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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ................................................................................

Aspectos gerais................................................................................................................................... 3

Subsistema Financeiro........................................................................................................................ 3
Órgão Normativo – Conselho Monetário Nacional - CMN................................................................ 4
Órgãos de Supervisão e Controle .................................................................................................... 5
❖ Banco Central do Brasil – Bacen ........................................................................................ 5
❖ Comissão de Valores Mobiliários – CVM............................................................................ 6
Intermediários Financeiros ............................................................................................................. 6
❖ Banco Comercial ............................................................................................................... 6
❖ Banco Múltiplo ................................................................................................................. 7
❖ Banco Cooperativo (Comercial ou Múltiplo) ...................................................................... 8
❖ Agentes Financeiros Especiais ........................................................................................... 8
➢ Banco do Brasil............................................................................................................... 8
➢ Banco da Amazônia (BASA)............................................................................................. 8
➢ Banco do Nordeste (BNB) ............................................................................................... 9
➢ Caixa Econômica Federal (CEF) ....................................................................................... 9
➢ Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) .................................. 9
❖ Caixas Econômicas ...........................................................................................................10
➢ Caixas Econômicas Estaduais .........................................................................................10
❖ Bancos de Investimento...................................................................................................10
❖ Bancos de Desenvolvimento ............................................................................................10
❖ Bancos de Câmbio ...........................................................................................................11
❖ Instituições Não Bancárias ...............................................................................................11
➢ Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) ..........................................11
➢ Associação de Poupança e Empréstimo (APE) ................................................................11
➢ Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) ...........................................................................12
➢ Companhias Hipotecárias ..............................................................................................12
➢ Sociedades de Arrendamento Mercantil (SAM)..............................................................12
➢ Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte (SCMEPP)
12
➢ Agências de Fomento ....................................................................................................13
❖ Outros Intermediários Financeiros ...................................................................................14
➢ Corretora de Títulos e Valores Mobiliários – CTVM; Distribuidora de Títulos e Valores
Mobiliários – DTVM ...........................................................................................................................14
➢ Agentes Autônomos de Investimento - AAI ....................................................................15
➢ Administradoras de Consócios – AC ...............................................................................15
➢ Corretoras de Câmbio ...................................................................................................15
➢ Cooperativas de Crédito ................................................................................................16
➢ Fintechs ........................................................................................................................16
➢ Bolsa de Valores ............................................................................................................16
Órgão Recursal – Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional – CRSFN ..........................16

Subsistema de Seguros Privados, Previdência Aberta, Capitalização e Resseguro .............................18


Órgão Normativo – Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP ...............................................18
Órgão de Supervisão e Controle – Superintendência de Seguros Privados – SUSEP .........................18
Agentes Econômicos......................................................................................................................19
❖ IRB–Brasil Resseguros S.A. ...............................................................................................19
❖ Sociedades Seguradoras ..................................................................................................19
❖ Corretores de Seguros .....................................................................................................19
❖ Sociedades de Capitalização ............................................................................................19
❖ Entidades Abertas de Previdência Complementar ............................................................20
Órgão Recursal – Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros Privados, de Previdência
Privada Aberta e de Capitalização – CRSNSP ................................................................................................20
Subsistema de Previdência Fechada .................................................................................................. 20
Órgão Normativo – Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC................................ 20
Órgão de Supervisão e Controle – Superintendência Nacional de Previdência Complementar –
PREVIC........................................................................................................................................................ 21
Agentes Econômicos ..................................................................................................................... 22
❖ Entidades Fechadas de Previdência Complementar – Fundos de Pensão .......................... 22
Órgão Recursal – Câmara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC ................................ 22

NORMAS APLICÁVEIS ................................................................................................ 24


SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

ASPECTOS GERAIS
Quando você pretende pegar um empréstimo, logo vem à sua mente a figura de um banco.
É mais seguro pegar dinheiro lá do que com outra pessoa, um amigo, por exemplo, pois, além de
não saber ao certo quais seriam as condições de pagamento, a operação pode ser caracterizada
como crime1.
Por outro lado, quando você tem dinheiro sobrando, e deseja emprestá-lo, como fazer para
definir os riscos, os custos e para quais pessoas estaria disposto a emprestar? E nem é preciso
lembrar que o crime é o mesmo.
Justamente para dar mais segurança às operações envolvendo dinheiro e intermediar a
transferência de recursos daqueles que querem emprestar (superavitários) com aqueles que
querem tomar (deficitários), é que foi criado o Sistema Financeiro Nacional - SFN2. Hoje, o
SFN cuida das operações que envolvam o Mercado de moeda, crédito, capitais e câmbio, o
Mercado de seguros privados, previdência aberta, capitalização e resseguro e o Mercado
de previdência fechada.
Para que o sistema possa funcionar foi preciso dividi-lo em órgãos Normativos, de
Supervisão e de Operação (Intermediários Financeiros).
Os Órgãos Normativos (ou de Regulação), são responsáveis por definir as regras para o
bom funcionamento de todo o Sistema Financeiro Nacional. Cada um dos três subsistemas que
compõem o SFN possui um órgão normativo específico.
Para verificar o correto cumprimento das diretrizes estabelecidas pelos órgãos normativos,
estão os Órgãos de Supervisão (e fiscalização).
Você nunca deve ter ouvido alguém ter conta corrente no Banco Central ou na CVM. Isso
porque os órgãos de supervisão não fazem, em regra, a ligação entre aquele que quer emprestar
com aquele que tomar o empréstimo. Para isso, foi criada a figura do Intermediário Financeiro
ou Órgãos de Operação.
Por fim, existem os Órgãos Recursais, instância colegiada que atua no recebimento e
julgamento de recursos administrativos de sanções aplicadas pelos Órgãos de Supervisão.

SUBSISTEMA FINANCEIRO
O primeiro subsistema a ser estudado é o financeiro, por ser o mais importante para a
estabilidade da moeda e economia brasileira, pois atua diretamente nos mercados de moeda,
crédito, capitais e câmbio e no combate à inflação:

• Mercado monetário: é o mercado que fornece à economia papel-moeda e moeda


escritural, aquela depositada em conta corrente;
• Mercado de crédito: é o mercado que fornece recursos para o consumo das
pessoas em geral e para o funcionamento das empresas;
• Mercado de capitais: é o mercado que permite às empresas em geral captar
recursos de terceiros e, portanto, compartilhar os ganhos e os riscos;
• Mercado de câmbio: é o mercado de compra e venda de moeda estrangeira.

1 Crime de Agiotagem, Lei nº 7492, de 16 de junho de 1986, art. 8º: Art. 8º: “Exigir, em desacordo com a legislação
(Vetado), juro, comissão ou qualquer tipo de remuneração sobre operação de crédito ou de seguro, administração de
fundo mútuo ou fiscal ou de consórcio, serviço de corretagem ou distribuição de títulos ou valores mobiliários: Pena
- Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa”.
2 De acordo com o Banco Central do Brasil, Disponível em: https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/sfn.

Acesso em 29/04/2019.

3
Órgão Normativo – Conselho Monetário Nacional - CMN
É o Órgão Normativo do Subsistema Financeiro e é também o órgão máximo do Sistema
Financeiro Nacional. Tem a finalidade de normatizar as matérias referentes à política
macroeconômica do Governo Federal, tais como meta de inflação, diretrizes para o câmbio,
principais normas de funcionamento das instituições
financeiras etc.
Por meio do CMN o Governo Federal atua para o O CMN foi criado pela Lei nº
desenvolvimento econômico e social do país e estabilidade 4595/64 e entrou em operação
da moeda brasileira (combate à inflação). Para isso, os no dia 31 de março de 1965.
membros do Conselho se reúnem uma vez por mês e
deliberam sobre as principais matérias, por meio de
Resoluções publicadas no Diário Oficial da União, que ficam disponíveis para consulta no site do
Banco Central3.
Os objetivos do CMN, quer dizer, as finalidades de criação do órgão, estão descritos no
artigo 3º da Lei 4.595/64:

i. Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia nacional e


seu processo de desenvolvimento;

ii. Regular o valor interno da moeda, para tanto prevenindo ou corrigindo os surtos
inflacionários ou deflacionários de origem interna ou externa, as depressões econômicas e
outros desequilíbrios oriundos de fenômenos conjunturais;

iii. Regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamento do País, tendo
em vista a melhor utilização dos recursos em moeda estrangeira;

iv. Orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, quer públicas, quer
privadas; tendo em vista propiciar, nas diferentes regiões do País, condições favoráveis ao
desenvolvimento harmônico da economia nacional;

v. Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, com vistas


à maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos;

vi. Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;

vii. Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida pública,


interna e externa.

Por se tratar do órgão máximo do SFN, os membros do CMN são pessoas ligadas aos
maiores órgãos de economia do país:
• Ministro da Economia (presidente do Conselho);
• Presidente do Banco Central;
• Secretário Especial de Fazenda do Ministério da Economia.

Antes de qualquer deliberação, porém, o CMN recebe manifestação de outro órgão técnico,
a Comissão Técnica da Moeda e do Crédito – COMOC, que serve ao CMN como assessoria na
formulação da política econômica da moeda e do crédito no país.

3 Disponível em https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/buscanormas. Acesso em 29/04/2019.

4
A composição do COMOC é a seguinte:
• Presidente do Banco Central – coordenador;
• Presidente da Comissão de Valores Mobiliários;
• Secretário-Executivo do Ministério da Economia;
• Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia;
• Secretário do Tesouro Nacional do Ministério da Economia;
• Quatro Diretores do Banco Central do Brasil.

Lembre-se!

O CMN é Órgão Normativo e, portanto, edita as regras a serem aplicadas, não


executando tarefas, que ficam a cargo do Banco Central.

Órgãos de Supervisão e Controle


Como Órgão Normativo, o CMN não executa tarefas, portanto, para que as diretrizes
estabelecidas sejam cumpridas e, quando não forem, as sanções aplicadas, foram criadas duas
entidades: o Banco Central Brasil – Bacen e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM.

❖ Banco Central do Brasil – Bacen


O Bacen é uma autarquia4 federal que atua em todo o território brasileiro, com o objetivo
principal de executar as políticas econômicas estabelecidas pelo CMN.
As principais finalidades do Bacen são:
• Formulação, a execução, o acompanhamento e o controle das políticas monetária,
cambial, de crédito e de relações financeiras com o exterior;
• Organização, disciplina e fiscalização do Sistema Financeiro Nacional (SFN) e do
Sistema de Consórcio;
• Gestão do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e dos serviços do meio
circulante.

============= Atenção! =============

A sede do Bacen fica em Brasília, mas possui representatividade nas capitais de alguns
outros estados do Brasil: Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais,
Bahia, Pernambuco, Ceará e Pará.

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Por ser o principal executor da política econômica, o Bacen tem a competência privativa
para executar determinadas tarefas. As principais são:
• Emitir papel-moeda e moeda metálica (por delegação do CMN);
• Executar os serviços do meio circulante;
• Receber os recolhimentos compulsórios e voluntários das Instituições Financeiras;
• Realizar operações de redesconto e empréstimos às Instituições Financeiras;
• Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;

4Autarquias são pessoas jurídicas de direito público interno, pertencentes à Administração Pública Indireta, criadas
por lei específica para o exercício de atividades típicas da Administração Pública. (MAZZA, 2012, p. 197)

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• Efetuar compra e venda de títulos públicos federais;
• Exercer o controle do crédito;
• Exercer a fiscalização das Instituições Financeiras;
• Autorizar a constituição e o funcionamento das Instituições financeiras, exceto as
estrangeiras;
• Estabelecer as condições para exercício de quaisquer cargos de direção em IF;
• Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiro e de capitais;
• Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no País;
• Autorizar e fiscalizar sistemas de liquidação;
• Operar o Sistema de Transferência de Reservas (STR) do SPB e o Sistema Especial
de Liquidação e Custódia (SELIC).

❖ Comissão de Valores Mobiliários – CVM


Assim como o Bacen, a CVM é uma autarquia federal. Isso porque exerce uma função que
necessita de autonomia em relação aos demais órgãos do governo.
Como próprio nome diz, atua basicamente com títulos e valores mobiliários, com o
objetivo de fiscalizar, normatizar, disciplinar e desenvolver esse mercado.
As principais competências da CVM são:
• Definir a política a ser observada na organização e no funcionamento do mercado
de valores mobiliários;
• Regular a utilização do crédito nesse mercado;
• Fixar, a orientação geral a ser observada pela Comissão de Valores Mobiliários no
exercício de suas atribuições;
• Definir as atividades da Comissão de Valores Mobiliários que devem ser exercidas
em coordenação com o Banco Central do Brasil.
• Aprovar o quadro e o regulamento de pessoal da Comissão de Valores Mobiliários,
bem como fixar a retribuição do presidente, diretores, ocupantes de funções de
confiança e demais servidores.
• Estabelecer, para fins da política monetária e cambial, condições específicas para
negociação de contratos derivativos, independentemente da natureza do investidor,
podendo, inclusive, determinar depósitos sobre os valores nocionais dos contratos;
e fixar limites, prazos e outras condições sobre as negociações dos contratos
derivativos.

Intermediários Financeiros
Para ligar o agente superavitário (que quer investir, emprestar, etc.) com o deficitário (que
quer tomar), o sistema financeiro criou os intermediários financeiros.

❖ Banco Comercial
• Instituição financeira privada ou pública;
• Objetivo principal: proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar,
a curto e médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços,
as pessoas físicas e terceiros em geral;
• Devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima;
• Devem levar a expressão “banco” em sua denominação social;

6
• Capta recursos por meio de depósitos à vista e a prazo e intermedeia a circulação
de recursos entre investidores e tomadores de empréstimo (em princípio não pode
captar recursos de poupança).

============= Atenção! =============

Antes dos bancos múltiplos, não podiam realizar algumas operações como leasing, crédito
imobiliário e as operações próprias de financeiras e bancos de investimento

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❖ Banco Múltiplo5
As operações bancárias são diversas. Existem carteiras de investimento, comercial, crédito
imobiliário etc. e ter que ir a cada um desses bancos para efetuar transações não se demonstra ser
uma tarefa fácil.
Alguns bancos começaram a oferecer serviços de várias carteiras, mas agiam como bancos
independentes. Dessa forma, em 1994, o CMN editou a resolução 2.099 que autorizou as
instituições financeiras públicas ou privadas a unir as diversas carteiras operacionais em uma mesma
empresa, de modo a proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e
médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e
terceiros em geral. Foi criado o Banco Múltiplo.
Os Bancos Múltiplos devem ser constituídos sob a forma de sociedade anônima e levar a
expressão “banco” em sua denominação social e exercem as funções de banco comercial e, ainda,
acumula outras carteiras como a de câmbio, de investimento ou desenvolvimento.
Podem captar recursos por meio de depósitos à vista, a prazo e poupança.
Devem ser constituídos por mínimo de 2 carteiras operacionais, sendo uma delas,
necessariamente comercial ou de investimento e podem ter até 5 carteiras operacionais:
• comercial;
• de investimento e/ou desenvolvimento (desenvolvimento somente bancos
públicos);
• de crédito imobiliário;
• de arrendamento mercantil;
• de crédito, financiamento e investimento.

============= Atenção! =============

Os principais Bancos atuantes no mercado brasileiro são enquadrados como Bancos


Múltiplos.

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5 Resolução CMN nº 2.099, de 17 de agosto de 1994 – Aprova regulamentos que dispõem sobre as condições
relativamente ao acesso ao Sistema Financeiro Nacional, aos valores mínimos de capital e patrimônio líquido ajustado,
à instalação de dependências e à obrigatoriedade da manutenção de patrimônio líquido ajustado em valor compatível
com o grau de risco das operações ativas das instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo
Banco Central.

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❖ Banco Cooperativo (Comercial ou Múltiplo)
É uma Instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central e que pode ser
constituída sob a forma de banco comercial (como era o caso do Banco Cooperativo do Brasil –
Bancoob) ou sob a forma de banco múltiplo (como o Banco Cooperativo Sicredi).
Seu controle acionário deve ser exercido por cooperativas de crédito (embora possam
admitir outros sócios, como o caso do Sicredi/Rabobank-Holanda).
O objetivo do banco cooperativo é suprir as cooperativas de crédito e seus associados com
produtos e serviços bancários que aquelas não podem oferecer. Possui finalidade lucrativa e são
tributados normalmente como qualquer outra instituição financeira.
Seus depósitos têm garantia do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito –
FGCoop.
No Brasil existem 2 bancos cooperativos (Banco Cooperativo do Brasil – Bancoob e Banco
Cooperativo Sicredi).

❖ Agentes Financeiros Especiais


São considerados assim por serem controlados pela União e podem extrapolar a finalidade
que foi constituída, auxiliando na execução da política monetária.

➢ Banco do Brasil
Primeiro banco do país, o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista, possuindo
grande participação e influência no desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
O presidente do Banco do Brasil é escolhido pelo Presidente da República e não tem
mandato fixo, podendo ser exonerado a qualquer tempo;
• Principais atribuições são:
o Ser agente pagador e recebedor do Tesouro Nacional;
o Ser o principal agente de crédito rural;
o Ser agente pagador e recebedor fora do País;
o Atuar no apoio creditício aos setores produtivos da economia;
o Executar os serviços de compensação de cheques e outros papéis;
o Efetuar as operações de crédito com recursos do Fundo Constitucional de
Desenvolvimento da Região Centro-Oeste (FCO).

➢ Banco da Amazônia (BASA)


Criado em meio à Segunda Guerra Mundial, para suprir a necessidade de borracha dos
aliados, o Banco da Amazônia possui papel fundamental no desenvolvimento sustentável da
Amazônia Legal6.
• Criado pelo Decreto-Lei 4.451, de 09/07/1942 com nome de Banco de Crédito da
Borracha e transformado em Banco da Amazônia em 1966;
• Sociedade anônima de economia mista com controle da União;
• Banco comercial com característica de banco de desenvolvimento;
• Operador exclusivo das linhas de crédito com recursos do Fundo Constitucional
de Desenvolvimento da Região Norte (FNO) (Lei 10.177/2001).

6 Disponível em https://www.bancoamazonia.com.br/index.php/sobre-o-banco/historia-marca. Acesso em


29/04/2019.

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➢ Banco do Nordeste (BNB)
Criado para auxiliar o desenvolvimento do Nordeste, principalmente diante da seca extrema
da década de 1950, o Banco do Nordeste é o maior banco de desenvolvimento regional da américa
latina, atendendo a mais de 2 mil municípios da região 7.
• Criado pela Lei 1.649, de 19/07/1952;
• Banco múltiplo com característica de banco de desenvolvimento;
• Sociedade anônima de economia mista com controle da União;
• Operador exclusivo das linhas de crédito com recursos do Fundo Constitucional
de Desenvolvimento da Região Nordeste (FNE) (Lei 10.177/2001).

➢ Caixa Econômica Federal (CEF)


A principal Caixa Econômica do país, além de ser a única em funcionamento na atualidade.
A Caixa econômica federal possui grande importância na área da habitação popular, além de ser
responsável pela gestão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS, e integrar o Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE8.
Suas principais características são:
• Vinculada ao Ministério da Economia;
• Empresa pública de controle integral da União (100%);
• Atua como banco comercial, com prioridade para concessão de empréstimos e
financiamentos de projetos sociais, podendo captar depósitos à vista, realizar
operações ativas e serviços bancários e financeiros próprios de bancos comerciais;
• Está autorizada a captar recursos por meio da caderneta de poupança;
• Seu presidente é escolhido pelo Presidente da República e pode ser exonerado a
qualquer tempo;
• Possui o monopólio da venda dos bilhetes de loteria.

Principais atribuições:
• Receber depósitos de poupança e incentivar o hábito de poupar;
• Conceder empréstimos e financiamentos de natureza assistencial;
• Operar no setor habitacional com principal agente do SFH;
• Explorar, com exclusividade, os serviços de loteria oficiais;
• Exercer o monopólio das operações sobre penhores civis;
• Ser agente operador do FGTS;
• Realizar operações de financiamento para as áreas de saneamento e infraestrutura;
• Realizar operações de financiamentos estudantil (FIES).

➢ Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)


O BNDES foi criado como uma autarquia federal com o objetivo de o órgão formulador
e executor das políticas de desenvolvimento econômico, principalmente em infraestrutura e em
indústrias.
Para melhor administração dos recursos e flexibilidade de contratação de pessoal, o
BNDES se tornou uma empresa pública federal, vinculado ao Ministério da Economia.

7Disponível em https://www.bnb.gov.br/sobre-o-bnb. Acesso em 29/04/2019.


8A Caixa Econômica Federal foi constituída pelo Decreto-Lei 759, de 12/08/1969, teve origem como Caixa
Econômica e Monte de Socorro, criada pelo Decreto 2.723, de 12/01/1861

9
Atualmente, o Banco atual em todos os segmentos econômicos (agropecuária, indústria,
comércio e serviços, infraestrutura), principalmente no auxílio a micro, pequenas e médias
empresas, aumentando a competitividade e fortalecimento da economia nacional, incentivando a
exportação da produção brasileira.
Outra característica de destaque do BNDES é que não possui relação direta com os
tomadores de crédito, atuando por meio de intermediários financeiros parceiros.

❖ Caixas Econômicas
São instituições financeiras semelhantes aos bancos múltiplos, porém, se diferenciam deles
por priorizar a concessão de empréstimos e financiamentos para o desenvolvimento de áreas sociais
como saúde, educação, transporte urbano, habitação etc.9

➢ Caixas Econômicas Estaduais


Atualmente não existem Caixas Econômicas Estaduais em funcionamento no país, mas
podem ser criadas e terão as mesmas características da Caixa Econômica Federal, em âmbito
regional.

❖ Bancos de Investimento10
São instituições financeiras privadas, constituídas sob a forma de sociedade anônima,
que captam recurso dos investidores, geralmente por meio de CDB e RDB (são proibidos de
captar recursos por depósito à vista em conta corrente), e utilizam o recurso captado para investir
em empréstimos e financiamentos para aquisição de bens de capital ou para subscrição de ações e
debêntures.
O objetivo do banco de investimento é suprir a necessidade das empresas em capital fixo
e de giro, além de fazer gestão do capital de terceiros.
Para ser considerado banco de investimento, sua denominação social deve constar a
expressão “Banco de Investimento”.
As principais práticas dos Bancos de Investimento são:
• Empréstimos a médio e longo prazo (mínimo de um ano) para financiamentos de
capital fixo ou capital de giro;
• Repasses de empréstimos obtidos no País ou no exterior;
• Aquisição de ações, obrigações ou quaisquer outros títulos ou valores mobiliários
para investimento ou revenda no mercado de capitais (subscrição);
• Prestação de garantia de empréstimos no País ou do exterior.

Exemplos de bancos de investimento: BB-BI, BNDESPar.

❖ Bancos de Desenvolvimento11
São instituições financeiras públicas criadas pelos estados da federação de modo a investir
em projetos de desenvolvimento regional, oferecendo empréstimos e financiamentos a médio e
longo prazos com taxas de juros menores do que a do mercado.

9 Lei 4.595, de 31 de dezembro de 1.964 – Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias, Bancárias e Creditícias,
Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências.
10 Resolução CMN 2.624, de 29/07/1999 – Consolida as normas sobre a constituição e o funcionamento de bancos

de investimento.
11 Resolução CMN 394, de 03/11/1976 – Define a competência e disciplina a constituição e o funcionamento dos

Bancos de Desenvolvimento.

10
Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima, com sede na capital do Estado
que detiver a maior parte do capital acionário e ainda ter na denominação social a expressão “Banco
de Desenvolvimento”, seguido do Estado onde fica a sua sede.
Exemplos de bancos de desenvolvimento: Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo
S.A. (BANDES), Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais S.A. (BDMG), Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), BADESUL Desenvolvimento.

============= Atenção! =============

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES não é


considerado um banco de desenvolvimento pois se trata de uma empresa pública federal, com
controle da União.

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❖ Bancos de Câmbio12
São instituições financeiras autorizadas pelo BACEN a realizar operações de câmbio e de
crédito vinculadas às operações de câmbio, sem restrições.
Podem, ainda, receber depósitos em contas sem remuneração, desde que não sejam
movimentadas por cheque ou por meio eletrônico pelo titular e os recursos devem ser destinados
às operações de câmbio.
Para serem consideradas como banco de câmbio, a denominação social deve constar a
expressão "Banco de Câmbio".

❖ Instituições Não Bancárias

➢ Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI)


São instituições privadas, geralmente ligadas a conglomerados econômicos, e que oferecem
empréstimos e financiamentos normalmente para seus próprios produtos.
Podem atuar, também, em nichos que não são abarcados pelos serviços bancários, como
por exemplo, financiamento de veículos usados, por possuir risco mais elevado.
Podem captar recursos por depósitos a prazo, letras de câmbio, depósitos interfinanceiros,
operações de cessão de crédito e, mais recentemente depósitos a prazo com garantia do FGC.
Para atuar no mercado, sua denominação social deve conter a expressão “crédito,
financiamento e investimento”.
Exemplos de SCFI: Losango, Fininvest, BV Financeira, Luizacred.

➢ Associação de Poupança e Empréstimo (APE)13


São instituições privadas com o objetivo de facilitar o acesso dos associados à aquisição da
casa própria, além de incentivar a captação e a disseminação da poupança.
É possível a emissão de Letra Hipotecária, Letra Financeira e depósitos interfinanceiros e
contrair empréstimos no exterior.

12 Resolução CMN 3.426, de 21/12/2006 – Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de instituições financeiras
especializadas na realização de operações de câmbio.
13 Decreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1.966 – Autoriza o funcionamento de associações de poupança e

empréstimo, institui a cédula hipotecária e dá outras providências.

11
Atualmente, a única APE em funcionamento no Brasil é a APE-POUPEX, gerida pela
Fundação Habitacional do Exército.

➢ Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI)14


São instituições financeiras especializadas na concessão de crédito imobiliário integrantes
do Sistema Financeiro da Habitação – SFH. As SCI atuam na concessão de crédito para aquisição
da casa própria, apoio à produção para as incorporadoras, além de recursos para produtoras e
distribuidoras de material de construção.
Para poder atuar corretamente, as SCI devem constar na sua denominação a expressão
“Crédito Imobiliário”, mas com os elevados custos para manutenção de suas agências, têm
desaparecido.

➢ Companhias Hipotecárias15
Instituições financeiras constituídas sob sociedade anônima, com o propósito de atuar com
financiamento imobiliário de imóveis residenciais ou comerciais, garantidos por hipoteca ou
alienação fiduciária, principalmente no SFI, embora possa atuar no âmbito do SFH.
Para funcionar, sua denominação social deve levar a expressão “companhia hipotecária”,
não podendo captar recursos de poupança, mas por meio de emissão de letras hipotecárias, letras
de crédito imobiliário, debêntures e empréstimos e financiamentos, inclusive do exterior.
Exemplos de CH: UCI Brasil (Santander e CH Piratini), Companhia Hipotecária Brasileira
(CHB), Companhia Hipotecária Barigui.

➢ Sociedades de Arrendamento Mercantil (SAM)16


São instituições financeiras equiparadas que atuam principalmente com leasing financeiro e
leasing operacional (inclusive com operações de sale-and-leaseback17). Realizam arrendamento de
bens imóveis adquiridos por elas, de modo que os clientes não necessitem comprar o imóvel,
usufruindo de seus serviços, apenas.
Para funcionar, as SAM precisam adotar em sua denominação social a expressão
“arrendamento mercantil”, e captam recursos por meio de debêntures, financiamentos e
empréstimos externos, inclusive junto a instituições financeiras, depósitos interfinanceiros e cessão
de contratos de leasing.
Exemplos: Boncred Leasing, BV Leasing, BB Leasing.

➢ Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte


(SCMEPP)18
São instituições privadas constituídas sob forma de sociedade anônima de capital fechado
ou sociedade de responsabilidade limitada, que foram criadas para ampliar o acesso ao crédito por
parte dos microempreendedores e empresas de pequeno porte.

14 Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1.964 – Institui a correção monetária nos contratos imobiliários de interesse social,
o sistema financeiro para aquisição da casa própria, cria o Banco Nacional da Habitação (BNH), e Sociedades de
Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias, o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo e dá outras providências.
15 Resolução CMN nº 2.122, de 30 de novembro de 1994 – Aprova a constituição, a organização e o funcionamento

de companhias hipotecárias.
16 Resolução CMN nº 2.309, de 28 de agosto de 1996 – Disciplina e consolida as normas relativas às operações de

arrendamento mercantil.
17 A SAM compra um imóvel e o aluga para pessoa de quem comprou.
18 Resolução CMN nº 2.309, de 28 de agosto de 1996 – Disciplina e consolida as normas relativas às operações de

arrendamento mercantil.

12
Podem atuar como correspondentes no país, porém não podem captar recursos do público,
nem emitir títulos e valores mobiliários que sirvam para colocação e ofertas públicas.
Para funcionar, as SCMEPP devem ser possuir em sua denominação social a expressão
"Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte".
Como o próprio nome sugere, as SCMPEEP somente podem conceder financiamento às
microempresas ou empresas de pequeno porte e a pessoas físicas no desempenho das atividades
relativas ao seu objeto social, definido em lei.
Podem receber repasses e empréstimos de instituições financeiras e de entidades voltadas
para o fomento e desenvolvimento, inclusive OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse
Público, espécie de ONG) e fundos oficiais e captar recursos junto a instituições financeiras por
meio de emissão de depósito interfinanceiro vinculado a operações de micro finanças (DIM).

➢ Agências de Fomento19
São instituições constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital fechado, com o
objetivo de financiar projetos de desenvolvimento, geralmente ligadas aos estados da federação.
Não podem captar recursos junto ao público e empregam recursos de fundos e programas oficiais.
Foram criadas para substituir os bancos dos estados, no Programa de Incentivo à Redução
da Presença do Setor Público na Atividade Financeira (PROES).
Permitida apenas uma agência de fomento por unidade da federação, devem constituir e
manter, permanentemente, fundo de liquidez equivalente, no mínimo, a 10% do valor de suas
obrigações, a ser integralmente aplicado em títulos públicos federais.
Atividades permitidas das agências de fomento:
• financiamento para o desenvolvimento de empreendimentos de natureza
profissional, comercial ou industrial, de pequeno porte, inclusive a pessoas físicas;
• financiamento de capitais fixo e de giro associados a projetos;
• operações de crédito rural;
• cessão de créditos;
• prestação de garantias em operações compatíveis com o objeto social;
• prestação de serviços de consultoria e de agente financeiro;
• prestação de serviços de administrador de fundos de desenvolvimento;
• operações específicas de câmbio;
• aplicação de disponibilidades de caixa em títulos públicos federais, ou em cotas de
fundos de investimento cujas carteiras estejam representadas exclusivamente por
títulos públicos federais, desde que assim conste nos regulamentos dos fundos;
• aquisição de créditos oriundos de operações compatíveis com o objeto social;
• participação societária em sociedades empresárias não integrantes do sistema
financeiro;
• swap para proteção de posições próprias;
• operações de arrendamento mercantil;
• integralização de cotas de fundos que tenham participação da União:
• aplicação em operações de microfinanças (DIM).

Exemplos de Agência de Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São


Paulo – FAPESP; Financiadora de Estudos e Projetos – FINEP.

19Resolução CMN nº 2.122, de 30 de novembro de 1994 – Aprova a constituição, a organização e o funcionamento


de companhias hipotecárias.

13
❖ Outros Intermediários Financeiros

➢ Corretora de Títulos e Valores Mobiliários – CTVM; Distribuidora de Títulos e


Valores Mobiliários – DTVM
Para investir na bolsa de valores é preciso abrir uma conta em uma corretora ou um banco,
que farão a intermediação financeira. A empresa responsável por fazer essa intermediação é
justamente a Corretora de Títulos e Valores Mobiliários ou a Distribuidora de Títulos e Valores
Mobiliários.
Portanto as CTVM e as DTVM são instituições constituídas sob forma de sociedade
anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, que atuam no mercado de capitais,
intermediando os recursos entres os investidores e tomadores, por meio de títulos e valores
mobiliários e são remuneradas com a cobrança de comissões e taxas.
São tipos de serviços oferecidos pelas corretoras e distribuidoras:
• plataformas de investimento pela internet (home broker);
• consultoria financeira;
• clubes de investimentos;
• financiamento para compra de ações (conta margem); e
• administração e custódia de títulos e valores mobiliários dos clientes.

Principais atividades exercidas pelas corretoras e distribuidoras:


• comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros;
• operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de terceiros;
• intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no
mercado;
• operar em bolsas de valores;
• administrar carteiras e custodiar de títulos e valores mobiliários;
• subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no mercado;
• exercer funções de agente fiduciário;
• instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento;
• intermediar operações de compra e venda de moeda estrangeira, além de outras
operações no mercado de câmbio;
• praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado físico, por
conta própria e de terceiros;
• realizar operações compromissadas;
• praticar operações de conta margem.
• prestar serviços de intermediação e de assessoria ou assistência técnica, em
operações e atividades nos mercados financeiro e de capitais.

Exemplos: Infinity CCTVM, Corretora Souza Barros CTVM, Bradesco CTVM, BBDTVM.

============= Atenção! =============

Com a Portaria Conjunta 17/2009, as distribuidoras puderam atuar na bolsa de valores,


eliminando a principal diferença entre elas e as corretoras.

===============================

14
➢ Agentes Autônomos de Investimento - AAI20
São pessoas naturais que obtêm registro junto à CVM para exercer, sob a responsabilidade
e como preposto de instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários, a
atividade de distribuição de valores mobiliários.
O AAI pode negociar (transacionar) valores mobiliários, inclusive em ambiente de bolsa,
ou administrar carteira de valores mobiliários, mas não pode exercer as duas atividades ao mesmo
tempo, precisando optar por uma delas, sob risco de caracterizar conflito de interesses.
Para exercer a atividade de AAI, a pessoa natural precisa:
• ser julgado apto em exame de certificação organizado por entidade autorizada pela
Comissão de Valores Mobiliários, observado que o exercício das atividades de
distribuição e mediação nos mercados de derivativos depende, ainda, de aprovação
em exame específico que avalie o respectivo conhecimento sobre o funcionamento
e os ricos inerentes a esses mercados;
• obter a autorização da Comissão de Valores Mobiliários;
• manter contrato para distribuição e mediação com uma ou mais das instituições
referidas no art. 1º;
• realizar a sua atividade de distribuição e mediação exclusivamente como preposto
das instituições referidas no art. 1º;
• abster-se de receber ou entregar aos investidores, por qualquer razão, numerário,
títulos, valores mobiliários ou quaisquer outros valores, que somente devem ser
movimentados por meio de instituições financeiras e do sistema de distribuição de
valores mobiliários.

O AAI pode constituir pessoa jurídica para atuação ou atuar como pessoa física.

➢ Administradoras de Consócios – AC21


Consórcio é uma forma de aquisição de bens e serviços por pessoas físicas e jurídicas. Por
meio do consórcio, as pessoas se reúnem em grupos com prazo de duração determinado, que
adquirem cotas, promovidas por empresas que fazem a gestão do grupo, a administradora de
consórcio.
A empresa pode ser constituída na forma de sociedade limitada ou anônima.

➢ Corretoras de Câmbio22
São empresas que atuam entre clientes e bancos, exclusivamente com operações de câmbio,
ou seja, comprando e vendendo moedas estrangeiras, no limite de US$ 100.000,00 (cem mil dólares
americanos) ou seu equivalente em outra moeda.
A grande diferença entre as corretoras de câmbio e os bancos que atuam com câmbio é que
os bancos podem, além de comprar e vender moedas estrangeiras, atuar com mercado que envolva
o câmbio, como por exemplo, o financiamento de importação e exportação, mercado de futuros
na bolsa de valores etc.

20 Resolução CMN nº 2.838, de 30 de maio de 2001 – Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento.
21 Resolução CMN nº 2.838, de 30 de maio de 2001 – Dispõe sobre a atividade de agente autônomo de investimento.
22 Resolução CMN nº 1.770, de 28 de novembro de 1990 – Estabelece condições para a constituição, a organização e

o funcionamento das sociedades corretoras de câmbio.

15
➢ Cooperativas de Crédito23
São instituições financeiras que não possuem fins lucrativos, mas objetivam um melhor
gerenciamento dos recursos dos próprios cooperados, fazendo com que estes sejam ao mesmo
tempo donos e clientes.

➢ Fintechs24
Fintechs são empresas que introduzem inovações no mercado financeiro por meio do uso
intensivo de tecnologia, com potencial para criar novos modelos de negócios com baixo custo e
atuam por meio de plataformas online e oferecem serviços digitais inovadores.
SCD – Sociedade de Crédito Direto: realiza operações de crédito, com recursos próprios
sem captação de recurso junto ao público e pode prestar serviços de análise de crédito para
terceiros, cobrança de crédito de terceiros, distribuição de seguros e emissão de moeda eletrônica
SEP – Sociedade de Empréstimo entre Pessoas: realiza operações de crédito diretamente
entre o tomador e o doador de recursos, limitadas a R$15.000,00 assessorando ambas as partes
nessa operação, porém sem correr o risco da operação.

➢ Bolsa de Valores
São empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima ou sociedades sem fins
lucrativos e têm por objetivo manter local ou sistema adequado ao encontro de seus membros e à
realização, entre eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado
livre e aberto.
Exemplo: Bovespa (sociedade sem fins lucrativos até 2008, transformada em sociedade
anônima a partir de então).

Órgão Recursal – Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional –


CRSFN25
Como visto, o Bacen e o CMN são órgãos que fiscalizam e supervisionam todo o sistema
financeiro nacional. Havendo algum descumprimento das normas, estão autorizados a aplicar
sanções administrativas. Quando essas sanções são questionadas, o órgão responsável pela análise
desse recurso é o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.
O CRSFN é um órgão colegiado, vinculado ao Ministério da Economia, que tem por
finalidade o julgamento, em segunda instância, os recursos interpostos das decisões administrativas
que tiverem relação com aplicação de penalidades administrativas aplicadas pelo BACEN e CVM.
O colegiado é composto por 8 conselheiros com reconhecido conhecimento especializado
nos assuntos, com mandato de 2 anos, podendo ser reconduzidos uma vez ao cargo. Ficando dessa
forma:
• um representante do Ministério da Fazenda;
• um representante do Banco Central do Brasil;
• representante do Banco Nacional da Habitação;
• um representante da Comissão de Valores Mobiliários; e

23 Resolução CMN nº 4.434, de 5 de agosto de 2015 – Dispõe sobre a constituição, a autorização para funcionamento,
o funcionamento, as alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para funcionamento das cooperativas de
crédito e dá outras providências.
24 Resolução CMN nº 4.656, de 26 de abril de 2018 – Dispõe sobre a sociedade de crédito direto e a sociedade de

empréstimo entre pessoas, disciplina a realização de operações de empréstimo e de financiamento entre pessoas por
meio de plataforma eletrônica e estabelece os requisitos e os procedimentos para autorização para funcionamento,
transferência de controle societário, reorganização societária e cancelamento da autorização dessas instituições.
25 Decreto nº 91.152, de 15 de março de 1985 – Cria o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional e dá

outras providências.

16
• quatro representantes das entidades de classe dos mercados financeiro e de capitais,
por estas indicados em lista tríplice, por solicitação do Ministro da Fazenda.

17
SUBSISTEMA DE SEGUROS PRIVADOS, PREVIDÊNCIA ABERTA, CAPITALIZAÇÃO E
RESSEGURO
Órgão Normativo – Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP26
Se você já contratou seguro de algum carro, o serviço do corretor de imóveis, ou até mesmo
um título de capitalização, é sinal que já se submeteu às regras estabelecidas pelo CNSP, pois ele é
o órgão responsável por elaborar as diretrizes da política de seguros privados.
É composto por:
• Ministro da Economia (presidente);
• Superintendente da SUSEP (presidente substituto);
• Representante do Ministério da Justiça;
• Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social;
• Representante do Banco Central do Brasil; e
• Representante da Comissão de Valores Mobiliários.

Suas atribuições são:


• Fixar diretrizes e normas da política de seguros privados;
• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem
atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a
aplicação das penalidades previstas;
• Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada
aberta, capitalização e resseguro;
• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;
• Conhecer dos recursos de decisão da SUSEP e do IRB;
• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de
Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, com
fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;
• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor.

Lembre-se!

O CNSP é Órgão Normativo e, portanto, edita as regras a serem aplicadas, não


executando tarefas, que ficam a cargo da SUSEP.

Órgão de Supervisão e Controle – Superintendência de Seguros Privados – SUSEP


A SUSEP é uma autarquia federal, vinculada ao Ministério da Economia, que tem como
principal objetivo fiscalizar e regular o mercado de seguros, previdência privada aberta,
capitalização e resseguro, por meio das diretrizes definidas pelo CNSP.
As principais atribuições da SUSEP são:
• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e
Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;
• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através
das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;

26Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966 – Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros Privados, regula as
operações de seguros e resseguros e dá outras providências.

18
• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;
• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a
eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros
Privados e do Sistema Nacional de Capitalização;
• Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando sua
expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;
• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado;
• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os
efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;
• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por
este forem delegadas;
• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

Agentes Econômicos

❖ IRB–Brasil Resseguros S.A.


O mercado de resseguros no Brasil começou a ser fortemente explorado na década de 1940,
quando Getúlio Vargas pretendia manter no país os riscos de empresas nacionais, que antes eram
transferidos para o exterior, criando o Instituto de Resseguros do Brasil.
Contudo, a partir de 2007, o monopólio do IRB foi quebrado, com a abertura do mercado
de resseguros realizado pelo Congresso Nacional.
Em 2013, o IRB foi privatizado, passando a regulação e fiscalização do mercado de
resseguros para a SUSEP.

❖ Sociedades Seguradoras
Sociedades seguradoras são as empresas que o mercado conhece que realmente vendem
seguros de todas as formas: de carro, de vida, previdência, capitalização etc. São elas as responsáveis
pelo pagamento de indenização quando ocorrer um sinistro com o contratado ou o beneficiário do
seguro.
Para atuar no ramo dos seguros, as sociedades seguradoras devem ser sociedades anônimas
transacionar, como atividade fim, produtos e serviços de seguros. Outras formas de negócio são
permitidas somente como investidoras.

❖ Corretores de Seguros
O corretor de seguros é o profissional do ramo securitário que, para atuar, precisa ser
certificado pela Escola Nacional de Seguros, registrado na SUSEP.
Ele pode atuar de forma autônoma ou constituir pessoa jurídica.
Tem duas funções importantes:
• de um lado, proteger o segurado, orientando-o sobre a forma mais eficaz (custo x
benefício) para cobrir riscos temidos;
• De outro, servir como canal de distribuição para as sociedades seguradoras,
empresas de capitalização e previdência, elegendo segurados idôneos e bem-
intencionados.

❖ Sociedades de Capitalização
São empresas constituídas sob forma de sociedade anônima, que pactuam e negociam
contratos (títulos de capitalização) que têm por objetivo o depósito periódico de prestações
pecuniárias pelo contratante, o qual terá, depois de cumprido o prazo contratado, o direito de
resgatar os valores depositados, devidamente remunerados por taxa de juros pactuada.

19
O contrato pode prever o resgate antecipado e penalidades como deságio sobre o valor dos
depósitos e, ainda, o direito ao contratante de concorrer a sorteio de prêmios em dinheiro.

❖ Entidades Abertas de Previdência Complementar


São empresas constituídas sob forma de sociedade anônima, que têm por objetivo gerir e
operar planos de benefícios, de caráter previdenciário, concedidos em forma de renda continuada
ou pagamento único, acessíveis a qualquer pessoa física, independente do vínculo empregatício ou
associativo com qualquer empresa ou instituição.
São fiscalizadas pela SUSEP e regulamentadas pelo CNSP e CMN.

Exemplos: Bradesco Previdência Privada, Brasilprev.

============= Atenção! =============

As entidades fechadas de previdência complementar diferem das abertas principalmente


pelo fato de permitirem a livre admissão. Nas entidades fechadas, somente o grupo objeto da
criação da entidade pode participar.

===============================

Órgão Recursal – Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros


Privados, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização – CRSNSP
A CRPC é um órgão colegiado vinculado ao Ministério da Economia, que aprecia e julga,
em última instância administrativa, os recursos contra as sanções aplicadas pela Superintendência
de Seguros Privados (SUSEP).

SUBSISTEMA DE PREVIDÊNCIA FECHADA


Órgão Normativo – Conselho Nacional de Previdência Complementar - CNPC
Quando se fala em aposentadoria automaticamente vem à mente o INSS. Acontece que o
INSS cuida apenas da aposentadoria pública. É possível, porém, que o valor que vá receber de
aposentadoria não chegue nem perto do salário que você vá receber ao longo da sua carreira. Por
isso, é possível que os funcionários de determinada empresa – geralmente muito grande, se unam
para constituir um fundo em que cada associado contribua com certo valor e, ao se aposentar,
receba o valor ali investido, mensalmente, complementando o montante recebido pela
aposentadoria pública.
Esses fundos são chamados de Previdência Complementar ou fundos de pensão. Os mais
conhecidos são:
• Previ: patrocinado pelo Banco do Brasil;
• Petros: patrocinado pela Petrobras;
• Funcef: patrocinado pela Caixa Econômica Federal;
• Fundação Cesp: patrocinado por companhias fornecedoras de energia elétrica do
estado de São Paulo;
• Valia: patrocinado pela Vale;
• Fundo de Pensão Mongeral Aegon: patrocinado pela Mongeral Aegon.

E para que não houvesse grande divergência na forma de criação e gestão dos fundos, foi
criado o Conselho Nacional de Previdência Complementar – CNPC.

20
Portanto, assim como os demais conselhos do Sistema Financeiro Nacional, o CNPC é o
órgão responsável pelas diretrizes dos entes atuantes no mercado de previdência complementar.
É composto por:
• Secretário de Previdência Social (presidente);
• Representante da Previc;
• Representante Secretaria de Políticas de Previdência Complementar (SPPC);
• Representante da Casa Civil da Presidência da República;
• Representante do Ministério da Economia;
• Representante das Entidades Fechadas de Previdência Complementar;
• Representante dos Patrocinadores e Instituidores de Planos de Benefícios das
Entidades Fechadas de Previdência Complementar;
• Representante dos participantes e assistidos de planos de benefício das entidades
fechadas de previdência complementar.

Lembre-se!

O CNPC é Órgão Normativo e, portanto, edita as regras a serem aplicadas, não


executando tarefas, que ficam a cargo da PREVIC.

Órgão de Supervisão e Controle – Superintendência Nacional de Previdência


Complementar – PREVIC27
É o órgão responsável por fiscalizar as atividades das entidades fechadas de previdência
complementar (fundos de pensão) e seu objetivo é zelar pela boa gestão dessas entidades, de forma
que o patrimônio dos planos de benefícios por elas administrados cumpram seu papel de garantir
aposentadorias aos seus participantes e assistidos.
Principais atribuições:
• Autorizar a constituição e o funcionamento dos fundos de pensão
• Autorizar as operações de fusão, cisão, incorporação ou outra forma de organização
societária dos fundos de pensão
• Decretar a intervenção ou liquidação extrajudicial dos fundos de pensão
• Fiscalizar os fundos de pensão
• Decidir sobre a conclusão dos relatórios finais dos processos administrativos e
aplicar penalidades cabíveis
• Apresentar propostas para formulação de políticas de regulação ao

27 Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009 – Cria a Superintendência Nacional de Previdência Complementar -


PREVIC e dispõe sobre o seu pessoal; inclui a Câmara de Recursos da Previdência Complementar na estrutura básica
do Ministério da Previdência Social; altera disposições referentes a auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil; altera
as Leis nos 11.457, de 16 de março de 2007, e 10.683, de 28 de maio de 2003; e dá outras providências.

21
Agentes Econômicos

❖ Entidades Fechadas de Previdência Complementar – Fundos de Pensão


Diferente das entidades abertas de previdência complementar, os fundos de pensão são
fundações ou sociedade civil sem fins lucrativos, que faz a gestão do patrimônio de contribuições
de participantes, com o objetivo de proporcionar renda a eles.
São acessíveis exclusivamente:
• aos empregados de empresa ou grupo de empresas (patrocinadores); ou
• aos servidores da União, Estados, Distrito Federal e Municípios (patrocinadores);
ou
• aos associados ou membros de pessoa jurídica de caráter profissional, classista ou
setorial (instituidores)

Não existe regra que defina qual a participação de cada um nas contribuições e são baseadas
em cálculos atuariais que levam em consideração a expectativa de vida dos participantes, sua renda
presente, renda esperada de aposentadoria, possibilidade de pensões para cônjuges e filhos dentre
outras variáveis importantes. As contribuições para os planos de benefícios geralmente são feitas:
• parte pelos patrocinadores ou instituidores;
• parte pelos participantes e assistidos.

Exemplo: PREVI (BB), FUNCEF (Caixa), PETROS (Petrobrás).

Órgão Recursal – Câmara de Recursos da Previdência Complementar – CRPC


A CRPC é um órgão colegiado vinculado ao Ministério da Economia, criado para apreciar
e julgar os recursos interpostos contra decisões da diretoria colegiada da Superintendência Nacional
de Previdência Complementar (PREVIC) referentes aos autos de infração e aos lançamentos
tributários da Taxa de Fiscalização e Controle da Previdência Complementar (TAFIC).
O órgão é composto por:
• quatro servidores titulares de cargos de provimento efetivo, com exercício no
Ministério da Previdência Social, na Previc ou no Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS);
• representante das entidades fechadas de previdência complementar;
• representante dos patrocinadores e instituidores de planos de benefícios das
entidades fechadas de previdência complementar; e
• representante dos participantes e assistidos de planos de benefícios dessas
entidades.

22
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL ESQUEMATIZADO

Moeda, crédito, capitais e câmbio Seguros Privados Previdência Fechada


órgãos normativos

CMN CNSP CNPC

Conselho Nacional de Conselho Nacional de


Conselho Monetário Nacional
Seguros Privados Previdência Complementar
Órgãos Recursais

CRSFN CRSNSP CRPC


Conselho de Recursos do
Sistema Nacional de
Câmara de Recursos da
Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional Seguros Privados, de
Previdência Complementar
Previdência Privada Aberta
e de Capitalização
Supervisores

Bacen CVM Susep Previc


Superintendência Nacional
Comissão de Superintendência de
Banco Central de Previdência
valores mobiliários Seguros Privados
Complementar

Entidades fechadas de
Intermediários Financeiros

Bancos e Caixas Administradoras de Seguradoras e


Bolsa de valores previdência complementar
Econômicas Consórcios resseguradoras
(fundos de pensão)

Bolsa de
Cooperativas de Corretoras e Entidades abertas de
mercadorias e
Crédito Distribuidoras previdência
futuros

Instituições de Demais Instituições


Sociedades de capitalização
Pagamento não bancárias

23
NORMAS APLICÁVEIS
Decreto nº 91.152, de 15 de março de 1985 – Cria o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro
Nacional e dá outras providências.

Decreto-Lei nº 70, de 21 de novembro de 1.966 – Autoriza o funcionamento de associações de


poupança e empréstimo, institui a cédula hipotecária e dá outras providências.

Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966 – Dispõe sobre o Sistema Nacional de Seguros


Privados, regula as operações de seguros e resseguros e dá outras providências.

Decreto-Lei nº 759, de 12 de agosto de 1969 – Autoriza o Poder Executivo a constituir a empresa


pública Caixa Econômica Federal e dá outras providências.

Decreto-Lei nº 4.451 – de 9 de julho de 1942 - Autoriza a constituição do Banco de Crédito da


Borracha, e dá outras providências.

Lei nº 1.649, de 19 de julho de 1952 – Cria o Banco do Nordeste do Brasil e dá outras providências.

Lei nº 4.380, de 21 de agosto de 1964 – Institui a correção monetária nos contratos imobiliários de
interesse social, o sistema financeiro para aquisição da casa própria, cria o Banco Nacional da
Habitação (BNH), e Sociedades de Crédito Imobiliário, as Letras Imobiliárias, o Serviço Federal
de Habitação e Urbanismo e dá outras providências.

Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964 – Dispõe sobre a Política e as Instituições Monetárias,


Bancárias e Creditícias, Cria o Conselho Monetário Nacional e dá outras providências.

Lei nº 7.492, de 16 de junho de 1986 – Define os crimes contra o sistema financeiro nacional, e dá
outras providências.

Lei nº 12.154, de 23 de dezembro de 2009 – Cria a Superintendência Nacional de Previdência


Complementar - PREVIC e dispõe sobre o seu pessoal; inclui a Câmara de Recursos da Previdência
Complementar na estrutura básica do Ministério da Previdência Social; altera disposições referentes
a auditores-fiscais da Receita Federal do Brasil; altera as Leis nos 11.457, de 16 de março de 2007,
e 10.683, de 28 de maio de 2003; e dá outras providências.

Resolução CMN 394, de 03/11/1976 – Define a competência e disciplina a constituição e o


funcionamento dos Bancos de Desenvolvimento.

Resolução CMN nº 1.770, de 28 de novembro de 1990 – Estabelece condições para a constituição,


a organização e o funcionamento das sociedades corretoras de câmbio.

Resolução CMN nº 2.099, de 17 de agosto de 1994 – Aprova regulamentos que dispõem sobre as
condições relativamente ao acesso ao Sistema Financeiro Nacional, aos valores mínimos de capital
e patrimônio líquido ajustado, à instalação de dependências e à obrigatoriedade da manutenção de
patrimônio líquido ajustado em valor compatível com o grau de risco das operações ativas das
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central.

Resolução CMN nº 2.122, de 30 de novembro de 1994 – Aprova a constituição, a organização e o


funcionamento de companhias hipotecárias.

24
Resolução CMN nº 2.309, de 28 de agosto de 1996 – Disciplina e consolida as normas relativas às
operações de arrendamento mercantil.

Resolução CMN nº 2.624, de 29 de julho de 1999 – Consolida as normas sobre a constituição e o


funcionamento de bancos de investimento.

Resolução CMN nº 2.838, de 30 de maio de 2001 – Dispõe sobre a atividade de agente autônomo
de investimento.

Resolução CMN 3.426, de 21/12/2006 – Dispõe sobre a constituição e o funcionamento de

Resolução CMN nº 4.434, de 5 de agosto de 2015 – Dispõe sobre a constituição, a autorização para
funcionamento, o funcionamento, as alterações estatutárias e o cancelamento de autorização para
funcionamento das cooperativas de crédito e dá outras providências.

Resolução CMN nº 4.656, de 26 de abril de 2018 – Dispõe sobre a sociedade de crédito direto e a
sociedade de empréstimo entre pessoas, disciplina a realização de operações de empréstimo e de
financiamento entre pessoas por meio de plataforma eletrônica e estabelece os requisitos e os
procedimentos para autorização para funcionamento, transferência de controle societário,
reorganização societária e cancelamento da autorização dessas instituições.

25

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