Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Campinas – 2004
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA
BIBLIOTECA DA FEA – UNICAMP
ii
BANCA EXAMINADORA
________________________________
Dr. Carlos Raimundo Ferreira Grosso
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
(Orientador)
________________________________
Dr. Fábio Yamashita
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
(membro)
________________________________
Dr. Francisco Antonio Passos
Instituto Agronômico de Campinas – Centro de Horticultura (IAC)
(membro)
________________________________
Dra. Florência Cecília Menegalli
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
(suplente)
iii
Aos meus pais, avós e ao Edson,
DEDICO
v
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais por nunca terem negado uma ajuda, quando podiam, pelo eterno
apoio em minha escolha profissional e pelo carinho. Aos meus avós, por cada gesto,
palavra ou ato realizado!
Aos meus queridos irmãos pelos bons momentos de descontração e por terem
tido paciência comigo (e eu com eles!) durante algumas etapas difíceis do trabalho.
vii
A todos do Laboratório de Controle de Qualidade: Larissa, por todas as vezes
que pudemos discutir e compartilhar os esforços realizados para finalizar a dissertação,
pelos momentos de descontração, por conhecer e dar sugestões em meu trabalho,
enfim... sempre amiga; Patrícia, pelo auxílio oferecido durante a etapa de aplicação das
coberturas nas sementes, pelas dicas laboratoriais, grande amizade e trabalhos
realizados; Iza, por sempre estar disposta a ajudar as pessoas ao redor; Renata, Ana
Silvia, Taciana, Noemy, Maísa, Paula, Karina, Andréa, Gustavo pelos momentos de
descontração e por, de alguma forma, auxiliar no trabalho. Às estagiárias Paula, Priscila
e Greice.
Ao Honorato (DEA), Fer (DTA), Jú e Daniel (IB), a Érika (FEQ). À Kity e à Rose
pela ajuda no início do trabalho.
viii
Ao Cláudio M., produtor de bananas do município de Sumaré (SP), por fornecer
a fruta, pela bondade e disposição em ajudar e fornecer informações práticas do cultivo
de bananas.
Aos srs. Gercel e Dirce por sempre fornecerem materiais escritos relacionados a
meus estudos.
ix
ÍNDICE GERAL p.
ÍNDICE DE FIGURAS....................................................................................... xv
RESUMO........................................................................................................... xix
SUMMARY........................................................................................................ xxi
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 1
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................... 3
2.1. Biofilmes.................................................................................................. 3
2.2. Pectina..................................................................................................... 5
2.3. Gelatina................................................................................................... 8
2.4. Ácidos graxos.......................................................................................... 10
2.5. Filmes compostos.................................................................................... 12
2.6. Agente plastificante................................................................................. 12
2.7. Solvente e ajustadores de pH................................................................. 14
2.8. Espessura............................................................................................... 15
2.9. Características sensoriais....................................................................... 16
2.9.1. Aspectos táctil e visual...................................................................... 16
2.9.2. Aroma e sabor................................................................................... 16
2.10. Cor e opacidade.................................................................................... 16
2.11. Propriedades de barreira....................................................................... 17
2.12. Solubilidade........................................................................................... 19
2.13. Propriedades mecânicas....................................................................... 19
2.14. Microscopia........................................................................................... 21
2.15. Aplicação dos biofilmes......................................................................... 21
xi
2.16. Amadurecimento e transformações bioquímicas de bananas............... 25
2.16.1 Mecanismo respiratório.................................................................... 28
2.17. Brócolos................................................................................................. 31
2.18. Germinação de sementes..................................................................... 32
3. MATERIAIS E MÉTODOS.............................................................................. 35
3.1. Materiais.................................................................................................... 35
3.2. Combinação de pectina (PEC) com cloreto de cálcio (CaCl2).................. 35
3.3. Elaboração e caracterização da melhor combinação da solução de PEC
adicionada de CaCl2............................................................................................ 36
3.4. Fluxogramas do desenvolvimento e caracterização dos filmes................ 36
3.5. Elaboração de filmes compostos de PEC e ácido esteárico (AE) com
variação do teor de triacetina.............................................................................. 38
3.6. Procedimento para elaboração dos filmes compostos............. 39
3.6.1. Filmes compostos de pectina (PEC) e ácidos graxos......................... 39
3.6.2. Filmes compostos de pectina adicionados da blenda de ácidos
graxos.................................................................................................................. 40
3.6.3. Elaboração dos filmes compostos de pectina/gelatina
(PEC/GEL)........................................................................................................... 40
3.6.4. Filmes compostos de pectina/gelatina e adicionados da blenda de
ácidos graxos...................................................................................................... 41
3.7. Caracterização dos filmes......................................................................... 42
3.7.1. Análise visual....................................................................................... 42
3.7.2. Espessura do filme.............................................................................. 42
3.7.3. Permeabilidade ao vapor de água...................................................... 42
3.7.4. Propriedades mecânicas..................................................................... 43
3.7.5. Solubilidade em água.......................................................................... 44
3.7.6. Permeabilidade ao oxigênio................................................................ 44
3.7.7. Opacidade dos filmes.......................................................................... 45
xii
3.7.8. Microestrutura dos filmes.................................................................... 45
3.8. Aplicação das soluções filmogênicas como coberturas para
bananas............................................................................................................. 46
3.8.1. Coleta da fruta................................................................................... 46
3.8.2 Cobertura das bananas........................................................ 46
3.8.3 Análises realizadas nas bananas....................................................... 47
3.8.3.1. Perda de massa.......................................................................... 47
3.8.3.2. Cor............................................................................................... 48
3.8.3.2.1. Adaptação realizada no colorímetro......................................... 48
3.8.3.3. Dureza......................................................................................... 49
3.9. Cobertura em sementes.......................................................................... 51
3.9.1 Plantio das sementes......................................................................... 51
3.9.2. Velocidade de emergência................................................................ 52
3.9.3. Massa das matérias fresca e seca das plantas............................... 52
3.10. Análise estatística.................................................................................. 53
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................... 55
4.1. Ensaios preliminares............................................................................... 55
4.1.1. Combinação pectina (PEC) com cloreto de cálcio (CaCl2)............... 55
4.1.2. Limite de compatibilidade da triacetina............................................. 57
4.1.2.1. Adição de triacetina nos filmes de pectina.................................. 57
4.1.2.2. Adição de triacetina nos filmes de pectina adicionados de ácidos
graxos.................................................................................................... 58
4.2. Processo de secagem dos filmes............................................................ 61
4.3. Espessura dos filmes.............................................................................. 61
4.4. Aspecto visual dos filmes........................................................................ 62
4.5. Caracterização dos filmes a base de PEC adicionados de ácidos
graxos................................................................................................................ 62
4.5.1. Permeabilidade ao vapor de água..................................................... 62
4.5.2. Solubilidade em água........................................................................ 66
xiii
4.5.3. Propriedades mecânicas dos filmes.................................................. 66
4.6. Caracterização dos filmes compostos de pectina/gelatina adicionados ou
não de ácidos graxos......................................................................................... 69
5. CONCLUSÕES............................................................................................. 109
Anexos.............................................................................................................. 133
xiv
ÍNDICE DE FIGURAS p.
xv
do ambiente)........................................................................................................................... 94
Figura 14: Buquês de bananas fotografadas no 1o (a), 2o (b), 4o (c), 6o (d) e 8o dia (e) de
armazenamento (20,6 a 23,5oC e 39 a 51% de umidade relativa do ambiente) (onde,
CONTROLE=bananas sem cobertura; PEC/AE=bananas com cobertura a base de pectina
+ 6% de ácido esteárico e PEC/GEL=bananas com cobertura a base de pectina/gelatina
1:1).......................................................................................................................................... 95
Figura 15: Variação da cor (∆E) das bananas durante o período de armazenamento (20,6
a 23,5oC e 39 a 51% de umidade relativa do ambiente)........................................................ 97
Figura 16: Aspecto da cobertura PEC/GEL quando deslocada da casca da
banana.................................................................................................................................... 99
Figura 17: Emergência de plantas mantidas em casa-de-vegetação, durante 27
dias......................................................................................................................................... 103
Figura 18: aspecto visual das plantas emergidas no 23o dia após o plantio de sementes
de brócolos ((onde a=tratamento controle; b=pectina + 6% ácido esteárico; c=pectina +
6% ácido esteárico + nutrientes; d=pectina/gelatina 1:1; e=pectina/gelatina 1:1 +
nutrientes)............................................................................................................................... 105
xvi
ÍNDICE DE TABELAS p.
xvii
RESUMO
The development and application of edible films and coatings have been studied
for a long time in order to improve the quality of a packed or coated product. The
objective of this work was the development and characterization of pectin-based edible
films with fatty acids and pectin/gelatin blend films with the addition of fatty acids or not
and the application as coatings for bananas and broccoli seeds. Water vapor and
oxygen permeability, solubility in water, mechanical properties, opacity and surface
morfology were measured for the films. The addition of increasing concentrations of
lauric, palmitic and stearic acid and their blend (1:1:1 v/v/v) increased water vapor
permeability that was verified by the scanning electron microscopy that showed no
incorporation of these lipids into the film matrix. Films with gelatin/pectin blend showed
higher water vapor permeability, opacity and elongation and lower tensile strength when
the fatty acids blend was additioned. Films with higher concentration of gelatin had lower
solubility in water. There was no significant difference in oxygen permeability between all
the films. Films with lower water vapor permeability and higher tensile strength were
used as coatings for the application on ‘Nanica’ bananas and ‘Ramoso’ broccoli seeds.
Weight loss, firmness retention and color were analyzed in each 2 days during the
storage of bananas. For the seeds, counting and visual observation of the germinated
seeds were effected in each 3 days, and the fresh and dried weight of the plants were
determined in the end of the experiment. The coated bananas showed lower weight loss
and also firmness retention than the control. The coating application is unfeasible due to
the high loss of texture. The coated seeds showed no negative effect of the coating to
the growing of the plants.
xxi
1. INTRODUÇÃO
1
Cada material utilizado na elaboração de filmes ou coberturas apresenta
vantagens e desvantagens, sendo que a combinação deles pode promover melhoria
nas características desejadas, em relação a utilização individual.
2
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Biofilmes
O uso dos filmes ou coberturas comestíveis data dos séculos XII e XIII, na China,
onde laranjas e limões eram revestidos por uma camada de cera. Na Inglaterra, durante
o século XVI, diversos produtos alimentares eram recobertos por gordura animal a qual
funcionava como uma barreira de proteção à desidratação do alimento
(HARDENBURG, 1967 citado por BALDWIN, 1994).
3
Para a elaboração de uma solução filmogênica são necessários constituintes
básicos como: polímeros de alto peso molecular, denominados agentes formadores
(lipídios, proteínas e polissacarídeos), solvente (água e etanol), agente plastificante
(glicerol, sorbitol e triacetina) e agente ajustador de pH. Cada um desses materiais é
utilizado buscando oferecer determinadas características para o biofilme.
4
(GALIETTA et. al., 1998; McHUGH; KROCHTA, 1994a), celulose (AYRANCI; TUNC,
2001), alginato (CHA et. al., 2002), pectina (MARINIELLO et. al., 2003; FISHMAN;
COFFIN, 1998), carragena (CHA et. al., 2002), quitosana (JEON; KAMIL; SHAHIDI
2002; BUTLER et. al. 1996; WONG et. al. 1992), gelana (YANG; PAULSON, 2000a,
2000b), entre outros.
Dessa forma, para que haja uma melhora das características funcionais dos
filmes geralmente são realizadas misturas de hidrocolóides (proteínas ou
polissacarídeos) com substâncias hidrofóbicas (lipídios), originando assim filmes
compostos. Quando os polímeros são combinados eles podem interagir física e
quimicamente e resultar em filmes com melhores propriedades (SHIH, 1996).
5
2.2. Pectina
7
formem grumos que são de difícil dissolução. Quando submetida a condições pouco
ácidas (pH 5,0 ou acima) ou a temperaturas elevadas as pectinas podem ser facilmente
degradadas (MAY, 1997; ROLIN; De VRIES, 1990).
2.3. Gelatina
8
MURPHY, 2000). A Figura 2 representa a seqüência de aminoácidos na gelatina como
Glicina-X-Y onde X e Y normalmente são os aminoácidos prolina e hidroxiprolina,
respectivamente (POPPE, 1997).
10
2.4. Ácidos graxos
11
1994a). A permeabilidade ao vapor de água depende da relação hidrofóbica/hidrofílica
proporcionada pelos componentes do filme e da polaridade, grau de insaturação e de
ramificação dos lipídios presentes no filme (GONTARD et. al., 1994). Ao adicionarem os
ácidos esteárico, palmítico e láurico em filmes de metil celulose, AYRANCI; TUNC
(2001) observaram uma redução da permeabilidade ao vapor de água dos filmes.
12
2.6. Agente plastificante
13
Sorbitol e glicerol são plastificantes comumente utilizados em diversos processos
de elaboração de filmes, sendo o sorbitol cristalino a temperatura ambiente e o glicerol
líquido (ANKER; STADING; HERMANSSON, 2000). A triacetina, triglicerídeo de cadeia
curta parcialmente solúvel em água (CALLEGARIN et. al., 1997), também é um
plastificante que vem sendo adicionado nas formulações de filmes (FAKHOURI, 2002;
BERTAN, 2003).
14
solução filmogênica, o que facilita sua distribuição em camadas sobre os suportes e
retenção das bolhas de ar que podem ser formadas durante o preparo da solução.
2.8. Espessura
15
SOBRAL (1999) constatou que o aumento da espessura de biofilmes elaborados
a partir de gelatina (uma do tipo bovina e outra do tipo suína) resultava em um aumento
linear da força de ruptura do filme. O mesmo foi verificado por CUQ et. al. (1996) que
atribuíram seus resultados ao aumento da quantidade de matéria seca por superfície,
levando a um aumento superficial do número de cadeias de proteína e,
conseqüentemente, a um aumento do número de interações intermoleculares.
16
manter as características originais do produto, como a cor, por exemplo. Em filmes a
base de arabinoxilana, PÉROVAL et. al. (2002) observaram que a aparência dos filmes
tornou-se mais opaca com a adição de lipídios.
17
A propriedade de barreira ao vapor de água é um importante fator para a seleção
de um filme comestível como material a ser aplicado em sistemas alimentícios (JEON;
KAMIL; SHAHIDI, 2002).
SOBRAL et. al. (2001) verificaram que a permeabilidade ao vapor de água dos
filmes de gelatina bovina e suína aumentou de forma linear com a concentração de
sorbitol utilizado. Isso demonstrou que a característica higroscópica dos plastificantes
promoveu um aumento do conteúdo de água no filme, conseqüentemente aumentando
a mobilidade das moléculas.
18
absorção de água (McHUGH; KROCHTA, 1994b). BERTAN (2003) observou que a
adição de ácidos graxos (esteárico, palmítico e a mistura de ambos) em filmes de
gelatina provocou a redução da permeabilidade ao vapor de água devido ao aumento
da hidrofobicidade dos filmes. O mesmo foi encontrado por TANADA-PALMU;
GROSSO (2002) em filmes a base de glúten adicionados de ácidos graxos.
2.12. Solubilidade
A aplicação dos filmes pode exigir que os mesmos sejam pouco solúveis em
água, aumentando assim a integridade do produto (PEREZ-GAGO; KROCHTA, 2001a),
ou ainda, em alguns casos, a total solubilidade do filme em água antes do consumo do
produto pode ser benéfica.
Por outro lado, muitas aplicações dos filmes em alimentos têm por objetivo
reduzir a transferência de água do meio externo para o produto, promovendo assim
uma barreira. Assim, a solubilidade do material que compõe o filme está diretamente
19
relacionada a esta propriedade ficando implícito que se o filme apresentar-se altamente
solúvel, sua propriedade de barreira à água estará comprometida (SAKANAKA, 2002).
20
o que significa que os filmes que receberam a enzima foram menos extensíveis do que
os filmes sem o tratamento (MARINIELLO et. al. 2003).
2.14. Microscopia
21
FISHMAN et.al. (2000) ao estudarem a microestrutura de filmes extrusados a
base de pectina, amido e glicerol verificaram a presença de cavidades na superfície dos
mesmos. Os autores atribuíram o ocorrido a uma possível conseqüência do uso de
altas temperaturas e baixos teores de água durante o processo de extrusão.
22
água livre presente nos alimentos) dos componentes for igual a da cobertura ou filme
(FENNEMA; DONHOWE; KESTER, 1994).
23
extremamente resistente ao transporte de oxigênio seria desejável. Já em frutas e
hortaliças frescas um certo grau de permeabilidade ao oxigênio e dióxido de carbono é
necessário para evitar que ocorra respiração anaeróbica, resultando assim, em
desordens fisiológicas e uma rápida perda de qualidade (KESTER; FENNEMA, 1986).
24
de aplicação de pesticidas em sementes, o uso da cobertura faz-se importante uma vez
que pode reduzir o contato da pele humana com o produto químico. O uso de
pesticidas, quando adicionados juntos aos materiais de cobertura, também diminui o
risco de contaminação do meio ambiente, incluindo lençóis freáticos e destruição de
insetos benéficos à lavoura (TAYLOR; ECKENRODE; STRAUB, 2001).
25
Mudanças da cor e dureza são parâmetros qualitativos muito importantes para
algumas frutas. A perda de água das frutas frescas e hortaliças leva a uma diminuição
na turgescência e massa dos produtos com a conseqüente perda econômica e
qualitativa durante a comercialização (AVENAS-BUSTILLOS et. al., 1994).
26
que torna o caroteno cada vez mais evidente (BLEINROTH, 1978). Na banana verde há
um alto teor de amido (20%) que é transformado em sacarose, glicose e frutose, devido
a ação de amilases durante o amadurecimento (BLEINROTH, 1978; KITTUR et. al.,
2001). A protopectina, presente na membrana das células de bananas verdes é
transformada, por ação enzimática, em pectina solúvel, o que torna a textura da fruta
mais macia com o decorrer do amadurecimento (CARVALHO, 1984).
27
Tabela 1: Estágios de amadurecimento em relação a cor da casca de bananas.
Estágio de amadurecimento Coloração da casca da banana
1 Verde
2 Verde com um traço amarelo
3 Mais verde que amarelo
4 Mais amarelo que verde
5 Amarelo com extremidades verdes
6 Completamente amarelo
7 Amarelo com manchas pretas
8 Amarelo extensivamente manchado de preto
Fonte: GOUS; VAN-WYK; McGILL (1987).
A banana é uma fruta que não pode ser acondicionada a temperaturas mais
baixas que 12 ou 130C, devido às injúrias que pode apresentar quando submetida ao
frio (chilling injury) (SALUNKHE; DESAI, 1986).
28
com a aplicação de coberturas a base de lipídios em frutas (SHELLHAMMER;
KROCHTA, 1997).
29
No caso de armazenamento sob atmosfera modificada, alguns tipos de barreira,
como a utilização de sacos de polietileno (CARVALHO, 1984) e coberturas (BANKS,
1984; AMARANTE; BANKS, 2001) são utilizados para que haja uma redução do O2 e
aumento de CO2 no processo respiratório de uma fruta (CHITARRA; CHITARRA, 1990).
30
casca passa da coloração verde para amarelada. O gás ativador da maturação
normalmente é o etileno, sendo injetado na câmara nas primeiras 24h acarretando na
aceleração do processo respiratório. A fruta passa a absorver maior quantidade de
oxigênio e aumenta o desprendimento de gás carbônico. Em seguida é realizada uma
exaustão dos gases, injetando-se ar dentro da câmara, para que então mais um
procedimento de ativação da maturação venha a ocorrer por mais 24h (MOREIRA,
1987; BLEINROTH, 1978).
2.17. Brócolos
31
(óvulos encerrados em um ovário, que originam as sementes), na classe das
Dicotiledoneae (sementes com dois cotilédones), família botânica Cruciferae, espécie
denominada Brassica oleracea e variedade italica (CAMARGO, 1981). Atualmente a
família Cruciferae denomina-se Brassicaceae (CAMARGO, 1992).
Os brócolos (Brassica oleracea L. var. italica Plenck) são uma hortaliça anual, de
porte arbustivo. Produz inflorescência com haste carnosa e grossa, apresentando nas
extremidades tufos de botões florais de cor verde-azulada e comprimentos diversos,
segundo a cultivar. Os brotos e botões constituem a parte comestível. Sua propagação
é realizada por sementes, sendo o ciclo entre a semeadura e a colheita de 90 a 100
dias. Apresentam bons teores de proteína (3,3%), fósforo (70mg/100g de produto
cozido), riboflavina (150mg/100g de produto cozido), altos teores de cálcio
(400mg/100g de produto cozido) e vitamina C (74mg ácido ascórbico/100g de produto
cozido). Dentre as cultivares existentes no mercado brasileiro mencionam-se: Ramoso
Piracicaba, Ramoso Brasília, Piracicaba Precoce de Verão, Calabresa e Condor
(TRANI; PASSOS, 1998).
32
2.18. Germinação de sementes
33
• da absorção de água resulta a reidratação dos tecidos, o que intensifica a
respiração e demais atividades metabólicas e promove o fornecimento de
energia e nutrientes necessários para o crescimento das sementes.
• a temperatura influencia a velocidade de germinação, havendo determinados
limites superiores e inferiores que variam conforme as espécies de sementes. O
aumento da temperatura provoca um aumento da velocidade de absorção de
água até um certo limite.
• O oxigênio é necessário para o aumento da atividade respiratória exigida no
processo de germinação e, subseqüente, crescimento e desenvolvimento da
planta.
34
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1. Materiais
35
Os filmes obtidos foram avaliados quanto à facilidade de dispersão nas placas,
aspecto visual e resistência ao manuseio após a secagem.
Um outro filme de pectina foi elaborado a partir de uma solução 2% PEC (p/v),
seguindo todas as condições citadas inicialmente. Porém, nesta elaboração não houve
o acréscimo de CaCl2. Após 38h de secagem a temperatura ambiente, esses filmes de
PEC também foram retirados das placas e armazenados durante 48h em
dessecadores, contendo nitrato de magnésio saturado, seguindo as condições já
relatadas. Os filmes de PEC adicionados ou não de CaCl2 foram então caracterizados
quanto as propriedades de permeabilidade ao vapor de água (PVA), solubilidade (SOL)
em água e resistência mecânica, sendo os resultados comparados entre si.
36
PEC
Ensaios preliminares
12%AE 12%AE 12%AE
Filmes elaborados
12%AL 12%AP 12%AE 12%Ble
Filmes elaborados
1:9 (v/v) 1:1 (v/v) 9:1 (v/v)
3.5. Elaboração de filmes compostos de PEC e ácido esteárico (AE) com variação
do teor de triacetina
Uma solução de PEC a 2% (p/v) foi mantida em chapa com aquecimento a 600C
e agitação magnética moderada até completa solubilização do material. Em seguida um
teor de 6% (p/p) de ácido esteárico (AE) e 1% de triacetina (ambos em relação ao peso
de pectina) foram aquecidos em placa com aquecimento a 800C, onde foi adicionada a
38
solução de PEC. Essa solução filmogênica PEC/AE e 1% triacetina foi mantida sob
agitação moderada durante 5min sendo em seguida espalhada em volume de 38mL
sobre placas plaxiglass de diâmetro de 14cm para secagem a temperatura ambiente
durante 33h. O mesmo procedimento foi repetido para os filmes com adição de 12 ou
18% de AE.
Após a secagem todos esses filmes foram retirados das placas e armazenados
em dessecadores, contendo nitrato de magnésio, a 25ºC e 52 ± 2% UR durante 48hs
antes das análises.
Previamente uma solução de PEC 2%(p/v) foi mantida sob aquecimento a 600C
com agitação magnética moderada até que a completa solubilização do material fosse
obtida. Um teor de 1%(p/p) de triacetina, em relação ao peso da pectina, foi adicionado
a solução mantendo-se o aquecimento e agitação magnética durante 5min.
39
Em seguida cada ácido utilizado no filme foi solubilizado (separadamente) em
placa aquecedora a 800C. A solução de PEC previamente elaborada, mantida sob pH
natural, foi então adicionada ao ácido solubilizado mantendo-se o aquecimento a 600C
da solução e agitação forte até completa incorporação do lipídio na solução de pectina.
Alíquotas de 38mL foram pipetadas e distribuídas em placas plaxiglass de 14cm de
diâmetro. Os filmes contidos nas placas foram mantidos a temperatura ambiente (25ºC)
e sobre superfícies niveladas durante 33h para secagem. Posteriormente foram
retirados das placas e armazenados em dessecadores, a 25ºC e 52 ± 2% UR, durante
48h antes das análises.
40
repouso à temperatura ambiente (250C) durante 1h para hidratar. Em seguida a solução
foi aquecida em banho-maria a 900C durante 10min. Paralelamente, a solução de PEC
foi mantida em aquecimento e agitação até que todo o material se solubilizasse,
seguindo os procedimentos relatados inicialmente em 3.6.1.
41
sob aquecimento a 60oC e agitação moderada durante 3min. A alíquota de cada
solução distribuída nas placas plaxiglass foi de 16, 28 e 38mL para as respectivas
proporções citadas acima. Após um período de 22, 30 e 38h para secagem dos filmes,
respectivamente para as proporções 1:9, 1:1 e 9:1, os mesmos foram armazenados em
dessecadores da mesma forma citada nos itens anteriores.
42
vapor de água transferido através do filme. As análises foram realizadas em triplicata.
O cálculo dos valores de PVA foi obtido utilizando-se da seguinte fórmula:
m⋅e
PVA =
t ⋅ A ⋅ ∆p
onde,
43
do: distância inicial entre as garras (mm)
onde,
44
PO = permeabilidade ao oxigênio (cm3µm/m 2 d.kPa)
TTO = taxa de transmissão de oxigênio (mL/m2 dia)
e = espessura (µm)
∆p = diferença de pressão parcial entre os dois lados do filme (KPa)
45
de cobre. As amostras foram recobertas com ouro (SPUTTER COATER BALZERS–
SCD 050, Baltec, Lichtenstein, Áustria), a 250C e pressão de 2 x 105 Torr por 180s e,
em seguida, observadas em microscópio eletrônico de varredura (JEOL SCANNING
MICROSCOPE -JMS-5800LV) a 10 kV.
46
3.8.2 Cobertura das bananas
47
Os frutos pertencentes a cada tratamento foram pesados, na forma de buquês,
em balança semi-analítica no 1o, 2o, 4o, 6o e 8o dia de armazenamento. O cálculo da
perda de massa foi realizado a partir da relação entre a massa das bananas em um
determinado dia de análise e a massa inicial, expresso em porcentagem. Durante o
período de estocagem as bananas submetidas a essa análise foram sempre as
mesmas, garantindo assim que a alteração da massa estivesse relacionada exatamente
a cada tratamento.
3.8.3.2. Cor
A variação de cor (∆E) das bananas de cada tratamento foi calculada através
da fórmula ∆E=[(∆L)2+(∆a)2+(∆b)2]0,5, em intervalos de dois dias, sendo os valores
iniciais dos parâmetros L, a e b aqueles obtidos no primeiro dia de armazenamento.
48
cor das bananas pudessem ser efetuadas.
3.8.3.3. Dureza
49
Figura 5: Obtenção da medida de dureza das bananas com o auxílio do aparelho
Texturômetro TA-XT2.
51
velocidade de 25rpm e jato de ar frio. A drageadeira consiste de um recipiente preso em
um eixo horizontal ou levemente inclinado, que permite a rotação do equipamento.
Cerca de 4 dias antes do plantio das sementes os vasos foram lavados com
solução de Super Cândida® (hipoclorito de sódio, hidróxido de sódio, cloreto de sódio e
água) contendo de 2 a 2,5% de cloro ativo (p/p). Foram diluídos 150mL do produto em
10 litros de água. No dia anterior ao plantio os vasos foram preenchidos com terra
peneirada proveniente de local não cultivado (Anexo 2), sendo esta, a seguir, tratada
com solução Mancozeb, eficaz para o controle fúngico (20 g do produto por 10 litros de
água).
53
visando assim uma maior uniformidade do material. Após a colocação das sementes,
55 ± 5mL de terra foram colocados sobre as sementes distribuídas nos vasos.
A análise estatística dos dados foi efetuada por meio de análises de variância
(ANOVA) e do teste de Tukey, o qual foi utilizado para determinar as diferenças
significativas das médias das propriedades dos filmes e das análises realizadas nas
bananas e sementes de brócolos, com intervalo de 95% de confiança. O programa
computacional Statistica® 5.5 (Stasoft, USA) foi utilizado para esses cálculos.
54
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
55
placas plaxiglass.
56
um aumento da propriedade mecânica dos filmes (GALIETTA et. al., 1998). A
solubilidade em água desses filmes foi de 100%.
57
4.1.2.2. Adição de triacetina nos filmes de pectina adicionados de ácidos graxos
Acima de 10% todos os filmes (PEC com ácido láurico,AL; PEC com ácido
palmítico,AP; PEC com ácido esteárico,AE) apresentaram aspecto oleoso após a
secagem e abaixo de 1% os filmes apresentaram coloração não uniforme após secos.
YANG; PAULSON (2000b) relataram que a adição de plastificantes aos filmes pode
apresentar um limite de compatibilidade com o material utilizado como componente da
matriz filmogênica e este limite é alcançado quando o plastificante começa a migrar do
filme promovendo uma separação de fases e expulsão física do mesmo do interior da
matriz.
58
O filme de PEC contendo AE foi o escolhido para ser caracterizado quanto às
propriedades de barreira e resistência mecânica nos ensaios preliminares, pois dentre
os ácidos graxos em estudo este foi o que apresentou, na prática laboratorial, maior
facilidade para incorporação.
59
tenha promovido uma melhor distribuição dos ácidos graxos, não apresentou efeito
plastificante quando observados os resultados de RT e E (Tabela 3). Provavelmente, a
disposição física das moléculas de triacetina, junto aos ácidos graxos, pode ter
contribuído para tal efeito.
Tabela 3: Caracterização dos filmes a base de pectina (PEC), a 250C, variando o teor
de triacetina (Tri) e ácido esteárico (AE), quanto a espessura, permeabilidade ao vapor
de água (PVA), resistência à tração (RT) e elongação (E).
Filmes Espessura PVA* RT (MPA)* E (%)*
(mm) (g.mm/m2.d.KPa)
PEC+6%AE 1%Tri 0,065 ± 0,004 5,03 ± 0,64d 51,07 ± 3,38bc 3,50 ± 0,49bc
5%Tri 0,059 ± 0,006 6,50 ± 0,33bc 59,99 ± 2,28ª 3,95 ± 0,85b
10%Tri 0,060 ± 0,004 7,68 ± 0,43b 48,96 ± 2,61c 2,21 ± 0,45d
PEC+12%AE 1%Tri 0,069 ± 0,008 5,89 ± 0,56cd 47,34 ± 1,35cd 2,96 ± 0,36bcd
5%Tri 0,064 ± 0,005 7,00 ± 0,21bc 47,70 ± 2,57c 2,96 ± 1,02bcd
10%Tri 0,068 ± 0,006 9,42 ± 0,07ª 42,05 ± 3,81d 2,71 ± 0,61cd
PEC+18%AE 1%Tri 0,070 ± 0,004 6,91 ± 0,40bc 46,62 ± 0,70cd 5,99 ± 0,01a
5%Tri 0,067 ± 0,010 7,68 ± 0,47b 54,17 ± 2,74b 3,95 ± 0,53b
10%Tri 0,066 ± 0,005 6,55 ± 0,31bc 47,40 ± 1,38c 2,87 ± 0,48cd
a-d
*média e desvio padrão de repetições. Médias na mesma coluna com letras sobrescritas distintas são
significativamente diferentes, de acordo com o teste de Tukey (P<0,05) (filmes condicionados a 250C e
52 ± 2%UR durante 48h antes das análises).
60
Em relação à propriedade de solubilidade em água, todos os filmes de PEC
adicionados de AE e Tri apresentaram-se 100% solúveis. Em filmes de caseinato de
cálcio adicionados de 30% de glicerol, TOMASULA et. al. (1998) também constataram
uma solubilidade de 100% dos filmes quando imersos em água (250C).
61
couro bovino e também gelatina de pele suína, SOBRAL (1999) constatou que a força
na ruptura, a permeabilidade ao vapor de água e a cor desses filmes aumentaram
linearmente com o aumento da espessura.
62
esses filmes caracterizados foram adicionados de 1% de triacetina no processo de
elaboração.
Os filmes de PEC adicionados dos ácidos graxos palmítico (AP), esteárico (AE)
ou ainda a blenda (mistura) destes (1AL: 1AP: 1AE) apresentaram um aumento da
permeabilidade ao vapor de água (Tabela 4) quando o teor de ácidos graxos foi
aumentado de 6 para 18%. Em filmes a base de amido, a adição de lipídios também
promoveu um aumento da permeabilidade ao vapor de água (GARCIA; MARTINO;
ZARITZKI, 2000).
63
Dessa forma, possivelmente a matriz filmogênica de PEC, com o aumento da
concentração de ácidos graxos, apresentou descontinuidades permitindo assim que,
facilmente, houvesse a migração de vapor de água pelo filme.
64
aumento significativo da permeabilidade em comparação aos filmes com ácidos graxos
estudados separadamente (exceto quando comparado ao filme de PEC adicionado de
12% de AL) (Tabela 4), revelando assim que a associação dos ácidos graxos promoveu
uma maior passagem de água. Contrariamente YANG; PAULSON (2000a) verificaram
que os filmes de gelana elaborados com a blenda de ácido esteárico e palmítico (1:1)
apresentaram-se efetivos na redução da PVA. Em filmes a base de glúten, a adição de
30% da mistura ácido esteárico/palmítico e cera de abelha resultou em uma PVA menor
(1,65 gmm/m2d.KPa) que a apresentada pelos filmes de PEC adicionados da blenda de
ácidos (TANADA-PALMU; GROSSO, 2002).
65
justificaram a menor permeabilidade ao vapor d’água do ácido esteárico devido ao
aumento do conteúdo de grupos hidrofóbicos com o aumento do tamanho da cadeia.
Ao contrário desses resultados WONG et. al. (1992) verificaram que nos filmes
de quitosana a adição de ácido láurico foi mais eficiente como barreira à água que nos
filmes contendo ácido palmítico.
66
totalmente ao entrar em contato com água (GUILBERT; BIQUET, 1989).
67
resistência a tração dos filmes quando comparados aos filmes com adição de tipos
separados de ácidos. Contrariamente a esse comportamento observado, YANG,
PAULSON (2000a) observaram uma redução da resistência à tração e da elongação ao
aumentarem a concentração da blenda de AE/AP nos filmes de gelana.
Tabela 5: Resistência à tração (RT) e elongação (E) dos filmes compostos de pectina
(PEC) e ácidos graxos (250C).
Filmes* RT (MPa)** E (%)**
PEC/AL 6% 54,94 ± 1,16cd 1,85 ± 0,29fg
12% 56,82 ± 1,97c 3,71 ± 0,36bcde
18% 49,55 ± 3,83efg 3,70 ± 0,78bcde
PEC/AP 6% 61,27 ± 0,52b 2,82 ± 0,23ef
12% 54,22 ± 0,28cd 2,87 ± 0,25ef
18% 56,06 ± 0,40c 1,77 ± 0,31g
PEC/AE 6% 51,07 ± 3,38def 3,50 ± 0,49cde
12% 47,34 ± 1,35fg 2,96 ± 0,36de
18% 46,62 ± 0,70g 5,99 ± 0,01a
PEC/ble 6% 75,89 ± 3,06a 4,49 ± 0,72b
12% 62,91 ± 3,18b 4,07 ± 0,84bc
18% 51,72 ± 2,39de 3,90 ± 0,44bcd
*AL=ácido láurido; AP=ácido palmítico; AE= ácido esteárico; ble=blenda dos ácidos graxos. **média e
a-g
desvio padrão de repetições. Médias na mesma coluna com letras sobrescritas distintas são
significativamente diferentes, de acordo com o teste de Tukey (P<0,05) (filmes condicionados a 250C e
52 ± 2%UR durante 48h antes das análises).
68
filmes de gelana adicionados de 25% da blenda de ácido esteárico e palmítico,
caracterizados por YANG; PAULSON (2000a) (13MPa e 24%, respectivamente). Em
relação ao filme comercial cloreto de polivinilideno, os filmes de PEC apresentaram uma
elongação cerca de 10 vezes menor e resistência semelhante (BRISTON, 1988).
69
placas aquecidas a 600C, incorporados à solução de pectina e depois à gelatina;
juntamente com a solução de gelatina em banho-maria e depois adicionados à pectina.
Porém, nenhuma das tentativas apresentou formação de filmes com aspecto
homogêneo. Apenas quando a blenda de 6% de ácidos graxos (1:1:1 de AL:AP:AE) foi
adicionada verificou-se uma boa incorporação dos mesmos na matriz filmogênica,
originando filmes com aspecto homogêneo, visualmente.
70
Tabela 6: Permeabilidade ao vapor de água (PVA) dos filmes compostos de
pectina/gelatina (PEC/GEL) adicionados ou não da blenda (ble) de ácidos graxos
(250C).
Filmes Espessura (mm) PVA (g.mm/m2d.KPa)*
1PEC:9GEL 0,067 ± 0,008 5,38 ± 0,35b
1PEC:1GEL 0,066 ± 0,005 4,35 ± 0,82c
9PEC:1GEL 0,069 ± 0,004 5,65 ± 0,52b
1PEC:9GEL 6%ble 0,065 ± 0,008 9,26 ± 0,49a
1PEC:1GEL 6%ble 0,068 ± 0,009 9,02 ± 0,14a
9PEC:1GEL 6%ble 0,065 ± 0,004 9,02 ± 0,11a
a-c
* Médias na mesma coluna com letras sobrescritas distintas são significativamente diferentes, de
acordo com o teste de Tukey (P<0,05) (filmes condicionados a 250C e 52 ± 2%UR durante 48h antes das
análises).
Os valores de PVA, obtidos neste trabalho, para os filmes PEC/GEL sem adição
da blenda de ácidos graxos foram menores que o observado por TAYLOR (1986) para
o filme de celofane (7,27gmm/m2d. KPa,) e por BERTAN (2003) em filmes de gelatina
com 15% de triacetina (27gmm/m2d. KPa), e maiores que os observados por SMITH
(1986) para filmes de polietileno de alta densidade (0,02 gmm/m2d. KPa,).
71
Em filmes da mistura pectina/etilcelulose foi observado por MACLEOD, FELL,
COLLET (1997) que a adição de pectina não afetou a permeabilidade dos filmes de
etilcelulose. A pectina, a qual apresenta capacidade para ligações através de pontes de
hidrogênio, pode interagir com a etilcelulose e, conseqüentemente, diminuir os locais
disponíveis para a interação da etilcelulose com a água. Então, o esperado aumento da
permeabilidade à água não ocorre.
4.6.2. Solubilidade
72
ao caracterizarem filmes de gelatina (10% p/v) adicionados de 0,5g de glicerol
encontraram uma solubilidade em água de 18%.
73
4.6.3. Propriedades mecânicas
74
1988) e de policloreto de vinila (27,6 à 34,5MPa, BRISTON, 1988).
75
isolado protéico do soro do leite adicionados de sorbitol (1:1) obtiveram uma
permeabilidade ao oxigênio em torno de 8 cm3µm/m2d.kPa, enquanto os mesmos filmes
acrescidos de cera de abelha apresentaram aproximadamente 12 cm3µm/m2d.kPa (a
230C, 50%UR).
Embora não tenha sido significativa a diferença dos valores obtidos para a
permeabilidade ao oxigênio dos filmes combinados (PEC/GEL) foi observado que com
o aumento do teor de PEC utilizada na formulação dos filmes houve um ligeiro aumento
nos valores obtidos (Tabela 9).
76
Tabela 9: Permeabilidade ao oxigênio, a 250C, dos filmes de pectina (PEC) adicionados
de ácidos graxos e dos filmes compostos pectina/gelatina (PEC/GEL) com e sem
adição da blenda (ble) de ácidos.
Filmes* Permeabilidade ao O2
(cm3µm/m2 d.kPa)**
PEC/AL 6% 9,98 ± 1,55a
PEC/AP 6% 10,89 ± 1,33a
PEC/AE 6% 11,49 ± 0,38a
PEC/ble 6% 11,52 ± 1,51a
10Pec:90Gel 10,35 ± 1,31a
50Pec:50Gel 12,99 ± 1,78a
90Pec:10Gel 12,17 ± 1,10a
10Pec:90Gel 6%ble 12,87 ± 1,34a
50Pec:50Gel 6%ble 12,56 ± 1,05a
90Pec:10Gel 6%ble 13,17 ± 0,58a
*AL=ácido láurido; AP=ácido palmítico; AE= ácido esteárico; ble=blenda dos ácidos graxos. **média e
a
desvio padrão de repetições. Médias com letras sobrescritas distintas são significativamente diferentes
(P<0,05), de acordo com a ANOVA e teste de Tukey (filmes condicionados a 250C e 52 ± 2%UR durante
48h antes das análises).
77
4.8. Opacidade dos filmes
20 Padrão PVC
18 Pec 6%AE
Opacidade (% )
16 Pec 6%AP
14 Pec 6%AL
12 Pec 6%blenda
10 1P:9G
8
1P:9G 6%blenda
6
1P:1G
4
2 1P:1G 6%blenda
0 9P:1G
9P:1G 6%blenda
Filmes
79
A adição da blenda de lipídios a esses filmes combinados de PEC/GEL
promoveu um ligeiro aumento da opacidade. YANG; PAULSON (2000a) também
observaram um aumento na opacidade dos filmes à base de gelana proporcional à
concentração da blenda AE/AP adicionada, revelando assim que a adição de lipídio a
um filme o torna mais opaco, com coloração esbranquiçada.
81
da matriz filmogênica, ou seja, os lipídios, representados pelas estruturas arredondadas
nas Figuras 8(a, b, c, d) e 9(b) não se incorporaram à matriz, originando assim uma
estrutura irregular. YANG e PAULSON (2000a) também observaram uma estrutura
irregular dos filmes de gelana adicionados da blenda de ácidos esteárico e palmítico.
FAKHOURI (2002), entretanto, observou que o AL estava fortemente ligado à matriz
filmogênica de gelatina.
82
a b
c d
Figura 8: Imagens fotográficas obtidas através de microscopia eletrônica de varredura
(MEV) dos filmes: a, pectina com 6% de ácido láurico (300X); b, pectina com 6% de
ácido palmítico (300X); c, pectina com 6% de ácido esteárico (300X); d, pectina com
6% da blenda (1:1:1) dos ácidos graxos (300X) (filmes condicionados a 250C e 0%UR
durante 7 dias antes das análises).
83
a b
Figura 9: Imagens fotográficas obtidas através de microscopia eletrônica de varredura
(MEV) dos filmes compostos: a, pectina/gelatina (1:1) (300X); b, pectina/gelatina (1:1)
adicionado de 6% da blenda de ácidos graxos (1:1:1) (300X) (filmes condicionados a
250C e 0%UR durante 7 dias antes das análises).
85
4.10. Aplicação de coberturas em bananas
87
15
14
13
12
11
Perda de massa (%)
10
9
8
CONTROLE
7
6
PEC/AE
5 PEC/GEL
4
3
2
1
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tempo (dias)
88
KITTUR et. al. (2001) ao estudarem bananas com coberturas a base de
quitosana, verificaram uma redução da perda de massa de cerca de 30-35% menor que
o valor encontrado para as bananas do grupo controle, enquanto que BEN-YEHOSHUA
(1966), ao aplicar a cobertura a base da emulsão de polietileno e cera em bananas
nanicas, observou uma redução de 25 a 50%. Em contraposição, BANKS (1984)
observou que a cobertura comercial TAL Pro-long utilizada em banana (variedade
Cavendish) foi ineficiente para reduzir a perda de massa, sugerindo que houve pouco
efeito da cobertura na transpiração.
4.10.2. Dureza
89
da mesma sempre ocorreu de forma semelhante entre as repetições.
5 CONTROLE
PEC/AE
4
PEC/GEL
Força (N)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tempo (dias)
Figura 11: Dureza das bananas ao longo do período de armazenamento (20,6 a 23,50C
e 39 a 51% de umidade relativa do ambiente).
90
Figura 12: Corte realizado nas bananas submetidas à análise de dureza no 6o dia de
armazenamento.
A firmeza de kiwis não recobertos apresentou uma diminuição de 68N para 31N
após 12 dias de análise de vida de prateleira. Essas mesmas frutas, quando recobertas
com solução filmogênica a base de pululana/poliester de sacarose, apresentaram uma
diminuição mais acentuada chegando a 24N, no mesmo período e mesmas condições
de armazenamento que as frutas não recobertas (DIAB et. al. 2001).
91
bananas que receberam a aplicação de uma cobertura foi inferior à encontrada para a
banana controle. Provavelmente, a baixa permeabilidade ao oxigênio dessas coberturas
causou essa injúria fisiológica.
Segundo BAI et. al., (2003), coberturas com baixa permeabilidade a gases
promovem uma mudança entre a atmosfera interna e a externa da fruta, resultando em
um atmosfera modificada. SILVA; SOARES; GERALDINE (2003) ao embalarem
mandiocas minimamente processadas com filmes de poliolefina multicamadas
atribuíram as injúrias fisiológicas ocorridas à baixa permeabilidade das embalagens a
gases em relação à intensa respiração do produto.
BAI et. al. (2003) ao recobrirem maçãs com coberturas a base de zeína
relataram que a adição de 8-15% de polietilenoglicol na formulação tendia a bloquear
93
os poros na casca. Então as trocas gasosas eram mais dependentes da permeação
que da difusão. No entanto, quando o teor de polietilenoglicol foi de 4% nessas
coberturas, as trocas gasosas através dos poros, na casca das frutas, aumentaram.
4.10.3. Cor
Nos ensaios realizados com os azulejos de cores verde, azul, amarelo e rosa
observou-se que não houve diferença entre os resultados obtidos com o orifício de 1 ou
0,25 polegadas de diâmetro (Tabela 10). Dessa forma verificou-se a viabilidade em
utilizar a adaptação no colorímetro para prosseguimento das análises.
94
Tabela 10: Média e desvio padrão dos parâmetro L, a e b das diferentes cores de
azulejos utilizados para ensaio experimental no colorímetro com orifício de 1 e 0,25(*)
polegada de diâmetro.
Cor Parâmetros:
L a b
Verde 68,87 ± 0,02a -11,77 ± 0,03a 5,75 ± 0,06a
Verde* 68,88 ± 0,01a -11,74 ± 0,04a 5,70 ± 0,07a
Rosa 69,31 ± 0,08a 22,08 ± 0,12a 7,11 ± 0,10a
Rosa* 69,20 ± 0,21a 22,02 ± 0,10a 7,01 ± 0,09a
Azul 68,19 ± 0,10a 9,04 ± 0,01a 10,03 ± 0,11a
Azul* 68,24 ± 0,07a 9,03 ± 0,01a 9,95 ± 0,09a
Amarelo 79,38 ± 0,23a 2,65 ± 0,06a 20,03 ± 0,12a
Amarelo* 79,53 ± 0,27a 2,65 ± 0,06a 19,98 ± 0,13a
*medida de cor realizada com a adaptação de um orifício de 0,25 polegadas no
a
colorímetro. Médias com letras sobrescritas iguais, entre cores iguais, não diferem
significativamente (P<0,05), de acordo com o teste de Tukey.
95
Ao longo de 8 dias de armazenamento as bananas apresentaram diminuição do
parâmetro L e b, enquanto o parâmetro a apresentou um ligeiro aumento (Figura 13),
indicativo da alteração de cores da casca da banana durante seu amadurecimento.
60
55
50
L
45
40
Índice de cor
35 CONTROLE
PEC/AE
30
PEC/GEL
25
20 b
15
10
5 a
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tempo (dias)
96
de bananas recobertas com PEC/GEL apresentou poucas regiões com presença
dessas manchas pretas, em relação aos outros dois grupos, revelando que este tipo de
cobertura contribuiu com a manutenção da cor das bananas durante 8 dias de
armazenamento.
97
a b
c d
e
Figura 14: Buquês de bananas fotografadas no 1o (a), 2o (b), 4o (c), 6o (d) e 8o dia (e)
de armazenamento (20,6 a 23,50C e 39 a 51% de UR ambiente) (onde,
CONTROLE=bananas sem cobertura; PEC/AE=bananas com cobertura de pectina +
6% de ácido esteárico e PEC/GEL=bananas com cobertura de pectina/gelatina 1:1).
99
Durante todo o intervalo de tempo estudado, a variação de cor (∆E) das bananas
foi avaliada sempre em relação aos valores obtidos no primeiro dia de estocagem.
Assim, verificou-se que os valores de ∆E aumentaram com o tempo para todos os
tratamentos (Figura 15), indicando o amadurecimento das bananas ao longo do período
de armazenamento.
CONTROLE
12 PEC/AE
11 PEC/GEL
10
9
Variação de cor
8
7
6
5
4
3
2
1
0 2 4 6 8 10
Tempo (dias)
Figura 15: Variação da cor (∆E) das bananas durante o período de armazenamento
(20,6 a 23,50C e 39 a 51% de umidade relativa do ambiente).
101
aplicação da cobertura PEC/AE foram gastos em torno de 6g da solução/buquê (ou
seja, a cada grupo de três bananas), enquanto nas bananas com cobertura de
PEC/GEL foram utilizados por volta de 3,4g da solução/ buquê.
103
4.11. Aplicação de coberturas em sementes de brócolos
O solo utilizado para o plantio das sementes foi caracterizado pelo Instituto
Agronômico de Campinas (Anexo 2). As condições de fertilidade desse solo, o
fornecimento constante de umidade ao mesmo e o ambiente protegido da casa-de-
vegetação propiciaram condições ideais para o desenvolvimento de plantas
provenientes das sementes de brócolos.
WEST et. al., (1985), verificaram que a aplicação da cobertura a base de PVDC
em sementes de soja promoveu uma germinação mais rápida do que nas sementes
sem a cobertura. Em condições limitadas de umidade, como freqüentemente ocorre no
campo, a cobertura de sementes pode agir como um coletor de água por capilaridade
ou aumentar a tensão superficial e beneficiar a capacidade de germinação (WEST et.
al., 1985).
106
100
Em ergência das plantas (% )
90
80
70
60
Controle
50
PEC/AE
40
PEC/AE nutri
30
PEC/GEL
20
10
PEC/GEL nutri
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28
Tem po (dias)
107
Tabela 11: Caracterização dos diferentes tratamentos de sementes de brócolos.
Tratamento No de Matéria Matéria Matéria Matéria
das sementes plantas/parcela fresca/parcela seca/parcela fresca/planta seca/planta
(g) (g) (g) (g)
Controle 15,00 ± 2,71a 11,61 ± 1,49a 1,61 ± 0,24a 0,78 ± 0,05a 0,11 ± 0,00a
PEC/AE 15,75 ± 2,36a 10,24 ± 1,68a 1,35 ± 0,25a 0,66 ± 0,11a 0,09 ± 0,02a
PEC/AE nutri 16,75 ±0,50a 10,77 ± 0,78a 1,53 ± 0,11a 0,64 ± 0,03a 0,09 ± 0,01a
PEC/GEL 16,75 ± 2,06a 11,55 ± 0,67a 1,50 ± 0,09a 0,70 ± 0,07a 0,09 ± 0,01a
PEC/GEL nutri 16,00 ± 1,41a 10,71 ± 1,53a 1,48 ±0,33a 0,60 ± 0,12a 0,08 ± 0,02a
a
Médias na mesma coluna com letras sobrescritas iguais não diferem significativamente ao nível de
P<0,05, de acordo o teste de Tukey.
108
a
b c
d e
Figura 18: Aspecto visual das plantas emergidas no 23o dia após o plantio de sementes
de brócolos (onde a=tratamento controle; b=pectina + 6% ácido esteárico; c=pectina +
6% ácido esteárico + nutrientes; d=pectina/gelatina 1:1; e=pectina/gelatina 1:1 +
nutrientes).
109
A busca por novas alternativas para a agricultura trazendo benefícios ao homem
tem sido alvo de inúmeros investimentos no campo da pesquisa científica. Assim, junto
à cobertura filmogênica produtos agroquímicos como inseticidas, pesticidas e
herbicidas, por exemplo, podem ser adicionados com o objetivo de reduzir a aplicação
posterior desses produtos nas plantas emergidas (ESTER; VAN DE STEENE;
DRIEGHE, 1997; ESTER; de VOGEL; BOUMA, 1997). Outros fatores, que também
podem trazer benefícios com a aplicação de coberturas em sementes é a redução do
contato manual e tempo de exposição de trabalhadores aos pesticidas e do índice de
contaminação do ambiente, bem como redução da perda de insetos benéficos
(TAYLOR; ECKENRODE; STRAUB, 2001). A aplicação de coberturas, que
proporcionem a garantia de uma maior taxa de germinação, também pode contribuir
positivamente no âmbito do agronegócio.
111
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMARANTE, C.; BANKS, N. H. Postharvest physiology and quality of coated fruits and
vegetables. In: JANICK, J. Horticultural Reviews. New York: John Wiley & Sons. v.26,
p.161-238, 2001.
ANKER, M.; STADING, M.; HERMANSSON, A. Aging of whey protein films and the
effect on mechanical and barrier properties. Journal of Agricultural and Food
Chemistry. Washington, v.49, n.2, p.989-995, 2001.
ARVANITOYANNIS, I. S.; NAKAYAMA, A.; AIBA, S. Chitosan and gelatin based edible
films: state diagrams, mechanical and permeation properties. Carbohydrate Polymers.
Oxford, v.37, n.4, p.371-382, 1998.
ASTM. Standard test methods of water vapor transmission of materials. Annual Book
of ASTM Standards, American Society for Testing and Materials, Philadelphia, E 96-95,
1995a.
ASTM. Tensile properties of thin plastic sheeting. Annual Book of ASTM Standards,
American Society for Testing and Materials, Philadelphia, D 882, 1995b.
AXELOS, M. A. V.; THIBAULT, J. F. The chemistry of low methxyl pectin. In: WALTER,
R. H. The chemistry and technology of pectin. New York: Academic Press. p.109-
118, 1991.
AYRANCI, E.; TUNC, S. The effect of fatty acid content on water vapour and carbon
dioxide transmissions of cellulose-based edible films. Food Chemistry. Oxford, v.72,
n.2, p.231-236, 2001.
AYRANCI, E.; TUNC, S. A method for the measurement of the oxygen permeability and
the development of edible films to reduce the rate of oxidative reactions in fresh foods.
Food Chemistry. Oxford, v.80, n.2, p.423-431, 2003.
114
BAI, J.; ALLEYNE, V.; HAGENMAIER, R. D.; MATTHEIS, J. P.; BALDWIN, E. A.
Formulation of zein coatings for apples (Malus domestica Borkh). Postharvest Biology
and Technology. Amsterdam, v.28, n.2, p.259-268, 2003.
BALDWIN, E. A. Edible coatings for fresh fruits and vegetables: past, present, and
future. IN: KROCHTA, J. M.; BALDWIN, E. A.; NISPEROS-CARRIEDO, M. O. Edible
coatings and films to improve food quality. Publishing Company. Lancaster,
Pennsylvania. p.25-64, 1994.
BANKS, N. H.; DADZIE, B. K.; CLELAND, D. J. Reducing gas exchange of fruits with
surface coatings. Postharvest Biology and Technology. Amsterdam, v.3, p.269-284,
1993.
115
BIONDO, C. J. Manual técnico de cultivo de hortaliças. Associação Brasileira do
Comércio de Sementes e Mudas (ABCSM). São Paulo: 58p, 2000/2001.
BRISTON, J. H. Plastic films. 3ed. New York: John Wiley & Sons, Inc. p. 349, 407,
1988.
BUTLER, B. L.; VERGANO, P. J., TESTIN, R. F., BUNN J. M., WILES J. L. Mechanical
and barrier properties of edible chitosan films as affected by composition and storage.
Journal of Food Science. Chicago, v.61, n.5, p.953-961, 1996.
116
CALLEGARIN, F.; GALLO, J. Q.; DEBEAUFORT, F.; VOILLEY, A. Lipids and
biopackaging. Journal of the American Oil Chemists Society. Chicago, v.74, n.10,
p.1183-1192, 1997.
117
CARVALHO, N. M. de; NAKAGAWA, J. Sementes: ciência, tecnologia e produção.
Campinas: Fundação Cargill, 424p., 1988.
CHA, D. S.; CHOI, J. H.; CHINNAN, M. S.; PARK, H. J. Antimicrobial films based on Na-
alginate and Κ-carrageenan. Lebensmittel-Wissenschaft & Technologie. London,
v.35, n.8, p.715-719, 2002.
CHEFT, J. C.; CUQ, J. L.; LORIENT, D. Las racciones quimicas e interaciones de los
aminoacidos y las proteinas. In: Proteinas Alimentarias. Zaragoza, ed. Acribia, p.27-
36, 1989.
CHEN, P. H.; LIN, J. H.; YANG, M. H. Relationships between the chains flexibilities of
chitosan molecules and the physical properties of their casted films. Carbohydrate
Polymers. Oxford, v.24, n.1, p.41-46, 1994.
CHEN, H. Functional properties and applications of edible films made of milk proteins.
Journal of Dairy Science. Savoy, v.78, n.11, p.2563-2583, 1995.
CRANDALL, P. G.; WICKER, L. Pectin internal gel strength: theory, measurement and
methodology. IN: FISHMAN, M. L.; JEN, J. J. Chemistry and Functions of Pectin.
Washington, D. C.: American Chemical Society, p.88, 1986.
CUQ, B.; AYMARD, C.; CUQ, J. L.; GUILBERT, S. Edible packaging films based on fish
myofibrillar proteins: formulation and functional properties. Journal of Food Science.
Chicago, v.60, n.6, p.1369-1374, 1995.
CUQ, B.; GONTARD, N.; CUQ, J.; GUILBERT, S. Functional properties of myofibrilar
protein-based biopackaging as affected by film tickness. Journal of Food Science.
Chicago, v.61, n.3, p.580-584. 1996.
CUQ, B.; GONTARD, N.; CUQ, J.; GUILBERT, S. Selected functional properties of fish
myofibrillar protein-based films as affected by hydrophilic plasticizers. Journal of
Agricultural and Food Chemistry. Washington, v.45, n.3, p.622-626, 1997.
CUQ, B.; GONTARD, N.; GUILBERT, S. Proteins as agricultural polymers for packaging
production. Cereal Chemistry. St. Paul , v.75, n.1, p. 1-9, 1998.
DUAN, X.; BURRIS, J. S. Seed physiology, production & technology. Crop Science.
Madison: v.37, n.2, 515-520. 1997.
ESTER, A.; de VOGEL, R.; BOUMA, E. Controlling Thrips tabaci (Lind.) in leek by film-
coating seeds with insecticides. Crop Protection. Guildford: v.16, n.7, 673-677, 1997.
ESTER, A.; VAN DE STEENE, F.; DRIEGHE, S. Effects of filmcoating Brussels sprouts
seeds with various insecticides on the transport into the seedlings and on the control of
cabbage root fly, Delia radicum (B.). Journal of Plant Diseases and Protection. v.104,
n.1, 47-53, 1997.
120
FAKHOURI, F. M. Coberturas comestíveis aplicadas na preservação de goiabas in
natura (Psidium guajava L.). Dissertação de Mestrado. Campinas, Faculdade de
Engenharia de Alimentos, Universidade Estadual de Campinas. 126p., 2002.
FENNEMA, O.; DONHOWE, I. G.; KESTER, J. J. Lipid type and location of the relative
humidity gradient influence on the barrier properties of lipids to water vapor. Journal of
food Engineering. Oxford, v.22, n.1-4, p.225-239, 1994.
FERGUSON, J. Applied fluid rheology. New York: Elsevier Science Publishers. p.245.
1991.
FRUTISÉRIES. Disponível em
<www.irrigar.org.br/publicacoes/frutiseries/frutiseries06mgbanana.pdf>. Acesso 12 jan
2004.
GENNADIOS, A.; McHUGH, T. H.; WELLER, C. L.; KROCHTA, J. M. Edible coating and
films based on proteins. IN: KROCHTA, J. M.; BALDWIN, E. A.; NISPEROS-
CARRIEDO, M. O. Edible coatings and to improve food quality. Technomic
Publishing Company, ch. 9, p.201-277, 1994.
GONTARD, N.; GUILBERT, S.; CUQ, J. Water and glycerol as plasticizers affect
mechanical and water vapor barrier properties of an edible wheat gluten film. Journal of
Food Science. Chicago, v.58, n.1, p.206-221, 1993.
GONTARD, N.; DUCHEZ, C.; CUQ, J. L.; GUILBERT, S. Edible composite films of
wheat gluten and lipids: water vapor permeability and other physical properties.
122
International Journal of Food Science and Technology. Oxford, v.29, n.1, p.39-50,
1994.
GOUS, F.; VAN-WYK, P. J.; McGILL, A. E. J. The use of comercial enzimes in the
processing of bananas. Lebensmittel-Wissenschaft and Technologie. London, v.20,
n.5, p.229-232, 1987.
GROSSO, C. R. F.; BOBBIO, P. A.; AIROLDI, C. Effect of sugar and sorbitol on the
formation of low methoxyl pectin gels. Carbohydrate Polymers. Oxford. v.41, n.4,
p.421-424, 2000.
GUILBERT, S.; BIQUET, B. Les films et enrobage comestibles. In: BUREAU, G.;
MULTON, J. L. L’EMBALLAGE des denrées alimentaires de grande
consommation.. Technique et documentation. France, Lavoisier, Apria, p.320, 1989.
123
IRISSIN-MANGATA, J.; BAUDUIN, G.; BOUTEVIN, B.; GONTARD, N. New plasticizers
for wheat gluten films. European Polymer Journal. v.37, p.1533-1541, 2001.
JEON, Y.; KAMIL, J. Y. V. A.; SHAHIDI, F. Chitosan as an edible invisible film for quality
preservation of herring and atlantic cod. Journal of Agricultural and Food Chemistry.
Whashington, v.50, n.18, p.5167-5178, 2002.
JETT, L. W.; WELBAUM, G. E. Changes in broccoli (Brassica oleracea L.) seed weight,
viability, and vigour during development and following drying and priming. Seed
Science & Technology. Switzerland, v.24, p.127-137, 1996.
KADER, A. A. Biochemical and physiological bases for effects of controlled and modified
atmospheres on fruits and vegetables. Food Technology. Chicago, v.40, n.12, p.99-
104, 1986.
KAMPER, S. L.; FENNEMA, O. Water vapor permeability of an edible, fatty acid, bilayer
film. Journal of Food Science. Chicago, v.49, n.6, p.1482-1485, 1984.
KIM, K. W.; KO, C. J.; PARK, H. J. Mechanical properties, water vapor permeabilities
and solubilities of highly carboxymethylated starch-based edible films. Journal of Food
Science. Chicago, v.67, n.1, p.218-222. 2002.
KIM, S.J.; USTUNOL, Z. Sensory atributes of whey protein isolate and candelilla wax
emulson edible films. Journal of Food Science. Chicago, v.66, n.6, p.909-911, 2001.
124
KITTUR, F. S.; SAROJA, N.; HABIBUNNI; THARANATHAN, R. N. Polysaccharide-
based composite coating formulation for shelf-life extention of fresh banana and mango.
European Food Research and Technology. Berlin, v.213, n.4, p.306-311, 2001.
LIN, S-Y; CHEN, K-S; RUN-CHU, L. Organic esters of plasticizers affecting the water
absorption, adhesive property, glass transition temperature and plasticizer permanence
of Eudragit acrylic films. Journal of Controlled Release. Amsterdam, v.68, p.343-350,
2000.
LOOTENS, D.; CAPEL, F.; DURAND, D.; NICOLAI, T.; BOULENGUER, P.;
LANGENDORFF, V. Influence of pH, Ca concentration, temperature and amidation on
the gelation of low methoxyl pectin. Food Hydrocolloids. Oxford, v.17, n.3, p.237-244,
2003.
LORENZ, O. A.; MAYNARD, D. N. Handbook for vegetable growers. New York: 3aed.
455p. 1988.
MARINIELLO, L.; DI PIERRO, P.; ESPOSITO, C.; SORRENTINO, A.; MASI, P.;
RAFÉALE, P. Preparation and mechanical properties of edible pectin-soy flour films
obtained in the absence or presence of transglutaminase. Journal of Biotechnology.
Amsterdam, v.102, p.191-198, 2003.
125
MARTIN-POLO, M.; VOILLEY, A.; BLOND, G.; COLAS, B.; MESNIER, M.; FLOQUET,
N. Hydrophobic films and their efficiency against moisture transfer. 2. Influence of the
physical state. Journal of Agriculture and Food Chemistry. Washington, v.40, n.3,
p.413-418, 1992.
MAY, C. D. Pectins. In: IMENSON, A. Thickening and gelling agents for food. Cap.
11. 2 ed. London: Blackie Academic & Professional. p.230-260. 1997.
McHUGH, T. H.; KROCHTA, J.M. Permeability properties of edible films. In: KROCHTA,
J. M.; BALDWIN, E. A.; NISPEROS-CARRIEDO, M. O. Edible coatings and films to
improve food quality. Lancaster: Technomic. p.177. 1994d.
MILLER; K. S.; KROCHTA, J. M. Oxygen and aroma barrier properties of edible films: a
review. Trends in Food Science & Technology. London, v.8, n.7, p.228-237, 1997.
126
MONTERREY-QUINTERO, E. S. Caracterização físico-química de proteínas
miofibrilares e elaboração de biofilmes. Dissertação de Mestrado. Faculdade de
Zootecnia e Engenharia de Alimentos da USP, Pirassununga. 1998.
PALMER, J. K. The banana. In: HULME, A. C. The biochemistry of fruits and their
products. London, Academic Press. v.2, p.65-101, 1971.
127
PARK, H. J.; CHINNAN, M. Gas and water vapor barrier properties of edible films from
protein and cellulosic materials. Journal of Food Engeneering. Oxford, v.25, n.4,
p.497-507, 1995.
PARK, J.M.; TESTIN, R.F.; PARK, H.J.; VERGANO, P.J.; WELLER, C. L. Fatty acid
concentration effect on tensile strength, elongation, and water permeabillity of laminated
edible films. Journal of Food Science. Chicago, v.59, n.4, p.916-919, 1994.
PHAN THE, D.; DEBEAUFORT, F.; PÉROVAL, C.; DESPRÉ, D.; COURTHAUDON, J.
L.; VOILLEY, A. Arabinoxylan-lipid-based edible films and coatings. 3. Influence of
drying temperature on film structure and functional properties. Journal of Agricultural
and Food Chemistry. Washington, v.50, n.8, p.2423-2428, 2002.
POMMET, M.; REDL, A.; MOREL, M. H.; GUILBERT, S. Study of wheat gluten
plasticization with fatty acids. Polymer. v.44, p.115-122. 2003.
ROLIN, C.; De VRIES, S. J. Pectin. In: HARRIS, P. Food Gels. Elsevier Applied
Science. Ch 10, p.401-434. 1990.
129
SCOTT, J. M. Seed coating and treatments and their effects on plant establishment. In:
BRADY, N. C. Advances in Agronomy. California, Academic Press, v.42, 1989.
SHELLHAMMER, T. H.; KROCHTA, J. M. Edible coatings and film barriers. In: Lipids
technologies and applications. Gunstone, F. D.; Padley, F. B. Ch 17, p.453-479,
1997.
SHIH, F. F. Edible films from rice protein concentrate and pullulan. Cereal
Chemistry.St. Paul, v.73, n.3, p.406-409. 1996.
SMITH, S. A. Modelling of gas and vapour transport through hydrophilic films. In: The
wiley encyclopedia of packaging technology. Bakker, M. New York: John Wiley &
Sons, p.514-523, 1986.
THAKUR, B. R.; SINGH, R. K.; HANDA, A. K. Chemistry and uses of pectin – a review.
Critical Reviews in Food Science and Nutrition. v.37, n.1, p.47-73, 1997.
WEST, S. H.; LOFTIN, S. K.; WAHL, M.; BATICH, C. D.; BEATTY, C. L. Polymers as
moisture barriers to maintain seed quality. Crop Science. Madison, v.25, p.941-944,
1985.
XIE, L.; HETTIARACHCHY, N. S.; JU, Z. Y.; MEULLENET, J.; WANG, H.; SLAVIK, M.
F.; JANES, M. E. Edible film coating to minimize eggshell breakage and reduce post-
132
wash bacterial contamination measured by dye penetration in eggs. Journal of Food
Science. Chicago, v.67, n.1, p.280-284, 2002.
YANG, L.; PAULSON, A. T. Mechanical and water vapour barrier properties of edible
gellan films. Food Research International. Inglaterra, v.33, n.7, p.563-570, 2000b.
YOSHIMURA, K.; TERASHI,A, M.; HOZAN, D.; EBATO, T.; NOMURA, Y.; ISHII, Y.;
SHIRAI, K. Physical properties of shark gelatin compared with pig gelatin. Journal of
Agricultural and Food Chemistry. Washington, v.48, n.6, p.2023-2027, 2000.
133
5. CONCLUSÕES
- a triacetina utilizada na formulação dos filmes não funcionou como plastificante, mas
foi responsável em promover uma melhor distribuição visual dos lipídios na matriz
filmogênica, provavelmente devido ao caráter mais hidrofóbico que hidrofílico.
- o aumento de opacidade encontrado nos filmes foi devido a adição dos ácidos graxos
nos filmes de PEC e PEC/GEL.
Fonte: CEAGESP
Fonte: CEAGESP
137
3) Local da medida do diâmetro e do comprimento das bananas (FRUTISÉRIES, 2004):
Fonte: CEAGESP
139
Anexo 2
2) Características químicas do solo (resultados expressos por volume de terra fina seca
ao ar):
3
Matéria orgânica: 28g/dm ou 2,8%
pH (em CaCl2): 6,0
3
Fósforo: 31mg/dm
3
Potássio: 5,3mmolc/dm
3
Hidrogênio + alumínio: 25mmolc/dm
3
Capacidade de troca de cátions (CTC): 64mmolc/dm
Porcentagem de saturação por bases (V): 61%
3
Enxofre: 9mg/dm
3
Sódio: 3mg/dm
3
Ferro: 97mg/dm
3
Manganês: 80mg/dm
3
Cobre: 6mg/dm
3
Zinco: 5mg/dm
3
Boro: 0,2mg/dm
1
TRANI, P. E. (IAC, Centro de Horticultura, Campinas). Comunicação pessoal, 2003.
141