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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA ...

VARA
DO TRABALHO DE ............
 
 
Processo nº ..............
 

 
....................., já devidamente qualificado
nos autos da Reclamação Trabalhista de número em epígrafe, proposta
contra ......................, que no final assina, em atenção ao determinado em
audiência, manifestar ciência quanto ao laudo e esclarecimentos
apresentados e especificar as provas que pretende produzir, nos
seguintes termos:

Primeiramente, requer seja reconhecida à


confissão da primeira reclamada, haja vista que transcorreu in albis o
prazo para apresentação de defesa, aplicando –se os efeitos da revelia.

DO LAUDO PERICIAL

Conforme impugnação apresentada nos


autos, não há como acolher o laudo apresentado, nem tampouco os
esclarecimentos, posto que, ressalta que os produtos químicos utilizados
pela reclamante eram preparados por sua superiora, porém, não fora
indagado, nem mesmo apresentado a forma de preparado, de maneira
que o laudo não se mostra capaz de afastar o adicional de insalubridade
pretendido.
Não resta possibilidade de acolher o laudo
apresentado pelo Sr. Perito Judicial, que concluiu pela não condição
insalubre, alegando inexistência de exposição a ambiente insalubre, nos
termos das Portarias, Decretos e a NR-15, da Portaria 3.214 de 08 de julho
de 1978, Lei 6.514/77.

DA NULIDADE DO LAUDO PERICIAL

Assim, inicialmente cabe reiterar a


parcialidade do Sr. Perito, que realizou seu trabalho de forma totalmente
unilateral, desrespeitando o princípio da isonomia, posto que
desconsiderou todas as informações prestadas pela reclamante.

Ressalta-se, ademais, que o Ilustre Perito


Judicial não entrevistou paradigmas, ou mesmo considerou as alegações
prestadas de inexistência de EPI´S para neutralização do agente.

Ademais, não existe nos autos, bem como


fora afirmado pela Reclamada, na perícia, que não possui nenhum
LTCAT e PPRA, sendo certo afirmar que na época que da Obreira
permanecia durante toda a jornada de trabalho exposto ao calor.

Portanto, reitera a IMPUGNAÇÃO


APRESENTADA os relatos do laudo pericial, bem como a sua conclusão,
requerendo designação de nova perícia.

DOS HONORÁRIOS PERICIAIS


 
Quanto aos valores referentes aos
honorários periciais sugeridos pelo Sr. Perito, embora bem elaborado o
laudo pericial, porém equivocado, em nada justifica um arbitramento tão
excessivo, quando sequer há um laudo feito, para saber quantas horas
foram gastas, se foi o trabalho complexo ou não.
 
Destaca-se que, os honorários periciais
devem, como os honorários advocatícios e dos diversos profissionais
liberais, se ater a vários elementos, como o grau de zelo e o bom senso do
profissional, o valor envolvido, a dificuldade da elaboração do trabalho,
etc.

Assim, a jurisprudência hoje, é unânime


em eleger o bom senso no arbitramento dos honorários dos auxiliares da
administração da Justiça, que estão para essa, auxiliando nos processos, e
não podendo à evidência, se ater aos parâmetros dos critérios de classe
para cobrança de honorários, ao fazerem um trabalho avulso.  

Dessa forma, deverá ser arbitrado os


honorários periciais dentre os critérios eleitos pelo Judiciário, com o
exame de todos os fatores envolvidos na perícia - complexidade, tempo
gasto, valor da causa envolvido, deslocações, etc.

Assim, a imediata redução da verba


honorária pleiteada pelo Sr. Perito é medida que se impõe, que é o que
requer e aguarda.
 
Por fim, a Reclamada impugna o Laudo
Pericial em todos os seus pontos, uma vez que deve prevalecer o
princípio da primazia da realidade sobre a forma.
 
Assim, requer-se a desconsideração do
Laudo Pericial apresentado, tendo em vista que não era realidade da
Reclamante realizar quaisquer atividades que possam pôr em risco sua
saúde e proteção, não havendo que se falar no adicional pleiteado.
 
Oportunamente, ressalta-se que o MM.
Juiz não é obrigado a se ater ao laudo judicial conforme preceitua o artigo
479 do CPC.

DAS PROVAS QUE PRETENDE PRODUZIR

A reclamante informar que possui


interesse na produção de prova oral em audiência de prosseguimento, a
qual abrange o depoimento de testemunhas, bem como dos
representantes das Reclamadas.

Frisa-se, ainda, que a produção de prova


oral se mostra essencial para busca da verdade real, notadamente, quanto
aos pedidos de adicional de insalubridade, contratação de maneira
fraudulenta, ressalvando o direito a contraprova quanto ônus das
reclamadas.

Por todo o exposto, requer a produção de


prova oral, visando à oitiva de testemunhas, cujo o rol será apresentado
oportunamente, bem como o depoimento pessoal dos representantes
legais.
Termos em que,
Pede deferimento.

LOCAL/DATA
  

Advogado
OAB/SP

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