HIDRÁULICA II

MÔNICA FERNNADES FERREIRA

REFERÊNCIA: ELEMENTOS DE ENGENHARIA HIDRÁULICA E

SANITÁRIA; LUCAS NOGUEIRA GARCEZ
APRESENTAÇÃO DOS
LIVROS
RECOMENDADOS
  2°
BIMESTRE – 5,0 PONTOS
 1°BIMESTRE – 10 PONTOS
PROVA – 5,0 PONTOS
- PROVA
TRABALHO PRÁTICO

MÉTODO DE AVALIAÇÃO
 CONDUTOS LIVRES: MODELO UNIDIMENCIONAL DO ESCOAMENTO,
VELOCIDADE MÉDIA E COEFICIENTES DE ENERGIA CINÉTICA E DE
QUANTIDADE DE MOVIMENTO, PARÂMETROS GEOMÉTRICOS DA SEÇÃO;
 CLASSIFICAÇÃO
DOS ESCOAMENTOS, NÚMERO DE FROUDE E
PROPAGAÇÃO DE PERTURBAÇÕES;
 MOVIMENTO PERMANENTE UNIFORME: CÁLCULO E DIMENSIONAMENTO
DE CANAIS;
 MOVIMENTO PERMANENTE VARIADO: ENERGIA ESPECÍFICA, RESSALTO
HIDRÁULICO E CURVAS DE REMANSO;
 MEDIÇÃODE VELOCIDADE E VAZÃO: VERTEDORES E CALHAS DE
ESCOAMENTO CRÍTICO.

APRESENTAÇÃO DO CONTEÚDO
 1 – GENERALIDADES
O suprimento de água em quantidade suficiente e qualidade
satisfatória a um centro habitado tem influência decisiva sobre:
- Controle e prevenção de doenças;
- Práticas que promovem o aprimoramento da saúde: hábitos
higiênicos, serviços de limpeza pública, práticas esportivas e
recreativas.
- Estabelecimento de dispositivos relacionados ao conforto e à
segurança coletiva, como por exemplo: instalação de
acondicionamento de ar, aparelhamento para combate a incêndios,
etc.
- Desenvolvimento industrial, conduzindo, pelo progresso matéria, à
elevação do padrão de vida da comunidade.

ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

2 – ASPECTOS SANITÁRIOS
- Doenças relacionadas à agua: - de importância primária
(cólera, febres tifoide e paratifoides, disenterias, amebíase) –
de importância secundária (ancilostomose, ascaridioses,
esquistossomose, hepatite infecciosa, perturbações gastro-
intestinais de etiologia obscura, infecções dos olhos, ouvidos,
nariz e garganta, caries dentárias, fluorose, bócio, saturnismo,
cianose, poliomielite)

ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

 As doenças de importância primária são as epidemiologicamente
mais importantes, para as quais a água desempenha papel saliente na
transmissão.
Incluem na outra categoria, secundária, as doenças de incidência
relativamente pequena e aquelas para as quais a transmissão por via da
água do abastecimento se dá de maneira secundária.
Algumas doenças persistem em estado endêmico em algumas regiões
e em outras ocorrem sob forma de surtos epidêmicos. É o caso da cólera,
endêmica na Índia e na China.
À medida que se aperfeiçoam os serviços de abastecimento de água
e o sistema de esgoto de uma cidade, diminuem sensivelmente a
incidência dessas doenças.
 3 – ASPECTOS ECONÔMICOS
A influencia direta é mais importante das obras de Saneamento
Urbano reside no acrécimo da vida útil dos habitantes e a maior
eficiência nas atividades econômicas dos cidadãos, possibilitando o
aumento da renda nacional.
A melhoria de um serviço de abastecimento de água acarretando a
diminuição da taxa de morbi-mortalidade se traduz ainda por uma
economia indireta que se pode estimar aproximadamente. Por exemplo,
a cidade de São Paulo se conseguisse abaixamento de 1% nessa taxa,
se teria uma economia anual apreciável, como se poderá ver a seguir:

ABASTECIMENTO URBANO DE ÁGUA

 Admitindo,
para cada óbito evitado, 10 enfermidades prevenidas e com
base na renda anual “per capita” igual a $ 1.200,00, pode-se avaliar
como valor econômico de um homem em São Paulo,
aproximadamente $ 10.000,00.
O custo médio de uma enfermidade, incluindo despesas com médicos,
remédios e descontos de salários pode ser estimada em $ 100,00.
 Para a população de 5.000.000 habitantes, teríamos:
Valor médio das vidas poupadas por ano 0,001x5.000.000x$10.000,00 =
$50.000.000,00
Valor das enfermidades evitadas 10x5.000x$100,00 = $5.000.000,00
Economia anual $ 55.000.000,00
Essa importância anual seria suficiente para amortizar vultuoso capital a
ser empregado em obras essenciais.
1 – GENERALIDADES
A formação e o rápido desenvolvimento dos centros
urbanos é um fenômeno característico da civilização
moderna, iniciada a partir da chamada revolução
industrial.
Por sua vez, o adensamento demográfico urbano cria
e agrava problemas que podiam outrora ser residuárias
das atividades humanas e dos resíduos sólidos de um
centro habitado e o seu destino final apropriado.

SISTEMAS DE ESGOTO
2 – SISTEMAS A SEREM ATINGIDOS COM OS SISTEMAS PÚBLICOS DE
ESGOTO
Em um centro urbano são de natureza sanitária, social e
econômica. O principal objetivo sanitário é o controle e prevenção de
enfermidades, conseguido por:
- Remoção rápida e segura das águas residuárias e dos dejetos e
resíduos líquidos das atividades humanas;
- Tratamento dos resíduos líquidos, se necessário;
- Disposição sanitária dos esgotos, por meio do lançamento
adequado dos mesmos em corpos receptores naturais.

SISTEMAS DE ESGOTO
 Os objetivos sociais visam a melhoria das condições de conforto e
segurança dos habitantes e podem ser realizados por:
- Eliminação de aspctos ofensivos ao senso estético e
desaparecimento dos odores fétidos;
- Em áreas em que o lençol freático é pouco profundo, drenagem do
terreno, com afastamento rápido de partes das águas precipitadas;
- Prevenção de desconfortos e mesmo de acidentes devido às
chuvas intensas;
- Utilização dos cursos d’água urbanos como elementos de
recreação e práticas esportivas.

SISTEMAS DE ESGOTO
 O objetivo econômico fundamental, aliás intimamente relacionado aos
objetivos sanitários e social, é o aumento da vida eficiente dos indivíduos, com
o acréscimo da renda nacional “per capita”, seja pelo aumento da vida
provável, seja pelo aumento da produtividade. Conjuntamente com o
objetivo fundamental, realiza-se quase sempre:
- Implantação e desenvolvimento de industrias e consequente afluxo de
novos habitantes atraídos pelas facilidades de conforto e de trabalho;
- Conservação dos recursos hídricos naturais contra a poluição excessiva;
manutenção desses recursos e das terras marginais em condições de pleno
aproveitamento;
- Conservação de vias públicas, preservação do trânsito e proteção de
propriedades e obras de arte contra a ação erosiva ou de inundações
ocasionadas pelas águas pluviais.

SISTEMAS DE ESGOTO
3 – CLASSIFICAÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS LÍQUIDOS A
SEREM ESGOTADOS
Os líquidos residuários a serem esgotados podem ser assim
classificados:
- Esgoto doméstico, incluindo as águas imundas ou negras e
as águas de lavagem;
- Águas residuárias das indústrias, também chamadas
despejos ou resíduos líquidos industriais;
- Águas de infiltração;
- Águas pluviais.
SISTEMAS DE ESGOTO
 4 – PREVISÃO DE VAZÃO (CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE ESGOTOS)
Os sistemas de esgotos costumam ser classificados de acordo com as espécies de
líquidos a esgotar:
- Sistema unitário: promove o afastamento conjunto do esgoto doméstico, das águas
residuárias das industrias, das águas de infiltração e das águas pluviais em um único
sistema de canalizações;
- Sistema separador absoluto: dois sistemas distintos de canalizações: um destinado
exclusivamente às pluviais e outro ao conjunto de esgoto doméstico, águas
residuárias das indústrias e águas de infiltração; esse conjunto é comumente
designado por esgoto sanitário;
- Sistema separador parcial (ou misto): combinação dos dois sistemas precedentes.
Geralmente é projetado para funcionar como sistema unitário para as chuvas
moderadas, normais. Canalizações suplementares são previstas para receberem e
esgotarem, separadamente, os volumes dos grandes temporais.

SISTEMAS DE ESGOTO
1 – FINALIDADE
Submete-se a água a um tratamento com o objetivo de melhorar a
sua qualidade sob os seguintes aspectos fundamentais:
- Higiênico – eliminação ou redução de bactérias, substâncias
venenosas, mineralização excessiva, teor excessivo de matéria
orgânica, algas, protozoários e outros microrganismos;
- Estético – remoção ou redução de cor, turbidez, odor, sabor;
- Econômico – remoção ou redução de corrosividade, dureza, cor,
turbidez, ferro, manganês, odor, sabor, etc..

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA

 2 – PROCESSOS DE TRATAMENTO
- Remoção de substâncias grosseiras em flutuação ou em suspensão
através de grades, crivos e telas;
- Remoção de substâncias finas em suspenção ou sem solução e de
gases dissolvidos através de aeração (gases), sedimentação simples,
sedimentação precedida de coagulação e filtração (lenta e rápida);
- Remoção parcial ou total de bactérias e outros microrganismos através
da desinfecção (remoção seletiva) e esterilização (destruição total da
atividade microbiana);
- Correção de odor e sabor através de tratamentos químicos e leitos de
contato de carvão ativo;

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA

- Correção da dureza através de tratamentos químicos;
- Controle da corrosão através de tratamentos químicos;
- Remoção de certas substâncias cujos teores são excessivos
através de tratamentos químicos e leitos de contato de
coque.
Além de seu objetivo principal, cada um dos processos,
subsidiariamente, realiza também objetivos dos outros
processos. Para exemplificar a filtração, cujo objetivo
principal é remover substâncias finas em suspenção tem
também comprovada ação na remoção de bactérias.

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DA ÁGUA

 Os processos acima, raramente são utilizados isolados. É muito
frequentemente a associação de vários processo num ciclo mais ou
menos completo de tratamento. A combinação mais comum nas
estações de tratamento de água é a designada por “Tratamentos por
filtros rápidos”, que pode ter a seguinte sequencia:
AERADOR CASA DE QUÍMICA MISTURA E FLOCULAÇÃO
SEDIMENTAÇÃO COM COAGULANTES FILTRAÇÃO RÁPIDA
RESERVATÓRIO DE ÁGUA TRATADA CLORAÇÃO CORREÇÃO
DO pH
 1- FINALIDADES DO TRATAMENTO
O destino sanitário apropriado das águas residuais de uma
comunidade exige muitas vezes, o estabelecimento de
estações de tratamento de esgotos. As razões para o
tratamento podem ser assim resumidas:
- Razões higiênicas: para evitar contaminação direta
(população marginal, banhistas), indireta (verduras, leite,
etc.) e sobretudo desastrosos e indesejáveis sobre o
abastecimento de água à jusante.

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

- Razões econômicas: relacionadas ao valor das terras e
demais propriedades situadas à jusante, indústrias da pesca
e da caça, efeitos sobre as estruturas fixas e flutuantes,
indústrias do leite, etc.
- Razões de estética e de conforto: para evitar mau aspecto,
mau cheiro, desprendimento de gases, materiais suspeitos,
etc.

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

 2 – MÉTODOS GERAIS DE TRATAMENTO
 2.1 – remoção das matérias em suspensão
- Materiais grosseiros em suspensão e sólidos flutuantes (GRADEAMENTO)
Os materiais retidos podem ser retirados manual ou mecanicamente e, após a
retirada podem ser triturados para lançamento posterior nas águas de esgoto.
- Desintegração mecânica
Com aparelhos de desintegração, assim o material desintegrado permanece
nos esgotos.
- Areias e outros detritos minerais pesados
Sedimentação em “caixas de areias” com retirada manual ou mecânica do
material retido.

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

- Óleos e materiais gordurosos
Remoção em tanques especiais de flutuação, com operação
manual ou mecânica.
- Sólidos finos, sedimentáveis
• Decantação simples em decantadores “primários”
• Decantação e decomposição anaeróbica (tanques sépticos)
• Filtração (ação mecânica)
• Precipitação química (coagulação, floculação, e decantação)

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

 2.2 – remoção e estabilização das matérias putrescíveis em
suspensão, em solução: tratamentos biológicos
- Por filtração – efeitos físicos e biológicos: irrigação
(tratamento sobre o terreno e irrigação sub-superficial; filtros
intermitentes de areia
- Tratamento biológico por contato: meios de contato fixos
(filtração biológica); meios de contato móveis (lodos
ativados)

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

 2.3 – desinfecção e desodorização
- Destruição de microrganismos indesejáveis por agentes
químicos: cloração
- Controle do odor, pela própria cloração

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

 2.4 – tratamento dos lodos (matérias removidas durante o tratamento)
- Digestão – decomposição e estabilização anaeróbia dos lodos
- Secagem dos lodos (desidratação): ao ar livre (leitos de secagem,
cobertos ou abertos); filtração à vácuo: filtros mecânicos, com o
acondicionamento prévio dos lodos; centrifugação; secagem pelo
calor – preparação de fertilizantes
- Incineração dos lodos: com ou sem combustíveis auxiliares –
aproveitamento das cinzas como fertilizantes

NOÇÕES SOBRE O TRATAMENTO DE EGOTOS

INTERESSANTE!!