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TRANSMISSÃO

DE ENERGIA
ELÉTRICA
Módulo II

Torres, Cabos Condutores e Pára


Raios, Isoladores e Ferragens
Ferraens

Prof. Miguel Otávio B C Melo (Dr.)


Características das Torres de Transmissão

 1

 2

l
Torre
Torre

flecha do cabo pára raio


f

flecha do cabo condutor

Vão da Linha

A altura média Hmtotal de uma linha é:


Hmtotal=%Tplan Hmp+ %Tso Hmso + %To Hmo + %Tm Hmm
Onde: %T Percentual do perfil do terreno da linha
Hmp= Ht -2/3 f para terreno plano,
Hmso= Ht -1/3 f para terreno semi ondulado,
Hmo = Ht para terreno ondulado e
Hmm = 2 Ht para terreno montanhoso
Hm é a altura média da linha
Onde: Ht é a altura do cabo na torre
f é a flecha
Torres Autoportantes
Circuito Simples
Torres Autoportantes
Circuito Simples
Torres Autoportantes
Circuito Duplo

4 Circuitos
Torres Autoportantes
Circuito Duplo

4 Circuitos Circuito Duplo


2 cpraios 1 cpraios
Torre Autoportante
Circuito Duplo Cadeia “V”
Torres Autoportantes
Circuito Duplo
Torres Autoportantes
Torres Autoportantes
Cadeias de Ancoragem
Torres Autoportantes

LT de Potência Natural Elevada (LPNE)


330 kV
Torre Autoportante
Concreto
Torres Estaiada

LT 2X230 kV Duplo Transformável


2subcondutores por fase
SIL406 MVA

LT 2X230 kV LTFE (LPNE) LT 500 kV Simples


2subcondutores por fase 4subcondutores por fase
SIL 510 MVA SIL 900 MVA
TORRE Trapézio
LT 230 kV (LPNE)
3 subcondutores por fase-SIL 320 MVA
Torres Estaiada
Torres Estaiada
Linha de Corrente Continua
III-CABOS CONDUTORES

TIPOS DE CABOS CONDUTORES UTILIZADOS

ACSR-CAAA
Aluminum Conductor Steel reinforced ACAR –
Aluminium Conductor Alloy
Reinforced
III-CABOS CONDUTORES
III-CABOS CONDUTORES
Cabos de Alumínio com Alma de Aço (CAA)
ALUMINUM CONDUCTOR STEEL REINFORCED (ACSR)

• Condutor formado por uma alma de aço e coroas de fios de


alumínio encordoados

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabos de Alumínio (CA)
ALUMINUM STRANDED CONDUCTOR (ASC)
• Os cabos de alumínio são compostos por fios de alumínio
encordoados em coroas concêntricas e pode ser fornecido em
diversas classes de encordoamento e têmperas para melhor
satisfazer as exigências de aplicação.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabo de Alumínio Reforçado por Compósito (CARC)
ALUMINUM CONDUCTOR COMPOSITE REINFORCED (ACCR)

• Peso 30% inferior, capacidade de conduzir até três


vezes mais corrente e rapidez no processo de
instalação,
• O ACCR é indicado nos casos de linhas de vãos longos,
como é o caso de cruzamento de rios e lagos.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabo de Alumínio Reforçado com Liga
ALUMINUM CONDUCTOR ALLOY REINFORCED (ACAR)

• São cabos de construção idêntica à dos


cabos CAA, exceto pela alma, que
nesse caso será composta de fios de
liga de alumínio, ao invés de aço.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabos Pára-Raios
• Ocupam a parte superior das estruturas e se destinam
a interceptar descargas de origem atmosférica e
descarregá-las para o solo, evitando que causem
danos e interrupções nos sistemas.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabos Pára-Raios
Cabos Alumoweld e Copperweld
• Seus filamentos são obtidos pela extrusão de uma capa de
cobre ou de alumínio sobre um fio de aço de alta resistência.

Cabos Copperweld
Cabos Alumoweld

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabos Pára-raios com Fibras ópticas para
Linhas de Transmissão
OPGW: Optical Ground Wire
 Função adicional dos cabos pára-raios OPGW: suportar
feixe de Fibra ótica.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Cabos pára-raios com fibras ópticas para
linhas aéreas de transmissão - OPGW:
Optical Ground Wire
Estrutura dos Cabos OPGW:
01- Elemento Central de Tração
02-Tubete Plástico
03-Fibra Óptica
04-Composto de Preenchimento
05-Enfaixamento
06-Tubo de Alumínio
07-Fios de Alumínio
Seção típica do Cabo OPGW
Cabos pára-raios com fibras ópticas para
linhas aéreas de transmissão - OPGW:
Optical Ground Wire

• As redes de longa distância que são construídas


utilizando cabos ópticos OPGW instalados nas
linhas de transmissão de alta tensão
• Confiabilidade do OPGW é cerca de 20 x mais
seguro que cabos enterrados.

• A rede Óptica da Eletrobrás conta com 16.000km


de cabos em operação em 18 estados brasileiros,
quase que totalmente em cabos ópticos OPGW.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


V-ISOLADORES
Isoladores de Porcelana
A porcelana possui uma resistência a condições
adversas muito superior a dos demais dielétricos, não se
erodindo, não se fragmentando e nem tão pouco
perdendo suas características originais.
ISOLADORES DE SUSPENSÃO CONCHA-BOLA ANTI-POLUIÇÃO
Isoladores de vidro
Apresenta vantagem com relação a porcelana em seu
desempenho termomecânico (fadiga ou
envelhecimento).
Após alguns anos são afetados pela umidade e por
poluentes, danificando a superfície e reduzindo o nível
de isolação.
Em ambientes altamente poluídos e principalmente
para corrente contínua utiliza-se a combinação de dois
modelos: anti-corrosivo e anti-poluição, melhorando a
isolação.
V-ISOLADORES
ISOLADORES POLIMÉRICOS
São constituídos por um bastão (alma) de
fibra de vidro, ao qual são fixadas as
ferragens de conexão (concha, bola, elo e
etc...) e, posteriormente, aplicado sobre esse
conjunto o revestimento isolante em borracha
de silicone, obtendo-se um isolador
altamente confiável, compacto, leve, de
grande resistência mecânica, elevada
resistência às intempéries e com excelente
vedação (imune à penetração de umidade no
núcleo).
Cada material cumpre uma função específica
no seu desempenho:
Bastão de fibra de vidro  alta resistência
mecânica;
Revestimento de borracha de silicone  alta
performance como isolante elétrico
V-ISOLADORES e FERRAGENS

CADEIA DE ISOLADORES

COMPOSTO
V-ISOLADORES
TIPOS DE CADEIAS DE ISOLADORES COMPOSTO
V-ISOLADORES TIPO PILAR

Apresenta melhor
resistência a esforços
mecânicos.
Os isoladores pilar
podem ser encontrados em
quatro versões: montagem
vertical, horizontal ou
levantamento inclinado e
com fixação para tensões
mais baixas podem ser
utilizados alternativamente
para montagem vertical ou
horizontal.
FERRAGENS

São representadas pelo conjunto de peças que


devem suportar os cabos e ligá-los às cadeias
de isoladores e estas às estruturas. No conjunto,
o seu desenho é de extrema importância, mesmo
em detalhes mínimos, pois podem constituir-se
fontes Corona e importantes fontes de
radiointerferência, mesmo com tensões
relativamente baixas.
FERRAGENS

ESPAÇADORES
FERRAGENS
FERRAGENS

CADEIA DE ISOLADORES E
FERRAGENS DE FEIXE
EXPANDIDO (LPNE) 500
KV
Cadeias de Suspensão

As cadeias de isoladores devem


suportar os condutores e transmitir aos
suportes todos os esforços destes. Na
parte superior devem possuir uma
peça de ligação à estrutura, em geral
um gancho ou uma manilha, e, na
parte inferior, terminam em uma pinça
(ou grampo de suspensão), que
abraça e fixa o cabo condutor.
Cadeia de Suspensão Simples

Item Quantidade Descrição

1 1 Manilha

2 1 Elo-Bola

3 1 Concha-Olhal

4 1 Grampo de Suspensão

Figura 1
FERRAGEM DE 2 CONDUTORES POR FASE
FERRAGEM DE 4 CONDUTORES POR FASE
Cadeias de Ancoragem

Suportam, além dos esforços que devem suportar as


cadeias de suspensão, também os esforços devidos ao
tracionamento dos cabos. Podem ser constituídas de uma
simples coluna de isoladores, como também de diversas
colunas em paralelo, dependendo da força de tração a que
estão sujeitas. O elemento de fixação do cabo condutor é o
grampo de tensão ou grampo de ancoragem, que deve ser
dimensionado para resistir aos esforços mecânicos a que
ficar sujeito, e ao mesmo reter o cabo, sem possibilidade de
escorregamento.
ESFERAS DE SINALIZAÇÃO AÉREA

As esferas de sinalização aérea


diurnas para redes elétricas são
destinadas à sinalização visual para
equipamentos de vôo tais como
helicópteros, aviões, balões, etc., evitando
assim a colisão desses aparelhos com
sistemas de transmissão e distribuição de
energia elétrica.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


ESFERAS DE SINALIZAÇÃO AÉREA
Sinalizadores de estai
Os estais são cabos de aço, em número de
quatro por estrutura, utilizados para dar equilíbrio e
sustentação que em caso de rompimento pode
causar a desestabilização e queda da torre.
Esses cabos são usados em postes e estruturas
metálicas de transmissão e distribuição de energia
elétrica (alta e extra-alta tensão) e também em
telecomunicações.
Os sinalizadores de estais proporcionam
perfeita visualização à distância, evitando
acidentes, em áreas urbanas e áreas rurais,
principalmente em regiões de agricultura
mecanizada.
Baseado em Prof.: Robson Celso Pires
São fabricados em polietileno e são em
forma de sistema helicoidal (Preto e
Amarelo) ou sistema de seção espiral com
abertura longitudinal (Laranja).
A fixação ao cabo de aço é feita por
meio de braçadeiras plásticas.
Baseado em Prof.: Robson Celso Pires
AMORTECEDORES

• Amortecedores tipo Ponte ou Bretelle


• Amortecedor de Braço Oscilante
• Amortecedor Elgra
• Amortecedor Bouche
• Amortecedor Torcional
• Amortecedor Linear
• Amortecedor Stockbridge
• Amortecedor Dulmison
• Amortecedor Salvi 4-R
• Amortecedor Vibless
• Amortecedor Haro
Baseado em Prof.: Robson Celso Pires
Amortecedores
Sua função é suprir as vibrações eólicas nas
proximidades das fixações dos cabos.
A suspensão das vibrações reduz os níveis
de esforços dinâmicos no condutor e reduz
também a quantidade de transmitida para a
estrutura ou para os vãos adjacentes.
Existe uma grande variedade de
amortecedores. Citaremos somente aqueles
que tenham realmente se destacado por sua
eficiência ou tenham sido objeto de estudo e
trabalhos de pesquisa.

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Amortecedores tipo Ponte ou Bretelle

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Amortecedor Stockbridge

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Baseado em Prof.: Robson Celso Pires
Amortecedor Dulmison

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Amortecedor Salvi 4-R

Amortecedor Vibless

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Amortecedor Haro

Baseado em Prof.: Robson Celso Pires


Parâmetros das Linhas de Transmissão

• As LT podem ser descritas em termos de parâmetros distribuídos.


Cada trecho elementar de linha Δz é modelado por parâmetros R,
L, G e C definidos por unidade de comprimento:
R – resistência em série dos condutores [Ω/m]
L – indutância em série dos condutores [H/m] representa a
indutância própria dos 2 condutores.
G – condutância em paralelo [S/m]
C – capacidade em paralelo [F/m] é devida à proximidade
dos dois condutores.
R e G – Traduzem perdas
Parâmetros das Linhas de Transmissão
Resistência
A resistência R (ôhmica), medida em ohm (Ω),
depende:
✓ Tipo de material - resistividade(ρ);
✓ Comprimento (l);
✓ Seção (A);
✓ Temperatura.

R= r L/A
∗ Onde:
R = Resistência em ohms (Ω);
ρ = Resistividade do material em Ω.mm2/m;
L= Comprimento (m)
A = Área da seção reta em mm2
Parâmetros das Linhas de Transmissão
Resistência

A resistência varia com a temperatura de acordo com


a expressão:

Rt = R0 [1 + α (t2 – t1)]
∗ Onde:
Rt = Resistência na temperatura t (Ω)
R0 = Resistência a zero graus (Ω)
α = Coeficiente de temperatura em 1/ºC;
t2 e t1 = Temperaturas final e inicial (ºC).
Parâmetros das Linhas de Transmissão
Capacitância

A Capacitância é calculada a partir da


diferença de potencial entre o condutor de raio
“r” e o condutor imagem, é dada por. Depende
da Altura do condutor em relação ao solo, ou
seja depende da altura média da linha de
transmissão:
C=(2pe ) / ln 2H/r
Parâmetros das Linhas de Transmissão
Indutância

A Indutância é calculada a partir do fluxo


concatenado entre o condutor de raio “r”
e o condutor paralelo dada por:

L=(m0/2p) Ln dAB/r
Parâmetros das Linhas de Transmissão
Indutância

Disposição de fases em uma linha de Transmissão


d
Fase B Fase C

d
EXEMPLO
Fase A
h2 LAB=
LBC=
h1 LAC=

Nivel do Solo

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