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DIÁRIO OFICIAL

MUNICÍPIO DE JALES
Conforme Lei Municipal nº 4.663, de 12 de julho de 2017

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Quarta-feira, 09 de janeiro de 2019 Ano III | Edição nº 319 Página 2 de 56

modernização da ação governamental.


PODER EXECUTIVO DE JALES
§ 3.º O Plano Diretor de Desenvolvimento é o
instrumento básico da Política de Desenvolvimento
Atos Oficiais Urbano do Município de Jales, determinante para todos os
agentes públicos e privados que atuam em seu território.
Lei Complementar
Art. 2.º A presente Lei Complementar tem como base
os fundamentos expressos na Constituição Federal,
Constituição do Estado de São Paulo, Estatuto da Cidade
Lei Complementar nº 298, de 14 de dezembro de e Lei Orgânica do Município de Jales.
2018.
§ 1.º O Plano Diretor de Desenvolvimento deverá
Aprova a Política Municipal de
considerar o disposto nos planos e leis nacionais
Desenvolvimento, o Sistema de
Planejamento Urbano e o Plano e estaduais relacionadas às políticas sustentáveis
Diretor de Desenvolvimento do de desenvolvimento urbano, incluindo saneamento
Município de Jales. básico, habitação, mobilidade e ordenamento territorial,
FLÁVIO PRANDI FRANCO, Prefeito do Município de desenvolvimento econômico e à política de meio ambiente.
Jales-SP, no uso de minhas atribuições legais faço saber Art. 3.º O Plano Diretor de Desenvolvimento orienta o
que a Câmara Municipal de Jales aprovou e eu sanciono planejamento urbano municipal e seus objetivos, diretrizes
e promulgo a seguinte Lei Complementar: e prioridades devem ser respeitados pelos seguintes
TÍTULO I planos e normas:

DA ABRANGÊNCIA, DOS CONCEITOS, PRINCÍPIOS I - Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e


E OBJETIVOS Lei Orçamentária Anual;

CAPÍTULO I II - Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e


demais normas correlatas;
DA ABRAGÊNCIA E DOS CONCEITOS
III - Código de Obras e Edificações, Sanitário, Posturas
Art. 1.º Esta Lei Complementar dispõe sobre a Política e demais normas correlatas;
Municipal de Desenvolvimento, o Sistema de Planejamento
Urbano e o Plano Diretor de Desenvolvimento do Município IV - Todos os planos específicos de ações e
de Jales e aplica-se à totalidade do seu território. desenvolvimento.

§ 1.º A Política Municipal de Desenvolvimento Urbano Art. 4.º Os objetivos previstos neste Plano Diretor de
é o conjunto de planos e ações que tem como objetivo Desenvolvimento devem ser alcançados até 2038.
ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal deverá
da cidade e o uso socialmente justo e ecologicamente encaminhar ao Poder Legislativo Municipal proposta de
equilibrado e diversificado de seu território, de forma a revisão deste Plano Diretor de Desenvolvimento, a ser
assegurar o bem-estar e a qualidade de vida de seus elaborada de forma participativa, até o ano de 2028.
habitantes.
CAPÍTULO II
§ 2.º O Sistema de Planejamento Urbano corresponde
DOS PRINCÍPIOS, DIRETRIZES E OBJETIVOS
ao conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e
técnicos que tem como objetivo coordenar as ações Art. 5.º Os princípios que regem a Política Municipal
referentes ao desenvolvimento urbano, de iniciativa de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor de
dos setores público e privado, integrando-as com os Desenvolvimento são:
diversos programas setoriais, visando à dinamização e à I - Função Social da Cidade;

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II - Função Social da Propriedade Urbana; Equilibrado é o direito sobre o patrimônio ambiental, bem
de uso comum e essencial à sadia qualidade de vida,
III - Função Social da Propriedade Rural;
constituído por elementos do sistema ambiental natural
IV - Equidade e Inclusão Social e Territorial; e do sistema urbano de forma que estes se organizem
V - Direito à Cidade; equilibradamente para a melhoria da qualidade ambiental
e bem-estar humano.
VI - Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente
Equilibrado; § 7.º Gestão Democrática é a garantia da participação
de representantes dos diferentes segmentos da
VII - Gestão Democrática.
população, diretamente ou por intermédio de associações
§ 1.º Função Social da Cidade compreende o representativas, nos processos de planejamento e gestão
atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à da cidade, de realização de investimentos públicos e
qualidade de vida, à justiça social, ao acesso universal na elaboração, implementação e avaliação de planos,
aos direitos sociais e ao desenvolvimento socioeconômico programas e projetos de desenvolvimento urbano.
e ambiental, incluindo o direito à terra urbana, à moradia
Art. 6.º A Política Municipal de Desenvolvimento
digna, ao saneamento ambiental, à infraestrutura urbana,
Urbano e o Plano Diretor de Desenvolvimento se orientam
ao transporte, aos serviços públicos, ao trabalho, ao
pelas seguintes diretrizes:
sossego e ao lazer.
I - justa distribuição dos benefícios e ônus do processo
§ 2.º Função Social da Propriedade Urbana é elemento
de urbanização;
constitutivo do direito de propriedade e é atendida quando
a propriedade cumpre os critérios e graus de exigência II - retorno para a coletividade da valorização de
de ordenação territorial estabelecidos pela legislação, imóveis decorrente dos investimentos públicos e das
em especial atendendo aos coeficientes mínimos de alterações da legislação de uso e ocupação do solo;
utilização determinados na Lei de Parcelamento, Uso e III - distribuição de usos e intensidades de ocupação
Ocupação do Solo. do solo de forma equilibrada, para evitar ociosidade ou
§ 3.º Função Social da Propriedade Rural é elemento sobrecarga em relação à infraestrutura disponível, aos
constitutivo do direito de propriedade e é atendida transportes e ao meio ambiente, e para melhor alocar os
quando, simultaneamente, a propriedade é utilizada de investimentos públicos e privados;
forma racional e adequada, conservando seus recursos IV - compatibilização da intensificação da ocupação
naturais, favorecendo o bem-estar dos proprietários e dos do solo com a ampliação da capacidade de infraestrutura
trabalhadores e observando as disposições que regulam para atender às demandas atuais e futuras;
as relações de trabalho.
V - adequação das condições de uso e ocupação
§ 4.º Equidade Social e Territorial compreende do solo às características do meio físico, para impedir
a garantia da justiça social a partir da redução das a deterioração e degeneração de áreas do Município,
vulnerabilidades urbanas e das desigualdades sociais principalmente nas de especial interesse;
entre grupos populacionais e entre as regiões e bairros
VI - proteção das áreas de especial interesse, das
do Município de Jales.
paisagens dos bens e áreas de valor histórico, cultural e
§ 5.º Direito à Cidade compreende o processo de religioso, dos recursos naturais e dos mananciais hídricos
universalização do acesso aos benefícios e às comodidades superficiais e subterrâneos de abastecimento de água do
da vida urbana por parte de todos os cidadãos, seja pela Município;
oferta e uso dos serviços, equipamentos e infraestruturas
VII - utilização racional dos recursos naturais, em
públicas.
especial da água e do solo, de modo a garantir uma
§ 6.º Direito ao Meio Ambiente Ecologicamente cidade sustentável para as presentes e futuras gerações;

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VIII - adoção de padrões de produção e consumo de urbanização, em atendimento ao interesse social;


de bens e serviços compatíveis com os limites da XV - a atratividade e a viabilidade econômica do
sustentabilidade ambiental, social e econômica do Município, respeitando suas características e vocações
Município; econômicas em prol do seu desenvolvimento;
IX - planejamento da distribuição espacial da XVI - o desenvolvimento de políticas de fomento ao
população e das atividades econômicas de modo a evitar crescimento econômico, facilitando e incentivando a
e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus formalização de microempreendedores e empresas no
efeitos negativos sobre o meio ambiente, a mobilidade e Município.
a qualidade de vida urbana;
Art. 7.º A Política Municipal de Desenvolvimento
X - incentivo à produção de Habitação de Interesse Urbano e o Plano Diretor de Desenvolvimento se orientam
Social, de equipamentos sociais e culturais e à proteção pelos seguintes objetivos estratégicos:
e ampliação de áreas livres e verdes;
I - planejar e controlar o processo de expansão
XI - prioridade no sistema viário para o transporte horizontal da aglomeração urbana, contribuindo para o
coletivo e modos não motorizados; crescimento urbano ordenado;
XII - revisão e simplificação da legislação de II - acomodar o crescimento urbano nas áreas
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e das normas subutilizadas dotadas de infraestrutura;
edilícias, com vistas a aproximar a legislação da realidade
urbana, assim como facilitar sua compreensão pela III - reduzir a necessidade de deslocamento,
população; equilibrando a relação entre os locais de emprego e de
moradia;
XIII - ordenação e controle do uso do solo, de forma
a evitar: IV - expandir as redes de transporte coletivo e os modos
não motorizados, racionalizando o uso de automóvel;
a) a proximidade ou conflitos entre usos incompatíveis
ou inconvenientes; V - implementar uma política fundiária e de uso e
ocupação do solo que garanta o acesso à terra para as
b) o parcelamento, a edificação ou os usos excessivos funções sociais da cidade e proteja o patrimônio ambiental
ou inadequados do solo em relação à infraestrutura e cultural;
urbana;
VI - contribuir para a universalização do abastecimento
c) a instalação de empreendimentos ou atividades que de água, a coleta e o tratamento ambientalmente
possam funcionar como polos geradores de tráfego, sem adequado dos esgotos sanitários e resíduos sólidos;
a previsão da infraestrutura correspondente;
VII - ampliar e requalificar os espaços públicos, as
d) a retenção especulativa de imóvel urbano, que áreas verdes e permeáveis e a paisagem;
resulta na sua subutilização ou não utilização;
VIII - proteger as áreas de preservação permanente,
e) a deterioração das áreas urbanizadas e os conflitos unidades de conservação, áreas de proteção dos
entre usos e a função das vias que lhes dão acesso; mananciais e a biodiversidade;
f) a poluição e a degradação ambiental; IX - contribuir para mitigação de fatores antropogênicos
g) a excessiva ou inadequada impermeabilização do que contribuem para a mudança climática, inclusive por
solo; meio da redução e remoção de gases de efeito estufa,
da utilização de fontes renováveis de energia e da
h) o uso inadequado dos espaços públicos.
construção sustentável, e para a adaptação aos efeitos
XIV - cooperação entre os governos, a iniciativa reais ou esperados das mudanças climáticas;
privada e os demais setores da sociedade no processo
X - proteger as áreas de especial interesse, o

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patrimônio histórico, cultural e religioso e valorizar a Serviços Públicos e Habitação do Município. Sobre
memória, o sentimento de pertencimento à cidade e a estas áreas incidem também os instrumentos de direito
diversidade; a preempção, transferência do potencial construtivo e
operações urbanas consorciadas;
XI - reduzir as desigualdades socioterritoriais para
garantir, em todas as regiões da cidade, o acesso a III - Área de Especial Interesse Histórico, constituindo-
equipamentos sociais, a infraestrutura e serviços urbanos; se pelo conjunto de áreas com interesse de tratamento
especial, por ser ponto de referência da paisagem
XII - fomentar atividades econômicas sustentáveis,
enquanto testemunho da história local ou regional.
fortalecendo as atividades já estabelecidas e estimulando
Qualquer modificação seja ela: reforma, ampliação ou
a inovação, o empreendedorismo, a economia solidária
demolição, numa área de Especial Interesse Histórico,
e a redistribuição das oportunidades de trabalho no
fica sujeita à aprovação prévia do Conselho da Cidade
território, tanto na zona urbana como na rural;
junto com o Conselho Municipal de Turismo, a Secretaria
XIII - fortalecer uma gestão urbana integrada, Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Econômico
descentralizada e participativa; e Mobilidade Urbana, a Secretaria Municipal de Obras,
XIV - recuperar e reabilitar as áreas centrais da cidade. Serviços Públicos e Habitação e a Secretaria Municipal
de Esporte, Cultura e Turismo do Município. Sobre
Art. 8.º As áreas de Especial Interesse, de acordo com
estas áreas incidem também os instrumentos de direito
suas características, devem ser classificadas como:
a preempção, transferência do potencial construtivo e
I - Área de Especial Interesse Ambiental, constituindo- operações urbanas consorciadas;
se naquela necessária à manutenção ou recuperação
IV - Área de Especial Interesse Turístico, constituindo-
de recursos naturais e paisagísticos bem como a que
se naquela que, por suas características urbanísticas e
apresente riscos à segurança e ao assentamento
paisagísticas, contribua para a formação ou consolidação
humano. Ficam as Áreas de Especial Interesse Ambiental
do Sistema Turístico Municipal. As áreas de Especial
consideradas como áreas de conservação e sujeitas a
Interesse Turístico devem ser prioritárias em projetos e
parâmetros urbanísticos e/ou manejo de solo, indicados
obras de melhoramentos, coordenadas pelo Conselho
pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente e Conselho da
da Cidade junto com o Conselho Municipal de Turismo e
Cidade, junto com a Secretaria Municipal de Agricultura,
a Secretaria Municipal de Esporte, Cultura e Turismo e,
Pecuária, Abastecimento e Meio Ambiente, de forma
para qualquer tipo de intervenção, deve haver aprovação
coerente a cada área e à legislação federal, estadual e
prévia destes órgãos institucionais. Sobre estas áreas
municipal pertinente. Qualquer tipo de intervenção nestas
devem incidir os instrumentos direito de preempção, direito
áreas deve possuir aprovação prévia daqueles órgãos
de superfície e operações urbanas consorciadas. Caso
institucionais e, dependendo do caso, deve ser exigido
seja necessário, devido à escala do empreendimento e/
Estudo de Impacto de Vizinhança. Sobre estas áreas
ou ao potencial de impacto ambiental e social que possa
incidem também os instrumentos de direito a preempção,
ser ocasionado, deve ser exigido Estudo de Impacto de
transferência do potencial construtivo e operações
Vizinhança. O Poder Público pode oferecer incentivos
urbanas consorciadas;
à iniciativa privada visando o desenvolvimento turístico
II - Área de Especial Interesse Urbanístico, destas áreas;
constituindo-se naquela que demande tratamento
V - Área de Especial Interesse para Utilização Pública,
urbanístico próprio por sua expressão ou, ainda, se for
constituindo-se naquela que for necessária para instalação
área degradada, demandando a sua reestruturação
de equipamentos urbanos e sociais. As Áreas de Especial
urbana. As Áreas de Especial Interesse Urbanístico são
Interesse para Utilização Pública serão gerenciadas pelo
regidas pelo Conselho da Cidade junto com a Secretaria
Conselho da Cidade junto com a Secretaria Municipal de
Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Econômico
Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Mobilidade
e Mobilidade Urbana e Secretaria Municipal de Obras,

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Urbana e a Secretaria Municipal de Obras, Serviços através de ato regulamentar do Chefe do Executivo, por
Públicos e Habitação. Sobre estas áreas devem incidir os indicação do Conselho da Cidade.
instrumentos direito de preempção, direito de superfície e II - Áreas de Especial Interesse Histórico (AEIH):
operações urbanas consorciadas;
a) AEIH 1 - Estação Ferroviária de Jales;
VI - Área de Especial Interesse Social, constituindo-se
na área que, por suas características, seja destinada à b) Outras áreas que vierem a serem consideradas,
habitação da população de baixa renda, tais como: através de ato regulamentar do Chefe do Executivo, por
indicação do Conselho da Cidade.
a) Áreas ocupadas por assentamentos habitacionais
de população de baixa renda onde houver o interesse de III - Áreas de Especial Interesse Turístico (AEIT):
regularização jurídica da posse da terra, da sua integração a) AEIT 1 - Praça João Mariano de Freitas e Praça
à estrutura urbana e da melhoria das condições de Euphly Jalles;
moradia;
b) Outras áreas que vierem a serem consideradas,
b) O terreno ou gleba não edificado, subutilizado através de ato regulamentar do Chefe do Executivo, por
ou não utilizado, necessário à implantação de programas indicação do Conselho da Cidade.
habitacionais para população de baixa renda.
IV - Áreas de Especial Interesse Urbanístico (AEIU):
§ 1.° Os parâmetros urbanísticos e a regularização das
a) AEIU 1 - áreas no entorno da Santa Casa
Áreas de Especial Interesse Social serão determinados e
de Misericórdia de Jales, Ambulatório Médico de
executados pelo Conselho da Cidade juntamente com a
Especialidades (AME) e Hospital de Câncer;
Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento
Econômico e Mobilidade Urbana, Secretaria Municipal b) Outras áreas que vierem a serem consideradas,
de Obras, Serviços Públicos e Habitação e Secretaria através de ato regulamentar do Chefe do Executivo, por
Municipal de Assistência Social. indicação do Conselho da Cidade.

Art. 9.º Ficam definidas como Áreas de Especial V - Áreas de Especial Interesse de Utilização Pública
Interesse as apresentadas neste artigo e demais áreas a (AEIUP).
serem criadas por decretos do Chefe do Poder Executivo a) AEIUP 1- São áreas lindeiras e próximas à Estação
Municipal. Ferroviária de Jales;
I - Áreas de Especial Interesse Ambiental (AEIA): b) AEIUP 2 - área destinada à criação da Cidade
a) AEIA 1 - constituem-se nas áreas de proteção Judiciária de Jales.
sanitária das Estações de Tratamento de Esgoto, Aterro c) Outras áreas que vierem a serem consideradas,
Sanitário, Áreas de Transferência e Triagem de Resíduos através de ato regulamentar do Chefe do Executivo, por
da Construção Civil, Lenhosos Urbanos e Volumosos, e indicação do Conselho da Cidade.
também a área do Antigo Vazadouro de Lixo, envolvendo
VI - Áreas de Especial Interesse Social (AEIS).
um raio de 250,00 (duzentos e cinquenta) metros de
distância desses equipamentos. Nessas áreas não será a) AEIS - são áreas de loteamentos urbanos não
permitido o parcelamento do solo em lotes inferiores a legalizados, porém já consolidados.
2.500 (dois mil e quinhentos) metros quadrados e os usos Parágrafo único. Ficam determinados como
permitidos são de habitações e de práticas agropecuárias; equipamentos públicos: escolas, creches, centros de
b) AEIA 2 - constitui-se na área do Bosque Municipal convivência, parques, áreas de lazer, edifícios de saúde,
e áreas de matas existentes no perímetro urbano, que segurança pública, esporte, bombeiros, atividades
devem ser preservadas; sociais, atividades educacionais, postos de arrecadação,
cemitérios, velórios, biblioteca pública e outros que sejam
c) Outras áreas que vierem a ser consideradas,
ou venham a ser assim caracterizados.

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TÍTULO II - LPUOS deve ser revista, simplificada e consolidada


segundo as seguintes diretrizes:
DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL, DO
PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E DA I - evitar a dissociação entre a disciplina legal, a
PAISAGEM URBANA realidade urbana e as diretrizes de desenvolvimento urbano
estabelecidas neste Plano Diretor de Desenvolvimento;
CAPÍTULO I
II - simplificar sua redação para facilitar sua
DA ORDENAÇÃO
compreensão, aplicação e fiscalização;
Art. 10. Para garantir um desenvolvimento urbano
III - considerar as condições ambientais, da
sustentável e equilibrado entre as várias visões existentes
infraestrutura, circulação e dos serviços urbanos;
no Município sobre seu futuro, o Plano Diretor de
Desenvolvimento observa e considera, em sua estratégia IV - estabelecer parâmetros e mecanismos
de ordenamento territorial, as seguintes cinco dimensões: relacionados à drenagem das águas pluviais, que evitem o
sobrecarregamento das redes, alagamentos e enchentes;
I - a dimensão social, fundamental para garantir os
direitos sociais para todos os cidadãos, em especial o V - criar parâmetros de ocupação do solo relacionados
direito à moradia, à mobilidade, à infraestrutura básica e aos aspectos geológicos, geotécnicos e hidrológicos;
ao acesso aos equipamentos sociais; VI - condicionar a implantação de atividades que
II - a dimensão ambiental, fundamental para garantir demandem a utilização de águas subterrâneas ou
o necessário equilíbrio entre as áreas edificadas e os interferência com o lençol freático em terrenos e glebas
espaços livres e verdes no interior da área urbanizada localizados em área de ocorrência de maciços de solo
e entre esta e as áreas preservadas e protegidas no e rocha sujeitos a riscos de colapsos estruturais e
conjunto do Município; subsidência à apresentação de estudos geotécnicos
e hidrogeológicos que demonstrem a segurança da
III - a dimensão imobiliária, fundamental para garantir
implantação;
a produção dos edifícios destinados à moradia e ao
trabalho; VII - criar mecanismos para proteção da vegetação
arbórea significativa;
IV - a dimensão econômica, fundamental para garantir
as atividades produtivas, comerciais, industriais e/ou de VIII - estimular a requalificação de imóveis protegidos
serviços indispensáveis para gerar trabalho e renda; pela legislação de bens culturais, criando normas que
permitam sua ocupação por usos e atividades adequados
V - a dimensão cultural, fundamental para garantir a
às suas características e ao entorno de todas as zonas
memória, a identidade e os espaços culturais e criativos,
de uso;
essenciais para a vida dos cidadãos.
IX - proporcionar a composição de conjuntos urbanos
CAPÍTULO II
que superem exclusivamente o lote como unidade de
DA REGULAÇÃO DO PARCELAMENTO, USO E referência de configuração urbana, sendo também
OCUPAÇÃO DO SOLO E DA PAISAGEM URBANA adotada a quadra como referência de composição do
SEÇÃO I sistema edificado;

DAS DIRETRIZES PARA A LEGISLAÇÃO DE X - promover a articulação entre espaço público e


PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO espaço privado, por meio de estímulos à manutenção de
espaços abertos para fruição pública no pavimento de
Art. 11. De acordo com os objetivos e diretrizes
acesso às edificações;
expressos neste Plano Diretor de Desenvolvimento
para rede de estruturação da transformação urbana, a XI - estimular a implantação de atividades de comércio
Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo e serviços nas regiões onde a densidade populacional é

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elevada e há baixa oferta de emprego, criando regras veículos automotores, visando garantir a segurança de
para a adequada convivência entre usos residenciais e pedestres e ciclistas, tais como “traffic calming”;
não residenciais; XXIII - criar formas efetivas para preservação e
XII - estimular o comércio e os serviços locais, proteção das áreas verdes significativas;
especificamente os instalados em fachadas ativas, com XXIV - criar formas de incentivo ao uso de sistemas
acesso direto e abertura para o logradouro; de cogeração de energia e equipamentos e instalações
XIII - fomentar o uso misto no lote entre usos que compartilhem energia elétrica, eólica e solar,
residenciais e não residenciais, especialmente nas principalmente nos empreendimentos de grande porte;
áreas bem servidas pelo transporte público coletivo de XXV - garantir, na aprovação de projetos de
passageiros; parcelamento e edificação, o uso seguro das áreas com
XIV - evitar conflitos entre os usos impactantes e sua potencial de contaminação e contaminadas, inclusive
vizinhança; águas subterrâneas, de acordo com a legislação
pertinente;
XV - criar formas efetivas para prevenir e mitigar os
impactos causados por empreendimentos ou atividades XXVI - criar incentivos para empreendedores
classificadas como polos geradores de tráfego ou produzirem unidades de Habitação de Interesse Social;
geradores de impacto de vizinhança; XXVII - prever, para garantir a fluidez do tráfego nas vias
XVI - promover o adensamento construtivo e do sistema viário estrutural, restrições e condicionantes
populacional e a concentração de usos e atividades em à implantação de empreendimentos nos lotes lindeiros a
áreas com transporte coletivo de média e alta capacidade estas vias;
instalado e planejado; XXVIII - garantir a manutenção e ampliação das áreas
XVII - estimular a reabilitação do patrimônio industriais compatíveis com o entorno e prever a criação
arquitetônico, especialmente na área central, criando de novas áreas adequadas às especificidades do uso
regras e parâmetros que facilitem a reciclagem e retrofit industrial, de modo a garantir a preservação do nível de
das edificações para novos usos; emprego industrial na cidade;
XVIII - criar normas para a regularização de edificações, XXIX - identificar os polos de saúde e educação,
de forma a garantir estabilidade e segurança, para permitir demarcando seus perímetros e áreas de abrangência;
sua adequada ocupação pelos usos residenciais e não
XXX - criar condições especiais de uso e ocupação
residenciais; do solo que permitam aos polos de saúde e educação
XIX - criar, nas áreas rurais, um padrão de ocuparem áreas ou quadras no seu entorno com o
uso e ocupação compatível com as diretrizes de objetivo de regularizar, reformar e construir unidades
desenvolvimento econômico e sustentável previstas, complementares às instaladas nesses polos;
em especial as relacionadas às cadeias produtivas da XXXI - nos imóveis tombados pela legislação de
agricultura e do turismo sustentável; bens culturais, serão observadas as restrições das
XX - definir, nas áreas de proteção aos mananciais, regulamentações dos órgãos municipal, estadual e federal
disciplina compatível com a legislação estadual; de preservação do patrimônio cultural.
XXI - definir os limites dos corredores especiais, bem Art. 12. A Legislação de Parcelamento, Uso e
como as atividades neles permitidas, adequando-os Ocupação do Solo - LPUOS, segundo os objetivos e
às diretrizes de equilíbrio entre usos residenciais e não diretrizes estabelecidos nesta lei, deverá estabelecer
residenciais; normas relativas a:
XXII - adotar medidas para redução de velocidade dos I - condições físicas, ambientais e paisagísticas

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para as zonas e zonas especiais e suas relações com produção de utilidades energéticas localizadas;
os sistemas de infraestrutura, obedecendo às diretrizes XVI - poluição atmosférica e qualidade do ar;
estabelecidas para cada região;
XVII - poluição atmosférica sonora;
II - condições de acesso a serviços, equipamentos e
infraestrutura urbana disponíveis e planejados; XVIII - interferências negativas na paisagem urbana.

III - parcelamento, usos e volumetria compatíveis com SEÇÃO II


os objetivos da Política Municipal de Desenvolvimento DA CLASSIFICAÇÃO DOS USOS E ATIVIDADES
Urbano estabelecidos nesta Lei Complementar;
Art. 14. A Legislação de Parcelamento, Uso e Ocupação
IV - condições de conforto ambiental; do Solo deverá classificar o uso do solo em residencial e
VI - acessibilidade nas edificações e no espaço não residencial, com suas respectivas subclassificações
público. e metodologias.

Art. 13. A Legislação de Parcelamento, Uso e SEÇÃO III


Ocupação do Solo - LPUOS deverá apresentar estratégia DOS ZONEAMENTOS
para controle de:
Art. 15. A divisão do território municipal se dará
I - parcelamento do solo, englobando dimensões e conforme descrito na Legislação de Parcelamento, Uso e
áreas mínimas de lotes e máximas de quadras; Ocupação do Solo.
II - densidades construtivas e demográficas; SEÇÃO IV
III - área da edificação no lote e na quadra; DAS DIRETRIZES PARA O ORDENAMENTO DA
IV - relação entre espaços públicos e privados; PAISAGEM URBANA

V - circulação viária, polos geradores de tráfego e Art. 16. A paisagem da cidade é um bem ambiental e
estacionamentos; constitui elemento essencial ao bem-estar e à sensação
de conforto individual e social, fundamental para a
VI - insolação, aeração e índice mínimo de qualidade de vida.
permeabilidade do solo;
Art. 17. As ações públicas e privadas com interferência
VIII - especificações e qualidade das obras de na paisagem deverão atender ao interesse público,
infraestrutura; conforme os seguintes objetivos:
IX - usos e atividades; I - garantir o direito do cidadão à fruição da paisagem;
X - funcionamento das atividades incômodas; II - propiciar a identificação, leitura e apreensão da
XI - áreas não edificáveis; paisagem e de seus elementos constitutivos, públicos e
privados, pelo cidadão;
XII - fragilidade ambiental e da aptidão física à
urbanização, especialmente as áreas suscetíveis à III - incentivar a preservação da memória e do
ocorrência de deslizamentos, inundações ou processos patrimônio histórico, cultural, religioso e ambiental e a
geológicos e hidrológicos correlatos; valorização do ambiente natural e construído;
XIII - bens e áreas de valor histórico, cultural, IV - garantir a segurança, fluidez e conforto nos
paisagístico e religioso; deslocamentos de veículos e pedestres, adequando os
passeios às necessidades das pessoas com deficiência e
XIV - áreas de preservação permanente;
mobilidade reduzida;
XV - espaços para instalação de galerias para uso
V - proporcionar a preservação e visualização das
compartilhado de serviços públicos, inclusive centrais de
características peculiares dos logradouros e fachadas

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dos edifícios; recuperação, restauração e manutenção de fachadas e


passeios públicos em áreas degradadas.
VI - contribuir para a preservação e a visualização dos
elementos naturais tomados em seu conjunto e em suas CAPÍTULO III
peculiaridades ambientais; DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE
VII - facilitar o acesso e utilização das funções e GESTÃO AMBIENTAL
serviços de interesse coletivo nas vias e logradouros e Art. 19. Os instrumentos de política urbana e gestão
o fácil e rápido acesso aos serviços de emergência, tais ambiental serão utilizados para a efetivação dos princípios
como bombeiros, ambulâncias e polícia; e objetivos deste Plano Diretor de Desenvolvimento.
VIII - condicionar a regulação do uso e ocupação do Parágrafo único. As intervenções no território
solo e a implantação de infraestrutura à preservação municipal poderão conjugar a utilização de dois ou mais
da paisagem urbana em seu conjunto e à melhora da instrumentos de política urbana e de gestão ambiental,
qualidade de vida da população. com a finalidade de atingir os objetivos do processo de
Art. 18. São diretrizes específicas para o ordenamento urbanização previsto para o território.
e a gestão da paisagem: SEÇÃO I
I - garantir a participação da comunidade nos processos DOS INSTRUMENTOS INDUTORES DA FUNÇÃO
de identificação, valorização, preservação e conservação SOCIAL DA PROPRIEDADE
dos territórios culturais e elementos significativos da
paisagem; Art. 20. O Poder Executivo Municipal, na forma da lei,
poderá exigir do proprietário do solo urbano não edificado,
II - promover o combate à poluição visual, bem como subutilizado, ou não utilizado, que promova seu adequado
à degradação ambiental; aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:
III - proteger, recuperar e valorizar o patrimônio I - parcelamento, edificação ou utilização compulsória;
cultural, paisagístico, bem como o meio ambiente natural
ou construído da cidade; II - Imposto Predial e Territorial Urbano Progressivo no
Tempo;
IV - estabelecer o regramento das características de
aproveitamento, dimensionamento e ocupação de lotes III - desapropriação com pagamento mediante títulos
e glebas de forma compatível aos objetivos e diretrizes da dívida pública.
desta lei, introduzindo a paisagem urbana como critério SUBSEÇÃO I
de composição do sistema edificado;
DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO
V - promover ações de melhoria da paisagem urbana
Art. 21. Para aplicação dos instrumentos indutores da
nos espaços públicos, em especial o enterramento do
função social da propriedade são considerados passíveis
cabeamento aéreo, a arborização urbana, o alargamento,
de aplicação dos instrumentos indutores do uso social
qualificação e manutenção de calçadas, em atendimento
da propriedade os imóveis não edificados, subutilizados
às normas de acessibilidade universal, dentre outras
ou não utilizados localizados no perímetro urbano do
medidas que contribuam para a promoção da cultura da
município.
sustentabilidade e garantam o direito à cidade;
SUBSEÇÃO II
VI - ordenar a inserção de anúncios nos espaços
públicos, proibindo a publicidade, em atendimento aos DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO E UTILIZAÇÃO
objetivos expressos nesta lei; COMPULSÓRIOS

VII - incentivar a recuperação da paisagem degradada; Art. 22. Os imóveis não edificados, subutilizados e
não utilizados são sujeitos ao parcelamento, edificação e
VIII - incentivar ações públicas e privadas de
utilização compulsórios, conforme legislação específica.

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SUBSEÇÃO III § 5.º Caso o valor da dívida relativa ao IPTU supere


o valor do imóvel, a Prefeitura deverá proceder à
DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO
desapropriação do imóvel e, na hipótese de não ter
(IPTU) PROGRESSIVO NO TEMPO
interesse público para utilização em programas do
Art. 23. Caso os proprietários dos imóveis mencionados Município, poderá aliená-lo a terceiros.
na subseção anterior não cumpram as obrigações nos
§ 6.º Ficam mantidas para o adquirente ou
prazos estabelecidos, o Poder Executivo Municipal
concessionário do imóvel as mesmas obrigações de
deverá aplicar alíquotas progressivas de IPTU majoradas
parcelamento, edificação ou utilização previstas nesta Lei
anualmente pelo prazo de 5 (cinco) anos consecutivos
Complementar.
até atingir a alíquota máxima de 15% (quinze por cento),
conforme legislação específica. SUBSEÇÃO V
SUBSEÇÃO IV DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
DA DESAPROPRIAÇÃO MEDIANTE PAGAMENTO Art. 25. O Poder Executivo Municipal poderá exercer
EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA o direito de preempção, nos termos da legislação federal,
para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação
Art. 24. Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de
onerosa entre particulares sempre que necessitar de
cobrança do IPTU Progressivo no Tempo sem que os
áreas para cumprir os objetivos e implantar as ações
proprietários dos imóveis tenham cumprido a obrigação
prioritárias deste Plano Diretor de Desenvolvimento.
de parcelar, edificar ou utilizar, conforme o caso, o Poder
Executivo Municipal poderá proceder à desapropriação Parágrafo único. O direito de preempção será exercido
desses imóveis com pagamento em títulos da dívida sempre que o Poder Público necessitar de áreas para:
pública. I - execução de programas e projetos habitacionais de
§ 1.º Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação interesse social;
do Senado Federal e serão resgatados no prazo de até II - regularização fundiária;
dez anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e os juros legais, III - constituição de reserva fundiária;
nos termos do art. 8º da Lei Federal nº 10.257, de 2001. IV - ordenamento e direcionamento da expansão
§ 2.º Findo o prazo do artigo anterior, o Poder urbana;
Executivo Municipal poderá publicar o respectivo decreto V - implantação de equipamentos urbanos e
de desapropriação do imóvel em até 1 (um) ano, que comunitários;
deverá ser devidamente justificada.
VI - criação de espaços públicos de lazer ou áreas
§ 3.º É vedado ao Poder Executivo Municipal proceder verdes;
à desapropriação do imóvel que se enquadre na hipótese
VII - criação de unidades de conservação ou proteção
do caput de forma diversa da prevista neste artigo, ainda
de outras áreas de interesse ambiental;
que a emissão de títulos da dívida pública tenha sido
previamente autorizada pelo Senado Federal. VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural
ou paisagístico.
§ 4.º Adjudicada a propriedade do imóvel ao Poder
Executivo Municipal, este deverá determinar a destinação Art. 26. Os imóveis ou áreas que estarão sujeitos à
urbanística do bem, vinculada à implantação de ações incidência do direito de preempção serão definidos em
estratégicas do Plano Diretor de Desenvolvimento, ou legislações específicas.
iniciar o procedimento para sua alienação ou concessão, Parágrafo único. As leis que tratam do direito de
nos termos do parágrafo 5º do art. 8º do Estatuto da preempção disposto no caput deste artigo terão o prazo
Cidade. de cinco anos após suas publicações.

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Art. 27. O Poder Executivo Municipal dará publicidade prejuízo do direito do Poder Executivo Municipal exercer
à incidência do direito de preempção e instituirá controles a preferência em face de outras propostas de aquisições
administrativos para possibilitar a eficácia do instrumento, onerosas futuras dentro do prazo legal de vigência do
podendo utilizar, dentre outros meios, o controle por meio direito de preempção.
de sistemas informatizados, averbação da incidência do § 3.º Concretizada a venda a terceiro, o proprietário
direito de preempção nas matrículas dos imóveis atingidos fica obrigado a entregar ao órgão competente do Poder
e declaração nos documentos de cobrança do IPTU. Executivo Municipal cópia do instrumento particular ou
§ 1.º No caso de existência de terceiros interessados público de alienação do imóvel dentro do prazo de 30
na compra do imóvel, o proprietário deverá comunicar (trinta) dias após sua assinatura, sob pena de pagamento
sua intenção de alienar onerosamente o imóvel ao de multa diária em valor equivalente a 0,5% (cinquenta
órgão competente do Poder Executivo Municipal em centésimos por cento) do valor total da alienação.
até 30 (trinta) dias, contados da celebração do contrato Art. 29. Concretizada a venda do imóvel a terceiro
preliminar entre o proprietário e o terceiro interessado. com descumprimento ao direito de preempção, o Poder
§ 2.º A declaração de intenção de venda do imóvel Executivo Municipal promoverá as medidas judiciais
deve ser apresentada com os seguintes documentos: cabíveis para:
I - proposta de compra apresentada pelo terceiro I - anular a comercialização do imóvel efetuada em
interessado na aquisição do imóvel, na qual constará condições diversas da proposta de compra apresentada
preço, condições de pagamento e prazo de validade; pelo terceiro interessado;
II - endereço do proprietário, para recebimento de II - imitir-se na posse do imóvel sujeito ao direito de
notificação e de outras comunicações; preempção que tenha sido alienado a terceiros apesar da
manifestação de interesse do Poder Executivo Municipal
III - certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel,
em exercer o direito de preferência.
expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis da
circunscrição imobiliária competente; § 1.º Em caso de anulação da venda do imóvel
efetuada pelo proprietário, o Poder Executivo Municipal
IV - declaração assinada pelo proprietário, sob as
poderá adquiri-lo pelo valor da base de cálculo do Imposto
penas da lei, de que não incidem quaisquer encargos
Predial e Territorial Urbano ou pelo valor indicado na
e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real,
proposta apresentada, se este for inferior àquele.
tributária ou pessoal reipersecutória.
§ 2.º Outras sanções pelo descumprimento das
Art. 28. Recebida a declaração de intenção de venda a
normas relativas ao direito de preempção poderão ser
que se refere o § 2º do artigo anterior, o Poder Executivo
estabelecidas em legislações específicas.
Municipal deverá manifestar, por escrito, dentro do prazo
de 30 (trinta) dias, o interesse em exercer a preferência SUBSEÇÃO VI
para aquisição do imóvel. DA ARRECADAÇÃO DE BENS ABANDONADOS
§ 1.º A manifestação de interesse do Poder Executivo Art. 30. O imóvel que o proprietário abandonar, com
Municipal na aquisição do imóvel conterá a destinação a intenção de não mais o conservar em seu patrimônio,
futura do bem a ser adquirido, vinculada ao cumprimento e que se não encontrar na posse de outrem, poderá
dos objetivos e ações prioritárias deste Plano Diretor de ser arrecadado, como bem vago, e após três anos, ser
Desenvolvimento. incorporado à propriedade do Poder Público Municipal,
§ 2.º Findo o prazo de 30 (trinta) dias para manifestação conforme estabelece a legislação federal. (Artigo nº 1276
do Poder Executivo Municipal, é facultado ao proprietário do Código Civil).
alienar onerosamente o seu imóvel ao proponente § 1.º Poderá haver arrecadação pelo Poder Público
interessado nas condições da proposta apresentada sem Municipal de imóvel abandonado quando ocorrerem as

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seguintes circunstâncias: SEÇÃO II


I - o imóvel encontrar-se vago, sem utilização e sem DO DIREITO DE CONSTRUIR
responsável pela sua manutenção, integridade, limpeza SUBSEÇÃO I
e segurança;
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
II - o proprietário não tiver mais a intenção de conservá-
lo em seu patrimônio; Art. 33. O Poder Público Municipal poderá receber
em concessão, diretamente ou por meio de seus órgãos,
III - não estiver na posse de outrem; empresas ou autarquias, nos termos da legislação em
IV - cessados os atos de posse, estar o proprietário vigor, o direito de superfície de bens imóveis para viabilizar
inadimplente com o pagamento dos tributos municipais a implementação de ações e objetivos previstos nesta Lei
incidentes sobre a propriedade imóvel. Complementar, inclusive mediante a utilização do espaço
aéreo e subterrâneo.
§ 2.º O Poder Executivo Municipal deverá adotar
as providências cabíveis à incorporação definitiva do Art. 34. O Poder Público Municipal poderá ceder,
bem abandonado ao patrimônio público, nos termos mediante contrapartida de interesse público, o direito de
estabelecidos pelo regulamento, cabendo ao Poder superfície de seus bens imóveis, inclusive o espaço aéreo
Executivo Municipal: e subterrâneo, com o objetivo de implantar as ações e
objetivos previstos nesta Lei Complementar, incluindo
I - tomar as medidas administrativas necessárias para
instalação de galerias compartilhadas de serviços públicos
a arrecadação dos bens abandonados, observando-se
e para a produção de utilidades energéticas.
desde o início o direito ao contraditório e à ampla defesa;
SUBSEÇÃO II
II - adotar as medidas judiciais cabíveis para
regularização do imóvel arrecadado junto ao Serviço de DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE
Registro Imobiliário, bem como para sua destinação às CONSTRUIR
finalidades previstas nesta lei. Art. 35. O Poder Executivo Municipal, mediante
Art. 31. O imóvel que passar à propriedade do contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário,
Poder Público Municipal em razão de abandono poderá nos termos dos artigos 28 a 31 da Lei nº 10.257/01
ser empregado diretamente pela Administração para - Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e
programas de habitações de interesse social, regularização procedimentos definidos em legislação especifica, poderá
fundiária, instalação de equipamentos públicos sociais ou outorgar:
quaisquer outras finalidades urbanísticas. I - o direito de construir acima do Coeficiente de
Parágrafo único. Não sendo possível a destinação Aproveitamento Básico, respeitado o Coeficiente de
indicada no caput deste artigo em razão das características Aproveitamento Máximo;
do imóvel ou por inviabilidade econômica e financeira, II - o direito de alterar o uso do solo.
o bem deverá ser alienado e o valor arrecadado será
destinado ao Fundo Municipal de Habitação para a § 1.º A concessão do instrumento previsto no
aquisição de terrenos e glebas. inciso I do caput deste artigo poderá ser negada, pelo
Conselho da Cidade, caso se verifique a possibilidade de
Art. 32. O procedimento para arrecadação terá início de impacto não suportável pela infraestrutura ou o risco de
ofício ou mediante denúncia, que informará a localização comprometimento da paisagem urbana.
do imóvel cujos atos de posse tenham cessado.
§ 2.º Os recursos auferidos com a adoção da Outorga
Parágrafo único. Para dar seguimento ao procedimento Onerosa do Direito de Construir serão depositados no
de arrecadação, o Poder Público Municipal deverá Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano.
elaborar legislação específica.
§ 3.º Legislação Municipal específica, de iniciativa do

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Poder Executivo Municipal, estabelecerá as condições a nos termos deste artigo, assumirá a obrigação de mantê-
serem observadas para a outorga onerosa do direito de lo preservado e conservado.
construir e de alteração de uso, determinando: Art. 39. Não podem originar transferência do direito de
I - a fórmula de cálculo para a cobrança; construir os imóveis:
II - os casos passíveis de isenção do pagamento da I - desapropriados;
outorga; II - situados em área non aedificandi;
III - a contrapartida do beneficiário. III - de propriedade pública ou que, em sua origem,
Art. 36. A contrapartida poderá ser substituída pela tenham sido alienados pelo Município, pelo Estado ou
doação de imóveis ao Poder Público ou por obras de pela União de forma não onerosa.
infraestrutura nas áreas que necessitam de investimentos Art. 40. O Poder Executivo Municipal deve manter
e nas ZEIS, desde que aprovada pelo Conselho da registro das transferências do direito de construir
Cidade. ocorridas, no qual constem os imóveis transmissores
Art. 37. As áreas passíveis de aplicação do instrumento e receptores, bem como os respectivos potenciais
de que trata esta Seção são aquelas localizadas em construtivos transferidos e recebidos.
todo o Perímetro Urbano, observados os parâmetros Parágrafo único. Consumada a transferência do direito
urbanísticos de cada local, mediante aprovação do de construir em relação a cada imóvel receptor, fica o
Conselho da Cidade. potencial construtivo transferido vinculado a este.
SUBSEÇÃO III Art. 41. As condições relativas à aplicação da
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR transferência do direito de construir serão estabelecidas
em legislação municipal específica, com base no Estatuto
Art. 38. Pela transferência do direito de construir,
da Cidade e neste Plano Diretor de Desenvolvimento, que
nos termos do art. 35 da Lei nº 10.257/01 - Estatuto da
definirá:
Cidade, o Poder Executivo Municipal poderá autorizar o
proprietário de imóvel urbano a exercer em outro local, I - as formas de registro e de controle administrativo;
ou alienar total ou parcialmente, mediante escritura II - as formas e mecanismos de controle social;
pública, o potencial construtivo previsto na Legislação de
Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, quando o imóvel III - a previsão de avaliações periódicas;
for considerado necessário para fins de: IV - a forma de cálculo do volume construtivo a ser
I - preservação, quando declarado pelo Poder Público transferido.
como de interesse histórico, arquitetônico, arqueológico, SUBSEÇÃO IV
paisagístico, ambiental, social ou cultural;
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
II - implementação de programas de regularização
Art. 42. Operação Urbana Consorciada é o conjunto
fundiária, urbanização de áreas ocupadas por população
de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder
de baixa renda e habitação de interesse social;
Executivo Municipal, com a participação dos proprietários,
III - implantação de sistema viário, equipamentos moradores, usuários permanentes e investidores
urbanos e comunitários. privados, com o objetivo de alcançar em uma área
§ 1.° A mesma faculdade será concedida ao proprietário específica transformações urbanísticas estruturais,
que doar ao Poder Público seu imóvel ou parte dele, para melhorias sociais, valorização ambiental, notadamente
os fins previstos neste artigo. ampliando os espaços públicos, organizando o sistema de
transporte coletivo, implantando programas de melhorias
§ 2.° O proprietário que transferir potencial construtivo de infraestrutura, sistema viário, áreas de lazer e de
de imóvel considerado como de interesse do patrimônio,

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habitações de interesse social em determinado perímetro. V - solução habitacional dentro do seu perímetro ou
vizinhança próxima, no caso da necessidade de remover
Parágrafo único. Poderão ser previstas nas
os moradores de habitações impróprias;
Operações Urbanas Consorciadas, dentre outras
medidas, a modificação de coeficientes e características VI - finalidades da operação;
de parcelamento, uso e ocupação do solo e subsolo, bem VII - contrapartida a ser exigida dos proprietários,
como alterações das normas edilícias, considerado o usuários permanentes e investidores privados, em função
impacto ambiental delas decorrente. dos benefícios recebidos;
Art. 43. As Operações Urbanas Consorciadas têm VIII - forma de controle e monitoramento da operação,
como finalidades: obrigatoriamente compartilhada com representação na
I - implantação de equipamentos estratégicos para o sociedade civil;
desenvolvimento urbano; IX - garantia de preservação de imóveis e espaços
II - otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanos de especial valor cultural e ambiental, protegidos
urbanísticas de porte e revitalização de áreas por tombamento ou por ato do Poder Público.
consideradas não edificadas, subutilizadas, não utilizadas § 1.º Toda Operação Urbana Consorciada deverá ser
ou degradadas; previamente aprovada pelo Conselho da Cidade.
III - implantação de programas de regularização § 2.º Os recursos obtidos pelo Poder Público
fundiária e de habitação de interesse social; na forma do inciso VII deste artigo serão aplicados,
IV - implantação de espaços públicos; exclusivamente, no programa de intervenções e dentro da
área de abrangência definidos na legislação de criação da
V - proteção, recuperação, valorização e criação de
Operação Urbana Consorciada.
patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico, cultural e
paisagístico; § 3.° O estoque de potencial construtivo adicional a
ser definido para as áreas de Operação Urbana terá seus
VI - melhoria e ampliação da infraestrutura da rede
critérios e limites definidos na legislação específica.
viária;
Art. 45. A legislação específica que aprovar a Operação
VII - dinamização de áreas visando à geração de
Urbana Consorciada poderá prever a emissão, pelo
empregos;
Poder Executivo Municipal, de determinada quantidade
VIII - reurbanização, revitalização e tratamento de Certificados de Potencial Adicional Construtivo -
urbanístico de áreas. CEPAC, os quais serão alienados em leilão ou utilizados
Art. 44. Cada Operação Urbana Consorciada será diretamente na implementação do programa de ações
criada por legislação específica que, de acordo com as previstas na própria Operação.
disposições dos artigos 32 a 34 da Lei nº 10.257/01 - § 1.° Os Certificados de Potencial Adicional Construtivo
Estatuto da Cidade, e conterá, no mínimo: - CEPAC serão livremente negociados, mas convertidos
I - definição da área de abrangência e do perímetro da em direito de construir e alteração de uso unicamente na
área de intervenção; área objeto da Operação.

II - coeficiente máximo de aproveitamento da Operação § 2.° A vinculação dos Certificados de Potencial


Urbana; Adicional Construtivo - CEPAC poderá ser realizada no
ato da aprovação de projeto de edificação específico para
III - programas e projetos básicos de ocupação da
o imóvel.
área e intervenções previstas;
§ 3.º Os Certificados de Potencial Adicional Construtivo
IV - programas de atendimento econômico e social
– CEPAC poderão ser vinculados ao imóvel por intermédio
para a população diretamente afetada pela operação;

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de declaração do Poder Executivo Municipal, os quais infraestrutura urbana e de equipamentos urbanos e


deverão ser objeto de Certidão. comunitários, tais como:
§ 4.º A legislação a que se refere o caput deste artigo I - ampliação das redes de infraestrutura urbana;
deverá estabelecer: II - área de terreno ou área edificada para instalação
I - a quantidade de Certificados de Potencial Adicional de equipamentos comunitários, em percentual compatível
Construtivo – CEPAC a ser emitida, obrigatoriamente com o necessário para o atendimento da demanda a ser
proporcional ao estoque de potencial construtivo adicional gerada pelo empreendimento;
previsto para a Operação; III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas
II - o valor mínimo do CEPAC; de desaceleração, pontos de ônibus, faixas de pedestres
e instalação de semáforos, quando necessário;
III - as formas de cálculo das contrapartidas;
IV - proteção acústica, uso de filtros e outros
IV - as formas de conversão e equivalência dos
procedimentos que minimizem incômodos da atividade;
CEPACs em metros quadrados de potencial construtivo
adicional. V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros
elementos arquitetônicos ou naturais considerados de
SEÇÃO III
interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem
DO ESTUDO E RELATÓRIO DE IMPACTO DE como de recuperação ambiental da área;
VIZINHANÇA
VI - percentual de lotes ou habitações de interesse
Art. 46. O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança social no empreendimento.
– EPIV compreende o conjunto de elementos técnicos
§ 1.º As exigências previstas nos incisos anteriores
indicativos das prováveis modificações nas diversas
deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto do
características socioeconômicas e físico-territoriais do
empreendimento.
entorno, que podem resultar do desenvolvimento de
empreendimentos, atividades ou de projetos urbanísticos. § 2.º A aprovação do empreendimento ficará
condicionada à assinatura de Termo de Compromisso de
Parágrafo único. O Estudo Prévio de Impacto de
Ajustamento de Conduta - TAC por parte do interessado,
Vizinhança - EPIV - será analisado por uma comissão
devendo este se comprometer a arcar integralmente
multidisciplinar constituída por servidores especializados,
com as despesas decorrentes das obras e serviços
integrantes dos órgãos municipais responsáveis pelo
necessários à minimização dos impactos decorrentes da
planejamento, meio-ambiente, urbanismo, infraestrutura
implantação do empreendimento e demais exigências
e transportes, e levado à apreciação do Conselho da
apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da
Cidade.
aprovação do empreendimento.
Art. 47. Os usos que venham a causar grande impacto
Art. 49. Para obtenção das licenças ou autorizações de
urbanístico e ambiental, além do cumprimento dos demais
construção, ampliação ou funcionamento de atividades ou
dispositivos previstos na legislação urbanística, terão sua
empreendimentos, públicos ou privados, que se fizerem
aprovação condicionada à elaboração e aprovação de
necessários, o interessado providenciará Estudo de
Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV, a ser apreciado
Impacto de Vizinhança de forma a contemplar os efeitos
pelo órgão competente da Administração Municipal.
negativos do empreendimento ou atividades, privados ou
Art. 48. O Poder Executivo Municipal, para eliminar públicos, observados os seguintes parâmetros:
ou minimizar impactos negativos a serem gerados pelo
I - adensamento populacional;
empreendimento, deverá solicitar como condição para
aprovação do projeto, alterações e complementações II - uso e ocupação do solo;
no mesmo, bem como a execução de melhorias na III - valorização imobiliária;

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IV - áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico ocupadas em desconformidade com a lei, para fins de
e ambiental; habitação, implicando melhorias no ambiente urbano do
assentamento, no resgate da cidadania e da qualidade de
V - equipamentos urbanos, incluindo consumo de
vida da população beneficiária.
água e de energia elétrica, bem como geração de
resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem de Art. 53. A regularização fundiária pode ser efetivada
águas pluviais; pelos dos seguintes instrumentos:
VI - equipamentos comunitários, como os de saúde e I - concessão de direito real de uso, de acordo com o
educação; estabelecido no Decreto-Lei nº 271, de 28 de fevereiro de
1967;
VII - sistema de circulação e transportes, incluindo,
dentre outros, tráfego gerado, acessibilidade, II - concessão de uso especial para fins de moradia,
estacionamento, carga e descarga, embarque e nos termos da Medida Provisória nº 2.220/01;
desembarque; III - autorização de uso, nos termos da Medida
VIII - poluição sonora, atmosférica e hídrica; Provisória nº 2.220/01;
IX - vibração; IV - cessão de posse para fins de moradia, nos termos
da Lei Federal nº 6.766/79;
X - periculosidade;
V - usucapião especial de imóvel urbano;
XI - riscos ambientais;
VI - direito de preempção;
XII - interferências na paisagem urbana e rural;
VII - direito de superfície.
XIII - impacto socioeconômico na população residente
ou atuante no entorno. Art. 54. O Poder Executivo Municipal deverá
articular os diversos agentes envolvidos no processo
Art. 50. Os documentos constantes no EIV/RIV serão
de regularização, como representantes do Ministério
públicos e ficarão disponíveis para consulta no órgão
Público, Poder Judiciário, Serviço de Registro de Imóveis,
municipal competente.
Governos Estadual e Federal, bem como dos grupos
§ 1.° Serão fornecidas cópias do EIV/RIV, quando sociais envolvidos, visando equacionar e agilizar os
solicitadas pelos moradores da área afetada ou por suas processos de regularização fundiária.
associações.
Art. 55. O Poder Executivo Municipal poderá
§ 2.° O órgão público responsável pelo exame do EIV/ promover plano de urbanização com a participação dos
RIV deverá realizar Audiência Pública, antes da decisão moradores de áreas usucapidas coletivamente para fins
sobre o projeto, integrando a participação dos moradores de moradia, para a melhoria das condições habitacionais
da área afetada ou por suas associações. e de saneamento ambiental nas áreas habitadas por
Art. 51. A elaboração do EIV não substitui o população de baixa renda, nos termos da Lei Federal nº
licenciamento ambiental exigido, nos termos da legislação 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade.
ambiental pertinente. TÍTULO III
SEÇÃO IV DA POLÍTICA DOS SISTEMAS ECONÔMICOS,
DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO SOCIAIS E AMBIENTAIS
FUNDIÁRIA Art. 56. As políticas públicas setoriais, em especial
Art. 52. A regularização fundiária compreende um as ambientais, integram a Política de Desenvolvimento
processo de intervenção pública, sob os aspectos do Município de Jales e definem as ações que devem
jurídicos, físicos e sociais, que objetiva legalizar a ser implementadas pelo Poder Público Municipal para
permanência de populações moradoras de áreas urbanas cumprir os objetivos estratégicos deste Plano Diretor de

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Desenvolvimento. seguintes atividades econômicas:


Parágrafo único. As políticas e os sistemas urbanos e a) agropecuária;
ambientais tratados nesta Lei Complementar são as que b) indústria;
se relacionam direta ou indiretamente com questões de
ordenamento territorial, a saber: c) comércio;

I - Política de Desenvolvimento Econômico Sustentável; d) serviços;

II - Política e Sistema Ambiental; e) turismo.

III - Sistema de Infraestrutura; II - induzir uma distribuição mais equitativa do emprego,


desconcentrando as atividades econômicas;
IV - Política e Sistema de Saneamento Ambiental;
III - investir em infraestrutura para minimizar as
V - Política e Sistema de Mobilidade; deseconomias de aglomeração presentes no Município de
VI - Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Jales e criar novas áreas aptas para atrair investimentos
Espaços Livres; em atividades econômicas;
VII - Política de Habitação Social; IV - proteger as áreas industriais em funcionamento e
estimular sua expansão em moldes compatíveis com as
VIII - Desenvolvimento Social e Sistema de
novas condições territoriais do Município de Jales;
Equipamentos Urbanos e Sociais;
V - incentivar o comércio e os serviços locais,
IX - Política de Proteção ao Patrimônio Arquitetônico
especialmente os instalados em fachadas ativas, junto às
e Urbano.
ruas;
CAPÍTULO I
VI - potencializar a capacidade criativa, o conhecimento
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO científico e tecnológico e a inovação existente no Município
SUSTENTÁVEL de Jales para gerar atividades econômicas de alto valor
Art. 57. São objetivos da Política de Desenvolvimento agregado e ambientalmente sustentáveis;
Econômico Sustentável reforçar o papel do Município VII - promover o desenvolvimento sustentável da
de Jales como centro industrial, comercial, de serviços, macrozona rural com o apoio à agricultura familiar, em
de conhecimento, de criação e inovação, promover especial a orgânica, e ao turismo sustentável, em especial
atividades econômicas sustentáveis nas macrozonas de base comunitária;
urbana e rural, e estimular atividades econômicas que
VIII - promover a infraestrutura necessária ao
permitam equilibrar a relação emprego/moradia em
desenvolvimento sustentável, incluindo obras,
todas as regiões da cidade na perspectiva de reduzir as
empreendimentos e serviços de utilidade pública, nas
desigualdades socioterritoriais e reduzir a quantidade de
macrozonas urbana e rural;
viagens e o tempo médio de deslocamento no Município
de Jales. IX - reforçar a posição da cidade como polo de eventos,
ampliando a infraestrutura e os espaços destinados a
Parágrafo único. Para alcançar o objetivo descrito no
exposições e congressos;
caput deste artigo, o Município de Jales deverá articular-
se com os demais municípios da Região Noroeste do X - criar as condições para o desenvolvimento do
Estado de São Paulo e instâncias do Governo Estadual turismo apropriado às características do Município de
e Federal. Jales, gerando sinergias entre eventos, negócios, cultura,
gastronomia, compras e agroecoturismo e turismo rural
Art. 58. São diretrizes e objetivos específicos da
para aumentar a permanência do visitante no Município
Política de Desenvolvimento Econômico Sustentável:
de Jales;
I - criar serviços e apoio econômico, integrando as

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XI - facilitar a instalação de empresas e Art. 61. São diretrizes da Política Ambiental:


microempreendedores no Município de Jales, por meio I - conservar a biodiversidade, os remanescentes da
de incentivos; flora e da fauna;
XII - valorizar a diversidade territorial, cultural, étnica, II - melhorar a relação de áreas verdes por habitante
religiosa e de orientação sexual como um direito que do Município de Jales;
potencializa as oportunidades de desenvolvimento
econômico do Município de Jales. III - conservar e recuperar a qualidade ambiental dos
recursos hídricos, inclusive águas subterrâneas, e das
CAPÍTULO II bacias hidrográficas, em especial as dos mananciais de
DA POLÍTICA AMBIENTAL abastecimento;
Art. 59. A Política Ambiental do Município de Jales tem IV - aprimorar mecanismos de incentivo à recuperação
caráter transversal e se articula com as diversas políticas e proteção ambiental;
públicas, sistemas e estratégias de desenvolvimento V - criar mecanismos e estratégias para a proteção da
econômico que integram esta Lei Complementar. fauna silvestre;
Art. 60. São objetivos da Política Ambiental: VI - reabilitar as áreas degradadas e reinseri-las na
I - implementação, no território municipal, das diretrizes dinâmica urbana;
contidas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável VII - minimizar os impactos da urbanização sobre as
da Organização das Nações Unidas, no Programa Cidades áreas prestadoras de serviços ambientais;
Sustentáveis, na Política Nacional de Meio Ambiente,
Política Nacional de Recursos Hídricos, Política Nacional VIII - minimizar os processos de erosão e de
de Saneamento Básico, Política Nacional de Resíduos escorregamentos de solo e rocha;
Sólidos, Política Nacional de Mudanças Climáticas, Lei IX - contribuir para a redução de enchentes;
Federal da Mata Atlântica, Sistema Nacional de Unidades
X - combater a poluição sonora;
de Conservação e demais normas e regulamentos
federais e estaduais, no que couber; XI - contribuir para a minimização dos efeitos das ilhas
de calor e da impermeabilização do solo;
II - conservação e recuperação do meio ambiente e
da paisagem; XII - adotar medidas de adaptação às mudanças
climáticas;
III - proteção dos serviços ambientais prestados pelos
ecossistemas; XIII - reduzir as emissões de poluentes atmosféricos e
gases de efeito estufa;
IV - redução da contaminação ambiental em todas as
suas formas; XIV - promover programas de eficiência energética,
cogeração de energia e energias renováveis em
V - garantia de proteção dos recursos hídricos e
edificações, iluminação pública e transportes;
mananciais de abastecimento;
XV - criar, por legislação específica, incentivos fiscais
VI - priorização de medidas de adaptação às mudanças
e urbanísticos às construções sustentáveis, inclusive na
climáticas;
reforma de edificações existentes;
VII - incentivo à adoção de hábitos, costumes e
XVI - adotar procedimentos de aquisição de bens e
práticas que visem à proteção dos recursos ambientais;
contratação de serviços pelo Poder Público Municipal
VIII - produção e divulgação de informações ambientais com base em critérios de sustentabilidade;
organizadas e qualificadas;
XVII - estimular a agricultura familiar, urbana e rural,
IX - estímulo às construções sustentáveis. incentivando a agricultura orgânica e a diminuição do uso

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de agrotóxicos; Art. 63. São objetivos da Política e do Sistema de


Infraestruturas:
XVIII - promover a educação ambiental formal e não
formal; I - racionalizar a ocupação e a utilização da
infraestrutura instalada e por instalar;
XIX - articular, no âmbito dos Comitês de Bacias
Hidrográficas, ações conjuntas de conservação, II - assegurar a equidade na distribuição territorial dos
recuperação e fiscalização ambiental entre os municípios serviços;
dos Comitês e a Secretaria Estadual do Meio Ambiente; III - coordenar e monitorar a utilização do subsolo
XX - implantar estratégias integradas com outros pelas concessionárias de serviços públicos;
municípios da Região Noroeste Paulista e articuladas IV - incentivar a pesquisa e o desenvolvimento de
com outras esferas de governo para redução da poluição novas tecnologias, buscando otimizar o uso dos recursos
e degradação do meio ambiente; dos sistemas de infraestrutura e dos serviços de utilidade
XXI - compatibilizar a proteção ambiental com o pública, garantindo um ambiente equilibrado e sustentável;
desenvolvimento econômico sustentável e a qualidade de V - promover a gestão integrada da infraestrutura e
vida da população. o uso racional do subsolo e do espaço aéreo urbano,
Parágrafo único. Para estimular as construções garantindo o compartilhamento das redes, coordenando
sustentáveis, legislação específica poderá criar incentivos ações com concessionários e prestadores de serviços e
fiscais, tais como o IPTU Verde, destinados a apoiar a assegurando a preservação das condições ambientais
adoção de técnicas construtivas voltadas à racionalização urbanas;
do uso de energia e água, gestão sustentável de resíduos VI - estabelecer mecanismos de gestão entre
sólidos, aumento da permeabilidade do solo, entre outras Município, Estado e União para serviços de interesse
práticas. comum, tais como abastecimento de água, tratamento
CAPÍTULO III de esgotos, destinação final de resíduos, energia e
comunicações;
DO SISTEMA DE INFRAESTRUTURA
VII - garantir o investimento em infraestrutura;
Art. 62. O Sistema de Infraestrutura é integrado pelos
serviços, equipamentos, infraestruturas e instalações VIII - garantir a justa distribuição dos ônus e benefícios
operacionais e processos relativos a: decorrentes das obras e serviços de infraestrutura urbana.
I - Sistema Viário; Art. 64. Os programas, ações e investimentos,
públicos e privados, no Sistema de Infraestrutura devem
II - Sistema de Saneamento Básico;
ser orientados segundo as seguintes diretrizes:
III - Sistema Energético;
I - garantia da universalização do acesso à
IV - Sistema de Iluminação; infraestrutura urbana e aos serviços de utilidade pública
V - Sistema de Comunicações; por parte da população;

VI - Outros sistemas de serviços de infraestrutura de II - garantia da preservação do solo e do lençol freático,


utilidade pública. realizando as obras e a manutenção necessárias para o
devido isolamento das redes de serviços de infraestrutura;
Parágrafo único. As obras, empreendimentos e
serviços de infraestrutura de utilidade pública são III - implantação por meio de galerias técnicas de
destinados à prestação de serviços de utilidade pública, equipamentos de infraestrutura de serviços públicos
nos estritos termos e condições autorizados pelo Poder ou privados nas vias públicas, incluídos seus subsolo e
Público Municipal, podendo ser instalados em qualquer espaço aéreo, priorizando as vias de maior concentração
das zonas de uso, exceto na de preservação ambiental. de redes de infraestrutura;

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IV - racionalização da ocupação e da utilização domiciliares, da varrição e limpeza de logradouros e vias


da infraestrutura instalada e por instalar, garantindo públicas, dos estabelecimentos comerciais e prestadores
o compartilhamento e evitando a duplicação de de serviços, dos processos e instalações industriais, dos
equipamentos; serviços públicos de saneamento básico, serviços de
saúde e construção civil;
V - instalação e manutenção dos equipamentos
de infraestrutura e dos serviços de utilidade pública, V - a hierarquia de não geração, redução, reutilização,
garantindo o menor incômodo possível aos moradores e reciclagem, o tratamento dos resíduos sólidos e a
usuários do local, bem como exigindo a reparação das disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos
vias, calçadas e logradouros públicos; por meio do manejo diferenciado, da recuperação dos
resíduos reutilizáveis e recicláveis e da disposição final
VI - o estabelecimento e a obediência às normas
dos rejeitos originários dos domicílios e da varrição e
de saúde pública e ambiental, com base no princípio
limpeza de logradouros e vias públicas.
da precaução, exigindo laudos técnicos, quanto aos
seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente, SEÇÃO I
para a implantação e manutenção da infraestrutura dos DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DO SISTEMA DE
serviços de telecomunicações emissores de radiação SANEAMENTO BÁSICO
eletromagnética;
Art. 66. São objetivos do Sistema de Saneamento
VII - a proibição da deposição de material radioativo Básico:
no subsolo e a promoção de ações que visem preservar e
descontaminar o subsolo. I - acesso universal ao saneamento básico;

CAPÍTULO IV II - conservação dos recursos ambientais;

DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE SANEAMENTO III - recuperação ambiental de cursos d’água e fundos


AMBIENTAL de vale;

Art. 65. O Sistema de Saneamento Ambiental é IV - não geração, redução, reutilização, reciclagem,
integrado pelos sistemas de abastecimento de água, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final
esgotamento sanitário, drenagem e gestão integrada ambientalmente adequada dos rejeitos;
de resíduos sólidos e composto pelos serviços, V - proibição de sistemas independentes e/ou isolados,
equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais restringindo-se ao uso exclusivo das redes operadas pela
e processos necessários para viabilizar: concessionária na macrozona urbana.
I - o abastecimento público de água potável, desde a Art. 67. São diretrizes do Sistema de Saneamento
captação até as ligações prediais, com seus respectivos Básico:
instrumentos de medição, incluindo os sistemas isolados;
I - integrar as políticas, programas, projetos e ações
II - a coleta, afastamento, tratamento e disposição final governamentais relacionadas com o saneamento, saúde,
adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações recursos hídricos, biodiversidade, desenvolvimento
prediais até o lançamento do efluente final no meio urbano e rural, habitação, parcelamento, uso e ocupação
ambiente; do solo;
III - o manejo das águas pluviais, compreendendo II - integrar os sistemas, inclusive os componentes de
desde o transporte, detenção, retenção, absorção e o responsabilidade privada;
escoamento ao planejamento integrado da ocupação dos
III - estabelecer ações preventivas para a gestão dos
fundos de vale;
recursos hídricos, realização da drenagem urbana, gestão
IV - a coleta, inclusive a coleta seletiva, o transporte, o integrada dos resíduos sólidos e líquidos e conservação
transbordo, o tratamento e a destinação final dos resíduos das áreas de proteção e recuperação de mananciais;

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IV - melhorar a gestão e reduzir as perdas dos sistemas água e de tratamento dos efluentes de esgotos coletados,
existentes; para o manejo de águas pluviais e resíduos sólidos,
admitidas soluções graduais e progressivas, observando
V - definir parâmetros de qualidade de vida da população
a compatibilidade com os demais planos setoriais;
a partir de indicadores sanitários, epidemiológicos e
ambientais que deverão nortear as ações relativas ao III - programas, projetos, ações e investimentos
saneamento; necessários para atingir as metas mencionadas no inciso
anterior de modo compatível com os respectivos planos
VI - promover atividades de educação ambiental e
plurianuais e planos setoriais correlatos, identificando
comunicação social, com ênfase em saneamento;
possíveis fontes de financiamento;
VII - realizar processos participativos efetivos que
IV - ações para emergências e contingências relativas
envolvam representantes dos diversos setores da
a ocorrências que envolvem os sistemas de saneamento;
sociedade civil para apoiar, aprimorar e monitorar o
Sistema de Saneamento Ambiental; V - mecanismos e procedimentos para o
monitoramento e avaliação dos resultados alcançados
VIII - obedecer à legislação estadual sobre as áreas
com a implementação dos projetos, ações e investimentos
de proteção e recuperação aos mananciais e à legislação
programados;
referente às unidades de conservação, inclusive zona de
amortecimento; VI - propostas para garantir a sustentabilidade,
eficiência e boa qualidade urbana e ambiental:
IX - proibir o uso de sistemas independentes e/ou
isolados, restringindo-se ao uso exclusivo das redes a) no abastecimento de água;
operadas pela concessionária na macrozona urbana; b) no esgotamento sanitário;
X - aderir à política nacional de saneamento. c) na limpeza urbana;
SEÇÃO II d) no manejo de resíduos sólidos;
DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO e) no manejo de águas pluviais;
INTEGRADO
f) na drenagem urbana;
Art. 68. O Plano Municipal de Saneamento Básico
Integrado deverá ser elaborado e revisado pelo Poder g) no controle de vetores.
Público Municipal com base na legislação federal, SEÇÃO III
estadual e municipal vigente.
DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Parágrafo único. O Plano Municipal de Saneamento
Art. 69. O Sistema de Abastecimento de Água é
Básico Integrado, que se aplica à totalidade do território
composto pelas estruturas, equipamentos, serviços e
do Município de Jales, deverá atender aos objetivos e
processos necessários ao abastecimento de água potável.
diretrizes dos artigos 66 e 67, e conter, no mínimo:
Art. 70. São componentes do Sistema de
I - análises sobre a situação atual de todos os
Abastecimento de Água:
componentes do Sistema de Saneamento Básico,
avaliando seus impactos nas condições de vida da I - a infraestrutura de captação, tratamento, adução,
população e dimensionando as demandas sociais a partir armazenamento e distribuição de água potável;
de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e II - os mananciais hídricos.
socioeconômicos;
Art. 71. Os programas, ações e investimentos, públicos
II - metas de curto, médio e longo prazo para a e privados, no Sistema de Abastecimento de Água devem
universalização do acesso aos serviços de saneamento, ter como objetivo a universalização e segurança no
para a suficiência dos sistemas de abastecimento de acesso à água potável, em qualidade e quantidade.

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Art. 72. São diretrizes do Sistema de Abastecimento prediais, afastamento, tratamento e disposição final de
de Água: esgotos.
I - articular a expansão das redes de abastecimento Art. 75. Os programas, ações e investimentos, públicos
com as ações de urbanização e regularização fundiária e privados, no Sistema de Esgotamento Sanitário devem
nos assentamentos precários; ter como objetivo a universalização do atendimento de
esgotamento sanitário.
II - definir e implantar estratégias para o abastecimento
de água potável; Art. 76. São diretrizes do Sistema de Esgotamento
Sanitário:
III - implantar medidas voltadas à redução de perdas e
desperdícios de água potável; I - articular a expansão das redes de esgotamento
sanitário às ações de urbanização e regularização
IV - implantar medidas voltadas à manutenção e
fundiária nos assentamentos precários;
recuperação das águas utilizadas para abastecimento
humano e atividade agrícola; II - eliminar os lançamentos de esgotos nos cursos
d’água e no sistema de drenagem e de coleta de águas
V - complementar e expandir as redes de abastecimento
pluviais, contribuindo para a recuperação de rios, córregos
de água existentes;
e represas;
VI - proibir o uso de sistemas independentes e/ou
III - complementar e expandir os sistemas de
isolados, restringindo-se ao uso exclusivo das redes
esgotamento sanitário existentes;
operadas pela concessionária na macrozona urbana;
IV - proibir o uso de sistemas independentes e/ou
VII - manter e cadastrar as redes existentes.
isolados, restringindo-se ao uso exclusivo das redes
Art. 73. As ações prioritárias para a complementação operadas pela concessionária na macrozona urbana;
e melhoria do Sistema de Abastecimento de Água são:
V - manter e cadastrar as redes existentes.
I - expandir as redes de abastecimento de água
Art. 77. A expansão das redes de esgotamento
potável;
sanitário é ação prioritária para a complementação e
II - ampliar a disponibilidade hídrica por meio do melhoria do Sistema de Esgotamento Sanitário.
incentivo ao consumo racional da água e da conservação
SEÇÃO V
da capacidade de produção de água;
DO SISTEMA DE DRENAGEM
III - implantar, em articulação com os órgãos
competentes, medidas para controle e monitoramento Art. 78. O Sistema de Drenagem é definido como
das águas subterrâneas; o conjunto formado pelas características geológico-
geotécnicas e do relevo e pela infraestrutura de macro e
IV - complementar, ajustar e aperfeiçoar o sistema de
microdrenagem instaladas.
abastecimento público de água potável;
Art. 79. São componentes do Sistema de Drenagem:
V - desenvolver programas educativos e de capacitação
para o manejo das águas destinadas ao abastecimento I - fundos de vale, linhas e canais de drenagem,
humano e à agricultura na zona rural. planícies aluviais e talvegues;
SEÇÃO IV II - os elementos de microdrenagem, como vias,
sarjetas, meio-fio, bocas de lobo, galerias de água pluvial,
DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
entre outros;
Art. 74. O Sistema de Esgotamento Sanitário é
III - os elementos de macrodrenagem, como canais
composto pelos sistemas necessários ao afastamento
naturais e artificiais, galerias e reservatórios de retenção
e tratamento dos efluentes sanitários, incluindo as
ou contenção;
infraestruturas e instalações de coleta, desde as ligações

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IV - o sistema de áreas protegidas, áreas verdes e retenção ou contenção.


espaços livres. Art. 82. As ações prioritárias no Sistema de Drenagem
Art. 80. São objetivos do Sistema de Drenagem: são:
I - redução dos riscos de inundação, alagamento e de I - elaborar o Plano de Macrodrenagem e Manejo de
suas consequências sociais; Águas Pluviais, consideradas as ações de limpeza urbana
previstas no Plano de Gestão Integrada de Resíduos
II - redução da poluição hídrica e do assoreamento;
Sólidos;
III - recuperação ambiental de cursos d’água e dos
II - elaborar mapeamento e cartografia
fundos de vale;
georreferenciados das áreas de risco de inundações e
IV - conservação do sistema de infraestrutura. aprimorar os sistemas de alerta e emergência;
Art. 81. São diretrizes do Sistema de Drenagem: III - elaborar mapeamento e cartografia
I - preservar e recuperar as áreas com interesse para georreferenciados dos elementos de macrodrenagem,
drenagem, principalmente várzeas, faixas sanitárias, incluindo canais naturais e artificiais, galerias e
fundos de vale e cabeceiras de drenagem; reservatórios de retenção ou contenção;

II - respeitar as capacidades hidráulicas dos corpos IV - implantar sistemas de detenção ou retenção


d´água, impedindo vazões excessivas; temporária das águas pluviais que contribuam para
melhoria do espaço urbano, da paisagem e do meio
III - recuperar espaços para o controle do escoamento
ambiente;
de águas pluviais;
V - implantar o Programa de Recuperação Ambiental
IV - adotar as bacias hidrográficas como unidades
de Fundos de Vales;
territoriais de análise para diagnóstico, planejamento,
monitoramento e elaboração de projetos; VI - desassorear os cursos d’água, canais, galerias,
reservatórios e demais elementos do sistema de
V - adotar critérios urbanísticos e paisagísticos que
drenagem;
possibilitem a integração harmônica das infraestruturas
com o meio ambiente urbano; VII - elaborar legislação referente aos sistemas de
retenção ou contenção de águas pluviais;
VI - adotar tecnologias avançadas de modelagem
hidrológica e hidráulica que permitam mapeamento das VIII - implementar medidas de controle dos
áreas de risco de inundação, considerando diferentes lançamentos da fonte em áreas privadas e públicas;
alternativas de intervenções; IX - adotar medidas que minimizem a poluição difusa
VII - promover a participação social da população no carreada para os corpos hídricos;
planejamento, implantação e operação das ações de X - adotar pisos e faixas drenantes nas pavimentações
drenagem e de manejo das águas pluviais, em especial de passeios de pedestres.
na minoração das inundações e alagamentos;
§ 1.º O Plano de Macrodrenagem é o instrumento
VIII - promover a participação da iniciativa privada para a gestão sustentável da drenagem, atendendo
na implementação das ações propostas, desde que aos objetivos e diretrizes dos artigos 80 e 81 desta Lei
compatível com o interesse público; Complementar.
IX - promover a articulação com instrumentos de § 2.º O Plano de Macrodrenagem deverá conter, no
planejamento e gestão urbana e projetos relacionados mínimo:
aos demais serviços de saneamento;
I - plano de gestão com ações de desenvolvimento
X - implantar elementos de macrodrenagem, como institucional, com estruturação de entidade específica
canais naturais e artificiais, galerias e reservatórios de

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para planejamento e gestão do Sistema de Drenagem, I - não geração, redução, reutilização, reciclagem e
fortalecimento da relação entre o Município de Jales tratamentos dos resíduos sólidos, bem como a disposição
e os órgãos e entidades dos demais entes federativos, final adequada dos rejeitos;
identificação de fontes de financiamento, proposição de II - estímulo à adoção de padrões sustentáveis de
estratégias para o desenvolvimento tecnológico e para a produção e consumo de bens e serviços;
formação e a capacitação dos quadros técnicos;
III - articulação entre as diferentes instituições públicas
II - programa de bacias com propostas de ações e destas com o setor empresarial, visando à cooperação
estruturais e não estruturais planejadas com base em técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos
estudos multidisciplinares, cadastros, cartografias, sólidos;
modelagens matemáticas e monitoramento hidráulico e
hidrológico de cada bacia; IV - universalização da coleta de resíduos sólidos;

III - caracterização e diagnóstico dos sistemas de V - redução do volume de resíduos sólidos destinados
drenagem, avaliando seus impactos nas condições de à disposição final, principalmente nos aterros.
vida da população, a partir de indicadores sanitários, Art. 86. São diretrizes do Sistema de Gestão Integrada
epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos; de Resíduos Sólidos:
IV - metas de curto, médio e longo prazo para melhorar I - seguir as diretrizes e determinações da Política
o sistema de drenagem do Município, observando Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela legislação
a compatibilidade com os demais planos setoriais e federal;
identificando possíveis fontes de financiamento.
II - promover ações que visem minorar a geração de
Art. 83. As intervenções de macrodrenagem, tais resíduos;
como sistemas de detenção ou retenção temporária das
III - promover a máxima segregação dos resíduos nas
águas pluviais, deverão considerar previamente a adoção
fontes geradoras;
de medidas não estruturais na mesma bacia, como a
implantação de parques lineares. IV - incentivar a retenção dos resíduos na fonte;

SEÇÃO VI V - organizar as coletas seletivas para os diversos


resíduos;
DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
VI - assegurar a destinação adequada dos resíduos
Art. 84. O Sistema de Gestão Integrada de Resíduos
sólidos;
Sólidos é definido como o conjunto de serviços,
equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais VII - promover a inclusão socioeconômica dos
públicas voltadas ao manejo diferenciado, recuperação catadores de material reciclável;
dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis e disposição VIII - buscar a sustentabilidade econômica das ações
final dos rejeitos originários dos domicílios e da varrição de gestão dos resíduos no ambiente urbano;
e limpeza de logradouros e vias públicas, estabelecidos
IX - incentivar as atividades de educação ambiental,
pelo Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
com ênfase em manejo de resíduos sólidos;
além das normativas municipais pertinentes.
X - realizar processos participativos efetivos que
Parágrafo único. Compõem também o Sistema de
envolvam representantes dos diversos setores da
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos os serviços,
sociedade civil para apoiar, aprimorar e monitorar o
equipamentos, infraestruturas e instalações operacionais
Sistema de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
privadas destinadas ao manejo de resíduos.
Art. 87. São componentes do Sistema de Gestão
Art. 85. São objetivos do Sistema de Gestão Integrada
Integrada de Resíduos Sólidos os seguintes serviços,
de Resíduos Sólidos:
equipamentos, infraestruturas, instalações e processos

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pertencentes à rede de infraestrutura urbana: VIII - estabelecer procedimentos de compra pública


sustentável para agregados reciclados e composto
I - coletas seletivas de resíduos sólidos;
orgânico;
II - centrais de processamento da coleta seletiva de
IX - estabelecer parcerias com instituições locais para
resíduos secos;
o desenvolvimento de ações de educação ambiental e
III - estabelecimentos comerciais e industriais de comunicação social voltadas à implementação do Plano
processamento de resíduos secos; de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos;
IV - áreas de triagem, transbordo e reciclagem de X - incentivar e acompanhar a implementação das
resíduos da construção civil e resíduos volumosos; ações para o manejo diferenciado dos resíduos sólidos
V - postos de entrega de resíduos obrigados à logística nas Unidades Educacionais da Rede Municipal de Ensino
reversa; de Jales, em conformidade com o Plano de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos;
VI - centrais de tratamento de resíduos de serviços da
saúde; XI - implementar programa que vise à sustentabilidade
ambiental das feiras livres, em conformidade com o Plano
VII - centrais de manejo de resíduos industriais;
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
VIII - aterros de resíduos da construção civil e
Parágrafo único. A administração municipal
sanitários.
estabelecerá mecanismos para incentivar política de
Art. 88. São ações prioritárias do Sistema de Gestão compras públicas sustentáveis que vise à aquisição
Integrada de Resíduos Sólidos: pública de produtos e suas embalagens fabricados com
I - implementar o Plano de Gestão Integrada de materiais que propiciem a reutilização ou a reciclagem
Resíduos Sólidos; e estabelecerá a negociação pelo reconhecimento das
responsabilidades pelos custos de coleta, transporte,
II - orientar os Planos de Gerenciamento de Resíduos
processamento e disposição final de rejeitos em aterros
Sólidos e monitorar a sua implementação;
sanitários.
III - universalizar a coleta seletiva de resíduos secos e
Art. 89. O Plano de Gestão Integrada de Resíduos
orgânicos com atendimento de todo o território da cidade,
Sólidos, elaborado com base na legislação federal,
precedido de campanhas;
municipal e estadual vigente, deverá contemplar ações
IV - expandir as ações de inclusão social, gerar de responsabilidade pública, privada e compartilhada,
oportunidades de trabalho e obtenção de rendas, relativas aos resíduos gerados no território do Município
incentivar as cooperativas no campo da economia de Jales.
solidária de materiais reaproveitáveis e recicláveis;
§ 1.º O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
V - definir estratégia para formalização contratual do deverá atender aos objetivos e diretrizes dos artigos 85 e
trabalho das cooperativas e associações de catadores, 86 desta Lei Complementar, e conter, no mínimo:
para sustentação econômica do seu processo de inclusão
I - análises sobre a situação atual da gestão de resíduos
social e dos custos da logística reversa de embalagens;
sólidos no Município de Jales, avaliando seus impactos
VI - fomentar a implantação de unidades, públicas nas condições de vida da população e dimensionando
e privadas, voltadas à valorização de resíduos secos e as demandas sociais a partir de indicadores sanitários,
orgânicos, resíduos da construção civil, e outros, conforme epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos;
a ordem de prioridades definida na Política Nacional de
II - metas de curto, médio e longo prazo, para garantir
Resíduos Sólidos;
maior sustentabilidade na gestão de resíduos sólidos,
VII - apoiar a formalização de empreendimentos já admitidas soluções graduais e progressivas, observando
estabelecidos, voltados ao manejo de resíduos sólidos;

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a compatibilidade com os demais planos setoriais; IV - sistema cicloviário;


III - programas, projetos, ações e investimentos V - sistema de logística e transporte de carga;
necessários para atingir as metas mencionadas no inciso VI - sistema aeroviário.
anterior de modo compatível com os respectivos planos
plurianuais e com planos setoriais correlatos, identificando Art. 92. Os objetivos do Sistema de Mobilidade são:
possíveis fontes de financiamento; I - melhoria das condições de mobilidade da população,
IV - ações emergenciais e de contingência relativas com conforto, segurança e modicidade, incluindo os
às ocorrências que envolvem os sistemas de gestão grupos de mobilidade reduzida;
integrada de resíduos sólidos; II - homogeneização das condições de
V - ações para implantação de uma rede de macroacessibilidade entre diferentes regiões do Município
equipamentos para recebimento de resíduos sólidos; de Jales;

VI - mecanismos e procedimentos para o III - aumento da participação do transporte público


monitoramento e avaliação dos resultados alcançados coletivo e não motorizado na divisão modal;
com a implementação dos projetos, ações e investimentos IV - redução do tempo de viagem dos munícipes;
programados;
V - melhoria das condições de integração entre os
VII - ações que compatibilizem com as políticas diferentes modais de transporte;
relativas aos sistemas de abastecimento de água,
VI - promoção do desenvolvimento sustentável com a
esgotamento sanitário e drenagem.
mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos
§ 2.º O Plano de Gestão Integrada de Resíduos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade, incluindo
Sólidos deverá ser revisto a cada 4 (quatro) anos. a redução dos acidentes de trânsito, emissões de
CAPÍTULO V poluentes, poluição sonora e deterioração do patrimônio
edificado;
DA POLÍTICA E DO SISTEMA DE MOBILIDADE
VII - promover o compartilhamento de automóveis;
SEÇÃO I
VIII - melhoria das condições de circulação das cargas
DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DO SISTEMA DE no Município com definição de horários e caracterização
MOBILIDADE de veículos e tipos de carga.
Art. 90. O Sistema de Mobilidade é definido como Art. 93. Os programas, ações e investimentos,
o conjunto organizado e coordenado dos modos de públicos e privados, no Sistema de Mobilidade devem ser
transporte, serviços, equipamentos, infraestruturas e orientados segundo as seguintes diretrizes:
instalações operacionais necessários à ampla mobilidade
de pessoas e deslocamento de cargas pelo território I - priorizar o transporte público coletivo, os modos não
municipal, visando garantir a qualidade dos serviços, a motorizados e os modos compartilhados, em relação aos
segurança e a proteção à saúde de todos os usuários, meios individuais motorizados;
principalmente aqueles em condição de vulnerabilidade II - diminuir o desequilíbrio existente na apropriação do
social, além de contribuir para a mitigação das mudanças espaço utilizado para a mobilidade urbana, favorecendo
climáticas. os modos coletivos que atendam a maioria da população,
Art. 91. São componentes do Sistema de Mobilidade: sobretudo os extratos populacionais mais vulneráveis;

I - sistema viário; III - promover os modos não motorizados como meio


de transporte urbano, em especial o uso de bicicletas, por
II - sistema de circulação de pedestres; meio da criação de uma rede estrutural cicloviária;
III - sistema de transporte coletivo público; IV - promover o compartilhamento de automóveis,

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inclusive por meio da previsão de vagas para viabilização federação e seus respectivos órgãos técnicos;
desse modal; XVII - promover ampla participação de setores da
V - complementar, ajustar e melhorar o sistema viário sociedade civil em todas as fases do planejamento e
em especial nas áreas de urbanização incompleta, gestão da mobilidade urbana;
visando sua estruturação e ligação interbairros; XVIII - incentivar a utilização de veículos automotores
VI - complementar, ajustar e melhorar o sistema de movidos à base de energia elétrica ou hidrogênio, visando
transporte público coletivo, aprimorando as condições de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e a poluição
circulação dos veículos; sonora, e a redução de gastos com combustíveis com a
utilização de veículos movidos com fontes de energias
VII - complementar, ajustar e melhorar o sistema
renováveis ou combustíveis menos poluentes;
cicloviário;
XIX - implantar dispositivos de redução da velocidade
VIII - aumentar a confiabilidade, conforto, segurança
e acalmamento de tráfego nas vias locais;
e qualidade dos veículos empregados no sistema de
transporte coletivo; XX - evitar o tráfego de passagem nas vias locais em
zonas exclusivamente residenciais.
IX - promover o uso mais eficiente dos meios de
transporte com o incentivo das tecnologias de menor SEÇÃO II
impacto ambiental; DO PLANO MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA
X - elevar o patamar tecnológico e melhorar os Art. 94. O Poder Público Municipal elaborará o Plano
desempenhos técnicos e operacionais do sistema de Municipal de Mobilidade Urbana, de acordo com os prazos
transporte público coletivo; e determinações estabelecidos pela legislação federal
XI - incentivar a renovação ou adaptação da frota do que institui a Política Nacional de Mobilidade Urbana,
transporte público e privado urbano, visando reduzir as bem como os objetivos e diretrizes dos artigos 92 e 93
emissões de gases de efeito estufa e a poluição sonora, desta Lei Complementar.
e a redução de gastos com combustíveis com a utilização § 1.º O Plano Municipal de Mobilidade Urbana,
de veículos movidos com fontes de energias renováveis cuja elaboração é uma ação prioritária do Sistema de
ou combustíveis menos poluentes, tais como gás natural Mobilidade, deverá ser elaborado de forma participativa
veicular, híbridos ou energia elétrica; e conter, no mínimo:
XII - promover o maior aproveitamento em áreas com I - análise sobre as condições de acessibilidade e
boa oferta de transporte público coletivo por meio da sua mobilidade existentes no Município e suas conexões,
articulação com a regulação do uso e ocupação do solo; a fim de identificar os diferentes tipos de demandas
XIII - estabelecer instrumentos de controle da oferta de urbanas, sociais, demográficas, econômicas e ambientais
vagas de estacionamento em áreas públicas e privadas, que deverão nortear a formulação das propostas;
inclusive para operação da atividade de compartilhamento II - ações para a ampliação e aprimoramento do sistema
de vagas; de transporte público coletivo no Município, considerando
XIV - articular e adequar o mobiliário urbano novo e todos os seus componentes, como infraestrutura viária,
existente à rede de transporte público coletivo; terminais e estações, sistemas de monitoramento remoto,
material rodante, entre outros;
XV - aprimorar o sistema de logística e cargas, de
modo a aumentar sua eficiência, reduzindo custos e III - programa para o gerenciamento dos
tempos de deslocamento; estacionamentos no Município de Jales com controle
de estacionamento nas vias públicas, limitação de
XVI - articular as diferentes políticas e ações de
estacionamentos nas áreas centrais e implantação de
mobilidade urbana, abrangendo os três níveis da

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estacionamentos públicos associados com o sistema III - faixas de pedestres e lombofaixas;


de transporte público coletivo, o compartilhamento de IV - transposições e passarelas;
automóveis, as centralidades urbanas e as rodovias;
V - sinalização específica.
IV - estratégias tarifárias para melhorar as condições
de mobilidade da população, em especial de baixa renda; Art. 97. As ações estratégicas do Sistema de
Circulação de Pedestres são:
V - ações para garantir a acessibilidade universal aos
serviços, equipamentos e infraestruturas de transporte I - melhoria do acesso e deslocamento de qualquer
público coletivo, com adequações das calçadas, pessoa com autonomia e segurança pelos componentes
travessias e acessos às edificações; do Sistema de Circulação de Pedestres;

VI - intervenções para complementação, adequação II - integração do sistema de transporte público coletivo


e melhoria do sistema viário estrutural necessárias para com as calçadas, faixas de pedestre, transposições
favorecer a circulação de transportes coletivos e não e passarelas, visando o pleno acesso do pedestre ao
motorizados e promover ligações mais eficientes entre os transporte público coletivo e aos equipamentos urbanos
bairros e a área central; e sociais;

VII - sistema de monitoramento integrado e remoto III - ampliação das calçadas, passeios e espaços de
dos componentes do Sistema de Mobilidade; convivência;

VIII - estratégias para a configuração do sistema de IV - redução de quedas e acidentes relacionados


circulação de carga no Município, abrangendo as esferas à circulação de pedestres junto aos componentes do
de gestão, regulamentação e infraestrutura e definição do sistema;
sistema viário de interesse do transporte de carga; V - padronização e readequação dos passeios públicos
IX - intervenções para a implantação do sistema em rotas com maior trânsito de pedestres;
cicloviário integrado ao sistema de transporte público VI - integração entre o sistema de estacionamento
coletivo; de bicicletas (paraciclos e bicicletários) e as calçadas,
X - ações para implantação de políticas de controle de visando o pleno acesso de ciclistas aos estabelecimentos.
modos poluentes e menos eficientes de transporte. Art. 98. Os programas, ações e investimentos, públicos
§ 2.º Para garantir os recursos necessários para investir e privados, no Sistema de Circulação de Pedestres devem
na implantação da rede estrutural de transporte coletivo, ser orientados segundo as seguintes diretrizes:
prevista neste Plano Diretor de Desenvolvimento, o Poder I - priorizar as intervenções de mobilidade inclusiva na
Executivo Municipal deve realizar estudos visando obter melhoria de calçadas existentes, em especial as situadas
fonte alternativa de receita. nas rotas estratégicas, adequando-as para o atendimento
SEÇÃO III da legislação existente;

DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES II - implantar travessias em nível em vias que não


permitem interrupção de tráfego de veículos motorizados,
Art. 95. O Sistema de Circulação de Pedestres é garantindo a segurança e o conforto do pedestre;
definido como o conjunto de vias e estruturas físicas
destinadas à circulação de pedestres. III - integrar sistema de transporte público coletivo
com o sistema de circulação de pedestres, por meio de
Art. 96. São componentes do Sistema de Circulação conexões entre modais de transporte, calçadas, faixas
de Pedestres: de pedestre, transposições, passarelas e sinalização
I - passeios (calçadas); específica, visando à plena acessibilidade do pedestre ao
espaço urbano construído;
II - vias de pedestres (calçadões);

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IV - adaptar as calçadas e os outros componentes do Parágrafo único. O Poder Executivo Municipal deverá
sistema às necessidades das pessoas com deficiência elaborar plano de adequação, recuperação e manutenção
visual e mobilidade reduzida; de passeios públicos.
V - instituir órgão responsável pela formulação e SEÇÃO V
implementação de programas e ações para o Sistema de DO SISTEMA VIÁRIO
Circulação de Pedestres;
Art. 102. O Sistema Viário é definido como o conjunto
VI - utilizar o modelo de desenho universal para a de infraestruturas necessárias para a circulação de
execução das políticas de transporte não motorizado; pessoas e cargas.
VII - eliminar barreiras físicas que possam representar Art. 103. São componentes do Sistema Viário:
riscos à circulação do usuário, sobretudo de crianças
e pessoas com mobilidade reduzida e portadoras de § 1.º As vias estruturais, classificadas em 2 (dois)
necessidades especiais; níveis:

VIII - aumentar o tempo semafórico nas travessias em I - as vias estruturais de nível 1 (VE-1) são aquelas
locais de grande fluxo de pedestres; utilizadas como ligação entre o Município de Jales, os
demais municípios do Estado de São Paulo e demais
IX - priorizar a circulação de pedestres sobre os Estados da Federação, como estradas e rodovias;
demais modais de transportes, especialmente em vias
não estruturais; II - as vias estruturais de nível 2 (VE-2) são aquelas
que são utilizadas como ligação entre distritos, bairros
X - garantir a implantação de estruturas de acalmamento e centralidades do Município de Jales, como arteriais e
de tráfego e redução de velocidade, especialmente em marginais.
vias não estruturais.
§ 2.º As vias não estruturais, classificadas como:
SEÇÃO IV
I - coletoras, com função de ligação entre as vias locais
DA ACESSIBILIDADE UNIVERSAL e vias estruturais;
Art. 99. A acessibilidade universal é diretriz básica II - locais, com função predominante de proporcionar
para todas as intervenções relacionadas ao Sistema de o acesso aos imóveis lindeiros, não classificadas como
Mobilidade. coletoras ou estruturais;
Parágrafo único. Por acessibilidade universal ao
III - ciclovias;
Sistema de Mobilidade entende-se a condição para
utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, IV - de circulação de pedestres.
dos sistemas que compõem o Sistema de Mobilidade Art. 104. O Poder Executivo Municipal regulamentará
por pessoa com deficiência, mobilidade reduzida ou através de instrumentos específicos:
necessidades especiais.
I - a circulação e o estacionamento de veículos
Art. 100. A rede semafórica destinada à travessia de privados nas vias;
pedestres deverá incorporar gradualmente dispositivos
II - o serviço de táxis;
para que a pessoa com deficiência ou mobilidade reduzida
possa atravessar pela faixa de pedestres, com autonomia III - os serviços de motofrete e propostas para a
e segurança, de acordo com a legislação aplicável. circulação segura de motocicletas;

Art. 101. Calçadas, faixas de pedestres, transposições IV - a abertura de rotas de ciclismo, bicicletários e
e passarelas deverão ser gradualmente adequadas para compartilhamento de bicicletas e vagas especiais para
atender à mobilidade inclusiva, visando sua autonomia, compartilhamento de automóveis e similares;
conforme normas técnicas regulamentares pertinentes. V - as diretrizes e regras para o compartilhamento e

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estacionamento de bicicletas; travessia segura de pedestres e ciclistas;


VI - a circulação e presença de resíduos e cargas VIII - implantar, nas vias de tráfego local, medidas de
perigosas; engenharia de tráfego de forma a disciplinar o uso do
espaço entre pedestres, bicicletas e veículos;
VII - a utilização e manutenção dos passeios públicos
e vias de pedestres; IX - adaptar as condições da circulação de transportes
motorizados a fim de garantir a segurança e incentivar o
VIII - a instalação de mobiliário urbano nos passeios
uso de modais não motorizados, especialmente nas vias
públicos e vias de pedestres;
estruturais nível 2, inclusive com medidas de acalmamento
IX - a realização de atividades e a implantação e de tráfego e redução da velocidade.
o funcionamento de estabelecimentos geradores de
§ 1.º O sistema viário estrutural e não estrutural poderá
tráfego, por transporte coletivo ou individual, de pessoas
receber adaptações que promovam o compartilhamento
ou de cargas.
adequado do espaço das vias entre diferentes modos de
§ 1.º O estacionamento de veículos e a implantação circulação, motorizados e não motorizados, garantidas as
de pontos de táxi somente serão permitidos nas vias condições de segurança.
locais, coletoras e vias estruturais de nível 2, desde que:
§ 2.º Nas vias do sistema viário estrutural, existente
I - seja respeitada a prioridade para o transporte ou planejado, dotadas de 5 (cinco) ou mais faixas de
público coletivo e fluidez de tráfego geral registrado no rolamento na mesma pista, 1 (uma) faixa deverá ser
uso das vias coletoras e estruturais de nível 2; destinada para a circulação exclusiva de transporte
II - seja garantida a segurança e o acesso das pessoas público coletivo.
aos lotes lindeiros. § 3.º As vias do sistema viário estrutural de interesse
§ 2.º As vias estruturais e não estruturais receberão do transporte coletivo devem ser condicionadas e
adaptações, quando necessárias, para atender à ordenadas de forma a priorizar a circulação de transporte
circulação de ciclistas por meio da implantação de público coletivo por meio de reserva de faixas exclusivas
infraestrutura cicloviária adequada. no viário.

Art. 105. As ações estratégicas do Sistema Viário são: SEÇÃO VI

I - complementar as vias estruturais do Município de DO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO


Jales; PÚBLICO

II - implantar ajustes pontuais nas vias estruturais do Art. 106. O Sistema de Transporte Público Coletivo
Município de Jales; é o conjunto de modais, infraestruturas e equipamentos
que realizam o serviço de transporte de passageiros,
III - abrir novas vias no sistema estrutural permitindo a
acessível a toda a população, com itinerários e preços
interligação entre bairros e a conexão com rodovias;
fixados pelo Poder Público Municipal.
IV - alargar e melhorar as vias estruturais do Município
Art. 107. São componentes do Sistema de Transporte
de Jales;
Público Coletivo:
V - modernizar a rede semafórica, priorizando o
I - veículos que realizam o serviço de transporte
enterramento das redes aéreas, e aprimorar a sinalização
público coletivo;
vertical e horizontal em todo o Sistema Viário;
II - estações, pontos de parada e terminais de
VI - padronizar, readequar e garantir acessibilidade
integração e transbordo;
dos passeios públicos em rotas com maior trânsito de
pedestres; III - vias, segregadas ou não;

VII - adequar pontes, viadutos e passarelas para a IV - pátios de manutenção e estacionamento;

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V - instalações e edificações de apoio ao sistema. acordo com sua localização estratégica e seu coeficiente
de aproveitamento não utilizado.
Art. 108. As ações estratégicas do Sistema de
Transporte Público Coletivo são: § 3.º Os terminais e estações de transferência de
ônibus poderão incluir espaços para serviços públicos e,
I - implantar novos corredores;
quando viável, centros comerciais populares.
II - implantar terminais, estações de transferência e
§ 4.º A implantação de novos corredores, terminais e
conexões;
estações de ônibus e a modernização dos já existentes
III - requalificar corredores, terminais e estações de deverão apresentar soluções que compatibilizem sua
transferência de ônibus municipais existentes; inserção ao ambiente urbano, definindo:
IV - respeitar critérios de sustentabilidade na I - soluções ambientalmente e tecnologicamente
construção de novos terminais e estações e requalificação adequadas e gradativas que proporcionem níveis mínimos
dos existentes, prevendo-se: na emissão de poluentes e geração de ruídos;
a) instalação de sanitários; II - integração física e operacional com o Sistema de
b) uso racional de água, incluindo captação de água Transporte Público Coletivo existente;
de chuva e reúso da água; III - integração física e operacional com outros modos
c) uso racional de energia, incluindo eficiência de transporte, em especial com o sistema cicloviário,
energética; por meio de implantação de bicicletários, permissão
de embarque de bicicletas em veículos do sistema,
V - garantir o transporte público coletivo acessível a
priorização de travessias de pedestres, entre outras
pessoas portadoras de necessidades especiais;
medidas;
VI - implantar e aperfeiçoar a bilhetagem eletrônica,
IV - integração com serviços de compartilhamento
mantendo-a sempre atualizada em relação às tecnologias
de automóveis, possibilitando a realização de viagens
disponíveis;
articuladas com outros modais;
VII - adotar novas formas de operação e estratégias
V - posicionamento dos pontos de parada e, quando
operacionais para o Sistema de Transporte Público
couber, de estações, terminais, pátios de manutenção e
Coletivo Municipal;
estacionamento e outras instalações de apoio;
VIII - colaborar com a implantação de corredores,
VI - melhorias nos passeios e espaços públicos,
além de terminais, estacionamentos e estações de
mobiliário urbano, iluminação pública e paisagem urbana,
transferência de ônibus municipais e interestaduais;
entre outros elementos;
IX - colaborar com a implantação de novas linhas e
VII - instalação de sinalizações que forneçam
estações do Sistema de Transporte Público Coletivo;
informações essenciais para o deslocamento do
X - ampliar a frota de veículos de transporte coletivo, passageiro nos terminais, estações de transferência e
utilizando soluções tecnológicas avançadas e tecnologias conexões;
sustentáveis.
VIII - melhoria na provisão de serviços, equipamentos
§ 1.º A construção de estacionamentos públicos e infraestruturas urbanas, considerando o gradativo
e privados deverá ocorrer preferencialmente junto a enterramento das redes aéreas;
terminais de integração e estações de transferência.
IX - preservação de patrimônios culturais e ambientais;
§ 2.º Os terminais poderão prever áreas de expansão
X - requalificação dos espaços eventualmente
de seus usos através do aproveitamento de sua área
utilizados como canteiro de obras e áreas de apoio;
construtiva adicional com destinação para equipamentos
públicos municipais, usos comerciais e de serviços, de XI - requalificação do espaço viário afetado.

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SEÇÃO VII § 2.º Os programas, ações e investimentos, públicos


e privados, para o compartilhamento de automóveis
DO SISTEMA CICLOVIÁRIO
devem ser orientados para a estruturação de uma rede
Art. 109. O Sistema Cicloviário é caracterizado por um complementar de transporte, associada às redes de
sistema de mobilidade não motorizado e definido como o transporte público coletivo e às redes cicloviárias.
conjunto de infraestruturas necessárias para a circulação
CAPÍTULO VI
segura dos ciclistas e de ações de incentivo ao uso da
bicicleta. DO SISTEMA DE ÁREAS PROTEGIDAS, ÁREAS
VERDES E ESPAÇOS LIVRES
Art. 110. São componentes do Sistema Cicloviário:
Art. 115. O Sistema de Áreas Protegidas, Áreas
I - ciclovias;
Verdes e Espaços Livres é constituído pelo conjunto de
II - ciclofaixas; áreas enquadradas nas diversas categorias protegidas
III - ciclorrotas; pela legislação ambiental, áreas prestadoras de serviços
ambientais, espaços vegetados e espaços não ocupados
IV - bicicletários e demais equipamentos urbanos de
por edificação coberta, de propriedade pública ou
suporte;
particular.
V - sinalização cicloviária;
§ 1.º A organização das áreas protegidas, áreas
VI - sistema de compartilhamento de bicicletas. verdes e espaços livres como Sistema compete ao
Art. 111. Os programas, ações e investimentos, Poder Executivo Municipal, ouvidos os órgãos estaduais
públicos e privados, no Sistema Cicloviário devem ser e federais, e se configura em estratégia de qualificação,
orientados segundo o objetivo de estruturar uma rede preservação, conservação, recuperação e ampliação das
complementar de transporte, integrando os componentes distintas tipologias de áreas e espaços que o compõe,
do Sistema Cicloviário e os demais meios de transporte. para as quais está prevista nesta Lei Complementar a
aplicação de instrumentos de incentivo.
Art. 112. Os programas, ações e investimentos,
públicos e privados, no Sistema Cicloviário devem § 2.º O conjunto de áreas protegidas, áreas verdes
ser orientados segundo diretriz de implantar as redes e espaços livres referidos no caput deste artigo é
cicloviárias associadas às redes de transporte público considerado de interesse público para o cumprimento
coletivo motorizado, e garantir o deslocamento seguro e de funcionalidades ecológicas, paisagísticas, produtivas,
confortável de ciclistas em todas as vias. urbanísticas, de lazer e de práticas de sociabilidade.

Art. 113. Os programas, ações e investimentos, § 3.º Para a implementação do Sistema Municipal
públicos e privados, no Sistema Cicloviário deverão estar de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres,
acompanhados de campanhas de conscientização e além de recursos orçamentários, deverão ser utilizados
incentivo do uso de transportes não motorizados. prioritariamente recursos do Fundo Municipal de Meio
Ambiente, aplicados na hipótese de manejo da vegetação,
SEÇÃO VIII
nos termos definidos nesta Lei Complementar e pela
DO COMPARTILHAMENTO DE AUTOMÓVEIS legislação específica.
Art. 114. O compartilhamento de automóveis, definido Art. 116. São componentes do Sistema Municipal de
como o serviço de locação de automóveis por curto Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres:
espaço de tempo, será estimulado como meio de reduzir
I - áreas públicas:
o número de veículos em circulação.
a) espaços livres e áreas verdes de logradouros
§ 1.º O compartilhamento de automóveis deve incluir
públicos, incluindo praças, vias, vielas e ciclovias;
ações de incentivo ao seu uso.
b) espaços livres e áreas verdes de instituições públicas

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e serviços públicos de educação, saúde, cultura, lazer, VI - conservação e recuperação dos corredores
abastecimento, saneamento, transporte, comunicação e ecológicos na escala municipal.
segurança; Art. 118. São diretrizes do Sistema de Áreas
c) espaços livres e áreas verdes originárias de Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres:
parcelamento do solo; I - ampliar a oferta de áreas verdes públicas;
d) Áreas de Preservação Permanente inseridas em II - recuperar os espaços livres e as áreas verdes
imóveis de propriedade pública; degradadas, incluindo solos e cobertura vegetal;
e) cemitérios públicos. III - recuperar áreas de preservação permanente;
II - áreas privadas: IV - implantar ações de recuperação ambiental e de
a) áreas de Preservação Permanente inseridas em ampliação de áreas permeáveis e vegetadas nas áreas de
imóveis privados; fundos de vale e em cabeceiras de drenagem e planícies
aluviais;
b) espaços livres e áreas verdes de instituições e
serviços privados de educação, saúde, cultura, lazer, V - promover interligações entre os espaços livres
abastecimento, saneamento, transporte, comunicação, e áreas verdes de importância ambiental regional,
segurança e cemitérios; integrando-os através de caminhos verdes e arborização
urbana;
c) espaços livres e áreas verdes com vegetação nativa
em estágio avançado em imóveis residenciais e não VI - compatibilizar, nas áreas integrantes do sistema,
residenciais isolados; os usos das áreas verdes com a conservação ambiental;
d) espaços livres e áreas verdes com vegetação VII - estimular parcerias entre os setores público e
nativa em estágio avançado em imóveis residenciais e privado para implantação e manutenção dos espaços
não residenciais em condomínios; livres e áreas verdes;
e) clubes esportivos sociais; VIII - implementar instrumentos de incentivo à
conservação de espaços livres e áreas verdes particulares
i) sítios, chácaras e propriedades agrícolas;
previstos no Estatuto da Cidade e na legislação ambiental;
SEÇÃO I
IX - incentivar e apoiar a criação de Reservas
DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DO SISTEMA DE Particulares do Patrimônio Natural - RPPN Municipal;
ÁREAS PROTEGIDAS, ÁREAS VERDES E ESPAÇOS
X - utilizar as áreas remanescentes de desapropriação
LIVRES
para ampliação de espaços livres e áreas verdes públicas,
Art. 117. São objetivos do Sistema de Áreas Protegidas, quando não for viável seu aproveitamento para projetos
Áreas Verdes e Espaços Livres: de interesse público;
I - proteção da biodiversidade; XI - estruturar mecanismos de proteção à
II - conservação das áreas prestadoras de serviços biodiversidade, em consonância aos preceitos
ambientais; dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da
Organização das Nações Unidas sobre a Biodiversidade;
III - proteção e recuperação dos remanescentes de
Mata Atlântica; XII - controlar as espécies vegetais e animais
invasoras e a presença de animais domésticos errantes
IV - qualificação das áreas verdes públicas;
em benefício da fauna silvestre;
V - incentivo à conservação das áreas verdes de
XIII - adotar mecanismos de compensação ambiental
propriedade particular;
para aquisição de imóveis destinados à implantação de

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áreas verdes públicas e ampliação das áreas permeáveis; DE FUNDOS DE VALES


XIV - condicionar o parcelamento e utilização de Art. 120. O Programa de Recuperação Ambiental de
glebas com maciços arbóreos significativos à averbação Fundos de Vales é composto por intervenções urbanas
prévia da área que os contém, podendo esta ser doada nos fundos de vales, articulando ações de saneamento,
para a implantação de área verde pública ou gravada drenagem e parques lineares.
como RPPN, quando seu valor biológico assim o justificar; Parágrafo único. São objetivos do Programa de
XV - compensar os proprietários ou detentores de Recuperação Ambiental de Fundos de Vale:
posse justa e de boa fé, de áreas com ecossistemas I - ampliar progressiva e continuamente as áreas
prestadores de serviços ambientais e áreas de soltura de verdes permeáveis ao longo dos fundos de vales, criando
animais silvestres; progressivamente parques lineares e minimizando os
XVI - conservar áreas permeáveis, com vegetação fatores causadores de enchentes e os danos delas
significativa em imóveis urbanos e proteção da paisagem; decorrentes, aumentando a penetração no solo das águas
pluviais e instalando dispositivos para sua retenção;
XVII - apoiar e incentivar a agricultura urbana nos
espaços livres; II - promover ações de saneamento ambiental dos
cursos d’água;
XVIII - priorizar o uso de espécies nativas e úteis à
avifauna na arborização urbana; III - mapear e georreferenciar as nascentes;
IX - compatibilizar a proteção e recuperação das IV - priorizar a construção de Habitações de Interesse
áreas verdes com o desenvolvimento socioambiental e Social para reassentamento, na mesma bacia, da
as atividades econômicas, especialmente as de utilidade população que eventualmente for removida;
pública. V - integrar na paisagem as áreas de preservação
SEÇÃO II permanente com as demais áreas verdes, públicas e
privadas, existentes na bacia hidrográfica;
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
VI - aprimorar o desenho urbano, ampliando e
Art. 119. Área de Preservação Permanente - APP
articulando os espaços de uso público, em especial os
são as porções do território, protegidas nos termos da
arborizados e destinados à circulação e bem-estar dos
legislação federal específica, revestidas ou não com
pedestres;
cobertura vegetal, com a função ambiental de preservar os
recursos hídricos, a permeabilidade do solo, a paisagem, VII - priorizar a utilização de tecnologias socioambientais
a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico e procedimentos construtivos sustentáveis na recuperação
de fauna e flora, o solo e de assegurar o bem-estar das ambiental de fundos de vale;
populações humanas. VIII - melhorar o sistema viário de nível local, dando-
§ 1.º A delimitação das Áreas de Preservação lhe maior continuidade e proporcionando maior fluidez à
Permanente deverá obedecer aos limites fixados pela circulação entre bairros contíguos;
norma federal específica. IX - integrar as unidades de prestação de serviços em
§ 2.º As intervenções em Área de Preservação geral e equipamentos esportivos e sociais aos parques
Permanente apenas poderão ser admitidas nos casos de lineares previstos;
interesse social, utilidade pública ou baixo impacto, de X - construir, ao longo dos parques lineares, vias de
acordo com a norma federal específica e autorização do circulação de pedestres e ciclovias;
órgão ambiental competente.
XI - mobilizar a população do entorno para o
SEÇÃO III planejamento participativo das intervenções na bacia
DO PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL hidrográfica, inclusive nos projetos de parques lineares;

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XII - desenvolver atividades de educação ambiental Espaços Livres.


e comunicação social voltadas ao manejo das águas e Parágrafo único. Por legislação específica ou por
resíduos sólidos; solicitação do proprietário, áreas verdes particulares
XIII - criar condições para que os investidores e poderão ser incluídas no Sistema de Áreas Protegidas,
proprietários de imóveis beneficiados com o Programa de Áreas Verdes e Espaços Livres.
Recuperação Ambiental de Fundos de Vales forneçam os Art. 123. Nas áreas verdes públicas, existentes e
recursos necessários à sua implantação e manutenção, futuras, integrantes do Sistema Municipal de Áreas
sem ônus para o Poder Público Municipal. Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, poderão
SEÇÃO IV ser implantadas instalações de lazer e recreação de uso
coletivo, obedecendo-se aos parâmetros urbanísticos
DOS PARQUES LINEARES
exigidos por órgão ambiental competente.
Art. 121. Os parques lineares são intervenções
Parágrafo único. Consideram-se espaços de lazer
urbanísticas associadas aos cursos d’água, principalmente
e recreação de uso coletivo aqueles destinados às
aqueles inseridos no tecido urbano, tendo como principais
atividades esportivas, culturais, educativas e recreativas,
objetivos:
e suas respectivas instalações de apoio.
I - proteger e recuperar as áreas de preservação
SEÇÃO VI
permanente e os ecossistemas ligados aos corpos d’água;
DOS CEMITÉRIOS
II - proteger, conservar e recuperar corredores
ecológicos; Art. 124. Os cemitérios municipais integram o Sistema
de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres.
III - conectar áreas verdes e espaços públicos;
Parágrafo único. O Poder Público Municipal deve
IV - controlar enchentes;
elaborar o Plano Municipal de Serviço Funerário, definindo
V - evitar a ocupação inadequada dos fundos de vale; uma estratégia para o setor e as ações a serem realizadas
VI - propiciar áreas verdes destinadas à conservação nos cemitérios municipais.
ambiental, lazer, fruição e atividades culturais; Art. 125. O Plano Municipal de Serviço Funerário deve
VII - ampliar a percepção dos cidadãos sobre o meio se orientar pelas seguintes diretrizes:
físico. I - requalificar as áreas dos cemitérios na perspectiva
§ 1.º Os parques lineares são parte integrante do de ampliar as áreas livres e as áreas verdes destinadas
Programa de Recuperação Ambiental de Fundos de ao lazer da população;
Vales e sua plena implantação pressupõe a articulação de II - executar a manutenção e conservação, bem como
ações de saneamento, drenagem, sistema de mobilidade, reformas necessárias, das áreas edificadas e tumulares
urbanização de interesse social, conservação ambiental e dos cemitérios, objetivando a melhoria da qualidade
paisagismo. espacial e da infraestrutura existente;
§ 2.º Legislação específica, após a definição precisa III - estimular a pesquisa e o registro das obras e
do perímetro do parque linear, deverá enquadrá-lo como monumentos tumulares que apresentem valor histórico,
ZECA. artístico, cultural, arquitetônico e científico, com o objetivo
SEÇÃO V de promover sua conservação e restauro;

DAS ÁREAS VERDES IV - planejar e executar a implantação de crematórios


públicos para pessoas e animais domésticos;
Art. 122. Os parques urbanos e naturais, existentes
ou a implantar, e as áreas verdes públicas integram o V - estimular a criação de cemitérios e crematórios
Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e privados para pessoas e animais domésticos.

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Parágrafo único. As diretrizes previstas nos incisos IV SEÇÃO VIII


e V, a serem regulamentadas por legislação específica, DO PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E
poderão ser implementadas por meio de parceria com a RECUPERAÇÃO DE ÁREAS PRESTADORAS DE
iniciativa privada. SERVIÇOS AMBIENTAIS
SEÇÃO VII Art. 127. O Plano Municipal de Conservação e
DO PLANO MUNICIPAL DE ÁREAS PROTEGIDAS E Recuperação de Áreas Prestadoras de Serviços
ÁREAS VERDES E ESPAÇOS LIVRES Ambientais será o instrumento de planejamento e
gestão das áreas prestadoras de serviços ambientais,
Art. 126. O Plano Municipal de Áreas Protegidas e
abrangendo propriedades públicas e particulares.
Áreas Verdes e Espaços Livres deverá conter, no mínimo:
§ 1.º O Plano Municipal de Conservação e Recuperação
I - a definição de tipologias de áreas verdes e espaços
de Áreas Prestadoras de Serviços Ambientais deverá
livres;
conter, no mínimo:
II - a criação de novas categorias de parques municipais
I - diagnóstico;
e áreas verdes, públicas e particulares, contemplando, no
mínimo: II - avaliação de atividades de pagamento por serviços
ambientais e similares já realizadas por outras instituições
a) Parques Urbanos de Conservação, em áreas
públicas e privadas;
dotadas de atributos naturais relevantes, que comportem
também estruturas e equipamentos voltados ao lazer e à III - objetivos e metas de curto, médio e longo prazo;
fruição; IV - programas, projetos e investimentos necessários
b) Parques de Vizinhança (ou pocket parks), em para alcançar objetivos e metas;
áreas verdes inseridas no tecido urbano, de apropriação V - critérios de valoração para aplicação do instrumento
coletiva, públicas ou particulares, planejadas e mantidas Pagamento por Serviços Ambientais;
em conjunto com a comunidade;
VI - mecanismos e procedimentos para a implantação,
III - análise e enquadramento dos parques existentes monitoramento e avaliação dos resultados.
e propostos, inclusive reenquadramento, quando couber;
§ 2.º O Plano Municipal de Conservação e Recuperação
IV - a definição da política de provisão de áreas verdes de Áreas Prestadoras de Serviços Ambientais deverá ser
e espaços livres públicos; submetido à aprovação do Conselho Municipal de Meio
V - as prioridades territoriais para a implantação de Ambiente.
unidades de conservação, áreas verdes e espaços SEÇÃO IX
públicos;
DO PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO URBANA
VI - as metas de implantação no território do Município
de Jales; Art. 128. O Plano Municipal de Arborização Urbana será
o instrumento para definir o planejamento, implantação
VII - o conjunto de indicadores de planejamento e e manejo da arborização urbana no Município de Jales,
gestão e seus mecanismos de monitoramento; devendo conter, no mínimo:
VIII - a previsão de recursos financeiros; I - inventário qualitativo e quantitativo da arborização
IX - a adequação do tratamento da vegetação enquanto urbana;
elemento integrador na composição da paisagem urbana; II - diagnóstico do déficit de vegetação arbórea por
X - as formas de disponibilização das informações, região e bairro do Município de Jales e indicação de
inclusive mapas e bancos de dados; ordem de prioridades de arborização;
XI - as formas de gestão participativa. III - identificação das áreas e logradouros públicos

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passíveis de recepcionar vegetação arbórea, com a III - reduzir as moradias inadequadas;


avaliação conjunta de fatores como: IV - reduzir os impactos de assentamentos precários.
a) largura dos passeios e canteiros; Art. 130. Os programas, ações e investimentos,
b) caracterização das vias; públicos e privados, na Habitação Social devem ser
orientados segundo as seguintes diretrizes:
c) presença de fiação elétrica aérea;
I - priorizar a população de baixa renda;
d) recuo das construções;
II - priorizar o atendimento à população residente em
e) largura da pista;
imóveis ou áreas insalubres, áreas de risco e áreas de
f) características do solo; preservação permanente;
g) canalização subterrânea; III - promover a regularização e urbanização de
h) orientação solar; loteamentos públicos e conjuntos habitacionais públicos
irregulares, cortiços e loteamentos irregulares;
i) atividades predominantes.
IV - diversificar os programas e os agentes promotores
IV - classificação e indicação das espécies ou conjunto
da política de Habitação de Interesse Social, de acordo
de espécies mais adequadas ao plantio, preferencialmente
com as características diferenciadas da demanda;
nativas;
V - promover a produção de novas habitações de
V - objetivos e metas de curto, médio e longo prazo
interesse social nas ZEIS e em áreas vazias e subutilizadas
para prover a cidade de cobertura arbórea compatível
com incentivo à produção privada e a ampliação de
com a melhoria de indicadores ambientais pertinentes;
convênios e parcerias;
VI - implantação de sistema de informações de plantio
VI - estimular a produção de habitação do mercado
e manejo da arborização urbana integrado ao Sistema de
popular, em especial nas ZEIS;
Informações Ambientais;
VII - promover soluções habitacionais adequadas e
VII - programa de educação ambiental à população
definitivas para a população de baixa renda que forem
atendida concomitante no tempo e no espaço com o
realocadas dos seus locais de moradia em razão da
cronograma de plantio.
necessidade de recuperação e proteção ambiental,
Parágrafo único. Até a elaboração do plano referido no existência de riscos geológicos e hidrológicos e execução
caput, o manejo e a gestão da arborização urbana serão de obras públicas, preferencialmente na mesma região ou
realizadas segundo as normas existentes. bairro, com a participação das famílias no processo de
CAPÍTULO VII decisão;

DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO SOCIAL VIII - priorizar a provisão de Habitação Social em áreas


dotadas de infraestrutura e transportes coletivos, evitando
SEÇÃO I
sua instalação em unidades de conservação, áreas de
DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES PARA A POLÍTICA proteção ambiental, áreas de proteção a mananciais
DE HABITAÇÃO SOCIAL e áreas enquadradas como ZECA em função de suas
Art. 129. Os programas, ações e investimentos, características de cobertura vegetal, recursos hídricos e
públicos e privados, na Habitação Social devem ser fragilidade geotécnica;
orientados para os seguintes objetivos: IX - garantir que as realocações de moradores somente
I - assegurar o direito à moradia digna como direito ocorram quando indispensáveis às finalidades públicas
social; motivadoras da medida, sendo realizadas por intermédio
de procedimentos públicos, isonômicos e democráticos,
II - reduzir o déficit habitacional;

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observando-se os princípios e objetivos definidos em II - implementar política de aquisição de terras urbanas


legislação específica; adequadas e bem localizadas destinadas à provisão de
novas Habitações de Interesse Social;
X - promover o atendimento habitacional na forma
de prestação de serviço social e público às famílias em III - integrar a política habitacional do Município de
condições de vulnerabilidade ou risco social, incluindo as Jales ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse
pessoas que ocupam logradouros e praças públicas; Social - SNHIS;
XI - considerar as condicionantes ambientais nas IV - criar sistema de monitoramento e avaliação da
intervenções habitacionais, com a articulação entre política pública habitacional;
urbanização e regularização fundiária de assentamentos V - apoiar a produção social de moradia por meio
precários em programas de saneamento ambiental de fomento às associações, cooperativas e demais
integrado, por meio dos perímetros de ação integrada; entidades;
XII - incentivar a adoção de tecnologias VI - produzir unidades habitacionais de interesse
socioambientais, em especial as relacionadas ao uso social em áreas vazias ou subutilizadas;
de energia solar, gás natural e ao manejo da água e dos
resíduos sólidos e à agricultura urbana, na produção VII - aplicar os instrumentos previstos para a
de Habitação de Interesse Social e na urbanização de regularização fundiária de interesse social, em especial a
assentamentos precários; demarcação urbanística e a legitimação da posse, quando
presentes os requisitos legais;
XIII - apoiar a produção social da moradia por
intermédio de fomento às associações, cooperativas VIII - debater, de modo participativo e integrado com
e demais entidades que atuam na produção social da os demais entes federativos, mecanismos para prevenir
moradia; e mediar conflitos fundiários urbanos, buscando soluções
negociadas e alternativas de moradia para as famílias
XIV - criar, fortalecer e aprimorar os canais de despejadas.
participação, como o Conselho Municipal de Habitação e
as Conferências Municipais de Habitação; SEÇÃO III

XV - promover ações de pós-ocupação e DO PLANO MUNICIPAL DE HABITAÇÃO


acompanhamento das famílias nos novos assentamentos Art. 132. A elaboração do Plano Municipal de Habitação
habitacionais; - PMH deverá orientar-se pelos objetivos e diretrizes
XVI - adotar cota de unidades habitacionais definidos nesta Lei Complementar.
destinadas ao atendimento exclusivamente para setores Parágrafo único. A elaboração do Plano Municipal de
vulneráveis da população, idosos e pessoas portadoras Habitação deverá contemplar:
de necessidades especiais.
I - a inserção dos dados de:
SEÇÃO II
a) diferentes tipos de necessidades habitacionais
DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS NA HABITAÇÃO atuais e futuras, detalhados por regiões e bairros e por
SOCIAL grupos sociais definidos a partir dos seus rendimentos
Art. 131. As ações prioritárias na Habitação são: familiares;

I - elaborar o Plano Municipal de Habitação, com b) definição do montante de recursos financeiros


base em processos participativos, no prazo de 24 (vinte necessário para a produção de novas habitações de
e quatro) meses, contados do início da vigência desta interesse social, incluindo custo da terra;
Lei Complementar e promover sua revisão, no mínimo, a II - dimensionamento da quantidade de terras urbanas
cada 4 (quatro) anos; adequadas e bem localizadas para a produção de novas

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habitações de interesse social, necessárias para a ou risco social.


eliminação do déficit habitacional, bem como definição de Parágrafo único. Terão prioridade no acesso ao serviço
estratégias para aquisição desses recursos fundiários; de moradia social:
III - definição de programas e estratégias adequadas I - a população idosa de baixa renda;
para o atendimento das diferentes necessidades
habitacionais com suas respectivas metas parciais e II - a população em situação de rua ou beneficiária dos
totais, que considerará: programas de assistência social;

a) propostas para a gestão condominial dos conjuntos III - a população de baixa renda atingida por remoções
habitacionais de interesse social de promoção pública, decorrentes de intervenções públicas ou privadas.
que poderá ser realizada através da autogestão e com Art. 134. O Serviço de Moradia Social deverá observar
o acompanhamento do Poder Público Municipal, com os princípios e diretrizes definidos nesta Lei Complementar
avaliações anuais; e ainda os seguintes:
b) propostas para viabilizar a autogestão na produção I - gestão compartilhada, por meio de parcerias entre o
habitacional de interesse social; Poder Público Municipal e a sociedade civil;
c) propostas para a implantação de programa de II - adoção de medidas para ampliar a oferta de imóveis
assistência técnica pública e gratuita para HIS; privados para o Serviço de Moradia Social;
d) realização de parcerias com outros órgãos dos III - acompanhamento socioeducativo, previamente à
governos Estadual e Federal, bem como com a iniciativa ocupação das unidades e na sua pós ocupação;
privada e entidades da sociedade civil;
IV - definição, no âmbito do Conselho Municipal
IV - definição de mecanismos de gestão democrática de Habitação, de medidas para o acompanhamento,
e controle social na formulação e implementação da monitoramento e aperfeiçoamento dos programas
política e da produção habitacional de interesse social do decorrentes.
Município de Jales;
§ 1.º O Serviço de Moradia Social será prestado com
V - definição de mecanismos de articulação entre o recursos oriundos do Fundo Municipal de Habitação ou
Plano Municipal de Habitação, planos plurianuais, leis de por intermédio de transferências intergovernamentais,
diretrizes orçamentárias e leis orçamentárias anuais; entre outras.
VI - articulação com o Plano Estadual da Habitação; § 2.º Caberá ao Poder Executivo Municipal
VII - realização de processos participativos que acompanhar a implementação dos projetos realizados na
viabilizem o levantamento de propostas e contribuições modalidade de Serviço Social de Moradia, providenciando
da sociedade. a revisão da legislação, o estabelecimento de convênios
com órgãos públicos e privados e as demais providências
SEÇÃO IV necessárias à sua viabilização.
DO SERVIÇO DE MORADIA SOCIAL SEÇÃO V
Art. 133. Serviço de Moradia Social é a ação de AÇÕES PRIORITÁRIAS NAS ÁREAS DE RISCO
iniciativa pública realizada com a participação direta dos
beneficiários finais e de entidades da sociedade civil, Art. 135. Os programas, ações e investimentos,
que associa a produção habitacional de interesse social, públicos e privados, nas áreas de risco devem ser
ou as demais formas de intervenção urbanísticas, com orientados para os seguintes objetivos:
regras específicas de fornecimento de serviços públicos I - redução dos riscos geológicos e hidrológicos;
e investimentos em políticas sociais, adequando-os às
II - promoção da segurança e proteção permanente
características de grupos em situação de vulnerabilidade
da população e do patrimônio, frente à ocorrência de

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diferentes tipos de desastres; previstas, executadas ou em andamento;


III - minimização de danos decorrentes de eventos IV - realizar o monitoramento participativo das áreas
geológicos e hidrológicos adversos. suscetíveis a desastres e de riscos envolvendo moradores
e lideranças comunitárias, incluindo a estruturação da
Art. 136. Os programas, ações e investimentos,
Defesa Civil Municipal;
públicos e privados, nas áreas de risco devem ser
orientados segundo as seguintes diretrizes: V - promover atividades de capacitação para o manejo
adequado dos resíduos sólidos gerados em áreas de
I - priorizar alternativas mais eficazes e de menor
desastres;
impacto socioambiental;
VI - criar canais de comunicação e utilizar
II - priorizar ações de caráter preventivo;
eficientemente os já existentes;
III - prevenir a formação de novas áreas de risco, por
VII - aperfeiçoar a formação dos servidores públicos
meio de diretrizes de urbanização e edificação compatíveis
municipais por meio de cursos de capacitação para
com as potencialidades e restrições do meio físico;
elaboração de diagnóstico, prevenção e gerenciamento de
IV - coibir o surgimento de ocupações urbanas nas risco, e possibilitar, ainda, sua participação nas atividades
áreas suscetíveis a desastres; de ensino promovidas pelos governos Estadual e Federal;
V - adotar instrumentos participativos em todo o ciclo VIII - monitorar as condições meteorológicas de
de desenvolvimento dos programas e ações voltados à modo permanente e emitir notificações sobre os tipos,
redução do risco; intensidades e durações das chuvas a fim de subsidiar os
VI - reduzir os níveis de risco de inundações, erosões e órgãos municipais competentes na deflagração de ações
deslizamentos, por meio da implantação de intervenções preventivas ou emergenciais;
estruturais nas áreas de risco existentes; IX - integrar as políticas e diretrizes de defesa civil em
VII - proteger a população nas áreas de risco, mediante todas as suas fases de atuação, preventiva, de socorro,
a preparação em caso de ocorrência de desastres; assistencial e recuperativa, conforme previsto nas normas
pertinentes, inclusive quanto à operacionalidade dos
VIII - prestar socorro imediato à população atingida
planos preventivos de defesa civil no âmbito municipal;
por desastres;
X - promover intercâmbio das informações municipais,
IX - difundir informação sobre áreas de risco e
estaduais e federais relativas aos riscos;
ocorrência de eventos extremos;
XI - implantar sistema de fiscalização de áreas de
X - articular as ações de redução de riscos com
risco;
as demais ações e programas federais, estaduais e
municipais, em particular habitação, drenagem e defesa XII - implantar protocolos de prevenção e alerta e
civil; ações emergenciais em circunstâncias de desastres;

XI - seguir os termos da legislação federal referente à XIII - realizar parcerias para a coleta e análise de
proteção e defesa civil. informações técnicas e para aplicação de novos métodos
e tecnologias que contribuam para melhorias dos sistemas
Art. 137. As ações prioritárias para as áreas de risco
de prevenção e redução de risco.
são:
SEÇÃO VI
I - elaborar o Plano Municipal de Redução de Riscos;
DO PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCOS
II - atualizar periodicamente o levantamento de risco,
com a avaliação e classificação das áreas; Art. 138. O Poder Público Municipal elaborará o Plano
Municipal de Redução de Riscos como parte integrante
III - manter atualizado o cadastro com intervenções
do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.

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Parágrafo único. O Plano Municipal de Redução de I - os equipamentos de educação;


Riscos deverá atender aos objetivos e diretrizes da Seção II - os equipamentos de saúde;
anterior desta Lei Complementar e conter, no mínimo:
III - os equipamentos de esportes;
I - análise, caracterização e dimensionamento das
áreas de risco de inundação, deslizamento e solapamento, IV - os equipamentos de cultura;
classificadas segundo tipos e graus de risco; V - os equipamentos de assistência social;
II - análise, quantificação e caracterização das famílias VI - os equipamentos de abastecimento.
moradoras das áreas de risco mencionadas no inciso
SEÇÃO I
anterior, segundo perfis demográficos, socioeconômicos
e habitacionais, entre outros aspectos; DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES DO SISTEMA DE
EQUIPAMENTOS URBANOS E SOCIAIS
III - estratégias de articulação com a implementação
do Plano Municipal de Habitação, principalmente em Art. 141. Os objetivos do Sistema de Equipamentos
relação à regularização urbanística, jurídica, fundiária Urbanos e Sociais são:
e ambiental de loteamentos e conjuntos habitacionais I - a proteção integral à família e à pessoa, com
precários e irregulares; prioridade de atendimento às famílias e grupos sociais
IV - estratégias de articulação com a implementação mais vulneráveis, em especial crianças, jovens, mulheres,
do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos idosos, pessoas portadoras de necessidades especiais e
Sólidos; pessoas em situação de abandono;

V - definição das ações e intervenções necessárias II - a redução das desigualdades socioespaciais,


para a implantação de obras estruturais de redução de suprindo carências de equipamentos e infraestrutura
riscos e adoção de medidas de segurança e proteção, urbana nos bairros com maior vulnerabilidade social;
com fixação de prioridades, prazos e estimativas de III - o suprimento de todas as áreas habitacionais
custos e recursos necessários; com os equipamentos necessários à satisfação das
VI - definição de estratégias para realização de necessidades básicas de saúde, educação, lazer, esporte,
realocações preventivas de moradores de áreas de risco, cultura e assistência social de sua população;
quando esta for a alternativa única ou mais eficaz para a IV - a ampliação da acessibilidade à rede de
garantia das condições de segurança dos moradores, de equipamentos e aos sistemas de mobilidade urbana,
acordo com critérios técnicos objetivos e reconhecidos e incluindo pedestres e ciclovias;
procedimentos justos e democráticos.
V - a garantia da segurança alimentar e do direito
CAPÍTULO VIII social à alimentação.
DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E DO SISTEMA Art. 142. Os programas, ações e investimentos,
DE EQUIPAMENTOS URBANOS E SOCIAIS públicos e privados, no Sistema de Equipamentos
Art. 139. O Sistema de Equipamentos Urbanos e Urbanos e Sociais devem ser orientados segundo as
Sociais é composto pelas redes de equipamentos urbanos seguintes diretrizes:
e sociais voltados para a efetivação e universalização de I - priorizar o uso de terrenos públicos e equipamentos
direitos sociais, compreendidos como direito do cidadão e ociosos ou subutilizados como forma de potencializar o
dever do Estado, com participação da sociedade civil nas uso do espaço público já constituído;
fases de decisão, execução e fiscalização dos resultados.
II - otimizar o aproveitamento dos terrenos a serem
Art. 140. São componentes do Sistema de desapropriados, com localização e acessibilidade
Equipamentos Urbanos e Sociais Públicos: privilegiada e em conformidade com o maior potencial
construtivo dessas áreas;

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III - otimizar a ocupação dos equipamentos existentes Desportivos da Comunidade;


e a integração entre equipamentos implantados na X - promover a integração com clubes esportivos
mesma quadra; sociais objetivando o fomento do esporte;
IV - incluir mais de um equipamento no mesmo terreno, XI - expandir a rede de equipamentos culturais;
de modo a compatibilizar diferentes demandas por
equipamentos no território, otimizando o uso de terrenos XII - expandir a rede de equipamentos esportivos;
e favorecendo a integração entre políticas sociais; XIII - aprimorar as políticas e a instalação de
V - integrar territorialmente programas e projetos equipamentos, visando à viabilização das políticas de
vinculados às políticas sociais como forma de potencializar acolhimento e proteção às mulheres vítimas de violência;
seus efeitos positivos, particularmente no que diz respeito XIV - implantar as áreas de conexão de internet sem
à inclusão social e à diminuição das desigualdades; fio aberta, com qualidade e estabilidade de sinal;
VI - priorizar as áreas para Redução da Vulnerabilidade XV - viabilizar o Programa Nacional de Acesso ao
Urbana e Recuperação Ambiental. Ensino Técnico e Emprego - PRONATEC, ou programas
SEÇÃO II que venham a sucedê-lo;

DAS AÇÕES NO SISTEMA DE EQUIPAMENTOS XVI - expandir a rede de Centros Integrados de


URBANOS E SOCIAIS Educação de Jovens e Adultos - CIEJA, a fim de ampliar
o atendimento através do Programa de Educação de
Art. 143. As ações prioritárias no Sistema de Jovens e Adultos - EJA, ou programas que venham a
Equipamentos Urbanos e Sociais são: sucedê-los;
I - elaborar plano de gestão das áreas públicas XVII - expandir as ações e equipamentos para a
visando efetivar os princípios e objetivos da presente Lei mediação e a solução pacífica de conflitos;
Complementar;
XVIII - expandir as ações e equipamentos para a
II - elaborar plano de articulação e integração das proteção social às crianças e adolescentes vítimas de
redes de equipamentos urbanos e sociais no território; violência e para a prevenção à violência e ao racismo;
III - elaborar planos municipais de educação, saúde, XIX - expandir e requalificar equipamentos voltados
esportes, assistência social e cultura; ao atendimento de pessoas com deficiência e mobilidade
IV - elaborar plano municipal de segurança alimentar reduzida, inclusive à formação de professores e
e nutricional; o acompanhamento aos alunos com deficiência e
mobilidade reduzida matriculados na Rede Municipal de
V - implantar novos Centros de Educação;
Ensino;
VI - ampliar a rede de Centros de Referência
XX - implantar as ações e equipamentos previstos para
da Assistência Social - CRAS e promover ações
o combate à homofobia e respeito à diversidade sexual;
governamentais para a implementação de projetos e
ações conjuntas; XXI - implantar ações e equipamentos destinados à
população idosa;
VII - expandir a rede dos equipamentos de educação,
inclusive por meio da rede conveniada e outras XXII - aprimorar as políticas e a instalação de
modalidades de parcerias; equipamentos, visando à viabilização das políticas de
inclusão e acolhimento das pessoas com deficiência e
VIII - expandir a rede dos equipamentos de saúde
mobilidade reduzida;
para realização de exames, atendimento ambulatorial, de
especialidades, ou de urgência e emergência; XXIII - ampliar as feiras orgânicas no território
municipal;
IX - planejar, viabilizar e implantar os Clubes

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XXIV - ampliar os espaços para a comercialização e bens móveis de valor histórico e cultural, pertencentes
de produtos orgânicos nos mercados e feiras livres ao Poder Público;
municipais; VI - acervos de documentos de valor histórico e
XXV - garantir a priorização de agricultores familiares cultural, pertencentes ao Poder Público;
orgânicos do Município de Jales nas compras institucionais VII - acervo de monumentos e obras de arte urbana,
da alimentação escolar e outros programas de compras localizados em espaços públicos e edificações municipais;
públicas;
VIII - conjunto de edificações e espaços públicos
XXVI - criar Planos de Desenvolvimento de Bairro, municipais de uso cultural.
mecanismos e formas de proteção de terrenos públicos
e privados com a finalidade de manter e implantar Art. 146. Os objetivos do Sistema Municipal de
equipamentos urbanos e sociais; Patrimônio Cultural são:

XXVIII - implantar a Guarda Civil Municipal ou I - integrar e articular os bens culturais ao sistema
Atividade Delegada, principal ação da política municipal de ordenação territorial do Município de Jales, incluindo
de segurança urbana. os instrumentos de planejamento territorial e social da
cidade;
CAPÍTULO IX
II - fomentar a participação social na identificação,
DA POLÍTICA E DO SISTEMA MUNICIPAL DE proteção e valorização do patrimônio e dos Territórios de
PROTEÇÃO AO PATRIMÔNIO CULTURAL Interesse da Cultura e da Paisagem;
Art. 144. O Sistema Municipal de Proteção do III - promover a identificação de bens e manifestações
Patrimônio Cultural é o conjunto de bens culturais e culturais visando seu registro, valorização e possível
instrumentos que objetivam a preservação, valorização, proteção a partir de inventários do patrimônio cultural ou
integração e articulação dos bens culturais ao sistema outros instrumentos pertinentes;
de gestão cultural e ordenação territorial do Município de
Jales. IV - identificar e preservar os eixos histórico-culturais,
que são elementos do Território de Interesse da Cultura
Parágrafo único. Para os objetivos desta Lei e da Paisagem e se constituem a partir de corredores
Complementar, constituem o conjunto de bens culturais e caminhos representativos da identidade e memória
do Município de Jales as áreas, edificações, imóveis, cultural, histórica, artística, paisagística, arqueológica,
lugares, paisagens, sítios arqueológicos e paleontológicos,
paleontológica e urbanística para a formação da cidade,
monumentos, bens imateriais e outros que apresentam ou podendo fazer parte de territórios e paisagens culturais e
venham a apresentar valor cultural e social reconhecido de áreas envoltórias de bens tombados;
por alguns dos instrumentos legais de proteção definidos
em legislação específica. V - incentivar a identificação e desenvolvimento
de projetos de valorização de áreas ou territórios
Art. 145. Compõem o Sistema Municipal de Patrimônio representativos da identidade e memória cultural, histórica
Cultural os seguintes elementos: e urbanística para a formação da cidade;
I - bens culturais, materiais e imateriais, protegidos por VI - desenvolver programas e ações de educação
legislação específica; patrimonial, a partir dos bens culturais e demais elementos
II - áreas ou territórios de preservação cultural; que compõem o Sistema;
III - sítios arqueológicos e paleontológicos; VII - inventariar, cadastrar e proteger áreas e sítios de
interesses arqueológicos e paleontológicos;
IV - conjunto de edificações históricas e museus
pertencentes ao Poder Público; VIII - inventariar, proteger e incentivar parcerias para
manutenção e valorização do acervo de monumentos e
V - acervos de obras de arte, bens da cultura popular

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obras de arte urbana no Município de Jales; Art. 149. Os objetivos e as diretrizes da Política de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico são:
IX - organizar e fomentar a integração de ações
de preservação do patrimônio cultural, articulando as I - as potencialidades do município;
instituições oficiais responsáveis pela proteção desse II - os mecanismos de incentivos físicos, tecnológicos,
patrimônio, nos níveis federal, estadual e municipal; econômicos e fiscais, à inovação;
X - articular diferentes órgãos do Poder Público para III - os mecanismos de integração, fomento e
a formulação de políticas e programas que viabilizem a coordenação com outras instâncias públicas e privadas,
preservação dos lugares; nacionais, estaduais, locais e regionais;
XI - organizar ações de atendimento e divulgação IV - os instrumentos de relacionamento com a iniciativa
de informações sobre o patrimônio cultural, junto à privada nas questões de investimentos, parcerias,
população, objetivando sua valorização. concessões e outras de finalidade econômica;
TÍTULO IV V - os mecanismos de coordenação e integração
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO da oferta e da demanda por formação, qualificação,
capacitação e treinamento de mão de obra técnica e
E DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
especializada;
CAPÍTULO I
VI - os mecanismos de aferição, avaliação e
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO mensuração objetiva dos efeitos dos investimentos e das
Art. 147. O Sistema Municipal de Planejamento atividades econômicas, a nível local e regional;
é o conjunto de políticas e ações que objetivam o VII - a articulação de ações permanentes para atração
desenvolvimento municipal integrado, de maneira de novos investimentos e difusão das oportunidades e
planejada, permitindo com que o Município de Jales se potenciais do Município de Jales;
desenvolva de forma ordenada e sustentável.
VIII - a criação de uma instância administrativa
Art. 148. Compõem o Sistema Municipal de específica, voltada ao desenvolvimento científico e
Planejamento os seguintes elementos: tecnológico e responsável por executar as políticas
I - Política de Desenvolvimento Científico e Tecnológico; municipais neste setor e por desenvolver projetos
para a captação de recursos do Governo Federal,
II - Política de Desenvolvimento Turístico;
Estadual e de organismos locais, direcionados a apoiar
III - Política de Desenvolvimento Social; o empreendedorismo, geração de renda, formação
IV - Política de Educação; de recursos humanos, competitividade e inovação e
organização de Arranjos Produtivos Locais (APLs);
V - Política de Saúde;
IX - o incentivo à cooperação técnica entre empresas,
VI - Política de Assistência Social;
universidades e organizações públicas e privadas, a
VII - Política de Cultura; nível local, regional, nacional e internacional, visando a
VIII - Política de Esporte e Lazer; pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação de inovações
científicas e tecnológicas, e o consequente incremento da
IX - Política de Segurança Urbana e Ordem Pública;
competitividade dos atores locais;
X - Política de Desenvolvimento Rural.
X - o acesso do cidadão aos conhecimentos científicos
SEÇÃO I e tecnológicos e suas inovações;
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO XI - a parceria com instituições de ensino e pesquisa,
CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO públicas ou privadas, para o desenvolvimento de parques

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tecnológicos, incubadoras de empresas e aceleradoras Art. 151. Os objetivos e as diretrizes da Política de


de startups; Desenvolvimento Social são:
XII - a busca permanente por novos investimentos I - o pleno desenvolvimento das funções sociais
privados no Município de Jales, na ampliação de empresas do Município de Jales a fim de proporcionar aos seus
já instaladas ou em novos empreendimentos, priorizando habitantes, com apoio às famílias, vida produtiva,
os que tenham maior potencial de inovações científicas e independente, autônoma, digna e saudável, facilitando o
tecnológicas. exercício de uma cidadania responsável;
SEÇÃO II II - o apoio e qualificação das famílias e dos jovens
e adultos em situação de risco, bem como das pessoas
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO
com deficiência para a inclusão profissional e o pleno
Art. 150. Os objetivos e as diretrizes da Política de desenvolvimento da capacidade de trabalho dos que
Desenvolvimento Turístico são: tenham condições, de forma a oferecer base para sua
I - a promoção da infraestrutura necessária e independência econômica, propiciando-lhes liberdade e
adequada ao pleno desenvolvimento da atividade autonomia;
turística no Município de Jales, com base na valorização III - o apoio aos idosos sem familiares para a vida em
e conservação do patrimônio cultural, histórico, ambiental comunidade;
e rural;
IV - a implementação das ações com a ampla
II - a consolidação do Município de Jales como destino participação da Sociedade Civil organizada, através da
de destaque frente ao turismo nacional; representação legal nos Conselhos, Fóruns, reuniões
III - o fortalecimento das relações com os municípios e demais canais existentes, garantindo a atuação
que compõe a região de Jales, valorizando a região democrática no processo político decisório;
turística e fomentando seu posicionamento como região V - a definição de pesquisas e estudos para diagnosticar
de destaque para o turismo rural no mercado nacional; ofertas e demandas por serviços públicos.
IV - a efetivação do planejamento regional integrado, SEÇÃO IV
alinhado com os outros municípios;
DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO
V - o fortalecimento da organização do turismo local;
Art. 152. Os objetivos e as diretrizes da Política de
VI - a realização do desenvolvimento sistêmico dos Educação são:
segmentos do turismo em destaque no Município de Jales:
I - a revisão do Plano Municipal de Educação em
turismo rural, turismo em saúde, turismo de negócios,
consonância com as diretrizes do Plano Nacional;
ecoturismo e turismo de eventos, além de apoiar também
outros segmentos que venham a se estruturar; II - a participação do Conselho Municipal de Educação
e implementação das diretrizes gerais da política
VII - a ampliação da permanência do turista no
educacional do Município de Jales;
Município de Jales;
III - o fortalecimento da função social das escolas por
VIII - a promoção e divulgação dos atrativos turísticos
meio dos Conselhos de Escola e das Associações de Pais
e a infraestrutura turística do Município de Jales;
e Mestres, com o objetivo de canalizar as expectativas
IX - os incentivos à produção artesanal local, concretas dos alunos, professores, funcionários e famílias,
promovendo a ampliação dos pontos de comercialização; no que se refere à promoção do conhecimento, efetivada
X - os incentivos aos eventos de interesse turístico. por uma gestão escolar democrática;

SEÇÃO III IV - o atendimento universalizado ao ensino infantil e


ao ensino fundamental consubstanciado no direito social
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

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à educação de qualidade, com ampliação progressiva da de linguagem, matemática e ciências, necessárias à


oferta da educação infantil em creches; chamada alfabetização funcional;
V - a implementação progressiva do atendimento XIV - o estabelecimento de metas e métricas, tendo
à educação infantil e ao ensino fundamental em tempo como objetivo que todas as escolas municipais cumpram
integral; as metas de evolução do Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica - IDEB.
VI - a adequação estrutural para o atendimento
à educação de jovens e adultos, considerando a SEÇÃO V
especificidade dos alunos atendidos, bem como alunos DA POLÍTICA DE SAÚDE
com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento
e altas habilidades, garantindo condições de permanência Art. 153. Os objetivos e as diretrizes da Política de
que favoreçam a aprendizagem em todos os níveis da Saúde são:
educação municipal; I - a organização de ações de saúde considerando a
VII - a acessibilidade aos alunos com deficiências realidade populacional e epidemiológica do Município de
nos aspectos arquitetônico, comunicação, informação e Jales, objetivando a efetividade e eficiência dos serviços;
transporte; II - proporcionar o acesso da população aos
VIII - a consolidação da proposta pedagógica nas equipamentos de saúde, que deverão estar distribuídos
escolas municipais de educação infantil e ensino de forma regionalizada no espaço urbano da cidade;
fundamental, concebendo o aluno com um sujeito III - estimular e propiciar a ampla participação da
sócio-histórico e cultural e a aprendizagem como um comunidade na elaboração e controle da Política de
processo que desafie o aluno a agir e pensar, a refletir Saúde do Município de Jales;
e interagir transformando e convertendo informações em
IV - as ações e serviços da saúde seguirão as
conhecimento;
deliberações da Secretaria Municipal de Saúde, em
IX - o aperfeiçoamento constante do Projeto consonância com o Plano Municipal de Saúde e
Pedagógico pelas Escolas Públicas Municipais que deliberação do Conselho Municipal de Saúde;
contemple ações concretas que considerem a relação
V - o desenvolvimento de ações de vigilância em
entre a diversidade, identidade étnico-racial, igualdade
saúde de acordo com as normas e legislações vigentes
social, inclusão e direitos humanos;
estabelecidas nas esferas estadual e federal;
X - a concepção de avaliação como um processo
VI - propiciar o atendimento integral à saúde da
diagnóstico, dinâmico, participativo e formativo que tem por
população, com fortalecimento das ações de Atenção
objetivo dimensionar e redimensionar sistematicamente a
Básica à Saúde e fomento às ações da Atenção
ação pedagógica;
Especializada, como estabelecido no Sistema Único de
XI - o aprimoramento dos procedimentos técnicos de Saúde – SUS.
avaliação do Sistema de Ensino Municipal;
SEÇÃO VI
XII - a educação de jovens e adultos, em conjunto
DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
com o Governo do Estado, devendo implementar
ações curriculares e extracurriculares que contribuam Art. 154. Os objetivos e as diretrizes da Política de
para o desenvolvimento da qualificação profissional e Assistência Social são:
competências comportamentais que preparem para a I - a destinação de recursos financeiros para custeio
adoção de novas tecnologias, para o empreendedorismo dos benefícios eventuais de que trata o artigo 22 da Lei
e o trabalho; Orgânica de Assistência Social - LOAS, mediante critérios
XIII - a atenção especial ao ensino das disciplinas propostos pelo Conselho Municipal de Assistência Social

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- CMAS; editais, no sentido de fomentar os projetos nas mais


diferentes áreas culturais, em quantidade e qualidade;
II - a execução de projetos de enfrentamento da
pobreza, incluindo a parceria com organizações da IV - fomentar parcerias com a iniciativa privada e com
sociedade civil; as Organizações Sociais, para possibilitar o repasse
financeiro via captação de recursos mediante a legislação
III - a prestação de serviços socioassistenciais de que
em vigor, de incentivos fiscais, bem como para garantir a
trata o artigo 23 da LOAS e os de caráter emergencial;
manutenção de projetos já existentes e possíveis projetos
IV - verificar e adequar os equipamentos sociais novos nas áreas de dança, teatro, música, artes visuais,
quanto a sua estrutura física e acessibilidade e nos literatura, artesanato, cultura popular, audiovisual, museus
desenvolvimentos dos serviços socioassistenciais; e bens patrimoniais materiais e imateriais;
V - organizar a oferta e distribuição de serviços V - reconhecer, proteger, valorizar e promover a
pelo território municipal, priorizando áreas de maior diversidade das expressões culturais presentes no
vulnerabilidade e risco, de acordo com o diagnóstico Município de Jales;
socioterritorial;
VI - qualificar e garantir a transparência da gestão
VI - organizar, coordenar, articular, acompanhar e cultural, assegurando a participação democrática das
monitorar a rede de serviços da proteção social básica e entidades e organizações culturais e da sociedade civil,
especial; através de seus conselhos;
VII - realizar a gestão local do Benefício de Prestação VII - estimular a criação de uma rede de centros
Continuada (BPC), garantindo aos seus beneficiários e culturais para a produção e difusão das várias formas de
famílias o acesso aos serviços, programas e projetos da expressão artística e valores culturais;
rede socioassistencial;
VIII - estabelecer condições para o desenvolvimento
VIII - prestar informações que subsidiem o da economia da cultura, considerando em primeiro plano
acompanhamento estadual e federal da gestão municipal; o interesse público e o respeito à diversidade cultural;
IX - zelar pela execução direta ou indireta dos recursos IX - estimular e proporcionar a manutenção, criação
transferidos pela União e pelo Estado ao Município de e implantação de áreas culturais através de projetos
Jales, inclusive no que tange à prestação de contas; específicos;
X - proceder o preenchimento do sistema de cadastro X - atuar para o desenvolvimento do empreendedorismo
de entidades e organizações de assistência social de que cultural, mediante a qualificação dos agentes culturais
trata o inciso XI do artigo 19 da LOAS. para a gestão do marketing, do financiamento econômico
SEÇÃO VII e estratégico de seus projetos.

DA POLÍTICA DE CULTURA SEÇÃO VIII

Art. 155. Os objetivos e as diretrizes da Política de DA POLÍTICA DE ESPORTE E LAZER


Cultura são: Art. 156. Os objetivos e as diretrizes da Política de
I - a elaboração do Plano Municipal de Cultura do Esporte e Lazer são:
Município de Jales; I - dar ao esporte e ao lazer dimensão educativa,
II - garantir a transversalidade com as demais políticas inclusiva e de formação do cidadão;
públicas; II - sugerir, incentivar e promover competições
III - fomentar parcerias com o Poder Público nas esportivas, encontros, cursos e seminários sobre práticas
esferas estadual e federal e fazer gestão dos repasses de esporte e lazer;
financeiros mediante projetos culturais aprovados por III - identificar e analisar todos os espaços de

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utilização para o esporte e o lazer, a fim de dimensionar e dos processos de violência e as formas modernas de
orientar a implantação, uso e zeladoria dos equipamentos enfrentá-los, a fim de minimizar a marginalidade social;
necessários para atender à demanda existente no VI - o desenvolvimento de programas, em trabalho
Município de Jales; conjunto com os poderes das esferas federal e estadual
IV - elaborar e executar o calendário anual de com as diversas secretarias municipais, visando à
atividades esportivas e de lazer, com atividades em todos compreensão mais abrangente, por parte do sistema
os bairros da cidade, apoiando e promovendo eventos policial e da população, do fenômeno da criminalidade
que contribuam para projetar Jales no cenário estadual e das diferentes formas de intervenção junto aos
e nacional; adolescentes e adultos que passam pelo sistema de
justiça, e das diferentes formas de planejamento, ações e
V - envolver os diferentes segmentos da Sociedade
intervenções nos espaços públicos municipais;
Civil organizada e entidades comerciais, visando sua
colaboração com o Poder Executivo Municipal na VII - a promoção de gestões junto aos governos
administração e zeladoria de espaços e equipamentos, federal e estadual e, no sentido de obter equipamentos
bem como na promoção dos eventos esportivos e de e qualificação profissional dos agentes municipais de
lazer; segurança e parceria na implantação de ações preventivas
no Município de Jales, mediante convênios e acordos de
VI - criar o Conselho Municipal de Esportes;
cooperação;
VII - elaborar o Plano Municipal de Esporte e Lazer do
VIII - a modernização dos equipamentos de vigilância
Município de Jales.
e investimentos na capacitação dos trabalhos de
SEÇÃO IX inteligência, novas tecnologias, georreferenciamento e
DA POLÍTICA DE SEGURANÇA URBANA E ORDEM partilhamento de informações com Estados e Municípios;
PÚBLICA IX - a integração de ações no Município de Jales com
Art. 157. Os objetivos e as diretrizes da Política de vistas à manutenção da Ordem Pública e controle dos
Segurança Urbana e Ordem Pública são: indicadores criminais.

I - a atuação conjunta dos órgãos municipais com os SEÇÃO X


poderes das esferas federal e estadual e a Sociedade Civil DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO RURAL
organizada, criando mecanismos que visem à proteção
Art. 158. A Política de Desenvolvimento Rural tem
da integridade física dos cidadãos e do patrimônio público
como objetivo o Planejamento Municipal Rural que será
e privado;
instrumento de integração urbano-rural e os diversos
II - a atuação de forma integrada, na segurança urbana, segmentos, com as seguintes diretrizes:
na proteção dos agentes públicos, no cumprimento
I - controle do processo de urbanização para evitar o
da legislação de uso e ocupação do solo, na proteção
despovoamento das áreas agrícolas pastoris;
das áreas de interesse ambiental, na segurança dos
equipamentos públicos e dos espaços de uso coletivo; II - promoção e melhoramento na área rural, na medida
necessária do ajustamento desta ao crescimento da área
III - o desenvolvimento da consciência de segurança
urbana;
através de instrumentos educativos preventivos da
violência urbana; III - promoção e incentivo ao cooperativismo e
associativismo rural;
IV - o estímulo de operações conjuntas da comunidade,
Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Federal; IV - programas de diversificação agrícola das
propriedades através da promoção e incentivo para
V - a implantação de um sistema pedagógico a ser
excursões técnicas, curso, formação de agroindústrias a
amplamente divulgado, que contemple a compreensão

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nível de associações, cooperativa e comunidades rurais e Art. 160. A gestão democrática será implementada
criação de viveiro Municipal para fornecimento de mudas pelos órgãos do Poder Público Municipal, assegurando
frutíferas e nativas; a participação direta da população em todas as fases de
planejamento e gestão democrática da cidade e garantindo
V - incentivo para a realização de cursos de formação
as instâncias e instrumentos necessários para efetivação
de mão-de-obra rural, econômica, doméstica, saúde,
da participação da sociedade nas tomadas de decisões,
agrotóxicos e agroindústrias, junto às associações e
controle e avaliações da política, sendo composta por:
comunidades rurais;
I - órgãos públicos;
VI - gestão junto a entidades regionais, estaduais e
federais de pesquisa, assistência técnica e extensão rural II - sistema municipal de informação;
e ensino para manter ações no Município; III - instâncias e instrumentos de participação social.
VII - melhoria de patrulha mecanizada no âmbito Art. 161. Além do Plano Diretor de Desenvolvimento,
do Município para atendimento das associações de fazem parte do Sistema Municipal de Planejamento
produtores em preparo e conservação do solo e estradas Urbano:
rurais;
I - o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias
VIII - programas de recuperação, preservação, e a Lei Orçamentária Anual;
fertilização, adubação verde e orgânica, calagem, etc. e
conservação do solo em todas Microbacias Hidrográficas II - a Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;
e estradas rurais; III - os planos setoriais de políticas urbano-ambientais;
IX - gestão junto a entidades regionais, estaduais e IV - o Código de Obras e Edificações;
federais de pesquisa, assistência técnica e extensão rural
V - o Código de Posturas;
e ensino para manter ações no Município;
VI - o Código Sanitário;
X - melhoria de patrulha mecanizada no âmbito
do Município para atendimento das associações de VII - demais normas complementares previstas nesta
produtores em preparo e conservação do solo e estradas Lei Complementar.
rurais; Parágrafo único. As leis e planos citados nos incisos
XI - programas de recuperação, preservação, acima deverão observar as diretrizes e prioridades
fertilização, adubação verde e orgânica, calagem etc., e estabelecidas nesta Lei Complementar.
conservação do solo em todas Microbacias Hidrográficas Art. 162. O Poder Executivo Municipal promoverá
e estradas rurais. a adequação da sua estrutura administrativa, quando
CAPÍTULO II necessário, para a incorporação dos objetivos, diretrizes
e ações previstos nesta Lei Complementar, mediante
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
a reformulação das competências de seus órgãos da
Art. 159. A gestão democrática da cidade, direito administração direta.
da sociedade e essencial para a concretização
Parágrafo único. Cabe ao Poder Executivo Municipal
de suas funções sociais, será realizada mediante
garantir os recursos e procedimentos necessários para
processo permanente, descentralizado e participativo
a formação e manutenção dos quadros necessários no
de planejamento, controle e avaliação, e será o
funcionalismo público para a implementação desta Lei
fundamento para a elaboração, revisão, aperfeiçoamento,
Complementar.
implementação e acompanhamento do Plano Diretor de
Desenvolvimento e de planos, programas e projetos Art. 163. A participação dos munícipes em todo
setoriais, regionais, locais e específicos. processo de planejamento e gestão da cidade será
baseada na plena informação, disponibilizada pelo Poder

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Executivo Municipal com a devida antecedência e de VIII - Secretaria Municipal de Esportes, Cultura e
pleno acesso público, garantindo a transparência, acesso Turismo - um membro;
à informação, a participação e os preceitos da gestão IX - Associação dos Engenheiros da Região de Jales
democrática. - AERJ - um membro;
Art. 164. O Poder Executivo Municipal promoverá X - Associação Comercial e Empresarial de Jales -
a cooperação com municípios vizinhos e com órgãos ACIJ - um membro;
estaduais e federais, visando formular políticas, diretrizes,
planos, projetos e ações conjugadas destinadas à XI - Concessionária dos serviços de água e esgoto -
superação de problemas setoriais ou regionais comuns, um membro;
bem como firmar convênios ou estabelecer consórcios XII - Concessionária de distribuição de energia elétrica
para articulação com o Governo do Estado de São Paulo - um membro;
e o Governo Federal, no gerenciamento e implementação
XIII - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo -
de projetos urbanísticos, na aplicação conjunta de
CETESB - um membro;
recursos e na regularização e administração das áreas
remanescentes. XIV - Polícia Militar do Estado de São Paulo - um
membro;
CAPÍTULO III
XV - Polícia Militar do Estado de São Paulo - Corpo de
DAS INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR
Bombeiros - um membro;
SEÇÃO I
XVI - Secretaria de Estado de Agricultura e
DO CONSELHO DA CIDADE Abastecimento - um membro;
Art. 165. Fica constituído o Conselho da Cidade, XVII - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
órgão consultivo e deliberativo, obrigatório e permanente do Estado de São Paulo CREA-SP - um membro;
da administração municipal para assuntos relacionados
XVIII - Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São
com a implantação, revisão e alterações do Plano Diretor
Paulo - um membro;
de Desenvolvimento e demais políticas e legislações de
urbanismo municipal. XIX - Ordem dos Advogados do Brasil - OAB - 63ª
Subseção de Jales - um membro.
§ 1.º O Conselho da Cidade será constituído por 19
(dezenove) membros, representantes da comunidade: § 2.° Os membros do Conselho da Cidade deverão ser
indicados pelas entidades ou órgãos públicos e nomeados
I - Câmara Municipal - um membro;
por Decreto do Poder Executivo;
II - Secretaria Municipal de Planejamento,
§ 3.° Os membros do Conselho da Cidade terão
Desenvolvimento Econômico e Mobilidade Urbana - um
mandato de 02 (dois) anos, podendo ser reconduzidos.
membro;
§ 4.° A presidência do Conselho da Cidade será
III - Secretaria Municipal de Obras, Serviços Públicos
exercida pelo Secretário Municipal de Planejamento,
e Habitação - um membro;
Desenvolvimento Econômico e Mobilidade Urbana.
IV - Secretaria Municipal de Educação - um membro;
Art. 166. Compete ao Conselho da Cidade:
V - Secretaria Municipal de Saúde - um membro;
I - acompanhamento e implementação deste Plano
VI - Secretaria Municipal de Assistência Social - um Diretor de Desenvolvimento, analisando e deliberando
membro; sobre questões relativas à sua aplicação;
VII - Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária, II - deliberação e emissão de pareceres sobre
Abastecimento e Meio Ambiente - um membro; propostas de alterações desta Lei Complementar do

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Plano Diretor de Desenvolvimento e demais legislações II - transferências intergovernamentais;


urbanísticas; III - transferências de instituições privadas;
III - acompanhamento e execução de planos e projetos IV - transferências do exterior;
de interesse do desenvolvimento urbano e rural, inclusive
de planos setoriais; V - transferências de pessoas físicas;

IV - deliberação sobre legislação de interesse da VI - receitas provenientes da Concessão do Direito


política urbana e rural, antes de seu encaminhamento à Real de Uso de áreas públicas;
Câmara Municipal; VII - receitas provenientes de Outorga Onerosa do
V - gestão dos recursos oriundos do Fundo Municipal Direito de Construir;
de Desenvolvimento Urbano; VIII - receitas provenientes da Concessão do Direito
VI - monitoramento da implementação de todos os de Superfície;
instrumentos urbanísticos; IX - receitas provenientes das multas aplicadas pelo
VII - zelo pela integração das políticas setoriais; Sistema de Fiscalização;

VIII - deliberação sobre as omissões e casos não X - rendas provenientes da aplicação financeira dos
definidos pela legislação urbanística municipal; seus recursos próprios;

IX - convocação, organização e coordenação das XI - doações;


Conferências da Cidade; XII - outras receitas que lhe sejam destinadas por
X - convocação, organização e coordenação de legislação específica.
Audiências Públicas; Art. 171. O Fundo Municipal de Desenvolvimento
XI - coordenação do processo de gestão participativa Urbano será gerido pelo Conselho da Cidade.
do Orçamento; Parágrafo único. O Conselho da Cidade estabelecerá
XII - elaboração e aprovação do Regimento Interno. critérios, com as devidas prioridades, para a utilização
dos recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento
Art. 167. O Conselho da Cidade poderá instituir Urbano, com destaque especial para o desenvolvimento
câmaras técnicas e grupos de trabalho específicos. sustentável do Município de Jales.
Art. 168. O Poder Executivo Municipal garantirá Art. 172. Fica facultado ao Poder Executivo Municipal
suporte técnico e operacional ao Conselho da Cidade, a utilização dos recursos do Fundo Municipal de
necessários ao seu pleno funcionamento. Desenvolvimento Urbano para fins de:
Art. 169. Dentro de 180 (cento e oitenta) dias, após I - regularização fundiária;
a promulgação desta Lei Complementar, o Conselho
deverá elaborar Regimento Interno para regulamentar II - execução de programas e projetos habitacionais de
seu funcionamento. interesse social;

SEÇÃO II III - constituição de reserva fundiária;

DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO IV - ordenamento e direcionamento da expansão


URBANO urbana;

Art. 170. Fica criado o Fundo Municipal de V - implantação de equipamentos urbanos e


Desenvolvimento Urbano, formado pelos seguintes comunitários;
recursos: VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas
I - recursos próprios do Município de Jales; verdes;

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VII - criação de unidades de conservação ou proteção (quarenta e oito) horas da realização da respectiva
de outras áreas de interesse ambiental; Audiência Pública.
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural § 2.º As intervenções realizadas em Audiência Pública
ou paisagístico. serão registradas por escrito e gravadas para consulta e
acessos públicos.
SEÇÃO III
§ 3.º O Poder Executivo Municipal regulamentará os
DA CONFERÊNCIA DA CIDADE
procedimentos para a realização das Audiências Públicas
Art. 173. A Conferência da Cidade ocorrerá e dos critérios de classificação do impacto urbanístico ou
ordinariamente a cada 02 (dois) anos e extraordinariamente ambiental.
quando convocada pelo Conselho da Cidade.
SEÇÃO V
Parágrafo único. A Conferência da Cidade será aberta
DA INICIATIVA POPULAR
à participação de todos os cidadãos.
Art. 176. A iniciativa popular de planos, programas e
Art. 174. A Conferência da Cidade terá, dentre outras,
projetos de desenvolvimento urbano poderá ser tomada,
as seguintes atribuições:
por adesão de, no mínimo, 5% (cinco por cento) dos
I - apreciação das diretrizes da política urbana e rural eleitores do Município de Jales.
do Município de Jales;
Art. 177. Qualquer proposta de iniciativa popular de
II - sugestão ao Poder Executivo Municipal de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano
adequações nas ações estratégicas destinadas à e ambiental deverá ser apreciada pelo Poder Executivo
implementação dos objetivos, diretrizes, planos, Municipal em parecer circunstanciado sobre seu conceito
programas e projetos; e alcance, no prazo de 120 (cento e vinte) dias a partir
III - deliberação sobre plano de trabalho para o biênio de sua apresentação, ao qual deve ser dada publicidade.
seguinte; Parágrafo único. O prazo previsto no caput desse
IV - apresentação de propostas de alterações deste artigo poderá ser prorrogado por 30 (trinta) dias, desde
Plano Diretor de Desenvolvimento, a serem consideradas que solicitado com a devida justificativa.
no momento de sua modificação ou revisão. SEÇÃO VI
SEÇÃO IV DO PLEBISCITO E DO REFERENDO
DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Art. 178. O plebiscito e o referendo serão convocados
Art. 175. As Audiências Públicas, convocadas pelo com base na legislação federal pertinente e nos termos
Poder Público Municipal e população, serão realizadas da Lei Orgânica Municipal.
sempre que empreendimentos ou atividades públicas SEÇÃO VII
ou privadas acarretem impactos negativos à vizinhança
DA GESTÃO PARTICIPATIVA DO ORÇAMENTO
do seu entorno, ao ambiente natural e construído, ao
patrimônio histórico-cultural, ao conforto ou à segurança Art. 179. A Gestão Participativa do Orçamento é
da população, para os quais serão exigidos estudos elemento fundamental de democratização da gestão
e relatórios de impacto ambiental e de vizinhança, nos pública, que se inscreve no âmbito da consolidação do
termos definidos por legislação específica. Estado de Direito, fortalecimento e ampliação dos direitos
civis.
§ 1.º Todos os documentos relativos ao tema da
audiência serão colocados à disposição de qualquer Art. 180. A Gestão Participativa do Orçamento
interessado para exame e extração de cópias, inclusive compreenderá um processo anual, coordenado pelo
por meio eletrônico, com antecedência mínima de 48 Conselho da Cidade, em que a participação popular

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deliberará sobre assuntos de interesse público. I - da simplificação, economicidade, eficácia, clareza,


precisão e segurança, evitando-se a duplicação de meios
SEÇÃO VIII
e instrumentos para fins idênticos;
DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES
II - democratização e disponibilização das
SOCIAIS
informações, em especial daquelas relativas ao processo
Art. 181. Compete à Secretaria Municipal de de implementação, controle e avaliação do Plano Diretor
Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Mobilidade de Desenvolvimento.
Urbana implantar e gerenciar um sistema de informações
SEÇÃO IX
que subsidiem, gerem diagnósticos e pautem os estudos
do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão. DO SISTEMA MUNICIPAL DE PESQUISA E
INDICADORES SOCIAIS
§ 1.º Deverá ser constituída uma equipe técnica
multidisciplinar para gerenciar o Sistema Municipal de Art. 184. O Sistema Municipal de Pesquisa e Indicadores
Informações Sociais. Sociais é elemento integrante do Sistema Municipal de
Informações Sociais e visa fornecer parâmetros para a
§ 2.º O acervo documental gerado pelo Sistema
elaboração, implementação e avaliação das políticas
Municipal de Informações Sociais estará permanentemente
públicas, em todos os setores do Município de Jales,
à disposição dos órgãos técnicos e demais usuários.
para que haja melhoria e evolução dos seres vivos, meio
Art. 182. O Sistema Municipal de Informações Sociais ambiente, ecologia, saneamento e ciência.
tem como objetivos:
Art. 185. O Sistema Municipal de Pesquisa e
I - disponibilização de informações para o planejamento, Indicadores Sociais compõe-se de um conjunto de
monitoramento, implementação e avaliação da política índices estatísticos, demográficos e sociais que deverão
urbana, subsidiando a tomada de decisões ao longo do padronizar a documentação produzida pelas secretarias
processo; municipais e que serão depositadas no acervo do Sistema
II - desenvolvimento, análise, reestruturação, Municipal de Informações Sociais, a fim de subsidiar todo
compatibilização e revisão, periódica, das diretrizes o processo de planejamento, incluindo-se programas
estabelecidas na Lei Orgânica do Município, neste Plano setoriais, Planos Plurianuais e a Lei de Diretrizes
Diretor de Desenvolvimento e na legislação vigente, Orçamentárias.
mediante a proposição de leis, decretos e normas, visando Art. 186. Os estudos técnicos que orientarão a
à constante atualização e adequação dos instrumentos construção do Sistema Municipal de Pesquisa e
legais de apoio ao Poder Público Municipal; Indicadores Sociais, incluindo-se a documentação técnica
III - supervisão e participação do processo de definição e analítica de subsídio, deverão ser concluídos no prazo
das diretrizes para a formulação do PPA - Plano Plurianual máximo de 02 (dois) anos após a publicação desta Lei
- e da LDO - Lei das Diretrizes Orçamentárias. Complementar.

Parágrafo único. O Sistema Municipal de Informações SEÇÃO X


Sociais deverá conter e manter atualizados dados, DO SISTEMA MUNICIPAL DE FISCALIZAÇÃO
informações e indicadores sociais, demográficos,
Art. 187. O Poder Executivo Municipal, por intermédio
culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais,
da Secretaria Municipal de Fazenda, elaborará e implantará
administrativos, físico-territoriais, inclusive cartográficos,
um sistema de Fiscalização de caráter pedagógico,
ambientais, imobiliários e outros de relevante interesse
preventivo, educativo e punitivo, visando disciplinar os
para o Município de Jales.
munícipes em relação às suas responsabilidades na
Art. 183. O Sistema Municipal de Informações Sociais observação e cumprimento das legislações, seja de
deverá obedecer aos princípios: âmbito Municipal, Estadual e Federal.

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Art. 188. O Sistema de Fiscalização englobará: devidamente registrados no Serviço de Registro de


Fiscalização de Obras Particulares e Serviços, Vigilância Imóveis da Comarca de Jales, garantindo assim os
Sanitária, Fiscalização Tributária, Fiscalização de direitos adquiridos dos proprietários e possuidores desses
Atividades Comerciais, Fiscalização Ambiental e imóveis.
Fiscalização de Posturas, e terá sua coordenação Art. 195. Os processos administrativos, inclusive os
centralizada na Secretaria de Fazenda, contando com que tratam de parcelamento, uso e ocupação do solo,
corpo técnico especializado, compatível com suas ainda sem despachos decisórios, protocolizados em data
funções fiscalizadoras de educação, prevenção e punição anterior à da publicação desta Lei Complementar, serão
às transgressões. decididos de acordo com a legislação anterior.
Art. 189. O Sistema de Fiscalização exercerá Art. 196. O prazo de validade das Certidões de Uso e
sua função fiscalizadora de forma descentralizada e Ocupação do Solo, expedidas até a data de publicação
será formado por um corpo técnico especializado e desta Lei Complementar, será de 06 (seis) meses,
multidisciplinar, compatível com suas funções e alocado contados da expedição.
em diferentes setores da Administração Municipal.
Art. 197. Esta Lei Complementar entra em vigor na
Parágrafo único. As equipes de fiscalização deverão data de sua publicação, ficando revogadas as disposições
atuar de forma a ampliar as ações educativas e em contrário, em especial a Lei Complementar nº 41, de
preventivas, evitando ações punitivas. 18 de outubro de 1995.
Art. 190. O Sistema de Fiscalização definirá e FLÁVIO PRANDI FRANCO
hierarquizará um subsistema de infrações, em código de
Normas Técnicas, que dará peso proporcional compatível Prefeito do Município de Jales
às multas e taxas devidas ao município por parte do Registrada e Publicada:
infrator, conforme a legislação vigente.
FRANCISCO MELFI
Art. 191. O Poder Executivo Municipal, pela
Secretário Municipal de Administração
Secretaria de Fazenda, depositará no Fundo Municipal
de Desenvolvimento Urbano as receitas geradas pelos
Decretos
recursos oriundos de multas e tributos oriundos do
Sistema de Fiscalização.
SEÇÃO XI Decreto nº. 7.525, de 08 de novembro de 2018.
Que desativa temporariamente a
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Escola Municipal Juvenal Giraldelli.
Art. 192. Enquanto não forem editadas ou revisadas as
FLÁVIO PRANDI FRANCO, Prefeito Municipal de
leis específicas e complementares previstas neste Plano
Jales-SP, no uso de minhas atribuições legais, etc.;
Diretor, permanecem em vigor as leis de estruturação
urbana naquilo em que não forem incompatíveis com os Considerando que a Escola Municipal Juvenal
princípios, objetivos e diretrizes estabelecidas nesta Lei Giraldelli, compartilha prédio com a Escola Estadual
Complementar. Juvenal Giraldelli, atendendo no mesmo espaço físico
Ensino Fundamental Ciclo I, Ciclo II e Ensino Médio;
Art. 193. A regulamentação deste Plano Diretor de
Desenvolvimento será feita por leis e decretos Municipais. Considerando o pequeno número de alunos de Ciclo I
na Escola Municipal Juvenal Giraldelli;
Art. 194. Ficam ressalvadas, para todos os efeitos
legais e de direito, as convenções quanto ao uso e Considerando a importância de otimizar os recursos
ocupação do solo e as restrições relativas às edificações da educação;
discriminadas nos atos constitutivos de loteamentos Considerando reunião realizada com a comunidade

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