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Universidade Federal de Itajubá – Campus Itabira

Instituto de Engenharias Integradas


Engenharia Mecânica

EMEI15 - LABORATÓRIO DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR - T02

Prática 1 - Determinação da condutividade térmica (k)

Nome Matrícula Período

André Alvarenga de Oliveira 2019017730 5°

Caio Amorim Almeida 2018010332 7°

Geraldo André Vieira Cota 2019013221 5°

Marcos José de S. F. Júnior 2020024710 3°

Pedro Quintão Carvalho 2019013428 5º

Data de entrega: 17 de maio de 2021.

Professor: Dr. Carlos Eymel Campos Rodriguez.

Itabira
2021
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVO 3
3. REFERENCIAL TEÓRICO 4
4. MATERIAIS E MÉTODOS 6
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 9
6. CONCLUSÃO 9
REFERÊNCIAS 11

2
RESUMO

A atividade prática em questão, se refere à determinação da condutividade térmica de


um corpo de prova de alumínio. O valor de condutividade “k” foi obtido por um experimento
utilizando o aparato Armfield HT10XC, que possui duas superfícies de latão, sendo uma fria e
outra refrigerada e o corpo entre elas. Com isso foi utilizado os dados de termopares presentes
no dispositivo, para alimentar a equação de Fourier com as temperaturas da face quente e fria,
que geram um fluxo de calor em regime permanente. Juntando os dados anteriores com
demais como por exemplo: área de seção transversal, fluxo de calor, comprimento do corpo
de prova, dentre outros, nos possibilitou encontrar o valor de “k”. Finalizando a prática, foi
realizada uma comparação do valor obtido e o tabelado, utilizando o software SciDAVis, e
também a plotagem da curva de temperatura por posição, que possibilitaram uma melhor
análise do observado.

1. INTRODUÇÃO

“A forma de energia que pode ser transferida de um sistema para outro em


consequência da mudança de temperatura entre eles” (ÇENGEL e GHAJAR, 2012, p. 2 ).
Essa definição de calor, nos permite trabalhar com as diversas formas de transferência dele,
como por exemplo a condução, que será fundamental nas análises deste relatório.
A condução térmica dentre outro fatores como: geometria, espessura e diferença de
temperatura, também tem dependência direta do tipo de material e consequentemente da
condutividade térmica de cada um. Este último fator se refere ao quanto um certo material
tem capacidade de transferir calor. Visto essas definições pode-se dividir os materiais em
condutores e isolantes:

● Condutores: possuem altos valores de condutividade térmica, como por exemplo os


metais, de uma forma geral;
● Isolante: possuem baixos valores de condutividade térmica, como por exemplo a
madeira, borracha e plástico.

2. OBJETIVO

Determinação da condutividade térmica (k) de um corpo de prova de alumínio.


3
3. REFERENCIAL TEÓRICO

A diferença de temperatura entre os objetos causa transferência de energia entre eles, e


essa transferência de energia é denominada de transferência de calor ou fluxo de calor. A
transferência de calor pode acontecer de três maneiras: radiação térmica, convecção e
condução.
A radiação térmica origina-se da existência de ondas eletromagnéticas e é gerada pelo
movimento térmico de partículas carregadas na matéria , que podem transmitir energia
térmica mesmo no vácuo. A convecção térmica é o processo de transmissão de calor em que a
energia térmica se propaga pela movimentação de massas líquidas ou gasosas, que alternam
suas posições em meio à diferença de densidade. E a condução, que é o objeto de estudo deste
relatório, é a transferência de energia térmica entre moléculas vizinhas em uma substância
através de um grau de variação de temperatura.
Para o estudo e compreensão desse tipo de transferência de calor é necessário o
entendimento e definição do que é taxa de transferência de calor ou corrente de calor. Taxa de
transferência de calor nada mais é do que a quantidade de calor que atravessa uma
determinada superfície durante um intervalo de tempo, onde o fluxo de calor ocorrerá da
direção da área com maior temperatura para a área de menor temperatura.
A equação da taxa de transferência de calor da condução térmica é conhecida como
Lei de Fourier, essa lei afirma que há uma proporcionalidade entre o fluxo de energia e o
gradiente de temperatura, sendo “k” uma constante característica do material utilizado
denominada condutividade térmica. Sua equação é definida como:

𝑑𝑇
𝑞"𝑥 = −𝑘 𝑑𝑥

(1)

Em que:

𝑞"𝑥 : a taxa de transferência de calor na direção x, W/m2;

𝑑𝑇
: gradiente de temperatura;
𝑑𝑥

4
𝑘: condutividade térmica, W/(m.K).

O sinal de menos na equação é a consequência do fato do calor ser transferido no


sentido da temperatura decrescente. O valor da constante k está relacionado com as
características do material em relação a sua capacidade de conduzir calor. Resumidamente
quanto maior o valor de k maior é o fluxo de calor que pode atravessar o corpo, por isso
materiais com valores altos de k são conhecidos como bons condutores, e materiais com
valores pequenos de k são conhecidos como isolantes térmicos.
Regime estacionário pode ser definido através de uma situação em um sistema isolado
termicamente e que após um determinado período de tempo o fluxo de calor que atravessa a
barra torna-se constante em qualquer um dos pontos do corpo, dessa forma o valor da
temperatura nesses pontos não varia com o decorrer do tempo.
Em condições de um regime estacionário o gradiente de temperatura pode ser
representado como:

𝑑𝑇 𝑇2−𝑇 1
𝑑𝑥
= 𝐿
(2)

Logo a equação da taxa de transferência de calor ficaria da seguinte forma:

𝑇1− 𝑇 2 ∆𝑇
𝑞"𝑥 = 𝑘 𝐿
= 𝑘 𝐿

(3)

Com isso é possível afirmar que a taxa de transferência de calor por condução, qx ,
através de uma parede plana com área A, é o produto da área e do fluxo de calor:

𝑞 𝑥
= 𝑞" 𝑥
. 𝐴

(4)

5
Uma outra propriedade essencial para o estudo da condutividade térmica é a
difusividade térmica, que é definida pela condutividade térmica dividida pelo produto da
capacidade específica de calor e densidade a pressão constante. Essa propriedade mede a taxa
de transferência de calor de um material do lado de maior temperatura para o lado de menor
temperatura. Sua equação é definida como:

6
𝐾
α = ρ𝐶
(5)
𝑝

Em que:

α: difusividade térmica, m2/s;


ρ: densidade do material, kg/m3;
𝐶 𝑝: calor específico do material, cal/g.°C;

𝐾: condutividade térmica, W/(m.K).

4. MATERIAIS E MÉTODOS

Para realização desta atividade prática, foi utilizado de um equipamento Armfield


HT10XC, Figura 01, em foco, o acessório de condução linear de calor HT11C, a fim de
determinar o valor da condutividade térmica de um corpo de prova a partir dos dados
coletados.
De acordo com o manual Armfield (2011), o equipamento HT11C (figura 02) foi
construído com o intuito de demonstrar a aplicação da equação da Taxa de Fourier para a
condução em estado estacionário simples em uma dimensão, a fim de determinar a
condutividade de amostras. O equipamento é composto basicamente por seções de
aquecimento, resfriamento e intermediárias, todas equipadas com termopares (8) e isoladas
termicamentes. Há válvulas para controle de vazão de água e seu aquecedor tem uma potência
de até 60W.
Como corpo de prova, foi utilizado um cilindro de alumínio de 25mm de diâmetro e
30mm de comprimento.
Para utilização do equipamento, é necessário introduzir o corpo de prova, com pasta
térmica previamente aplicada entre suas seções, no interior de um acessório entre as fontes
frias e fontes quentes. Durante o trabalho do equipamento, é adquirido todas as informações
oriundas do processo, pelos termopares e afins, e posteriormente, são analisadas de acordo
com os procedimentos expostos no referencial teórico deste, a fim de obter os valores finais e
plotagem das curvas de condutividade.
Calculamos a área de seção transversal do corpo de prova, de acordo com a fórmula
06:

7
A = (π*D^2)/4 (06)
A partir da tensão e corrente de trabalho do aquecedor, podemos determinar o fluxo de
calor de acordo com a fórmula 07
Q = i*U (07)
A partir das informações de temperatura adquiridas pelos termopares, podemos
calcular as temperaturas face quente e face fria, de acordo com as fórmulas 08 e 09,
respectivamente.
Tface quente = termopar 03 - ((termopar 02 - termopar 03)/2) (08)
Tface fria = termopar 06 - ((termopar 06 - termopar 07)/2) (09)

FIgura 01 - Diagrama equipamento HT10XC

8
Fonte: Armfield 2011
Figura 02 - Equipamento HT11C

Fonte: Armfield 2011

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5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para chegar aos resultados e com o intuito de determinar a Condutividade Térmica (k)
do corpo de prova, foi necessário seguir várias etapas prescritas na seção anterior e que fazem
parte do roteiro da aula prática.
Estes passos envolveram os seguintes cálculos: Potência do Aquecedor, que
corresponde a 38,415W; Área da seção transversal, igual a 4,9087x10-4 m²; temperatura da
face quente, sendo igual a 76,85 ºC e temperatura da face fria, igual a 50,45ºC. De posse
destas informações foi possível, através da Equação 01 devidamente manipulada, encontrar o
valor da Condutividade Térmica (k) do material Alumínio sendo igual a 88,8307 W/mºC.
O Gráfico abaixo foi gerado através dos dados obtidos e ele demonstra o
comportamento do corpo de prova. É possível identificar nele uma menor variação entre os
pontos T1 a T3 e T6 a T8 em relação a T3 a T6. Isso demonstra que na área em que há uma
redução de espessura (T3 a T6), o gradiente de temperatura, que é a divisão da variação de
temperatura pela variação da distância em determinada área particular, diminui na seção de
alumínio por causa da alta condutividade térmica do material (menor resistência ao fluxo de
calor).

Gráfico 01: Variação da temperatura ao longo das etapas do experimento.

6. CONCLUSÃO

Após o final do ensaio, foi possível determinar o valor da condutividade térmica do


alumínio (k), além de conseguir relacionar a diferença entre distância e temperatura pela lei de
Fourier, como foi representado na equação 1.

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Tendo em vista que foi realizado apenas um experimento, não existem mais resultados
para serem comparados e a partir daí estimar o valor real fazendo uma média dos resultados,
dessa forma não é possível determinar o erro experimental, considerando assim como
significativo.

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REFERÊNCIAS

Roteiro de Aula Prática 01 - Professor Dr. Carlos Eymel Campos Rodriguez.

ÇENGEL, Y.A.; GHAJAR, A.J. Transferência de Calor e Massa – Uma abordagem


prática, 4ª ed. Porto Alegre: Mc Grall-hill, 2012.

ARMFIELD. Acessório de Condução de Calor Linear Compatível com Computador.


Armfield.co.uk, 2021. Disponível em
https://armfield.co.uk/product/ht11-linear-heat-conduction/. Acesso em 17 de maio de 2021

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