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Pavimentos Permeáveis e Sua Influência Sobre A Drenagem
Pavimentos Permeáveis e Sua Influência Sobre A Drenagem
Seminários
PAVIMENTOS PERMEÁVEIS
e sua influência sobre a Drenagem
2014
Sumário
1. Introdução ..................................................................................................................... 1
2. Pavimentos Permeáveis ............................................................................................... 1
2.1 Definição................................................................................................................. 1
2.2 Limitações .............................................................................................................. 1
2.3 Tipos de Pavimentos Permeáveis .......................................................................... 2
2.3.1 Classificação segundo composição ................................................................. 2
2.3.2 Classificação segundo infiltração ..................................................................... 5
3. Dimensionamento......................................................................................................... 6
3.1 Altura do reservatório de agregados....................................................................... 6
3.2 Condutividade hidráulica ........................................................................................ 7
3.2.1 Introdução ........................................................................................................ 7
4. Comparação de desempenhos..................................................................................... 8
5. Bibliografia .................................................................................................................. 10
Pavimentos Permeáveis e sua influência sobre a Drenagem
1. Introdução
A impermeabilização do solo decorrente da ocupação urbana altera o ciclo hidrológico e resulta em
aumento de enchentes urbanas e da degradação da qualidade das águas pluviais. A drenagem urbana
tradicional busca drenar -ou melhor, afastar - as águas derivadas de precipitações o mais rápido possível, o
que aumenta o risco de inundações a jusante.
2. Pavimentos Permeáveis
2.1 Definição
Pavimentos permeáveis são definidos como sendo aqueles que possuem espaços livres em sua estrutura
por onde a água pode escoar, podendo infiltrar no solo ou ser transportada através de sistema auxiliar de
drenagem. Este tipo de pavimento busca reduzir o volume de água referente ao escoamento superficial e,
por consequência, reduzir a solicitação do sistema de drenagem urbana e a probabilidade de enchentes.
Como efeitos complementares, tem-se a melhora da qualidade de água infiltrada por carrear menor
quantidade de poluição difusa e a contribuição para a recarga (Ferguson, 2005).
2.2 Limitações
Importantes limitações para o emprego de pavimentos permeáveis são:
- quando o solo do subleito apresenta baixa permeabilidade ou o nível do lençol freático for alto. Nesses
cenários, o sistema permeável tem a função de um poço de detenção e deve ser previsto sistema de
drenagem com tubos perfurados e espaçados de 3 a 8 m para a condução da água à rede de drenagem. O
sistema deve prever o esgotamento do" poço" em período de 6 a 12 horas;
- quando a água drenada é contaminada, haverá impacto sobre o lençol freático;
- a falta de controle na construção (erros na compactação de camadas que diminuam permeabilidade, por
exemplo) e na manutenção (entupimento dos caminhos de condução da água na estrutura);
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A camada superior (o revestimento asfáltico) é composta de forma similar às convencionais, mas com
retirada de fração de areia fina (graduação aberta) da mistura dos agregados do pavimento. É conhecida
como "camada porosa de asfalto (ou atrito)" (CPA). Essa graduação resulta em uma mistura asfáltica que
pode conter de 18% a 25% de vazios, permitindo rápida percolação da água. Além de sua função na
estrutura permeável, o CPA apresenta outras vantagens como o aumento da aderência pneu-pavimento e a
redução de ruído (Bernucci et. al., 2008).
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vazios. Como consequência, também apresenta menor resistência em relação ao concreto comum e é
indicado apenas para locais de tráfego leve ou pouco intenso.
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Todo o volume coletado infiltra no solo. Pavimento implantado quando o solo do subleito apresenta alta
permeabilidade ou o nível do lençol freático for suficientemente baixo.
Todo o volume coletado é coletado por sistema de drenagem com drenos (tubos) perfurados e espaçados
de 3 a 8 m para a condução da água à rede de drenagem. Condição quando solo da subleito apresenta
baixa permeabilidade ou o nível do lençol freático encontra-se elevado.
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3. Dimensionamento
3.1 Altura do reservatório de agregados
O dimensionamento da estrutura do pavimento permeável (Araújo et. al., XXXX) envolve a determinação
do volume drenado pela superfície ou por outra área contribuinte cujo volume escoe para a área do
pavimento. A precipitação de projeto é obtida com base no tempo de retorno de projeto e da equação IDF
(intensidade, duração e frequência) do local.
Para uma estrutura permeável de infiltração total (sem tubos de drenagem internos), o reservatório de
pedras interno deve garantir a acomodação do volume de água da chuva de projeto menos o volume
infiltrado durante a chuva. O volume retido pelo pavimento poroso pode ser estimado por:
sendo:
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.
c= (Eq. 2)
H= (Eq. 3)
onde:
H = profundidade do reservatório de pedras (em mm);
f = porosidade do material, que pode ser determinada pela equação:
.
f= (Eq. 4)
onde VL é o volume de líquidos, VG é o volume de vazios e VT é o volume total da amostra. Para o material
recomendado para o reservatório (britas 3 e 4), a porosidade está na da ordem de 40 a 50%.
3.2.1 Introdução
Para os revestimentos dos pavimentos permeáveis, o parâmetro que permite avaliar corretamente seu
desempenho - tanto para o dimensionamento quanto para acompanhamento durante a vida útil - é o
coeficiente de permeabilidade (K). O mesmo é facilmente calculado a partir da Lei de Darcy (relação entre
taxa de infiltração e o coeficiente de permeabilidade), utilizando um permeâmetro de carga variável a
partir de procedimento proposto pelo American Concrete Institute:
.
K= log ( ) (eq. 5)
.
onde:
K = coeficiente de permeabilidade;
A1 = área da seção da amostra (em m²);
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4. Comparação de desempenhos
Um experimento realizado por (Araújo et. al., 2000) buscou simular chuvas sobre diferentes tipos de
superfície a fim de determinar as leis de infiltração e o escoamento superficial. As superfícies escolhidas
foram:
Como resultado das simulações, observou-se os seguintes resultados para o escoamento superficial (gráfico
escoamento vs. tempo e valores de coeficiente de escoamento "c"):
Gráfico 1 - Escoamento superficial vs. tempo, para seis superfícies (Araújo et. al., 2000)
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Tabela 1 - Coeficientes de escoamento resultantes para cada superfície (Marchiori et. al., 2012, adaptado de
Araújo et. al., 2000)
Os resultados mostram a contribuição positiva de sistemas permeáveis mesmo em comparação com uma
superfície sem intervenção urbana (solo compactado). Lembrando que, pelo método racional (Q = c. i . A),
quanto menor o coeficiente de escoamento c, menor o escoamento superficial direto.
Azzout et al. (1994) e Fach et. al.(2002) também realizaram uma comparação segundo diversos aspectos
dos pavimentos (desta vez também incluindo o asfalto poroso). A seguir, é apresentada uma tabela que
sintetiza esses resultados para os critérios mais relevantes para o escopo do presente relatório.
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5. Bibliografia
ARAÚJO, P. R., TUCCI, C. E. M., GOLDEFUM J. A. Avaliação da eficiência dos pavimentos permeáveis na
redução do escoamento superficial. Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRG. Porto Alegre, 2000.
BERNUCCI at. al. Pavimentação Asfáltica: formação básica para engenheiros. Rio de Janeiro, Petrobras,
2008.
CIRIA-Construction Industry Research and Information Association. The SUDS manual. London, 2007, CIRIA.
MADRID, Germano. Pavimento intertravado: mais ou menos permeável? Revista Pisma, ed. 14, 2010
MARCHIORI et. al., 2012. Pavimento Intertravado Permeável - Melhores Práticas. São Paulo, Associação
Brasileira de Cimento Portland (ABCP), 2011.
PINTO, C. Curso básico de mecânica dos solos. Oficina de textos. 2ª edição. São Paulo, 2008
SICEPOT -MG. Apresentação: Pavimentos permeáveis. Workshop Pavimentos Drenantes com Revestimento
Asfáltico. 2011
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