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AUXÍLIO-RECLUSÃO

1. CONCEITO
 O Auxílio-Reclusão é um benefício financeiro mensal devido aos
dependentes do segurado de baixa renda que vier a ser preso.
2. PREVISÃO LEGAL
 As regras gerais do auxílio-reclusão encontram-se no art. 201 da CF, no art.
27 da EC n. 103/2019, no art. 80 da Lei n. 8.213/1991, na MP n. 871/2019, nos
arts. 116 a 199 do Decreto n. 3.048/1999
3. EVENTO GERADOR
 Cumprimento de pena privativa da liberdade (regime fechado, semiaberto ou
em prisão provisória) pelo segurado.
 A partir da vigência da MP n. 871/2019 (convertida na Lei n. 13.846/2019),
somente em caso de prisão em regime fechado.
4. BENEFICIÁRIOS

5. REQUISITOS

6. CARÊNCIA
 A Lei n. 8.213/1991 não fixou carência, mas a MP n. 871/2019 (convertida
na Lei n. 13.846/2019) estabeleceu o período de 24 meses.
OBS: A carência mínima de 24 meses é válida somente para prisões
ocorridas a partir de 18/06/2019. Caso a prisão tenha sido antes da referida
data, não será necessário cumprir este requisito.
7. QUALIDADE DE SEGURADO
 Não será devida a concessão de auxílio-reclusão quando o recolhimento à
prisão ocorrer após a perda da qualidade de segurado.
8. VALOR DO AUXÍLIO- RECLUSÃO

9. DOCUMENTOS PARA PEDIR O AUXÍLIO-RECLUSÃO
 Para fazer gozo do benefício, serão necessários os seguintes documentos:
 Identidade e CPF do segurado preso;
 Identidade e CPF do dependente requerente;
 Documento comprobatório da dependência do requerente;
 Declaração emitida pela autoridade carcerária informando data da prisão
e o regime que o detento cumpre;
 Caso necessário, documentos que comprovem o tempo de contribuição
do segurado preso.

10. DATA DE INÍCIO DO BENEFÍCIO


 Regra fixada pela Lei n. 13.183/2015:
a) da prisão, quando requerida até noventa dias deste;
b) do requerimento, se requerido depois de noventa dias;
c) beneficiário menor de 16 anos poderá requerer até noventa dias após
completar essa idade, quando então retroagirá ao dia do recolhimento do
segurado ao cárcere.
 Regra fixada pela MP n. 871/2019, convertida na Lei n.13.846/2019:
a) da prisão, quando requerida em até cento e oitenta dias após a prisão, para
os filhos menores de 16 anos, ou em até noventa dias após a prisão, para os
demais dependentes;
b) do requerimento, quando requerido após esses prazos.

11. DURAÇÃO

12. CESSAÇÃO
 O auxílio-reclusão cessa:
I – com a extinção da última cota individual;
II – se o segurado, ainda que privado de sua liberdade ou
recluso, passar a receber aposentadoria;
III – pelo óbito do segurado ou beneficiário;
IV – na data da soltura;
V – pela ocorrência da perda da qualidade de dependente, no caso de filho ou
equiparado ou irmão, de ambos os sexos;
VI – em se tratando de dependente inválido, pela cessação da invalidez,
verificada em exame médico pericial a cargo do INSS;
VII – pela adoção, para o filho adotado que receba auxílio-reclusão dos pais
biológicos, exceto quando o cônjuge ou o companheiro(a) adota o filho do
outro.
 Aplica-se também a nova hipótese de cessação da condição de pensionista,
qual seja, pelo decurso do prazo de recebimento de pensão pelo cônjuge,
companheiro ou companheira.
 A partir da vigência da MP n. 871/2019 (convertida na Lei n. 13.846/2019), a
progressão do regime fechado para outro menos gravoso faz cessar o
pagamento do benefício.
 Em caso de óbito do segurado, o auxílio-reclusão será automaticamente
convertido em pensão por morte.
13. SUSPENSÃO
Os pagamentos do auxílio-reclusão serão suspensos:
I – no caso de fuga;
II – se o segurado, ainda que privado de liberdade, passar a receber auxílio-
doença;
III – se o dependente deixar de apresentar atestado trimestral, firmado pela
autoridade competente, para prova de que o segurado permanece recolhido
prisão.
 Havendo recaptura ou retorno ao regime fechado, o benefício será
restabelecido a contar da data do evento, desde que mantida a qualidade de
segurado.
 Se houver exercício de atividade dentro do período de fuga, livramento
condicional, cumprimento de pena em regime aberto ou prisão albergue, este
será considerado para verificação de manutenção da qualidade de segurado.

14. CUMULATIVIDADE
 O art. 80 da Lei n. 8.213/1991 (com redação conferida pela MP n. 871/2019)
estabelece que o auxílio-reclusão não pode ser acumulado com a remuneração
da empresa, nem com auxílio-doença, pensão por morte, salário-maternidade,
aposentadoria ou abono de permanência em serviço.
15. AUXÍLIO- RECLUSÃO RURAL
 O Auxílio-Reclusão também pode ser pago para os dependentes de
segurados rurais (segurado especial, pescador artesanal, carvoeiro etc.).
 O benefício é pago da mesma forma que o Auxílio-Reclusão Urbano comum.

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