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NOME: HIGOR HENRIQUE ALVES DOS ANJOS

RESUMO DO 1º CAPÍTULO DO LIVRO: LIBRAS? QUE LÍNGUA É ESSA?


crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda.

Audrei Gesser
Graduação em Letras - Inglês/Português pela Universidade Regional de Blumenau -
FURB (1994), mestrado em Letras/Inglês e Literatura Correspondente pela
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (1999), e doutorado em Linguística
Aplicada com área de concentração em Educação Bilíngue pela Universidade Estadual
de Campinas - UNICAMP (2006). Estágio na Gallaudet University, Estados Unidos, no
ano de 2004, com financiamento concedido pela CAPES. Experiência em ensino na
área de Língua Inglesa, Linguística Aplicada, Tradução/Interpretação e Metodologia de
Ensino de Línguas como L2, pesquisando principalmente os seguintes temas:
contextos de ensino e aprendizagem da Libras como língua adicional para ouvintes,
formação de tradutores/intérpretes de Libras/Português, interação
intercultural/multicultural em contextos bi/multilíngues de minorias linguísticas.

(Informações coletadas do Lattes em 24/06/2020)

GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em


torno da língua de sinais e da realidade surda. 1ª ed., Parábola Editorial, São
Paulo, 2009. (Série: Estratégias de ensino; 14)

A Autora Audrei Gesser em sua obra: LIBRAS? QUE LÍNGUA É ESSA? CRENÇAS
E PRECONCEITOS EM TORNO DA LÍNGUA DE SINAIS E DA REALIDADE SURDA,
nos traz no seu 1º capítulo e estabelecendo uma crítica em relação à maneira de
como o tema de Língua de sinais vem sendo tratado no decorrer dos séculos trazendo
diversos argumentos, exemplos e vários fatos históricos além de buscar uma
aproximação com estudos e diversos trabalhos de outros autores que trabalharam
com a temática linguagem de sinais, além de mostrar e debater vários tipos de
preconceitos e crenças erroneamente estabelecida de caráter discriminatório com
essas pessoas na qual vivem e se comunicam através desta língua.
No primeiro capítulo de início a Autora esclarece o mito sobre a língua de sinais ser
universal, para isso ela se utiliza de argumentos e um exemplo de uma palavra e
como esta tem sinal diferente em 4 línguas de sinais (espanhola, japonesa,
australiana e americana).
Logo após ela desmente a crença de a língua de sinais ser artificial, esclarecendo que
esta evoluiu como parte cultural da comunidade surda.
Na seção seguinte explana sobre a gramática envolvida na língua de sinais
esclarecendo sobre os quatro parâmetros que constituem a língua de sinais, são
estes: a configuração de mão, que diz respeito a forma da mão, o ponto de articulação
ou locação, que se refere ao lugar, ou parte do corpo que o sinal é realizado. O
terceiro é o movimento que pode ou não estar presente nos sinais, e por último a
orientação da palma da mão que faz a distinção de significado em alguns sinais. A
autora ainda ilustra a utilização das expressões faciais pelos surdos como
marcadores não manuais.
Na 4ª seção a autora desmenti a crença de a língua de sinais ser mímica, para isso
se utiliza de um estudo realizado no qual constatou que enquanto a mímica buscava
representar o objeto como existe, com muitos detalhes além de levar muito mais
tempo para ser executado, os usuários da língua de sinais apenas se uti lizavam
do sinal confeccionado e usado pelo grupo. Na seção seguinte ela elucida que é
possível expressar conceitos abstratos na língua de sinais e afirma que sinais não
são gestos.
Na sexta seção a autora explica que a língua de sinais não é icônica, embora haja
alguns sinais icônicos, m as isso não é exclusivo das línguas de sinais e podem ser
encontradas nas línguas orais. Na seção posterior a autora faz um alerta sobre o mito
de a língua de sinais ser um código secreto dos surtos. Nessa seção ela mostra
através de muitos textos estudados o quanto a comunidade sofreu por esse
preconceito contra sua língua. A autora se aproveita desse espaço para mostrar
sobre outras características da língua de sinais, são elas: a produtividade ou
criatividade que diz respeito a possibilidade de combinar unidades para formar novos
elementos. A flexibilidade que se refere à mobilidade visível nos diversos usos de
uma língua. A descontinuidade que tem a ver com as diferenças mínimas entre dois
sinais e por último a arbitrariedade que diz respeito ao fato de que as línguas são
convencionadas e regidas por regras específicas.
No tópico seguinte a autora explana que o alfabeto manual não faz parte da língua de
sinais, e que este é um instrumento para soletrar palavras que possam não ter sinal
ainda ou, principalmente, nomes próprios e que utilizar esse mecanismo seria
cansativo e tedioso.
Ela aproveita o espaço para debater sobre alfabeto manual dando informações acerca
de sua
composição e dá exemplos de uns alfabetos existentes no mundo e suas diferenças.
Na seção posterior, a autora esclarece o preconceito de se pensar que a língua de
sinais é uma versão sinalizada da língua oral. Ela explica que a língua de sinais
possui uma estrutura própria e independe de qualquer língua na sua concepção
linguística. Exemplifica que pelo fato de a comunidade surda está inserida em uma
comunidade ouvinte, isto faz com que a língua de sinais seja reduzida ao termo de
português sinalizado. No tópico seguinte a autora continua o debate sobre a relação
da língua sinais com língua oral. Aqui, ela desmente a pressuposição de que a língua
de sinais tem raízes históricas na língua oral, para isso ela utiliza
de pesquisas realizadas por diversos autores e mostra que assim como na língua
oral, a língua de sinais foi influenciada por outra língua de sinais, no caso da LIBRAS
pela língua de sinais francesa, e ainda é influenciada, como empregos de sinais de
outras línguas, bem como acontece nas línguas orais.
Na penúltima seção do capítulo a autora se propõe a debater a diversidade na língua
de sinais para esclarecer a crenças de que a LIBRAS possui uma unidade, uma
uniformidade.
Para ilustrar discussão ela se emprega exemplos da diversidade na língua oral e
também as diferenças de sinais dentro de um mesmo estado e dentre estados do
Brasil. Por sim, no último
tópico do capítulo que fala sobre a língua de sinais, a autora relata que esta, a língua
de sinais, não é uma língua ágrafa e que possui uma escrita, criada recentemente,
que auxilia na alfabetização de crianças surdas.

LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.

Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras e dá outras providências.

Art. 1º É reconhecida como meio legal de comunicação e expressão a Língua


Brasileira de Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela associados.
Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira de Sinais - Libras a forma de
comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora,
com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de
ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
Art. 2º Deve ser garantido, por parte do poder público em geral e empresas
concessionárias de serviços públicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e
difusão da Língua Brasileira de Sinais - Libras como meio de comunicação objetiva e
de utilização corrente das comunidades surdas do Brasil.
Art. 3º As instituições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos de
assistência à saúde devem garantir atendimento e tratamento adequado aos
portadores de deficiência auditiva, de acordo com as normas legais em vigor.
Art. 4º O sistema educacional federal e os sistemas educacionais estaduais,
municipais e do Distrito Federal devem garantir a inclusão nos cursos de formação de
Educação Especial, de Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis médio e
superior, do ensino da Língua Brasileira de Sinais - Libras, como parte integrante dos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, conforme legislação vigente.

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