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Desafio I – Enfermagem na saúde da criança e do adolescente

Segundo o Relatório Mundial sobre Prevenção de Acidentes com Crianças e


Adolescentes, lançado em dezembro de 2008 pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 630 mil crianças
morrem anualmente vítimas de acidentes em todo o mundo. De acordo com dados
do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS),
em 2015 foram registradas 2.441 mortes de crianças de 0 a 14 anos, no Brasil,
devido a acidentes domésticos. No mesmo ano, 1.440 crianças e adolescentes até
14 anos morreram devido a acidentes de trânsito. Em 2015, segundo o Sistema de
Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), foram 100.559 crianças internadas,
na faixa etária de 0 a 14 anos, devido a causas acidentais. De acordo com Maurício
Cunha, Secretário Nacional do DCA ( Direitos da Criança e do Adolescente) , as
lesões decorrentes de acidentes (trânsito, envenenamento, afogamento, quedas,
queimaduras, entre outras) estão entre as principais causas de morte entre crianças
e adolescentes no Brasil. Com a chegada do Coronavírus ao país, é recomendável
que crianças e adolescentes fiquem em casa. É comum pais e responsáveis
acreditarem que dentro de casa meninos e meninas estão totalmente seguros e que
nada de mal pode lhes acontecer. Entretanto, inúmeras situações e objetos comuns
do dia a dia podem apresentar riscos para as crianças, machucando-as seriamente.
Assim, como aconteceu com Valentina, que foi acometida por uma lesão que
ocorreu em seu MSD (membro superior direito) e devido ao acidente doméstico
sofrido, apresentava comprometimento na epiderme e em parte da derme, obteve
também a presença de flictenas (bolhas). As características apresentadas no
ferimento sugerem que a queimadura sofrida pela criança foi de segundo grau, de
espessura parcial - superficial e profunda. Os primeiros cuidados perante um
acidente doméstico como esse, é interromper o processo de queimadura, fazendo a
assepsia do local com soro fisiológico frio por alguns minutos, fazer a remoção de
tudo aquilo que impeça a investigação do socorrista, cobrir as lesões com tecido
limpo, e logo depois buscar atendimento especializado , pois ,muitas vezes
queimaduras como essa, podem necessitar de um grau de atenção maior, por
precisar de enxerto de pele, assim , como a de terceiro grau de espessura total .
Nesse momento, os enfermeiros têm como função, não só de executar tratamentos
prescritos pelos médicos, mas também de zelar pela segurança do paciente,
acolhe–lo, para que todo o processo feito o encaminhe para sua cura, assim como
para conscientiza–lo, dar-los dicas de prevenção como, usar somente as bocas de
trás do fogão e se certificar, que os cabos das panelas estejam virados para a
direção em que a criança não possa alcançar, manter fósforos, isqueiros, álcool
líquido ou em gel, fora do alcance das crianças por causar graves queimaduras e
acidentes, além lhes ensinar de forma sucinta os primeiros socorros, para que não
haja acidentes como esse de forma corriqueira.

DESAFIO 2: Enfermagem na Saúde do Idoso


O envelhecimento é como um processo irreversível a que todos estamos sujeitos
deve ser melhor compreendido principalmente numa época, em que nosso país arca
com um crescente número da população de idosos, e que junto a isto possui uma
sociedade despreparada praticamente em todas as suas esferas para lidar com esta
realidade (RAMOS, 1995).
Realidade essa que tem diversas fases, inconstâncias e perigos a saúde, que não
só acomete idosos, mas jovens também, como o AVE(Acidente Vascular Encefálico)
, por exemplo, que também é conhecido popularmente como Acidente Vascular
Cerebral (AVC), que acontece quando os vasos que levam sangue ao cérebro
entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem
circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens que as
mulheres e é uma das principais causas de mortalidade, incapacitação e internação
em todo o mundo, tendo como sintomas:
1. Fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, especialmente em
um lado do corpo;
2. Confusão mental;
3. Alteração da fala ou compreensão;
4. Alteração na visão (em um ou ambos os olhos);
5. Alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar;
6. Dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente.

E manifesta – se de duas formas diferentes:

7. AVC Hemorrágico: Ocorre quando há rompimento de um vaso cerebral,


provocando hemorragia. Hemorragia esta que pode acontecer dentro do
tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. É responsável
por 15% de todos os casos de AVC, pode causar a morte com mais
frequência do que o AVC isquêmico.

8. AVC Isquêmico: O AVC isquêmico ocorre quando há obstrução de uma


artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que
acabam morrendo. Essa obstrução pode acontecer devido a uma
trombose ou a uma embolia. O AVC isquêmico é o mais comum e
representa 85% de todos os casos, e quanto mais rápido o paciente for
atendido e o diagnóstico recebido, o tratamento do AVC trara altas chances
de reabilitação.
Vale ressaltar que a morbimortalidade do AVE vem caindo nos países
desenvolvidos, graças a novas tecnologias e protocolos para reabilitação e controle
de fatores de risco, mas nos países em desenvolvimento ainda é um problema com
pouca perspectiva de controle eficaz, além de afetar uma população em geral mais
jovem, principalmente por pior controle dos principais fatores de risco (dislipidemia,
hipertensão arterial e diabetes melito). Vale ressaltar, que em geral as estatísticas
revelam um risco mais elevado de AVE em mulheres do que em homens; em
estudos recentes da OMS em 8 países europeus, observou-se um risco que cresce
9% ao ano para homens e 10% para mulheres. Fatores sociais, acesso a serviços
de saúde e o fato de que mulheres vivem mais parecem influenciar neste caso,
porém acredita-se que fatores biológicos, principalmente relativos a hormônios,
coagulação gestação/estado pós-parto estejam envolvidos, além do fato que os
fatores de risco clássicos são mais comuns em mulheres que homens. O tratamento
para o AVC é feito nos Centros de Atendimento de Urgência, que desempenham o
papel de referência para atendimento aos pacientes com AVC, já a reabilitação
pode ser feita nos Centros Especializados em Reabilitação (CER). A melhor forma
de tratamento, atendimento e reabilitação, que podem contar, Inclusive, com
medicamentos, que conforme cada caso são prescritos por um médico profissional e
especialista da área.
DESAFIO 3: Urgência e Emergência em Enfermagem
Os tipos de AVE são os mais atendidos na urgência e emergência, segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS), “o AVE é uma síndrome clínica que consiste
no desenvolvimento rápido de distúrbios clínicos focais da função cerebral que
duram mais de 24 horas ou conduzem à morte sem outra causa aparente que não
uma de origem vascular”. Os sinais neurológicos variam conforme o local e tamanho
da lesão no cérebro, na maioria dos casos se apresenta como sintoma, a dormência
ou fraqueza na face, membros inferiores e superiores, principalmente em um lado
do corpo, apresentam confusão ou alteração mental, dificuldade ao compreender a
fala, problemas visuais, equilíbrio afetado e dores de cabeça intensas. Os acidentes
vasculares encefálicos podem ser divididos em duas categorias, como isquêmicos,
quando ocorre uma oclusão vascular e uma hipoperfusão significativa, e os
hemorrágicos, quando sangue se faz presente no cérebro ou no espaço
subaracnóide. No AVE isquêmico o fluxo sanguíneo para, levando a causar
estenose carotídea, devido ao estreitamento da carótida ou presença de coágulos
no cérebro. Já, por sua vez, o hemorrágico ocorre quando se há o extravasamento
do sangue e subdivide-se em Hemorrágico Intracerebral (sangramento de uma das
artérias do cérebro para o tecido cerebral) ou Hemorrágico Subaracnóideo (no qual
a hemorragia, se divide entre as meninges Pia-máter e a Aracnóide).Tais
classificações se tornam de extrema importância, pois, segundo OMS, o risco de
morte depende do tipo de AVE.
Em ambos, o atendimento adequado pode depender da extensão e do local das
lesões, determinante na reversibilidade do AVE. O atendimento na emergência,
começa da recepção e triagem , que são pra onde encaminham os pacientes de
acordo ao grau de complexidade de cada indivíduo, enfocar na avaliação das vias
aéreas, circulação, respiração, sinais vitais e exame neurológico determinando a
prioridade no atendimento, o que é correspondente a priorização do atendimento em
Serviços de Urgência que caracterizam-se como um processo complexo, de
demanda competente na técnica e científica na sua execução. O acolhimento na
emergência deve ser realizado pelo enfermeiro, através da garantia de acesso a
todas as pessoas , a escuta qualificada no momento em que o usuário do serviço
relata seus problemas de saúde , para fornecer sempre uma resposta para poder
sanar suas dúvidas.
Para executar a classificação de risco e haver a priorização da assistência, o
enfermeiro deverá estar se atualizando, sempre buscando conhecimentos,
competências e habilidades que garantam rigor técnico-científico ao procedimento.
Segundo a Resolução COFEN nº 423/2012 [10], no âmbito da equipe de
Enfermagem, a classificação de risco e priorização da assistência em Serviços de
Urgência é privativa do Enfermeiro, observada as disposições legais da profissão.
De acordo com orientações prestadas , dependendo do grau de comprometimento
da lesão, o paciente poderá desenvolver complicações, como alterações
comportamentais cognitivas, disfasia, constipação intestinal, epilepsia vascular,
depressão e outras implicações decorrentes da imobilidade e acometimento
muscular.
Diante das orientações prestadas aos pacientes e familiares, durante o atendimento
e após a alta hospitalar, percebeu-se que os profissionais em estudo realizaram
suas orientações sobre a conduta adequada, expondo de que maneira o
atendimento deve ser seguido conforme o estado em que o paciente se encontra.

Desafio 4: Saúde do Trabalhador


O Acidente de Trabalho com Material Biológico (ATMB) ocorre quando há exposição
percutânea - lesões provocadas por agulhas ou instrumentos cortantes -, exposição
em mucosas – respingo em olhos, nariz, boca –, e exposição cutânea (pele não-
íntegra) – contato com pele com dermatite ou ferida aberta –. Os profissionais de
saúde estão diariamente expostos a tais acidentes no seu ambiente de trabalho,
principalmente aqueles que realizam procedimentos com materiais perfurocortantes,
os mesmos apresentam um risco maior de acidente e exposição à diversas
doenças.
Os materiais perfurocortantes são responsáveis pela contaminação por materiais
biológicos, principalmente em acidentes por exposição percutânea (agulhas ou
instrumentos cortantes), responsáveis pela transmissão ocupacional de infecções
sanguíneas. Estima-se que o risco de contaminação pelo HIV é de 0,3%, hepatite B
varia entre 37% e 62%, quando o paciente-fonte apresenta antígeno HbeAg, e entre
23 a 37%, caso o paciente-fonte não possua o antígeno citado, pois a sua presença
reflete uma maior quantidade de antígeno circulante. Já o risco de infecção pelo
vírus da hepatite C varia entre 0 e 7% após acidentes com materiais
perfurocortantes. (LIMA; PINHEIRO; VIEIRA, 2007)
A conduta após a exposição ao material biológico, os primeiros cuidados imediatos
com a área atingida deve ser:
 Lavagem do local exposto com agua e sabão, em casos de exposição
percutânea ou cutânea;

 Nas exposições de mucosas deve fazer a lavagem com água ou com


solução salina fisiológica;
 É contraindicado realizar procedimentos que aumente a área exposta
(cortes, injeção locais) e a utilização de soluções irritantes (éter,
hipoclorito ou glutaraldeído);

 Não há estudos de que o uso de antissépticos ou a expressão do local do


ferimento reduzam o risco de transmissão, entretanto, o uso de
antisséptico não é contraindicado.
O registro do ATMB é exigido pela Lei nº 8.213/1991, por meio do Comunicado de
Acidente de Trabalho (CAT), e deve ser realizado o preenchimento da ficha de
notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) para
todos os trabalhadores, independentemente da existência de vínculo empregatício.
(CARDOSO; et al. 2019)

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