1.

Demonstre matematicamente a relação existente entre a receita

marginal e a elasticidade-preço da demanda? Pode-se afirmar que o
monopolista nunca vai operar no ramo inelástico de sua curva de
demanda? Por quê?

Pode-se afirmar que o monopolita nunca vai operar no ramo inelástico de

sua curva de demanda, pois nesse segmento a receita marginal será
negativa.

2. Qual o efeito de um imposto sobre a produção no caso de um

monopolista? Quais os efeitos sobre o preço e o nível de produção
maximizadores de lucros? A variação do preço será sempre maior,
igual ou menor do que o valor do imposto introduzido ou não existe
uma regra geral? Do que dependerá essa variação de preço?

As curvas de custo marginal e de custo médio serãp deslocadas para cima

por um valor igual ao valor do imposto específico por unidade produzida. O
resultado será um preço maior e uma quantidade produzida menor.

Não existe uma regra geral. A variação do preço poderá ser maior, igual ou
menor do que o valor introduzido, dependendo da elasticidade-demanda.

3. Um monopolista pode conseguir vender as diversas unidades de

seus produtos a preços diferentes. Nesse caso, diz-se que o
monopolista age como discriminador de preços. Apresente os três
tipos de discriminação de preço: a de primeiro, a de segundo e a de
terceiro grau. Dê exemplos. Em qual dos tipos o monopolista opera
de modo eficiente? Por quê? Finalmente, quais as condições devem
existir para que o monopolista possa praticar a discriminação de
preços?

Discriminação de primeiro grau: ocorre quando é cobrado o preço de

reserva a cada consumidor, ou seja, o preço máximo que ela está
disposto a pagar por cada unidade adquirida.

Discriminação de segundo grau: ocorre quando o monopolista cobra

um preço unitário diferente, conforme a quantidade comprada por
cada consumidor. Ex.: tarifas de água e luz.

Discriminação de terceiro grau: ocorre quando o monopolista cobra

preços diferentes de pessoas ou grupos de pessoas diferentes
 independentemente das quantidades consumidas. Ex.: descontos
para aposentados em farmácias.

No primeiro caso, o monopolista opera de modo eficiente, pois cobra

de cada consumidor o máximo que ele está disposta a pagar para
obter o bem. Nessa situação, ninguém pode melhorar sua posição
sem que outro agente piore, o que configura uma situação de ótimo
de Pareto.

Duas condições devem existir para que se possa discriminar preços

com sucesso: deve-se saber identificar os diferentes tipos de
consumidores e não pode haver transferência entre os diferentes
tipos de consumidores.

Exercícios Numéricos

1. Um monopolista tem uma curva de demanda inversa dada

por p(y)=12-y e uma curva de custos dada por c(y)=y2.

a. Qual será o nível de produção capaz de maximizar o lucro do

monopolista?

b. Suponha que o governo decida taxar o monopolista de modo que,

para cada unidade vendida, ele precise pagar 2 unidades monetárias
ao governo. Qual será o nível de produção capaz de maximizar os
lucros do monopolista agora?

2. Uma empresa se defronta com a seguinte curva de receita média:

P(y)=100-0,01y

Onde y é a produção semanal média e P é o preço medido em

unidades monetárias por unidade. A função de custo da empresa é
expressa pela equação: C=50y + 30.000.
a. Quais serão, em cada semana, seu nível de produção, seu preço e
seu lucro total?

b. O governo decide arrecadar um imposto de 10 unidades monetárias

por unidade de um produto. Quais deverão ser o novo nível de
produção, o novo preço e o novo lucro total?

3. Uma firma monopolista enfrenta uma curva de demanda inversa

da seguinte forma: p(y)=100-2y. Seu custo marginal é constante e
igual a 20 unidades monetárias.

a. Qual o nível de produção maximizador de lucros para a firma? A que

preço cada mercadoria deve ser vendida?

b. Qual é o preço socialmente ótimo? E o nível de produção?

c. Qual a perda bruta resultante do comportamento monopolista da
firma?

A variação do excedente do consumidor é -A - B.

A variação do excedente do produtor é A

A perda bruta é B.

Calculando a área de B, tem-se que a perda bruta é igual a 400.

d. Qual seria a perda bruta se o monopolista pudesse operar como

perfeito discrimador de preços?

A perda bruta seria igual a zero.