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AUTORIA
Lucimari de Campos Monteiro
Bem vindo(a)!
Na unidade III vamos conhecer a teoria da informação e dos atos de fala. Também
veremos sobre as máximas conversacionais e os conceitos básicos da análise do
discurso, inclusive aplicada em textos.
Aproveito para reforçar o convite a você, para junto conosco percorrer esta jornada
de conhecimento e multiplicar os conhecimentos sobre tantos assuntos abordados
em nosso material. Esperamos contribuir para seu crescimento pessoal e
pro ssional.
Unidade 1 Unidade 2
Análise da fala e da conversação Argumentação
Unidade 3 Unidade 4
Teoria da informação Sujeito e discurso
Análise da fala e da
conversação
AUTORIA
Lucimari de Campos Monteiro
Sumário
Introdução
3 - A aquisição da linguagem
4 - A linguística
Considerações Finais
Introdução
Prezado(a) aluno (a), nesta unidade vamos conhecer a análise da fala e da
conversação, conceitos fundamentais para a análise da conversação e a estratégia de
organização do diálogo.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e venha a contribuir ainda
mais para os estudos da língua.
Bons estudos!
Plano de Estudo:
1. Conceitos fundamentais para a análise da conversação
2. Estratégias de organização do diálogo
3. A aquisição da linguagem
4. Linguística e filologia
5. Linguística pragmática
6. Linguística e lexicografia
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer os conceitos e características da conversação
2. Compreender as estratégias da organização da linguagem
3. Entender como se dá o processo de estudo da linguística pragmática, a filologia
e a lexicografia
Conceitos para a análise da
conversação
A primeira questão que surge quando anunciamos a apresentação de conceitos
fundamentais para a Análise da Conversação é se haveria realmente a necessidade de
conceitos específicos para o estudo dessa modalidade de uso da língua.
O texto falado deixa transparecer o processo de sua construção, como explica Koch
(2006, p. 45):
Os turnos da fala
Uma das maneiras de entender como a conversação é organizada é observar a
alternância entre os participantes. Para isso, a análise da conversação incorporou e
adaptou o conceito de turno que reflita em uma situação que o indivíduo tenha um
tempo para desempenhar determinada tarefa. Os turnos aplicam um método
presente em todas as culturas: cada um fala de cada vez. O turno de fala é, portanto,
aquilo que cada pessoa diz enquanto está com a palavra, havendo mesmo a
possibilidade da pessoa ficar em silêncio em alguns dos turnos.
Favero (1995, p. 39) afirma que o conceito de tópico conversacional é nuclear para
compreensão de como os participantes de um evento interativo organizam,
gerenciam suas intervenções no diálogo.
Mas pode haver entre esses tópicos uma relação de descontinuidade. Pode acontecer,
por exemplo, que um tópico seja anunciado na conversação, mas interrompido por
alguma razão. Esse tópico pode retornar depois ou não. Pode acontecer uma
interrupção pelo surgimento de outro tópico e mais tarde os participantes retomem o
tópico inicial. Imagine o seguinte: vocês comecem falando do aniversário de W, mas
alguém interrompe para falar do namoro de F. com M. Depois mais tarde, vocês
voltem falar sobre este tópico do aniversário.
Pares adjacentes
A produção do primeiro elemento por um interlocutor propicia a produção do
segundo elemento por outro interlocutor, como uma regra social de conversação.
Por fim, a análise dos turnos e dos tópicos coloca em evidência o caráter de
construção colaborativa típico da conversação. Os pares adjacentes revelam a
importância das normas sociais que regem a participação dos falantes na
conversação. A hesitação nos dá indícios importantes sobre o processamento da
conversação, sobre a simultaneidade entre o planejamento e a produção da fala.
Estratégias de organização do
diálogo
O diálogo também é composto por etapas: planejamento, execução e revisão.
Na oralidade, o planejamento apresenta uma vaga ideia do que o orador quer dizer.
Já a execução se dá praticamente simultaneamente ao planejamento. Existe uma
revisão também. Esta também pode ser feita após a execução de forma simultânea. O
falante pode indicar que a palavra que foi dita na verdade quis dizer (e pronuncia na
sequência a palavra que quer substituir).
Marcadores conversacionais
O que acontece na oralidade é que as marcas do planejamento, execução e revisão
não são apagadas como na escrita. Assim, ficam evidências que o orador foi
refazendo seu planejamento à medida que foi reconstruindo sua fala.
Estratégias de reformulação
A oralidade dispõe também de marcas de revisão, ou seja, o falante no momento que
ele percebe que disse algo mas queria dizer outra coisa e poderia haver um correção,
pode usar as estratégias de reformulação.
A paráfrase e a correção
Entre essas estratégias estão a paráfrase e a correção. Paráfrase é uma procedimento
de reformulação textual que toma uma afirmação apresentada anteriormente e a
reelabora com outras palavras, mas tem o mesmo significado, reiteração.
Marcadores Conversacionais
Desempenham um papel análogo ao da pontuação e da organização dos parágrafos
na escrita. É uma função de delimitação de fala nas unidades, ou seja, indica o início
da fala de alguém ou o final. Os marcadores também ajudam a gerenciar a
participação dos interlocutores.
Esse papel dos marcadores tem a ver com o gerenciamento dos turnos de fala. O
falante vai usar os marcadores para indicar em que momento o seu interlocutor deve
assumir o turno de fala.
A linha mais atual de estudos sobre como a criança adquire sua língua é a Teoria da
Otimidade. Desenvolvida por Prince e Smolensky (1993), linguistas norte-americanos,
essa teoria busca explicar a gramática das línguas naturais por meio do
ranqueamento de restrições universais. Ancorada na tradição gerativa, embora alie a
noção conexionista de análise em paralelo, a Teoria da Otimidade propõe uma noção
de Gramática Universal que contém não mais princípios universais, mas restrições
que são violáveis. Assim, candidatos a output efetivos de uma língua são avaliados por
meio dessas restrições e escolhidos em função de serem mais harmônicos que
outros, já que também os outputs considerados “ótimos” podem violar restrições.
Essas restrições podem exigir fidelidade entre forma de input e de output ou proibir
estruturas marcadas nas línguas do mundo. As gramáticas das línguas diferem entre
si devido ao ranqueamento dessas restrições universais. Sob essa perspectiva, adquirir
uma língua significa adquirir o correto ranqueamento de restrições para a língua em
questão. Para isso, a teoria dispõe de algumas propostas de algoritmo, o qual prevê as
restrições que serão demovidas, promovidas, que dividirão estratos nas gramáticas
que a criança constrói até chegar à gramática-alvo.
Teoria da Argumentação
A Teoria da Argumentação da Língua proposta por Oswald Ducrot tem como seus
alicerces a teoria de Saussure e a teoria de Benveniste. Na teoria saussureana, Ducrot
busca as noções de língua, fala e valor. Saussure criou a linguística a partir dos
conceitos de linguagem, língua e fala.
Com relação à teoria proposta por Benveniste, dois conceitos importantes para
Ducrot são o locutor e o interlocutor, representados pelo eu e o tu.
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Teoria da Informação
É uma teoria matemática que trata de três conceitos básicos: a medida da
informação, a capacidade de um canal de comunicação transferir a informação e a
codificação, como meio de utilizar os canais com toda a sua capacidade.
Esses três conceitos, estão ligados pelo teorema fundamental da teoria da informação
(de Shannon). Dada uma fonte de informação e um canal de comunicação, existe
uma técnica de codificação tal que a informação pode ser transmitida através do
canal e com uma frequência de erros arbitrariamente pequena apesar da presença
do ruído. Veremos mais detalhes sobre essa teoria na unidade III deste material.
O primeiro deles é o ato locucionário, ou seja, o ato de dizer a frase. O segundo ato é
o que Austin chama de ilocucionário, o ato executado na fala, ou seja, ao proferir um
ato locucionário. Nesse caso, ao dizer "o senhor está pisando no meu pé" não tive a
simples intenção de constatar uma situação, mas a de protestar ou advertir para que
a outra pessoa parasse de pisar no meu pé.
Temos assim o ato locucionário de dizer algo, o ato ilocucionário que realiza uma ação
ao ser dito e o perlocucionário quando há a intenção de provocar nos ouvintes certos
efeitos (convencer, levar a uma decisão etc.).
É claro que nem todas as expressões são dotadas dessas três dimensões, pois isso
depende da força ilocucionária de um ato de fala. A força ilocucionária é algo bem
diferente do significado puro e simples da frase, pois ela está diretamente ligada às
interações sociais que se estabelecem entre os falantes, relações que podem ser de
autoridade, cooperação etc. Veremos mais detalhes sobre essa teoria na unidade III
deste material.
Tipos de expressão
Destacamos no estudo cinco grupos de expressões classificadas por Austin de acordo
com a força ilocucionária de cada uma delas.
Filologia
Vejamos o que Melo (1984, p. 7) aponta:
Segundo Melo (1984, p. 8), a Filologia é uma ciência aplicada, a sua finalidade
específica é fixar, interpretar e comentar os textos. Ao passo que a Linguística (ou
Glotologia) é uma ciência especulativa. O seu objeto formal é a língua em si mesma, a
língua como fato social da linguagem.
CONCEITUANDO
A língua não é o único objeto da Filologia, que quer, antes de tudo, fixar,
interpretar, comentar os textos; este primeiro estudo a leva a se ocupar
também da história literária, dos costumes, das instituições, etc.; em toda
parte ela usa seu método próprio, que é a crítica. Se aborda questões
linguísticas, fá-la, sobretudo, para comparar textos de diferentes épocas,
determinar a língua peculiar de cada autor, decifrar e explicar inscrições
redigidas numa língua arcaica ou obscura.
A pragmática
A Pragmática analisa a linguagem considerando a influência do contexto
comunicacional, extrapolando assim a visão da Semântica e da Sintaxe.
Existem palavras que parecem adormecidas no léxico de uma língua, mas que de
repente despertam e caem no vocabulário dos falantes. A palavra pragmática é um
bom exemplo e, ainda que não seja comum para a maioria dos usuários da língua
portuguesa, é cada vez mais habitual ouvi-la nos mais variados discursos.
Mas você sabe o que é Pragmática? Trata-se do ramo da linguística que analisa o uso
concreto da linguagem pelos falantes da língua em seus variados contextos. A
Pragmática extrapola a significação dada às palavras pela semântica e pela sintaxe,
observando o contexto.
Exemplos:
Para Chomsky a estrutura das línguas é uniforme e variante dado pelos princípios, e
por parâmetros que são os conceitos e as características que tornam as línguas
particulares, o gerativismo tem um modelo explicativo, ou seja, tudo que acontece
naquela língua é explicado por meio das leis gerais.
Francis Bacon
Linguística e lexicografia
O conjunto das palavras e expressões de uma língua é denominado léxico. A noção de
léxico é abstrata, porque não é possível saber o total de palavras em uso. Como a
língua está em constante mudança, ora surgem palavras novas, ora palavras caem
em desuso. Logo, nem mesmo os dicionários padrão, por maiores que sejam,
conseguem registrar essa dinâmica lexical.
Nas práticas discursivas diárias, os falantes fazem uso de apenas uma parte do léxico,
ou seja, de um subconjunto desse total de palavras, denominado vocabulário (ou
repertório lexical). Assim, vocabulário é o conjunto de palavras (ou vocábulos) e
expressões efetivamente utilizados, seja por uma pessoa em textos orais ou escritos,
seja por um grupo de pessoas de uma determinada faixa etária, de uma certa região
ou de uma época específica. Pode-se falar, por exemplo, no vocabulário infantil, no
vocabulário da região Norte, no vocabulário de Guimarães Rosa, ou no vocabulário
empregado em um poema, uma lenda, uma receita, uma propaganda etc. Quando o
vocabulário é técnico, no caso das áreas especializadas do conhecimento, como
Matemática, Gramática, Linguística, Biologia, Química, Filosofia etc., as palavras que
particularizam uma determinada área formam a terminologia dessa área. Nesse caso,
em lugar de vocábulos ou palavras, fala-se em termos.
Assim como o léxico geral de uma língua está registrado nos dicionários
padrão, os vocabulários costumam ser registrados em glossários, a
exemplo deste Glossário de termos de Alfabetização, Leitura e Escrita
para educadores. Há autores, no entanto, que empregam o termo
vocabulário como sinônimo de glossário.
Situações de comunicação vivenciadas pelos falantes, como as relações familiares e
sociais, as experiências escolares e profissionais, permitem uma constante ampliação
do repertório lexical. Em cada contexto comunicativo, o falante expressa sentidos e
constrói discursos ao mesmo tempo em que compreende e assimila novos itens
lexicais (isto é, novas palavras). Assim como o léxico de uma língua é revelador de uma
cultura, de uma visão de mundo, o vocabulário de um falante é revelador de suas
vivências. Quanto mais experiências diversificadas tiver, mais amplo será seu
repertório lexical.
Livro
Filme
Argumentação
AUTORIA
Lucimari de Campos Monteiro
Sumário
Introdução
2 - Tipos de Argumentação
6 - Linguística e Semântica
7 - Descrição e Prescrição
Considerações Finais
Introdução
Prezado(a) aluno (a), nesta unidade vamos conhecer a Argumentação atrelados ao
conhecimento de linguística e como ela funciona na prática.
Esperamos que esta unidade venha contribuir para seus estudos da língua e
enriquecer seu conhecimento.
Bons estudos!
Plano de Estudo:
1. Análise retórica da argumentação
2. Tipos de argumentação
3. O papel da linguística na argumentação
4. O papel da linguística na estrutura da língua
5. A teoria da argumentação na língua
6. Linguística e Semântica
7. Descrição e Prescrição
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer os conceitos e características da argumentação.
2. Compreender a linguística e a semântica.
3. Entender como se dá o processo de estudo da linguagem sob os conceitos de
descrição e prescrição.
Análise Retórica da
Argumentação
A retórica clássica surgiu na Grécia, durante o século VI a.C, por meio da constituição
de um novo estado após os dominadores tiranos serem expulsos. Nisso, os cidadãos -
agora livres do regime autoritário - sentiram a necessidade de reivindicar seus bens,
dos quais haviam sido tomados pelos tiranos. Esse momento de petição era realizado
na frente de um público ouvinte e de um juiz; através disso, foram elaboradas
técnicas para a organização argumentativa desses discursos. Assim, a retórica nasceu
por causa da necessidade prática e foi apregoada primeiramente como retórica
judiciária.
Por volta do século XVI, com o acontecimento do humanismo, a retórica clássica caiu.
Após esse período, a retórica clássica começou a ser vista com negatividade; uma vez
que levantou sua fama em meio aos discursos vazios e enganadores; principalmente,
dentro dos discursos religiosos; os sermões ditos eram cheios das artimanhas da
retórica, os textos elaborados eram capazes de captarem e manterem éis aos
primórdios religiosos.
Na visão de Aristóteles a retórica tem papel importante para ser utilizado no mundo
jurídico, na literatura, na educação e na loso a, em contrapartida Aristóteles
também acredita que a retórica instrumentada nela mesma é dispensável; servindo
dois caminhos: o bem e o mal. Segundo ele, a retórica é algo bom mas que pode ser
usada para o proveito ou a destruição dos seres humanos. O ensino da retórica é
considerado importante, uma vez que oportuniza ao cidadão um método de defesa
de ponto de vista hábil para argumentar suas ideias sobre qualquer assunto na
presença de qualquer pessoa.
Tipos de Argumentação
Perelman e Olbrechts-Tyteca (1996) classi cam os argumentos usados nos textos em
duas grandes classes:
a) argumentos quase-lógicos
Breton (2003) estipula três tipos de argumentos que têm por objetivo enquadrar o
real: a rmação pela autoridade, o apelo a pressupostos comuns e reenquadramento
do real.
O reenquadramento do real:
Sandig (2009 p. 57) salienta que “os textos, sendo geralmente unidades complexas,
são usados em situações (situacionalidade) para resolver problemas na sociedade
(intencionalidade/função textual)”.
Em contrapartida a linguística não é uma via sem regras - se assim podemos dizer - a
linguística tem ao seu lado uma disciplina normativa, na qual é chamada de
Linguística Aplicada, na qual estuda o comportamento social.
Por isso, consentimos que são lugares diferentes, duas disciplinas - mesmo que
interligadas - independentes. Ambas fundamentais para a estruturação da língua.
a) o estudo léxico
Homem: touro
Mulher: vaca
Criança: cria
Do ponto de vista semântico, homem, mulher e criança é um grupo, touro, vaca e cria
é outro, possuem alguma coisa em comum; além disso, touro e homem possuem
alguma coisa em comum que não é nem por vaca e mulher, nem cria e criança; da
mesma forma, vaca e mulher têm algo em comum não compartilhado pelos dois
outros pares.
Descrição e Prescrição
Todos já vivenciamos, ou ouvimos falar, onde um falante português do Brasil inicia o
seu próprio discurso gerando negatividade mediante a sua fala com justi cativa de
não saber falar português; levando o próprio falante de que sua língua é muito difícil.
Ou até dizer que na “favela” não se sabe falar português direito.
Embora a gramática ainda seja muito valorizada e nunca deve ser menosprezada, a
língua não serve apenas para estudiosos. A língua é bem comum a toda comunidade;
e, como composição dela há diversas camadas sociais, sejam elas escolarizadas ou
não. Devido a situações expressas neste primeiro parágrafo é que as aplicações da
gramática tradicional se tornam perigosas. Perigosas para especialistas da área -
professores e gramáticos - que exigem a forma padrão a todos, sem a análise e a
consideração do nível escolar. Estes especialistas focam apenas na análise prescritiva
da língua, ou seja, eles querem impor a norma gramatical à língua falada.
No entanto, não pode difundir as duas gramáticas. Elas são existentes em suas
particularidades; tanto a Gramática Normativa e Gramática Descritiva.
Para alguns estudiosos, o elo entre essas duas gramáticas é que a Gramática
Normativa é a pedagogização da Gramática Descritiva, ou seja, a própria Gramática
Descritiva utilizada com ns didáticos no intuito de controlar os desvios da língua-
padrão. Segundo a Gramática Fundamental da Língua Portuguesa (GFLP, 1968):
Fonte: a autora.
REFLITA
Filme
Teoria da Informação
AUTORIA
Lucimari de Campos Monteiro
Sumário
Introdução
1 - Teoria da Informação
3 - As Máximas Conversacionais
6 - Linguística e Estilística
7 - Linguística e Terminologia
Considerações Finais
Introdução
Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, vamos conhecer a teoria da informação e dos atos
de fala.
Esperamos que esta unidade seja bastante proveitosa e possa contribuir de forma
signi cativa para os seus estudos sobre a língua.
Bons estudos!
Plano de Estudo:
1. Teoria da informação;
2. Teoria dos atos de fala;
3. As máximas conversacionais;
4. Conceitos básicos da análise do discurso;
5. Análise do discurso aplicado a textos;
6. Linguística e estilística;
7. Linguística e terminologia.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Conhecer os conceitos e as características da teoria da informação e dos atos de
fala;
2. Compreender sobre a análise do discurso;
3. Entender sobre os processos de linguística e suas relações com a estilística e
com a terminologia.
Teoria da Informação
Uma das principais funções da linguagem é a comunicação. O ato de comunicar já foi
objeto de estudo de teóricos como Saussure, para o qual a língua é
fundamentalmente um instrumento utilizado para que as pessoas possam se
comunicar umas com as outras.
É por conta disso que os grandes linguistas partem das teorias da informação e da
comunicação para abordar os fenômenos da linguística. Como bem coloca Barros
(2004, p. 26):
Há ainda outros fatores que podem interferir na comunicação. Entre eles, estão os
atos de fala, sobre os quais falaremos no tópico a seguir.
Teoria dos Atos de Fala
A Teoria dos Atos de Fala foi uma das de maior importância para o estudo da
pragmática. Ela teve como precursor John Austin, que contribuiu para os conceitos
de performativos e os atos locucionário, ilocucionário e perlocutório.
De acordo com essa teoria, as frases são ações que agem sobre o mundo, sob o real.
Ou seja, o signi cado de uma palavra, não é o objeto que ela nomeia, mas sim o uso
que se faz dela.
Os atos de fala, portanto, podem ser de nidos como toda a ação que é realizada por
meio do dizer. Tais ações podem ser muito diferentes e é por isso que se faz
necessário distinguir as diversas dimensões que um ato de fala tem.
Nos referimos a dimensões porque uma única locação pode realizar diferentes atos
de fala: o locucionário, o ilocucionário e o perlocutório. Guimarães (2015, p. 113), explica:
Podemos compreender, portanto, que o ato locucionário se caracteriza por dizer algo,
o ato ilocucionário por realizar uma ação ao ser dito e o perlocucionário por ter o
desejo de provocar determinados efeitos nos ouvintes.
Apesar disso, nem todas as expressões se encaixam nessas três dimensões, uma vez
que isso está relacionado com a força ilocucionária de cada ato.
Nesse sentido, podemos entender a força ilocucionária como algo bem diferente do
signi cado simples ou puro das frases. Há uma ligação direta com as interações
sociais, intenções e a cultura. Marcondes (2005, p. 11) explica:
Silva vai mais além e apresenta os cinco grupos de expressões criados por Austin, de
acordo com a força ilocucionária de cada uma delas. São elas:
Expressões veriditivas: que dão um veredito sobre um determinado assunto.
Ex: ordem de um médico ou de um juiz de Direito;
Expressões exercitivas: tomam uma decisão a partir de determinado
comportamento. Ex: proibição de realizar determinada atividade;
Expressões comissivas: comprometem o falante a cumprir algo. Ex: juramento
pro ssional realizado em uma cerimônia de formatura;
Expressões conductivas: se refere a uma relação à conduta de outras pessoas.
Ex: felicitação por um feito de um amigo;
Expressões expositivas: considera o pensamento do falante. Ex: o testemunho
de um fato ocorrido
As Máximas Conversacionais
As máximas conversacionais foram desenvolvidas por Grice e, assim como os atos de
fala, fazem parte dos estudos da pragmática. Trata-se de um conjunto de regras que
deve conduzir o ato conversacional, concretizando o princípio da cooperação.
A partir dessa explicação, podemos analisar cada uma das máximas conversacionais
apresentadas por Grice. A máxima da quantidade, como você pode perceber, parte
do pressuposto de que as respostas são bastante objetivas.
Se uma pessoa perguntar a um amigo qual é a sua cor preferida e a resposta for
apenas “Azul”, por exemplo, temos uma máxima de quantidade. Para ela ser violada, o
respondente precisaria ser mais abrangente em sua resposta, incluindo informações
além da solicitada. Ele poderia responder algo como “Minha cor preferida é azul,
porque ela é a cor do céu e sempre a achei muito bonita”.
A máxima de relação, por sua vez, estabelece uma contribuição importante para a
conversação, estabelecendo uma ligação entre os enunciados. Um exemplo acontece
quando alguém fala “Amanhã vou ao cinema. Quer ir comigo?” e a resposta for algo
como “Sim, mas antes preciso estudar”.
Émile Benveniste, por sua vez, propôs que a linguagem é constituída da natureza do
ser humano, por meio do processo de enunciação.
Tais teóricos foram muito relevantes para que a análise do discurso se desenvolvesse.
Porém, é preciso lembrar que essa técnica não envolve apenas a linguística, mas
também outras disciplinas, como o Materialismo Histórico e a Psicanálise.
Ao estudar a análise do discurso, o primeiro ponto que deve ser observado é o sujeito,
que tem, pelo menos, duas concepções: a de Foucault e a de Pêcheux. Medeiros
(2016, p. 5) explica cada uma delas:
Em resumo, podemos dizer que a análise do discurso é uma ciência que analisa a
estrutura dos textos e, a partir disso, compreende as construções ideológicas que ele
possui.
Um exemplo de análise que pode ser realizada é o uso das categorias de pessoa,
tempo e espaço, que no discurso não são necessariamente as mesmas da
enunciação.
Já no texto jornalístico, é bem comum que seja utilizada uma linguagem em terceira
pessoa. Os jornalistas usam essa técnica para não tomar partido no discurso e manter
a imparcialidade ao publicar as notícias.
Na linguagem jornalística, como explica Gregolin (1995, p. 19), “os recursos utilizados
são o uso da 3ª pessoa, no tempo do ‘então’ e no espaço do ‘lá’, e o uso do discurso
direto para garantir a verdade”.
O oposto também acontece, como nos casos de autobiogra as. Nesse tipo de
situação, se costuma usar uma linguagem em primeira pessoa, com o objetivo de
aproximar o leitor, assim como trazer o tempo para o “agora” e o espaço para o “aqui”.
Na análise do discurso aplicada a textos, também é possível veri car se o autor quis
deixar alguma ideia subentendida, se ele quis “dizer sem dizer”, por exemplo.
Isso é bastante comum de ser visto em letras de músicas, poemas e outros estilos
literários. A canção “Cálice”, por exemplo, escrita em 1973 por Chico Buarque e
Gilberto Gil traz metáforas e duplos sentidos para tratar a repressão que os artistas
passavam na época da ditadura militar no Brasil.
A análise do discurso textual ganha relevância por explicar os sentidos dos textos e
como eles se articulam na sociedade. Ela serve para que o leitor possa re etir e
entender com mais clareza as mensagens que são passadas.
Linguística e Estilística
Ao estudar gramática, há uma preocupação com a norma culta da língua. Isso não
acontece com a estilística, que tem foco na função expressiva da linguagem.
Estilística Fônica
Na estilística fônica, os sons contribuem para que os textos tenham uma sonoridade
harmônica.
Exemplo disso pode ser visto quando as consoantes são usadas para marcar o ritmo
dos textos, como no verso “O rato roeu a roupa do rei de Roma”.
Estilísticas Morfológica
No campo morfológico, a estilística se preocupa em exprimir emoções ao texto, por
meio de recursos como o uso de diminutivos e aumentativos.
Estilística Sintática
A estilística sintática se caracteriza por recorrer a uma série de recursos para
reproduzir efeitos estéticos nos textos. Uma das ações que podem ser realizadas é
retirar os conectivos de uma oração, para que o ritmo seja desacelerado.
Estilística Semântica
No campo semântico, a estilística se caracteriza por levar emoção aos textos por meio
das guras de linguagem, como as metáforas e metonímias.
Ao falar que “Maria tem coração de pedra”, por exemplo, se expressa a emoção de que
essa pessoa é insensível ou desprovida de sentimentos.
Linguística e Terminologia
A terminologia não pode ser identi cada apenas como uma nomenclatura técnico-
cientí ca, tendo em vista que se modi ca conforme determinadas ações são
executadas.
No que se refere ao termo, a autora o entende como unidade linguística que passa
por variações e que podem ter diferentes signi cados, de acordo com o contexto em
que são empregados. Ela exempli cam:
Quando falamos a
frase “Ela comeu uma
manga”, um falante
pro ciente da língua
portuguesa consegue
distinguir a palavra
“manga” de forma
diferente daquela
utilizada na frase “A
manga da camisa
estava curta”. Da
mesma forma, um
arquiteto (e até
mesmo um leigo)
entende o termo
“planta” na frase “A
planta estava mal
de nida e causou
problemas na
execução do projeto”
de forma peculiar e
diferente da
signi cação dada pela
mesma unidade na
frase “Aquela planta
precisa ser regada”.
(WAQUIL, 2017, p. 98).
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A de nição, por sua vez, se refere, de acordo com Waquil, como “uma comunicação
especializada e ciente e responsável pela identi cação de conhecimentos, conceitos,
objetos, processos, valores e quaisquer outros aspectos fundamentais dentro de cada
especialidade”. (2017, p. 103).
Os estudos da de nição são realizados pelos linguistas para que os signi cados das
palavras sejam desenvolvidos para um dicionário, por exemplo.
SAIBA MAIS
REFLITA
AUTORIA
Lucimari de Campos Monteiro
Sumário
Introdução
3 - Estilos de Linguagem
4 - Regionalismo e Linguagem
5 - Preconceito Linguístico
6 - Linguística Histórica
7 - Principais Escolas
Considerações Finais
Introdução
Prezado(a) aluno(a), nesta unidade, vamos conhecer sobre o sujeito no discurso.
O nosso desejo é que esta unidade seja de muita utilidade para que você possa se
aprofundar em seus estudos sobre a língua.
Bons estudos!
Plano de Estudo:
1. O sujeito na análise do discurso;
2. Exemplos de análises do discurso;
3. Estilos de linguagem;
4. Regionalismo e linguagem;
5. Preconceito linguístico;
6. Linguística histórica;
7. Principais escolas;
8. Estudos brasileiros sobre linguística.
Objetivos de Aprendizagem:
1. Compreender sobre o sujeito na análise do discurso;
2. Entender sobre os diferentes estilos de linguagem;
3. Analisar o regionalismo e o preconceito na linguística;
4. Aprender sobre a linguística histórica e as principais escolas e estudos da
disciplina.
O Sujeito na Análise do Discurso
Quando falamos em análise do discurso, é preciso ter em mente que o termo “sujeito”
não tem o mesmo signi cado que encontramos nos estudos na enunciação. Essa
consciência é necessária para evitar equívocos.
Dessa forma, para Foucault, a constituição do sujeito acontece por conta de jogos que
ocorrem entre o desejo de apresentar uma verdade e ter o poder de a rmá-la.
Medeiros (2016, p. 16) mostra como esse conceito é aplicado por meio de um exemplo
interessante:
Para Foucault, portanto, o sujeito não é uma pessoa, mas sim uma posição assumida
em determinada situação. Isso pode acontecer por diversos motivos, como o do
dentista apresentado no exemplo. A nal, por ser especialista nos cuidados com os
dentes, ninguém contestaria a opinião pro ssional desse indivíduo.
Assim sendo, de acordo com a autora, o analista precisa associar a gramática com a
sua aplicação no discurso e no cenário ou contexto social em que ele está inserido.
A escritora acredita que algumas frases e trechos das obras do bisavô, embora não
tenha sido essa a intenção, podem ser interpretadas como racistas nos dias de hoje.
Em entrevista à CNN, Cleo Monteiro Lobato declarou: “Alterei algumas frases. Em vez
de chamar a negra, a negra tem nome: Tia Nastácia. Em vez de dar risada com beiço,
troquei. Se fosse um tratamento equivalente ao da Dona Benta, eu deixava”.
Tais mudanças na obra de Lobato ocorreram por conta de uma análise do discurso
realizada nos dias atuais. Por estar inserido em uma outra época, em que questões
como o racismo estrutural ainda eram pouco debatidas, o autor passou ileso às
críticas quando as obras foram originalmente publicadas, há mais de 100 anos.
Isso mostra, como propõe Orlandi (1987), como o sentido do texto ocorre não apenas
pela gramática, mas também pelo contexto social em que ele se insere.
Estilos de Linguagem
Os estilos de linguagem são estudos pela estilística, ramo da linguística que estuda as
expressões em seus sentidos de expressividade. Martino (2018, p. 278) explica:
Figuras De Som
Martino (2018, p. 278) explica que as guras de som são aquelas que “destacam o som
das palavras”. São elas: a aliteração e a onomatopeia.
A onomatopeia, por sua vez, é a inserção de palavras que imitam sons no discurso. Ex:
“O tic-tac do relógio me irrita”.
O anacoluto é a mudança repentina na estrutura da frase. Ex: “Eu, parece que estou
cando um pouco tonto”.
A anáfora é a repetição de uma ou mais palavras de forma regular. Ex: “Na empresa,
estamos com falta de funcionários, falta de materiais, falta de gestão…”.
O apóstrofe é a interpelação feita com ênfase. Ex: “Senhor, tende piedade de nós”.
O hipérbato ocorre quando há alteração na ordem direta de uma oração. Ex: “Ele,
parece que não está bem”.
O pleonasmo é de nido pela repetição de uma palavra ou ideia contida nela para que
o signi cado seja intensi cado. Ex: “Chovia uma triste chuva de resignação (Manuel
Bandeira)”.
A silepse é uma concordância com o que se entende e não com o que está implícito
no texto. Ex: “O povo se uniu e gritavam alto na manifestação”.
Finalmente, a zeugma é de nida como a omissão de uma palavra, pelo fato dela já
ter sido usada anteriormente. Ex: “A vida é um grande jogo e o destino, um parceiro
temível (Érico Veríssimo).
Figuras de Pensamento
As guras de pensamento são classi cadas por Martino (2018, p. 278) como aqueles
que “trabalham as palavras do ponto de vista dos seus signi cados”. São elas: a
antítese, a antonomásia, a catacrese, a comparação, o eufemismo, a gradação, a
hipérbole, a ironia, a metáfora, a metonímia, a prosopopeia e a sinestesia. Veja, a
seguir, o conceito e exemplos de cada uma delas.
A antítese se caracteriza pelo uso de termos com sentidos opostos. Ex: “O que o berço
dá só a cova tira (Machado de Assis)”.
A antonomásia ocorre quando há a substituição de uma palavra por outra que possa
a identi car. Ex: “O país do futebol (Brasil) não conquistou nenhum troféu nessa
Copa”.
A comparação acontece quando são usados conectivos para comparar duas coisas
de forma direta e explícita. Ex: “Os seus olhos são como duas lagoas de água
cristalina”.
Esse fenômeno ocorre porque o nosso país tem uma diversidade cultural muito
grande. Os sotaques e diferentes expressões em cada região existem porque
diferentes fenômenos acontecem em cada localidade, como as heranças da
colonização, por exemplo.
Até mesmo os fatores climáticos e geográ cos de uma região podem interferir na
formação da língua. Uma reportagem publicada pelo portal G1 traz um case
interessante.
Nela é contado sobre uma pesquisa realizada pela Universidade de Glasgow, que
reuniu 412 termos para dominar a palavra “neve” no idioma francês. Isso acontece
porque lá é comum nevar e cada variação do gelo recebe um nome por conta disso.
Em países como o nosso, em que a neve é pouco comum, apenas uma palavra é
su ciente para nomear o gelo que cai do céu em dias frios.
Esse autor ainda a rma que o preconceito linguístico ocorre por conta de três
elementos, aos quais ele chama de Santíssima Trindade do Preconceito. São eles: a
gramática tradicional, os métodos tradicionais de ensino e os livros didáticos.
Bagno pensa que o preconceito linguístico existe porque as pessoas que estudam a
norma culta da língua se esquecem de que nem todos tiveram acesso ao mesmo
modelo de educação.
Além disso, também podem associar outros tipos de preconceito à língua. É o caso,
por exemplo, das linguagens e códigos especí cos de determinadas comunidades,
como o pajubá, dialeto criado pela comunidade LGBT.
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Para que o preconceito linguístico deixe de existir, na visão de Bagno, será necessário
desenvolver uma nova gramática. Nas palavras do autor:
É preciso escrever uma gramática da norma culta brasileira em termos
simples (mas não simplistas), claros e precisos, com um objetivo
declaradamente didático-pedagógico, que sirva de ferramenta útil e
prática para professores, alunos e falantes em geral. Sem essa gramática
que nos descreva e explique a língua efetivamente falada pelas classes
cultas, continuaremos à mercê das gramáticas normativas tradicionais,
que chamam erradamente de norma culta uma modalidade da língua
que não é culta, mas sim cultuada: não a norma culta como ela é, mas a
norma culta como deveria ser, segundo as concepções antiquadas dos
perpetuadores do círculo vicioso do preconceito linguístico. (BAGNO,
1999, p. 113-114).
Para que o preconceito linguístico deixe de existir, é necessário fazer uma mudança
na forma de ensino da língua portuguesa nas escolas. Deve-se buscar compreender
diferentes formas de falar e como a cultura impacta na fala, entendendo que a
própria norma culta pode sofrer variações, uma vez que a língua é viva.
Linguística Histórica
A linguística histórica é a disciplina que volta os seus estudos para o desenvolvimento
histórico de uma língua. Maurer Jr. (1967, p. 20) explica esse conceito fazendo uma
analogia à geologia:
Para entendermos uma língua como ela é hoje, portanto, é preciso fazer uma
pesquisa minuciosa sobre como ela se comportava em tempos mais antigos. Isso
pode ser feito analisando livros e demais publicações antigas.
Nos estudos da linguística histórica, se trabalha com dois eixos, propostos por
Saussure: o das simultaneidades e o das sucessões.
De acordo com esse teórico, a linguística se desenvolve não com relações entre os
termos coexistentes de um estado de língua, mas entre os termos sucessivos que os
substituem como o passar do tempo.
Estruturalismo
O estruturalismo parte do conceito proposto por Saussure de que a língua é um
sistema de signos. De tal forma, o interlocutor é visto como um fator constituinte do
ato de fala.
Gerativismo
Para o relativismo, os princípios linguísticos estão radicados na mente humana.
Criada por Chomsky, essa teoria considera a língua por meio do seu aspecto biológico,
como se fosse um órgão, que se desenvolve com o tempo.
Simões (2017, p. 30) explica a visão de Chomsky, ao comentar que “as línguas naturais
são adquiridas e faladas espontaneamente apenas pelos membros da espécie
humana, o que constitui um dos motivos do sucesso evolutivo de nossa espécie”.
Funcionalismo
Muito defendida por linguistas de renome, como Maria Helena de Moura Neves, a
teoria funcionalista observa a evolução da língua a partir da forma como ela é
empregada.
De tal maneira, as falas são constituídas de escolhas que são feitas pelo falante.
Simões (2017, p. 31) explica:
A segunda fase dos estudos linguísticos no Brasil iniciou por volta de 1939. Castilho
(1962, p. 140) comenta que nessa fase os estudos passaram a ser mais cientí cos, “[...]
cessando paulatinamente a improvisação e a ausência de método na pesquisa
linguística”.
SAIBA MAIS
Tão pobres somos que as mesmas palavras nos servem para exprimir a
mentira e a verdade.
Florbela Espanca
Livro
Filme
Conclusão
Prezado(a) aluno(a),
Neste material busquei trazer a você informações e conceitos acerca dos estudos da
Linguística.
Na unidade III investigamos mais sobre a teoria da informação e dos atos de fala,
além de conhecermos mais sobre as máximas conversacionais e os conceitos
básicos da análise do discurso, inclusive aplicada em textos.
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente e
aplicar os estudos até aqui realizados com mais discernimento e paixão por essa
ciência tão viva!