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CAROLINA MICHELIN SANCHES DE OLIVEIRA BORGHI

DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA:

QUE VOZES ECOAM NO BRASIL?

Rio de Janeiro
2015
CAROLINA MICHELIN SANCHES DE OLIVEIRA BORGHI

DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA:

QUE VOZES ECOAM NO BRASIL?

Dissertação apresentada à Escola Nacional


de Saúde Pública Sergio Arouca da
Fundação Oswaldo Cruz como requisito
parcial para a obtenção do grau de Mestra em
Ciências

Curso de Pós-Graduação em Saúde Pública

Área de concentração: Processo Saúde-


Doença, Território e Justiça Social

Orientadora: Profª Drª Rosely Magalhães de Oliveira

Rio de Janeiro
2015
Catalogação na fonte
Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica
Biblioteca de Saúde Pública

B732d Borghi, Carolina Michelin Sanches de Oliveira


Determinação social do processo saúde-doença: que
vozes ecoam no Brasil? / Carolina Michelin Sanches de
Oliveira Borghi. -- 2015.
129 f. : tab. ; graf. ; mapas

Orientador: Rosely Magalhães de Oliveira


Dissertação (Mestrado) – Escola Nacional de Saúde
Pública Sergio Arouca, Rio de Janeiro, 2015.

1. Determinantes Sociais da Saúde. 2. Processo Saúde-


Doença. 3. Condições Sociais. 4. Saúde Pública. 5.
Medicina Social. 6. Brasil. I. Título.

CDD – 22.ed. – 362.10981


CAROLINA MICHELIN SANCHES DE OLIVEIRA BORGHI

DETERMINAÇÃO SOCIAL DO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA:

QUE VOZES ECOAM NO BRASIL?

Dissertação apresentada à Escola Nacional


de Saúde Pública Sergio Arouca da
Fundação Oswaldo Cruz como requisito
parcial para a obtenção do grau de Mestra em
Saúde Pública
Curso de Pós-Graduação em Saúde Pública
Área de concentração: Processo Saúde-
Doença, Território e Justiça Social

Aprovada em: 10 de junho de 2015

Banca Examinadora

________________________________________________________
Profª Drª Rosely Magalhães de Oliveira- Ensp/ Fiocruz

________________________________________________________
Profª Drª Helia Kawa- Instituto de Saúde Coletiva- UFF

________________________________________________________
Prof Dr Gil Sevalho- Ensp/ Fiocruz

________________________________________________________
Prof Dr Julio Wong- Instituto de Saúde Coletiva- UFF

________________________________________________________
Profª Drª Marize Bastos da Cunha- Ensp/ Fiocruz

Rio de Janeiro
2015
Dedico esta dissertação a todos os latino-americanos e aos que lutam por uma
sociedade que produza saúde
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meu pais, Maria Teresa e Waldyr, pelas raízes e pelas asas.
Ao meu irmão Renato, pelas digressões e pelas crianças. À minha avó Laura,
por tudo que palavras não conseguem dizer.

A Elisa, Lisy y abuelos, por la adopción. A la familia Olivares-Díaz, “por


las horas de compañía, de esperanza o de consuelo, sin importar las millas u
horas de vuelo”.

A Maíra, Dolores, Yoandris, Yerdenys, Ingrid, Eliane, Fran, Leo, Emily,


Gilney, Fernanda e Karelia, por caminharem comigo, de longe ou de perto.

Al profesor Dr. Eddy García Velázquez, por el ejemplo y la entrega.

À professora Drª Rosely, pela liberdade, paciência e confiança.

Aos professores Gil, Helia, Marize, Elvira, Gabriel e Marly, pelas


contribuições.

Aos funcionários do DENSP, especialmente Carla e Cristiano, por toda a


ajuda.

À Gizelle, por virar a BVS do avesso comigo.

Às comunidades de La Lisa, Cerro, La Vigia, Paco Borrero, Patriarca,


Padre Palhano, Maria Antônia, DIC III, Vila Turismo e Buraco Quente, pelo que
ensinam sobre Determinação Social do Processo Saúde-Doença.

À Cuba, aos que vão para Cuba e aos que de Cuba vêm.
Hoy continué tomando rumbo a mi región

Tomando señas, descifrando encrucijadas

Mi cuerpo sigue practicando su cuestión

Cruje mi hueso y se hace la palabra.

Hoy continué domesticando la razón

Llena de asombro ante el día sucedido

Proyecto un rápido boceto de la acción

Trazo versiones que capturo del olvido.

Por eso canto arena

Roca que luego es multitud del agua buena.

Y canto espuma

Cresta que cuando logra ser ya no es ninguna.

He puesto filo al anhelante corazón

Arrojo estrellas a mecharse contra vientos

El sueño ha desencadenado la canción

Y la canción de hoy me sabe a juramento.

La prisa lleva maravilla y lleva error

Pero viajamos sobre rueda encabritada

He despertado en el ojo del ciclón

Cuento millones de agujeros en el alma.

Por eso canto arena

Roca que luego es multitud del agua buena.

Y canto espuma

Cresta que cuando logra ser ya no es ninguna.

Hoy continué tomando rumbo a mi región

Con dulce látigo de abeja en la conciencia

Hoy me perdí amar con planificación

Pero gane a lo que partió con la prudencia.

Hoy continué dándole cuerda a mi reloj

Con timbre atado sobre número invisible

Poco me importa donde rompa mi estación

Si cuando rompe está rompiendo lo imposible.

Por eso canto arena

Roca que luego es multitud del agua buena.

Y canto espuma

Cresta que cuando logra ser ya no es ninguna.

Canto Arena- Silvio Rodriguez


RESUMO

Determinação Social da Saúde e Determinantes Sociais da Saúde têm se


apresentado como sinônimos em um contexto de retomada do tema,
impulsionado por esforços internacionais e nacionais para pautar esta discussão
nas agendas institucionais. A omissão sobre a concepção de Determinação e
Determinantes com a qual se trabalha e sobre a historicidade destas construções
termina por refletir-se nas produções acadêmicas brasileiras que tratam deste
assunto, o que transcende o plano acadêmico, considerando-se a
particularidade da Saúde Pública/ Saúde Coletiva e Medicina Social, em que
ciência e política se relacionam estreitamente.
Buscando delinear as diferenças entre estas denominações, este trabalho
dedicou-se a recuperar, no plano teórico, a elaboração de Determinação Social
da Saúde, destacando sua relação com o percurso da Saúde Pública/ Saúde
Coletiva e Medicina Social na América Latina e no Brasil, bem como as
influências dos paradigmas científicos, das diferentes disciplinas e arcabouços
teóricos que se enfrentam neste campo.
Para analisar como a construção crítica da Saúde Coletiva/ Medicina
Social latino-americana vem afetando a produção científica brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde e com quais modelos teóricos
esta produção tem lidado, realizou-se uma pesquisa bibliográfica na Biblioteca
Virtual em Saúde, abrangendo os artigos brasileiros com texto completo
disponível de 1990 a 2014, obtidos através do descritor Determinantes Sociais
da Saúde. 207 artigos foram avaliados, destacando-se elementos relativos ao
seu contexto de produção e às características dos modelos teóricos utilizados.
Estes artigos foram agrupados por década de publicação, ou seja, de 1990 a
1999, de 2000 a 2010 e de 2011 a outubro de 2014, para permitir uma
perspectiva temporal de comparação quantitativa e qualitativa da produção
acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde.
Percebeu-se que, a despeito da sólida construção teórica sobre o tema
no Brasil e na América Latina ao longo das últimas décadas e do aumento de
artigos publicados de 1990 a 2014, a maioria dos artigos não explicita o modelo
teórico com o qual trabalha, aproximando-se da concepção de Determinantes
Sociais da Saúde, em oposição à de Determinação. Observou-se uma tendência
de consolidação desta concepção ao longo do período estudado, ratificada por
meio da citação de autores oriundos de países centrais e daqueles que
reproduzem este modelo teórico no Brasil. Ainda assim, é possível apontar uma
inclinação para um posicionamento crítico, acentuada a partir de 2011. Um
caminho possível para o entendimento dos resultados encontrados passa por
sua relação com o contexto de produção, divulgação e incorporação do fazer
acadêmico na Saúde Pública/ Saúde Coletiva e Medicina Social, bem como do
projeto de sociedade e saúde que o orienta sua dimensão política.

Palavras-chave: Determinação Social do Processo Saúde-Doença,


Determinantes Sociais da Saúde, Condições Sociais
ABSTRACT

Social Determination of Health and Social Determinants of Health have


been presented as synonyms in the context of recovery of this subject, driven by
international and national efforts to steer this discussion on institutional agendas.
The omission on the framing of Determination and Determinants with which it
works and the historicity of these framings ends up reflected in Brazilian
academic productions that deal with this issue, which transcends the academic
plan, considering the peculiarity of Public Health / Public health and Social
Medicine, where science and politics are closely related.
Aiming to define the differences between these denominations, this paper
was dedicated to recover, in theory, the development of Social Determination of
Health, highlighting its relationship to the path of Public Health / Public Health
and Social Medicine in Latin America and Brazil, as well as the influences of
scientific paradigms, from different disciplines and theoretical frameworks that
are faced in this field.
To analyze how the critical construction of Public Health / Social Medicine
Latin America has affected the Brazilian scientific production on Determination /
Social Determinants of Health and which theoretical models this production has
worked, performed a literature search on the Virtual Health Library, covering the
Brazilian articles with full text available from 1990 to 2014, obtained from the
descriptor Social Determinants of Health. 207 articles were evaluated,
highlighting details of the context of production and the characteristics of
theoretical models. These items were grouped by decade of publication, ie 1990
to 1999, 2000 to 2010 and from 2011 to October 2014, to allow time perspective
of quantitative and qualitative comparison of the Brazilian academic production
on Determination / Social Determinants of Health.
It was noticed that, despite the solid theoretical construction on the subject
in Brazil and Latin America over the past decades and the increase of articles
published from 1990 to 2014, most of the articles does not explain the theoretical
model with which it works, approaching the design of Social Health Determinants,
as opposed to the determination. There was a trend of consolidation of this design
over the study period, ratified by the citation of authors from core countries and
those that reproduce this theoretical model in Brazil. Still, it is possible to identify
an inclination towards a critical position, marked from 2011. A possible way for
the understanding of the results goes through its relation to the context of
production, dissemination and incorporation of the academic to the Public Health
/ Community Health and Social Medicine, as well as the society and health project
that guides its political dimension.
Key-words: Social Determinantion of Health-Desease Process, Social
Determinants of Health, Social Conditions
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização dos principais grupos latino-americanos de Medicina


Social.................................................................................................................11

Figura 2: Determinação geral e interna da investigação epidemiológica...........19

Figura 3: Saúde como noção polissêmica.........................................................33

Figura 4: Representação de Dahlgren e Whitehead (1991) para Determinantes


Sociais da Saúde................................................................................................36

Figura 5: Representação de Diderichsen e Hallqvist.........................................40

Figura 6: Planos e processos de determinação e condicionamento..................43


LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Modelos teóricos de explicação do processo saúde-doença, de


acordo com Arredondo (1992)..............................................................................7

Quadro 2: Grupos latino-americanos de Medicina Social, contextos e


contribuições......................................................................................................10

Quadro 3: Trajetórias e desafios da Medicina Social latino-americana..............12

Quadro 4: Perspectivas metodológicas da investigação social..........................23

Quadro 5: Filiações epidemiológicas na investigação sobre Determinação/


Determinantes Sociais da Saúde.......................................................................33

Quadro 6: Dimensões da saúde e categorias analíticas....................................34

Quadro 7: Características de diferentes abordagens teóricas sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde...............................................44

Quadro 8: Dados referentes ao tipo de estudo e modelo teórico na produção


acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, na
década de 1990..................................................................................................57

Quadro 9: Dados referentes ao tipo de estudo e modelo teórico na produção


acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, na
década de 2000..................................................................................................62

Quadro 10: Dados referentes ao tipo de estudo e modelo teórico na produção


acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, de
2010 a 2014........................................................................................................68
LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Número total e proporção de estudos por país de afiliação, para todo
o período............................................................................................................50

Tabela 2: Total de estudos por países latino-americanos, por décadas, e


proporção de estudos por países, para todo o período.......................................52

Tabela 3: Estudos brasileiros por décadas, total de estudos, estudos disponíveis,


estudos lidos e selecionados para análise..........................................................53
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Número de estudos brasileiros sobre Determinação/ Determinantes


Sociais da Saúde selecionados para análise, por ano de publicação.................54

Gráfico 2: Instituições às quais se vinculam os autores dos estudos brasileiros


sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, na década de 1990......56

Gráfico 3: Revistas nas quais se publicaram os estudos brasileiros sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde submetidos à análise, na
década de 1990..................................................................................................56

Gráfico 4: Instituições às quais se vinculam os autores dos estudos brasileiros


sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, na década de 2000......60

Gráfico 5: Revistas brasileiras, latino-americanas e não latino-americanas nas


quais se publicaram os estudos brasileiros sobre Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde submetidos à análise, na década de
2000...................................................................................................................61

Gráfico 6: Instituições às quais se vinculam os autores dos estudos brasileiros


sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, de 2010 a 2014...........66

Gráfico 7: Revistas brasileiras, latino-americanas e não latino-americanas nas


quais se publicaram os estudos brasileiros sobre Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde submetidos à análise, de 2010 a
2014...................................................................................................................67
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

BVS………………………………………....................…Biblioteca Virtual da Saúde

CNDSS......................Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde

CSDH.............................................Commission on Social Determinants of Health

DeCS...............................................................Descritores em Ciências da Saúde

DSS....................................................................Determinantes Sociais da Saúde

OMS.....................................................................Organização Mundial da Saúde

OPS..........................................................Organização Pan-americana da Saúde

Unicef................................................... Fundo das Nações Unidas para a Infância


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................1

DETERMINAÇÃO E DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE: RELAÇÕES


ENTRE A TRAJETÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA/ SAÚDE COLETIVA E
MEDICINA SOCIAL E ASPECTOS TEÓRICOS................................................16

Saúde Pública/ Saúde Coletiva e Medicina Social como Campo Científico........16

Concepções e Projetos em Disputa no Campo da Saúde Pública/ Saúde Coletiva


e Medicina Social...............................................................................................20

Determinação Social do Processo Saúde- Doença e Determinantes Sociais da


Saúde ................................................................................................................27

CAMINHOS PERCORRIDOS PARA A ANÁLISE DA PRODUÇÃO


ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE DETERMINAÇÃO/ DETERMINANTES
SOCIAIS DA SAÚDE DE 1990 A 2014..............................................................45

ANÁLISE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE


DETERMINAÇÃO/ DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DE 1990 A
2014...................................................................................................................50

Panorama da década de 1990: contexto de produção e divulgação, modelos


teóricos e análise de conteúdo da produção acadêmica brasileira sobre
Determinação/Determinantes Sociais da Saúde................................................55

Panorama da década de 2000: contexto de produção e divulgação, modelos


teóricos e análise de conteúdo da produção acadêmica brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde...............................................59
Panorama do período de 2010 a 2014: contexto de produção e divulgação,
modelos teóricos e análise de conteúdo da produção acadêmica brasileira sobre
Determinação/Determinantes Sociais da Saúde................................................65

REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE


DETERMINAÇÃO/ DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE NO BRASIL......71

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................75

APÊNDICES......................................................................................................84
INTRODUÇÃO

É ao tentar compreender o contexto em que está sendo escrita que esta


dissertação se interessa pelos contextos sociopolítico e acadêmico. Ao buscar
conferir sentido ao construir acadêmico, inquieta-se com os sentidos da ciência.
Sabendo-se situada na América Latina, deseja reconhecer sua identidade
regional, tomada pela perplexidade ao olhar pela janela e indagar-se como se
dão os processos que levam as pessoas viverem como vivem e ter saúde ou
adoecer como o fazem.

Este trabalho é, portanto, artesanato que se tece no trançado das


dimensões teóricas, históricas e regionais. E com um pé na academia e outro na
vida, preocupa-se especificamente com a Determinação Social do Processo
Saúde-Doença, querendo ouvir as vozes latino-americanas, de hoje e de ontem,
para com elas poder dialogar sobre o que o aflige.

Em um momento em que se retoma e intensifica a discussão sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, impulsionada pela
incorporação do tema na agenda da Organização Mundial da Saúde e de
comissões nacionais, a incansável repetição destas expressões pode ver-se
esvaziada de sentido se não pararmos para refletir a respeito de que estamos
tratando. Afinal, não basta afirmar que a saúde possui determinação ou
determinantes sociais e sobre eles deve-se intervir, quando não há clareza do
conteúdo e implicações destes termos. Dito de outra forma: o que é
Determinação Social do Processo Saúde-Doença? E Determinantes Sociais da
Saúde? São denominações diferentes de um mesmo conceito? Abrigam-se
conceitos distintos sob uma mesma denominação?
Ao recobrar centralidade dentro do campo da Saúde Pública e Saúde
Coletiva/ Medicina Social, o debate sobre Determinação/ Determinantes Sociais
da Saúde tem se anunciado com aura de inovação. Entretanto, um olhar atento
percebe que autores latino-americanos já vinham se dedicando ao assunto
desde a década de 1970. Portanto, recuperar os modelos teóricos que
estruturaram a produção acadêmica a respeito deste tema no Brasil e na
América Latina nas últimas décadas propicia não só uma maior compreensão do

1
passado, como também elementos para nos apropriarmos criticamente dos
modelos que atualmente se apresentam.
Eleger o Brasil, país latino-americano, como palco de nosso estudo e sua
produção como nosso protagonista faculta, por um lado, a divulgação das
conquistas e impasses de um acúmulo científico que habitualmente se
obscurece frente às tendências dos países centrais e, por outro lado, a
incorporação desses avanços ao próprio desenvolvimento desta dissertação.
Além disso, este estudo reconhece que a Saúde Pública e Saúde Coletiva/
Medicina Social se desdobram tanto no espaço científico como no político e
institucional, e que os modelos teóricos que apoiam a produção sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde transcendem o âmbito
acadêmico, na medida em que as políticas públicas estão impregnadas por estes
modelos, e, desta forma, incidem sobre a situação de saúde da população.
Sendo assim, intenções de modificar o combalido quadro de saúde no Brasil e
na América Latina terão que deter-se a analisar o que se entranha em suas
raízes teóricas, se quiserem ser verdadeiramente coerentes com seus
propósitos e com as necessidades e direitos dos latino-americanos.
Breilh (2011) defende a pertinência e relevância de investigações como a
nossa ao sustentar:
“El disenso actual sobre los llamados ‘determinantes sociales de la
salud’ pasa a ser uno de esos terrenos de oposición, donde se
pugna por definir el campo de la salud colectiva; su contenido y su
práctica. Para contrastar las perspectivas divergentes sobre
determinación social de la salud, para comprender por qué la
reflexión de grupos de salud colectiva se adelantó en tres décadas
a la Organización Mundial de la Salud (OMS); para entender el
debate actual de dicha categoría y los motivos por los cuales el
pensamiento anglosajón invisibilizó la producción latinoamericana
al lanzar al mundo su modelo, es necesario insertar dichas
reflexiones en el movimiento de las relaciones sociales que batallan
por constituir la práctica de la salud.” (p. 29)

A criação da Comissão de Determinantes Sociais da Saúde pela


Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2005, suas conferências, relatórios e

2
recomendações, têm se colocado como marco temporal inequívoco para a
abordagem deste tema. A partir de sua instalação, comissões nacionais foram
organizadas, como no Brasil, no ano seguinte, acordos intra ou internacionais
foram firmados e grupos e linhas de pesquisa passaram a receber maior
destaque e financiamento. (CNDSS, 2008)

A respeito dos motivos que levaram à intensificação da discussão sobre


a Determinação Social do Processo Saúde-Doença, ou Determinantes Sociais
da Saúde, Villar (2007) afirma:

“Aunque el tema de los determinantes sociales (DSS) de la salud


no es nuevo, la nueva visibilidad global refleja el agotamiento del
modelo de desarrollo neoliberal que ha agudizado la inequidad y
consecuentemente hace resurgir el tema de la justicia social.
Nuevos enfoques y evidencias ubican la inequidad en salud como
resultado de la inequitativa distribución de los DSS.” (p. 7)

Já de acordo com Breilh (2010):

“A nuestro modo de ver, estamos ahora rediscutiendo los enfoques


de la determinación movidos por dos presiones principales: por un
lado, para algunos, la influencia de la Comisión de la Organización
Mundial de la Salud (OMS) sobre ‘los determinantes sociales’, que
sin duda activó esta preocupación; para otros, que hemos
empujado la noción de ‘la determinación social’, la necesidad de
vitalizar una línea cuya construcción la iniciamos en los años 1970.”
(pp. 91-92)

Portanto, ao enfoque de gênese do tema em anos recentes e através de


organismos oficiais e, ainda que internacionais, sediados em países centrais,
opõe-se a perspectiva de recuperação dos esforços de elaboração sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde ao longo das últimas décadas e
em paragens ao sul do Equador. Solar e Irwin (2006), autores do tão difundido
relatório de 2008 da OMS, ao analisarem a trajetória histórica da Comissão de
Determinantes Sociais da Saúde por dentro da própria instituição, identificam
não só empreendimentos anteriores da OMS, como também o vanguardismo da
Medicina Social latino-americana ao desenvolver rico referencial teórico e práxis

3
para tratar da Determinação Social da Saúde com algumas décadas de
antecedência. São valiosas as contribuições dos autores ao apontarem as
oscilações cíclicas da OMS entre programas e ações dirigidos à coletividade e
aos indivíduos, bem como voltados para o combate a doenças ou melhoria das
condições de vida, e ao asseverarem que as precoces contribuições latino-
americanas se deveram a um contexto sociopolítico de enfrentamento das
adversidades oriundas do neoliberalismo.

Mesmo que Solar e Irwin (2006) acenem para os avanços latino-


americanos na compreensão da Determinação/ Determinantes Sociais da
Saúde, autores desta tradição, como veremos posteriormente, vêm
manifestando que não se sentem contemplados com o relatório da OMS. Se
lembrarmos que dito relatório presta-se a balizar intervenções políticas e
repercute na produção acadêmica mundo afora, torna-se ainda mais relevante
escutarmos as críticas que a ele se encaminham.

Para entendermos quais são os pilares que sustentam as desaprovações


ao relatório e suas recomendações que se levantam na América Latina, teremos
que explorar como se deu a construção da Saúde Pública e Saúde Coletiva/
Medicina Social nesta região, suas conquistas e dificuldades.

Nosso objeto mostra-se particularmente delicado e valioso se


reconhecemos que lida com conceitos de difícil precisão, como saúde e doença,
e que representa um campo de disputa, já seja no âmbito acadêmico como no
político e institucional. Precisamente por isto, torna-se imperioso que nos
debrucemos sobre a Determinação Social do Processo Saúde-Doença, ou
Determinantes Sociais da Saúde, segundo alguns autores, para que seja
possível trazer um pouco de luz sobre o espectro de concepções que se abrigam
dentro destas denominações.

Sabroza (2001) descreve como a concepção de saúde e doença e os


modelos teóricos que buscam sua compreensão se relacionam e entrelaçam
com a organização social e seu respectivo acúmulo tecnológico em cada
momento. Desta forma, aponta para a indissociabilidade entre ciência, saúde e
sociedade, em uma perspectiva histórica.

4
O autor assinala a sobreposição de modelos teóricos do processo saúde-
doença, afirmando:

“Também sabemos que, de alguma forma, processos e formas


próprios de conjunturas sócio-espaciais anteriores continuam
atuantes nas novas organizações, embora com características e
funções distintas, como camadas e rugosidades que asseguram as
relações do passado com o presente.

Assim, diversas concepções de saúde e doença podem coexistir,


através da persistência de modelos antigos, mas que ainda
atendem a necessidades atuais.” (s. p.)

Ao examinar as permanências e rupturas entre modelos teóricos do


processo saúde-doença, entre meados do século XIX e a atualidade, sobre os
quais o presente estudo não poderá se aprofundar, Arredondo (1992) coloca:

“En relación a los modelos sanitarista, unicausal, multicausal,


epidemiológico, ecológico, social, geográfico, económico, e
interdisciplinario, no hay conflictos aparentes intermodelos, más
bien se observa que las variables incluidas son complementarias y
no salen de cierto juego “científico” con tendencias muy claras a
validar una práctica dirigida a que prevalezca el status quo.” (p.259)

O mesmo autor agrega:

“Hay que señalar también que sólo dos modelos resaltan al incluir
variables determinantes que desequilibran a los modelos restantes:
el mágico-religioso y el histórico-social.” (p. 259)

O modelo histórico-social reveste-se de especial importância para este


trabalho acadêmico, uma vez que seus elementos de ruptura em relação aos
demais modelos são aqueles que permitirão o avanço teórico em direção à
construção do conceito de Determinação Social do Processo Saúde-Doença.
Ainda que não exista consenso em toda a literatura, especialmente se
comparamos produções em diferentes idiomas, a partir deste momento
chamaremos de Determinação Social do Processo Saúde-Doença o constructo
acadêmico herdeiro do modelo histórico-social e que se apropria de suas

5
categorias-chave, e de Determinantes Sociais da Saúde as concepções que
derivam de um ou mais dos demais modelos teóricos.

Arredondo (1992) caracteriza o modelo histórico-social como aquele que


busca explicar perfis diferenciados de saúde e doença através de uma estreita
relação com o contexto histórico, o modo de produção e as classes sociais.
Afirma que este modelo traz como novas variáveis de análise a dimensão
histórica, a classe social, o desgaste laboral do indivíduo, a reprodução da força
de trabalho e a produção do indivíduo. O autor cita como representantes deste
modelo a Laurell e Breilh, e também ao italiano Berlinguer, relacionados com a
produção latino-americana, que começam a escrever a partir da década de
setenta do passado século. Sintetizamos no quadro a seguir a classificação de
modelos proposta por Arredondo.

6
Quadro 1: Modelos teóricos de explicação do processo saúde-
doença, de acordo com Arredondo (1992)

Aspectos teóricos/
Modelo Época Principais autores
variáveis

Forças, espíritos, castigo Sociedades primitivas até Sem autores no campo


Modelo Mágico-Religioso
divino atualidade científico

Condições insalubres
Modelo Sanitarista Revolução industrial europeia Smith e Pettenkofer
(sociais)

Condições de vida e de
Modelo Social Século XIX Frank, Virchow e Ramazzini
trabalho

Modelo Unicausal Agentes externos Séculos XIX- XX Pasteur e Koch

Agente, hospedeiro e
Modelo Multicausal Década de 1950 Leavell e Clark
ambiente

Rede de causalidade- fatores


Modelo Epidemiológico Década de 1960 MacMahon e Pugh
de risco

Agente, hospedeiro,
Modelo Ecológico ambiente + relações entre Década de 1970 Susser
eles

Contexto social, modo de


Modelo Histórico-Social Década de 1970 Berlinguer, Laurell e Breilh
produção, classe social

Interação entre fatores


Modelo Geográfico patológicos e fatores próprios Década de 1950 Jaques May e Voronov
do ambiente geográfico
Renda, padrão de consumo,
estilo de vida, nível
Modelo Econômico Décadas de 1970 e 1980 Anne Mills, Gilson e Muskin
educacional, riscos
ocupacionais
Hierarquizados, diferentes
Modelo Interdisciplinar Década de 1990 Frenk
níveis de determinação

Fonte: Elaborado a partir de Arredondo (1992)

Para entender como o modelo histórico-social se desenvolveu em nossa


região, precisaremos recapitular o desenrolar de nosso campo nestas paragens.
Ao descreverem o percurso da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social
na América Latina, Arellano e Saint Martin (2006) identificam três momentos para
sua caracterização, relacionados com o desenvolvimento histórico e econômico
da região. Um primeiro momento, recortado de forma bastante ampla pelas
autoras e por elas chamado de fase de expansão capitalista, estende-se da
colonização até após a segunda guerra mundial, no qual a economia latino-
americana assentava-se sobre a exploração de recursos naturais para
exportação. Nesta época, uma inconclusa formação dos Estados nacionais
somada à marcada ingerência das metrópoles resultava em ações de Saúde

7
Pública voltadas para o controle e erradicação de doenças infecciosas, com o
protagonismo de organismos das segundas e com a anuência dos primeiros. De
acordo com as autoras, a motivação dessas ações residia em interesses
econômicos, para os quais epidemias representavam ameaças para as trocas
comerciais. Uma plataforma preventivista, alicerçada pelo modelo
epidemiológico unicausal, dialogava não só com a organização do Estado, como
com a realidade epidemiológica e o andamento científico do período.

A segunda fase, de substituição de importações, segundo Arellano e Saint


Martin (2006), delimita-se entre as décadas de 1940 e 1980. As pesquisadoras
assinalam o desenvolvimento dos Estados nacionais nesta época, com a
incipiente responsabilização dos mesmos para a elaboração e execução de
ações de Saúde Pública e de assistência, e sua relação com pretensões de
garantir a reprodução da força de trabalho. Neste recorte temporal, em que,
paralelamente aos primórdios da industrialização ocorreram significativa
urbanização, êxodo rural e incorporação das mulheres ao mercado de trabalho,
assinalam no plano epidemiológico o acréscimo das doenças crônico-
degenerativas às ainda prevalentes infectocontagiosas, e, no plano acadêmico,
a emergência dos modelos ecológicos multicausais para buscar apreender esta
nova situação. Estas autoras situam neste período, sobre o qual impactam
teorias dependentistas e projetos neoliberais, a origem do que chamarão de
pensamento latino-americano em saúde, que florescerá a partir da década de
1980 e que representa a última e atual fase.

Iriart e colaboradores (2002) dedicam-se a entender o contexto do


desenvolvimento da Medicina Social latino-americana e, ao fazê-lo, apontam que
seu surgimento se deu em meio a uma situação de crise do que denominam de
“saúde pública desenvolvimentista”, afinada com a constatação de que a ideia
de que o crescimento econômico da região levaria ao desenvolvimento não
conduziu aos resultados esperados, mas sim ao agravamento das condições de
vida e de saúde. Os autores destacam que, desde seu nascimento, o
pensamento latino-americano em saúde caracterizou-se por seu compromisso
com a transformação das condições concretas do viver, pela percepção das
relações entre estrutura social e problemas de saúde e pela aliança entre grupos
acadêmicos e movimentos sociais.

8
O pensamento latino-americano em saúde, que se organizou de forma a
engendrar o que se conhece como Saúde Coletiva no Brasil e Medicina Social
no restante da América Latina, veio, de acordo com Iriart e colaboradores (2002),
a configurar um rompimento epistemológico e de práxis em relação à Saúde
Pública, no tocante à compreensão de seus objetos e propósitos. Os autores
salientam que a própria adoção do nome Saúde Coletiva pretende refletir a
noção de que saúde “es un proceso construido colectivamente, tanto en la forma
que adquiere en cada sociedad y momento histórico como en las posibilidades
de transformarlo.” (p. 128)

Considerando que esta nova apreensão de saúde se desenvolveu de


forma processual, faz-se necessário que sigamos seu caminho na América
Latina. Ainda no mesmo texto que estamos utilizando como referência, Iriart e
colaboradores (2002), mencionam a relevância que a entrada de figuras como
Juan César García, María Isabel Rodríguez e Miguel Márquez na Organização
Pan-americana da Saúde (OPS) teve, ao permitir que houvesse apoio e
financiamento para a criação de grupos acadêmicos em diversos países latino-
americanos. Os autores também destacam que os principais temas
desenvolvidos por estes grupos estiveram intrinsecamente relacionados com a
realidade enfrentada em cada momento e lugar.

Em artigo voltado para a difusão das contribuições latino-americanas para


leitores de língua inglesa, Waitzkin, Iriart, Estrada e Lamadrid (2001),
aprofundam-se na descrição das condições de surgimento, sobrevivência,
aportes teóricos e metodológicos dos principais grupos de pesquisa afins aos
fundamentos da Medicina Social e Saúde Coletiva. Os pesquisadores extraem
as principais colaborações de grupos situados na Argentina, Brasil, Chile,
Colômbia, Cuba, Equador e México, como pode-se observar no quadro 2 e figura
1.

9
Quadro 2: Grupos latino-americanos de Medicina Social, contextos e
contribuições

País Grupos Contexto sociopolítico e acadêmico Contribuições

Com golpe de 1976 pesquisadores


enfrentam desemprego, exílio. Após
83, têm dificuldades de papel atores sociais, saúde mental,
reintegração, complementam saúde ambiental, relações entre
Argentina Buenos Aires, Rosario, Córdoba
atividades de pesquisa com outros perfil epidemiológico e estrutura de
empregos. Fontes irregulares de classes, pobreza e marginalização
financiamento. Grupos próximos de
movimentos sociais

Início década 1970, maioria dos


papel e repercussões da medicina
pesquisadores se mantêm no país
USP, Unicamp, Fiocruz, IMS, preventiva, processo de trabalho,
Brasil na ditadura. Fontes regulares de
UFBA participação popular, epidemiologia
financiamento. Reforma sanitária,
crítica, determinação social
implementação sistema universal

Interrupção dos trabalhos com o


saúde mental e efeitos da
golpe militar e precária reintegração
repressão, saúde do trabalhador,
Chile Santiago (GICAMS) com transição democrática Grupos
gênero e saúde, privatização da
vinculados a organizações não
saúde
governamentais

situação de violência, exílio de


doenças infecciosas, pesquisa de
pesquisadores, assassinato de
Colômbia Bogotá, Medellín, Cali base comunitária, classes sociais e
professores, reformas radicais de
saúde, violência e saúde
cunho neoliberal

atenção primária, envelhecimento e


conquistas pela modificação ordem
doenças crônicas, doenças
Cuba ENSAP social, relativa estabilidade para
infecciosas, saúde mental e
pesquisa
ambiental

Envolvimento em lutas políticas e


epidemiologia social e contribuições
Equador Quito (CEAS) contra privatização, proximidade
teóricas e metodológicas,
com movimentos populares,

políticas de saúde, acordos


Constância de suporte público,
internacionais, desenvolvimento
Cidade do México (UAM-X), grupos estabelecidos em ambientes
México econômico e saúde, contextos
Guadalajara universitários, participação em
sociais, privatização, saúde
movimentos populares e partidários
indígena

Fonte: Elaborado a partir de Waitzkin et al (2001)

10
Figura 1: Localização dos principais grupos latino-americanos de
Medicina Social

Fonte: Extraído de Waitzkin et al (2001)

11
Discorrendo sobre o percurso da Medicina Social latino-americana,
Laurell (2011) frisa a importância de sua recapitulação histórica para a
compreensão de sua atualidade e tendências. A pesquisadora divide a trajetória
da Medicina Social latino-americana em três períodos e associa a produção de
cada fase ao seu respectivo contexto sociopolítico. Laurell alerta para a
sobreposição destes períodos e para o fato de que estes não se processaram
sincronicamente nos distintos países.

Um primeiro instante, que a autora chama de “A fundação e o auge das


lutas populares”, estaria delimitado entre fins da década de 1970 e os últimos
anos da década seguinte. A próxima etapa, “A democratização e as reformas de
saúde”, teria início no final da década de 1980 e se estenderia até os anos 90,
quando começaria a fase em que ainda nos encontramos, denominada por
Laurell de “O pós-liberalismo e as emergências progressistas”. No quadro
abaixo sistematizamos os principais pontos trabalhados pela autora em cada
fase, com seus respectivos contextos, contribuições teóricas e metodológicas e
desafios.

Quadro 3: Trajetória e desafios da Medicina Social latino-americana

Contexto sociopolítico e Temas e contribuições teóricas


Fase Desafios
acadêmico e metodológicas

Contestação à saúde pública Determinação Social do


desenvolvimentista, regimes Processo Saúde-Doença,
A fundação e o auge das lutas ditatorias em vários países, materialismo dialético, crítica ao
Alto grau de abstração
populares urbanização e industrialização, causalismo, epidemiologia
estabelecimento grupos crítica, nexo biopsicossocial,
pioneiros incorporação ciências sociais
Apropriação dos discurso
Participação e controle social,
progressista pelo
pobreza versus desigualdade,
neoliberalismo, ocupação de
A democratização e as reformas Paradoxo: democratização e críticas teóricas e empíricas às
espaços versus denuncia e
de saúde neoliberalismo, tarefa legislativa reformas e discurso neoliberal,
contestação, aliança crítica com
questões ambientais e de
Saúde Pública, maior
gênero
visibilidade e penetração

Evidências de fracassos das


O pós-liberalismo e as Vigilância epistemológica e
reformas, emergência de Categorias "de moda"
emergências progressistas cooptação de termos
governos progressistas

Fonte: Elaborado a partir de Laurell (2011)


12
Laurell, em sua conferência de 2011, ressalta a importância da
incorporação de uma vigilância epistemológica na atualidade, uma vez que as
categorias originalmente trazidas pela Medicina Social latino-americana, ao
serem cooptadas pelo discurso hegemônico, esvaziam-se de sentido.

A esta Saúde Coletiva/ Medicina Social, em que Briceño-León (s. d.)


identifica as influências das situações epidemiológicas, movimentos políticos e
tradições filosóficas e científicas, e os sentidos de conhecer uma nova realidade,
contribuir para a eficiência dos serviços de saúde, criticar a sociedade e
fortalecer a população; Iriart et al (2002) atribuem como maior conquista a
aproximação do entendimento da Determinação Social do Processo Saúde-
Doença. É precisamente deste legado, construído ao longo das últimas décadas
na América latina, que procuramos nos apropriar neste projeto de pesquisa. Nas
palavras de Iriart e colaboradores:

“La medicina social latinoamericana ha surgido como un campo


desafiante, por los aportes que ha hecho a la comprensión de los
determinantes del proceso salud-enfermedad-atención y su
complejidad, así como por el uso de teorías, métodos y técnicas
escasamente conocidos por la salud pública.” (p. 134)

Deste modo, este projeto de pesquisa se dedica a buscar responder as


seguintes perguntas:
1. Como a construção crítica da Saúde Coletiva/ Medicina Social
latino-americana tem afetado a produção científica brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde?
2. Com quais modelos teóricos a produção científica brasileira vem
abordando a Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde nas
décadas de 1990, 2000 e de 2010 a 2014?
Nesta busca que agora iniciamos, partimos dos pressupostos de que,
assim como em todo o campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina
Social, existem concepções em disputa quando tratamos de Determinação/
Determinantes Sociais da Saúde, que se expressam através da heterogeneidade
de modelos teóricos sobre o tema. Creditamos estas diferenças na abordagem
teórica da Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde tanto a questões
internas ao desenvolvimento científico do campo da Saúde Pública e Saúde
13
Coletiva/ Medicina Social na América Latina e no Brasil, como a questões
externas porém relacionadas com o campo, por meio das pressões exercidas
pelos contextos sociopolítico e acadêmico ao longo das décadas de 1990 até a
atualidade.

Com relação aos aspectos internos ao campo da Saúde Pública e Saúde


Coletiva/ Medicina Social que resultam em divergências teóricas, vislumbramos
o papel dos paradigmas científicos dentro das disciplinas que compõem o
campo, com destaque para o positivismo e os modelos que pretendem superá-
lo, como a complexidade; e o papel das teorias sociais, com sua influência tanto
na compreensão dos processos sociais e sua determinação, como na sua
pretensão de transformá-los ou mantê-los. Supomos que a construção teórica
de Determinantes Sociais da Saúde advém do modelo biomédico e de teorias
sociais conservadoras, muitas vezes não explicitadas, e que o posicionamento
teórico de Determinação Social do Processo Saúde-Doença deriva de esforços
por superar o paradigma positivista, através da complexidade e da dialética, e
se embasa em teorias sociais, em especial o materialismo-dialético, que
procuram a modificação ampla do corpo social.

Já para os aspectos exteriores, porém interligados ao campo da Saúde


Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social, que terminam por interferir na
produção sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, prevemos que
alterações no contexto acadêmico, com a ampliação de centros de pesquisa e
de meios de divulgação da produção científica, bem como a incorporação de
valores de produtividade, permitiram aumento no volume de estudos sobre o
nosso tema. Ainda assim, conjecturamos que os contextos sociais e
acadêmicos, ao sofrerem o impacto neoliberal, vêm afastando nosso fazer
científico das propostas críticas da Saúde Coletiva/ Medicina Social latino-
americana.

Para tanto, a seguir, apresentaremos nosso esforço na compreensão e


elaboração teórica de Determinação/ Determinantes, tendo como interlocutores
autores que versaram sobre os mais diferentes aspectos deste tema, sem perder
de vista o modo como a produção acadêmica se relaciona com o campo da
Saúde Pública/ Saúde Coletiva, em especial no Brasil e América Latina.

14
A parte empírica de nosso estudo, feita através de revisão bibliográfica,
procurará analisar a produção acadêmica brasileira sobre Determinação/
Determinantes Sociais da Saúde, no período de 1990 a 2014, tendo como
objetivos específicos identificar esta produção, analisar, nos estudos
selecionados, elementos relativos ao contexto de produção e ao modelo teórico
adotado e verificar em cada conjunto de estudos, agrupados por décadas,
convergências e divergências dentro do espectro de modelos teóricos sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde.

Finalizaremos com um balanço entre nosso percurso teórico e empírico,


quando retomaremos a validade de nossos pressupostos e avaliaremos de que
modo nossas interrogações foram respondidas.

15
DETERMINAÇÃO E DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE: RELAÇÕES
ENTRE A TRAJETÓRIA DA SAÚDE PÚBLICA/ SAÚDE COLETIVA E
MEDICINA SOCIAL E ASPECTOS TEÓRICOS

Acercar-se aos modelos teóricos que têm sustentado a produção


brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde nas décadas de
1990, 2000 e de 2010 a 2014 exigirá que nos ocupemos de diferentes eixos que
os atravessam. Como exploramos na introdução, a formulação teórica de
Determinação/ Determinantes acompanha e reflete a própria construção do
campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social na região, razão
pela qual, em um primeiro momento, dispensaremos nossa atenção a esboçar
este campo, suas relações de autonomia e heteronomia, suas concepções e
projetos em disputa e seus paradigmas científicos. Posteriormente,
assinalaremos alguns aspectos que pairam sobre o contexto acadêmico de
nosso campo, com maios ênfase para o referencial teórico e a produção
científica. Por fim, traremos contribuições de autores que vêm se dedicando à
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, com vistas a delimitar estes
modelos teóricos e explorar suas divergências.

Saúde Pública e Saúde Coletiva/Medicina Social como Campo Científico

Almeida-Filho e Paim (s.d.), ao resgatar os pressupostos básicos que


estruturaram o ensino, investigação e extensão na Saúde Coletiva brasileira,
alegam:

“La salud, en tanto estado vital, sector de producción y campo de


saber, está articulada a la estructura de la sociedad a través de sus
instancias económica y político-ideológica, poseyendo por lo tanto,
una historicidad.” (p. 15)

16
Concordando com os autores, este estudo parte do pressuposto de que
os contextos sociopolítico e acadêmico latino-americanos vêm influenciando a
produção científica sobre Determinação e Determinantes Sociais da Saúde na
região ao longo das três últimas décadas. Para buscar entender como estas
influências se processam, recorremos a Bourdieu, que se dedicou, entre muitos
outros objetos, à análise da produção e instituições científicas.

O autor, em “Os usos sociais da ciência: Por uma sociologia clínica do


campo científico”, identifica duas tradições de interpretação das produções,
incluindo a científica, que denomina de internalistas, ou internas, e externalistas,
ou externas. Delineia a primeira tradição como sendo aquela que procura a
compreensão das produções através de seus produtos, o que chama de “a letra
do texto”. Já a segunda, é caracterizada por uma tentativa de relacionar os
produtos com o mundo social ou econômico, ou “o texto ao contexto”.

Apontando as debilidades de ambas as abordagens, Bourdieu defende o


uso da noção de campo, sendo este o mediador entre os contextos gerais e a
produção em si. Campo é conceituado pelo autor como “o universo no qual estão
inseridos os agentes e as instituições que produzem, reproduzem ou difundem
a arte, a literatura ou a ciência. Esse universo é um mundo social como os outros,
mas que obedece a leis sociais mais ou menos específicas”. (p. 20)

Somando-se a outros autores, Arellano (2006, 2013), ao refletir sobre as


insuficiências da Saúde Coletiva/ Medicina Social na atualidade, destaca a
delimitação imprecisa de seu campo. De acordo com a autora, isto se deveria a
fragilidades de ordem teórica e metodológica. Já Almeida-Filho e Paim (s. d.)
concluem que “pese a no llenar las condiciones epistemológicas y pragmáticas
para presentarse a sí misma como un nuevo paradigma científico, la Salud
Colectiva se consolida como campo científico y ámbito de prácticas (…).” (p. 19)

Seguindo as reflexões destes autores, ponderamos que particularidades


na história e construção da Saúde Coletiva/ Medicina Social, como vimos na
introdução deste projeto, modelam sua conformação como campo. Sua origem
de ruptura epistemológica, de objeto e de projeto com a Saúde Pública colocaria
a Saúde Coletiva/ Medicina Social como um campo com uma área própria e, ao

17
mesmo tempo, em disputa com a Saúde Pública dentro de um campo comum a
ambas.

Compartilhando os mesmos espaços institucionais, de produção científica


ou de intervenção política, tomaremos Saúde Pública e Saúde Coletiva/Medicina
Social como um só campo. Bourdieu reconhece o campo científico como um
campo de forças e um campo de lutas. Se recuperamos a noção da díade
Ciência- Política que, conforme apresentamos na justificativa, molda o campo da
Saúde Pública e Saúde Coletiva/Medicina Social, veremos que as duas espécies
de capital científico trazidas por Bourdieu revestem-se de especial complexidade
em nosso campo. Segundo o autor, a primeira espécie, o capital científico “puro”
derivaria do reconhecimento e prestígio adquirido através de contribuições aos
avanços e inovações na ciência. Por outro lado, o capital científico
institucionalizado relaciona-se com a ocupação de posições que, por sua vez
outorgaria poder sobre os meios de produção e reprodução.

Autonomia e heteronomia são conceitos-chave para Bourdieu quando


trabalha com a noção de campo. Por este motivo e por conectar-se fortemente
com o desenho e pressupostos deste projeto, dedicaremos o próximo tópico a
contemplar as implicações da autonomia e heteronomia para o campo da Saúde
Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social.

Autonomia e Heteronomia no Campo da Saúde Pública e Saúde


Coletiva/Medicina Social

Para Bourdieu, os campos, como sistemas complexos , por serem


suscetíveis às pressões a eles exteriores e, simultaneamente, por pautarem-se
por leis próprias de seus microcosmos, são dotados da capacidade de refratarem
essas pressões segundo seus graus de autonomia. Campos com elevada
autonomia conseguiriam retraduzir pressões ou demandas externas de acordo
com suas leis ou princípios, transfigurando-as. O autor afirma que
“inversamente, a heteronomia de um campo manifesta-se, essencialmente, pelo
fato de que os problemas exteriores, especialmente os problemas políticos, aí

18
se exprimem diretamente”. (p. 22) O campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/
Medicina Social, tanto em braço acadêmico como político-institucional, suporta
pressões provenientes dessas duas dimensões, sendo relacionadas entre si.

Sujeito à heteronomia em grande medida, o campo da Saúde Pública e


Saúde Coletiva/ Medicina Social e consequentemente, sua produção científica,
são influenciados fortemente pelos contextos sociopolítico e acadêmico. Laurell
(2011), como colocado na introdução, discorre sobre como o contexto
sociopolítico da América Latina a partir da década de 1980 afetou não só as
agendas de intervenção política, mas também o surgimento de novas pautas e
categorias de investigação.

Breilh (2010) representa graficamente as pressões que recaem sobre a


investigação em saúde na figura abaixo.

Figura 2: Determinação geral e interna da investigação


epidemiológica

Fonte: Extraído de Breilh (2010)

Retomando a afirmação de Bourdieu de que campos científicos são


espaços de forças e lutas, seguiremos a examinar os projetos e concepções em
disputa no campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social, para

19
posteriormente dedicarmo-nos aos paradigmas científicos que vêm operando
neste campo, bem como em que contexto está ocorrendo sua produção.

Concepções e Projetos em Disputa no Campo da Saúde Pública e Saúde


Coletiva/Medicina Social

Conceber a Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social não só


como campo, e, como tal, palco de forças e lutas, mas como campo
particularizado por ser sensível a alto grau de heteronomia, proporciona um
caminho para o entendimento das concepções e projetos que aí se enfrentam.
A explicitação destes projetos, ainda que esquematicamente e de modo sucinto,
faz-se indispensável para possamos nos aproximar da produção científica neste
campo. Bourdieu (1989) extrai a essência da relação entre projetos e produção
ao sustentar que:

“O conhecimento do mundo social e, mais precisamente, as


categorias que o tornam possível, são o que está, por
excelência, em jogo na luta política, luta ao mesmo tempo
teórica e prática pelo poder de conservar ou transformar o
mundo social conservando ou transformando as categorias
de percepção desse mundo”. (p. 142)

Sendo ao mesmo tempo contexto e projeto, o neoliberalismo contunde o


campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social de distintas formas.
Atinge a esfera das ações em Saúde Pública e não deixa de fazê-lo no domínio
da produção científica.

Refutando a tese da neutralidade do conhecimento, Barbosa (2010) se


vale da noção de imperialismo simbólico, de Bourdieu, para analisar a infiltração
dos preceitos neoliberais no campo da Saúde Coletiva. A supressão de
conceitos, ou o silêncio sobre os mesmos, serviria para torná-los invisíveis, e,
portanto, excluir problemáticas da discussão teórica e também política. Outro
mecanismo de penetração, segundo a autora, seria a neutralização de conceitos

20
outrora críticos, pela cooptação e enquadramento dos mesmos dentro do marco
discursivo neoliberal.

Coincidindo com os autores que assinalam as negativas repercussões


sociais e para o campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social que
o projeto neoliberal ocasiona, Breilh (s. d.) assevera que uma luta emancipadora
não prescinde de um posicionamento político e filosófico. Argumenta que
informação é teoria em ato e fundamentalmente, política em ato. E caracteriza,
em linhas gerais, dois projetos em disputa da seguinte forma:

“América Latina evidencia en estos años una generalizada


preocupación por la reforma del Estado en sus dos caras opuestas:
la captación privada de los espacios estatales y la lucha de las
colectividades para instituir su poder y defender los espacios
solidarios de la sociedad.” (s.p.)

Santos (2012), ao pleitear uma Epistemologia do Sul, alega a necessidade


de, mais do que a busca por alternativas, um pensamento alternativo. O autor
relaciona a emergência de um novo paradigma aos contextos sociopolítico e
cultural e ainda epistemológico. Procederemos, então, a explorar como os
paradigmas da ciência têm se expressado no campo da Saúde Pública e Saúde
Coletiva/ Medicina Social.

Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social: Paradigmas Científicos

Numerosos estudiosos têm se lançado a examinar os paradigmas que


direcionaram a construção científica nos últimos séculos e a pertinência, ou
adequação, dos mesmos na atualidade. Sem deixar de apontar os limites
externos destes paradigmas, representados pela insuficiência em atender às
demandas trazidas pelos contextos sociopolítico e cultural, Santos (2012)
observa fraquezas dentro do contexto epistemológico que vêm pondo em
cheque esses paradigmas. Assinala que as convenções do paradigma
dominante, positivista, já não condizem com o acúmulo científico, inclusive das
ciências naturais. De forma bastante sintética, abreviaremos a aguda

21
caracterização do paradigma dominante traçada pelo autor ressaltando: a
ascendência das ciências naturais sobre as sociais, a marcada separação entre
ciência e senso comum, a pretensão de alcance da verdade e de controle da
natureza, a defesa acrítica do rigor científico, exercido através de medições, a
busca por leis e causalidades, e a redução da complexidade, dada por meio de
divisões e classificações. Boaventura salienta que estas convenções, embora
originárias das ciências naturais, por revestirem-se de aura de legitimidade,
terminam por transmitir-se às ciências sociais.

O autor, ao tecer críticas ao paradigma dominante, como a suposição da


neutralidade do conhecimento ou a artificialidade da disjunção entre sujeito e
objeto, atesta que sua crise é, não apenas profunda, mas também irreversível.
Em contraposição, qualifica o paradigma emergente como aquele que almeja a
superação da distinção entre ciências sociais e naturais, não direcionada a uma
ciência unificada, mas sim a uma ciência que se reconheça como construção
social, admitindo a incerteza, a inter-relação entre o conhecimento e o
autoconhecimento e o diálogo com o senso comum.

O campo da Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social erigiu-se


sobre mais de uma disciplina, herdando e trabalhando com conhecimentos
advindos tanto das ciências naturais como das ciências sociais. Sobre a
superação rumo à integração entre as disciplinas, Czeresnia (2008) assinala que
“seria encontrar um vínculo capaz de unificar epistemologicamente esses
distintos níveis de realidade, sem desconsiderar descontinuidades, emergências
e originalidades entre eles”. (p. 1114)

Schramm e Castiel (1992) atribuem a “crise da epidemiologia” à aspectos


de insuficiência e crescimento. Explorando a pertinência do debate
epistemológico na epidemiologia, Samaja (1998) contextualiza a irrupção de
correntes de contestação:

“É importante insistir sobre o fato de que todos estes avanços


teóricos, somados à crise da modernidade, parecem conduzir a
uma inesperada reaparição daquilo que representou o ‘paradigma
marginal’ da modernidade: o historicismo e a dialética”. (p. 29)

E conclui:

22
“As vantagens decorrentes do renascimento do paradigma dialético
(morfogenético) consistem, precisamente, em manter aberta a
possibilidade de pensar a complexidade sem ter que lançar mão de
uma redução de um nível a outro, do social ao individual, por
exemplo”. (p. 32)

Almeida-Filho (2006), ao considerar a incorporação da perspectiva da


complexidade no campo da saúde, propõe que esta demanda uma reformulação
tanto de seus objetos conceituais como da prática da ciência, para repensar e
reconstruir seus objetos.

Prieto (2007), em artigo que aborda complexidade e metodologia e que


foi fundamental para a arquitetura deste projeto e para a formulação das
categorias com que iremos trabalhar, enuncia três perspectivas para a
investigação social, como se pode observar no seguinte quadro.

Quadro 4: Perspectivas metodológicas da investigação social

Fonte: Modificado a partir de “Perspectivas metodológicas de la investigación


social”, de Prieto (2007)
23
Saúde Pública e Saúde Coletiva/Medicina Social: Referencial Teórico

Como expusemos anteriormente, o campo da Saúde Pública e Saúde


Coletiva/ Medicina Social compõe-se da afluência de distintas disciplinas ou
áreas do conhecimento e nele se esgrimem paradigmas concorrentes. Se já
aludimos à dupla ocupação, político-institucional e acadêmica, deste campo,
cabe ainda destacar que seu ramo acadêmico comporta uma miríade de
referenciais teóricos.

Analisando os usos teórico-metodológicos correntes nas pesquisas


daquilo que denominam de subcampo das ciências humanas e sociais em
saúde, Deslandes e Iriart (2012) salientam tanto a grande variedade de
perspectivas, oriundas de diferentes disciplinas, como a fragilidade do
embasamento teórico em boa parte dos estudos por eles revisados, sugerindo
um “empirismo ateórico”. Apontam como possíveis explicações para seus
achados uma deficiente formação teórico-metodológica dos autores, facultada
pelas instituições de educação nesta área.

Recuperando a ideia de campo como espaço de lutas, Barbosa (2011)


reflete sobre o papel das teorias sociais neste embate e sobre sua repercussão
na produção acadêmica no campo da saúde. Do texto da autora, pode-se
depreender que a preeminência de certas teorias sociais sobre outras, ou até
mesmo a aparente ausência destas, relaciona-se intimamente com os contextos
sociopolítico e acadêmico. Assim, afirma que o entendimento de como e porque
se processou a neutralização do conhecimento crítico passa por “analisar as
políticas científica e educacional que vêm regendo os processos de trabalho e a
produção científica nas instituições públicas de ensino e pesquisa nas últimas
décadas”. (p. 12). Alerta também para as “relações obscuras entre recursos
públicos e privados” e para a ingerência de agências internacionais, que se
perpetra através de linhas de financiamento. Deste modo, alinhava as
interseções entre os contextos acadêmico e sociopolítico. Sobre este último, frisa
que “os meios técnicos e as instituições orientadas para a acumulação capitalista

24
possibilitaram a produção, reprodução e circulação de formas simbólicas numa
escala antes impensável”. (p. 15)

Voltando-se para as teorias sociais como tal, Barbosa (2010) pontua que
o marxismo serviu de importante referência teórica no campo da Saúde Coletiva
até fins da década de 1980. Faz uma ressalva neste ponto, dizendo que outras
perspectivas interpretativas do marxismo, calçadas no referencial dialético e
relacional, sempre estiveram dadas, mesmo em seu próprio campo contra-
hegemônico.

Segundo a pesquisadora, a partir da década seguinte e até nossos dias,


este referencial teórico foi se esvanecendo do campo da saúde. Indica que, se
este fato se deveu a “causas políticas reais e concretas”, não deixou de ser
reflexo do avanço do neoliberalismo.

A perda de instrumentos teóricos críticos abriu espaço para a profusão de


teorias da pós-modernidade que, de acordo com a autora, “fragmentam a
abordagem e o enfrentamento do capitalismo enquanto totalidade social,
reduzindo a compreensão das relações sociais a práticas discursivas”. (p. 11)

Essas teorias são retratadas por Breilh (2010) como “un posmodernismo,
definido acá como conservador, que enfiló su mayor esfuerzo a deconstruir los
llamados metarelatos de emancipación y oponerse a toda noción de totalidad.
(…)”. (p. 108)

Saúde Pública e Saúde Coletiva/Medicina Social: Produção Científica

Depois de termos delineado a Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina


Social como campo e detectado os paradigmas e referencial teórico que nele
vêm se desenvolvendo, voltaremos nossa atenção para alguns aspectos que
têm envolvido sua produção científica, para que posteriormente possamos ter
maior clareza ao dirigirmo-nos especificamente à produção sobre Determinação
e Determinantes Sociais da Saúde.

A Saúde Pública e Saúde Coletiva/ Medicina Social como campo, garante


seu grau de autonomia, que, como enunciamos anteriormente, é relativamente
25
baixo, através de suas próprias leis, formuladas e ratificadas pelos pares. É
indicativo de ruídos dentro desse campo que autores venham externando suas
preocupações tanto com os rumos da produção como com as interferências que
esta tem experimentado.

Camargo (2010), ao estudar as diferenças entre os padrões da produção


científica brasileira publicadas em revistas de grande circulação, encontrou clara
predominância da epidemiologia sobre as áreas de ciências sociais e humanas
em saúde e planejamento. O autor enxerga aspectos epistemológicos e de poder
acadêmico como forças motrizes deste resultado e alerta que “há diferenças
estruturais importantes e incontornáveis na forma de produção intelectual das
diferentes subáreas da saúde coletiva” (p.5). Adverte ainda que os processos
avaliativos adotados pelos pares dentro do campo da Saúde Pública/ Medicina
Social pode comprometer seu perfil multidisciplinar. As críticas de Camargo
dialogam não só a concepção de campo como espaço de forças de Bourdieu,
como também com a primazia das ciências naturais sobre as sociais formulada
por Boaventura em suas considerações sobre o paradigma hegemônico.

Essa hegemonia, sustentada pelos que detém o capital científico


institucionalizado, encontra brechas para sua perpetuação através da pressão
por produtividade. Luz (2005) toma produtividade como categoria de análise da
relação entre condições de trabalho e o ato de produzir. A autora, além de
apontar que o desrespeito aos ritmos e valores traz prejuízos para a saúde física
e mental dos pesquisadores, assinala os danos se estendem para a produção
em si. Em suas palavras, a produtividade “tende, no longo prazo, a ferir o próprio
coração (hard core) ou a fonte seminal de todo esse sistema de produção de
conhecimento, que é a criatividade, origem da inovação.” (p. 42)

Luz (2005) também alega que a pressão por produtividade afeta as


atividades docentes e a produção “comprometida com a situação social e
tecnológica do país”. De outra forma, poderíamos colocar que essa pressão vem
reforçar os paradigmas da ciência normal, ao realçar a cisão entre instituições
científicas e sociedade e impedir avanços, cumulativos ou reflexivos e
epistemológicos.

26
Castiel e Sanz-Valero (2007) ponderam que a profusão de artigos
científicos se acompanha do acirramento das disputas entre pesquisadores para
a obtenção de financiamento e para a publicação de seus resultados. Se, a
aceleração do ritmo de produção pode conduzir autores a abdicarem de
preceitos éticos, também faz com que o pesquisar se afaste de suas finalidades.
De acordo com os autores:

“Tal panorama não parece se refletir proporcionalmente em


melhorias correspondentes nos quadros sanitários – como se
houvesse uma desmesurada produção acadêmica que mal altera
a precariedade da situação de saúde de muitos rincões deste
mundo”. (p. 3042)

Uma vez que traçamos um panorama do campo da Saúde Pública e


Saúde Coletiva/ Medicina Social e sua produção, enfocaremos agora a produção
científica própria sobre Determinação e Determinantes Sociais da Saúde.

Determinação Social do Processo Saúde- Doença e Determinantes


Sociais da Saúde

Foi necessário que visitássemos a Saúde Pública e Saúde Coletiva/


Medicina Social na América Latina como campo científico, sua trajetória, seus
projetos em disputa, paradigmas, referencial teórico e contexto de produção para
que pudéssemos, ao prosseguir para a Determinação e Determinantes Sociais
da Saúde, entender como todos estes aspectos se condensam dentro destes
modelos teóricos.

Para que apresentemos a proposta de categorização de Determinação e


Determinantes com que trabalharemos neste projeto, resumiremos reflexões
sobre determinismo, indeterminismo, determinação e determinantes sob o
prisma da filosofia. Exibiremos, então, como autores enxergam as diferenças
entre Determinação e Determinantes Sociais da Saúde e, finalmente,
ofereceremos nossa concepção destes modelos teóricos.

27
Determinismo, Indeterminismo, Determinação e Determinantes

Como já dissemos anteriormente, dentro da Saúde Coletiva/ Medicina


Social latino-americana, autores de várias nacionalidades e diferentes inserções
profissionais têm coincidido ao tecer críticas ao relatório sobre Determinantes
Sociais da Saúde elaborado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em
2005. Apesar de reconhecerem certo avanço ao retomar o debate sobre a
relação entre o perfil de saúde e adoecimento e aspectos sociais, vozes latino-
americanas, como Navarro (2009), Nogueira (2009) e Peñaranda e Rendón
(2013), vêm alertando para as limitações teóricas, intenções políticas e,
consequentemente, implicações sociais que acompanham o relatório da OMS.
Com o objetivo de alinhavar a concepção teórica de Determinantes Sociais de
Saúde trazida pela OMS e contrapô-la ao arcabouço teórico que sustenta a
Determinação Social da Saúde, de acordo com a construção latino-americana,
iremos nos dedicar, ainda que brevemente, a analisar como a filosofia e a ciência
entendem determinismo, indeterminismo e determinação, e como estas
categorias se relacionam com Determinantes e Determinação Social da Saúde.
Ao examinar o documento sobre Determinantes Sociais da Saúde da
OMS, Nogueira (2009) atenta para a carência de densidade teórica do relatório.
Segundo o autor, a OMS falha ao não definir Determinantes Sociais da Saúde,
remetendo vagamente a uma ideia de causa ou causalidade social. O autor
avalia que o relatório assume “social” como um fator a mais, e não como algo
que englobe as dimensões biológica, ambiental e genética da vida e saúde
humanas. É contundente ao afirmar que o relatório “fala do social sem
compreendê-lo”, sendo portanto, “pseudossocial”. Assim, a saúde perde tanto
seu caráter de processo, como mais especificamente de processo social, o que
revela a concepção biomédica da saúde que jaz implícita no documento, que se
presta a obscurecer os papéis da estrutura social e das condições de vida.
Aponta que sua fragilidade reside na ausência de uma teoria social que o
respalde, apoiando-se somente na empiria, herança do positivismo, e recaindo
no determinismo.

28
O determinismo é ressaltado como traço fundamental da concepção de
Determinantes Sociais da Saúde da OMS também por Arellano, Escudero e
Carmona (2008), Breilh (2010), Peñaranda e Rendón (2013) e Restrepo-Ochoa
(2013). Todos estes autores localizam o determinismo presente na concepção
da OMS como reflexo da adoção dos paradigmas científicos hegemônicos.
Recorrendo a uma perspectiva histórica para entendermos como o determinismo
veio a posicionar-se no cerne da ciência moderna, sintetizaremos algumas das
principais colocações feitas por Peñaranda e Rendón (2013) ao explorarem a
tensão determinismo/ indeterminismo dos gregos até a atualidade.
Concentrados em esclarecer como sujeito e sua relação com a natureza,
liberdade humana, causalidade e acaso foram representados na filosofia e na
ciência em diferentes momentos históricos, estes autores colombianos iniciam
seu panorama com os filósofos pré-socráticos. Os autores identificam duas
visões contrárias entre os pré-socráticos: a monista, na qual se propõe a unidade
do ser e o pensar e que concebe a realidade como estática e determinada em
todos os aspectos; e a pluralista, para a que existem vários princípios e que
concebem um universo em movimento.
Platão, buscando uma margem de liberdade dentro do determinismo,
aventa a dualidade tanto da realidade, entre física e das ideias, como do ser
humano, entre um corpo mortal e uma alma imortal, bem como do conhecimento,
entre verdadeiro, das ideias ou episteme e sensível, doxa, elaborado através dos
sentidos. Aristóteles, por sua vez, lida com a questão sugerindo a unidade de
corpo e alma, sendo o primeiro, matéria e a segunda, forma, e, simultaneamente,
o determinismo do mundo físico em oposição à indeterminação da vontade, onde
caberia a liberdade humana. Os estoicos, entendendo a realidade de forma
monista, a partir da união entre logo e cosmos, situavam a ética dentro de
horizonte naturalista, no qual a ordem espiritual não se isola da ordem corporal.
Se, ao analisarem a Idade Média, os autores apreendem o alcance do
cristianismo ao imprimir uma concepção determinista teológica, Peñaranda e
Rendón, ao se deslocarem para a modernidade, encontram neste período as
chaves que permitem conectar o desenvolvimento das ciências naturais, os
paradigmas positivistas e o determinismo que ainda se infiltra nas concepções
científicas atuais, inclusive no que tange aos Determinantes Sociais da Saúde,
como proposto pela OMS. A essência das premissas dos autores encontra-se

29
no vínculo entre a busca de leis que permitam explicitar as causas que regem ou
configuram o universo e a noção de que estas leis são as que terminam por
determinar a realidade. O determinismo inerente a este modelo científico, que se
projeta para além das ciências naturais com a hegemonia do positivismo, é
refutado por, entre outros, Hegel. Por identificarmos a transcendência dos
enunciados de Hegel para a formulação da Determinação Social da Saúde,
procuraremos condensar a profundidade e complexidade de seu pensamento
em algumas poucas linhas.
Ainda segundo Peñaranda e Rendón, Hegel, expoente do idealismo
alemão, vale-se da dialética para suplantar a causalidade em favor da mediação.
Esta perspectiva abre espaço tanto para o enriquecimento da compreensão da
relação entre o ser humano e a natureza, como para a liberdade, através da
relação do ser humano, não só com a natureza, mas também consigo mesmo.
Os princípios de que o desenvolvimento implica em movimento, passando
de um ser em potência para a expressão desta potência são o esteio das ideias
de Hegel. O filósofo caracteriza três momentos desta dinâmica: o momento
abstrato, do ser em si, da potencialidade ainda por desenvolver-se e, por isso,
abstrato e unilateral; o momento dialético, do ser determinado, no qual se plasma
a negação da potencialidade em favor de sua expressão, através de
determinações opostas; e, por fim, o momento especulativo ou positivo racional,
do ser para si, a partir da superação e solução das determinações contrapostas,
e que dá margem a novos dinamismos e contradições.
Percebe-se que Hegel, borrando o enquadramento positivista de causa e
efeito, postula a o processo de determinação através de mediações, intrínsecas,
que se referem às potencialidades como características que conferem identidade
ao ser, e extrínsecas, entre o ser e as determinações. Peñaranda e Rendón
sintetizam da seguinte forma:
“”Algo” se puede reconocer como aquello que preserva su
identidad- o, en efecto, logra y establece su identidad en el proceso
de ser y devenir en otro”. (p. 51)
Restrepo-Ochoa (2013) concebe a determinação como uma alternativa
para a superação da tensão entre determinismo e indeterminismo. O autor
aponta que, se uma construção determinista da ciência, tal como no positivismo,
enseja limitações, um ponto de vista que se inscreve por meio do

30
indeterminismo, como trilhado pela física quântica, não deixa de fazê-lo. Indo ao
encalço das implicações éticas e metodológicas das molduras científicas, em
particular no campo da saúde, o autor frisa os entraves que uma concepção
baseada no indeterminismo traz, ao trabalhar com probabilidades e acaso, ou
azar, desprovendo-se de capacidade explicativa e restringindo a liberdade
humana. Ainda assim, reconhece as contribuições daqueles que se dedicaram
às teorias da complexidade no intuito de superar este impasse e buscar um
entendimento da realidade que não reduzisse sua complexidade, entre os quais
cita a Popper, Munné e Prigogine. Peñaranda e Rendón chegam a encontrar
semelhanças entre as asserções de Hegel e Popper.
Ao abordar os fundamentos filosóficos de causa e determinação,
Nogueira (2010) distingue quatro concepções de determinação: “relação
meramente empírica de causa e efeito, validada por métodos estatísticos; a lei
universal que relaciona um evento a outro no tempo, como causa e efeito; a
especificação de um conceito de modo dialético e que origina o real como
‘concreto pensado’; e o fundamento histórico da compreensão do ser dos entes
enquanto physis, criatura ou objeto”. Utilizando Kant, Hegel, Marx e Heidegger
como interlocutores, o autor aponta que o conceito de determinante não
representa mais que um fator empírico causal e conclui:
“Por isso, falar atualmente em ‘determinantes sociais da saúde’,
sem que estes estejam vinculados a conceitos gerais, ou seja, a
uma teoria acerca do que é sociedade e do que é saúde, é algo que
só é possível com base numa linguagem de moldes positivistas,
que é sempre tanto antikantiana quanto antimarxista”.
Fleury-Teixeira (2009) aquiesce com Nogueira (2010) ao interpretar que
a compreensão da Determinação Social da Saúde requer a assimilação prévia
tanto da determinação social dos indivíduos como do conceito de saúde com o
qual se trabalha. Breilh (2010) ainda amplia a questão, propondo que se trabalhe
com a determinação social da vida, e não apenas da saúde. Já Almeida-Filho
(2010), apropria-se da teoria da determinação de Bunge para, no esforço de
superar a ideia de causalidade, propor determinação como conceito geral, que
poderia subdividir-se em determinação causal, dialética ou estrutural, por
exemplo.

31
Breilh (2010) também se afilia à noção de determinação de Bunge, e
acrescenta que as bases epistemológicas da elaboração latino-americana da
Determinação Social da Saúde partiram da contestação do causalismo. A
dialética é eixo fundamental para a apreensão da Determinação Social da
Saúde, como explicita o autor:
“La salud humana y los ecosistemas son objetos que incluyen
procesos de carácter biológico socialmente determinados. Cuando
pensamos sobre dicha determinación social de la salud, si
queremos cuidar una perspectiva dialéctica que no recaiga ni en el
determinismo biológico ni en el determinismo histórico, tenemos
que trabajar las relaciones ‘social-biológico’ y sociedad-naturaleza’,
de tal manera que ninguna de las partes pierda su presencia en la
determinación.”(p. 100)

Explicitaremos a seguir as razões pelas quais acreditamos ser


indispensável demarcar as diferenças entre Determinação e Determinantes.

Determinação e Determinantes: Sinônimos?

Breilh (2013) analisando os usos das pesquisas sobre Determinação/


Determinantes Sociais da Saúde, ordena uma tipologia de perspectivas neste
âmbito, a partir da apreensão da saúde em cada uma delas. Para o autor, a
Determinação Social da Saúde aplicar-se-ia às três dimensões da saúde, como
expõe:

“Dada la conexión e interdependencia de objeto-sujeto-campo, la


categoría determinación social (ds) aplica a los tres: hay una ds del
objeto; una ds de la construcción de los conceptos y una ds de la
práctica. En cada período histórico los cambios y movimientos de
la salud como objeto, se interrelacionan con las innovaciones
conceptuales y las transformaciones de la práctica.” (p. 16)

A figura abaixo representa o entendimento de Breilh sobre a saúde.

32
Figura 3: Saúde como noção polissêmica

Fonte: Extraído de Breilh (2013)

Neste texto, o autor descreve sete perspectivas para a investigação em


Determinação e Determinantes, esclarecendo de que tradição epidemiológica se
derivam. Desta forma, contribui enormemente para a distinção destes modelos,
deixando patente que não se tratam de sinônimos, mas sim de maneiras
bastante diversas de abordagem do tema.

Quadro 5: Filiações epidemiológicas na investigação sobre


Determinação e Determinantes Sociais da Saúde

Epidemiologia tradicional Epidemiologia crítica

Causal de
transição Epidemiologia etno- Epidemiologia eco- Epidemiologia
Linear causal Ecológico-empírico Medicina Social
(epidemiologia social social crítica
social dos DSS)
Fonte: Elaborado a partir de Breilh (2013)

Breilh (2013) evidencia as divergências entre essas perspectivas através


de aspectos contidos nas três dimensões da saúde, como mostramos
anteriormente.

33
Quadro 6: Dimensões da saúde e categorias analíticas

Dimensão da saúde Categoria analítica

Ordem

Caráter do movimento
Objeto
Temporalidade

Espaço social e elementos

Identidade

Concepção e relação com a natureza

Recorte metodológico

Sujeito Elemento ativo do conhecimento

Critério de verdade

Posição ética

Paradigma geral de sustentação

Objeto estratégico de transformação

Relações sociais e ambientais no


trabalho epidemiologico

Papel da participação no
Práxis
conhecimento/ incidência

Grau de desenvolvimento da ação


intersubjetiva/ intercultural

Vínculo histórico com a práxis

Fonte: Elaborado a partir de Breilh (2013)

Embora reconhecendo a influência que a categorização elaborada pelo


pesquisador teve no desenho das categorias com que iremos trabalhar,
consideramos ser pouco prático o manejo de sete modelos teóricos, bem como
a extensa lista de aspectos a serem observados.

Tornar audíveis os ruídos que se encontram silenciados nas diferenças


teóricas entre Determinação Social do Processo Saúde-Doença e Determinantes
Sociais da Saúde é tarefa árdua e, na próxima parte deste estudo, ousaremos
delinear algumas das principais divergências.

Determinação e Determinantes: Sistematizando as Diferenças

Antes de passarmos à análise dos aspectos da Determinação Social do


Processo Saúde-Doença e Determinantes Sociais da Saúde que permitem sua

34
diferenciação, é pertinente que teçamos algumas considerações sobre o
caminho trilhado para que chegássemos à elaboração destas categorias.

Em primeiro lugar, na medida em que avançávamos na leitura dos estudos


que serviram de ponto de partida para esta discussão, fomos percebendo, cada
vez com maior clareza, que, sob a denominação de Determinação Social do
Processo Saúde-Doença e Determinantes Sociais da Saúde, não se opunham
apenas dois constructos distintos, mas sim um mosaico de concepções, com
graus variados de convergência e divergência. Assim, estamos cientes de que,
no esforço de agrupar estes conceitos, ganhamos instrumentos que podem vir a
potencializar este debate, mas, inevitavelmente, perdemos na amplitude de
proposições.

Também é importante que façamos uma ressalva quanto às


denominações adotadas. Na literatura, é possível encontrar estudos que
designam de Determinantes Sociais da Saúde proposições que chamaremos de
Determinação Social do Processo Saúde-Doença. Reconhecemos, portanto,
que autores possam discordar da nomenclatura assumida neste trabalho.

Na tentativa de abranger as dimensões políticas e acadêmicas, em suas


várias vertentes, que a Determinação Social do Processo Saúde-Doença e
Determinantes Sociais da Saúde comportam, recorremos ao auxílio de
pesquisadores que transitam entre diferentes campos de conhecimento.
Portanto, autores que discorrem sobre Determinação ou Determinantes sob o
enfoque da epistemologia, por exemplo, poderiam não se sentir contemplados
com as características político-institucionais atribuídas ao seu objeto.

Por abrigar a pretensão de ser conciso, este estudo não poderá se


estender no detalhamento de cada um dos pontos que foram utilizados para
demarcar as diferenças entre Determinação Social do Processo Saúde-Doença
e Determinantes Sociais da Saúde. Admitimos que pontos de análise igualmente
relevantes podem não ter sido incorporados.

Por fim, esclarecemos que a utilização de modelos gráficos teve como


objetivo facilitar a apreensão deste tema, complexo e que demanda abstração.
Os autores destas representações gráficas as podem ter concebido com
intenção diversa daquela que lhe é atribuída neste estudo.

35
Determinantes Sociais da Saúde

Conceber o modelo de Determinantes Sociais da Saúde como a


amálgama de modelos teóricos do processo saúde-doença predecessores pode
facilitar a apreciação de suas características e conformação. Avançando a partir
das colocações de Sabroza (2001) e Arredondo (1992), afirmamos que o modelo
de Determinantes Sociais da Saúde representa uma tentativa de acomodar e
modernizar, sem rupturas, a essência dos modelos ecológicos e suas variações.

O modelo teórico de Determinantes Sociais de Saúde é habitualmente


representado pela figura que reproduzimos.

Figura 4: Representação de Dahlgren e Whitehead (1991) para


Determinantes Sociais da Saúde

Fonte: Extraído de Buss e Pelegrini (2007)

A Organização Mundial da Saúde coloca Determinantes Sociais da Saúde


como “o conjunto das condições sociais nas quais os indivíduos vivem e
trabalham” (Solar e Irwin, 2005). Se esta definição não fala por si, é por meio
daqueles que a criticam que poderemos extrair sua essência, já registrando a
extrema dificuldade em capturar o que se recusa a se revelar.

36
Deixaremos que autores tragam suas contribuições para os aspectos que
elencamos para a apreciação deste modelo teórico.

A respeito de seu embasamento teórico, Nogueira (2009) alerta:

“O que exatamente significa ‘determinantes sociais da saúde’? Ao


ler o relatório inteiro, não se encontra uma definição para a resposta
da pergunta”. (p. 401)

E, com relação aos seus paradigmas científicos, heranças e relações


entre elementos, o autor atesta:

“O que se pretende criticar aqui é o marco teórico positivista


explicitado no relatório da OMS, que tende perigosamente para o
determinismo social, na medida em que interpreta o que é social na
saúde unicamente mediante o efeito de fatores causais, conforme
o modelo das ciências naturais e da epidemiologia tradicional”. (p.
398)

Acerca da temporalidade e centralidade adotadas pelo modelo de


Determinantes, Arellano, Escudero e Carmona (2008) caracterizam:

“Los determinantes sociales, al ser convertidos en factores pierden


su dimensión de procesos socio-históricos, expresión de formas
específicas de las relaciones entre los hombres y de ellos con la
naturaleza y, facilita su simplificación al ser entendidos y
expresados como factores de riesgo, elecciones inadecuadas de
estilos de vida, etc.” (p. 327)

Das intenções políticas do enfoque de Determinantes Sociais da Saúde,


estes três autores vislumbram:

“No se problematiza que la reducción de las desigualdades sociales


y de las desigualdades en salud tiene los límites del capitalismo en
general y de las formaciones capitalistas particulares. Es decir, no
se discuten las contradicciones entre lo “políticamente correcto”
como preocuparse de la pobreza, proponer la reducción de brechas
sociales y sanitarias y simultáneamente defender ferozmente la
economía de mercado.” (p. 328)
37
Referindo-se às aplicações político-institucionais, mas também filosóficas,
deste enfoque simplificador, Solar e Irwin (2005) questionam:
“Uma análise rígida dos determinantes sociais pode chegar à
conclusão de que, para reduzir significativamente os graus de
diferenças em saúde, são necessárias mudanças estruturais em
várias sociedades contemporâneas, como, por exemplo, o
funcionamento dos mercados e o papel de redistribuição do estado.
A CSDH está preparada para "comprar" tais ideias? Que formas de
filosofia política podem guiar suas deliberações e recomendações,
neste âmbito? A recente discussão sobre a equidade na saúde tem
sido subentendida pelos modelos de justiça social derivados de
pensadores liberais, e, em particular, o de John Rawls, para quem
a democracia liberal de mercado continua sendo o paradigma das
organizações sociais apropriadas entre "povos bem-organizados".
As ideias de Rawls (e a democracia liberal em si, onde quer que
exista) claramente ainda têm muito a oferecer. Ainda assim, uma
análise da equidade na saúde em sociedades contemporâneas
deve ser preparada para testar e desafiar o paradigma democrático
liberal em si – tanto em nível das abstrações idealizadas por Rawls
quanto em nível das "democracias de mercado existentes na
realidade". (pp. 7-8)

Trataremos de um modelo teórico que busca apreender as causas


estruturais do processo saúde-doença a seguir.

Determinação Social do Processo Saúde-Doença

Optamos por desmembrar a Determinação Social do Processo Saúde-


Doença em duas categorias: Determinação Estrutural e Determinação
Estrutural-Relacional. Tomamos a liberdade de batizá-las desta maneira para
enfatizar o eixo central da proposição de análise das relações entre o processo
saúde-doença e sua determinação social. Esta nomenclatura, que sabemos não
encontrar respaldo na literatura, inspirou-se livremente nas contribuições de

38
Prieto (2007) no que tange ao estudo das perspectivas metodológicas da
investigação social e complexidade. Ainda que possa ser geradora de
confusões, esta divisão teve como intuito permitir uma melhor contemplação dos
avanços teóricos e metodológicos dentro do campo da Determinação Social do
Processo Saúde-Doença, no sentido de superar, paulatina e progressivamente,
suas insuficiências.

Se, para o modelo de Determinantes Sociais da Saúde, autores salientam,


entre outras fragilidades, a omissão do papel da estrutura social no processo de
saúde-doença, na concepção de Determinação Estrutural, o eixo explicativo foi
deslocado do indivíduo para o contexto sociopolítico e para a estratificação
social. Este marco teórico incorpora as categorias tratadas por Arredondo (1992)
em seu modelo histórico-social. Paim (1995) discorre a respeito destas
categorias, desenvolvidas por autores da Medicina Social/ Saúde Coletiva:

“A partir da estruturação das classes sociais nas diferentes etapas


do desenvolvimento do capitalismo, os indivíduos se submetem a
formas distintas de inserção na estrutura ocupacional disponível
que conforma o mercado de trabalho (ou delas são excluídos), bem
como a um dado modo de vida. Na medida em que os
trabalhadores encontram postos nesse mercado, vendem sua força
de trabalho em troca de um salário (ou remuneração) que influi no
seu modo de vida. Este pode ser decomposto analiticamente em
condições de vida, garantidas diretamente por seus rendimentos
ou indiretamente através de políticas públicas que asseguram a
distribuição dos bens de consumo coletivo, e em estilo de vida,
enquanto conjunto de comportamentos, hábitos, atitudes, etc. O
mercado de trabalho estabelece ainda as condições de trabalho
(apesar da ação reguladora do Estado), às quais são subordinados
os trabalhadores, capazes de gerar problemas de saúde.
Relaciona-se com o processo de trabalho, enfim, o fato de que, na
dependência do tipo, da intensidade, da insegurança, este produz
acidentes e outras doenças ocupacionais. Por conseguinte, o perfil
epidemiológico da população, enquanto componente da situação
de saúde, é determinado, de um lado, pela estrutura de produção

39
(inserção na estrutura ocupacional), em especial, por meio do
processo de trabalho e das condições de trabalho; de outro, pela
estrutura do consumo (modo de vida) que, juntamente com a renda
auferida no mercado de trabalho, conforma as condições e o estilo
de vida”. (grifo do autor) (s. p.)

Como apoio gráfico, reproduzimos a figura, elaborada por Diderichsen e


Hallqvist em 1998, por considerarmos que se trata da ilustração que mais se
aproxima do enquadramento teórico adotado por este modelo.

Figura 5: Representação de Diderichsen e Hallqvist (1998)

Fonte: Extraído de Solar e Irwin (2005)

Apesar das potencialidades que a incorporação destas categorias de


análise aporta, Paim (1995) também alude “a problemas conceituais e
metodológicos não solucionados que dificultam o teste de seus modelos teóricos
em situações concretas (...)”. (s.p.) e adverte que, em certos casos, estudos que
buscaram apropriar-se destes conceitos justapuseram “ao referencial teórico
marxista métodos e técnicas comprometidos com a Epidemiologia Clássica.”
(s.p)

A respeito dos avanços e insuficiências que residem neste modelo,


tomaremos as palavras de Fleury-Teixeira e Bronzo (2010) à guisa de síntese:

“Há ainda grandes lacunas no conhecimento dos nexos, dos


processos, das determinações em sua microbiologia, assim como
em sua micropsicologia e microssociologia. Todos são, por sua
40
vez, campos em que é necessário desenvolver esse conhecimento.
O que se deve perceber, no entanto, é que há evidência suficiente,
seja ela empírica e imediatamente acessível a todos nós em nossa
vida cotidiana, ou ainda que ela seja acumulada historicamente e
detalhada epidemiologicamente, para que não haja espaço para
dúvida razoável no âmbito social sobre a determinação social da
saúde e suas implicações concretas na vida das pessoas”. (p. 43)

Atentando para o fato de que “no se ha resuelto suficientemente la trama


teórico-metodológica” (p. 331) deste modelo, Arellano, Escudero e Carmona
(2008) identificam desafios na elaboração dos processos de
articulação/subsunção entre o social, o ecológico e o psicobiológico, nos limites
das teorias sociais para compreender a relação entre indivíduo e sociedade e na
assimilação da complexidade e da transdisciplinaridade.

A formulação do próximo modelo teórico, Determinação Estrutural-


Relacional, teve como intuito sistematizar os pontos que conquistariam a
superação destes entraves, para que se pudesse, de acordo com Fleury-Teixeira
e Bronzo (2010), “encontrar uma determinação social da vida individual desde a
produção material, mas não pelo determinismo monocausal e mecânico.” (p. 44)

Conservando as conquistas do modelo anterior e mantendo a


centralidade na sociedade, através de seu contexto sociopolítico e estrutura
social, este modelo transcende seu antecessor ao buscar revelar aspectos
contidos nas fibras da estrutura social, ao esmiuçar as mediações entre o
contexto geral e o plano individual. Reconhecendo que não será possível, neste
momento, desenvolver todo o instrumental teórico que sustenta a Determinação
Estrutural- Relacional, apenas assinalaremos algumas contribuições de autores
que se fazem indispensáveis para a compreensão deste modelo.

Se já trouxemos a colocação de Breilh (2010) sobre a importância da


dialética para a Determinação Social do Processo Saúde-Doença, ainda falta
que rascunhemos apontamentos a respeito da subsunção. De acordo com o
autor, é por meio desta que haveria a inter-relação entre o social e o biológico,
que descreve como:

41
“(...) cambio permanente del patrón de transformaciones mutuas
que se establece entre aquellos y el ambiente, pero en este cambio
incide la determinación social; eso es lo que queremos decir al
sostener que lo biológico se desarrolla bajo subsunción a lo social.”
(p. 101)

Breilh (2010) evoca a colaboração de Samaja ao incorporar a reprodução


social no âmbito da saúde. Samaja (2000) retrata a reprodução social como
processo, com quatro dimensões, biológica (bio-comunal), de autoconsciência e
conduta (comunal-cultural), econômica (societal) e ecológico-política (estatal),
em que “cada um desses quatro processos reprodutivos contém os outros como
insumos ou condições de sua realização.” (p. 74)

Segundo Castellanos (1987) reprodução social passaria por:

“(...) reproduzir os homens significa reproduzi-los biologicamente e


reproduzir suas relações ecológicas, mas também reproduzir suas
formas de consciência e conduta, tal como suas relações
econômicas mediadas pelo processo de trabalho. A este processo
se denomina reprodução social.” (grifo do autor) (p.8)

Ainda para Castellanos (1990), as relações dialéticas entre os planos


geral, particular e singular se desenvolveriam através de processos de
determinação e condicionamento.

Para este modelo teórico confluem, portanto, tanto os esforços no plano


acadêmico de absorver ideias provenientes da complexidade, da dialética, de
teorias sociais comprometidas como, no plano político e institucional, de
melhorara não só as condições de saúde, mas de vida, em um sentido amplo.

42
Figura 6: Planos e processos de determinação e condicionamento

Geral

Particular

Singular

Determinação Condicionamento

Fonte: Elaborado a partir de “Explicação de problemas de saúde”, de Castellanos


(1990)

Oferecemos, no quadro da próxima página, a síntese de alguns pontos


que julgamos serem primordiais nesta discussão. Mesmo reconhecendo que a
formulação de diferentes categorias representa meramente um recurso
acadêmico, que poderia, não só restringir a riqueza do debate sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, como também ser injusta com
diversos autores que, há mais tempo e com maior propriedade, vêm discorrendo
sobre o tema, justificamos sua elaboração imbuídos do mais sincero desejo de
contribuir para o avanço em sua compreensão

43
Quadro 7: Características de diferentes abordagens teóricas sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Determinação
Determinantes
Estrutural Estrutural- relacional

Representação
Dahlgren e Whitehead Diderichsen e Hallqvist Própria, a partir de Castellanos
gráfica

Centralidade Indivíduo Estrutura social Estrutura e relações sociais

Relações entre Mediada pela estrutura social e suas


Inexistente Mediada pela estrutura social
fatores interrelações

Dinâmico na produção da estrutura social Dinâmico na produção da estrutura social


Temporalidade Estático
Relações estáticas Relações dinâmicas

Intervenções de Desarticuladas, aspectos isolados da vida Integradas, organização e relações


Integradas, organização da sociedade:
acordo com a social dos indivíduos, estilo de vida sociais: contexto sociopolítico, relações
contexto social e das políticas
centralidade individual sociais, condições materiais biopsíquicas
Busca a complexidade de forma
Simplificador Apropriação da complexidade
Enfoque científico reducionista
Somatório de disciplinas isoladas Apropriação da transdisciplinaridade
Aproximação da complexidade

Aplicação científica Fornecer dados sobre a realidade Conhecer a realidade Compreender a realidade

Saúde coletiva/ medicina social latino-


Saúde coletiva/ medicina social latino-
Saúde pública, epidemiologia tradicional, americana, medicina comunitária,
Heranças americana, medicina comunitária,
clínica, positivismo materialismo-dialético, complexidade,
materialismo-dialético
transdisciplinaridade
Somatória de indivíduos, carece de Características próprias, apresenta Características próprias, apresenta
População estrutura, relações ou características estrutura social, moldada pelo contexto estrutura social, moldada pelo contexto
próprias sociopolítico sociopolítico e relações sociais

Relações entre as relações


Espaço em que Relações entre os elementos
Elementos do sistema social Mudanças de estrutura
opera (estrutura)
Sistemas dinâmicos

Contexto da Ditaduras militares Contestação dos efeitos da globalização e


Longitudinal
elaboração Desenvolvimento dependentista políticas neoliberais

Grupos e instituições, acadêmicos e Grupos e instituições, acadêmicos e Grupos e instituições, acadêmicos e


Adotado por quem
políticos, conservadores políticos, engajados políticos, engajados

Intervenções pontuais e desarticuladas


Aplicações Intervenções processuais e articuladas Intervenções processuais e articuladas
Ações setoriais, principalmente no setor
sociopolíticas Intersetorialidade Intersetorialidade
saúde
Diálogo entre Estado, academia e
Separação entre Estado, academia e Diálogo entre Estado, academia e
sociedade
Atores e espaços sociedade sociedade
Atores coletivos no espaço sociopolítico e
Indivíduos: atores apenas no estilo de vida Atores coletivos no espaço sociopolítico
relações sociais
Denúncia e eliminação de situações
Denúncia e eliminação de situações
Mitigação de situações de saúde adversas
Intecionalidade adversas
adversas Manutenção da ordem social Transformação da ordem e relações
Transformação da ordem social
sociais

Fonte: Elaborado pela autora

44
CAMINHOS PERCORRIDOS PARA A ANÁLISE DA PRODUÇÃO
ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE DETERMINAÇÃO/
DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DE 1990 A 2014

A parte empírica de nossa dissertação, feita através de revisão


bibliográfica, procura compreender com quais modelos teóricos a produção
acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde vem
trabalhando e como a construção latino-americana sobre este tema a tem
influenciado. Para tanto, identificamos esta produção, de 1990 a 2014,
analisamos, nos estudos selecionados, elementos relativos ao contexto de
produção e ao modelo teórico adotado e verificamos em cada conjunto de
estudos, agrupados por décadas, convergências e divergências dentro do
espectro de modelos teóricos sobre Determinação/ Determinantes Sociais da
Saúde.

Iriart e colaboradores (2002) colocam que o ponto de partida para a


investigação é a formulação teórica do problema a ser abordado, sendo que os
métodos e técnicas se subordinam à lógica analítica dos processos dinâmicos
considerados em conjunto, e não o contrário. Procuramos elaborar nosso
método em consonância com este princípio. Faremos uma descrição minuciosa
do caminho que construímos por entender que sua singularidade, já que foi
idealizado especificamente para atender aos objetivos deste projeto, pode
discrepar dos recortes habitualmente utilizados.
Para a realização da revisão da literatura, foi escolhida a Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS). Este sítio virtual nos pareceu o mais adequado para nossa
busca por congregar estudos de todos os países latino-americanos, além de
outros países de língua portuguesa. A Biblioteca Virtual em Saúde oferece a
possibilidade de alcançarmos várias bases de dados simultaneamente, como
LILACS, IBECS, MEDLINE, Biblioteca Cochrane e SciELO. Uma vez que nosso
objeto de estudo é a produção acadêmica latino-americana e brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, sítios virtuais como a BVS, por
abranger grande número de estudos, de vários países, e por facilitar o acesso a
estes documentos, tornam-se imprescindíveis. Entretanto, reconhecemos que a
translação de estudos científicos para meios virtuais é um fenômeno ainda

45
recente, e que vem se dando de forma desigual entre distintos periódicos, bases
de dados e países. Este fato talvez seja o maior limitador de nosso estudo e
estamos cientes de que pode vir a afetar de modo incontornável os achados do
presente projeto. Ainda assim, optamos por seu uso, já que de outro modo seria
impossível acomodar o recorte de comparação entre vários países e décadas.
Como expusemos anteriormente, a produção latino-americana sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde teve seu início na década de
1970, consolidando-se na década seguinte. Como também a BVS aparece na
década de 1980, decidimos nos dedicar ao estudo da produção acadêmica de
1980 até outubro de 2014. Antes de nos convencermos deste recorte temporal
e tentando incorporar os estudos pioneiros da década de 1970, fizemos uma
busca na Pubmed, base de dados cuja inauguração deu-se na década de 1960.
Mas, ao nos depararmos com um número de estudos muito inferior ao
encontrado na BVS, utilizando-se os mesmos critérios de busca, descartamos a
opção de nos valermos da Pubmed como base de dados para nossa pesquisa.
Através da própria BVS, podemos acessar o Portal Determinantes Sociais
da Saúde. Trata-se de um sítio de volumoso acervo, mas que, por alguns
motivos, mostrou-se impertinente para nosso projeto. Por ser um campo de
concepções em disputa, sobre as quais, precisamente, nosso estudo pretende
jogar luz, a utilização de um portal cuja organização das publicações (em quatro
grupos separados: Condições Socioeconômicas, Culturais e Ambientais;
Condições de Vida e de Trabalho; Redes Sociais e Comunitárias e Estilo de
Vida) obedece a um referencial teórico, hegemônico, como faz-se necessário
esclarecer, poderia enviesar e obscurecer outras concepções sobre o tema,
como a de Determinação Social do Processo Saúde-Doença, o que prejudicaria
em demasia nosso trabalho.
A BVS também disponibiliza um enlace para buscas sobre Determinantes
Sociais da Saúde, uma busca por palavras, utilizando-se a expressão
(((tw:"determinantes sociales" or tw:"determinante social" or tw:"social
determinants" or tw:"social determinant" or tw:"social macro determinants" or
tw:"macrodeterminantes sociales" or tw:"determinantes sociais" or
tw:"macrodeterminantes sociais") and (tw:health or tw:salud or tw:saude)) and
not animais). Tomamos o cuidado de comparar o resultado oriundo da busca
sugerida por meio desse enlace da BVS e percebemos que nossa busca permitiu

46
que encontrássemos uma quantidade significativamente maior de estudos, razão
pela qual rejeitamos a ideia de construir nosso trabalho através da utilização
desse enlace.
Estabelecido que faríamos nossa busca no corpo principal de acervo da
BVS, procuramos definir os descritores, ou palavras, que utilizaríamos. Em um
primeiro momento, detivemo-nos a analisar os descritores à disposição nos
DeCS (Descritores em Ciências da Saúde). Durante a construção do projeto, em
2013 e no início de 2014, constatamos que nem Determinação, nem
Determinantes Sociais da Saúde eram apresentados como descritores.
Pelas razões acima expostas, nossa primeira busca na BVS foi realizada
por palavras, percebendo as dificuldades que esta escolha poderia trazer para
nosso projeto. Depois de experimentar numerosas combinações, optamos por
tw:((Determina* Socia* AND (saúde OR salud OR doença OR enfermedad OR
health OR disease OR illness OR sickness)), ao verificarmos que o uso desta
expressão permitia um resultado superior à soma das buscas com estas mesmas
palavras, mas separadamente, em português, espanhol e inglês e por possibilitar
que trabalhássemos tanto com Determinação como com Determinantes Sociais
da Saúde.
Em outubro de 2014, quando os 852 artigos com texto completo disponível
já haviam sido agrupados por país e década de produção e estávamos em fase
de seleção e análise dos mesmos, percebemos que a BVS incorporara
Determinantes Sociais da Saúde como descritor, fato que atesta a candência do
tema. De igual forma, não nos passa despercebido que foi adotado o termo
Determinantes, em detrimento de Determinação.
Zelando pelo rigor e atualidade desta dissertação, vimo-nos obrigados a
refazer todo o processo de busca, desta vez utilizando a combinação de
descritores (Determinantes Sociais da Saúde) OR (Determinantes Sociales de la
Salud) OR (Social Determinants of Health), o que representou atraso
considerável em nosso cronograma.
Lançamos mão dos filtros proporcionados pela BVS para refinar os
resultados encontrados e, forçosamente, nosso estudo estará moldado pelas
possibilidades e limitações que esses filtros apresentam. Um primeiro passo foi
restringir nosso universo somente aos estudos publicados em português,

47
espanhol e inglês. Em seguida, agrupamos as publicações por país de afiliação,
para todos os países da América Latina.
Finda a separação dos estudos por países, passamos a desagregá-los
por ano de publicação e, na sequência, reuni-los por décadas, a saber, 1980,
1990, 2000 e de 2010 a 2014.
Já agrupados por país e década de publicação, voltamos nossa atenção
para os tipos de estudos. Terminamos por circunscrever nosso universo somente
aos artigos, tendo que, infelizmente, deixar de lado outras formas de estudo,
como teses, dissertações e monografias, com o objetivo de reduzir o número de
estudos para que fosse possível empreender sua leitura e análise no exíguo
tempo do mestrado. Registramos nosso pesar por termos que nos desfazer de
estudos mais extensos e que viriam a engrandecer nossa análise e
consideramos que a eleição de textos breves, como artigos, pode comprometer
a visibilidade de abordagens que se esmeram em esmiuçar seu referencial
teórico, demandando, dessa forma, tempo e espaço maiores.
Escolhemos somente os artigos cujos textos estivessem disponíveis
virtualmente. Mais uma vez, não nos escapa que este recorte pode enviesar
nossos resultados, tanto no âmbito da análise teórica como nas comparações
entre décadas, mas não podemos desconsiderar que, se nossa amostra não é
capaz de captar toda a produção, representa aquela parcela que corresponde
ao que se divulga e circula.

Deste modo, para os estudos brasileiros aos quais tivemos acesso


através da BVS, obedecendo as etapas de busca já descritas, realizamos sua
análise em duas dimensões: procurando elementos que pudessem ilustrar o
contexto acadêmico ao longo das décadas e que nos ajudassem a captar os
modelos teóricos de Determinação/ Determinantes com os quais estavam
trabalhando.

Os aspectos que utilizamos para representar o contexto de produção


ainda não estavam definidos no momento da formulação do projeto e emergiram
a partir da leitura dos textos. Optou-se por trabalhar com dados que pudessem
ser extraídos dos próprios artigos. Assim, serão apresentadas e analisadas,
agrupadas por décadas, as instituições que produziram os artigos e as revistas
que os publicaram, bem como suas respectivas origens.

48
A leitura e análise dos estudos obrigou-nos a repensar o modo de
apreensão dos modelos teóricos. A complexidade desta tarefa levou-nos a
recorrer a análise quantitativa e qualitativa e a desmembrá-la em etapas: a
explicitação ou não do modelo utilizado, a citação dos autores que os
fundamentam, a utilização de conceitos auxiliares para o desenvolvimento do
modelo teórico, o objeto para o qual se usa a Determinação/ Determinantes e
seu enfoque teórico.

Tendo em mãos as análises de cada um dos estudos, estivemos aptos a


estabelecer comparações entre elas, já seja no interior de cada grupo de estudos
por décadas, como entre esses conjuntos. Por sua vez, estas comparações
internas forneceram elementos para que pudéssemos delinear convergências e
divergências na abordagem da Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde
em uma dimensão temporal, ou seja, ao longo das décadas de 1990, 2000 e de
2010 a 2014.

Quanto aos aspectos éticos, por não lidar diretamente com seres
humanos ou animais, a presente dissertação foi dispensada da avaliação pelo
Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da instituição na qual foi desenvolvida, a
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca.

49
ANÁLISE DA PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE
DETERMINAÇÃO/ DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE DE 1990 A 2014

A busca realizada na Biblioteca Virtual em Saúde em outubro de 2014,


usando a combinação de descritores (Determinantes Sociais da Saúde) OR
(Determinantes Sociales de la Salud) OR (Social Determinants of Health),
permitiu que identificássemos um total de 8.381 estudos, sendo que destes,
4.486, ou seja, 56%, contavam com texto completo disponível.

Ao separarmos este total por país de afiliação, encontramos o Brasil no


quarto lugar em ordem decrescente de produção, depois de Estados Unidos,
Canadá e Reino Unido, como pode-se observar na tabela a seguir.

Tabela 1: Número total e proporção de estudos por país de afiliação,


para todo o período

Número total de Proporção do total de


Países
estudos estudos

Estados Unidos 1.526 28%

Canadá 526 9%

Reino Unido 497 9%

Brasil 426 8%

Demais países latino-americanos 302 5%

Demais países não latino-americano 2.275 41%

Total 5.552 100%

Fonte: Dados fornecidos pela Biblioteca Virtual em Saúde

Percebe-se que o total de estudos aos quais foi atribuída afiliação por
países é bastante inferior ao volume total de estudos disponível na BVS. Se
Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, países centrais, quando reunidos,
representam 46% da produção mundial, a somatória dos 19 países latino-
americanos, com a inclusão do Brasil, alcança 13% do total.

A tabela anterior mostra que o volume da produção brasileira supera o


montante dos demais países latino-americanos. Ao voltarmos nosso olhar para
a América Latina, vemos que sete países são responsáveis por 96% do total,

50
sendo que o Brasil produziu 59% dos estudos sobre Determinação/
Determinação Social da Saúde e que Colômbia, Chile, México, Cuba, Argentina
e Peru, somados, contribuíram com 37%, como pode-se constatar na tabela 2.

Era de nosso interesse entender como o peso de cada país latino-


americano variou ao longo das décadas. Entretanto, a impossibilidade de acesso
aos estudos da Colômbia, México, Panamá, Bolívia e Nicarágua impediu que
pudéssemos contabilizar a produção destes para cada década. Ainda assim,
por julgarmos pertinente uma perspectiva temporal, mesmo que incompleta,
apresentaremos a tabela com os dados que pudemos obter demais países.
Observa-se um aumento no volume da produção para todos os países, com a
manutenção das desigualdades entre eles.

51
Tabela 2: Total de estudos por países latino-americanos, por décadas, e proporção de estudos por país, para todo o período

El Salvador

Dominicana
Costa Rica

Guatemala
Venezuela

Nicarágua

República
Colômbia

Argentina

Honduras
Paraguai

Equador

Panamá
Uruguai
México

Bolívia
Brasil

Cuba

Total
Chile
País

Peru
Período

1980- 89 0 ? 0 ? 0 0 0 1 0 0 0 0 1 ? ? ? 0 0 0 2

1990- 99 16 ? 0 ? 1 0 0 0 0 1 0 0 0 ? ? ? 0 0 0 18

2000- 09 190 ? 16 ? 15 10 4 7 6 2 4 1 0 ? ? ? 0 0 0 255

2010- 14 220 ? 26 ? 20 16 11 1 1 2 1 2 1 ? ? ? 0 0 0 301

Somatória de todo
426 108 42 40 36 26 15 9 7 5 5 3 2 2 1 ? 0 0 0 728
o período

Proporção de
estudos por país,
59% 15% 6% 5% 5% 4% 2% 1% 1% 1% <1% <1% <1% <1% <1% <1% 0% 0% 0% 100%
para todo o
período

Fonte: Elaborada a partir de dados extraídos da Biblioteca Virtual em Saúde.

Observação: Na soma de estudos de todos os países, para cada década, não foi possível incluir os estudos da Colômbia, México,
Panamá, Bolívia e Nicarágua, uma vez que estes dados não foram fornecidos pela BVS

52
Tabela 3: Estudos brasileiros por décadas: total de estudos,
estudos disponíveis, estudos lidos e selecionados para análise

Década 1980-89 Década 1990- 99 Década 2000- 09 2010- out/ 2014 Total

Total de estudos 0 16 190 220 426

Estudos disponíveis 0 10 149 212 371

Estudos após exclusão


de repetidos/ acesso 0 9 117 154 280
pago
Estudos após leitura e
exclusão dos que não
0 9 98 100 207
abordavam
Determinação/
Fonte: Elaborada pela autora

Na tabela acima dispuseram-se os estudos brasileiros por décadas e para


cada etapa de processamento. Não se identificaram estudos para as décadas
de 1970 e 1980, motivo pelo qual não foi possível analisar a produção deste
período. Como já descrevemos no método, do total de estudos, foram
selecionados somente aqueles que contassem com texto completo disponível.
Posteriormente foram excluídos aqueles em duplicata e os que impusessem
pagamento para seu acesso, por julgarmos que tal prática fere os princípios da
produção e divulgação científica. Os 280 artigos identificados ao final desta fase,
que correspondem a 65,72% do total de estudos e a 75,47% dos disponíveis,
foram lidos na íntegra. 73 destes não abordavam Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde e, por este motivo, foram descartados. As informações
referentes aos 207 textos que foram explorados, bem como os resultados de
suas análises, podem ser consultadas nos apêndices de 1 a 6.

No gráfico 1, pode-se apreciar o aumento expressivo no volume da


produção brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde ao
longo das últimas décadas. Passa-se da ausência de estudos disponibilizados
para a década de 1980, para cerca de uma dezena no decênio seguinte, um
volume 10 vezes maior nos anos 2000 e uma tendência para a duplicação na
década de 2010, lembrando que, para este período, contamos somente com os

53
primeiros 5 anos. Destaca-se o crescimento no volume de estudos a partir de
2007.

Gráfico 1:

Fonte: Elaborado pela autora

A continuação, exibiremos os panoramas da produção brasileira sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde nas décadas de 1990, 2000 e
de 2010 a 2014, apresentando dados relativos ao contexto de produção e
divulgação acadêmica. Posteriormente, exporemos, também por décadas, os
aspectos dos modelos teóricos que foram tratados quantitativamente. E, por fim,
traremos a análise qualitativa destes modelos, considerando que as sutilezas
que envolvem os modelos teóricos que sustentam os estudos sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde não podem ser plenamente
capturadas por uma apresentação quantitativa.

54
Panorama da década de 1990

Década de 1990: contexto de produção e divulgação acadêmica brasileira


sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Partimos do pressuposto de que a abordagem dos modelos teóricos sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde sofreria a influência dos
contextos sociais e acadêmicos, variando com estes ao longo do tempo. Assim
sendo, procuramos meios para tentar capturar estas influências. Diante da
premência por obter e analisar os dados para esta dissertação, vimo-nos
obrigados a circunscrever a amplitude do que poderíamos considerar como
contextos sociais e acadêmicos a informações às quais tivéssemos acesso.
Reconhecemos, portanto, que o uso das instituições às quais os autores que
redigiram os artigos analisados se vinculam e das revistas nas quais estes foram
publicados não esgota, de forma alguma, o entendimento do contexto de
produção e divulgação acadêmicas, mas serve para trilhar um caminho possível
para alcançá-lo.

A busca na Biblioteca Virtual em Saúde realizada em 02 de outubro de


2014, realizada de acordo com os passos já descritos no método deste trabalho,
permitiu que identificássemos 10 artigos com texto completo disponível para esta
década, sendo que, após a exclusão de um documento repetido, contamos com
um total de 9 artigos para análise. Nos apêndices 1 e 2 sistematizamos os dados
destes textos.

Com relação às instituições que participaram desta produção,


observamos que todas estas são brasileiras, havendo parcerias entre elas, mas
não com instituições estrangeiras. 8 instituições foram identificadas, sendo que
a Universidade Federal da Bahia contribuiu com quase a metade da produção,
como é apresentado no próximo gráfico.

55
Gráfico 2:

Instituições às quais se vinculam os autores dos estudos


6
brasileiros sobre Determinação/ Determinantes Sociais da
Saúde, na década de 1990
4

0
UFBA Fiocruz Santa Casa UERJ UFPel UnB Unicamp USP

Fonte: Elaborado pela autora

A totalidade dos artigos desta década foi publicada em português, em 5


revistas brasileiras, como podemos constatar no gráfico abaixo.

Gráfico 3:

Revistas nas quais se publicaram os estudos brasileiros


sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde
submetidos a análise, na década de 1990
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
Rev. Saúde Pública Cad. Saúde Pública Rev. Bras. Epidemiol. Psicol. Reflex. Crit. Rev. Esc. Enf. USP

Fonte: Elaborado pela autora

56
Década de 1990: modelos teóricos da produção acadêmica brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Os artigos analisados foram classificados quanto ao seu tipo de estudo


em teóricos ou empíricos, sendo estes últimos divididos em quantitativos,
qualitativos ou de revisão. Ensaios, nesta dissertação, foram considerados
estudos teóricos. O conjunto da produção da década de 1990 apresentou
preponderância de estudos teóricos, dois terços do total, e exclusividade de
estudos quantitativos entre os empíricos, como é possível verificar no quadro a
seguir.

Quadro 8: Dados referentes ao tipo de estudo e modelo teórico na


produção acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais
da Saúde, na década de 1990

Tipo de estudo dos artigos brasileiros empírico


analisados sobre Determinação/ teórico
Determinantes Sociais da Saúde, na quantitativo qualitativo revisão
década de 1990, em números
absolutos 6 3 0 0

Proporção de estudos brasileiros


sim não
analisados que definem ou discorrem
sobre Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde, na década de 1990
33% 67%

Proporção de estudos brasileiros


analisados sobre Determinação/ Determinação Determinantes
Determinantes Sociais da Saúde, de
acordo com seu modelo teórico, na
década de 1990 56% 44%

Fonte: Elaborado pela autora

Dois terços dos estudos analisados não se detiveram a definir ou, ao


menos, discorrer sobre a concepção de Determinação ou Determinantes com a
qual estavam trabalhando. Assim, imenso foi nosso esforço para tentar identificar
o modelo teórico subjacente em cada artigo. Durante a análise qualitativa dos
estudos, iremos nos dedicar a apontar as particularidades que encontramos com

57
relação aos modelos teóricos de Determinação/ Determinantes Sociais da
Saúde. Entretanto, para fornecer elementos que facilitem a apreciação temporal
destes modelos, apresentamos, na tabela acima, a proporção de artigos que se
valem de Determinantes Sociais da Saúde ou Determinação em sua concepção
do tema.

Década de 1990: análise de conteúdo da produção acadêmica brasileira sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Entre os estudos teóricos desta década, dois deles tangenciam a


Determinação Social da Saúde ao tomar como objeto os impasses e limitações
da epidemiologia (BARATA, 1999 e BARRETO, 1998). Numa perspectiva de
crítica às ciências, nota-se o uso de conceitos de dialética, complexidade e
reprodução social, estando esta última estreitamente vinculada com a
determinação social da saúde e apontando-se o par determinação/mediação
como substituto para a causalidade (BARATA, 1999). Para o debate sobre a
crise da epidemiologia (crise de paradigma, de formulação teórica, de ruptura
com compromissos históricos, de relação com a saúde pública e de capacidade
explicativa) são convocados autores críticos da filosofia das ciências como
Prigogine, Stengers, Morin, Castoriadis e Kuhn, e pesquisadores brasileiros,
entre os quais, Almeida-Filho, Paim, Castiel e Ayres, e também latino-
americanos, como Samaja, Laurell e Noriega, que tecem reflexões sobre o objeto
e práxis da epidemiologia.

Entre os termos que se entrelaçam com Determinação/ Determinantes


Sociais da Saúde, a reprodução social é trazida como tema de discussão através
de estudo teórico que se dirige à saúde do trabalhador e gênero (AQUINO et al,
1995). Modo de vida, modo de produção e relações sociais aparecem em artigo
sobre saúde infantil e técnica de pesquisa, citando-se a Paim e Marx (DYTZ et
al, 1999). Em outro texto, também sobre saúde infantil, são abordados fatores
estressores e protetores, suporte social e mecanismos causais (MOTA et al,
1999).

58
Com diferente enfoque, um estudo teórico versa sobre fatores de risco,
hábitos, prevenção e promoção da saúde, demonstrando preocupação por uma
epidemiologia que persiga a adoção de estilos de vida saudáveis por parte dos
indivíduos (CHOR, 1999).

Ainda que exista fecunda construção teórica sobre a epidemiologia nesta


década, não se percebe sua incorporação nos estudos empíricos, nos quais
determinantes são tratados como variáveis ou fatores (PIRES et al, 1999;
AQUINO et al, 1992; WEIDERPASS et al, 1998), mesmo naqueles que procuram
operacionalizar classes sociais (WEIDERPASS et al, 1998). Em nenhum destes
artigos esclarece-se sua fundamentação teórica a respeito de Determinação/
Determinantes Sociais da Saúde. A centralidade nos indivíduos, a ausência de
relação entre os fatores, o corte estático, a esquiva em compreender processos,
fazem com que constatemos que estes estudos se aproximam do enfoque de
Determinantes Sociais da Saúde.

Panorama da década de 2000

Década de 2000: contexto de produção e divulgação acadêmica brasileira


sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Na década de 2000, observa-se que o aumento significativo no volume de


estudos analisados, perfazendo um total de 98, acompanhou-se de grande
diversificação quanto às instituições às quais seus autores se vinculam. Ainda
assim, apesar de percebermos instituições de todas as regiões brasileiras entre
as 43 contabilizadas, verifica-se marcada concentração no Sudeste e Sul. Nos
apêndices 3 e 4 encontram-se os dados dos estudos desta década.

59
Gráfico 4:

Fonte: Elaborado pela autora

Ao procurarmos identificar parcerias dos pesquisadores brasileiros com


estrangeiros na elaboração dos estudos analisados, encontramos apenas 1
artigo em que houve participação de autor vinculado a instituição latino-
americana, na Universidad Nacional de Colombia, e 14 vinculados a instituições
estrangeiras não latino-americanas, sendo 6 da London School of Hygiene and
Tropical Medicine, 3 da Universidade de Harvard, e 1 para a Agencia de Salut
Publica de Barcelona, para a Universidade de Quebec, para o Instituto Health
Norwich, para a Universidade da Carolina do Norte e para a Universidade de
Minessota.

A proporção de estudos que foram realizados por instituições


exclusivamente brasileiras, 84% do total, em parceria com instituições latino-
americanas, 1% do total, e não latino-americanas, 15% dos estudos, evidencia
o escasso intercâmbio com a produção da América Latina.

Com relação à divulgação dos estudos selecionados para esta década,


nota-se que, ainda que haja 33 revistas identificadas, sendo 24 brasileiras, 3
latino-americanas e 6 estrangeiras, não latino-americanas, persiste a

60
concentração de boa parte dos estudos em algumas poucas revistas brasileiras,
todas do Sudeste.

Gráfico 5:

Revistas brasileiras, latino-americanas e não latino-americanas nas quais foram


publicados os estudos analisados brasileiros sobre Determinação/
Determinantes Sociais da Saúde, na década de 2000
25
21
20

15

10 8 8

4 4 4
5 3 3
2 2 2 2 2 2
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0

Rev Panam Salud Publica


Cad Saúde Pública

Esc Anna Nery Enferm


O mundo da saúde

Rev Psiquiatr Clin

BMC Public Health


Rev Saúde Pública

Ciência e Saúde Coletiva

Rev Enf UERJ


Saúde Sociedade
Texto Contexto Enferm

BMC Health Serv Research

Int J. for Equity in Health


Rev Bras Epidemiol
Interface

Rev Bras de Nutr Clínica

Rev Patologia Tropical

Applied Center Research

Int Journal of Epidemiology


Archivos latinoam de nutricion
J Pediatr

Rev Soc Bras Fonoaudiol


RBAC

Rev Bras Psiquiatr


Rev Espaço para a Saúde

Bulletin of the WHO


Eisntein

Rev Latinoam Enferm


Physis Rev Saúde Coletiva

Rev Bras Saúde Matern

Rev Nutric
Braz Oral Res
Rev Eletrônica Enf

brasileiras latino- não latino-americanas


americanas

Fonte: Elaborado pela autora

Se apontamos pouco diálogo com a América Latina na produção dos


artigos analisados, o mesmo acontece com sua divulgação, com 87% dos textos
publicados em revistas brasileiras, 7% em periódicos latino-americanos e 6% em
revistas não latino-americanas.

Dos 98 estudos analisados, 81 foram publicados em português, ou seja


83%, 16 em inglês, 16% do total e apenas 1 em espanhol, contabilizando 1% do
total.

61
Década de 2000: modelos teóricos da produção acadêmica brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Nesta década, ao contrário da anterior, nota-se maior proporção de


estudos empíricos sobre os teóricos. Os artigos com desenho empírico somam
77 % do total, com 47 % de estudos quantitativos, 19% de qualitativos e 11% de
revisão, já os artigos de cunho teórico representam 23%.

Quadro 9: Dados referentes ao tipo de estudo e modelo teórico na


produção acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais
da Saúde, na década de 2000

Tipo de estudo dos artigos brasileiros empírico


analisados sobre Determinação/ teórico
Determinantes Sociais da Saúde, na quantitativo qualitativo revisão
década de 2000, em números
absolutos 23 46 18 11

Proporção de estudos brasileiros


sim não
analisados que definem ou discorrem
sobre Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde, na década de 2000
32% 68%

Proporção de estudos brasileiros


analisados sobre Determinação/ Determinação Determinantes
Determinantes Sociais da Saúde, de
acordo com seu modelo teórico, na
década de 2000 15% 85%

Fonte: Elaborado pela autora

A proporção de estudos que se dedicam a esclarecer o enfoque de


Determinação/ Determinantes com o qual operam, mantém-se inalterada em
relação à década anterior.

A hegemonia, nesta década, do modelo teórico de Determinantes Sociais


da Saúde sobre os modelos críticos é evidenciada no quadro acima.

62
Década de 2000: análise de conteúdo da produção acadêmica brasileira sobre
Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

O texto “A Saúde e seus Determinantes Sociais”, de Buss e


Pellegrini-Filho (2007), lançado no contexto da criação, no ano anterior, da
Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde, representa um
marco na formulação teórica sobre o tema, tanto por sintetizar as tendências da
produção desta década como por vir a balizar os estudos que o sucederam. Os
autores colocam que, “para a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais
da Saúde (CNDSS), os DSS são os fatores sociais, econômicos, culturais,
étnicos/raciais, psicológicos e comportamentais que influenciam a ocorrência de
problemas de saúde e seus fatores de risco na população” (p. 78, grifo nosso).
São referidas também as definições de Determinantes Sociais da Saúde
adotadas pela Organização Mundial da Saúde, para a qual os determinantes são
“as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham” (p.78, grifo nosso),
por Krieger (2001), que toma determinantes por “fatores e mecanismos através
dos quais as condições sociais afetam a saúde e que potencialmente podem ser
alterados através de ações baseadas em informação” (p.78, grifo nosso) e por
Tarlov (1996), que delimita os determinantes como “as características sociais
dentro das quais a vida transcorre” (p.78).

São citados Adler, Evans, Rose, Marmot, Susser, Whitehead e Wilkinson


e os já mencionados Krieger e Tarlov, sendo Almeida-Filho o único brasileiro e
latino-americano, além dos próprios autores. No documento, declara-se afinação
com o movimento de promoção da saúde, invocando o conceito de capital social,
e almejando “identificar onde e como devem ser feitas as intervenções, com o
objetivo de reduzir as iniquidades em saúde, ou seja, os pontos sensíveis onde
tais intervenções podem provocar maior impacto” (p. 81, grifo nosso). Assim,
tanto pelos autores com que dialoga, como por lançar uma definição que trata
determinantes como fatores, voltando-se para o controle de riscos e doenças, e
por aludir a políticas focais e mitigação de desigualdades, em detrimento de
transformações sociais, este texto produzido, sim, no Brasil e sim, na América
Latina, rompe com o acúmulo teórico conseguido até então na região e alinha-
se meticulosamente com a tradição dos países centrais.
63
Outros estudos teóricos desta década também se dedicam à promoção
da saúde e à resiliência, com enfoque que vela os transcursos que regem a
Determinação Social da Saúde e que centra sua atenção na aquisição de
habilidades e empoderamento de indivíduos e comunidades. (NORONHA et al,
2009; SILVA et al, 2008; COSTA e BRIGAS 2007; BUSS, 2000; BYDLOWSKI,
2004). Como contraponto, há reflexões críticas sobre o conceito de promoção de
saúde hegemônico, sua articulação com determinantes históricos e sua
adequação aos países periféricos (SILVA, 2008). De igual modo, encontram-se
artigos que buscam destacar os processos que conduzem às condições de vida
e de saúde, utilizando o metabolismo social como recurso explicativo (PERES,
2009; PORTO e MILANEZ, 2009).

A tensão entre a promoção da saúde e uma Determinação Social da


Saúde que advém das forças que orquestram a organização social e o repasse
integral de seu enfrentamento aos membros destas sociedades é explicitada por
Zioni e Westphal (2007) ao aludir ao “paradoxo quando, para o enfrentamento
de determinações negativas da saúde- forças oriundas de fatores econômicos,
políticos, psicológicos e mesmo genéticos, aciona-se a ação dos indivíduos e
dos grupos sociais que sofrem o impacto dessas forças.” (p.32)

Além da promoção da saúde, desigualdades e iniquidades em saúde


aparecem como motores da produção sobre Determinação/ Determinantes nesta
década, tanto em uma perspectiva acrítica como associando-se a discussões
sobre classes sociais e gênero (MOREIRA, 2007; BUSS, PELLEGRINI-FILHO,
2003; WUNSCH-FILHO et al, 2008; BARATA, 2007; NERI, SOARES, 2003;
LUDERMIR, 2008).

Entre os estudos empíricos, permanece a omissão do modelo teórico de


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde que orienta a construção da
pesquisa, à semelhança do que foi pontuado para artigos dedicados à saúde
bucal (BASTOS et al, 2007). Em alguns casos, o conceito de Determinação ou
Determinantes é substituído por ilustrações (ROSA et al, 2003; BARROSO,
2008), por referências a modelos sugeridos por organizações, como a Unicef
(OLIVEIRA et al, 2006) ou por menção a determinantes proximais, intermediários
ou distais (MONTEIRO, CONDE, 2000; MONTEIRO et al, 2000; FERREIRA ET
AL, 2000; BENÍCIO et al, 2000). Determinantes são repetidamente convertidos
64
em variáveis, com a predominância de renda, escolaridade e ocupação,
concordando com o que foi verificado por Boing et al (2005).

Se na década anterior, os estudos sobre gênero, saúde do trabalhador,


saúde infantil e epidemiologia como ciência eram as áreas temáticas que
pautavam o debate sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, neste
decênio, saúde bucal, doenças crônicas, saúde do idoso, nutrição e doenças
infecciosas encabeçam a produção acadêmica.

Figuram entre os autores citados ao explorar teoricamente Determinação


ou Determinantes: Breilh (SANCHEZ, BERTOLOZZI, 2009; SOARES et al, 2003;
ZIONI, WESTPHAL, 2007), Possas (LUDERMIR, 2008), Almeida-Filho
(LUDERMIR, 2008), Buss (ZIONI, WESTPHAL, 2007; BYDLOWSKI, 2004;
ASSIS et al, 2009), Brunner e Petersen (BASTOS et al, 2007), Susser (XIMENES
et al, 2009), a Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde
(XIMENES et al, 2009), Chammé e Paes-Sousa (ARAÚJO et al, 2006) e Villar
(ZIONI, WESTPHAL, 2007).

Ainda que a imensa maioria dos estudos não se atenha a formular


proposições que venham a alterar a Determinação/ Determinantes Sociais da
Saúde, percebe-se, de modo explícito ou implícito, uma gama de sugestões que
passam de transformações sociais (PORTO e MILANEZ, 2009), a políticas
públicas (CAVALCANTE, ANO), mudanças de estilo de vida (RODRIGUES,
BOOG, 2006), aquisição de habilidades profissionais (NATIONS et al, 2008) e
ações dirigidas aos serviços de saúde (NORONHA et al, 2009).

Panorama do período de 2010 a 2014

Período de 2010 a 2014: contexto de produção e divulgação acadêmica


brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Neste último período analisado, observamos, apesar do incremento no


volume da produção, contanto com um total de 100 artigos analisados, a

65
manutenção de um padrão semelhante ao da década anterior quanto à
vinculação dos autores dos estudos selecionados. Permanece o acúmulo, em
relação às 44 instituições brasileiras, naquelas situadas na região Sudeste. As
informações sobre os estudos de 2010 a outubro de 2014 encontram-se nos
apêndices 5 e 6.

Gráfico 6:

Instituições brasileiras às quais se vinculam os autores dos estudos


brasileiros analisados sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde,
de 2010 a 2014
30
25 25
25
20
15
10 9
10 6 5 5
4 3 3 3 3 3 3 3
5 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0
UNIFESP
FURG
Santa Casa
UFBA

UFSC

UFRN

Unisuam
UFPB
UFRJ

UFPR

UFES

UFPE
UERJ

U. Ponta Grossa

UnB

U. Potiguar
Ministério da Saúde

PUC MG
UFAL

PUC Pelotas
U. Católica Brasília

U. Regional Blumenau

UFOP

Unesp
Unioeste
UFC

Cesmac
USP

PUC PR

UFG
UFF
UFJF
UFMG

UFMA

U. Estadual Maringá
Fiocruz

UFRGS

U. Passo Fundo

U. Vale do Rio dos Sinos


UEL

UFMS
UFPel

UFSCar
Unicamp

Fonte: Elaborado pela autora

Em apenas um estudo há vinculação do autor a uma instituição latino-


americana, a Universidad Peruana Cayetano Heredia, e, com relação a
instituições não latino-americanas, aparecem a London School of Hygiene and
Tropical Medicine em 2 estudos e 1 artigo para University College London,
Universidades de Columbia, Manchester, New York, Trás-os-Montes, OMS e até
o Banco Mundial. Assim, seguimos com uma baixa cooperação internacional e,
em especial, latino-americana na produção destes estudos, com 91% destes
realizados exclusivamente por instituições brasileiras, 1% em parceria com
instituições latino-americanas e 8% em conjunto com instituições não latino-
americanas.

Quanto ao cenário de divulgação científica, também se verificam


semelhanças com o que encontramos para a década anterior. Das 33 revistas

66
brasileiras em que se publicaram os artigos, 22 contaram com somente um
estudo. Foram também identificadas 2 revistas da América Latina e 9 não latino-
americanas.

Gráfico 7:

Revistas brasileiras, latino-americanas e não latino-americanas nas quais foram


publicados os estudos analisados brasileiros sobre Determinação/
Determinantes Sociais da Saúde, de 2010 a 2014
14 13
12
12
10
8 7
6 6
6 4 4
4 3 3 3
2 2 2 2 2
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
0

BMC Pregnancy and…


Psicologia: ciência e…

Int Journal…
Rev Panam Salud…
Ciência e Saúde…

Arq Catarinenses de…

Dados Rev Ciências…

Rev Bras Saúde…

Journal of Urban…
Rev APS
Rev Bras Epidemio

Interface
Cad Saúde Pública

Esc Anna Nery

Serv Soc Soc


J. Bras Psiquiatr
Braz Oral Research

Rev Gaúcha Enf

Cient Cienc Biol Saúde

Rev Med Minas Gerais

Rev Pesq Saúde


Rev Saúde Pública
Rev Esc Enf USP

Cad Saúde Coletiva

RBPS
Rev Assoc Méd Bras
Av Enferm

BMC Oral Health


Brasilia Med

Estudos de psicologia

Rev Eletrônica Enferm

Rev Latinoam Enfem


Physis

Rev Bras Ed Med

The Lancet

BMC Open
Pulmão RJ

Rev Odonto Unesp

J. Applied Oral Sci


Plos One
Saúde e Sociedade

Eng San Ambiental

BMC Public Health


Texto e Contexto
brasileiras latino-americanasnão latino-americanas

Fonte: Elaborado pela autora

Quanto à origem das revistas em que se publicaram os artigos, percebe-


se aumento da participação de revistas estrangeiras não latino-americanas, 14%
do total, redução pela metade da proporção de estudos publicados em revistas
latino-americanas, apenas 3%, e diminuição discreta da porcentagem de revistas
brasileiras, alcançando 83%, se comparamos este período com a década
anterior.

Acompanhando uma maior participação de revistas estrangeiras não


latino-americanas neste período, verifica-se que, em comparação com a década
anterior, há um decréscimo na proporção de estudos publicados em português,
73% dos textos, aumento dos publicados em inglês, 27% do total, e ausência de
textos em espanhol.

67
Período de 2010 a 2014: modelos teóricos da produção acadêmica brasileira
sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

A avaliação dos tipos de estudos do período compreendido entre 2010 e


2014 exibe um padrão muito similar ao descrito para a década anterior, apenas
com ligeiro aumento dos estudos quantitativos e diminuição dos de revisão.

Quadro 10: Dados referentes ao tipo de estudo e modelo teórico na


produção acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais
da Saúde, de 2010 a 2014

empírico
Tipo de estudo dos artigos brasileiros
teórico
analisados sobre Determinação/
quantitativo qualitativo revisão
Determinantes Sociais da Saúde, de
2010 a 2014, em números absolutos
25 50 20 5

Proporção de estudos brasileiros


sim não
analisados que definem ou discorrem
sobre Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde, de 2010 a 2014
34% 66%

Proporção de estudos brasileiros


analisados sobre Determinação/ Determinação Determinantes
Determinantes Sociais da Saúde, de
acordo com seu modelo teórico, de
2010 a 2014 14% 86%

Fonte: Elaborado pela autora

O quadro acima permite constatar que não houve alteração significativa


na proporção de estudos que definem ou discorrem sobre Determinação/
Determinantes Sociais da Saúde nos três períodos analisados, a despeito do
crescente volume de publicações.

Segue inalterada a marcada preponderância de estudos que se servem


do modelo de Determinantes Sociais da Saúde, quando comparamos este
período com a década de 2000.

68
Período de 2010 a 2014: análise de conteúdo da produção acadêmica
brasileira sobre Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde

Neste período observa-se uma tendência dual: ao mesmo tempo em que


se consolida como referencial a enfoque de Determinantes Sociais da Saúde e
seus porta-vozes, afloram críticas a este modelo teórico, inclusive com o esforço
de delimitar diferenças entre as perspectivas em jogo (GRAZIANO, EGRY,
2012).

Governança desponta como termo firmemente atrelado aos


Determinantes Sociais da Saúde, postulando-se a necessidade da elaboração
de políticas públicas, intersetoriais e até mesmo baseadas em evidências
científicas, que os tenham como alvo (BUSS, 2012; PELLEGRINI-FILHO, 2011).
Logo, forja-se respaldo acadêmico para a ação governamental, sem que o modo
de organização social, e, em última instância, o capitalismo seja nomeado.

Estas lacunas são expostas por outros estudos desta época, como o de
Souza et al (2013), que argumenta que, sobre a governança, “parece existir um
desconhecimento sobre a real estrutura econômica ou uma tentativa de ocultá-
la.” (p. 50)

Se bem já havia despontado na década anterior, neste período


avolumam-se os artigos que tratam de capital social (BORGES et al, 2014;
LAMARCA et al, 2013; SANTIAGO et al, 2013; COSTA, 2013). Este conceito,
que nos estudos empíricos não deixa de ser reduzido a variáveis, como, por
exemplo, através da quantificação da participação em atividades comunitárias é
problematizado por autores que sublinham a contradição entre a coesão social,
a solidariedade e a confiança entre as pessoas e as características da sociedade
capitalista (SOUZA et al, 2013).

Entre os estudos teóricos, irrompem novas temáticas relacionadas com a


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, como sua dimensão cultural
(FERNÁNDEZ, 2014) e a questão racial (SANTOS, 2011). Já entre os empíricos,
sejam quantitativos ou qualitativos, mantêm-se a predominância do enfoque de
determinantes como fatores e sedimenta-se a orientação aos estilos de vida,

69
ancorada, principalmente, nas perspectivas de promoção da saúde e de
educação em saúde (CODOGNO, 2011; CÂMARA et al, 2012; BORGES, SEIDL,
2012; SALCEDO-BARRIENTOS, 2013; GOMES, HORTA, 2010). De igual forma,
incrementa-se a produção que, direta ou indiretamente, aborda a atenção
primária e práticas profissionais.

Saúde bucal, infantil, da mulher, doenças crônicas e infeciosas são as


áreas temáticas que prevalecem entre os artigos analisados. Registra-se a
impressão da configuração de Determinantes Sociais da Saúde como área
temática própria. Ainda assim, a saúde do trabalhador e justiça ambiental são os
setores que se destacam por posicionarem-se com enfoque crítico, abordando
modo de produção, metabolismo social, território e sobredeterminação (PORTO
et al, 2014; FREITAS, RODRIGUES, 2014; SCHUTZ et al, 2014; PONTES et al,
2013).

Elencam-se os seguintes autores para referenciar Determinação/


Determinantes Sociais da Saúde: Breilh e Laurell (PONTES et al, 2013), Buss
(PONTES et al, 2013; FUSCO et al, 2012; SOUZA et al, 2013; GEIB, 2012;
SANTANA et al, 2012; COHEN, 2011), a Comissão Nacional sobre
Determinantes Sociais da Saúde (FREITAS, RODRIGUES, 2014; SANT’ANNA
et al, 2010; BUENO et al, 2014; BARATA, 2013; ALVES, ESCOREL, 2013;
MOYSES, 2012; SOBRAL, FREITAS, 2010), a Organização Mundial da Saúde
(GEIB, 2012; BUENO et al, 2014; BARATA, 2013; SOBRAL, FREITAS, 2010 ;
ALVES, ESCOREL, 2013; MOYSES, 2012; RIQUINHO, GERHARDT, 2010;
BUSS, 2014), Tarlov (COHEN, 2011; GERHARDT, SANTOS, 2012), Marmot
(SANTIAGO et al, 2013), Dahlgren e Whitehead (GEIB, 2012; FREITAS,
RODRIGUES, 2014; SOUZA et al, 2013; SANTANA et al, 2012), Krieger (GEIB,
2012; COSTA et al, 2012), Fonseca e Bertolozzi (GRAZIANO, EGRY, 2012) e
Dowbor (SANTANA et al, 2012).

70
REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO ACADÊMICA BRASILEIRA SOBRE
DETERMINAÇÃO/ DETERMINANTES SOCIAIS DA SAÚDE NO BRASIL

Sem a pretensão de trazer uma explicação única e verdadeira que


resumisse todos os possíveis pontos de contemplação que nossa incursão
empírica proporcionou ou de formular recomendações, que serviriam mais para
aplacar nossa angústia diante daquilo que fomos desvelando do que para alterar
o curso da produção acadêmica brasileira sobre Determinação/ Determinantes
Sociais da Saúde e seus desdobramentos, dirigiremos nossas reflexões para
esboçar os questionamentos que foram surgindo na medida em que
progredíamos em nossa caminhada. Assim, abrimos espaço para que aqueles
que se detiverem a ler este estudo possam elaborar suas próprias considerações
sobre os quesitos que, por nossa própria implicação, não pudermos aclarar.

Sobre a escuta

Retrocederemos aqui para escutar o que, durante o acúmulo teórico


fizemos na primeira parte desta dissertação, diversos autores haviam advertido.

Bourdieu (2003) nos havia avisado que o campo científico é um espaço


de forças e lutas.

Breilh (2010) expos as pressões que recaem sobre a investigação em


saúde.

Barbosa (2011) denunciou o imperialismo simbólico e o abandono de um


referencial marxista.

Laurell (2011) alertou para a necessidade de uma vigilância


epistemológica.

Santos (2012) apontou as características do paradigma dominante.

Samaja (1998) trouxe para a epidemiologia questões relativas à


epistemologia.

71
Almeida-Filho (2006) resgatou a importância da complexidade.

Deslandes e Iriart (2006) sugeriram atenção para um “empirismo


ateórico”.

Luz (2005) nos preveniu sobre o produtivismo.

E Camargo Jr (2010) nos inteirou da predominância das publicações de


epidemiologia dentro do campo da Saúde Pública/ Coletiva e Medicina Social.

Em nossa jornada de análise da produção acadêmica sobre


Determinação/ Determinantes Sociais da Saúde, pudemos corroborar a
pertinência das colocações de todos estes autores.

Sobre as vozes

A análise da produção brasileira sobre Determinação/ Determinantes


Sociais da Saúde de 1990 a 2014 permite que observemos que seu exponencial
crescimento não tem se acompanhado de aperfeiçoamentos teóricos ou
metodológicos e que existe mínima incorporação da construção crítica da Saúde
Coletiva/ Medicina Social latino-americana e brasileira. De igual forma,
observamos que, se por um lado houve ampliação e diversificação das
instituições em que se produzem os artigos e revistas nas quais estes circulam,
há uma concomitante manutenção do padrão de concentração, sendo que as
vozes que terminam por ganhar projeção são aquelas diretamente vinculadas às
instituições e revistas de maior prestígio. Não menos importante é o fato de que
se propagam e se alçam as falas daqueles que se encarregam, em território
nacional, de traduzir e reproduzir o discurso engendrado em países centrais. Já
seja causa ou efeito deste fenômeno, nota-se um distanciamento da produção
de outros países latino-americanos, tanto em parcerias do fazer acadêmico
como na absorção de avanços teóricos ou metodológicos.

A discussão teórica sobre Determinação não é assimilada pelos estudos,


a despeito da abundância de material, como o que foi por nós utilizado na

72
fundamentação teórica. Em uma perspectiva temporal, vemos que a criação das
Comissões sobre Determinantes Sociais da Saúde, tanto da OMS como a
nacional, e seus documentos de referência tornaram-se rapidamente
hegemônicas, terminando por abafar as vozes contestatórias, de antes ou de
hoje. Vestígios disso são exemplificados pela omissão de conceitos e modelos
teóricos na maioria dos estudos analisados, em especial os empíricos, sugerindo
a naturalização de Determinantes Sociais da Saúde.

Conceitos outrora difundidos, como reprodução social, por exemplo, vêm


perdendo seu lugar para formulações vagas, mal- definidas e inócuas para a
manutenção do status quo, como promoção da saúde, capital social, resiliência
e educação em saúde.

De igual forma, propostas radicais de transformações sociais são


substituídas por sugestões mais palatáveis, como políticas focais e investimento
em serviços de saúde. Ainda assim, é surpreendente como o uso de
Determinantes Sociais da Saúde tem se prestado para o velamento dos
processos sociais e se voltado para os indivíduos, através da persecução de
mudanças de estilos de vida.

Porém, em tempos recentes vislumbram-se, mesmo que incipientes,


críticas ao enfoque de Determinantes, tanto no campo acadêmico como político.

Sobre o silêncio

Se houve e há vozes que contradizem a cantilena hegemônica, como e


por que se processam os mecanismos que procuram abafá-las? Já tínhamos
advertido que não almejávamos apresentar uma resposta pronta para esta
questão, mas conjecturamos que, nas engrenagens entre a produção,
divulgação e incorporação do conhecimento científico é que se processa este
emudecimento.

Um estudo de viés crítico teria que abrigar-se nos nichos progressistas,


cada vez mais restritos, da academia. Para sobreviver a uma saraivada de
objeções por parte se seus pares, precisaria munir-se de pesado investimento
73
teórico, o que demanda um tempo que o ambiente universitário não se dispõe a
conceder. Ou seja, desde a partida sua elaboração estaria na berlinda.

Sobrevivendo à fase de produção, não menos árdua seria a etapa de


divulgação. Destoar do formato e conteúdo habitualmente veiculado
comprometeria suas possibilidades de publicação, pelo menos nos periódicos de
maior alcance. Mesmo que conseguisse tal façanha, incidem sobre a
incorporação de inovações resistências àquilo que não segue os refrões da
moda.

Sobre os ecos

Se ecoam discursos bem comportados, gentilmente alinhados com um


meio acadêmico funcional, que se prestam, deliberadamente ou não, a endossar
um projeto de intervenções cosméticas sobre os “Determinantes Sociais da
Saúde”, os que procuram transformações sociais amplas e profundas e
frequentam a academia de forma crítica, sustentando a Determinação Social do
Processo Saúde-Doença não se esqueçam que:

“tu boca que es tuya y mía,

tu boca no se equivoca,

te quiero porque tu boca

sabe gritar rebeldía.”

(Benedetti, 1956)

74
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83
Apêndice 1: Artigos analisados da década de 1990: dados referentes ao contexto de produção e divulgação

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Gênero e saúde no Brasil:


Aquino, E.M.L. Rev. Saúde
1 considerações a partir da Pesquisa UERJ + UFBA _ _ 1992 X _ _ X _ _
et al Pública
Nacional por Amostra de Domicílios

Mulher, Saúde e Trabalho no Brasil: Aquino, E.M.L. Cad. Saúde


2 UFBA _ _ 1995 X _ _ X _ _
Desafios para um Novo Agir et al Pública

Epidemiologia do consumo de
Weiderpass, E Rev. Saúde
3 medicamentos no primeiro trimestre de UFPel _ _ 1998 X _ _ X _ _
et al Pública
vida em centro urbano do Sul do Brasil

Por uma epidemiologia da saúde Rev. Bras.


4 Barreto, M.L. UFBA _ _ 1998 X _ _ X _ _
coletiva Epidemiol.

Epidemiologia no século XXI: Rev. Bras.


5 Barata, R.B. Santa Casa _ _ 1999 X _ _ X _ _
perspectivas para o Brasil Epidemiol.

Saúde pública e mudanças de


Cad. Saúde
6 comportamento: uma questão Chor, D. Fiocruz _ _ 1999 X _ _ X _ _
Pública
contemporânea

Fatores associados à prova de trabalho


Pires, H.M.B et Rev. Saúde
7 de parto em primíparas com uma Unicamp _ _ 1999 X _ _ X _ _
al Pública
cesárea anterior

A pesquisa em saúde infantil: a técnica Rev. Esc. Enf.


8 Dytz, J.L.G et al UnB + USP _ _ 1999 X _ _ X _ _
do relato oral e o depoimento das mães USP

Migração, estresse e fatores


Mota, E.L.A et Psicol. Reflex.
9 psicossociais na determinação da UFBA _ _ 1999 X _ _ X _ _
al Crit.
saúde da criança

84
Apêndice 2: Artigos analisados da década de 2000: dados referentes ao contexto de produção e divulgação

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Severidade de cárie em crianças e


Peres, K.G.A. Rev Saúde
1 relação com aspectos sociais e USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
et al Pública
comportamentais

Tendência secular da desnutrição e da


Monteiro,C.A. e Rev Saúde
2 obesidade na infância na cidade de USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
Conde, W.L. Pública
São Paulo (1974- 1996)

Tendência secular do peso ao nascer Monteiro,C.A. Rev Saúde


3 USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
na cidade de São Paulo (1976- 1998) et al Pública

Tendência secular das parasitoses


Ferreira, M.U. Rev Saúde
4 intestinais na infância na cidade de São USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
et al Pública
Paulo (1984- 1996)

Tendência secular da doença


Benício, Rev Saúde
5 respiratória na infância na cidade de USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
M.H.D.A. et al Pública
São Paulo (1984- 1996)

Tendência secular da doença diarréica Benício,


Rev Saúde
6 na infância na cidade de São Paulo M.H.D.A. e USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
Pública
(1984- 1996) Monteiro, C.A.

Ecoepidemioloia da esquistossomose Fiocruz + Fundaçção


Barbosa, C.S. Rev Saúde
7 urbana na ilha de Itamaracá, Estado de Nacional de Saúde _ _ 2000 X _ _ X _ _
et al Pública
Pernambuco (Recife)

Promoção da saúde e qualidade de Ciência e


8 Buss, P.M. Fiocruz _ _ 2000 X _ _ X _ _
vida Saúde Coletiva

Trabalho e subjetividade: cargas e


9 Bosi, M.L.M. UFRJ _ _ 2000 Rev. Nutr. X _ _ X _ _
sofrimento na prática da nutrição social

Tendência secular do crescimento pós-


Monteiro, C.A. Rev Saúde
10 natal na cidade de São Paulo (1974- USP _ _ 2000 X _ _ X _ _
e Conde, W. L. Pública
1996)

85
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Relação entre homicídios e indicadores Barata, R.B. e


Ver Panam
11 econômicos em São Paulo, Brasil, Ribeiro, Santa Casa _ _ 2000 _ X _ X _ _
Salud Publica
1996 M.C.S.A.

Utilización de los servicios de salud: Mendoza-


Cad. Saúde
12 una revisión sistemática sobre los Sassi,R. e UFPel+ ULBRA+ UFRG _ _ 2001 X _ _ _ X _
Pública
factores relacionados Béria,J.U.

Práticas educativas e prevenção de


13 HIV/ Aids: lições aprendidas e desafios Ayres, J.R.C.M. USP _ _ 2002 Interface X _ _ X _ _
atuais
UFRGS +UFSC+ PUC
Desigualdade social e outros Pelotas+ ULBRA+ Um.
Drachler, M.L. Cad. Saúde
14 determinantes da altura de crianças: _ _ Vale do Rio dos Sinos+ 2003 X _ _ X _ _
et al Pública
uma análise multinível Um. Caxias do Sul+
London School of
Opinião de escolares e educadores
sobre saúde: o ponto de vista da escola Soares, C.B. et Cad. Saúde
15 USP _ _ 2003 X _ _ X _ _
pública de uma região periférica do al Pública
Município de São Paulo

Fatores determinantes da capacidade Rosa, T.E.C. et UNIFESP+ USP+ SES Rev Saúde
16 _ _ 2003 X _ _ X _ _
funcional entre idosos al SP Pública

Elderly people's definition of quality of Xavier, F.M.F. Rev Bras


17 PUCRS+ UNIFESP _ _ 2003 X _ _ _ _ X
life et al Psiquiatr

A participação das mulheres com


câncer de mama na escolha do Arantes, S.L e Rev Latino-am
18 UFMS+ USP _ _ 2003 _ X _ X _ _
tratamento: um direito a ser Mamede, M.V. Enfermagem
conquistado
Aleitamento materno: como é
vivenciado por mulheres assistidas em Rev Bras
Ramos, C.V. e
19 uma unidade de saúde de referência na Fiocruz + SES PI _ _ 2003 Saúde X _ _ X _ _
Almeida, J.A.G.
atenção materno-infantil em Teresina, Matern.Infant.
Piauí

Neri, M. e Cad. Saúde


20 Desigualdade social e saúde no Brasil FGV + IBGE _ _ 2003 X _ _ X _ _
Soares, W. Pública

86
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano
Iniquidades em saúde no Brasil, nossa
mais grave doença: comentários sobre Buss, P.M e
Cad. Saúde
21 o documento de referência e os Pellegrini-Filho, Fiocruz+ CNDSS _ _ 2003 X _ _ X _ _
Pública
trabalhos da Comissão Nacional sobre A.
Determinantes
Determinantes Sociais
sociais da Saúdeda
e biológicos
UFPel+ USP+ UFSC+
cárie dentária em crianças de 6 anos
Peres, M.A. et London School of Rev. Bras.
22 de idade: um estudo transversal _ _ 2003 X _ _ X _ _
al Hygiene and Tropical Epidemiol.
aninhado numa coorte de nascidos
Medicine
vivos no Sul do Brasil
Socioeconomic position and health in a
Lima-Costa, Rev Panam
23 population of Brazilian elderly: the Fiocruz+ UFMG _ _ 2003 _ X _ _ _ X
M.F. et al Salud Publica
Bambuí Health and aging study (BHAS)

Determinantes na escolha entre


Bós, A.M.G e Rev Saúde
24 atendimento de saúde privada e pública PUCRS _ _ 2004 X _ _ X _ _
Bós, A.J.G Pública
por idosos

Amamentação: um híbrido natureza- Almeida, J.A.G J Pediatr (Rio


25 Fiocruz _ _ 2004 X _ _ X _ _
cultura e Novak,F.R. J)

Prevalência e fatores associados ao


Oehlschlaeger, Rev Saúde
26 sedentarismo em adolescentes de área UFPel _ _ 2004 X _ _ X _ _
M.H.K et al Pública
urbana

Promoção da saúde. Porque sim e Bydlowski, C.R. Saúde e


27 USP _ _ 2004 X _ _ X _ _
porque ainda não! et al sociedade

Socioeconomic status and obesity in Bulletin of the


Monteiro, C.A. USP+ Uni. Carolina do
28 adult populations of developing _ _ 2004 World Health _ _ X _ _ X
et al Norte
countries: a review Organization

Socio-demographic determinants of self- Szwarcwald, Cad. Saúde


29 Fiocruz _ _ 2005 X _ _ _ _ X
rated health in Brazil C.L. et al Pública

Estratificação sócio-econômica em
estudos epidemiológicos de cárie
Boing, A.F. et Cad. Saúde
30 dentária e doenças periodontais: UFSC + USP _ _ 2005 X _ _ X _ _
al Pública
características da produção na década
de 90

87
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

State of animus among Brazilians: Szwarcwald, Cad. Saúde


31 Fiocruz _ _ 2005 X _ _ _ _ X
influence of socioeconomic context? C.L. et al Pública

USP+ London School of


Partos domiciliares acidentais na Almeida, M.F. Rev Saúde
32 _ _ Hygiene and Tropical 2005 X _ _ X _ _
região sul do Município de São Paulo et al Pública
Medicine

Phebo, L. e
Violência urbana: um desafio para o J Pediatr (Rio
33 Moura, UERJ+ SMS RJ _ _ 2005 X _ _ X _ _
pediatra J)
A.T.M.S.

Desafios ao estudo da contaminação Fiocruz + USP+ Ciência e


34 Peres, F. et al _ _ 2005 X _ _ X _ _
humana e ambiental por agrotóxicos Unicamp Saúde Coletiva

História, conquistas e perspectivas no Unirio+ UERJ+ Um Tuiuti Texto Contexto


35 Silva, L.R. et al _ _ 2005 X _ _ X _ _
cuidado à mulher e à criança do Paraná Enferm

Estudo Pró-Saúde: características Faerstein, E. et Rev Bras


36 UERJ+ UFRJ+ Fiocruz _ _ 2005 X _ _ X _ _
gerais e aspectos metodológicos al Epidemiol

O controle do tabagismo no Brasil: Cavalcante, Revista de


37 INCA (MS) _ _ 2005 X _ _ X _ _
avanços e desafios T.M. Psiquiat Clínica

Problematização como estratégia de Rodrigues,


Cad. Saúde
38 educação nutricional com adolescentes E.M. e Boog, Unicamp _ _ 2006 X _ _ X _ _
Pública
obesos M.C.F.
Universidade do Vale
Estado nutricional e fatores associados dos Rios dos Sinos +
Menegolla, I.A. Cad. Saúde
39 à estatura de crianças de Terra _ _ Institute of Health, 2006 X _ _ X _ _
et al Pública
Indígena Guarita, Sul do Brasil Norwich (Reino Unido) +
SES RS
Determinantes dos déficits ponderal e
Oliveira, V.A. et Rev. Saúde
40 de crescimento linear de crianças UFBA _ _ 2006 X _ _ X _ _
al Pública
menores de dois anos

88
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Desigualdades sociodemográficas e
Rev. Saúde
41 suas consequências sobre o peso do Leal, M.C. et al Fiocruz _ _ 2006 X _ _ X _ _
Pública
recém-nascido

Determinantes individuais e contextuais


da necessidade de tratamento Antunes, J.L.F. Ciência e
42 USP+ UFSC _ _ 2006 X _ _ X _ _
odontológico na dentição decídua no et al Saúde Coletiva
Brasil
Determinantes sócio-culturais e
históricos das práticas populares de Texto Contexto
43 Kreutz, I. et al UFMT _ _ 2006 X _ _ X _ _
prevenção e cura de doenças de um Enferm
grupo cultural

Suporte social, promoção da saúde e


Araújo, S.S.C.
44 saúde bucal na população idosa no UFBA+ UFRGS _ _ 2006 Interface X _ _ X _ _
et al
Brasil

Matsudo,
Atividade física no tratamento da V.K.R. e
45 CELAFISCS _ _ 2006 Einstein X _ _ X _ _
obesidade Matsudo,
S.M.M.

Características de clientes com doença


Pacheco, G.S.
46 renal crônica: evidências para o ensino UERJ _ _ 2006 R Enferm UERJ X _ _ X _ _
et al
do autocuidado

Demand for emergency health service: BMC Health


Carret, M.L.V. PUC Pelotas+ UFPel +
47 factors associated with inappropriate _ _ 2007 Services _ _ X _ _ X
et al Harvard
use Research

Dentes da desigualdade: marcas


bucais da experiência vivida na Moreira, T.P. et Cad.. Saúde
48 _ _ UFC+ UFRN+ Harvard 2007 X _ _ X _ _
pobreza pela comunidade do Dendê, al Pública
Fortaleza, Ceará, Brasil
Distribuição espacialda taxa de
mortalidade infantile principais Bezerra-Filho, Cad.. Saúde
49 UFC+ UFBA _ _ 2007 X _ _ X _ _
determinantes no Ceará, Brasil, no J.G. et al Pública
período 2000-02

Infant mortality in the Federal District,


Monteiro, R.A e Cad.. Saúde
50 Brazil: time trend and socioeconimic UnB+ MS _ _ 2007 X _ _ _ _ X
Schmitz, B.A.S. Pública
inequalities

89
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Empowerment como forma de


Tavolaro,P. et Rev Saúde
51 prevenção de problemas de saúde em USP _ _ 2007 X _ _ X _ _
al Pública
trabalhadores de abatedouros

A pobreza como fator predisponente ao


Rocha, F.L.R. Rev Latino-am
52 adoecimento de trabalhadores do corte USP _ _ 2007 _ X _ X _ _
et al Enfermagem
da cana-de açúcar

Mortalidade infantil e contxto


Bezerra-Filho, Rev Bras.
53 socioeconômico no Ceará, Brasil, no UFC + UFBA _ _ 2007 X _ _ X _ _
J.G. et al Saúde Matern.
período de 1991 a 2001

Determinação social da odontalgia em


estudos epidemiológicos: revisão Bastos, J.L.D. Ciência e
54 UFPel + UFSC _ _ 2007 X _ _ X _ _
teórica e proposta de um modelo et al Saúde Coletiva
conceitual

Mecanismos pessoais e coletivos de


Costa, M.C.O. UEFS + Université du Ciência e
55 proteção e promoção da qualidade de _ _ 2007 X _ _ X _ _
e Brigas,M. Quebéc Saúde Coletiva
vida para a infância e adolescência

Buss, P.M. e Physis Revista


56 A saúde e seus determinantes sociais Pellegrini-Filho, Fiocruz+ CNDSS _ _ 2007 de Saúde X _ _ X _ _
A. Coletiva

O enfoque dos determinantes sociais


Zioni, F; e
57 da saúde sob o ponto de vista da teoria USP _ _ 2007 Saúde Soc X _ _ X _ _
Westphal, M.F.
social

Especificidades de usuários (as) de


Oliveira, J.F. et Esc Anna Nery
58 drogas visando uma assistência UFBA _ _ 2007 X _ _ X _ _
al Rev Enferm
baseada na heterogeneidade

Construindo um programa de educação Duarte, L.R. et


59 PUCSP _ _ 2007 Interface X _ _ X _ _
com agentes comunitários de saúde al

Gender and health inequalities among Barata, R.B. et Santa Casa+ USP+ Rev Panam
60 _ _ 2007 X _ _ _ _ X
adolescents and adults in Brazil, 1998 al SES SP Salud Publica

90
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Air, water, land: mexican- origin Revista


García, C.M e
61 adolescents' perceptions of health and _ _ UFGO+ Uni. Minessota 2007 Eletrônica de X _ _ _ _ X
Medeiros, M.
the environment Enfermagem

Revista
Desmame precoce: representações Silva, M.B.C. et
62 UFPB+ UFPI _ _ 2007 Eletrônica de X _ _ X _ _
sociais das mães al
Enfermagem

Um olhar sobre a informação no espaço Alves-Souza, Revista Espaço


63 UNESP+ UEL _ _ 2007 X _ _ X _ _
de fortalecimento da cidadania R.A. et al para a Saúde

Determinantes e consequências as
Alencar, F.H et Instituto Nacional de
64 insegurança alimentar no Amazonas: a _ _ 2007 Acta Amaz ? ? ? X _ _
al Pesquisas da Amazônia
influência dos ecossistemas

Inequalities in mortality of men by oral


Intenacional
and pharyngeal cancer in Barcelona, Antunes, J.L.F. USP + Agencia de Salut
65 _ _ 2008 Journal for _ _ X _ _ X
Spain and São Paulo, Brazil, 1995- et al Publica de Barcelona
Equity in Health
2003

Determinants of cognitive function in UFBA+ London School


Santos, D.N. et BMC Public
66 childhood: A cohort study in a middle _ _ of Hygiene & Tropical 2008 _ _ X _ _ X
al Health
income context Medicine

A salutogenic approach to oral health Cad. Saúde


67 Silva, A.N. et al Fiocruz _ _ 2008 X _ _ _ _ X
promotion Pública

Acesso e utilização de serviços


odontológicos no Estado do Rio de Manhães,
Cad. Saúde
68 Janeiro, Brasil, em 1998: um estudo A.L.D e Costa, UFRJ _ _ 2008 X _ _ X _ _
Pública
exploratório a partir da Pesquisa A.J.L.
Nacional por Amostra de Domicílios

Cultural significance of primary teeth for Nations, M.K. et UFC+ SMS Fortaleza+ Cad. Saúde
69 _ _ 2008 X _ _ _ _ X
caregivers in Northest Brazil al Harvard Pública

Determinantes sociais da iniciação


sexual precoce na coorte de Gonçalves, H. Rev Saúde
70 UFPel _ _ 2008 X _ _ X _ _
nascimentos de 1982 a 2004-5, et al Pública
Pelotas, RS

91
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Sousa, T.R.V. e
Análise por dados em painel do status Rev Saúde
71 Leite-Filho, UFPB+ UFRGS _ _ 2008 X _ _ X _ _
de saúde no Nordeste Brasileiro Pública
P.A.M

Explorando as múltiplas trajetórias de


UFPel+ London School
causalidade: colaboração entre Béhague, D.P. Rev Saúde
72 _ _ of Hygiene and Tropical 2008 X _ _ X _ _
antropologia e epidemiologia na coorte e Gonçalves,H. Pública
Medicine
de nascimentos de 1982, Pelotas, RS

A utilização do conceito de Nichiata, L.Y.I. Rev Latino-am


73 USP _ _ 2008 _ X _ X _ _
vulnerabilidade pela enfermagem et al Enfermagem

Physis Revista
Perspectiva da investigação sobre Wunsch-Filho,
74 USP _ _ 2008 de Saúde X _ _ X _ _
determinantes sociais em câncer V. et al
Coletiva

Physis Revista
Desigualdades de classe e gênero e
75 Ludermir, A.B. UFPE _ _ 2008 de Saúde X _ _ X _ _
saúde mental nas cidades
Coletiva

Unidade de contexto e observação Physis Revista


Proietti, F.A. et
76 social sistemática em saúde: conceitos UFMG _ _ 2008 de Saúde X _ _ X _ _
al
e métodos Coletiva

Fatores associados ao déficit


nutricional em crianças residentes em Barroso, G.S. Rev Bras
77 UFRJ+ UERJ _ _ 2008 X _ _ X _ _
uma área de prevalência elevada de et al Epidemiol
insegurança alimentar
Prevalência e determinantes precoces
dos transtornos mentais comuns na Rev Saúde
78 Anselmi, L. et al UFPel _ _ 2008 X _ _ X _ _
coorte de nascimentos de 1982, Pública
Pelotas, RS

Promoção da saúde: possibilidade de Rev. Enferm


79 Silva, J.G. UNIFOR _ _ 2008 X _ _ X _ _
superação das desigualdades sociais UERJ

Experiencing oral cancer: what poor


Nations, M.K. et UNIFOR+ UFRN+ Applied Cancer
80 brazilians believe and dentits should _ _ 2008 _ _ X _ _ X
al Harvard Research
know

92
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano
Prevalência de anemia nas gestantes
Santos, P.N.P.
atendidas em unidades de saúde em Universidade Estadual
81 e Cerqueira, _ _ 2008 RBAC X _ _ X _ _
Feira de Santana, Bahia, entre outubro de Feira de Santana
E.M.M.
de 2005 e março de 2006
Além da DOTS (Directly observed
Sánchez, A.I.M. USP + Universidad
treatment short-course) no controle da Rev. Latino-am
82 e Bertolozzi, _ Nacional de Colombia _ 2009 _ X _ X _ _
tuberculose: interface e Enfermagem
M.R. (Colombia)
compartilhamento de necessidades
Violência conjugal, um problema social
Lamoglia,
e de saúde pública: estudo em uma Ciência e
83 C.V.A e Fiocruz _ _ 2009 X _ _ X _ _
delegacia do interior do Estado do Rio Saúde Coletiva
Minayo, M.C.S.
de Janeiro

Saúde, trabalho e ambiente no meio Ciência e


84 Peres, F. Fiocruz _ _ 2009 X _ _ X _ _
rural brasileiro Saúde Coletiva

Resiliência: nova perspectiva na Noronha, Ciência e


85 UFPR+ SMS Curitiba _ _ 2009 X _ _ X _ _
Promoção da Saúde da Família? M.G.R.C.S et al Saúde Coletiva

Eixos de desenvolvimento econômico e


geração de conflitos socioambientais Porto, M.F. e Ciência e
86 Fiocruz _ _ 2009 X _ _ X _ _
no Brasil: desafios para a Milanez, B. Saúde Coletiva
sustentabilidade e a justiça ambiental

Concepções dos cuidados em saúde Vecchia, M.D.


Ciência e
87 mental por uma equipe de saúde da e Martins, UNESP _ _ 2009 X _ _ X _ _
Saúde Coletiva
família, em perspectiva histórico-cultural S.T.F.

Calcium intake and its relationship with Archivos


Goldberg,
88 risk of overweight and obesity inn UNESP _ _ 2009 latinoamerican _ X _ _ _ X
T.B.L. et al
adolescents os de nutricion

Um Vale do Rio dos


89 Direito à saúde, biopoder e bioética Junges. J.R. _ _ 2009 Interface X _ _ X _ _
Sinos

Ceballos,
Determinantes sociais de alterações Centro Universitário Rev Soc Bras
90 A.G.C. e _ _ 2009 X _ _ X _ _
fonoaudiológicas Jorge Amado Fonoaudiol
Cardoso, C.

93
Apêndice 2: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano
Is it better to be rich in a poor area or
UFPE+ Fiocruz+ London International
poor in a rich area? A multilevel analysis Ximenes,
91 _ _ School of Hygiene and 2009 Journal of _ _ X _ _ X
of a case-control study of social R.A.A. et al
Tropical Medicine Epidemiology
determinants of tuberculosis

Determinant factors of toothachein 8-


Barrêto, E.P.R. Um Vale do Rio Verde +
92 and 9- year-old schoolchildren, Belo _ _ 2009 Braz Oral Res X _ _ X _ _
et al UFMG
Horizonte, MG, Brazil

Dengue, geoprocessamento e
Flauzino, R.F. Rev Panam
93 indicadores socioeconômicos e Fiocruz+ UFF _ _ 2009 _ X _ X _ _
et al Salud Publica
ambientais: um estudo de revisão

Fatores determinantes de consumo Revista


Estima, C.C.P.
94 alimentar: por que os indivíduos comem USP _ _ 2009 Brasileira de X _ _ X _ _
et al
o que comem? Nutrição Clínica

Vulnerabilidade de mulheres à AIDS:


O Mundo da
95 estudo da mortalidade segundo anos Prata, M.C.S. USP _ _ 2009 X _ _ X _ _
Saúde
potenciais de vida perdidos

Revista de
Oliveira, D.S.C. Fiocruz+ UFPE+ SMS
96 Modelo produtivo para a leptospirose _ _ 2009 Patologia X _ _ X _ _
et al Recife
Tropical

Desigualdades socioeconômicas e Assis, S.G. et Rev Saúde


97 Fiocruz _ _ 2009 X _ _ X _ _
saúde mental infantil al Pública

Causas do declínio da desnutrição Monteiro, C.A. Rev Saúde


98 USP _ _ 2009 X _ _ X _ _
infanil no Brasil, 1996- 2007 et al Pública

94
Apêndice 3: Artigos analisados de 2010 a 2014: dados referentes ao contexto de produção e divulgação

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Intraurban differences in the use of


UFMG+ Fiocruz+ Journal of
1 ambulatory health services in a large Turci, M.A. et al _ _ 2010 _ _ X _ _ X
University of New York Urban Health
brazilian city

Gravidez na adolescência e outros


fatores de risco para mortalidade fetal e Oliveira, E.F.V. Cad. Saúde
2 Fiocruz _ _ 2010 X _ _ X _ _
infantil no Município do Rio de Janeiro, et al Pública
Brasil

Socioeconomiic inequities in the health


Barros, F.C. et UFPel+ OMS+ Banco Rev Saúde
3 and nutrition of children in low/ middle _ _ 2010 X _ _ _ _ X
al Mundial Pública
income counties

Avaliação do risco nutricional em


Alvarenga, Rev Esc
4 idosos atendidos por Equipes de USP+ UFMS _ _ 2010 X _ _ X _ _
M.R.M. et al Enferm USP
Saúde da Família

O papel da enfermagem no controle da UERJ+ Universidad


Oblitas, F.Y.M. Rev Latino-Am
5 tuberculose: uma discussão sob a _ _ Peruana Cayetano 2010 X _ _ X _ _
et al Enfermagem
perspectiva da equidade Heredia

Determinantes sociais da saúde:


características da comunidade e Sant'anna, C.F. Rev Gaúcha
6 FURG _ _ 2010 X _ _ X _ _
trabalho das enfermeiras na saúde da et al Enferm
família
Modelo de organização de indicadores
para operacionalização de Sobral, A. e Saúde e
7 Fiocruz _ _ 2010 X _ _ X _ _
determinantes socioambientais de Freitas,C.M. Sociedade
saúde

Determinantes individuais da utilização


Baldani, M.H. et Rev Bras
8 de serviços odontológicos por adultos e UEPG _ _ 2010 X _ _ X _ _
al Epidemiol
idosos de baixa renda

Doença e incapacidade: dimensões


Riquinho, D.L. Saúde e
9 subjetivas e identidade social do UFRJ+ UERJ _ _ 2010 X _ _ X _ _
e Gerhardt, T.E. Sociedade
trabalhador rural

Morte materna: uma expressão da Cardoso, L.M.


10 Fiocruz+ Unisuam _ _ 2010 Serv. Soc. Soc. X _ _ X _ _
"questão social" et al

95
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Child development in a birth cohort: International


Barros, A.J.D.
11 effect of chid stimulation is stronger in UFPel _ _ 2010 Journal of _ _ X _ _ X
et al
less educated mothers Epidemiology

Fatores associados à não-adesão ao


tratamento com anti-hipertensivos em Santa- Helena, Uni Regional de Cad. Saúde
12 _ _ 2010 X _ _ X _ _
pessoas atendidas em unidades de E.T. et al Blumenau+ USP Pública
saúde da família
Redes sociais: uma proposta para o
Arquivos
estudo do comportamento alimentar no
13 Araújo, M. et al USP+ UNIFESP _ _ 2010 Catarinenses X _ _ X _ _
planejamento e execução de
de Medicina
programas educativos

Cárie dentária e determinantes sociais Revista de


Catani, D.B. et
14 de saúde em escolares do município de Unicamp _ _ 2010 Odontologia da X _ _ X _ _
al
Piracicaba- SP UNESP

Guimarães,
Desigualdades sociais e trabalho Cad Saúde
15 R.M. e Asmus, UFRJ _ _ 2010 X _ _ X _ _
infantil no Brasil Coletiva
C.R.F.

Promoção de saúde do adolescente Gomes, C.M. e


16 PUC MG _ _ 2010 Revista APS X _ _ X _ _
em âmbito escolar Horta, N.C.

O percurso da linha do cuidado sob a


Malta, D.C. e
17 perspectiva das doenças crônicas não UFMG+ UFRJ _ _ 2010 Inteface X _ _ X _ _
Merhy, E.E.
transmissíveis

Investigating envirnmental determinants USP+ London School of


Jaime, P.C. et Journal of
18 of diet, physical activity and overweight _ _ Hygiene and Tropical 2011 _ _ X _ _ X
al Urban Health
among adults in São Paulo, Brazil Medicine

The burden of physical activity on type 2


Codogno, J.S. BMC Public
19 diabetes public healthcare expenditures UNOESTE _ _ 2011 _ _ X _ _ X
et al Health
among adults: a retrospective study

Effects of social and environmental


determinants on overweight and obesity Guedes, D.P. UEL+ Universidade de Rev Panam
20 _ _ 2011 _ _ X _ _ X
among Brazilian schoolchildren from a et al Trás-os-Montes Salud Publica
developing region

96
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano
Public policy and the social
determinants of health: the challenge of Pellegrini- Cad Saúde
21 Fiocruz _ _ 2011 X _ _ _ _ X
the production and use of scientific Filho, A. Pública
evidence

Trends in tehe investigation of social


Celeste, R.K. et Cad Saúde
22 determinants of health: selected themes UFRGS+ UFSC+ UERJ _ _ 2011 X _ _ _ _ X
al Pública
and methods

Mortality among Guarani indians in Cardoso, A.M. Cad Saúde


23 Fiocruz+ UFRJ _ _ 2011 X _ _ _ _ X
Southeastern and Southern Brazil et al Pública

Monitoring Millenium Development


Goals in Brazilian municipalities: Westphal, M.F. Cad Saúde
24 USP _ _ 2011 X _ _ _ _ X
challenges to be met in facing up to et al Pública
iniquities

Employment conditions and health UFMG+ UFBA+ Cad Saúde


25 Dias, E.C. et al _ _ 2011 X _ _ _ _ X
inequities: a case study of Brazil Fiocruz+ MS Pública

Inequalities in acces and utilization of


dental services: a cross- sectional study Baldani, M.H. e Cad Saúde
26 USP+ Uni. Ponta Grossa _ _ 2011 X _ _ _ _ X
in a area covered by the Family Healh Antunes, J.L.F. Pública
Strategy

Iniquidade na assistência à gestação e Rev. Bras.


27 ao parto em município do semiárido Mano, P.S. et al UFSC+ FURG _ _ 2011 Saúde Matern. X _ _ X _ _
brasileiro Infant.
Determinantes do abandono do
aleitamento materno exclusivo em
Carrascoza, Ciência e
28 crianças assistidas por programa Unicamp _ _ 2011 X _ _ X _ _
K.C. et al Saúde Coletiva
interdisciplinar de promoção à
amamentação
Atraso vacinal e seus determinantes:
Tertuliano, G.C. Ciência e
29 um estudo em localidade atendida pela SMS Cachoeirinha _ _ 2011 X _ _ X _ _
e Stein, A.T. Saúde Coletiva
Estratégia de Saúde da Família

Dados- Revista
Desigualdade racial de saúde e
30 Santos, J.A.F. UFJF _ _ 2011 de Ciências X _ _ X _ _
contexto de classe no Brasil
Sociais

97
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Conferência Mundial sobre Pellegrini-Filho, Cad Saúde


31 Fiocruz _ _ 2011 X _ _ X _ _
determinantes sociais da saúde A. Pública

UFPel+ UFBA+ Fiocruz+


Health conditions and health-policy Victora, C.G. et
32 USP+ UFRGS+ UFRJ+ _ _ 2011 The Lancet _ _ X _ _ X
innovations in Brazil: the way forward al
UERJ+ PUC Pelotas

Maternal and child health in Brazil: Victora, C.G. et


33 UFPel+ UFBA+ Fiocruz _ _ 2011 The Lancet _ _ X _ _ X
progress and challenges al

Successes and failures in the control of UFBA+ Fiocuz+ UFPE+


infectious diseases in Brazil: social and Barreto, M.L. et London School of
34 _ _ 2011 The Lancet _ _ X _ _ X
environmental context, policies, al Hygiene and Tropical
intervencions, and research needs Medicine

Insalubridade ambiental e aspectos


Ribeiro, M.J. et Eng Sanit
35 sociais associados a patógenos UFES+ USP _ _ 2011 X _ _ X _ _
al Ambient
intestinais isolados de dípteros

O controle da tuberculose na
36 Hino, P. et al USP _ _ 2011 Esc Anna Nery X _ _ X _ _
perspectiva da vigilância da saúde

Estudos de base populacional sobre


condições periodontais e
Farias, A.C. et Rev Bras
37 determinantes socioeconômicos em USP+ Unicamp _ _ 2011 X _ _ X _ _
al Epidemiol
adultos residentes no município de
Guarulhos (SP), Brasil, 2006
Queda dos homicídios no Município de
Peres, M.F.T. USP+ University of Rev Bras
38 São Paulo: análise exploratória de _ _ 2011 X _ _ X _ _
et al Coluumbia Epidemiol
possíveis condicionantes

Habitação saudável como determinante


Cohen, S.C. et
39 social da saúde: experiências Fiocruz _ _ 2011 RBPS X _ _ X _ _
al
internacional e nacional

Perfil epidemiológico de idosos e


fatores determinantes para a admissão Fonseca,
40 UnB _ _ 2011 Brasília Med X _ _ X _ _
em instituições de longa permanência A.C.C. et al
no distrito federal

98
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Cidadanias desiguais e reprodução


Textos e
41 das desigualdades na Leite, I.C. UFES _ _ 2011 X _ _ X _ _
Contextos
contemporaneidade capitalista

Natureza, cultura e sociedade: os


apssivos do processo produtivo como Cad Saúde
42 Sales, L.B.F. MS _ _ 2011 X _ _ X _ _
determinantes socioambientais de Coletiva
saúde

Unsafe abortion: social determinants


Fusco, C.L.B. Cad Saúde
43 and health inequities in a vulnerable UNIFESP _ _ 2012 X _ _ _ _ X
et al Pública
population in São Paulo, Brazil

Idosos com e sem plano de saúde e USP+ Ministério de


Hernandes, Rev Saúde
44 características socioepidemiologicas Desenvolvimento Social _ _ 2012 X _ _ X _ _
E.S.C. et al Pública
associadas e Combate à Fome

Fatores associados ao declínio do


Rev Saúde
45 déficit estatural em crianças e Leal, V.S. et al UFAL+ UFPE _ _ 2012 X _ _ X _ _
Pública
adolescentes em Pernambuco

Uso de serviços de saúde segundo


posição socioeconômica em Pavão, A.L.B. Rev Saúde
46 Fiocruz+ UERJ+ UFRJ _ _ 2012 X _ _ X _ _
trabalhadores de uma universidade et al Pública
pública
The severity of dental caries in adults
aged 35 to 44 years residing in the Costa, S.M. et BMC Oral
47 UFMG _ _ 2012 _ _ X _ _ X
metropolitan area of a large city in al Health
Brazil: a cross-sectional study
Avaliação da prevalência e de
determinantes nutricionais e sociais do
Rosaneli, C.F. PUC PR+ Um. Estadual Rev Assoc Med
48 excesso de peso em uma população de _ _ 2012 X _ _ X _ _
et al de Maringá Bras
escolares: análise transversal em 5.037
crianças

Determinantes sociais da saúde do Ciência e


49 Geib, L.T.C. Um Passo Fundo _ _ 2012 X _ _ X _ _
idoso Saúde Coletiva

Bioética e saúde coletiva: Junges,J.R. e USP+ Uni Vale do Rio Ciência e


50 _ _ 2012 X _ _ X _ _
convergências epistemológicas Zoboli, E.L.C.P. dos Sinos Saúde Coletiva

99
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Governança em saúde e ambiente para Ciência e


51 Buss, P.M. et al Fiocruz _ _ 2012 X _ _ X _ _
o desenvolvimento saudável Saúde Coletiva

Conferências municipais de saúde: o


Chaves, M.M.N. Rev Esc
52 movimento social organizado na USP+ UFPR _ _ 2012 X _ _ X _ _
e Egry, E.Y. Enferm USP
construção de intervênções em saúde

Micropolítica do trabalho dos


profissionais de saúde na UBS: visão Graziano, A.P. Rev Esc
53 USP _ _ 2012 X _ _ X _ _
sobre necessidades de saúde das e Egry, E.Y. Enferm USP
famílias

A epidemiologia como referencial


Medeiros, Rev Esc
54 teórico-metodológico no processo de UFPR _ _ 2012 X _ _ X _ _
A.R.P. et al Enferm USP
trabalho do enfermeiro

Revista
Percepção do processo saúde-doença:
Câmara, Brasileira de
55 significados e valores da educação em UFMG _ _ 2012 X _ _ X _ _
A.M.C.S. et al Educação
saúde
Médica

Inequalities in oral health and oral health


56 Moysés, S.J. PUC PR _ _ 2012 Braz Oral Res X _ _ X _ _
promotion

Percepções e comportamentos de Psicologia:


Borges, L.M. e
57 cuidados com a saúde entre homens UnB+ Uni Católica Bras _ _ 2012 ciência e X _ _ X _ _
Seidl, E.M.F.
idosos profissão

Physis Revista
Práticas intersetoriais nas políticas Azevedo, e. et
58 USP _ _ 2012 de Saúde X _ _ X _ _
públicas de promoção de saúde al
Coletiva

Conhecimento de agentes comunitárias Rev Eletrônica


Santana, F.R.
59 acerca dos determinantes sociais de UFG+ USP _ _ 2012 de X _ _ X _ _
et al
sua comunidade adscrita Enfermagem

Condições de vida, redes e apoio Gerhardt, T.E. e


60 UFRGS _ _ 2012 Revista APS X _ _ X _ _
social na procura por serviços de saúde Santos, D.L.

100
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano
Mortalidade materna em cidade-polo
de assistência na região Sudeste: Rev Med Minas
61 Faria, D.R. et al UFJF _ _ 2012 X _ _ X _ _
tendência temporal e determinantes Gerais
sociais

62 Epidemiologia da tuberculose Pillar, R.V.B. SMS RJ _ _ 2012 Pulmão RJ X _ _ X _ _

The association of neighbourhood and


individual social capital with consistent BMC
Lamarca, G.A. Fiocruz+ University
63 self- rated health: a longitudinal study in _ _ 2013 Pregnancy and _ _ X _ _ X
et al College London
Brazilian pregant and postpartum childbirth
womwn
Desigualdades sociais na distribuição
Antunes, F.P. et Cad Saúde
64 espacial das hospitalizações por UFBA _ _ 2013 X _ _ X _ _
al Pública
doenças respiratórias

Classe social: conceitos e esquemas Barata, R.B. et Rev Saúde


65 Santa Casa+ USP _ _ 2013 X _ _ X _ _
operacionais em pesquisa em saúde al Pública

Social capital and dental pain in


Santiago, B.M. BMC Oral
66 Brazilian northeast: a multilevel cross- UFPB _ _ 2013 _ _ X _ _ X
et al Health
sectional study
Os perímetros irrigados como
estratégia geopolítica para o
Pontes, A.G.V. Ciência e
67 desenvolvimento do semiárido e suaus UFC _ _ 2013 X _ _ X _ _
et al Saúde Coletiva
implicações à saúde, ao trabalho e ao
ambiente
Demandas de cuidado domiciliar da
Lima, I.C.V. et Rev Gaúcha
68 criança nascida exposta ao hiv na ótica UFC _ _ 2013 X _ _ X _ _
al Enferm
da teoria ambientalista

Determinantes sociais da saúde: Souza, D.O. et Saúde e


69 UFAL _ _ 2013 X _ _ X _ _
reflexões a partir da "questão social" al Sociedade

Desigualdades socioeconômicas na
incidência e mortalidade por câncer: Ribeiro, A.A. e Saúde e
70 USP _ _ 2013 X _ _ X _ _
revisão de estudos ecológicos, 1998- Nardocci, A.C. Sociedade
2008

101
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano
Saúde do homem e masculinidades na
Separavich,
política nacional de atenção integral à Saúde e
71 M.A. e Unicamp _ _ 2013 X _ _ X _ _
saúde do homem: uma revisão Sociedade
Canesqui, A.M.
bibliográfica

Rev Bras
72 Epidemiologia e políticas públicas Barata, R.B. Santa Casa _ _ 2013 X _ _ X _ _
Epidemiol

Processos de exclusão social e


iniquidades em saúde: um estudo de Alves, H. e Rev Panam
73 Fiocruz+ UFF _ _ 2013 _ X _ X _ _
caso a partir do Programa Bolsa Escorel, S. Salud Publica
Família, Brasil
Determinantes sociais e autorrelato de
tuberculose nas regiões metropolitanas Pinheiro, R.S. Rev Panam
74 Fiocruz+ UFRJ _ _ 2013 _ X _ X _ _
conforme a Pesqusa Nacional de et al Salud Publica
Amostra por Domicílios, Brasil

Socioeconomic inequalities in youth Barreto, S.M. et


75 UFMG+ UFOP _ _ 2013 BMJ Open _ _ X _ _ X
smoking in Brazil al

O uso de serviços de atenção primária


Cunha, C.L.F. Cad Saúde
76 à saúde pela população infantil em um UFMA _ _ 2013 X _ _ X _ _
et al Coletiva
estado do nordeste brasileiro

Conditional factors for untreated caries


Lopes, R.M. et
77 in 12-year-old children in the city of São USP _ _ 2013 Brazil Oral Res. X _ _ _ _ X
al
Paulo

Salcedo-
Determinantes sociais e hipertensão
78 Barrientos, USP _ _ 2013 Av. Enferm. X _ _ X _ _
arterial: um desafio na saúde coletiva
D.M. et al

Perfil clínico e sociodemográfico de


pacientes que abandonaram o Durans, J.J.F. Rev Pesq
79 UFMA _ _ 2013 X _ _ X _ _
tratamento de tuberculose no município et al Saúde
de São Luís- MA

Social geography of AIDS in Brazil:


Teixeura, Cad Saúde
80 identifying patterns of egional Fiocruz _ _ 2014 X _ _ _ _ X
T.R.A. et al Pública
inequalities

102
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Disability in instrumental activities of


Alexandre, T.S. Rev Saúde
81 daily living among older adults: gender USP+ UFSCar _ _ 2014 X _ _ _ _ X
et al Pública
differences

Perfil das perdas dentárias em adultos


Borges, C.M. et Ciência e
82 segundo o capital social, características UFMG _ _ 2014 X _ _ X _ _
al Saúde Coletiva
demográficas e socioeconômicas
Influência da organização da atenção
básica e das características
Fonseca, Ciência e
83 sociodemográficas da população na Unicamp _ _ 2014 X _ _ X _ _
D.A.V. et al Saúde Coletiva
demanda pelo pronto atendimento
odontológico municipal
Fatores de risco relacionados com
suicídios em Palmas (TO), Brasil, 2006- Ferreira, N.S. Ciência e
84 UnB+ Fiocruz _ _ 2014 X _ _ X _ _
2009, investigados por meio de et al Saúde Coletiva
autópsia psicossocial

Psychiatric morbidity and quality of life Fiocruz+ UNIFESP+


Portugal, F.B. J Bras
85 of primary care attenders in two cities in _ _ UERJ+ University of 2014 X _ _ _ _ X
et al Psiquiatr
Brazil Manchester
As consequencias do processo de
desterritorialização da pesca artesanal Freitas, M.B. e
Ciência e
86 na Baía de Sepetiba (RJ,Brasil): um Rodrigues, Fiocruz+ UFRJ _ _ 2014 X _ _ X _ _
Saúde Coletiva
olhar sobre as questões de saúde do S.C.A.
trabalhador e o ambiente
Saúde coletiva, território e conflitos
Porto, M.F.S. et Ciência e
87 ambientais: bases para um enfoque Fiocruz _ _ 2014 X _ _ X _ _
al Saúde Coletiva
socioambiental crítico

Sobredeterminação socioeclógica da
Schutz, G.E. et Ciência e
88 saúde da ruralidade em Humaitá, AM, UFRJ _ _ 2014 X _ _ X _ _
al Saúde Coletiva
Brasil

Determinantes sociais e saúde bucal Bueno, R.E. et Rev Panam


89 USP+ PUC PR _ _ 2014 _ X _ X _ _
de adultos nas capitais do Brasil al Salud Publica

Determinantes culturais da saúde: uma


Fernandez, Saúde e
90 abordagem para a promoção da Unicamp _ _ 2014 X _ _ X _ _
J.C.A. Sociedade
equidade

103
Apêndice 3: (continuação)

Instituição e/ou localidade Origem da revista Idioma


Instituição e/ou Em parceria com Em parceria com Ano de De outro
Título estudo Autores Revista Do mesmo De outros
localidade de um único instituição de outro país instituição de países não publicação país latino- português espanhol inglês
país países
país latino-americano latino-americanos americano

Lifetime induced abortion: a


Pilecco, F.B. et
91 comparison between women living and _ _ _ 2014 Plos one _ _ X _ _ X
al
not living with hiv

Determinantes do homicídios no Estado Sousa, C.A.M. Rev Bras


92 Fiocruz _ _ 2014 X _ _ X _ _
da Bahia, Brasil, em 2009 et al Epidemiol

Social aspects of dental caries in the Moimaz, S.A.S.


93 UNESP+ UEPG _ _ 2014 J Appl Oral Sci _ _ X _ _ X
context of mother-child pairs et al

Barreiras no tratamento da infecção


Esc Anna Nery
94 latente por tuberculose (ILTB) na Silva, A.R. et al UFRJ _ _ 2014 X _ _ X _ _
Rev de Enferm
criança: um estudo de caso

Condições de vida, gênero e saúde


Costa, Estudos de
95 mental entre trabalhadoras rurais UFRN+ Uni Potiguar _ _ 2014 X _ _ X _ _
M.G.S.G. et al Psicologia
assentadas

Health and development in BRICS Saúde e


96 Buss, P.M. et al Fiocruz _ _ 2014 X _ _ X _ _
countries Sociedade

Dental caries in inland Brazilian


Assaf, A.V. et
97 adolescents and its relationship with UFF+ UFPR _ _ 2014 Braz J Oral Sci X _ _ _ _ X
al
social determinants

Comparação da qualidade de vida das


mulheres com incontinência urinária Bomfim, I.Q.M. Cient Ciênc
98 Cesmac _ _ 2014 X _ _ X _ _
atendidas no sistema de saúde público et al Biol Saúde
e privado

Intersetorialidade, determinantes Ciência e


99 Silva, K.L. et al UFMG+ USP _ _ 2014 X _ _ X _ _
socioambientais e promoção da saúde Saúde Coletiva

Fatores associados aos ferimentos em


adolescentes, a partir da Pesquisa Malta, D.C. et MS+ UFMG+ USP+ Rev Bras
100 _ _ 2014 X _ _ X _ _
Nacional de Saúde dos Escolares al Fiocruz Epidemiol
(PeNSE 2012)

104
Apêndice 4: Artigos analisados da década de 1990: dados referentes aos modelos teóricos

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

serviços ou
situação de

específico?
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
agravo
saúde?
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Gênero e saúde no Brasil:


Aquino, E.M.L.
1 considerações a partir da Pesquisa _ quanti _ _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
et al
Nacional por Amostra de Domicílios

Mulher, Saúde e Trabalho no Brasil: Aquino, E.M.L. Não se Não se


2 X _ X Não _ gênero, reprodução social X _ _ _ _ _ X
Desafios para um Novo Agir et al aplica aplica

Epidemiologia do consumo de
Weiderpass, E
3 medicamentos no primeiro trimestre de _ quanti _ _ _ Não _ _ _ _ _ X _ X _
et al
vida em centro urbano do Sul do Brasil

crise epidemiologia,
Por uma epidemiologia da saúde Não se Não se
4 Barreto, M.L. X _ X Sim _ embasamento teórico, X _ _ _ _ _ X
coletiva aplica aplica
engajamento político,

Laurell e Noriega,
determinação, mediação,
Epidemiologia no século XXI: Não se Não se Breilh, Samaja,
5 Barata, R.B. X _ X Sim população, complexidade, X _ _ _ _ _ X
perspectivas para o Brasil aplica aplica Castellanos,
risco, causalidade, práxis
Almeida-Filho

Saúde pública e mudanças de Hábitos, fatores,


Não se Não se
6 comportamento: uma questão Chor, D. X _ X Não _ "comportamentos X _ _ _ X _ _
aplica aplica
contemporânea socialmente desejais"

Fatores associados à prova de trabalho


Pires, H.M.B et
7 de parto em primíparas com uma _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
al
cesárea anterior

A pesquisa em saúde infantil: a técnica Não se Não se modo de vida, mdo de


8 Dytz, J.L.G et al X _ X Sim Paim, Marx X _ _ _ _ _ X
do relato oral e o depoimento das mães aplica aplica produção, relações sociais

fatores estressores e
Migração, estresse e fatores
Mota, E.L.A et Não se Não se protetores, suporte social,
9 psicossociais na determinação da X _ X Não _ X _ _ _ _ _ X
al aplica aplica fatores psicossociais,
saúde da criança
mecanismos causais

105
Apêndice 5: Artigos analisados da década de 2000: dados referentes aos modelos teóricos

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Severidade de cárie em crianças e


Peres, K.G.A.
1 relação com aspectos sociais e _ quanti X _ X Não _ Não _ X _ _ X _ _
et al
comportamentais

Tendência secular da desnutrição e da


Monteiro,C.A. e
2 obesidade na infância na cidade de _ quanti _ _ X Sim _ Não _ X _ _ X _ _
Conde, W.L.
São Paulo (1974- 1996)

Tendência secular do peso ao nascer Monteiro,C.A.


3 _ quanti _ _ X Sim _ Não _ X _ _ X _ _
na cidade de São Paulo (1976- 1998) et al

Tendência secular das parasitoses


Ferreira, M.U.
4 intestinais na infância na cidade de São _ quanti _ _ X Sim _ Não _ X _ _ X _ _
et al
Paulo (1984- 1996)

Tendência secular da doença


Benício,
5 respiratória na infância na cidade de _ quanti _ _ X Sim _ Não _ X _ _ X _ _
M.H.D.A. et al
São Paulo (1984- 1996)

Tendência secular da doença diarréica Benício,


6 na infância na cidade de São Paulo M.H.D.A. e _ quanti _ _ X Sim _ Não _ X _ _ X _ _
(1984- 1996) Monteiro, C.A.

Ecoepidemioloia da esquistossomose
Barbosa, C.S.
7 urbana na ilha de Itamaracá, Estado de _ quanti X _ X Não _ Fluxos migratórios _ X _ _ _ _ X
et al
Pernambuco

Promoção da saúde e qualidade de Não se Não se


8 Buss, P.M. X _ X Sim _ Promoção da saúde X _ _ _ X _ _
vida aplica aplica

Trabalho e subjetividade: cargas e


9 Bosi, M.L.M. _ quali X _ _ Não _ Trabalho X _ _ _ _ X _
sofrimento na prática da nutrição social

Tendência secular do crescimento pós-


Monteiro, C.A.
10 natal na cidade de São Paulo (1974- _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
e Conde, W. L.
1996)

106
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Relação entre homicídios e indicadores Barata, R.B. e


11 econômicos em São Paulo, Brasil, Ribeiro, _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ _ _ X
1996 M.C.S.A.

Utilización de los servicios de salud: Mendoza-


12 una revisión sistemática sobre los Sassi,R. e _ revisão X _ X Não _ Não _ _ _ X X _ _
factores relacionados Béria,J.U.

Práticas educativas e prevenção de


Não se Não se
13 HIV/ Aids: lições aprendidas e desafios Ayres, J.R.C.M. X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
aplica aplica
atuais

Desigualdade social e outros


Drachler, M.L.
14 determinantes da altura de crianças: _ quanti X _ X Não _ Não _ X _ _ X _ _
et al
uma análise multinível

Opinião de escolares e educadores


sobre saúde: o ponto de vista da escola Soares, C.B. et
15 _ quali X X X Sim Breilh Não X _ _ _ _ _ X
pública de uma região periférica do al
Município de São Paulo
Ilustra-se,
seem
Fatores determinantes da capacidade Rosa, T.E.C. et
16 _ quanti X X X definição _ _ _ X _ _ X _ _
funcional entre idosos al
ou
aprofunda

Elderly people's definition of quality of Xavier, F.M.F.


17 _ quanti X _ X Não _ Não _ X _ _ X _ _
life et al

A participação das mulheres com


câncer de mama na escolha do Arantes, S.L e
18 _ quali X _ _ Não _ Não _ _ _ X _ _ _
tratamento: um direito a ser Mamede, M.V.
conquistado
Aleitamento materno: como é
vivenciado por mulheres assistidas em
Ramos, C.V. e
19 uma unidade de saúde de referência na _ quali _ _ X Não _ Não _ _ X _ _ _ _
Almeida, J.A.G.
atenção materno-infantil em Teresina,
Piauí

Neri, M. e Sim: desigualdade e


20 Desigualdade social e saúde no Brasil _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ X X _ _
Soares, W. equidade

107
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?
Iniquidades em saúde no Brasil, nossa
Sim: desigualdade,
mais grave doença: comentários sobre Buss, P.M e X
Não se Não se iniquidade, capital social,
21 o documento de referência e os Pellegrini-Filho, (inform _ X Sim _ X _ _ _ X _ _
aplica aplica promoção da saúde, políticas
trabalhos da Comissão Nacional sobre A. e)
públicas
Determinantes
Determinantes Sociais
sociais da Saúdeda
e biológicos
cárie dentária em crianças de 6 anos
Peres, M.A. et
22 de idade: um estudo transversal _ quamti X _ X Sim _ _ _ X _ _ X _ _
al
aninhado numa coorte de nascidos
vivos no Sul do Brasil
Socioeconomic position and health in a
Lima-Costa,
23 population of Brazilian elderly: the _ quanti X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
M.F. et al
Bambuí Health and aging study (BHAS)

Determinantes na escolha entre


Bós, A.M.G e
24 atendimento de saúde privada e pública _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
Bós, A.J.G
por idosos
quali
(aprese
Amamentação: um híbrido natureza- Almeida, J.A.G Não se Não se
25 _ ntado X Não _ _ _ _ X _ _ _ _
cultura e Novak,F.R. aplica aplica
na
forma
Prevalência e fatores associados ao
Oehlschlaeger,
26 sedentarismo em adolescentes de área _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
M.H.K et al
urbana

Promoção da saúde. Porque sim e Bydlowski, C.R. Não se Não se


27 X _ X Sim Buss promoção da saúde X _ _ _ X _ _
porque ainda não! et al aplica aplica

Socioeconomic status and obesity in


Monteiro, C.A.
28 adult populations of developing _ revisão X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
countries: a review

Socio-demographic determinants of self- Szwarcwald,


29 _ quali X X X Não _ _ X _ _ _ X _ _
rated health in Brazil C.L. et al

Estratificação sócio-econômica em
estudos epidemiológicos de cárie
Boing, A.F. et
30 dentária e doenças periodontais: _ revisão X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
al
características da produção na década
de 90

108
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

State of animus among Brazilians: Szwarcwald,


31 _ quanti X _ _ Não _ _ X _ _ _ X _ _
influence of socioeconomic context? C.L. et al

Partos domiciliares acidentais na Almeida, M.F.


32 _ quanti X _ _ Não _ _ _ _ _ X X _ _
região sul do Município de São Paulo et al

Phebo, L. e
Violência urbana: um desafio para o
33 Moura, _ revisão X _ _ Não _ violência _ _ X _ X _ _
pediatra
A.T.M.S.

Desafios ao estudo da contaminação Não se Não se


34 Peres, F. et al X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
humana e ambiental por agrotóxicos aplica aplica

História, conquistas e perspectivas no


35 Silva, L.R. et al X _ _ _ _ Não _ Não _ _ _ _ _ _ _
cuidado à mulher e à criança

Estudo Pró-Saúde: características Faerstein, E. et


36 X _ X _ _ Não _ _ X _ _ _ X _ _
gerais e aspectos metodológicos al

O controle do tabagismo no Brasil: Cavalcante, Não se Não se


37 X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
avanços e desafios T.M. aplica aplica

Problematização como estratégia de Rodrigues,


38 educação nutricional com adolescentes E.M. e Boog, _ quali X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
obesos M.C.F.

Estado nutricional e fatores associados


Menegolla, I.A.
39 à estatura de crianças de Terra _ quanti X X X Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
Indígena Guarita, Sul do Brasil

Determinantes dos déficits ponderal e


Oliveira, V.A. et
40 de crescimento linear de crianças _ quanti _ X X Sim Unicef _ _ X _ _ X _ _
al
menores de dois anos

109
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Desigualdades sociodemográficas e
41 suas consequências sobre o peso do Leal, M.C. et al _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
recém-nascido

Determinantes individuais e contextuais


da necessidade de tratamento Antunes, J.L.F.
42 _ quanti _ X X Não _ _ _ _ _ X X _ _
odontológico na dentição decídua no et al
Brasil
Determinantes sócio-culturais e
históricos das práticas populares de
43 Kreutz, I. et al _ quali X _ _ Não _ Não _ _ X _ X _ _
prevenção e cura de doenças de um
grupo cultural

Suporte social, promoção da saúde e


Araújo, S.S.C. Chammé, Paes-
44 saúde bucal na população idosa no X _ X _ _ Sim _ _ X _ _ X _ _
et al Sousa
Brasil

Matsudo,
Atividade física no tratamento da V.K.R. e Não se Não se
45 X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
obesidade Matsudo, aplica aplica
S.M.M.

Características de clientes com doença


Pacheco, G.S.
46 renal crônica: evidências para o ensino _ quanti X X _ Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
do autocuidado

Demand for emergency health service:


Carret, M.L.V.
47 factors associated with inappropriate _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
et al
use

Dentes da desigualdade: marcas


bucais da experiência vivida na Moreira, T.P. et
48 _ quali X _ X Não _ desigualdades/ iniquidades X _ _ _ X _ _
pobreza pela comunidade do Dendê, al
Fortaleza, Ceará, Brasil
Distribuição espacialda taxa de
mortalidade infantile principais Bezerra-Filho,
49 _ quanti _ _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
determinantes no Ceará, Brasil, no J.G. et al
período 2000-02

Infant mortality in the Federal District,


Monteiro, R.A e
50 Brazil: time trend and socioeconimic _ quanti _ _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
Schmitz, B.A.S.
inequalities

110
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Empowerment como forma de


Tavolaro,P. et Não se Não se
51 prevenção de problemas de saúde em X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
al aplica aplica
trabalhadores de abatedouros

A pobreza como fator predisponente ao


Rocha, F.L.R.
52 adoecimento de trabalhadores do corte _ quanti X X X Sim _ _ X _ _ _ X _ _
et al
da cana-de açúcar

Mortalidade infantil e contxto


Bezerra-Filho,
53 socioeconômico no Ceará, Brasil, no _ revisão X X X Sim _ _ X _ _ _ _ _ X
J.G. et al
período de 1991 a 2001

Determinação social da odontalgia em


estudos epidemiológicos: revisão Bastos, J.L.D. Não se Não se
54 X _ X Sim Brunner, Petersen _ X _ _ _ _ _ X
teórica e proposta de um modelo et al aplica aplica
conceitual

Mecanismos pessoais e coletivos de


Costa, M.C.O. Não se Não se promoção da saúde e
55 proteção e promoção da qualidade de X _ X Sim _ X _ _ _ X _ _
e Brigas,M. aplica aplica resiliência
vida para a infância e adolescência

Sim: modelos explicativos do


Buss, P.M. e
Não se Não se processo saúde-doença e
56 A saúde e seus determinantes sociais Pellegrini-Filho, X _ X Sim Krieger e Tarlov X _ _ _ X _ _
aplica aplica saúde pública ao longo do
A.
tempo, iniquidades

O enfoque dos determinantes sociais Sim: noção de sociedade,


Zioni, F; e Não se Não se Buss, Breilh, Villar,
57 da saúde sob o ponto de vista da teoria X _ X Sim participação popular, X _ _ _ _ _ X
Westphal, M.F. aplica aplica Periago
social ciências sociais

Especificidades de usuários (as) de


Oliveira, J.F. et
58 drogas visando uma assistência _ revisão X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
al
baseada na heterogeneidade

Construindo um programa de educação Duarte, L.R. et


59 _ quali _ _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
com agentes comunitários de saúde al

Gender and health inequalities among Barata, R.B. et


60 _ quanti X _ X Sim _ Sim: gênero e iniquidades X _ _ _ _ _ X
adolescents and adults in Brazil, 1998 al

111
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Air, water, land: mexican- origin


García, C.M e
61 adolescents' perceptions of health and _ quali X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
Medeiros, M.
the environment

Desmame precoce: representações Silva, M.B.C. et


62 _ quali X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
sociais das mães al

Um olhar sobre a informação no espaço Alves-Souza, Não se Não se


63 X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
de fortalecimento da cidadania R.A. et al aplica aplica

Determinantes e consequências as
Alencar, F.H et
64 insegurança alimentar no Amazonas: a _ quanti X _ _ Nã0 _ _ _ X _ _ X _ _
al
influência dos ecossistemas

Inequalities in mortality of men by oral


and pharyngeal cancer in Barcelona, Antunes, J.L.F.
65 _ quanti X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
Spain and São Paulo, Brazil, 1995- et al
2003

Determinants of cognitive function in


Santos, D.N. et
66 childhood: A cohort study in a middle _ quanti X X X Não _ _ _ _ X _ X _ _
al
income context

A salutogenic approach to oral health Não se Não se


67 Silva, A.N. et al X _ X Não _ Promoção da saúde X _ _ _ X _ _
promotion aplica aplica

Acesso e utilização de serviços


odontológicos no Estado do Rio de Manhães,
68 Janeiro, Brasil, em 1998: um estudo A.L.D e Costa, _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
exploratório a partir da Pesquisa A.J.L.
Nacional por Amostra de Domicílios

Cultural significance of primary teeth for Nations, M.K. et


69 _ quali X _ _ Não _ _ _ _ X _ X _ _
caregivers in Northest Brazil al

Determinantes sociais da iniciação


sexual precoce na coorte de Gonçalves, H.
70 _ quanti X X X Não _ _ _ _ X _ X _ _
nascimentos de 1982 a 2004-5, et al
Pelotas, RS

112
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Sousa, T.R.V. e
Análise por dados em painel do status
71 Leite-Filho, _ quanti X X X Não _ _ X _ _ _ X _ _
de saúde no Nordeste Brasileiro
P.A.M

Explorando as múltiplas trajetórias de


causalidade: colaboração entre Béhague, D.P.
72 _ quali X X X Sim _ causalidade X _ _ _ X _ _
antropologia e epidemiologia na coorte e Gonçalves,H.
de nascimentos de 1982, Pelotas, RS

A utilização do conceito de Nichiata, L.Y.I.


73 _ quali _ _ X Não _ risco/ vulnerabilidade _ _ _ X X _ _
vulnerabilidade pela enfermagem et al

Perspectiva da investigação sobre Wunsch-Filho, classes sociais, cadeia


74 _ revisão X _ X Sim _ _ X _ _ _ _ X
determinantes sociais em câncer V. et al causal, desigualdade social

Possas, Almeida-
Desigualdades de classe e gênero e Sim: classe social, gênero,
75 Ludermir, A.B. _ revisão X _ X Sim Filho e vários _ X _ _ _ _ X
saúde mental nas cidades desigualdades
outros

Unidade de contexto e observação


Proietti, F.A. et Não se Não se siatribuição geográfica de
76 social sistemática em saúde: conceitos X _ X Não _ X _ _ _ X _ _
al aplica aplica determinantes
e métodos

Fatores associados ao déficit


nutricional em crianças residentes em Barroso, G.S. Sim
77 _ quanti X X X _ _ _ X _ _ X _ _
uma área de prevalência elevada de et al (ilustra)
insegurança alimentar
Prevalência e determinantes precoces
dos transtornos mentais comuns na
78 Anselmi, L. et al _ quanti _ _ _ _ _ _ _ X _ _ X _ _
coorte de nascimentos de 1982,
Pelotas, RS

modelo de desenvolvimento,
Promoção da saúde: possibilidade de
79 Silva, J.G. _ revisão X _ X Sim _ contexto, determinantes X _ _ _ _ _ X
superação das desigualdades sociais
históricos, medicina social

Experiencing oral cancer: what poor


Nations, M.K. et
80 brazilians believe and dentits should _ quali X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
al
know

113
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?
Prevalência de anemia nas gestantes
Santos, P.N.P.
atendidas em unidades de saúde em
81 e Cerqueira, _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
Feira de Santana, Bahia, entre outubro
E.M.M.
de 2005 e março de 2006
Além da DOTS (Directly observed
Sánchez, A.I.M.
treatment short-course) no controle da
82 e Bertolozzi, _ quali _ X _ Sim Breilh _ _ X _ _ X _ _
tuberculose: interface e
M.R.
compartilhamento de necessidades
Violência conjugal, um problema social
Lamoglia,
e de saúde pública: estudo em uma
83 C.V.A e _ quanti X _ _ Não _ _ _ _ X _ X _ _
delegacia do interior do Estado do Rio
Minayo, M.C.S.
de Janeiro

Saúde, trabalho e ambiente no meio Não se Não se


84 Peres, F. X _ X Não _ _ X _ _ _ _ _ X
rural brasileiro aplica aplica

Resiliência: nova perspectiva na Noronha, Não se Não se


85 X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
Promoção da Saúde da Família? M.G.R.C.S et al aplica aplica

Eixos de desenvolvimento econômico e


geração de conflitos socioambientais Porto, M.F. e
86 _ quali X _ X Não _ _ X _ _ _ _ _ X
no Brasil: desafios para a Milanez, B.
sustentabilidade e a justiça ambiental

Concepções dos cuidados em saúde Vecchia, M.D.


87 mental por uma equipe de saúde da e Martins, _ quali X X X Não _ _ _ _ _ X _ _ X
família, em perspectiva histórico-cultural S.T.F.

Calcium intake and its relationship with


Goldberg,
88 risk of overweight and obesity inn _ quanti _ _ _ Não _ Não _ _ _ _ _ _ _
T.B.L. et al
adolescents

Não se Não se
89 Direito à saúde, biopoder e bioética Junges. J.R. X _ X Não _ Não X _ _ _ X _ _
aplica aplica

Ceballos,
Determinantes sociais de alterações
90 A.G.C. e _ X X _ _ Sim _ Não _ X _ _ X _ _
fonoaudiológicas
Cardoso, C.

114
Apêndice 5: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

serviços ou
situação de

específico?
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
agravo
saúde?
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?
Is it better to be rich in a poor area or Susser e Comissão
poor in a rich area? A multilevel analysis Ximenes, de Determinantes
91 _ quanti X _ X Sim Epidemiologia ecológica _ X _ _ X _ _
of a case-control study of social R.A.A. et al Sociais da Saúde
determinants of tuberculosis da OMS

Determinant factors of toothachein 8-


Barrêto, E.P.R.
92 and 9- year-old schoolchildren, Belo _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
Horizonte, MG, Brazil

Dengue, geoprocessamento e
Flauzino, R.F.
93 indicadores socioeconômicos e _ revisão _ _ _ Não _ Condições de vida _ X _ _ _ _ X
et al
ambientais: um estudo de revisão

Fatores determinantes de consumo


Estima, C.C.P.
94 alimentar: por que os indivíduos comem _ revisão X _ X Sim _ _ _ _ X _ X _ _
et al
o que comem?

Vulnerabilidade de mulheres à AIDS:


95 estudo da mortalidade segundo anos Prata, M.C.S. _ quanti X X X Não _ _ _ X _ _ X _ _
potenciais de vida perdidos

Oliveira, D.S.C. Não se Não se


96 Modelo produtivo para a leptospirose X _ X Sim _ _ _ X _ _ X _ _
et al aplica aplica

Desigualdades socioeconômicas e Assis, S.G. et


97 _ quanti X _ X Sim Buss _ _ X _ _ X _ _
saúde mental infantil al

Causas do declínio da desnutrição Monteiro, C.A.


98 _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
infanil no Brasil, 1996- 2007 et al

115
Apêndice 6: Artigos analisados de 2010 a 2014: dados referentes aos modelos teóricos

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Intraurban differences in the use of


1 ambulatory health services in a large Turci, M.A. et al _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
brazilian city

Gravidez na adolescência e outros


fatores de risco para mortalidade fetal e Oliveira, E.F.V.
2 _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
infantil no Município do Rio de Janeiro, et al
Brasil

Socioeconomiic inequities in the health


Barros, F.C. et
3 and nutrition of children in low/ middle _ revisão _ X X Sim _ _ X _ _ _ X _ _
al
income counties

Avaliação do risco nutricional em


Alvarenga,
4 idosos atendidos por Equipes de _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
M.R.M. et al
Saúde da Família

O papel da enfermagem no controle da


Oblitas, F.Y.M. rrevisã
5 tuberculose: uma discussão sob a _ X _ _ Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al o
perspectiva da equidade

Determinantes sociais da saúde:


características da comunidade e Sant'anna, C.F.
6 _ quali X X X Sim CNDSS _ X _ _ _ X _ _
trabalho das enfermeiras na saúde da et al
família
Modelo de organização de indicadores
para operacionalização de Sobral, A. e Não se Não se
7 X _ X Sim OMS, CNDSS _ X _ _ _ X _ _
determinantes socioambientais de Freitas,C.M. aplica aplica
saúde

Determinantes individuais da utilização


Baldani, M.H. et
8 de serviços odontológicos por adultos e _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
al
idosos de baixa renda

Doença e incapacidade: dimensões


Riquinho, D.L. Não se Não se
9 subjetivas e identidade social do _ quali X Sim OMS _ X _ _ _ X _ _
e Gerhardt, T.E. aplica aplica
trabalhador rural

Morte materna: uma expressão da Cardoso, L.M.


10 _ quali X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
"questão social" et al

116
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Child development in a birth cohort:


Barros, A.J.D.
11 effect of chid stimulation is stronger in _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
et al
less educated mothers

Fatores associados à não-adesão ao


tratamento com anti-hipertensivos em Santa- Helena,
12 _ quanti X _ X Sim _ _ _ X _ _ X _ _
pessoas atendidas em unidades de E.T. et al
saúde da família
Redes sociais: uma proposta para o
estudo do comportamento alimentar no Não se Não se
13 Araújo, M. et al X _ X Não redes sociais _ _ _ X _ X _ _
planejamento e execução de aplica aplica
programas educativos

Cárie dentária e determinantes sociais


Catani, D.B. et
14 de saúde em escolares do município de _ quanti X _ X Sim _ _ _ X _ _ X _ _
al
Piracicaba- SP

Guimarães,
Desigualdades sociais e trabalho
15 R.M. e Asmus, _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
infantil no Brasil
C.R.F.

Promoção de saúde do adolescente Gomes, C.M. e


16 _ quali X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
em âmbito escolar Horta, N.C.

O percurso da linha do cuidado sob a


Malta, D.C. e Não se Não se
17 perspectiva das doenças crônicas não X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
Merhy, E.E. aplica aplica
transmissíveis

Investigating envirnmental determinants


Jaime, P.C. et
18 of diet, physical activity and overweight _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
al
among adults in São Paulo, Brazil

The burden of physical activity on type 2


Codogno, J.S.
19 diabetes public healthcare expenditures _ X X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
among adults: a retrospective study

Effects of social and environmental


determinants on overweight and obesity Guedes, D.P.
20 _ X X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
among Brazilian schoolchildren from a et al
developing region

117
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?
Public policy and the social
gerações de estudos e
determinants of health: the challenge of Pellegrini- Não se Não se
21 X _ X Sim _ modelos de determinantes X _ _ _ X _ _
the production and use of scientific Filho, A. aplica aplica
sociais da saúde
evidence

Trends in tehe investigation of social


Celeste, R.K. et
22 determinants of health: selected themes _ revisão X X X Não _ _ X _ _ _ X _ _
al
and methods

Mortality among Guarani indians in Cardoso, A.M.


23 _ quanti _ _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
Southeastern and Southern Brazil et al

Monitoring Millenium Development


Goals in Brazilian municipalities: Westphal, M.F.
24 _ quanti X _ _ Não _ _ X _ _ _ X _ _
challenges to be met in facing up to et al
iniquities

Employment conditions and health


25 Dias, E.C. et al X _ X _ _ Não _ _ X _ _ _ X _ _
inequities: a case study of Brazil

Inequalities in acces and utilization of


dental services: a cross- sectional study Baldani, M.H. e
26 _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
in a area covered by the Family Healh Antunes, J.L.F.
Strategy

Iniquidade na assistência à gestação e


27 ao parto em município do semiárido Mano, P.S. et al _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
brasileiro
Determinantes do abandono do
aleitamento materno exclusivo em
Carrascoza,
28 crianças assistidas por programa _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
K.C. et al
interdisciplinar de promoção à
amamentação
Atraso vacinal e seus determinantes:
Tertuliano, G.C.
29 um estudo em localidade atendida pela _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
e Stein, A.T.
Estratégia de Saúde da Família

Desigualdade racial de saúde e Não se Não se


30 Santos, J.A.F. X _ X Sim _ Classe social e raça X _ _ _ _ _ X
contexto de classe no Brasil aplica aplica

118
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

X
Conferência Mundial sobre Pellegrini-Filho, Não se Não se
31 (editori _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
determinantes sociais da saúde A. aplica aplica
al)

Health conditions and health-policy Victora, C.G. et Não se Não se


32 X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
innovations in Brazil: the way forward al aplica aplica

Maternal and child health in Brazil: Victora, C.G. et Não se Não se


33 X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
progress and challenges al aplica aplica

Successes and failures in the control of


infectious diseases in Brazil: social and Barreto, M.L. et Não se Não se
34 X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
environmental context, policies, al aplica aplica
intervencions, and research needs

Insalubridade ambiental e aspectos


Ribeiro, M.J. et
35 sociais associados a patógenos _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
al
intestinais isolados de dípteros

O controle da tuberculose na Não se Não se


36 Hino, P. et al X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
perspectiva da vigilância da saúde aplica aplica

Estudos de base populacional sobre


condições periodontais e
Farias, A.C. et
37 determinantes socioeconômicos em _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
al
adultos residentes no município de
Guarulhos (SP), Brasil, 2006
Queda dos homicídios no Município de
Peres, M.F.T.
38 São Paulo: análise exploratória de _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
et al
possíveis condicionantes

Habitação saudável como determinante


Cohen, S.C. et
39 social da saúde: experiências _ revisão X _ X Sim Tarlov, Buss _ X _ _ _ X _ _
al
internacional e nacional

Perfil epidemiológico de idosos e


fatores determinantes para a admissão Fonseca,
40 _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
em instituições de longa permanência A.C.C. et al
no distrito federal

119
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Cidadanias desiguais e reprodução


Não se Não se
41 das desigualdades na Leite, I.C. X _ X Não _ cidadania e desigualdade X _ _ _ _ _ X
aplica aplica
contemporaneidade capitalista

Natureza, cultura e sociedade: os


apssivos do processo produtivo como Não se Não se
42 Sales, L.B.F. X _ X Não _ _ X _ _ _ _ _ X
determinantes socioambientais de aplica aplica
saúde

Unsafe abortion: social determinants


Fusco, C.L.B.
43 and health inequities in a vulnerable _ quanti X _ X Sim Buss _ _ _ X _ X _ _
et al
population in São Paulo, Brazil

Idosos com e sem plano de saúde e


Hernandes,
44 características socioepidemiologicas _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
E.S.C. et al
associadas

Fatores associados ao declínio do


45 déficit estatural em crianças e Leal, V.S. et al _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
adolescentes em Pernambuco

Uso de serviços de saúde segundo


posição socioeconômica em Pavão, A.L.B.
46 _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
trabalhadores de uma universidade et al
pública
The severity of dental caries in adults
aged 35 to 44 years residing in the Costa, S.M. et
47 _ quanti X _ X Sim Krieger Sim: capital social _ X _ _ X _ _
metropolitan area of a large city in al
Brazil: a cross-sectional study
Avaliação da prevalência e de
determinantes nutricionais e sociais do
Rosaneli, C.F.
48 excesso de peso em uma população de _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
escolares: análise transversal em 5.037
crianças
OMS, Buss,
Determinantes sociais da saúde do Não se Não se
49 Geib, L.T.C. X _ X Sim Krieger, Dahlgren e _ X _ _ _ X _ _
idoso aplica aplca
Whitehead

Bioética e saúde coletiva: Junges,J.R. e Não se Não se complexidade, usos da


50 X _ X Não _ X _ _ _ _ _ X
convergências epistemológicas Zoboli, E.L.C.P. aplica aplca ciência

120
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Governança em saúde e ambiente para Não se Não se


51 Buss, P.M. et al X _ X Não _ governança X _ _ _ X _ _
o desenvolvimento saudável aplica aplca

Conferências municipais de saúde: o


Chaves, M.M.N.
52 movimento social organizado na _ quali X _ X Sim Heller participação popular _ _ X _ _ _ X
e Egry, E.Y.
construção de intervênções em saúde

Micropolítica do trabalho dos


profissionais de saúde na UBS: visão Graziano, A.P. Fonseca e
53 _ quali X _ X Sim _ _ _ _ X _ _ X
sobre necessidades de saúde das e Egry, E.Y. Bertolozzi
famílias

A epidemiologia como referencial


Medeiros, Não se Não se
54 teórico-metodológico no processo de X _ X Sim _ vertentes da epidemiologia X _ _ _ _ _ X
A.R.P. et al aplica aplica
trabalho do enfermeiro

Percepção do processo saúde-doença:


Câmara,
55 significados e valores da educação em _ quali X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
A.M.C.S. et al
saúde

Inequalities in oral health and oral health


56 Moysés, S.J. _ revisão X _ X Sim OMS _ _ X _ _ X _ _
promotion

Percepções e comportamentos de
Borges, L.M. e
57 cuidados com a saúde entre homens _ quali X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
Seidl, E.M.F.
idosos

Práticas intersetoriais nas políticas Azevedo, e. et


58 _ quali X _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
públicas de promoção de saúde al

Buss e
Conhecimento de agentes comunitárias
Santana, F.R. Pellegrini_Filho,
59 acerca dos determinantes sociais de _ quali X X X Sim _ X _ _ _ X _ _
et al Dowbor, Dahlgren
sua comunidade adscrita
e Whitehead

Condições de vida, redes e apoio Gerhardt, T.E. e


60 _ quali X X X Sim Tarlov _ X _ _ _ X _ _
social na procura por serviços de saúde Santos, D.L.

121
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?
Mortalidade materna em cidade-polo
de assistência na região Sudeste:
61 Faria, D.R. et al _ quanti X _ _ Não _ _ _ X _ _ X _ _
tendência temporal e determinantes
sociais

Não se Não se
62 Epidemiologia da tuberculose Pillar, R.V.B. X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
aplica aplica

The association of neighbourhood and


individual social capital with consistent
Lamarca, G.A. Sim: capital social e suas
63 self- rated health: a longitudinal study in _ quanti X _ X Não ~_ X _ _ _ X _ _
et al dimensões
Brazilian pregant and postpartum
womwn
Desigualdades sociais na distribuição
Antunes, F.P. et Sim: condições de vida,
64 espacial das hospitalizações por _ quanti X X X Não _ _ X _ _ _ _ X
al desigualdades, espaço
doenças respiratórias

Classe social: conceitos e esquemas Barata, R.B. et Não se Não se


65 X _ X Sim _ Classes sociais X _ _ _ _ _ X
operacionais em pesquisa em saúde al aplica aplica

Social capital and dental pain in


Santiago, B.M.
66 Brazilian northeast: a multilevel cross- _ quanti X X X Sim Marmot Capital social _ X _ _ X _ _
et al
sectional study
Os perímetros irrigados como
estratégia geopolítica para o
Pontes, A.G.V. Buss, Breilh e dinâamica internaciional e
67 desenvolvimento do semiárido e suaus _ quali X X X Sim X _ _ _ _ _ X
et al Laurell modelo de desenvolvimento
implicações à saúde, ao trabalho e ao
ambiente
Demandas de cuidado domiciliar da
Lima, I.C.V. et Florence
68 criança nascida exposta ao hiv na ótica _ quali X _ X Sim _ _ X _ _ X _ _
al Nightingale
da teoria ambientalista

Determinantes sociais da saúde: Souza, D.O. et Não se Não se Buss, Pellegrini-


69 X _ X Sim capitalismo X _ _ _ _ _ X
reflexões a partir da "questão social" al aplica aplica Filho, Whitehead

Desigualdades socioeconômicas na
incidência e mortalidade por câncer: Ribeiro, A.A. e
70 _ revisão X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
revisão de estudos ecológicos, 1998- Nardocci, A.C.
2008

122
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?
Saúde do homem e masculinidades na
Separavich,
política nacional de atenção integral à
71 M.A. e _ revisão X X X Não _ gênero X _ _ _ X _ _
saúde do homem: uma revisão
Canesqui, A.M.
bibliográfica

Não se Não se niveis de abordagem e de


72 Epidemiologia e políticas públicas Barata, R.B. X _ X Sim OMS X _ _ _ X _ _
aplica aplica intervenção

Processos de exclusão social e


iniquidades em saúde: um estudo de Alves, H. e
73 _ quali X _ X Sim OMS exclusão social X _ _ _ X _ _
caso a partir do Programa Bolsa Escorel, S.
Família, Brasil
Determinantes sociais e autorrelato de
tuberculose nas regiões metropolitanas Pinheiro, R.S.
74 _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
conforme a Pesqusa Nacional de et al
Amostra por Domicílios, Brasil

Socioeconomic inequalities in youth Barreto, S.M. et


75 _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
smoking in Brazil al

O uso de serviços de atenção primária


Cunha, C.L.F.
76 à saúde pela população infantil em um _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
et al
estado do nordeste brasileiro

Conditional factors for untreated caries


Lopes, R.M. et
77 in 12-year-old children in the city of São _ quanti X _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
al
Paulo

Salcedo-
Determinantes sociais e hipertensão
78 Barrientos, _ quanti X _ _ Sim os próprios _ _ X _ _ X _ _
arterial: um desafio na saúde coletiva
D.M. et al

Perfil clínico e sociodemográfico de


pacientes que abandonaram o Durans, J.J.F.
79 _ quanti _ _ X Não _ _ _ _ _ X X _ _
tratamento de tuberculose no município et al
de São Luís- MA

Social geography of AIDS in Brazil:


Teixeura,
80 identifying patterns of egional _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
T.R.A. et al
inequalities

123
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Disability in instrumental activities of


Alexandre, T.S.
81 daily living among older adults: gender _ quanti X X X Não _ _ X _ _ _ X _ _
et al
differences

Perfil das perdas dentárias em adultos


Borges, C.M. et
82 segundo o capital social, características _ quanti X X X Sim _ _ _ X _ _ X _ _
al
demográficas e socioeconômicas
Influência da organização da atenção
básica e das características
Fonseca,
83 sociodemográficas da população na _ quanti X X X Não _ _ _ _ _ X X _ _
D.A.V. et al
demanda pelo pronto atendimento
odontológico municipal
Fatores de risco relacionados com
suicídios em Palmas (TO), Brasil, 2006- Ferreira, N.S.
84 _ quali _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
2009, investigados por meio de et al
autópsia psicossocial

Psychiatric morbidity and quality of life


Portugal, F.B.
85 of primary care attenders in two cities in _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
et al
Brazil
As consequencias do processo de
desterritorialização da pesca artesanal Freitas, M.B. e Dalhgren e
86 na Baía de Sepetiba (RJ,Brasil): um Rodrigues, _ quali X X X Sim Whitehead, território X _ _ _ _ _ X
olhar sobre as questões de saúde do S.C.A. CNDSS
trabalhador e o ambiente
perspectivas teóricas em
Saúde coletiva, território e conflitos
Porto, M.F.S. et Não se Não se determinação social,
87 ambientais: bases para um enfoque X _ X Sim _ X _ _ _ _ _ X
al aplica aplica trajetória MS, justiça
socioambiental crítico
ambiental

Sobredeterminação socioeclógica da Metabolismo social, modo


Schutz, G.E. et
88 saúde da ruralidade em Humaitá, AM, _ quali X X X Sim Os próprios de produção, X _ _ _ _ _ X
al
Brasil sobredeterminação

Determinantes sociais e saúde bucal Bueno, R.E. et


89 _ quanti X X X Sim OMS, CNDSS _ X _ _ _ X _ _
de adultos nas capitais do Brasil al

Determinantes culturais da saúde: uma


Fernandez, Não se Não se
90 abordagem para a promoção da X _ X Sim _ cultura X _ _ _ X _ _
J.C.A. aplica aplica
equidade

124
Apêndice 6: (continuação)

Cita-se Determinação/ Define-se Determinação ou determinantes


Tipo de estudo Enfoque adotado
determinantes? ou discorre- Autores de quê?
São explorados teórico ou

(quali/ quanti/

Determinação

Determinação
Determinante
discussão/co

utilização de
fenômenos
se mencionados ao

situação de

específico?

serviços ou
introdução/

ou práticas
No método
referencial

estrutural-
relacional
estrutural
conceitualmente aspectos da

recursos
empírico

nclusão

sociais?
saúde?

agravo
teórico
Título estudo Autores Determinaç definir/discorrer/

rev)
Determinação/

Na

Na

s
ão/ citar determinação/
determinantes?
determinant determinantes
e?

Lifetime induced abortion: a


Pilecco, F.B. et
91 comparison between women living and _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
al
not living with hiv

Determinantes do homicídios no Estado Sousa, C.A.M.


92 _ quanti X _ X Não _ _ _ _ X _ X _ _
da Bahia, Brasil, em 2009 et al

Social aspects of dental caries in the Moimaz, S.A.S.


93 _ quanti X _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
context of mother-child pairs et al

Barreiras no tratamento da infecção


94 latente por tuberculose (ILTB) na Silva, A.R. et al _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
criança: um estudo de caso

Condições de vida, gênero e saúde


Costa,
95 mental entre trabalhadoras rurais _ quali _ _ X Não _ _ X _ _ _ X _ _
M.G.S.G. et al
assentadas

Health and development in BRICS


96 Buss, P.M. et al _ quali X _ _ Sim OMS _ X _ _ _ X _ _
countries

Dental caries in inland Brazilian


Assaf, A.V. et
97 adolescents and its relationship with _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
al
social determinants

Comparação da qualidade de vida das


mulheres com incontinência urinária Bomfim, I.Q.M.
98 _ quanti _ _ X Não _ _ _ X _ _ X _ _
atendidas no sistema de saúde público et al
e privado

Intersetorialidade, determinantes
99 Silva, K.L. et al _ quali X _ _ Não _ _ X _ _ _ X _ _
socioambientais e promoção da saúde

Fatores associados aos ferimentos em


adolescentes, a partir da Pesquisa Malta, D.C. et
100 _ quanti X X X Sim _ _ _ _ X _ X _ _
Nacional de Saúde dos Escolares al
(PeNSE 2012)

125
126

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