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UNIVERSIDADE DE UBERABA

LETICIA MARIA SILVA


VINICIUS ROMANO FERREIRA
PATRICIA SIVA FERNANDES

Trabalho Legislação Tributária: PIS

UBERABA
2019
PIS

O Programa de Integração Social (PIS) foi instituído em 1970 pela Lei Complementar
n° 7, em 7 de setembro de 1970.

“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a


seguinte Lei Complementar:
Art. 1.º - É instituído, na forma prevista nesta Lei, o  Programa de Integração Social, destinado a promover
a integração do empregado na vida e no desenvolvimento das empresas.  “

Foi criado para ser destinado a promover a integração do empregado na vida e no


desenvolvimento das empresas. A partir da Constituição Federal de 1988 as contribuições
para o PIS passaram a financiar o programa de seguro-desemprego e o abono de um salário
mínimo anual aos empregados que percebam até dois salários mínimos mensais de
empregadores contribuintes do programa.
Segundo a lei complementar 123/06, são contribuintes do PIS as pessoas jurídicas de
direito privado e as que lhe são equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, inclusive
empresas prestadoras de serviços, empresas públicas e sociedades de economia mista e suas
subsidiárias, excluídas as microempresas e as empresas de pequeno porte submetidas ao
Simples Nacional.
O fato ferrador é reconhecido sempre que uma empresa aufere receitas durante o mês
e a base de cálculo será a totalidade do faturamento auferido pela pessoa jurídica com
pagamento feito até o dia 25 do mês seguinte ao fato ferrador.
Existem alguns regimes para pagamento e recolhimento do PIS que se faz
diferenciar a alíquota de pagamento conforme o enquadramento da empresa que são
elas PIS Cumulativo, regida pela Lei 9.718/98, PIS Não-Cumulativo, regido pela lei
10.637/02.

PIS Cumulativo

No Regime de Incidência Cumulativa a base de cálculo é a receita operacional bruta


da pessoa jurídica, sem deduções em relação a custos, despesas e encargos. Nesse regime, a
alíquota do PIS é de 0,65%. As pessoas jurídicas de direito privado, e as que lhe são
equiparadas pela legislação do imposto de renda, que apuram o IRPJ com base no Lucro
Presumido ou arbitrado, e Simples Nacional estão sujeitas à incidência cumulativa.
Para calcular o PIS com incidência cumulativa, basta multiplicar o faturamento bruto
pela alíquota:
PIS = Faturamento bruto / 0,65

PIS Não-Cumulativo.

Outra forma de apurar o PIS é no regime de incidência não-cumulativa, apenas para


as pessoas jurídicas de direto privado e as que lhes são equiparadas pela legislação
do Imposto de Renda, tributadas pelo IRPJ com base no lucro real. O PIS não cumulativo é
uma forma de apuração da contribuição onde a empresa se debita sobre o faturamento e
pode se creditar sobre compras e algumas despesas.

A alíquota do PIS não-cumulativo é de 1,65%

Para cálculo do PIS não-cumulativo a empresa pode aproveitar os créditos relativos  a


bens adquiridos para revenda, bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de
serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes, aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa, valor das contraprestações de operações de
arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante SIMPLES, máquinas,
equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados
para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na
prestação de serviços, edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo,
inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária, bens recebidos em devolução,
cuja receita de venda tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada,
energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor.

Cálculo do PIS dentro de uma empresa optante pelo Lucro Presumido é feito sobre
a Receita faturada no mês, conforme exemplo abaixo:

Empresa “X” faturou sobre o mês “Y” R$ 28.270,04.


O Sistema cumulativo conforme explicado acima é calculado sobre a receita direta sem
nenhuma dedução ou abatimento nesse caso o cálculo será:
R: 28.270,04 x 0.65% (alíquota do imposto)
= R$ 183,75 de PIS a recolher.

RECOLHIMENTO

Conforme exposto anteriormente, o prazo para pagamento do PIS é até o dia 25 do


mês subsequente ao fato gerador, exceto das entidades financeiras equiparadas que devem
recolher até o dia 20.
O recolhimento deve ser feito através do DARF (Documento de Arrecadação de
Receitas Federais), emitido pelo SICALC, utilizando os códigos abaixo:

ISENÇÃO

São isentas de contribuição para o PIS as seguintes operações:

I) dos recursos recebidos a título de repasse, oriundos do Orçamento Geral da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelas empresas públicas e sociedades de
economia mista (inciso I do art. 14 da Medida Provisória 2.158-35/2001); 
II) da exportação de mercadorias para o exterior (inciso I do art. 6º da Lei 10.833/2003 e
inciso I do art. 5º da Lei 10.637/2002); 
III) dos serviços prestados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no
exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas - “exportação de serviços” (inciso II
do art. 6º da Lei 10.833/2003 e inciso II do art. 5º da Lei 10.637/2002).

CRÉDITOS DO PIS
No regime tributário conhecido como PIS não cumulativos, há possibilidade
legislativa para que o contribuinte faça o uso de créditos sobre determinados bens, insumos,
custos e despesas.
Estes créditos abatem o montante devido das citadas contribuições.
Especificamente, a legislação determina os seguintes créditos a crédito, no regime
não cumulativo em relação:
1. Aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;
2. Aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada
no País;
3. Aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos;
4. Em relação aos serviços e bens adquiridos no exterior a partir de 1º de maio de 2004
(art. 1 da IN SRF 457/2004).
Bens Adquiridos para Revenda
As pessoas jurídicas sujeitas ao regime não cumulativo, poderão descontar créditos
em relação as aquisições efetuadas no mês, de pessoas jurídicas domiciliadas no país, de
bens para revenda, exceto o álcool para fins carburantes, as mercadorias e produtos
sujeitos à substituição tributária  e à incidência monofásica das referidas contribuições.
Bens e Serviços Utilizados Como Insumos
Poderão ser descontados créditos das aquisições efetuadas no mês, de pessoas jurídicas
domiciliadas no país, de bens e serviços, utilizados como insumo na prestação de
serviços e na fabricação ou produção de bens ou produtos destinados à venda, inclusive
combustíveis e lubrificantes.

Energia Elétrica e Térmica


Passíveis de apropriação de créditos as despesas e os custos incorridos no mês,
pagos ou creditados a pessoas jurídicas domiciliadas no país, relativos à energia elétrica
e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos estabelecimentos da
pessoa jurídica.

Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado


Os contribuintes podem apropriar créditos em relação aos encargos
de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a:
 Máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado,
adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens
destinados à venda ou na prestação de serviços;
 Edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, utilizados nas
atividades da empresa.
 
Devoluções de Vendas
O valor das devoluções de vendas cuja receita tenha integrado o faturamento do
mês ou de mês anterior e tenha sido tributada no regime não cumulativo, gera direito a
apropriação de crédito.

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