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Uberlândia, 22/08/21

Carta aberta aos médicos do SUS;


Atualmente, devido a evolução dos meios de comunicação, a
tecnologia se encontra presente em todas as áreas de trabalho,
inclusive na saúde, por meio da telemedicina que visa realizar
consultas a longa distância através da internet. Nesse cenário, caros
colegas de profissão, alerto para tomarmos os devidos cuidados
contra crimes cibernéticos de roubo de dados médicos e nos
informarmos sobre a lei geral de dados, de modo que, possamos
evitar punições judiciais.
Em primeiro lugar, os dados sobre a saúde de um paciente podem
ser poderosos nas mãos erradas. Para ilustrar, um cidadão da minha
cidade teve seus dados roubados durante uma consulta e usados
como forma de chantagem, visto que, o chantagista possuía
informações sobre o CPF, RG e endereço da vítima além de sua
íntima condição de saúde (infelizmente sofria de AIDS). Dessa
maneira, é preciso ter os devidos cuidados para manter a privacidade
dos atendidos pelo serviço online.
Ademais, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) traz regras
para disciplinar as formas como os dados pessoais dos indivíduos
podem ser armazenados por empresas ou por outras pessoas físicas.
Para comprovar tal fato, tenho conhecimento de um caso onde um
médico, cujo realizava consultas à distância, vazava os dados de
seus pacientes na “Deep Web”, não muito depois ele foi descoberto e,
mesmo alegando inocência, teve sua licença médica revogada.
Dessa forma, se torna necessário o conhecimento e cuidado ao
realizar consultas via internet, pois podemos não só estar colocando o
paciente em risco como nós mesmos.
Portanto, caros médicos, vejo necessário o investimento em
cybersegurança, visando a proteção dos dados de ambas as partes
envolvidas. Por isso, o Governo deve oferecer meios de educar a
classe médica sobre segurança digital e os riscos do roubo de dados.
Atenciosamente,
José.

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