios da
atividade docente que carece de inovações metodológicas em todas as áreas do saber.
Piaget também traz contribuições relevantes voltadas para o ensino ao tentar explicar a
importância da ação do sujeito mediante o meio e como essa ação é indispensável na
construção de conhecimentos, ou seja, o estudante precisa participar ativamente do processo
de aprender. Ele considera o aprendizado um processo ativo em que as estruturas cognitivas
resultam da interação dinâmica entre o organismo e o ambiente através de processos
cognitivos distintos.
Dessa forma, o educando passa a construir coisas novas ao invés de repetir ou
reproduzir algo que lhes foi transmitido, enaltecendo o papel do docente enquanto facilitador
no processo de ensino aprendizagem. A interação social aqui mencionada é fator importante
para provocar discussões e dúvidas que ajudem a resolver problemas e esclarecer questões
emergentes do cotidiano (KRASILCHICK, 2011).
No que diz respeito a logística didático pedagógica utilizada pelo formador no
decorrer do minicurso foi solicitado aos cursistas realizarem uma avaliação geral na qual foi
utilizada escalas conceituais variáveis entre 1 (Muito insatisfeito) e 5 (Muito satisfeito) o que
resultou na seguinte representação gráfica:

Gráfico de respostas gerado do Formulário Google (2019)

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
15
A respectiva análise gráfica, pressupõe que propostas didáticas ao integrarem
ludicidade e ensino de Ciências são estratégias frondosas de aprendizado, uma vez que,
propicia uma ressignificação pedagógica de grande amplitude. Mas do que uma ferramenta de
ensino, o lúdico é uma necessidade humana que pode e deve ser contemplada em qualquer
época ou idade no intuito de facilitar o processo de maturação de arranjos cognitivos.
Além disso sua inserção pode trazer inúmeros benefícios em aspectos educacionais e
afetivos colaborando para o desenvolvimento biopsicossocial humano. A ludicidade adquire
um sentido integrador e pode ser utilizada como promotora de novas situaçoes de
aprendizagem nas práticas escolares, possibilitando a aproximação dos alunos com o
conhecimento (SOARES et al, 2014). É vital estados e municípios instituírem politicas
formativas que visem um investimento maciço em capacitações pedagógicas para que os
profissionais desempenhem melhor seu oficio laboral preocupados em fazer um ensino
diferenciado de qualidade incluindo na medida do possível maior dinamismo às aulas.

Considerações Finais

A utilização de práticas envolvendo o lúdico nas aulas de Ciências são ferramentas


didáticas de suma importância para assegurar a melhoria do ensino desenvolvido em sala de
aula. Quando o docente implementa novas estratégias metodológicas ele troca experiências,
aumenta o repertório didático e estabelece interações coletivas com o propósito de enaltecer a
capacidade critico reflexiva. Nesse sentido são adicionados a sua práxis novos ingredientes
formativos para que de modo gradual o professor adquira uma postura mais atuante frente aos
desafios da atualidade e encontre novas formas didáticas de transpor os conteúdos científicos
com eficácia e de modo eficiente.
Em relação a ludicidade em Ciências novos encaminhamentos metodológicos podem
materializar-se em novas práticas pedagógicas, capazes de transformar o desenvolvimento de
uma aprendizagem que priorize por uma educação científica de qualidade no qual o educando
seja autor da sua própria história, enquanto sujeito criativo e dotado de habilidades atue de
forma mais pragmática na construção e interiorização de conceitos diversos.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
16
O uso de ferramentas interativas em capacitações pedagógicas é sem dúvida
primordial e condizente com as exigências educativas do século XXI. O contato com
ambientes virtuais de aprendizagem de forma mediada torna a temática abordada mais
interessante e atrativa. Os cursistas nesse caso compartilham seus anseios, dificuldades,
trazem sugestões e trocam experiências além do que possibilita a reconstrução coletiva de
saberes fator relevante para o aperfeiçoamento do profissional da educação.
Além do mais, a construção do referido relato de experiência, proporcionou uma
maior assimilação de conceitos alusivos as teorias de aprendizagem considerando as
diferentes nuances que abarcam os aportes teóricos de Piaget e Ausubel com enfoque na
aplicabilidade do lúdico ao ensino de Ciências no ensino fundamental frente ao uso de
diversas metodologias que perpassam a ideia do usual jogar ou brincar ainda difundida entre
os professores que atuam na educação básica.
Propor atividades lúdicas que potencializem uma maior interação entre professor e
aluno, a construção de novas hipóteses e conceitos com seleção de conteúdos atrativos que
assegurem uma mediação eficaz na tentativa de promover uma ação didática facilitadora é
função do docente que pretende ensinar de modo a ocasionar mudanças significativas.
É inquestionável a relação existente entre o lúdico e os mecanismos facilitadores de
aprendizagem nos ambientes escolares. A ludicidade e a aprendizagem não devem estar
desassociadas e tentar cumprir sua finalidade didática que auxilia o docente a reconstruir sua
práxis e vislumbrar novos prismas para o Ensino de Ciências.
Oferecer subsídios teóricos alusivos à temática explorada, talvez possibilite aos
educadores uma maior oportunidade de se apropriar e discutir os processos que tange a
aprendizagem tendo como produto final diversas estratégias desenvolvidas em Ciências a fim
de ponderar as diferenças e perspectivas dentre as teorias abordadas para assegurar sua
aplicabilidade nos espaços escolares em diferentes localidades.
A partir da análise dos periódicos utilizados no referente estudo ficou evidenciado
carência de referências atualizadas bem como um número limitado de estudos mais recentes
voltados para formação de professores envolvendo as teorias de aprendizagem. Espera-se que
o respectivo relato seja um instrumento que sucite novas discussões no meio acadêmico e
resulte em novos estudos sobre a temática abordada. Promover momentos formativos
alicerçado na construção coletiva de saberes e no exercício do pensamento crítico é

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
17
impreterível na arte de ensinar frente as exigências pedagógicas contemporâneas de modo a
atender aos interesses e necessidades iminentes, em uma dimensão sociopedagógica com
tendências intelectuais emancipatórias.

Referèncias

AUSUBEL, D. P. Aquisição e Retenção de Conhecimentos: Uma Perspectiva Cognitiva.


Lisboa: Plátano Edições Técnicas, 2003.

BANNEL, R. I. et al. Educação no século XXI: cognição, tecnologias e aprendizagens.


Petrópolis: Vozes, 2017.

BEHERENS, M. Paradigma emergente e a prática pedagógica. Petrópolis, RJ: Vozes,


2013.

BRITO, G. S; PURIFICAÇÃO, I. Educação e novas tecnologias: um repensar. 3ª.ed.


Curitiba: Editora IBPEX Dialógica, 2011.

COUTINHO, C. P.; LISBÔA, E. S. Sociedade da Informação, do conhecimento e da


aprendizagem: desafios para educação no século XXI. Revista Educação. Vol. XVIII, n.1,
2011.

D’AVILA, C. M. Eclipse do Lúdico. Revista da FAEEBA – Educação e


Contemporaneidade. Salvador, v. 19, n. 25, jan./jun., 2010.

DINELLO, R. Expressão Ludocriativa. Tradução Luciana Faleiros C. Salomão. Ed. Rev.


Uberaba Universidade de Uberaba, 2007.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 57ªed. São


Paulo: Paz e Terra 2016.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
18
GIL, A. C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 9ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

GIL-PÉREZ, D.; CARVALHO, A. M. P. Formação de professores de ciências: tendências


e inovações. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2011. (Coleção Questões da Nossa Época).

KISHIMOTO, T. M. Educação Infantil no Brasil e no Japão: acelerar o ensino ou


preservar o brincar? Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. Brasília, v. 90, n. 225, p.
449-467, maio/ago. 2009.

KRASILCHICK, M. Prática de Ensino de Biologia 4ªed. São Paulo: USP 2011.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. de A. Metodologia do trabalho científico. 4ª. ed. São


Paulo, Atlas S. A, 2010 p.214.

LARROSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2014

MOREIRA, M. A. Aprendizagem significativa: um conceito subjacente. Aprendizagem


Significativa em Revista, v.1(3), p. 25-46, 2011.

MOREIRA, M.A.; Masini, E.A.F.S. Aprendizagem significativa: a teoria de David


Ausubel. 4ª ed. São Paulo: Centauro Editora, 2011.

OLIVEIRA, D.L. de. Ciências nas salas de aula. 3ªed. Porto Alegre: Mediação, 2015.

PERES, C. M. et al. Abordagens Pedagógicas e Suas Relações Com as Teorias de


Aprendizagem In: Simpósio Tópicos fundamentais para a formação e o desenvolvimento
docente para professores dos cursos da área da saúde Medicina Ribeirão Preto, 2014.

PIAGET, J. A Psicologia da Inteligência. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
19
PONTES NETO, J. A. da S. Teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel:
perguntas e respostas. In: Dossiê do I Encontro Nacional de Aprendizagem Significativa.
Série Estudos, Periódico do Mestrado em Educação da UCDB, Campo Grande-MS nº 21,
p.117-130, jan./jun. 2006.

SEVERINO, A.J. A escola de 1º grau: Organização e funcionamento. Didática e a escola


de primeiro grau. SP: FDE, 1991.

SILVA, M. Sala de aula interativa: educação, comunicação, mídia clássica. São Paulo, SP:
Edições Loyola, 2017.

SOARES, M. C. et al. O ensino de ciências por meio da ludicidade: Alternativas pedagógicas


para uma prática interdisciplinar. Revista Ciências & Ideias VOL. 5, N.1. JAN/ABR -2014.

Contatos: cecifop@gmail.com Trabalho Completo II CECIFOP - 2019


gepeec@gmail.com ISSN: 2526-7485
(V. 2 -2019)
20

View publication stats

Você também pode gostar