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A ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA


Mas, por que se reúnem tantos homens, de tão diversas origens, dei-
xando afazeres, muitos dêles a assistência a rendosas atividades privadas,
e se submetem, durante quase um ano, a um regime semimilitar, de aulas
matutinas, de madrugadas periódicas, de tarefas obrigatórias, que lhes são
cobradas de modo gentil, porém, enérgico e rigoroso? Alguns, mesmo, na
impossibilidade de harmonizar a vida da Escola com o trabalho externo,
foram obrigados, para pesar seu e saudades nossas, a interromper o curso.
Mas por que os homens que exercem funções de responsabilidade em
nossa terra, nos órgãos estatais e nas emprêsas privadas, se colocam tão
prontamente à disposição da Escola e lhes fornecem, de modo sincero,
pronto e cordial, os elementos que ela lhes pede para a elaboração de
nossos estudos?
Mas por que as Nações amigas se prontificam a receber visitas nossas
e nos mostram tanta coisa que é vedado ao estrangeiro olhar?
Mas por que o Pais dispende conosco parte — mínima, é verdade —
porém, parte de seu orçamento?
E isto é feito há mais de dez anos, quando vários homens já ocuparam
a Presidência da República.
É porque, meus Senhores, esta Escola é útil ao País e à paz do mundo
que nosso continente deseja garantir.
Ao recebê-la, em Washington, o Presidente Kennedy disse aos que
cursam êste estabelecimento dirigido pelas Fôrças Armadas: "pergunta-se
frequentemente o que fazem os militares em tempo de paz. Bem, eu posso
dizer-vos que o que êles fazem em tempo de paz é manter a paz. E eu
penso que, sob alguns aspectos, ou melhor, sob todos os aspectos é esta
uma função mais valiosa do que a de vencer as guerras".
Para assegurar a paz, chegaram os militares, de modo objetivo, em
nossa terra, à conclusão de que as vitórias no campo de batalha são
insuficientes.
A paz se assegura pela paz, durante a paz. Por um trabalho constante
de vigilância sôbre tudo aquilo que possa ferir o ambiente de justiça em que
o homem deseja viver. Ninguém vai à guerra pelo amor a guerra. Vai-
-se à guerra em busca da correção de uma injustiça sofrida, perseguindo
a esperança de melhores dias. Guerra pela guerra seria ideal patológico
de sêres não humanos.
Foi compreendendo isto que os militares no Brasil se preocuparam
sempre com os problemas da paz. Daí um de nossos Grupos de Trabalho
haver concluído, após análise da História Pátria, que nossas Fôrças Armadas
"têm sido empregadas, segundo os preceitos constitucionais para a manu-
tenção da ordem interna e para a defesa de nossa integridade territorial.
Quando chamadas a intervir em casos de grave crise nacional, fazem-no
com elevado espírito de patriotismo, para evitar um maior mal e sempre
entregam o poder aos civis, uma vez restabelecida a segurança interna".
Dentro dêsse espírito, elas têm sido organizadas e treinadas, embora, na
realidade, sejam chamadas a participar de outras ações governamentais.
Realmente, partindo da premissa de que o Brasil é ainda um País em
desenvolvimento, pelo menos em determinadas regiões, e que não se deve
jamais separar o conceito de Segurança Nacional do conceito de Desenvol-
vimento, porquanto ambos guardam entre si a mais estreita interdependência,
somos levados a uma conclusão lógica, que estabelece nôvo conceito para
o emprêgo das Fôrças Armadas: "devem ser utilizadas, tanto quanto pos-
sível, nos trabalhos de interêsse nacional, relativos ao desenvolvimento
económico da Nação e bem-estar geral da população, sem a perda da
eficiência militar para o atendimento imediato da segurança interna ou
externa".
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Ainda que não se adote esta conceituação de Forças Armadas, é


inegável que, de fato, têm elas assim agido. Não se destinam apenas à
guerra. Estão constantemente preocupadas com o desenvolvimento do Pais.
E seria desnecessário relembrar o que deve, por exemplo nossa Pátria às
tres Fôrças Armadas em matéria de ocupação territorial de fronteiras e
espaços vazios, de estabelecimento de vias de comunicação, de esforços para
valorização do homem e assimilação dos descendentes de estrangeiros.
Esta Escola é pois inspirada pelo sentimento de que não há uma
Patria de militares e outra de civis e pela compreensão de que, sobretudo
nos dias de hoje, ganhar a paz é tarefa comum a irmanar todos os cidadãos.
Para ganhar a Paz — sem guerra, se possível, com a guerra, se neces-
sário — foi que nos reunimos aqui.
Durante dez meses, guiados pelos métodos que se vêm aperfeiçoando
ha quatorze anos, examinamos os problemas da Segurança Nacional.
Tivemos a conduzir-nos um grupo excepcional de homens e de patriotas, A
sob o comando sábio, amigo, suavemente enérgico e prudente do Almirante
Martini.
A V. Exa. Sr. Almirante e aos membros do Corpo Permanente, a nossa
gratidão.
Jamais, porém, o nosso adeus. Vamos difundir am nossas atividades
as lições que aprendemos.
Continuaremos unidos, através da Associação dos Diplomados da Escola
Superior de Guerra, a ADESG, a trabalhar, como V. Exa. e seus auxiliares
pela segurança e pelo desenvolvimento do Brasil.

NECESSIDADE DE DEFINIÇÃO
Se a festa de hoje fôsse apenas de conclusão de cursos, eu poderia
encerrar aqui minhas palavras. Mas não o é, tanto que a ela comparece
anualmente, com o prestígio de sua autoridade, o Exmo. Sr. Presidente da
República. Nem viemos a esta Escola para satisfação de nosso orgulho
Viemos por um ideal mais elevado.
Queremos servir ao Brasil e servir também à Paz e à Liberdade do
mundo.
Indispensável se torna, portanto, uma definição ante o momento
histórico em que vivemos.
A ela chegamos após semanas de estudo, numa análise diária dos pro-
blemas nacionais e mundiais.

NOSSA GENTE
Quisemos, primeiro saber, quem somos nós os brasileiros.
E nos vimos como setenta milhões de indivíduos espalhados por um
território imenso, no qual existem verdadeiros desertos demográficos.
Somos jovens em maioria. A taxa de nascimento é aqui muito elevada
e, a despeito de nossa pouca longevidade, deveremos ser duzentos milhões
no f i m do século.
Não pretendemos, salvo desejos isolados de grupos inexpressivos, criar
uma raça em oposição às demais. Com os elementos de que dispomos,
estamos elaborando um tipo humano, em progressão rápida, que se afirmará
como ser humano, como integrante da raça humana.
Mas como vivemos, como agimos uns em relação aos outros; que
espécie de vida gozamos ou sofremos?
Vive tranquila ou inquieta a nossa gente?
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Parece-nos que um retrato de nossa vida de hoje, foi oferecido pela
Comissão Central da Conferência dos Bispos do Brasil em documento, do
qual destacamos o seguinte trecho: "Ninguém pode pensar que a ordem
em que vivemos seja aquela anunciada pela nova Encíclica como funda-
mento inabalável da paz. Nossa ordem é ainda viciada pela pesada carga
de uma tradição capitalista, que dominou o Ocidente nos séculos passados.
É uma ordem de coisas na qual o poder económico, o dinheiro, ainda
detém a última instância das decisões económicas, políticas e sociais. É uma
ordem de coisas na qual a minoria que tem recursos tem abertas tôdas as
; portas de acesso à cultura, a altos padrões de vida, de saúde, de confôrto
e de luxo; e a maioria, que não tem recursos, é por isso mesmo privada
do exercício de muitos dos direitos fundamentais enunciados na "Pacem in
Terris"; direito à existência e a um padrão digno do vida, ao respeito a
sua dignidade e à liberdade, direito de participar dos benefícios da cultura,
direitos enfim, relativos à vida do homem em sociedade. A angústia do
presente se acentua, ainda, pelo fato de se tentar a substituição dessa
ordem anti-humana por soluções marxistas, não menos desumanizantes,
pois atentam contra os direitos fundamentais da pessoa humana. Ninguém
pode supor que tal ordem de coisas seja uma ordem cristã. Para vir a
ser tal, exigem-se profundas e sérias transformações, cuja concretização
não pode ser mais adiada, sob pena de prepararmos para o Brasil dias
calamitosos que talvez nos reservem a surprêsa de subversões imprevisíveis
dos valores democráticos e cristãos que tão penosamente vimos construindo
e preservando".

Êste documento que traz, entre outras, a assinatura do cardeal do Rio


de Janeiro, mostra bem a gravidade e a complexidade da hora presente.

PANORAMA DO MUNDO

Gravidade e complexidade que se tornam maiores em face da conjun-


tura internacional em que, queiramos ou não, estamos mergulhados.
O mundo de nossos dias cresceu e diminuiu com os satélites artificiais
e com o vôo orbital dos astronautas. A conquista do espaço leva alguns
ao pavor. Para nós tem, todavia, algo semelhante à descoberta das Amé-
ricas. O mundo possui uma dimensão a mais!
Os prodígios da técnica aproximam os homens, destruindo distâncias.
Não fôra o desrespeito à liberdade de transmissão das idéias, tudo se sabe-
ria, em qualquer parte da terra, quase imediatamente. As notícias, entre-
tanto, mesmo assim, correm céleres. Os jornais cedem lugar ao rádio e o
rádio à televisão. O analfabeto já pode ver os fatos e interpretá-los de
acôrdo com suas possibilidades. Materialmente, o mundo é cada vez mais
"um mundo só". Social e economicamente, entretanto, ainda não o é.
E, justamente porque todos sabem de tudo, as diferenças se fazem gritantes.
As desigualdades das quais os jornais e os livros apenas davam notícia,
passam a ferir os sentimentos, não apenas de inveja, porém, de justiça
dos menos afortunados. Surgem reações de todos os tipos. Nunca, talvez,
o nosso "mundo só" tenha sido tão diferenciado como nos dias de hoje.
Tão diferente e tão faminto: dois terços da população da Terra, cêrea
de um bilhão e meio de sêres humanos, vivem num estado permanente de
fome.
Frutos das desigualdades, surgiram no mundo as doutrinas libertícidas.
Não resolvem os problemas que as geraram. Concorrem para agravá-los.
Clamando por justiça, tornaram-se o nazismo e o fascismo, males do
mundo contra os quais numerosos estagiários tiveram de lutar. Possui
também o comunismo a pretensão de corrigir injustiças. Quem o mostra
é um documento publicado pela Igreja do Silêncio, pela Igreja dos Países
sob regime comunista, contendo lições e conselhos para a Igreja Livre, para
aquela "que ainda tem tempo de lutar": "o comunismo é uma reação.
E uma reação contra certas injustiças sociais. Êle o é também contra nossa
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falta de caridade para com os pobres. O Cristo fêz dos pobres seus amigos.
Nós os esquecemos. Agora, o comunismo os chama para testemunharem
contra nós". Ao mostrar os erros e as injustiças sociais, os teóricos mar-
xistas impressionam. Entretanto, propõem soluções inaceitáveis.
No X I I I Congresso Internacional dos Advogados, realizado em 1950, bem
próximo ao término da guerra, tivemos oportunidade de ouvir um idoso
advogado francês narrar o que era, àquela época, o passeio do Mêdo pela
Europa. Infelizmente, não cremos tenha, hoje, o panorama melhorado
muito. Há, em primeiro lugar, o temor de uma destruição total. As armas
atómicas, entregues muitas vêzes à vontade misteriosa e desconhecida de
um só, podem, a qualquer momento, destruir a humanidade ou feri-la de
modo cruel. Há o temor dos males não físicos, porém, morais, de uma
guerra. Há também a angústia provocada pelo receio ou pelo desejo da
mudança de posição. Os que se encontram no grupo de um têrço da po-
pulação bem alimentada tudo fazem para não passar ao grupo majoritário
dos famintos. E os outros, os desesperados dois terços, querem, ainda em
sua vida, em sua geração, transportar-se a qualquer preço, o da liberdade
ou o da alma, para o grupo dos bem alimentados. Ou, pelo menos, lutar
para que nêle penetrem seus filhos desnutridos. Todos êstes mêdos indi-
viduais ou coletivos surgem aos nossos olhos. Aumenta o número dos
suicidas, dos que buscam na morte o mal menor. Sobe a incidência das
doenças mentais, atingindo os que desejam mas não conseguem, resistir.
A vida se torna, cada dia mais penosa e incerta.

BRASIL
Como caminhamos nós, os setenta milhões de brasileiros, neste mundo
complexo e difícil?
Abraçamos o desespêro, como aquêles que parecem engolfados na ânsia
de gozar a vida, antes que caia a última bomba e chegue o fim dos tempos?
Ou imitamos os que compram a esperança pelo preço da liberdade e
se escravizam a uma monótona e sempre igual, mas de efeitos positivos,
atuação partidária para implantação do comunismo marxista do Universo?
Ou nos entregamos a um radicalismo, de sabor totalitário que conduz
a gestos brutais e a atitudes de violência desumana?
Antes de responder remontemos aos princípios da nacionalidade para
saber se ainda somos brasileiros, se continuamos fieis àquilo que, nos séculos
passados, constituiu os ideais de nossa gente.
A história pátria não tem somente 463 anos. Em 1500, deu-se apenas
o encontro de um povo, cujo passado mergulhava na antiguidade remota,
com uma terra onde viviam outros homens de história até hoje pouco
conhecida. Alguma coisa daquilo em que acreditamos hoje, algumas de
nossas ambições atuais, sem dúvida, raízes de nossos Objetivos Nacionais
Permanentes, se encontram nas caravelas que aqui vieram.
Duas fôrças inspiraram, segundo filósofos e historiadores, a vida portu-
guêsa: Fé e Império. Iluminaram ambas, também, as origens do Brasil.
Verdade é que o cuidado pela Religião estava estreitamente ligada aos
interêsses do País, muitos dêles de natureza nitidamente económica.
Nossa primeira Constituição republicana omitiu qualquer referência a
Deus, em seu preâmbulo. E primou em declarar o estado leigo, indiferente,
a tôdas as religiões. Inspirava-se, sem dúvida, nas lições da época e nos
ensinamentos positivistas. Seus autores, quando quiseram resumir os
objetivos do nôvo regime fizeram-no com sabedoria no lema: "Ordem e
Progresso".
A luta dos primeiros tempos, que se fizera sob a inspiração da Fé
e do desejo de ampliar o Império, continua, hoje, sob o signo da Ordem
e do Progresso. Acreditamos, até que, sob outras palavras, todo o nosso
estudo, todo o nosso trabalho dêste ano e da Escola Superior de Guerra nos
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anos úteis de sua vida, tenha sido o exame analítico da aspiração nacional
máxima, tradutora do interêsse nacional primário: Ordem e Progresso.
Ordem significa Segurança. Progresso é sinónimo de Desenvolvimento.
Segurança e Desenvolvimento, como Ordem e Progresso, se unem de
tal modo que é difícil afirmar ter decorrido uma atitude histórica exclu-
sivamente de um dêstes elementos sem levar em conta o segundo.
Ordem não pode ser encarada como simples dado estático. Tem um
conteúdo, insere-se no tempo, existe para realização de determinados anseios;
é respeitada porque satisfaz certos interêsses e vem ao encontro de aspi-
rações nacionais. Ordem, no Brasil Colónia, era a organização de Estado
de acôrdo com os ensinamentos então aceitos e pregados pela ortodoxia
católica. Ordem, no Brasil Império, era a organização social cristã, viva-
mente influenciada pelo individualismo da revolução francesa. Ordem, na
primeira Constituição Republicana, foi a súmula do pensamento de Augusto
Comte, o* ideólogo de uma religião sem Deus, de elevado conteúdo moral.
Ordem, na Carta de 1937, foi a tentativa de transplante para o Brasil de
lições ditadas para salvação de países europeus convulsionados e ameaçados
sèriamente pelo comunismo. Ordem, nas duas Constituições Republicanas,
de 34 e 46, é o retrato da perplexidade atual ante os dramas sociais e eco-
nómicos e o esforço para salvar o que existe de bom no liberalismo, apro-
veitando o útil das pregações socialistas.
Como a Fé era a base sôbre a qual se assentava o Reino e sôbre a qual
se construiu o Império, a Ordem, nas diversas acepções e conteúdos que
teve, objetivava o Progresso. Muitas vêzes, ou melhor, sempre, tinha por
objetivo a realização do Progresso, em seus grandes lineamentos. Isto sem
prejuízo de haverem influído nas diversas Constituições Brasileiras, maior
ou menor dose de interêsses pessoais desvinculados do bem da Pátria.
Em quatro séculos de existência sentimos que o lema de nossa Bandeira
foi o resultado da soma de diversos fatôres que podem ser considerados
como Objetivos Nacionais Permanentes do povo brasileiro. O primeiro dêles,
nosso desejo de independência e soberania. O segundo, a vontade de asse-
gurar a nossa integridade territorial com a ocupação dos espaços vazios.
O terceiro, a garantia da unidade da Pátria, sem prejuízo do respeito às
características regionais. O quarto, profundamente impregnado no senti-
mento nacional, o anseio de que o Govêrno, tenha um fundamento real-
mente popular. A êstes quatro objetivos mais ligados à idéia de ordem
juntam-se três outros, que dizem principalmente respeito ao Progresso:
trabalho pela valorização e dignificação do Homem; luta pelo desenvolvi-
mento económico; esfôrço para dar ao Brasil projeção internacional.

ANTIBRASIL
Setenta milhões de brasileiros com objetivos definidos e seculares, inexo-
ràvelmente integrados num mundo inquieto, participamos da ansiedade geral
ou já satisfizemos nosso desejo de "Ordem e de Progresso".
Nação alguma pode considerar-se plenamente realizada. Há sempre
mais um passo a dar e para dá-lo indispensável se torna vencer antago-
nismos e pressões.
Dentre as ameaças mais graves a nossa vida como povo brasileiro e
cristão, podemos apontar o comunismo internacional, o apêgo a doutrinas
e métodos superados, a inflação e o conjunto de males morais a que deno-
minaremos "complexo das deficiências do caráter nacional".
A marcha do comunismo e dos comunistas se faz sentir a cada mo-
mento. Ainda que sua vitória não signifique, por exemplo, a perda de nossa
soberania e de nossa independência, esta soberania e esta independência,
terão de ser entendidas como tudo mais de modo diferente, dentro de con-
cepção diversa daquela que adotamos e amamos nos dias de hoje.
Por outro lado, homens de nossas elites se apegam ainda a fórmulas
políticas e sistemas de ação já superados. Muitos se aferram ao liberalismo
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económico, e teimam em encarar o ser humano, complexo e difícil, como
o "homo economicus", nada mais, uma espécie de máquina de trabalho
sem estômago e sem alma.
Vivemos também uma crise económica de sérias proporções, a despeito
do notável incremento industrial que teve o País. A inflação tudo corrói
Foi ela citada expressamente na última carta de Getúlio Vargas, quando
longe estava de atingir as proporções dantescas de nossos dias Ou nós
a contemos agora ou ela acaba com o Brasil, com a dignidade de seus
homens, com a esperança de seus Jovens, com a tranquilidade de seus
chefes de família.
Há quem atribua os nossos males a uma generalizada falta de caráter
e de preparo. Não cremos que sejamos, no conjunto, piores do que os
nacionais de outros países. Entretanto atos e fatos por vêzes parecem de-
monstrar que muitos brasileiros reclamam melhor formação. O preparo
de homens públicos diz respeito não apenas a sua competência mas ao seu
caráter embora a ignorância possa conduzir a erros tão grandes que che-
gam ate a superar os danos provocados pela corrupção. Quando se aliam
m c o 1 e t e n c i a e
™ 1 ' P P. desonestidade; e quando semelhantes defeitos
servem para aglutinar indivíduos em grupos, que se espalham pela Nação
e se prolongam no tempo, só um milagre poderá salvar o País. Felizmente
entre nos, tais grupos, que existem, são minoritários, pois, de contrário, a
Patria ja teria desaparecido.
Não basta entretanto, para garantir a nossa segurança e realizar o
6 1 1 1 0 0 c o m u n i s
nntfm^Hnf ^ I T - l*™" n i o , destruir doutrinas e métodos
antiquados, debelar a inflação e superar as deficiências de caráter nacional.
Necessário se faz remover os óbices opostos a cada um dos interêsses e
aspirações nacionais.
Não nos é possível, focalizar todos êles. Destacaremos apenas os mais
graves.
Já foi dito que constituíamos um arquipélago de regiões geográficas
distintas, isoladas pela deficiência das redes de comunicação. Urge integrar
o País abrindo estradas e preenchendo os enormes espaços vazios de nosso
território. Que obstáculos devem ser vencidos para isto? Três nos pare-
cem mais salientes: exiguidade de nossa população; precárias condições de
vida em muitas regiões vazias; falta de atrativo, decorrente de uma estru-
tura social anacrónica, em zonas em que a Natureza é propícia. Enfrentados
os imensos problemas, contrários à criação de boas condições de vida nos
aesertos demográficos, removidos os óbices de natureza jurídica, que roubam
os atrativos das terras desocupadas, onde buscar os habitantes para elas'
No aumento da população pelo estímulo à natalidade, ou na imigração?
A explosão demográfica mundial constitui uma ameaça ao Brasil. Corre-
mos o risco de ver multidões e multidões de estrangeiros, inspirados numa
doutrina moderna de espaço vital, quererem, num futuro não muito remoto,
preencher os hiatos de nosso solo. Se tal ocorrer, passaremos a estrangeiros
em nossa própria terra.
Desequilíbrios económicos entre regiões são apontados como manifes-
tações ofensivas à unidade nacional. Todavia é profundo o sentimento
brasileiro em todo o País. Duvidamos que alguém ousque, no abandono
da Pátria maior, a solução para deficiências regionais ou para ampliação
de um poderio económico e de um desenvolvimento cultural já obtidos.
Unidade nacional não significa, todavia, uniformidade. Devemos buscar
a unidade respeitando as peculiaridades locais, sem ferir desnecessariamente
a autonomia dos Estados.
Firma-se o fundamento popular do Govêrno, pela participação cada
vez maior de um maior número de brasileiros na direção da nossa terra.
Não queremos de modo algum uma Ditadura. Seja do proletariado, como
pregam os comunistas; seja de direita, a pretexto de combate ao comu-
nismo. Ou seja, simplesmente, pessoal, vazia de conteúdo ideológico e
inspirada tão-só na vontade de alguns de terem em suas mãos os cofres
do Tesouro e o sinête das nomeações.
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Não haverá democracia entretanto, se não valorizarmos e dignificarmos


o Homem, combatendo a miséria, a doença e a falta de instrução. A per-
centagem, no campo nacional, dos que se alfabetizam, é irrisória: dos que
completam o curso primário, ridícula. A instrução continua privilégio de
poucos. Não basta, o fortalecimento da parte física e da inteligência do
homem. Mister se toma oferecer-lhe oportunidade de produzir. O homem
sadio e culto, sem emprêgo e sem horizontes, transforma-se num desespe-
rado. Dai a necessidade de serem ampliadas as frentes de trabalho. E tam-
bém de serem abertas oportunidades, sobretudo nos cargos públicos, com
o repúdio ao empreguismo. O sistema de seleção dos mais capazes, que,
nas Fôrças Armadas principia democraticamente nas Escolas Militares, deve
ser estendido a todos os serviços do Estado.
Não há Nação forte sem desenvolvimento económico. Para atingi-lo,
aniquilemos as pressões que grupos económicos, nacionais e internacionais,
preocupados com o próprio enriquecimento, exercem para retardar o nosso
progresso ou afeiçoá-lo aos próprios interêsses. Enfrentemos, também, a
própria extensão do Brasil e as imperfeições de nossa gente.

CONFIANÇA NO FUTURO
Mas, neste território e com esta população, faremos nosso desenvolvi-
mento, vencendo falhas de estrutura e realizando as reformas que são por
todos reclamadas.
Escolhemos um patrono cuja vida sintetiza a mensagem que gostaríamos
de transmitir à Nação.
Aristocrata no nome e na figura, Joaquim Nabuco compreendeu que,
se a riqueza e o confôrto de alguns dependia do aviltamento dos escravos,
a Pátria só seria grande quando todos os seus filhos, não apenas poucos
privilegiados, pudessem desfrutar as riquezas que nela existem.
Num mundo e numa época diversos dos de hoje, via o Brasil através
de um prisma internacional, olhos voltados para o futuro.
Não nos esqueçamos de sua lição.
Precisamos nos firmar no campo internacional como parte de um todo,
porção de um Mundo, célula de um Universo, célula viva, não pêso morto,
nem simples objeto de cogitações alheias. Para tanto, participamos, de
lutas mundiais e temos homens a serviço das Nações Unidas.
Isto nos dá autoridade para dizer aos outros povos palavras que mere-
cem ser ouvidas.
Pensemos em Boris Pasternak, em seu drama, em seu isolamento na
pátria de milhões, nas consequências de sua expulsão do sindicato dos
escritores...
Pensemos na Africa do Sul, cuja lei proclama, contra a ciência, a
superioridade do branco sôbre os homens de outras côres...
Pensemos na luta de Kennedy para dar um passo a mais no caminho
que Lincoln começou a percorrer. . .
Pensemos nos monges suicidas, nos "paredons" manchados de sangue...
Pensemos nas muralhas, muros e cortinas que se erguem protegidos
por soldados armados de engenhos poderosos, para conter pela fôrça o
natural sentimento de fraternidade existente no coração dos homens, no
coração de cada um de n ó s . . .
Pensemos em tudo isto e cheguemos a uma conclusão.
Se precisamos receber lições de técnica de outros países, alguma coisa
também lhes podemos oferecer: o sentimento de que somos todos iguais;
a confiança no futuro; a certeza de que nossa civilização brasileira, cristã,
ocidental e universal vencerá pois daremos a cada homem a quota de
JUSTIÇA indispensável a uma vida digna e feliz!
SCGI/SP
9
FLS. H' X£é...
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yj-

ASSOCIAÇAO DOS DIPLOMADOS DA

ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA


1
•I I

FÔRÇA PÚBLICA
- D O -
ESTADO D E SAO P A U L O
COMPOSTO E IMPRESSO
NA TIPOGRAFIA DO S. I.
1967

\
Delegacia Regional de São Paulo
Súmula de Atividades
20.IV.66 - 11.1.6Z
SUMARIO:

1 — Introdução
2 — Comando da Escola Superior de Guerra
3 _ Diretoria da Associação dos Diplomados da Escola Supe-
rior de Guerra
4 — Delegacia Regional de S. Paulo
4.1 — Delegado
4.1.1 — Adjunto
4.2 — Junta Consultiva
4.2.1 — Adesguianos
4 .2 .2 — Representantes de Turma
4 2.3 — Colaboradores Adjuntos
4.3 — Turmas
5 Calendário das principais atividades da Delegacia Regio-
nal de S. Paulo, em 1966
6 — Manutenção da Delegacia
6.1 — De abril a dezembro
6.2 — Mês de dezembro
6.3 — Contribuições
6 .4 — Prestação de contas
7 — Atividades diversas
7 1 Relações com a Direção Nacional e com outras De-
legacias
7.2 — Almoços mensais
7.3 — Biblioteca
7.4 — Boletins
7.5 — Atividades sociais
7.6 — Administração
8 — Agradecimento
9 — Conclusão
1 — Introdução
O objetivo desta publicação é apresentar um ligeiro pano-
rama das principais atividades da Delegacia Regional de S.
Paulo da Associação dos Diplomados da Escola Superior de
Guerra, no período de 20 de abril de 1966 a 11 de janeiro de
1967
2 — Comando da Escola Superior de Guerra
A ESG teve, no período citado, como comandantes o Ma-
rechal do Ar Henrique Fleíuss e o General de Exército Aurélio
de Lyra Tavares.
3 — Diretoria da Associação dos Diplomados da Escola Supe-
rior de Guerra
No mesmo período f o i a seguinte a Diretoria Nacional da
Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra: Ge-
neral de Exército João Carlos Gross, presidente; Brigadeiro do
Ar Jacintho Pinto de Moura, 1.° vice-presidente; Vice-Almirante
Murillo Vasco do Valle e Silva, 2.' vice-presidente; Engenheiro
Mário Peçanha de Carvalho, !.« secretário; Coronel Elber de
Mello Henriques, 2." secretário; Engenheiro Rubens Silvio Mo-
reira de Almeida Torres, 1.° tesoureiro; Economista Nelson Pa-
rente Ribeiro, 2" tesoureiro; Marechal Ignácío José Veríssimo,
diretor sem pasta. Conselho Fiscal: Desembargador Antônio
Arruda, Almirante Jurandyr da Costa Muller de Campos, Dr.
Angelo Mário de Moraes Cerne e General Joaquim Vicente
Rondon.
Dirigiu o Departamento Cultural da entidade responsável
pelos Ciclos de Estudos, o Procurador José Rego Costa.
Pela Diretoria, foi designado Delegado Regional de S.
Paulo, o Procurador Ruy Rebello Pinho.
4 — Delegacia Regional de São Paulo
Ao assumir, o Delegado nomeou, dentre os colaboradores,
um adjunto e organizou uma Junta Consultiva composta de:
a) adesguianos inscritos na Delegacia; b) três representantes
de cada turma; c) adjuntos para direção.
— 4 —
Eis a atual organização da Delegacia:
4.1 DELEGADO: Procurador Ruy Rebello Pinho
4.1.1 Adjunto do Delegado: Dr. José Roberto Rocco
1
4.2 JUNTA CONSULTIVA
4.2.1 Adesguianos: General Agostinho Teixeira Cortes,
General Francisco Ernesto Paes Leme, Coronel Mário Antonio
Machado de Castro Pinto, Professor A. Bernardes de Oliveira,
Economista Alberto Martins, Dr. Eugênio Caiado Jardim, Dr.
José Kanam Matta, Professor José Camarinha Nascimento, Dr.
Luiz Emanuel Bianchi, Economista Mário Di Pierro, Professor
Renê Barbosa de Oliveira.

4 .2 .2 Representantes de Turma
TURMA I — Dr. André Faria Pereira Filho, Dr. João Al-
fredo Caetano da Silva e Sr. Roberto Camargo Viana;
TURMA I I — Dr. Ildélio Martins, Dr. Mily Teperman e Dr.
Ney Prado;
TURMA I I I — Médico Habib Carlos Kyrillos, Engenheiro
Mauro Garcia e Médico Vicente Zamiti Mamana;
TURMA IV Campinas — Dr. Darcy Paes de Pádua, Secre-
tário de Estado Glauco Pinto Viegas e Prof. Paulo M. Manga-
beira Albernaz;
TURMA V — Dr. Fernando Marrey, Dr. Frederico Azevedo
Antunes e Prof. João Carvalhaes Ribas;
TURMA V I — Dr. Jerônimo Gustavo B. Melo, Economista
Sergio Leal Costa e Sr. Theodors OzoUns;
TURMA V I I — Ministro Hélio Helene, Secretário de Esta-
do Mário Romeu de Lucca e Sr. Paulo Mariano Wendel;
4.2.3 — Colaboradores Adjuntos
Capitão Almir Ribeiro Gomes, Dr. Álvaro Roberto Mendes
Gonçalves, Dr. Carlos Alberto Bueno Neto, Sra. Cora Ambrogi,
Dr. Gil P. Bernardes, Dr. José Nogueira de Amorim, Econ. Mil-
ton Brusius, Dr. Moacyr Marcondes Guimarães, Sr. Naoschige
Ikko, Dr. Paulo Marcelo Bezerra de Menezes, Dr. Paulo Massud
Chebl, Dr. Renato Frota Pinheiro, Engenheiro Ricardo Noguei-
ra Lima, Dr. Robert Schoeri, Professor Siegfried Hoyler, Enge-
nheiro Silvio de Almeida Pires, Dra. Yelva W. Caetano da Silva,
Economista Archimedes Geraldo Gutila, Engenheiro Gilberto
Lacé Brandão e Engenheiro José Manuel Gonçalves de Oliveira.
JM 556 i»p S<IV

— 6—

4.3 Turmas.
Os colaboradores da Delegacia são oriundos das sequintes
turmas:
Turma I — 1962 — Jockey Clube de São Paulo — concluí-
ram o ciclo: 142 estagiários; colaboradores inscritos: 54.
Turma I I — 1963 — Soe. Harmonia de Ténis — Fôrça
Pública de São Paulo — Lions Clube _ Camara Júnior de
Comércio — concluíram o ciclo: 90 estagiários; colaboradores
inscritos; 34.
Turma I I I — 1963 — Associação Paulista de Medicina —
Instituto de Engenharia de São Paulo — concluíram o ciclo:
80 estagiários; colaboradores inscritos: 15.
Turma IV — 1963 — Sociedade Médica de Campinas —
Instituto Agronómico de Campinas — Círculo Militar e Rotary
Clube. Concluíram o ciclo: 72 estagiários; colaboradores ins-
critos: 16.
Turma V — 1964 — Rotary Clube de São Paulo — Asso-
ciação Ass Escola Paulista de Medicina — Circulo Militar de
São Paulo. Concluíram o ciclo: 241 estagiários; colaboradores
inscritos: 68.
Turma V I — 1965 — Adesg Del. São Paulo — Jockey
Clube de São Paulo — concluíram o ciclo: 83 estagiários; co-
laboradores inscritos; 31.
Turma V I I — 1966 — Adesg. Delegacia de São Paulo —
concluíram o ciclo: 143 estagiários; colaboradores inscn-
tos; 143.
5 — Calendário das principais atividades da Delegacia Regio-
nal de São Paulo, em 1966

5.1 Abril
Dia 20 — 4 a feira — Posse do Procurador Ruy Rebello Pinho
como Delegado Regional da ADESG em sessão solene rea-
lizada na séde da Delegacia, sob a presidência do General
João Carlos Gross, presidente nacional da ADESG, pre-
sentes autoridades civis e militares. , ^
Oradores- Bacharel Ildelio Martins, presidente da Ordem
dos Advogados, seção de São Paulo, em nome do ex-Delega-
do Luiz Emanuel Bianchi; colaborador Paulo M . Bezerra
de Menezes; Procurador Ruy Pinho e General de Exerci-
to João Carlos Gross.
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— 6—
Dia 26 — 3.a feira — Palestra do adesguiano Professor Antô-
nio Bernardes de Oliveira sôbre «Aspectos da Moderna
Segurança», na séde.

5.2 Maio
Dia 3 — 3.a feira — Primeiro almoço mensal da Delegacia da
ADESG em São Paulo, no Esporte Clube Pinheiros. Como
convidado especial, o adesguiano Professor Iberê Gilson
pronunciou uma conferência sôbre a «Companhia Side-
rúrgica Paulista Cosipa», sociedade de economia mista de
que é presidente. Como convidado especial representando
a ADESG, compareceu o Coronel Antonio Lepiane.
Dia 10 — 3.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.
Dia 16 — 2.a feira — Conferência do Ministro das Minas e
Energia, engenheiro Mauro Thibau, na séde da Delegacia,
sôbre a «Política Nacional de Minérios.
Dia 17 — 3.a feira — Reunião Plenária da Junta Consultiva.
Dia 21 _ Sábado — Visita da Delegacia a navios da Esquadra
Brasileira, em Santos.
Dia 24 — 3.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.
Dia 27 — 6.a feira — Reunião do Delegado com os represen-
tantes das Seis Turmas.
5.3 Junho
Dia 2 — 5.a feira — Segundo almôço mensal da Delegacia da
ADESG, em São Paulo, no Esporte Clube Pinheiros e em
homenagem à Marinha do Brasil, cujo Ministro se fez re-
presentar pelo Almirante Murilo Vasco da Silva, Coman-
dante Chefe da Esquadra e vice-presidente Nacional da
ADESG. Convidados: Comandante J. J. de Araujo Cou-
tinho Neto; Secretário de Estado de Mato Grosso, dr. Agri-
pino Bonilha; Procurador Onesimo Silveira, Procurador
Geral do Estado de São Paulo. Falaram: o Professor Cae-
tano da Silva, o dr. Bonilha e o Almirante Vasco da Silva.
Dia 3 — 6.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.
Dia 15 — 4.a feira — Reunião Plenária da Junta Consultiva.
Dia 24 — 6.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.
Dia 25 — Sábado — Visita da Delegacia às instalações da São
Paulo Light, em Cubatão.
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— 7 —
Dia 27 2.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.

5.4 Julho
Dia 5 — 3.a feira — Reunião do Delegado com Colaboradores
Adjuntos.
Dia 12 — 3.a feira — Reunião do Delegado com Colaboradores
Adjuntos.
Dia 18 — 2.a feira — Reunião do Delegado com Colaboradores
Adjuntos.

5.5 Agôsto
Dia 2 — 3.a feira — Reunião Plenária da Junta Consultiva.
Dia 4 5.a feira — Terceiro almôço mensal da Delegacia de
São Paulo, no restaurante da Associação Comercial, em
homenagem ao Exército Brasileiro. O Ministro da Guerra
se fêz representar pelo Comandante do I I Exército,
general Amaury Kruel. Estiveram presentes como convida-
dos os generais Lisboa e Durval Macedo e o Secretário do
Trabalho de São Paijlo, Mário Romeu de Lucca. Falaram:
o Dr. Mário de Pierro, pela Delegacia, e o Comandante do
I I Exército.
Dia 9 — 3.a feira — Conferência do M. Juiz do Trabalho Pro-
fessor Ney Prado, colaborador da Delegacia, sôbre o tema
«Legislação do Trabalho, Economia e Segurança Nacio-
nal» .
Dia 16 — 6.a feira — Conferência do engenheiro Irnack Car-
valho do Amaral, presidente da PETROBRAS, sôbre a
«Política Nacional do Petróleo».
Dia 22 — 2.a feira — Almôço do Delegado, em Campinas, com
os colaboradores da Turma IV da Delegacia, que fo-
ram convidados a elaborar um trabalho sôbre «Campinas,
vista sob o prisma da Segurança e do Desenvolvimento
Nacional» para apresentação no «VII Ciclo de Estudos sô-
bre Doutrina da Segurança Nacional». Foi constituída a
seguinte comissão para coordenar o trabalho: Professo-
res Drs. Paulo Mangabeira Albernaz e Licurgo de Castro
Santos Filho, engenheiros Eduardo de Barros Pimentel,
Luiz Otávio Teixeira Mendes, e bacharéis José Antonio
Maranho, Francisco Isolino Siqueira e Datis Alves de Al-
meida .
— 8 —

Dia 23 — 3.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.


Dia 27 — Sábado — Visita às instalações da Companhia Si-
derúrgica Paulista — COSIPA.
Dia 30 — 3.a feira — Reunião parcial da Junta Consultiva.
5.6 Setembro
Dia — 5.a feira — Quarto almôço mensal da Delegacia de
Sao Paulo, em homenagem à Fôrça Aérea Brasileira, no
qual o Ministro da Aeronáutica se fez representar pelo
Major Brigadeiro Carlos Alberto Huet de Oliveira Sam-
paio. Representou a direção Nacional da ADESG o Bri-
gadeiro Pinto de Moura, vice-presidente da entidade. Com-
pareceu, ainda como convidado o Brigadeiro Fáber Cintra.
Falaram, pela ADESG, o professor Bernardes de Oliveira
e, pela FAB, o Brigadeiro Sampaio.
Dia 6 — 3.a feira — Reunião plenária da Junta Consultiva pa-
ra comemoração da Independência, comemoração que con-
sistiu em convocação pelo Delegado do «VII Ciclo de Es-
tudos sôbre Doutrina de Segurança Nacional» promovido
pela ADESG em São Paulo. Convidado para coordenar os
trabalhos, aceitou o convite o Coronel Mário Antonio Ma-
chado de Castro Pinto, comandante do C P . O . R . de São
Paulo que já coordenara o «Ciclo de Estudos de Campo
Grande», Mato Grosso. Foram organizadas Comissões,
compostas de adesguianos e colaboradores, para traba-
lharem no preparo e na realização do «VII Ciclo».

As Comissões organizadas foram as seguintes:


1 — Comissão Coordenadora — Chefe: Cel. Mário Antonio
Machado de Castro Pinto; Sub-chefe: Dra. Yelva W.
Caetano da Silva.
2 — Comissão de Relações Públicas — Chefe: Dr. Milly Te-
perman; Membro: Dr. Ney Prado.
3 — Comissão de Divulgação — Chefe: Dr. René OUveira Bar-
bosa; Membros: Sr. Yassuo Imai e Engenheiro Ricardo
Nogueira de Lima.
4 — Comissão de Recepção — Chefe: Sr. Naoshige Ikko;
Membros: Ten. Cel. Sergio Vilella Monteiro, Sr. Izer
Bobadilha, Sr. Jaime Colher Coeli, Sra. Cora Ambrogi.
— 9—
5 — Comissão de Finanças — Chefe: Sr. Mário Di Pierro;
Membros: Dr. Theodor Osolins (tesoureiro), Dr. Roberto
Shoueri.
6 — Comissão de Impressão e Meios Auxiliares — Chefe: Cel.
Ademar Ferreira; Membros: Elementos da Fôrça Pública
de São Paulo.
7 — Comissão Administrativa — Chefe: Cap. Almir Ribeiro
Gomes; Membros: Elementos da Fôrça Pública de São
Paulo.
8 — Comissão Encarregada dos Estagiários — Chefe: Dr.
João Caetano da Silva Júnior; Membros: Sr. Roberto de
Camargo Viana.
Do dia 6 ao dia 30 — Trabalhos preparatórios do «VII Ciclo de
Estudos sôbre Doutrina de Segurança Nacional».
Dia 22 — 5.a feira — Chefiados pelo Delegado do Rio Grande
Do Sul, engenheiro Armindo Beux chegam a São Paulo
os estagiários do «Ciclo de Estudos» realizado pela ADESG
em Caxias do Sul. Visitam no mesmo dia as instalações da
São Paulo Light, em Cubatão.
Dia 23 — 6.a feira — Visita da Delegação gaúcha à Cidade
Universitária, à Indústria D. F. Vasconcelos. À tarde
recepção aos riograndenses na sede da ADESG.

5.7 Outubro
Do dia 1 ao dia 16 — Trabalhos preparatórios do «VII Ciclo».
Dia 6 — 5.a feira — Quinto almôço mensal da Delegacia de
São Paulo, em homenagem ao EMFA, com o compareci-
mento do Brigadeiro Nelson Freire Lavanére Wanderley
e senhora. Estiveram também presentes o Magnífico Rei-
tor da Universidade de São Paulo, Professor Gama e Silva,
e senhora. O comandante do EMFA foi saudado pelo ades-
guiano. Professor René de Oliveira Barbosa. Como convi-
dado compareceu o dr. Mário Nigro, diretor do D . A . E .
E. — Visita à U.S.P. do Brigadeiro Lavanére Wander-
ley, de membros de seu Estado Maior, do Delegado de São
Paulo, de adesguianos e de colaboradores.
Dia 17 — 2.a feira — Abertura do «VII Ciclo de Estudos, sô-
bre Doutrina de Segurança Nacional» com o seguinte pro-
grama : 1 — A ESG e a ADESG, Brigadeiro Pinto de Mou-

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