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Nossa temática partiu de um interesse no ramo da arquitetura de interiores e na neuro

arquitetura, com isso nos surgiu o impulso de iniciar as pesquisas de como os ambientes
influenciam nas sensações e nas experiências de cada um. A partir disso decidimos
analisar em um contexto hospitalar, que sempre nos incomodou, e acreditamos que
incomoda a maioria das pessoas, o fato de serem lugares frios e estéreis que remetem
lembranças tristes, sensações de luto na maioria das vezes.
Partindo do princípio de que deveríamos ter a vivência daquela sensação em algum
hospital, pensamos no Hospital Regional Antônio Dias de Patos de Minas para uma
análise inicial, onde pudemos detectar uma série de tradições que realmente acontecem
nos hospitais: ambientes frios e tristes, corredores sem fim e sem vida.
A questão nos incomodou e resolvemos pesquisar o porquê desses espaços serem assim
na maioria dos hospitais, e isso vem de um fator histórico, porque em 1920 houve uma
ligação entre medicina e arquitetura, muito usado uma série de tratamentos relacionados
a neuro arquitetura que hoje conhecemos, para melhora dos pacientes.

Pesquisando se os hospitais sempre foram assim, descobrimos que por volta de 1920,
havia uma epidemia de tuberculose na Europa, e as causas da doença eram por causa
da falta de ventilação, enclausuramento, sedentarismo e falta de luz solar, que era um
típico ambiente hospitalar. Na época, o movimento moderno da arquitetura vinha se
desenvolvendo, então como resultado, foram construídos hospitais para ajudar na
recuperação dos pacientes, a partir daí foram inseridas grandes janelas, cores claras e
solários para que os pacientes pudessem pegar sol. Contudo, ao passar dos anos e dos
avanços da medicina, essa preocupação com espaços terapêuticos e de prevenção foi se
perdendo. As principais causas foram a invenção dos antibióticos e a necessidade de
construir hospitais mais baratos. Como já existiam remédios, adotou-se um pensamento
de que as pessoas não precisariam de cuidados e prevenção.

Ao longo do curso entendemos como o espaço pode influenciar nas vivências da pessoa
e justamente por causa disso decidimos analisar um ambiente que, principalmente hoje,
em uma pandemia, se tornou ainda mais pesado e lotado. Entender a causa de aflição
por ir ao médico fazer uma simples consulta, entender sensações de tristeza quando se
está em um hospital e entender se a infraestrutura dele está adequada para emergências.

Não pensamos em entrar em um contexto de pandemia, pensamos em focar a análise do


motivo que levam as pessoas a procurarem os ambientes hospitalares em último caso,
entendendo que mesmo a cura estando lá, a aversão pelo local ainda sim é maior.

Nosso objeto de pesquisa será a cromoterapia que utiliza das cores por meio de
vibrações causadas no sistema nervoso para tratar doenças, a biofilia que consiste na
inserção de natureza nas construções e a arquitetura bioclimática para iniciar estudos
sobre como esses ambientes podem ser aproveitados em relação ao que o clima local
proporciona.
Área: Arquitetura de interiores
Subárea: Espaço da saúde
Tema: Análise de impacto das disposições dos interiores hospitalares nas percepções
dos indivíduos
Problemática:
 Qual o impacto causado nas pessoas ao conviverem em ambientes hospitalares?
 Como os interiores de espaços hospitalares interferem nas percepções
individuais e interpessoais?
Objetivo geral:
 Análise de impacto da influência do espaço de saúde nas pessoas e as sensações
que eles deixam.
Objetivo específico:
 Análise da relação espaço/indivíduo a partir de um estudo da neuro arquitetura
(impacto do ambiente físico no nosso bem-estar) na influência sensitiva que os
espaços proporcionam e como pode haver melhoras na qualidade desses locais
em um contexto hospitalar.
 Utilizar da cromoterapia (uso de cores em tratamentos terapêuticos visando bem-
estar) como princípio básico para entender a relação espaço/indivíduo em
hospitais públicos de Patos de Minas.
O que nos incomoda dentro do ambiente hospitalar?
 Quando chegamos a qualquer ambiente a tendência é procurar o que atrai e não
o que repele, com isso identificamos espaços que em sua maioria repelem as
pessoas, que são os espaços hospitalares e em primeira instância, a influência
desses lugares nas sensações não é positiva em sentido de estadia, quando
analisamos em um contexto social, a última opção das pessoas é ter que ir em
um ambiente físico hospitalar pelo fato de incomodar de forma negativa com as
energias que aquele ambiente passa, com isso, o nosso intuito arquitetônico foi
de conectar essa sensação com o planejamento desses espaços, uma vez que eles
influenciam, de acordo com os princípios da neuro arquitetura, no tipo de
memória afetiva que eles nos deixam e de como isso interfere nas relações
espaço/indivíduo.
Quais os hospitais que podemos analisar?
 Hospitais públicos e pronto atendimento são os alvos de análise uma vez que
tendem a ser os mais movimentados e com a infraestrutura mais precária, tanto
estrutural, de fluxos e técnicos, quanto de estética. Para objeto de estudo inicial o
Hospital Regional de Patos de Minas foi o principal para pesquisa, pelo fato de
possuir uma arquitetura mais antiga.

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