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TERMINOLOGIA RADIOLÓGICA TERMOS GERAIS: Usados no posicionamento

radiológico, são definidos e ilustrados para esclarecer significados e definições.

RADIOGRAFIA X FILME DE RAIOS X: Uma radiografia é um filme de raio x contendo


uma imagem processada de uma parte anatômica. Um filme é um pedaço de
material plástico sobre o qual a imagem será fixada. Quando se diz radiografia, fala-
se do filme e da imagem nele contida, já quando de diz filme fala-se do filme sem a
imagem radiográfica.

EXAME RADIOGRÁFICO: Um exame radiográfico simples inclui cinco funções básicas:


a) Identificar o paciente;
b) Posicionamento do paciente;
c) Seleção das medidas de proteção radiológicas;
d) Exposição;
e) Processamento ou revelação.

CHASSI OU MAGAZINE: O chassi é um compartimento (caixa) apropriado para alojar


o filme, internamente é revestido pelo ECRAN. O chassi e o filme possuem medidas
apropriadas e adequadas as necessidades do serviço. As medidas mais comuns são:
13X18, 18X24, 24X30, 30X40, 35X35, 35X43.

ECRAN: Funciona como agente emissor de luz visível ao ser iluminado pelos raios x.
Geralmente são cobertos com uma resina de proteção sob a camada emissora, existe
outra camada, a branca com propriedade refletora.

RADIOTRANSPARENTE: Diz-se material radiotransparente, matéria não resistente a


passagem dos raios x, não havendo dificuldades para impressionar o filme, o
exemplo são os plásticos, madeira de compensados, isopor e etc.

RADIOPACOS: São os materiais que oferecem resistência aos raios x, como por
exemplo, os metais de maior número atômico (ferro, aço, etc) ,e também algumas
estruturas como os ossos.

INCIDÊNCIAS: Incidência é um termo de posicionamento que, por definição, descreve


a trajetória do raio central, projetando uma imagem no filme radiográfico.

PLANOS E CORTES POSIÇÃO ANATÔMICA: Uma posição de pé aduzidos (abaixados) e


retos, palmas para frente com os dedos para baixo. Esta posição específica do corpo
é usada como referência para todos os termos de posicionamento. O corpo deve
ficar o mais ereto possível, e todo o plano frontal deve estar alinhado.

PLANOS SAGITAIS: Podemos dizer que plano sagital é uma linha imaginária que
divide o corpo em duas partes, direita e esquerda. Chama-se sagital por causa da
sutura sagital do crânio. O plano médio-sagital ou plano mediano é um plano sagital
que demarca a linha média do corpo, ou seja, divide em partes exatamente iguais em
direita e esquerda, por tanto qualquer plano paralelo ao plano médio-sagital é
denominado somente de plano sagital.
PLANOS CORONAIS: Este plano divide o corpo em partes anterior e posterior.
Chama-se coronal por causa da sutura coronal do crânio. O plano médio-coronal
divide o corpo em partes exatamente iguais em anterior e posterior, qualquer outro
plano paralelo a este é somente plano coronal.

PLANO TRANSVERSAL, AXIAL OU HORIZONTAL: Qualquer plano que passa através do


corpo formando ângulo reto com os planos sagitais e coronais dividindo o corpo em
partes superior e inferior.

TRANSVERSAIS OU AXIAIS: São feitos em ângulos em qualquer ponto ao longo do


eixo longitudinal do corpo ou suas partes.

SUPERFÍCIES DO CORPO DORSAL OU POSTERIOR: Refere-se à metade posterior do


corpo, observa-se a pessoa por trás, inclui a dorso das mãos e a planta dos pés.

VENTRAL OU ANTERIOR: Refere-se a metade frontal do paciente ou à parte do corpo


observada de frente, inclui o dorso dos pés e a palma das mãos.

PLANTAR: Refere-se a parte posterior do pés, é a planta (parte de baixo) dos pés.

PALMAR: Refere-se à palma da mão, na posição anatômica seria o mesmo que a


superfície ventral ou anterior da mão. OBS: Volar significa palma da mão e pode se
referir a planta do pé.

VOLAR: significa cavidade da mão ou do pé.

DORSO: Significa topo ou costas, refere-se a parte posterior da mão e a parte


anterior do pé.

ORTOSTÁTICA: É a posição vertical, de pé ou sentado dependendo da parte a ser


estudada.

DECÚBITO: Significa estar deitado, ou seja, na posição horizontal.

DECÚBITO DORSAL: Significa deitar sobre o dorso, com a face voltada para cima.

DECÚBITO VENTRAL: Significa deitar sobre o abdome (ventre), com a face voltada
para a mesa ‘(porém, esta deve estar virada para o lado).

TRENDELEMBURG: Posição em decúbito com o plano do corpo inclinado de forma


que a cabeça fique mais baixa que os pés, esta inclinação varia entre 30 e 40 graus.

POSIÇÃO DE FOWLER: Posição em decúbito com o plano do corpo inclinado de forma


que a cabeça mais alta que os pés em 30 graus.
POSIÇÃO DE LITOTOMIA: Posição com os joelhos parcialmente dobrados, as coxas
aduzidas externamente, os MMII sustentados por suportes para pernas e tornozelos.
Esta posição é muito usada na urografia retrógrada ou posição cirúrgica para
remoção de calculo renal.

POSIÇÃO LATERAL OU PERFIL: Como o próprio nome diz, é um a posição lateral da


parte a ser estudada é demarcada pela entrada e saída do raio central.

POSIÇÃO OBLÍQUA: Posição inclinada ou angulada na qual o plano médio-sagital e o


plano médio coronal são perpendiculares ao filme, ou seja, é uma intermediária
entre a frente e a lateral. Normalmente se não haver especificações esta
intermediária será de 45 graus.

POSIÇÃO OBLIQUA POSTERIOR (D ou E): É especifica, na qual a parte posterior


esquerda ou direita esta mais próxima do filme ou receptor de imagem.

POSIÇÃO OBLIQUA ANTERIOR (D ou E): É aquela em que a face anterior direita ou


esquerda esta mais próxima do filme ou receptor de imagem.

TERMOS DE RELAÇÃO INCIDÊNCIA AXIAL: Axial refere-se ao eixo transversal de uma


estrutura ou parte, em torno da qual um corpo em rotação gira ou é disposto.
Acrescenta-se a esta os termos súpero-inferior e ínfero-superior, descrevendo assim
a direção do raio central.

SÚPERO-INFERIOR = CÉFALO CAUDAL

ÍNFERO-SUPERIOR = CAUDO CEFÁLICO

INCIDÊNCIA TANGENCIAL: Significa tocar uma curva uma superfície somente em um


ponto. A exemplo do arco zigomático, túnel do carpo e ponte do carpo.

MEDIAL E LATERAL: Tudo que se diz medial é em direção a linha média do corpo e
lateral é em direção oposta ao corpo.

PROXIMAL E DISTAL: Proximal é próximo da origem ou inicio, em geral o que está


próximo da linha média é proximal, em relação aos MMSS e MMII as partes mais
distantes do corpo são as partes distais e mais próximas são proximais.

SIGNIFICADOS:

AP= Ântero Posterior

MIE= Membro Inferior Esquerdo

PA= Póstero Anterior


RC= Raio Central

INTRA= Dentro ou no Interior

MMSSII= Todos os Membros

MMSS= Membros Superiores

MMII= Membros Inferiores

INTER= Situado entre

MSD= Membro Superior Direito

PMS= Plano Médio sagital

PMC= Plano Médio Coronal

TERMOS DE MOVIMENTO FLEXÃO: Ao fletir ou dobrar uma articulação o ângulo


entre as partes é diminuído.

EXTENSÃO: Ao estender ou retificar uma articulação o ângulo entre as parte é


aumentado.

HIPEREXTENSÃO: Extensão de uma articulação além da posição neutra ou ereta.

FLEXÃO ULNAR: O ângulo entre a mão e a ulna é diminuída.

FLEXÃO RADIAL: O ângulo entre a mão e o radio é diminuído.

EVERSÃO: É um movimento de força para fora do pé na articulação do tornozelo,


aplicada ao calcâneo sem rotação da perna. A superfície plantar é voltada ou rotada
para fora. Essa posição serve para avaliação de possível alongamento do espaço
articular do tornozelo.

INVERSÃO: Um movimento de força para dentro na articulação do tornozelo sem


rotação da perna. Exatamente o oposto da eversão.

VARO: Descreve a curvatura de uma parte para fora ou em direção à linha média.

VALGO: Descreve a curvatura de uma parte para dentro ou em direção à linha média.
OBS: Para não se confundir é só lembrar que, quem é valgo não cavalga.

ABDUÇÃO: Um movimento de afastamento do braço ou perna em relação ao corpo.


ADUÇÃO: Um movimento do braço ou perna em direção ao corpo. Movimento em
direção a linha média.

SUPINAÇÃO: Um movimento de rotação da mão para a posição anatômica (palma


para cima).

PRONAÇÃO: Um movimento para a posição oposta a posição anatômica (palma para


baixo).

PROTRAÇÃO: Um movimento para frente a partir de uma posição normal.

RETRAÇÃO: Um movimento para trás, ou a condição de ser levado para trás.

CIRCUNDAÇÃO: Mover em forma de círculo. Este movimento envolve uma seqüência


de: Flexão, abdução, extensão e adução.

TÉCNICA E IMAGEM PERSPECTIVA HISTÓRICA DA RADIOLOGIA

Numa sexta-feira em 08 de novembro de 1895, Wilhelm Conrad Rontgen (1845-


1923), professor de física teórica na Universidade de Wurzburg descobriu os raios X.
Físico, apesar de não ser médico, Rontgen levou sete semanas de trabalho intensivo
para redigir o célebre memorial SOBRE UMA NOVA ESPÉCIE DE RADIAÇÃO, publicado
no Boletim da Sociedade Físico-Médica de Wurzburg, no dia 23 de janeiro de1896. O
ano de 1895, foi excepcional Pierre Curie casa-se com Marie Skowoldska, Luís
Pasteur falece, no subsolo do café de Paris ocorre a primeira sessão de cinema, e o
automóvel conhece os primeiros pneumáticos, além da grande descoberta da época,
os raios X. Não foi como disseram algumas pessoas, um achado ocasional. As
pesquisas dos físicos e os desenvolvimentos da industria elétrica (iluminação,
transporte, telefones) prepararam o terreno, Rontgen improvisou seu aparelho com
suas próprias mãos, mas com ferramentas bem conhecidas (raios catódicos
estudados em vários laboratórios, tubos com vácuo e geradores de alta tensão). Na
memorável noite de 08 de novembro, Rontgen se questionava, assim como outros
físicos de sua época, os raios catódicos podem se propagar fora do tubo? Caso
afirmativo, em que distância e quais seus efeitos? Ele também constata que, após
envolver o tubo com o papelão, que as radiações não luminosas atravessavam o
vidro e papelão e tornavam fluorescentes, à distancia um écran de platino-cianureto
de bário, essas radiações invisíveis que saíam do tubo, eram os raios X. Em julho de
1898, Marie Curie e Pierre Curie descobriram polônio e em dezembro do mesmo ano
eles descobriram o rádio. Em 1898, o primeiro uso do radio nos U.S.A.,os tubos de
radio foram primeiramente usados no tratamento tumores malignos ginecológicos
ao passo que, soluções de radio foram usados para o tratamento de artrites e gota.
Em 1928 Dr Geiger e o Dr Muller construíram e aperfeiçoaram um tubo detector de
radiação baseado em um contador primitivo de 1906. Em 1939 foi feito um
tratamento com pacientes de câncer, utilizando feixe de nêutrons de cycloton. Em
1951 a primeira unidade empregando o cobalto 60 (60c) foi usado na terapia de
radiação, no Canadá. Em 1952 o primeiro acelerador linear de elétrons designado
para a radio terapia foi instalado no Canadá. Em 1960 foi desenvolvido o sistema de
planejamento e tratamento computadorizado. Em 1972 Geofrey N. Hounsfield
inventou o sistema de tomografia computadorizada. Em 1985, noventa anos após o
descobrimento dos raios X, os profissionais operadores de equipamentos de
radiodiagnósticos foram reconhecidos como profissionais especializados, a prática
profissional foi reconhecida por lei e a profissão foi regulamentada por lei específica,
sendo criado os Conselhos Regionais de Técnicos em Radiologia (CRTR) subordinados
ao Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER).

FORMACÃO DOS RAIOS X

No momento em que os elétrons acelerados alcançam grande velocidade e atingem


um alvo metálico, sua energia cinética se transforma em calor (99%) e raios X (1%).
Um tubo de raios X compreende: Uma fonte de elétrons (cátodo); Energia de
aceleração dos elétrons; O trajeto dos elétrons; O ânodo; O tubo. Um filamento é
aquecido, a corrente elétrica deste filamento é medida em miliamper, e a sua
variação depende a quantidade de raios X. Após o aquecimento do filamento
(cátodo) os elétrons são liberados e então se chocam com uma peça metálica
(ânodo) que desacelera os elétrons provocando uma explosão e transformando a
energia dos elétrons em calor e em raios X. Os raios X são raios eletromagnéticos
com capacidade de atravessar o corpo com facilidade atenuando de acordo com
densidade das estruturas corporais. Ao atravessar um objeto, os raios X dão origem
aos raios secundários, proporcional a quilovoltagem usada para sua formação.

FATORES RADIOGRÁFICOS CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: O objetivo dos Técnicos em


Radiologia não deve ser apenas fazer uma radiografia passável ou diagnóstica na
qual estejam evidentes apenas alterações patológicas, mas produzir uma imagem
ótima que possa ser avaliada por um padrão previamente definido por um conceito
próprio.

DENSIDADE: É grau de enegrecimento da radiografia processada, quando maior o


grau de enegrecimento, maior o grau de densidade e menor a quantidade de luz que
atravessará a radiografia quando colocada de frente a um negatoscópio.

CONTRASTE: É a diferença de tons de cinza entre as densidades do filme. Constitui o


fator que torna visíveis a forma e os detalhes das estruturas em estudo.
Há duas variedades de contraste:

a) ESCALA LONGA: no qual há uma longa seqüência de tons, desde o quase


branco até o quase preto, também é conhecido como escala de cinza.

b) ESCALA CURTA: no qual há menor número de tonalidades entre o branco e o


preto, produzindo radiografias brilhantes.
DETALHE: É a fidelidade das imagens obtidas, as quais devem-se apresentar nítidas
ao examinador. Verifica-se uma interdependência entre as três qualidades, as
radiografias com densidade excessiva impede a absorção do contraste, e o detalhe
será mal observado se contraste for de proporção excessiva (curto ou longo).
Portanto, no que diz respeito a visibilidade das imagens, o detalhe depende do
contraste e o contraste depende da densidade.

FATORES QUE MODIFICAM A QUALIDADE DAS RADIOGRAFIAS:

mAs (miliamper-segundo): O miliamper-segundo é o produto batido com a fusão do


tempo(seg) com o miliamper(Ma). Compreende-se que, é a quantidade de raios X
durante a exposição, sendo ele o grande responsável pela escala de cinza.

Kv (quilivolts): O quilovolts significa mil volts, portanto 80 Kv significa 80 mil volts,


um valor alto levando em consideração a voltagem residencial que utilizamos (220.
ou 110). No raio X o Kv representa a velocidade do impacto dos elétrons liberados do
cátodo(-) contra o anodo(+), diz-se também que é a potência dos raios X durante a
exposição. No ato da exposição a quilovoltagem atinge o pico de potência, daí a
representação por Kvp (expressão mais usada pelos americanos).

DFoFi: Modifica a densidade do detalhe. A densidade do filme aumenta quando


aproximamos o tubo de raios X da parte a ser radiografada e diminui quando
afastamos. Este fato é conseqüência da lei do inverso do quadrado da distância.
Quanto mais distante da fonte, menos intenso é o feixe de raios X, enquanto que,
mais próximo, mais intenso. OBS: O aumento na DFoFi possui o benefício de diminuir
a ampliação e a distorção da imagem, aumentando o detalhe.

DOFi: O aumento da DOFi amplia a imagem e prejudica o detalhe, alargando a


penumbra. OBS: Ao optar por usar o foco fino, pode-se, obter uma boa imagem
mesmo com a ampliação.

TEMPO DE EXPOSIÇÃO: O uso do tempo de exposição curto evita perda do detalhe


quando o paciente ou algum órgão está em movimento. O tempo longo exige
completa imobilização do paciente, isso possibilita uma ótima definição óssea,
porém o tempo longo é prejudicial ao aparelho e principalmente ao paciente.
CONES OU COLIMADORES: Reduzem bastante a produção de radiação secundária,
restaurando o contraste e evitando a penumbra. Deve-se levar em conta que, ao se
eliminar essas radiações prejudiciais, a quantidade total de radiação que chega ao
filme é menor, reduzindo a densidade desnecessária.

POSIÇÃO DO ÂNODO: A parte do filme que corresponde ao lado do ânodo recebe


menor quantidade de radiação, tornando-se menos densa. Este fato conhecido como
efeito anódico é mais evidente quando se usa filme de tamanho grande e DFoFi
pequena.

GRADE ANTI-DIFUSORAS: Modificam o contraste e a densidade, reduzem a


densidade porque constituem um obstáculo á passagem dos raios X e melhoram o
contraste porque eliminam a radiação desnecessária para formação da imagem.

IDENTIFICAÇÃO DA RADIOGRAFIA: A identificação do paciente é fundamental, seja


por nome ou número, por isso deve-se dar total atenção aos identificadores. A regra
universal é que, a identificação fique sempre a direita do paciente, devendo ser
colocada de acordo com a posição anatômica do paciente, se o objeto a ser
examinado for posicionado em PA, a identificação também será colocada em PA.
Sempre que o paciente for posicionado em ortostática (em pé) a identificação será
colocada na parte superior do chassi, e se o paciente estiver em decúbito a
identificação ficará na parte inferior do chassi. Isso se aplica nos raios X de abdome,
tórax e coluna.

FATORES DE EXPOSIÇÃO: Um estudo completo das técnicas radiológicas inclui todos


os fatores ou variáveis relacionados à precisão da reprodução das estruturas e
tecidos radiografados ou em outros receptores de imagem. As três variáveis que
podem ser ajustadas no painel de controle do aparelho de raios X são: Kv mA Seg A
miliamperagem e o tempo, geralmente são combinados em uma fusão, isso acontece
com a multiplicação dos valores, dessa multiplicação cria-se o mAs, esse valor é
obtido nas fórmulas, a partir deste resultado efetua-se um novo cálculo para obter o
mA e o Seg. O mAs (mA e Seg) é o fator que determina a quantidade de raios X
durante a exposição. Para adequar essas variáveis ao volume dos objetos existem as
seguintes fórmulas. Para obter o Kv :KV = e.2+K
Para obter o mAs: Kv =Esp x 2 + C
mAs =Kv x Co Onde: C =constante do aparelho Logo, a constante do aparelho varia
em Co =constante do objeto osso =1,0
Esp =espessura do objeto pulmão =0,08
Partes moles =0.5
Para obter o tempo (Segundo) é preciso determinar o valor do mA, para isso vamos
considerar que: MMSSII =100mA Corpo =200mA Pulmão =300mA Normalmente
usamos a palavra FOCO para definir o mA. Os aparelhos convencionais costumam ter
foco de 50, 100,
200, 300 e 500, podendo variar de marca para marca, pois alguns aparelhos contam
com o foco de 150 e 600mA. Para obter a separação do mA e o Seg. precisamos
determinar o foco ideal e utilizar a seguinte fórmula: Sabemos que: mAs =mA x Seg
Logo: Seg =mAs / mA Ex: Raio X de coluna lombar Kv =Esp x 2 +C mAs =Kv x Co Seg
=mAs /mA Kv =24 x 2 +20 mAs =68 x 1,0 Seg =68 / 200 Kv =48 +20 mAs =68 Seg =0,34
Kv =68 Então teremos a seguinte técnica: 68 Kvp 200 mA 0,34 Seg Podemos ainda,
modificar a técnica de acordo com a necessidade ou a opção pessoal de cada técnico.
Para compensar, dizemos que, de 10 à 13 Kv equivalem ao dobro do mAs, isso significa
que ao modificar o mAs somente uma variável estará sendo modificada, ou seja se
dobrar o tempo, o mA não será modificado. Ex: 68 Kvp 58 Kvp 58 Kvp 200 mA =200 mA
=400mA 0,34 Seg 0,68 Seg 0,34 Seg Então podemos concluir que, se aumentarmos em
mais 10 ou 13 Kvp, teremos que diminuir a metade do mAs, ou a metade de um dos
seus elementos (mA ou Seg). Ex: 68 Kvp 78 Kvp 78 Kvp 200 mA =100 mA =200 mA 0,34
Seg 0,68 Seg 0,17 Seg Para finalizar este estudo, vamos observar que, a metade do mA
é igual ao dobro do tempo, e o dobro do tempo é igual a metade do mA. Ex: 68 Kvp 68
Kvp 68 Kvp 200 mA =100 mA =400 mA 0,34 Seg 0,68 Seg 0,17 Seg

CONDUTA PROFISSIONAL ÉTICA PROFISSIONAL: O Técnico em Radiologia Médica é


um profissional da área médica e um membro importante da equipe de saúde,
responsável pelo exame radiográfico dos pacientes. Isso requer não apenas amplo
conhecimento da anatomia humana, mas conhecer os princípios básicos de formação
de imagem e de proteção radiológica, e acima de tudo, conhecer o significado de ser
um profissional responsável pelos pacientes sobre seus cuidados, ou seja, ser
responsável por suas ações dentro de um código de ética especifico. Esse código de
ética é o maior reconhecimento da tecnologia radiológica como uma profissão,
indicando responsabilidades por suas ações e comportamento, aumentando as
responsabilidades dos técnicos em radiologia. O termo ETICA refere-se, em geral, aos
princípios morais de comportamento dos indivíduos. Especificamente, um código de
ética descreve as regras de conduta aceitável em relação a outros, como definido em
algumas profissões. Como profissional da área médica, o TR deve seguir um código
rígido de conduta com absoluta honestidade no desempenho de suas atribuições
profissionais.

PROTOCOLOS: Cada instituição radiológica, seja uma clínica, hospital ou pronto


atendimento, devem ter um protocolo e ordem de consenso para a realização dos
exames. Isso é necessário para um sistema de trabalho ordenado e eficaz, no qual
todos os técnicos trabalhem de forma uniforme.
PRINCIPIOS DE POSICIONAMENTO BIOTIPO: A escolha do tamanho do filme e o
modo de se posicionar um paciente requer um conhecimento das variações comuns
da forma do corpo (biotipos). O corpo humano pode ser classificado de quatro
maneiras distintas, essa classificação é denominada de biotipo, e os quatros biotipos
são:

a) Hiperestênico: É mais atarracado e maciço, a cavidade torácica é larga e


profunda de frente para trás com uma dimensão vertical curta, indicando um
diafragma alto, com a parte superior do abdome muito larga, afetando a
localização de órgãos da cavidade abdominal.

b) Estênico: Entre a população é o mais próximo da média, é ligeiramente


atarracado e freqüentemente musculoso. Os órgãos torácico e abdominais
estão mais próximos do normal.

c) Hipoestênico: Assim como o estênico, também é o mais próximo da média,


porém, é mais magro e as vezes mais alto, no entanto a vesícula e o estomago
estão mais baixos e estão mais próximos da linha central.

d) Astênico: Este biotipo é magro ao extremo com a cavidade torácica estreita e


rasa, porém sua dimensão vertical é longa, indicando um diafragma baixo
com a parte superior do abdome mais estreita no topo.

Em uma visão abrangente o técnico deverá:


1. Ler e avaliar completamente a requisição de exame;
2. Identificar o paciente;
3. Preparar a sala (mesa, chassi e acessórios);
4. Preparar o paciente;
5. Explicar ao paciente sobre o exame e solicitar sua colaboração;
6. Posicionar corretamente o paciente;
7. Preservar o pudor do paciente;
8. Proteger contra a radiação desnecessária o paciente e se necessário o seu
acompanhante;
9. Aplicar as técnica e expor o paciente a radiação;
10. Reorganizar a sala e efetuar uma boa revelação. Obviamente, isso é somente um
modelo primário das atribuições de um protocolo sério, no qual o TR deve se
enquadrar rigorosamente, pois nele consta as normas do serviço.
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA: O técnico em radiologia deve ter muita preocupação com
a própria proteção e com a proteção de pacientes e acompanhantes. É importante
ter cautela com doses permissíveis, por isso deve ser hábito fazer uso do material de
segurança radiológica, inclusive o paciente deve ser preservado o máximo possível,
porém, a proteção não deve comprometer o exame, pois o resultado final do exame
é prioridade, mesmo havendo a relação custo-benefício para o paciente. O
acompanhante deve permanecer na sala de exames somente quando estritamente
necessário, quando isso acontecer ele deve estar vestido com o avental de chumbo e
colar tireoidiano. O paciente deve estar com as partes de não interesse protegidas do
feixe de radiação. O técnico deve sempre trabalhar com o dosímetro preso à gola de
sua camisa. Esse instrumento é a principal ferramenta para o controle das doses de
radiação.

POSICIONAMENTO: O profissional de radiologia deve seguir uma seqüência para o


posicionamento:
1. Posicionar o paciente;
2. Medir o objeto;
3. Posicionar o objeto de interesse;
4. Posicionar o filme.

INCIDÊNCIAS INCIDÊNCIA DE ROTINA: As incidências de rotina são básicas, portanto,


podemos concluir que são essenciais para qualquer inicio de estudo radiográfico, por
isso serão sempre as primeiras a serem executadas.

INCIDENCIA ALTERNATIVA: Como o próprio nome diz, é uma segunda opção, uma
substituta caso a primeira não possa ser efetuada e por isso não deve ser feita junto
com a principal. O TR deve optar entre uma e outra de acordo com as condições de
cada situação.

INCIDÊNCIA ESPECIAL: Estas incidências também podem ser chamadas de


complementares, porque após serem feitas as incidências de rotina, poderão ser
solicitadas as incidências complementares (especiais), isso por que este tipo de
incidência irá acrescentar informações ao estudo radiológico.

PONTOS DE REPAROS: Para um bom posicionamento é necessário conhecer alguns


pontos de referência do corpo humano. Agora vamos tratar o ponto de referencia
como ponto de reparo. Na palpação é possível observar muitos desses pontos.
Vamos estudar os principais pontos de reparo no esqueleto, porém é bom salientar
que, alguns desses pontos devem ser palpados com cautela, pois podem causar
constrangimento ao paciente, a sínfise púbica está em um local um tanto delicado,
assim como o cóccix, por isso é de bom mater um dialogo explicativo com o paciente,
manter o paciente informado é fundamental para uma boa colaboração durante o
decorrer do exame.

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