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LGPD:

para quê e
para quem?
LGPD: para quê e para quem?

Sumário 3 Introdução

5 A LGPD

6 A quem se aplica a LGPD

7 Informações protegidas
pela LGPD

11 Como a GestãoDS garante


a adequação de clínicas
e consultórios à LGPD

18 Bases legais

25 Sobre a GestãoDS
LGPD: para quê e para quem?

Introdução

Nem adianta tentar se esconder. Nos- É com esse objetivo que foi criada,
sos dados pessoais – desde os mais dentro da legislação brasileira, a Lei
básicos até os mais sigilosos – es- Geral de Proteção de Dados (LGPD).
tão por aí, espalhados em sistemas O ponto de partida do novo regula-
e servidores pelo mundo afora. Ima- mento é a criação de mecanismos
gine então se cada empresa os tratas- para garantir a privacidade das pesso-
se como bem entendesse. Se mesmo as a partir da proteção dos seus dados
com regulamentos e mecanismos de privados. A nova norma foi publicada
proteção essas informações estão su- em 2018, mas só passou a vigorar de
jeitas a invasões, uso inadequado e até fato em 2020, permitindo assim que
comercialização, não é difícil projetar nesses dois anos os sistemas de cole-
o cenário de caos e a quantidade de ta e armazenamento de informações
fraudes caso não houvesse uma for- pessoais fossem adequados às regras
ma rígida de proteção e de fiscalização recém-criadas.
desses registros.

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LGPD: para quê e para quem?

Só para se ter uma ideia do volume de geolocalização e GPS dos celulares. e mantêm em seus arquivos uma gran-
de informações afetadas pela nova lei, Ou pensar nas centenas de vezes em de quantidade de informações protegi-
basta ter a noção de que, nos dias atu- que, para fazer uma compra, se inscre- das pelo sigilo médico, o cuidado com o
ais, nossos passos são facilmente ras- ver em um curso, participar de algum novo regulamento exige extrema cau-
treados 24 horas por dia pelos sistemas evento ou ter acesso a materiais digi- tela.
tais, preenchemos formulários forne-
cendo nome, telefone, e-mail, profis- A nova lei é um marco regulatório que
são, endereço e até CPF. cria princípios e regras rígidas sobre o
tratamento de dados pessoais em todo
Transações bancárias, perfis em re- o território brasileiro. Por isso, ela impac-
des sociais, buscas na internet e até a ta diretamente profissionais, planos de
simples troca de mensagens por apli- saúde, clínicas e hospitais – ou seja, um
cativos aumentam essa lista quase in- universo imenso que abrange todas
terminável dos rastros que deixamos as informações de cadastro, exames
neste mundo hiperconectado. E se es- e prontuários de todos os milhões de
ses dados básicos já são tratados passí- pacientes atendidos por qualquer ser-
veis de proteção, na realidade de clíni- viço de saúde. Por isso, o setor enfrenta
cas, consultórios e hospitais, a LGPD diariamente uma série de riscos e de-
tem um impacto gigantesco. Por se- safios para lidar e proteger esses dados
rem empresas que lidam diariamente e a conformidade com a LGPD.

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LGPD: para quê e para quem?

A LGPD Dentro da LGPD, eles são denomina-


dos titulares de dados, e são as únicas
pessoas capazes de conceder o con-
trole sobre o uso de suas informações
pessoais. Elas também podem soli-
citar à empresa detalhes sobre o uso
de seus dados e as finalidades para as e nt
e r

quais eles são utilizados.

De forma geral, a nova norma tem o


objetivo de garantir que dados pesso-
É uma lei que regula e disciplina o tra- ais dos cidadãos sejam guardados de
tamento de dados pessoais por pes- forma segura, com ampla proteção de
soa natural ou por pessoa jurídica, seja inviolabilidade, e dá às pessoas a auto-
ela de direito público ou privado, com nomia de decidir como e para qual fim
o objetivo de proteger uma série de di- essas informações podem ser usadas e
reitos dos indivíduos. quem pode ter acesso a elas.

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LGPD: para quê e para quem?

A quem se
aplica a LGPD
A lei protege todas as etapas de trata- O tratamento dos dados seja reali-
mentos de dados pessoais (coleta, ar- zado em território nacional;
mazenamento e uso) realizada por pes-
soa física ou jurídica, de direito público O objetivo seja a oferta ou o forne-
ou privado. Isso independe do meio cimento de bens ou serviços ou o
(eletrônico ou físico) onde essas infor- tratamento de dados de indivíduos
mações são guardadas, do país onde localizados no território nacional;
está a sede da empresa ou de onde es-
tejam localizados os dados, desde que: Os dados pessoais em questão te-
nham sido coletados no território
nacional.

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LGPD: para quê e para quem?

Informações
protegidas
pela LGPD
No contexto de um serviço de saúde, a Os dados resguardados pela LGPD po-
lei vale tanto para informações pessoais dem ser de clientes, parceiros, pacien-
armazenadas em meio digital (bancos tes, colaboradores ou de qualquer ou-
de dados, cadastros, prontuários ele- tra pessoa. A lei, porém, não se aplica
trônicos, endereços de e-mails, núme- a informações de pessoas jurídicas, re-
ros de telefone e conteúdos enviados gistros confidenciais e sigilosos ou pa-
por aplicativos de mensagens) quanto tentes, que já são protegidos por ou-
para o meio físico (fichas de pacientes, tras normas.
prontuários em papel, laudos, receitas,
atestados).

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Entre os registros Dado pessoal sensível


No ramo da saúde, qualquer
de várias naturezas Informação sobre origem racial ou étni- dado coletado e armazenado
abrangidos pela lei, ca, convicção religiosa, opinião política, é considerado sensível. Por
estão 3 tipos de filiação a sindicato ou a organização de isso, quanto maior a quanti-
caráter religioso, filosófico ou político, dade de informação de pa-
dados distintos: dado referente à saúde ou à vida sexu- cientes mantidas, maior o
al, dado genético ou biométrico. risco para o médico ou clí-
nica e, portanto, maior a ne-
cessidade de proteção.
Dado pessoal Dado anonimizado

Informação relacionada a pessoa natu- Dado relativo a titular que não possa
ral (nome, endereço, telefone). Trata-se ser identificado, considerando a uti-
de qualquer informação (ou fragmen- lização de meios técnicos razoáveis e
to dela) que permita, sozinha ou em disponíveis na ocasião de seu trata-
conjunto com outros itens, identificar mento.
alguém.

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tro completo dos pacientes, algumas Além disso, as penalidades se aplicam


das informações mais sigilosas de um individualmente a cada dado tornado
indivíduo: os dados do seu prontuário, público e a intensidade das penas va-
que fornecem um registro completo riam de acordo com a gravidade do
sobre histórico médico, doenças, pro- incidente. E essas condenações não
cedimentos e tratamentos. Por isso, substituem sanções administrativas,
a nova legislação traz impactos de civis ou penais definidas em outras
peso e exige mudanças imediatas na leis, que podem ser aplicadas de for-
forma de gerenciamento e armaze- ma cumulativa, a depender do caso.
namento desses registros que, ago-
ra, têm uma ampla proteção legal.
A LGPD determina que cada indivíduo
é proprietário exclusivo das suas pró- Para garantir que todas as regras de
prias informações pessoais. Com base segurança sejam cumpridas e evitar
nisso, uma das principais novidades o vazamento e o uso indevido desses
trazidas pela lei é a de que, em regra, dados, a punição para quem deixar de
a coleta desses registros precisa de obedecer o disposto pela LGPD varia
uma autorização expressa e prévia. de uma advertência até multa de 2%
do valor do faturamento bruto anu-
Profissionais e empresas da área de al da empresa infratora – uma conta
saúde têm em mãos, além do cadas- que pode chegar aos R$ 50 milhões.

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LGPD: para quê e para quem?

Riscos da não adequação


às exigências da LGPD:

De acordo com a nova legislação, os Para explicar de uma forma simplifica-


Multas de até 50 milhões; dados de que trata a LGPD precisam da, trata-se de uma espécie de codifi-
de tratamento especial, que envolve a cação complexa que bloqueia a visu-
Vulnerabilidade a ataques; garantia de privacidade desde a fase alização dos dados protegidos para
de concepção do produto ou da tecno- quem não tem permissão expressa
Riscos de exposição de logia que vai armazená-los. Desta for- para acessá-los. Ao mesmo tempo,
informações pessoais; ma, não é possível fazer uma simples também é necessária uma solução
adequação do sistema, já que a pla- para que os profissionais autorizados
Má reputação da sua clínica taforma usada para a guarda dessas disponham dessas informações de for-
ou consultório; informações precisa estar 100% ga- ma ágil e simplificada, especialmen-
rantida por uma tecnologia capaz de te se tratando de uma área que pode
Perda de pacientes e fornecer a segurança necessária para envolver emergências. Por isso, contar
parceiros; protegê-las e de impedir o acesso de com a ajuda de um sistema que aten-
terceiros não autorizados. E é aí que de a todas essas necessidades, como é
Exclusão dos dados. surge o termo essencial para viabilizar o caso do GestãoDS, não é só questão
essas exigências: a criptografia. de comodidade, mas de obrigação le-
gal para clínicas e consultórios.
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LGPD: para quê e para quem?

Como a GestãoDS garante Diante desse novo cenário, não é de de dados, LGPD e compliance, o que
a adequação de clínicas se estranhar que a LGPD tenha cau- garante uma proteção em 360 graus
sado uma verdadeira revolução en- de todas as informações coletadas e
e consultórios à LGPD tre as empresas que lidam com da- armazenadas pelo sistema.
dos pessoais de qualquer natureza. E
mais ainda nas que armazenam infor- Os cuidados vão desde o primeiro con-
mações de saúde dos indivíduos, por tato com os pacientes até a garantia
se tratar de registros ainda mais sensí- de total privacidade dos cadastros e
veis que exigem proteção redobrada. prontuários. Tudo pensado e desen-
volvido para garantir a tranquilida-
Assim, se tantos detalhes precisaram de dos profissionais médicos ao lidar
ser readequados nos processos das com as novas exigências.
empresas, como funciona a LGPD no
consultório? E como o sistema Ges- Com a ajuda de uma série de mecanis-
tãoDS se adaptou para oferecer a me- mos de segurança, oferecemos uma
lhor solução e evitar exposição a riscos? solução à prova de riscos e totalmen-
te alinhada com o que há de mais
A plataforma da GestãoDS conta com atual entre as demandas de clínicas e
a assessoria da Vietec, empresa de tec- consultórios.
nologia especializada em segurança

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LGPD: para quê e para quem?

Segurança
das informações
como prioridade Nossa primeira preocupação não po- cada a dados médicos. Além disso, o
deria ser outra. A segurança e a in- armazenamento virtual também per-
tegridade de todas as informações mite o acesso a esses registros a qual-
armazenadas na plataforma são ga- quer momento e de qualquer local, um
rantidas pelos servidores da Amazon ponto essencial nos dias de hoje.
Web Services (AWS), protegido pelos
protocolos mais rigorosos e atuais e Se antes da LGPD o hábito de manter
homologado pela legislação europeia dados de pacientes em papel já não fa-
sobre a proteção de dados. zia sentido, a nova lei tornou a mudan-
ça para o digital obrigatória. Arma-
Desta forma, os dados dos seus pa- zenar registros como esses em meio
cientes são guardados no mesmo ser- físico não é só colocá-los sob risco de
viço em nuvem utilizado por gigantes perda, destruição ou acessos sem au-
como a Casa Branca e a Nasa. Graças torização, mas assumir o perigo de in-
a isso, são asseguradas a integridade fringir uma lei rígida e de receber pu-
e o sigilo de todas as informações, em nições severas.
plena conformidade com a LGPD apli-
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LGPD: para quê e para quem?

Outra operação realizada de forma au- outro local. Já os prontuários e os re-


tomática pela GestãoDS é o backup latórios administrativos e financeiros
diário de dados. Isso permite que eles podem ser baixados individualmente
sejam guardados de maneira segura e armazenados como arquivos PDF.
e exportados quando for necessário.
Também é possível imprimi-los ou sal- Além da proteção integral, a GestãoDS
vá-los em formato Excel para que as também fez modificações para se ade-
informações sejam transferidas para quar às regras do Conselho Federal de
Medicina com relação ao acesso de in-
formações médicas. Por isso, há vários
níveis de permissão de acesso no sis-
tema que podem ser configurados pre-
viamente para cada usuário da clínica somente a dados cadastrais e prescri-
ou consultório, garantindo a proteção ções. Esse é um dos cuidados essen-
e o sigilo de informações de saúde dos ciais exigidos pela LGPD no consultó-
pacientes. rio. E até mesmo o compartilhamento
desses registros com outros médicos
Com esse recurso, é possível garantir, precisa ser autorizado previamente pelo
por exemplo, que a recepção não terá profissional responsável pelo o atendi-
acesso a detalhes dos prontuários, mas mento e protegido por senha.

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LGPD: para quê e para quem?

Consultas virtuais com


100% de segurança
e privacidade
Com relação aos atendimentos de Além disso, os protocolos de segurança
telemedicina, a GestãoDS oferece usados pela plataforma nas consultas
garantias adicionais. Quando o pa- virtuais são garantidos pelo certifica-
ciente recebe o link para a consulta, do HIPPA Compliance, que disponibili-
precisa obrigatoriamente inserir seu za um acesso seguro, prático e simples.
CPF e marcar que está de acordo com Ele garante a privacidade de 100% das
o termo de autorização para armaze- informações de saúde dos pacientes em
namento dos seus dados. Esse aceite todas as etapas (processamento, manu-
é obrigatório e também consta no ca- tenção e armazenamento).
dastro dos pacientes atendidos pre-
sencialmente.

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LGPD: para quê e para quem?

Autorização expressa
dos pacientes para
recebimento de
e-mails e mensagens

Outro ponto que muda com as novas dessa funcionalidade, caso o paciente
exigências da LGPD na rotina dos con- escolha não receber mais mensagens
sultórios é a separação de campos para da clínica marcando essa opção no pró-
celular e e-mails, nos quais é preciso prio e-mail recebido, isso já é automa-
marcar se o paciente autoriza o envio ticamente modificado no sistema, sem
de comunicações para cada um dos necessidade de intervenção humana.
meios. E para facilitar o gerenciamento

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Assinatura digital
e validação jurídica

Entre as ferramentas oferecidas pela tenticidade de documentos eletrônicos


GestãoDS, está a possibilidade de assi- como prontuários e receitas a partir de
natura digital certificada pela ICP-Bra- chaves criptografadas e de certificados
sil. Trata-se de uma certificação de digitais, o que não só dá valor jurídico
validade que atesta com segurança a prontuários e laudos como também
a veracidade de documentos. Com protege de forma ampla e efetiva as in-
essa tecnologia, é possível provar a au- formações contidas neles.

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LGPD: para quê e para quem?

Detalhamento da base
legal e aceite para
compartilhamento
de dados isso, a própria plataforma mostra uma é o chamado encarregado de dados,
lista detalhada das opções possíveis. ou data protection officer (DPO),
personagem essencial no processo de
Uma vez feita essa configuração, ela adequação da clínica à LGPD. Ele pode
passa a valer para todos os pacientes. tanto ser um especialista quanto uma
Isso é chamado de processo de con- empresa contratada para este fim.
formidade ou de adequação à LGPD
e pode variar de clínica para clínica, por E como a LGPD também exige a infor-
Para garantir 100% de conformidade isso se trata de uma etapa individuali- mação da base legal aplicada para com-
com as novas regras, no momento da zada à realidade da empresa. partilhamento de dados do usuário, do
configuração do sistema é obrigató- paciente e da clínica com softwares par-
ria a inserção da chamada base legal A partir disso, todas as operações que ceiros (como é o caso do Memed, usado
(entre as 10 previstas pela LGPD para envolvam dados pessoais na clínica, para prescrições digitais), isso também
dados considerados sensíveis) que vão tanto os físicos quanto os digitais, pas- vai precisar ser expressamente auto-
guiar o tratamento dessas informações sam a se enquadrar nas exigências da rizado pelo operador e inserido no sis-
por parte da clínica ou consultório. Por LGPD. O responsável por esse passo tema.

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LGPD: para quê e para quem?

Bases legais

São condições determinadas pela Lei A LGPD prevê um regime jurídico


Geral de Proteção de Dados para viabi- com regras mais rigorosas para o tra-
lizar a coleta de dados pessoais e o tra- tamento e armazenamento de da-
tamento dispensado a eles. Empresas dos sensíveis (como informações so-
que utilizam dados sem apontar uma bre a saúde dos pacientes). Por isso, a
base legal adequada estão atuando manutenção dessas informações exige
ilegalmente e sujeitas a penalidades. cautela redobrada, pois a responsabili-
zação do detentor desses registros em
caso de vazamentos envolve penalida-
des mais sérias.

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LGPD: para quê e para quem?

Conheça as bases Consentimento do titular Dados necessários


ou responsável ao cumprimento de
legais previstas políticas públicas
pela LGPD para É essencial que essa autorização seja
dados sensíveis: expressa de forma específica e desta- Essa hipótese é voltada especificamen-
cada, para finalidades pré-determina- te para órgãos e entidades da adminis-
das. Neste caso, é necessário que a em- tração pública. Ela trata do comparti-
presa deixe bem claros seus objetivos e lhamento de informações necessárias
finalidades para a utilização dessas in- à execução de políticas públicas previs-
formações. tas em leis ou regulamentos ou respal-
dadas em contratos, convênios ou ins-
trumentos semelhantes.

Cumprimento de obrigação
legal ou regulatória Realização de estudos

É o caso de empresas que são obrigadas Neste caso, a LGPD autoriza o uso de
por lei ou regulamento a manter dados dados pessoais por órgão de pesqui-
pessoais de clientes ou funcionários, e sa, mas garante que esses dados sejam
por isso estão amparadas pela legislação mantidos de forma anônima quando
a armazenar e lidar com esses dados. for possível.

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LGPD: para quê e para quem?

Execução de contratos seus direitos em processos de várias mentos realizados por profissionais de
naturezas (judiciais, administrativos e saúde, serviços de saúde ou autoridade
É autorizado o tratamento de dados arbitrais), inclusive para a produção de sanitária com o objetivo de resguardar
pessoais para a elaboração ou execu- provas. a saúde de alguém.
ção de um contrato que envolva o pró-
prio titular dos dados, que precisa con- Proteção da vida ou
sentir com o uso de suas informações. da segurança física
Essa base legal prevê que o tratamen-
to de dados e a forma de utilização de- É permitido o tratamento de dados
les pela clínica ou consultório precisam pessoais mesmo sem o devido consen-
estar claramente expressos no contra- timento nas situações em que eles se-
to. Também é importante ressaltar que jam essenciais para proteger a vida e a
qualquer alteração contratual precisa segurança do titular ou de terceiros.
do consentimento do paciente.
Tutela da saúde
Exercício regular de direitos
Essa hipótese prevê o uso bastante es-
O uso e o tratamento de dados sensí- pecífico de informações sensíveis mes-
veis é autorizado pela LGPD com a fi- mo sem o consentimento da pessoa. Ela
nalidade de que os cidadãos exerçam se aplica exclusivamente aos procedi-

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LGPD: para quê e para quem?

Legítimo interesse Falando de forma concreta, a autoriza- usa esse canal para enviar material de
ção da LGPD se aplica, por exemplo, a marketing ou divulgação envolvendo
Trata-se de uma base legal extrema- pacientes que se inscreveram em um outros procedimentos e serviços, isso
mente subjetiva, já que condiciona o evento sobre saúde promovido por uma exclui o legítimo interesse originalmen-
uso de dados pessoais a algum interesse clínica. Assim, o recebimento de conte- te demonstrado pelo paciente. Por isso,
do controlador ou de terceiros. A LGPD údos e materiais complementares por nesses casos, é preciso pedir o consen-
especifica que essa autorização consi- e-mail é considerado legítimo interesse timento específico para isso.
dera situações concretas, que incluem das pessoas inscritas. Mas se a clínica
o apoio e a promoção de atividades do Proteção do crédito
controlador e a proteção do exercício re-
gular de direitos do titular ou da presta- A LGPD prevê a possibilidade de autori-
ção de serviços que o beneficiem, res- zação do tratamento dos dados do titu-
peitadas as legítimas expectativas dele lar, mesmo sem o seu consentimento,
e os direitos e liberdades fundamentais. com a finalidade de aprovação de cré-
A própria lei, no entanto, deixa claro que dito e de redução dos riscos desse tipo
o legítimo interesse não se limita a essas de transação por parte de instituições
duas hipóteses. Por isso, no caso de clí- financeiras. Isso pode ser feito a partir
nicas e consultórios, é preciso levar em da análise do histórico financeiro do ti-
consideração as expectativas do titular tular de dados para se determinar o sco-
em relação aos dados em questão. re e o perfil pagador de uma pessoa.

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LGPD: para quê e para quem?

Com relação ao
consentimento, há
uma série de garantias
asseguradas ao titular
dos dados. Entre elas,
se destacam:
Acesso aos dados; Eliminação dos dados pessoais con-
cedidos pelo titular;
Correção de dados incompletos,
inexatos ou desatualizados; Informação das entidades públi-
cas e privadas com os dados foram
Anonimização, bloqueio ou elimi- compartilhados;
nação de dados desnecessários,
excessivos ou tratados em des- Informação sobre a possibilidade de
conformidade com a LGPD; não fornecer consentimento e so-
bre as consequências da negativa;
Portabilidade dos dados a outro
fornecedor de serviço ou produto; Revogação do consentimento.

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LGPD: para quê e para quem?

Entenda as definições Controlador: pessoa natural ou jurídica, Encarregado: pessoa indicada pelo
de direito público ou privado, a quem controlador e operador para atuar como
dos principais termos competem as decisões referentes ao canal de comunicação entre o contro-
usados na LGPD: tratamento de dados pessoais. lador, os titulares dos dados e a Auto-
ridade Nacional de Proteção de Dados
Operador: pessoa natural ou jurídica, (ANPD).
Dado anonimizado: dado relativo a de direito público ou privado, que reali-
titular que não possa ser identificado, za o tratamento de dados pessoais em Agentes de tratamento: o controlador
considerando a utilização de meios téc- nome do controlador. e o operador.
nicos razoáveis e disponíveis na ocasião
de seu tratamento. Tratamento: toda operação realiza-
da com dados pessoais, como as que
Banco de dados: conjunto estrutura- se referem a coleta, produção, recep-
do de dados pessoais, estabelecido em ção, classificação, utilização, acesso,
um ou em vários locais, em suporte ele- reprodução, transmissão, distribuição,
trônico ou físico. processamento, arquivamento, arma-
zenamento, eliminação, avaliação ou
Titular: pessoa natural a quem se refe- controle da informação, modificação,
rem os dados pessoais que são objeto comunicação, transferência, difusão ou
de tratamento. extração.

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LGPD: para quê e para quem?

Anonimização: utilização de meios Transferência internacional de da- pessoais que podem gerar riscos às li-
técnicos razoáveis e disponíveis no mo- dos: transferência de dados pessoais berdades civis e aos direitos fundamen-
mento do tratamento, por meio dos para país estrangeiro ou organismo in- tais, bem como medidas, salvaguardas
quais um dado perde a possibilidade ternacional do qual o país seja membro. e mecanismos de mitigação de risco.
de associação, direta ou indireta, a um
indivíduo. Uso compartilhado de dados: comu- Órgão de pesquisa: órgão ou entidade
nicação, difusão, transferência interna- da administração pública direta ou indi-
Consentimento: manifestação livre, in- cional, interconexão de dados pessoais reta ou pessoa jurídica de direito priva-
formada e inequívoca pela qual o titu- ou tratamento compartilhado de ban- do sem fins lucrativos legalmente cons-
lar concorda com o tratamento de seus cos de dados pessoais por órgãos e en- tituída sob as leis brasileiras, com sede e
dados pessoais para uma finalidade de- tidades públicos no cumprimento de foro no país, que inclua em sua missão
terminada. suas competências legais, ou entre es- institucional ou em seu objetivo social
ses e entes privados, reciprocamente, ou estatutário a pesquisa básica ou apli-
Bloqueio: suspensão temporária de com autorização específica, para uma cada de caráter histórico, científico, tec-
qualquer operação de tratamento, me- ou mais modalidades de tratamento nológico ou estatístico.
diante guarda do dado pessoal ou do permitidas por esses entes públicos, ou
banco de dados. entre entes privados. Autoridade nacional: órgão da admi-
nistração pública responsável por zelar,
Eliminação: exclusão de dado ou de Relatório de impacto à proteção de implementar e fiscalizar o cumprimento
conjunto de dados armazenados em dados pessoais: documentação do desta Lei em todo o território nacional.
banco de dados, independentemente controlador que contém a descrição
do procedimento empregado. dos processos de tratamento de dados
24
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