Você está na página 1de 3

TheLogicofSocialResearch

Capítulo 01 - Paradigms of Social Research

O autor inicia falando das bases filosóficas das duas abordagens


básicas para a investigação social, e o conceito de paradigma, como sendo
uma perspectiva que inspira e dirige cada tipo de ciência, sendo uma das
suas funções estabelecer métodos de investigações aceitáveis e técnicas
em uma certa disciplina, afirmando que tem a inteção de demonstrar em
seu texto as raízes históricas e os princípios orientadores do positivista e os
paradigmas interpretativos e finalmente encerrando com reflexões
sobrecorrentes tendências da pesquisa social.

Afirma que a noção de paradigmas tem sua origem na história do


pensamento filosófico, utilizado por Platão e Aristóteles, e que seu uso tem
sido utilizado de maneira confusa pelos cientistas sociais, haja vista os
inúmeros siginificados dado a palavra. Desta forma ele utiliza o ensaio de
Thomas Kuhn – A Estrutura das Revoluções Científicas (1962), para retomar
o significado dado ao conceito de paradigma. Este renomado autor, refutou
o entendimento tradicional sobre o desenvolvimento histório cas ciências
como sendo uma progressão linear e cumulativa de novas aquisições,
inumerando diversos exedmplos das ciências naturais em sua
argumentação, já que para ele existe um deslocamento da rede conceitual,
por meio da qual o cientista faz a leitura do mundo, e essa rede é que o
autor Kuhn denomina como paradigma, e por meio da aprendizagem desse
paradigma os cientistas criam seus métodos e normas em conjunto o qual
fica por certo tempo acordado pela comunidade cientifica, a qual será
dirigida pela articulação dos fenômenos e teorias que o paradigma fornece,
sendo ele uma característica madura das ciências, salientando que as
ciências sociais não possuem um único paradigma amplamente
compartilhado pela comunidade científica e assim permanecem em um
estado pré-paradigmático, com exceção da comunidade dos economistas e
dos sociológos, sendo que esses últimos não possuem um paradigma que
foi acordado, mesmo que por períodos limitados, no entanto Kuhn acredita
que a sociologia é multi-paradigmática. Ressalta, ainda que o paradigma
não pode ser igualado a uma teoria ou uma escola de pensamento, haja
vista ser o paradigma fundamental no auxilio aos cientistas na forma de ver
o mundo, moldando e organizado as reflexões teóricas e a pesquisa
empírica, sendo, ainda, util na análise dos vários quadros de referência
fundamental que ainda estão sendo avaliados no domínio da metodologia
de pesquisa social.

Adentra Kuhn no tema da metodologia da pesquisa social e a questão


dos paradigmas fundadores da pesquisa social e que posteriomente
orientou o desenvolvimento das pesquisas empíricas, afirmando acreditar
que dentro das perspectivas filósifcas que gerou e que tem acompanhado o
crescimento da pesquisa social, pode-se identificar visões gerais que são
caracterizados como paradigmas, existindo um consenso entre os
estudiosos da existência de dois quadros gerais de referência que orientam
a investigação social, a visão dos impiristas e a visão dos humanistas,
existindo diversos rótulos utilizados para essas duas visões, que incluem os
termos objetivismo e subjetivismo, sendo que Kuhn, os identifica como

1
sendo positivismo e interpretativismo, fortes oposições na visão da
realidade social que deram origem a dois grandes blocos coerentes e
altamente diferenciados de técnicas de pesquisas. Kuhn, acredita ser
essencial a exploração de suas origens filosóficas, e como esses paradigmas
respondem as principais interrogações que sapo colocadas em uma
investigação cientifica geral, baseadas em três premissas básicas: essência,
conhecimento e método.

Tece comentários sobre três temas, o primeiro tema se refere à


questão ontológica, que seria a questão do que, ou seja, a essência que
respeita a natureza e a forma da realidade social relacionada a existência
das coisas e do mundo externo, ou seja se o fenômeno do mundo social é
um mundo real e objetivo dotado de uma existência autônoma fora da
mente humana e independe da interpretação que lhe é dada pelo sujeito, ou
seja se são coisas em seu próprio direito, ou representações das coisas, haja
vista que para Kuhn a existência de uma idéia em mente não nos diz nada
sobre a existência do objeto, na realidade, assim como uma pintura de um
unicórnio não prova a existência de unicórnios.

O segundo tema versa sobre a questão da epistemologia, ou seja, o


conhecimento, seria a relação entre o quem (observador) e o que (a
realidade a ser observada), a qual tem como enfoque a relação entre o
observador e a realidade observada, e que depende da resposta advinda da
questão ontológica anteriomente colocada, ou seja se o mundo social
existe por direito próprio, independente da ação humana, a aspiração de
compreendê-lo em uma forma individual, sem o temor de provocar
alterações durante o processo cognitivo, será legítimo, e assim as formas de
conhecimento podem varias de deterministas leis naturais, dominadas pelas
categorias de causa e efeito e a argumentações menos convincente
(probalísticas) às leis, aos vários tipos de generalizações, exemplificando o
autor com os ideais Weberianos, sendo admissíveis somente
conhecimentos específicos e contingenciais. E aqueles com exclusão de
generalizações que são os conhecimentos específicos e contingente sendo
aceitos.

O terceiro tema versa sobre metodologia, ou seja a questão do


como, diz respeito aos instrumentos técnicos do processo cognitivo, que
dependem das respostas anteriores. Desta forma os três temas ou
perguntas, estão interligados, haja vista que a resposta de cada um são
influenciados pelas respostas dos outros, ficando difícil distinguir seus
limites.

Para Kuhn a sociologida nasceu sob a égide do pensamento


positivista (impirismo) e quando a investigação dos fenômenos sociais foi
evoluindo em um assunto de estudo científico, o paradigma das ciências
naturais reinou de maneira suprema, salientando que seus fundadores
(Augusto Comte e Herbert Spencer) compartilharam uma fé ingênua nos
métodos das ciências naturais, e assim Kuhn resume o paradigma
positivista como sendo o estudo da realidade social, com a utilização do
marco conceitual, das técncias de observação e de medição, dos
instrumentos de análise matemática e dos procedimentos de inferência das
ciências naturais.

2
O autor salienta que o desenvolvimento do positivismo não aconteceu
ao mesmo tempo em todas as disciplinas, mas teve lugar primeiramente no
campo das ciências inorgânicas, como a astronomia, física e química,
seguido pelas ciências biológicas, sendo assim natural a progressão do
simples para o mais complexo, emergindo então, a nova ciência sociológica,
a ciência positiva da sociedade, destinada a triunfar mesmo com a mudança
de foco de objetos naturais para objetos sociais, tais como a religião,
política e trabalho, desta forma, Durkheim, e que realizou a primeira
tentativa de aplicar essa perspectiva teórica para a pesquisa empírica, ou
seja traduziu os princípios do pensamento positivista em procedimento
empíricos, tendo sido consagrado o primeiro cientista social ou sociólogo
positivista, haja vista que seu procedimento empírico baseiou-se na teoria
do fato social, que considera os fatos sociais como coisas, ou seja o modo
de agir, pensar e sentir que possuem a notável propriedade de existir fora
da consciência do indivíduo, não estando portanto sujeitos à vontade
humana, ao contrário resistem às intervenções humanas, e possuem suas
próprias regras com estruturas determinísticas que podem ser descobertos
através da investigação científica. Kuhn encerra essa idéia afirmando que a
realidade social existe fora do indivíduo, que esta realidade social é
objetivamente compreensível e que pode ser estudada por meio dos
mesmos métodos como o das ciências sociais e que o positivismo não passa
de uma mera conseqüência do racionalismo.

Kuhn comenta que o positivismo foi continuamente revisado e


ajustado com intuito de superar seus limites, cedendo lugar para uma
versão mais complexa e detalhada, e em alguns aspectos contraditórias e
obscuras, mantendo o realismo ontológico e a observação empírica de
compreensão do mundo, denominados de neopositivismo, oriundo da escola
conhecida como positivismo lógico, constituído pelos estudiosos do Círculo
de Vienam (Schlick e Carnap, o matemático Hahn, Neurath o economista, e
o físico Frank), mantendo seu predomínio no período de 1930 a 1960, e
alguns anos mais tarde, por um grupo de pensadores afins (Reichenbach,
Herzberg, Lewin, Hempel e outros), com sede em Berlim, sendo que alguns
destes renomados estudiosos, com a perseguição nazista migraram para os
Estados Unidos, local em que a afinidade das opiniões destes e o
pragmatismo americando contribuiram para a disseminação do
neopositivismo, afirmando o autor que um dos postulados do
neopositivismo é a convicção de que o significado de uma declaração
resulta de sua verificabilidade empírica, tendo side desenvolvido a partir de
então uma nova forma de falar sobre a realidade social, por meio de uma
linguagem emprestada da matemática e da estatística, denominada de
linguagem das variáveis (propriedades), além de uma série de atributos, e
as relações entre as variáveis, com a medição de conceitos, distinguindo
variáveis dependentes e independentes, a quantificação de suas inter
relações e da formulação de modelos de causalidade, fazendo com que os
fenômenos sociais pudessem ser pesquisados, medidos e formalizados e as
teorias confirmando ou não de um modo objetivo, sem dar margem para
ambiguidades.

Você também pode gostar