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A Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) consiste em um conjunto de ações

que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores


determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde
humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle
dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a outros agravos
à saúde.
É também atribuição da VSA os procedimentos de vigilância epidemiológica
das doenças e agravos à saúde humana, associados a contaminantes
ambientais, especialmente os relacionados com a exposição a agrotóxicos,
amianto, mercúrio, benzeno e chumbo.
Dentro da Coordenação Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM), as
áreas de atuação são:
Instrução Normativa 01/SVS, de 7 de
março de 2005: define às
competências da União, Estados,
Municípios e Distrito Federal na área
de vigilância em saúde ambiental.
Subsistema Nacional de Vigilância
em Saúde Ambiental - SINVSA:

“... Tem a finalidade de recomendar e


adotar medidas de promoção da
saúde ambiental, prevenção e
controle dos fatores de riscos
relacionados às doenças e outros
agravos à saúde, em especial:
VIGIAGUA - Todas e quaisquer formas de
abastecimento de água ou na área
urbana e rural, de gestão ou incluindo as
instalações intradomiciliares. Para as
águas envasadas e as utilizadas como
matéria prima para elaboração de
produtos e em serviços específicos deve
ser observada a legislação pertinente.
Com o objetivo garantir à população o
acesso à ÁGUA COM QUALIDADE
compatível com o padrão de potabilidade
estabelecido na legislação vigente, para a
promoção da saúde.
VIGIPEQ - Desenvolver ações de
VIGILÂNCIA EM SAÚDE, visando adotar
medidas de prevenção, promoção e
atenção integral à saúde de
POPULAÇÕES EXPOSTAS A
CONTAMINANTES QUÍMICOS
COMPONENTES •Exposição humana em
áreas contaminadas por contaminantes
químicos - VIGISOLO •Exposição humana
a substâncias químicas prioritárias -
VIGIQUIM •Exposição humana a
poluentes atmosféricos – VIGIPEQ
VIGIAR – Exposição humana a poluentes
atmosféricos Seu objetivo é desenvolver
ações de vigilância para populações
expostas a poluentes atmosféricos, de
forma a recomendar e instituir medidas
de prevenção, de promoção da saúde e
de atenção integral, conforme
preconizado pelo Sistema Único de
Saúde (SUS). Seu campo de atuação
prioriza as regiões onde existam
diferentes atividades de natureza
econômica ou social que gerem poluição
atmosférica de modo a caracterizar um
fator de risco para as populações
expostas.
VIGIDESASTRES - A redução do risco de
desastres é uma das funções essenciais
da saúde pública, que deve considerar
em seu processo de planejamento, a
inserção de ações para a prevenção,
mitigação, preparação, resposta e
reabilitação, visando reduzir o impacto
dos desastres sobre a saúde pública.
Estabelece ainda que, no âmbito da
saúde, a atuação em situações de
desastres deve ter um enfoque integral,
com relação aos danos e a sua origem,
além do envolvimento de todo o sistema
de saúde, e do estabelecimento de um
processo de colaboração intersetorial e
interinstitucional voltado para redução
dos impactos de emergências ou
desastres, sejam eles de origem natural
ou tecnológica.
VIGIFIS - A Vigilância em Saúde
Ambiental associada aos Fatores Físicos –
Vigifis tem por objetivo a proteção da
saúde da população decorrente da
exposição a radiações Ionizantes (RI) e
não ionizantes (RNI), que se caracterizam
pela fonte de exposição, e não pela
natureza da radiação. O Vigifis atua no
desenvolvimento de modelos de
vigilância em saúde ambiental
relacionados à exposição humana à
radioatividade natural elevada, em
resposta às demandas crescentes vindas
da população e de profissionais da área
de saúde em regiões conhecidas como
de alta concentração de minérios
radioativos; bem como na preparação,
prevenção e resposta do setor saúde em
casos de emergências rádio nucleares.
PRINCIPAIS LEIS

A vigilância ambiental é englobada por várias Legislações e portarias, dessa forma, regula os
procedimentos a serem adotados por agências e agentes reguladores do meio a biente. Assim,
foram criados diversos procedimentos regulatórios:

• Decreto Nº 7.508/2011 (regulamenta a Lei 8080/1990)


• Lei Nº 8.080/1990 (lei orgânica da saúde) Dispõe sobre as
Regulamenta a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990,
condições para a promoção, proteção e recuperação da
para dispor sobre a organização do Sistema Único de
saúde, a organização e o funcionamento dos serviços
Saúde - SUS, o planejamento da saúde, a assistência à
correspondentes e dá outras providências.
saúde e a articulação interfederativa, e dá outras
providências.

• Lei Nº 8.142/1990 (lei orgânica da saúde) Dispõe sobre a • Decreto Nº 9.795/2019 - Aprova a Estrutura Regimental e
participação da comunidade na gestão do Sistema o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das
Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências Funções de Confiança do Ministério da Saúde, remaneja
intergovernamentais de recursos financeiros na área cargos em comissão e funções de confiança, transforma
da saúde e dá outras providências. funções de confiança e substitui cargos em comissão do
Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS por
Funções Comissionadas do Poder Executivo - FCPE.
• Portaria GM/MS Nº 3.965/2010 (regimento interno do MS)
Aprova os Regimentos Internos dos órgãos do Ministério
da Saúde

• Portaria GM/MS Nº 399/2006 (Pacto pela Saúde) Divulga


o Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e aprova
as Diretrizes Operacionais do Referido Pacto.

• Portaria Nº 1378/2013 (execução e financiamento de


ações de Vigilância em Saúde) Regulamenta as
responsabilidades e define diretrizes para execução e
financiamento das ações de Vigilância em Saúde pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios, relativos ao
Sistema Nacional de Vigilância em Saúde e Sistema
Nacional de Vigilância Sanitária.
• Instrução Normativa SVS Nº 1/2005 (competências da
Vigilância em Saúde Ambiental) Regulamenta a Portaria nº
1.172/2004/GM, no que se refere às competências da União,
estados, municípios e Distrito Federal na área de vigilância em
saúde ambiental.

• Portaria Nº 372/2005 - Constitui Comissão


referente ao atendimento emergencial aos estados e
municípios acometidos por desastres naturais e/ou
antropogênicos.

• Lei nº 11.934, de 5 maio de 2009 -Dispõe sobre a


exposição da população, em geral e dos trabalhadores,
aos campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos.

• Portaria GM/MS Nº 104/2011 (notificação compulsória e


imediata de agravos, doenças e eventos de importância nacional) Define
as terminologias adotadas em legislação nacional, conforme o disposto
no Regulamento Sanitário Internacional 2005 (RSI 2005), a relação de
doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória
em todo o território nacional e estabelece fluxo, critérios,
responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde.
• Resolução Normativa n° 398, de 23 de março de
2010, da ANEEL estabelecendo os limites de exposição
humana aos campos elétricos e magnéticos

• Resolução Normativa n° 398, de 23 de março


de 2010, da ANEEL estabelecendo os limites de •
Decreto Nº 7.616/2011 - instituiu a Força Nacional do
SUS e define critérios para Declaração de Emergência
em Saúde Pública de Importância Nacional. humana aos
campos elétricos e magnéticos.

• Decreto Estadual/RJ n.º 44.384, de 11 de


setembro de 2013 -Atualiza o Plano de Emergência
Externo do estado do Rio de Janeiro (PEE / RJ) para caso
de emergência nuclear nas instalações da Central
Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).
O descarte correto de medicamentos como todos
os demais produtos que englobam a área da
saúde, possui normas e diretrizes corretas para o
descarte apropriado de medicamentos e
produtos similares a essa função
No Brasil a ANVISA(Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como a FDA faz
parte do ministério da saúde, e é o departamento que no Brasil determina os
critérios a serem seguidos pelos fabricantes de medicamentos, através de
instruções normativas e RDC( Resolução da Diretoria Colegiada), publicam
atualizações que visam atender as boas praticas de funcionamento das
industrias com objetivos final a qualidade do medicamento a ser entregue ao
consumidor final, seja ele um comércio de varejo ou uso hospitalar
Em atendimento as essas diretrizes
mencionadas acima foi
regulamentado em 28 de março de
2008 a RDC nº 222, regulamentando
as boas praticas de gerenciamento de
resíduos de serviços de saúde e de
outras providências, esse
regulamento exige de todos setores
que possui conexão entre descarte de
materiais usados em ambientes
hospitalares, farmacêuticos,
funerários, veterinários entre outros,
sigam de forma adequada o descarte
apropriado em paralelo com a VSA(
Vigilância em Saúde Ambiental),
promovendo a segurança de pessoas
e do meio ambiente evitando
contaminações e contágios causados
pelo descarte incorreto desses
materiais.
Hoje podemos mencionar o programa
” Descarte Consciente”, realizado pela
empresa Brasil Health Service que em
parceria com diversas redes de
distribuidoras de medicamentos, no
momento se torna referência entre
programas de descartes realizado no
Brasil, visando a sustentabilidade o
programa só no estado de São Paulo
já possui cerca de380 pontos de
coleta de medicamentos,
contribuindo com o descarte de cerca
de 414 mil quilos de medicamentos
desde de o inicio do projeto.
Os locais de coleta de medicamentos
nos municípios estão presentes em
unidades básicas de saúde, além de
posto de coleta cabe aos profissionais
do local informar a população sobre
demais pontos próximos a sua
localidade, algumas empresas deram
inicio em projetos visando ampliar os
pontos de coleta alguns anos atrás
porém o acesso via internet que o
cidadão obtém hoje é bastante
confuso, como por exemplo link de
sites que já estão obsoletos e
informações desatualizadas em
relação as diretrizes colegiadas,
algumas grandes redes de drogaria
possuem o sistema de logística
reversa e recebem o medicamento
inutilizado ou vencido.
O programa Ponto de Entrega Voluntária (PEV)
oferecido por alguns municípios deixam claro
que não recebem resíduos hospitalares e
similares onde se encaixa os medicamentos
vencidos ou inutilizados, criando também uma
lacuna nessa área de descarte de
medicamentos, em contraponto, pode ser
notado o plano de gerenciamento de resíduos
sólidos por alguns municípios como exemplo a
cidade de Guarulhos, onde conta com esse
gerenciamento destinados a empresas que
geram resíduos biológicos ou hospitalares, que
através do preenchimento de informações
disponíveis na central de atendimento ao
cidadão( FÁCIL), com esse cadastro a prefeitura
ou municipio consegue rastrear a quantidade e
o material descartado pelas empresas que
geram esse tipo de resíduo, facilitando o
descarte
Existem maneiras diferentes de descartar
medicamentos de acordo com sua
classificaçãode risco para o ser humano e para o
meio ambiente, as classificações são definidos no
ar-tigo III da RDC 222 de 2018 como descrito
abaixo:
(baixo risco individual e para a
comunidade): agentes
biológicos conhe-cidos por
não causarem doenças no
homem ou nos animais
adultos sadios;
(moderado risco individual e limitado risco
para a comunidade): incluios agentes
biológicos que provocam infecções no
homem ou nos animais, cujo potencialde
propagação na comunidade e de
disseminação no meio ambiente é limitado,
e para osquais existem medidas
terapêuticas e profiláticas eficazes;
alto risco individual e moderado risco para a
comunidade): inclui osagentes biológicos que
possuem capacidade de transmissão por via
respiratória e quecausam patologias
humanas ou animais, potencialmente letais,
para as quais existemusualmente medidas de
tratamento ou de prevenção. Representam
risco se disseminadosna comunidade e no
meio ambiente, podendo se propagar de
pessoa a pessoa;terapêuticas e profiláticas
eficazes;
(elevado risco individual e elevado risco para a
comunidade): classifica-ção do Ministério da
Saúde que inclui agentes biológicos que
representam grande amea-ça para o ser
humano e para os animais, implicando
grande risco a quem os manipula,com
grande poder de transmissibilidade de um
indivíduo a outro, não existindo
medidaspreventivas e de tratamento para
esses agentes;
Outra classificação categorizada na mesma
resolução é a identificação dos grupos de
resíduos definindo sua composição e seu risco ao
grupo correto de descarte, O grupo A é
identificado, no mínimo, pelo símbolo de risco
biológico, com rótulo de fundo branco, desenho e
contornos pretos, acrescido da expressão
RESÍDUO INFECTANTE.
O grupo B é identificado por meio
de símbolo e frase de risco
associado à periculosidade do
resíduo químico. Observação -
outros símbolos e frases do GHS
também podem ser utilizados.
O grupo C é representado pelo
símbolo internacional de presença
de radiação ionizante (trifólio de cor
magenta ou púrpura) em rótulo de
fundo amarelo, acrescido da
expressão MATERIAL RADIOATIVO,
REJEITO RADIOATIVO ou
RADIOATIVO
O grupo D deve ser identificado
conforme definido pelo órgão de
limpeza urbana. O grupo E é
identificado pelo símbolo de risco
biológico, com rótulo de fundo
branco, desenho e contorno preto,
acrescido da inscrição de RESÍDUO
PERFUROCORTANTE.

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