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Manifesto Brasiliano

Douglas de Marcos Rabelo Mello Mattos


Bacharel em Filosofia
Educação
A melhor solução para a desigualdade social é a universalização do conhecimento, mas
os partidos de "Esquerda", insistem em criar paliativos que mais prejudicam a longo prazo
do que resolvem o problema estrutural da nossa sociedade.

O Regime de cotas nas universidades e concursos públicos é uma total aberração do


conceito de Nível Superior. É evidente, que enquanto um país que cresceu com mão de
obra escrava, o Brasil tem distorções abismais. No entanto, o sistema de cotas substitui
uma injustiça por outra.

Imaginem que os "brancos" num processo seletivo obtenham todas notas acima de 9,0 e os
cotistas abaixo de 7,0! Perderíamos um profissional melhor para recompensar uma vítima.
As consequências são o exacerbar do racismo e competições entre os estudantes e
concursados.

Independente da cor ou outros critérios, os melhores devem ter seu lugar ao sol e não os
coitados. Os negros não são inferiores, e portanto, não precisam de ajuda especial.
Ademais, o homo sapiens veio da África. Em última instância, somos todos
afrodescendentes, e as cotas, se nunca deveriam ter existido, agora devem ter tempo
limitado.

Uma educação básica de qualidade fornecerá igualdade de oportunidades para todos. A


função da escola certamente não é ser um funil que restringe a quantidade de vagas nas
instâncias superiores, mas um filtro que seleciona tanto quantos forem os melhores para
acessar outro nível, ou seja, não é por pena, compensação ou generosidade que alguém se
torna universitário: sim, por mérito. As vagas devem estar sempre disponíveis para serem
preenchidas conforme o aprendiz de fato esteja capaz.

Estatísticas generosas apontam para uma taxa de 30% de analfabetos funcionais, mas
analisando as dificuldades de interpretação de textos dos brasileiros em geral, e suas
opiniões totalmente sem base sobre política, ficamos um pouco desconfiados que talvez
esta porcentagem seja até mais de 50%. Neste exato momento, questionamos a eficiência
prática da Democracia no Brasil. Como pessoas sem o menor conhecimento sobre ciências
políticas pode votar? Como podem ser eleitos? Como após apenas 140 anos da libertação
dos escravos podemos deixar uma massa inculta eleger nossos representantes?

Inaf / Brasil – Níveis de Alfabetismo – 2001 a 2018 (idade: 15 – 64 anos) Ano: 2001-2002 2002-2003
2003-2004 2004-2005 2007 2009 2011 2015 2018

Analfabeto 12% 13% 12% 11% 9% 7% 6% 4% 8%

Rudimentar 27% 26% 26% 26% 25% 20% 21% 23% 22%

Elementar 28% 29% 30% 31% 32% 35% 37% 42% 34%

Intermediário 20% 21% 21% 21% 21% 27% 25% 23% 25%

Proficiente 12% 12% 12% 12% 13% 11% 11% 8% 12%

Analfabeto funcional 39% 39% 38% 37% 34% 27% 27% 27% 29%

Funcionalmente alfabetizado 61% 61% 62% 63% 66% 73% 73% 73% 71%
O nordeste precisa de atenção especial, pois as características históricas da formação da
classe trabalhadora diante da economia regional não favoreceu o industrialismo e a
consequente profissionalização da mão de obra. Isto não significa que o nordeste não tenha
uma Aristocracia Intelectual de alta qualidade.

Não obstante, a elite latifundiária nordestina foi tão poderosa que não possibilitou o
crescimento e sofisticação de outras classes. Fazer a interação sinérgica entre a tradicional
Fisiocracia Brasileira e os mais inteligentes das classes populares ascendentes é o
desafio para o nivelamento por cima da nossa sociedade.

A falta de isonomia salarial é outro obstáculo para a formação de uma Aristocracia


Intelectual legítima, pois em busca de remuneração, os educandos voltam sua atenção para
cursos que não são de sua vocação. Um bom exemplo são os cursos de medicina,
extremamente elitistas, que já comprometem a própria legitimidade do exercício da
profissão diante do baixo nível relativo dos profissionais. Já as provas da OAB mostram o
total despreparo dos bacharéis formados em faculdades particulares privadas populares.
Aliás, uma instituição de ensino superior barata parece uma contradição perniciosa.
Mesmo que faculdades de nível superior privadas fossem muitíssimo especializadas, bem
caras e rigorosas, sem uma isonomia dos valores de mercado de cada profissional, não
seria possível a constituição de um grupo excelente, pois os humanos precisam estar
emocionalmente envolvidos com seu trabalho.

A manutenção do Estado Laico é a conservação da racionalidade sobre a superstição. As


religiões não devem ser perseguidas, mas se limitarem ao interesse doméstico. Todas as
tentativas de padronização religiosa só mostraram serem máquinas de destruir consciências
e corpos. Achamos um ultraje à inteligência ver o TSE admitir a homologação de Partidos
com alcunha cristã, por exemplo. A bancada evangélica é via de regra a mais corrupta,
ausente e ineficiente bancada no Congresso Nacional. Em contraposição, faltam os
Doutores.

Não procede, no todo, as reclamações do PSOL de exclusão da mulher ao conhecimento,


pois elas concluem mais o ensino superior que os homens. As mulheres brasileiras são
talvez as mais livres do mundo: não casam virgens, tem quantos homens quiserem, muitas
têm filhos com homens diferentes, dirigem, bebem, votam, podem ser eleitas... poder-se-ia
dizer que desde os anos 80 o Brasil já é Matriarcal.
Um projeto já pronto, esperando apenas ações das assembleias municipais, chama-se
Federalização do Ensino Básico: se constitui na transferência da responsabilidade de
administração das Escolas Públicas de Ensino Básico, atualmente da Prefeitura, para a
responsabilidade direta do Ministério da Educação. A medida se justifica pela discrepância
de recursos entre municípios ricos e pobres. O Projeto do nobre Cristovam Buarque
apresenta as seguintes vantagens:

- Os salários atrativos farão uma seleção natural nos concursos públicos para a
aquisição dos melhores recursos humanos.
- As escolas de tempo integral impedirão que as crianças pobres fiquem sem
supervisão adequada enquanto os pais trabalham.
- Em médio prazo os índices de violência tendem a diminuir bruscamente pelo
afastamento dos jovens do sistema de recrutamento do crime.
- A universalização do conhecimento é a melhor forma de desenvolvimento da
autonomia do cidadão, possibilitando maior independência do Estado e maior
cooperação.
- A qualidade Intelectual dos recursos humanos aumenta substancialmente o nível da
produtividade geral do país.
- As Escolas Federais recebem os recursos diretamente do MEC, evitando desvios e
criando um nivelamento Nacional de municípios, mas mantendo a autonomia cultural
regional.
- A partir desta estrutura de nivelamento de oportunidades desde o ensino básico é
possível criar restrições de acesso para os cargos do Governo com o objetivo de
formar uma Aristocracia Intelectual para exercício de poderes políticos.
- Acrescentamos atendimento: pediátrico, odontológico, oftalmológico, fonoaudiólogo,
psicológico, fisioterápico e ocupacional, na escola federal, para alunos, professores,
funcionários e pais de alunos.

Consideramos necessário renegar a língua inglesa de maneira geral, e nas instituições


públicas ensinar nossas origens:
1. Latim;
2. Grego;
3. Iorubá;
4. Tupi-guarani.

Absolutamente necessário desde cedo:


1. Filosofia - pensar e agir;
2. Sociologia - civismo e patriotismo;
3. Etiqueta - convivência e elegância.
Sociedade

O PSOL, ainda, como diz o próprio Paulo Rubem, "não tem um programa econômico",
restringindo sua ação a procurar privilégios para negros, homossexuais, mulheres e
usuários de drogas. Quer dizer, a Esquerda se une com os Burgueses para fazer o
secundário parecer o principal. O partido citado faz escândalos sobre cada feminicídio que
ocorre no Brasil, e de fato, todo assassinato é repugnante. São pessoas! Entretanto, os
homens jovens, pretos, pobres e heterossexuais são os que mais morrem em conflito entre
si, e as mulheres por enquanto são poupadas desta guerra. Observem abaixo que 91% das
vítimas de morte violenta são homens. Novamente, o problema é econômico, e não uma
luta entre homens e mulheres.

Embora toda vida seja "sagrada", é injusta a reclamação do movimento LGBT acerca do
número de assassinatos do seu grupo, pois é praticamente irrelevante em relação aos
jovens heterossexuais pretos e pobres que morrem todos os anos: 60 mil mortes de
heterossexuais vs 300 mortes de homossexuais "apenas" ao ano. Sem contar que parte dos
assassinatos são praticados por parceiros da vítima.
Não somos somente homens, mulheres, gays, negros, brancos, mas sim Compatriotas; e
estamos pobres. A Pirâmide Salarial Brasileira é extremamente íngreme, pelas condições
históricas (escravismo) e falta de investimento adequado na equalização das oportunidades
de ascensão social, principalmente na educação.

As pautas identitárias são no íntimo pautas Burguesas, nunca Aristocráticas, mas também
não são Socialistas. Quem se incomoda com o racismo no Brasil são as 'Dondocas Negras
Ricas' que querem ser bem atendidas pela serviçal loira do shopping, ou as negras de
classe média em luta pelo poder com brancos também médios - pequenos burgueses. Os
negros pobres, ao contrário, só conhecem negros pobres e estão tentando não morrer de
fome, tornando problemas de honra bem secundários.
Quem reclama de falta de empoderamento são as pequenas burguesas que querem
subordinar outras mulheres não empoderadas para fazer o trabalho doméstico. No entanto,
quem cuida dos filhos da empregada que cuida dos filhos da mulher empoderada? O
problema da exploração ou diferenciação não é entre homem e mulher, mas na mulher
burguesa querer colocar outra para fazer seus deveres.

Portanto, as pautas identitárias são opostas ao conceito de integração nacional, pois


realçam nossas diferenças e não nossas semelhanças, e acabamos por competir em vez de
estarmos unidos. O Globalismo dá uma identidade social internacional para sujeito, mas o
faz restrito a um gueto, sendo agora mais gay, negro ou mulher que brasileiro. O
"Liberalismo Econômico" é uma coisa que se sugere para os outros, mas não se faz. É uma
estratégia de dividir para conquistar.

Hoje, é certamente injusto que marginais menores de 18 anos de idade não paguem por
seus crimes tal qual um adulto, principalmente se já podem votar. Por outro lado, não
parece adequado colocar bandidos juvenis nas mesmas instalações dos criminosos
veteranos, pois estimula a retroalimentação do crime, através dos ensinamentos do mal.
Portanto, parece que a pena deve ser cumprida integralmente, mas no momento em que o
apenado se tornar maior que dezoito, deve mudar de instalação. Deste modo, a integridade
física do marginal é preservada sem o beneficiar com a liberdade injusta. Poder-se-ia ainda,
talvez, por muita generosidade, só encaminhar para a continuidade da pena aqueles que
cometeram crimes mais graves, supondo que os demais possam ser recuperados.

Parece-me justo ainda, que haja pena de morte em casos graves, a saber, estupro,
latrocínio e homicídio doloso por motivos fúteis. Não faz sentido deixar viver um ser humano
que não respeita sua própria espécie no seu valor mais excelso! No entanto, é verdade,
como dizem, que tendo em vista a ineficiência do judiciário brasileiro, muitas distorções
podem vir a acontecer. Por isso, para evitar que inocentes morram injustamente, tendo
como prisma as limitações de nosso sistema, acho que a pena capital deve ser aplicada
inicialmente na reincidência dos delitos supracitados. Lembrar sempre da origem social da
criminalidade brasileira:

E ainda. A letalidade da PM não diminui a criminalidade:

No Brasil, um dispositivo legal extremamente importante para a liberdade civil tem uma
redação não muito adequada e sua obediência prática está longe de ser plena. Trata-se do
Artigo 244 do Código Processual Penal:
" A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada
suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papéis que
constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada no curso de busca
domiciliar."

O que este artigo quer dizer: É proibida a busca pessoal (vulgo baculejo), exceto em casos
de prisão, medida determinada em busca domiciliar ou fundada suspeita. Esta suspeita
precisa estar objetivamente caracterizada para se tornar uma justa causa da abordagem
policial, ou seja, sem aspectos subjetivos e discricionários do agente de segurança pública.

Para ser mais exato, na prática sem mandado de prisão, busca domiciliar ou flagrante
delito, toda abordagem policial se torna abuso de poder quando não se encontra armas,
produtos ou documentos ilícitos. Evidentemente, é absolutamente absurdo a legalidade da
ação do Estado sobre o particular depender das consequências para sua legitimação.

Outro problema que se coloca explícito é o constrangimento do cidadão abordado no caso


frequente de erro da autoridade competente em avaliar a existência de provas ilícitas no
suspeito identificado. O fato é que a liberdade dos cidadãos não pode estar
preventivamente ceifada em nome da segurança pública, e muito menos sendo a ação
executada de polícia militar. Trata-se da perversão do conceito de policiamento ostensivo.

A Polícia Militar deveria ter como função restrita o policiamento ostensivo por território e a
reação imediata com força proporcional em ocorrência de flagrante delito. A perversão
desta função começa com o Ditador Getúlio Vargas, ao usar o aparato estatal para
perseguir seus inimigos, inclusive os fidalgos.

O direito de ir e vir deve ser inviolável, salvo situações em que há indícios contundentes
contra o cidadão e sua virtual abordagem, além da decisão não ser individual e
discricionária. Ora, uma abordagem nos dias atuais, com todo sistema de informática
disponível, além da evolução das câmeras de filmagem, não poderia jamais deixar de ter
como princípio régio a inteligência policial civil.

É preciso ainda, repensar a política sobre o combate às drogas, pois 30% da população
carcerária está indisponível para o trabalho livre, por causa deste delito. Um prejuízo
econômico incalculável. Milhares de jovens saudáveis que ao invés de produzir se tornaram
um custo alto para a Sociedade por causa de uma preferência de consumo que pode levar
à adicção. A questão sobre o consumo de qualquer substância parece muito inusitada, pois
não se pode entender facilmente por que o Estado se acha no direito de determinar quais
devem ser comidas, bebidas, fumadas ou cheiradas.

A Cannabis Sativa (maconha) cujo consumo é in natura, sem overdose, sem crise de
abstinência, ou seja, mais leve que o álcool, e o controle do plantio doméstico praticamente
impossível, poderia muito bem ser descriminalizada. As outras drogas poderiam ser
controladas pelas Farmácias, sendo a venda restrita para cidadãos credenciados.
Outra grande polêmica da liberdade, o porte de armas, não tem seu problema na finalidade
essencial de seu instituto, mas nos efeitos colaterais indesejáveis. A priori, a defesa pessoal
é importantíssima, principalmente para os mais fracos, pois é a possibilidade de
nivelamento entre os desafetos.

Apesar disso, o controle emocional e técnico no manuseio de equipamentos bélicos é algo


complexo. Brigas de trânsito, bar, futebol e passionais teriam fins trágicos, além das balas
perdidas que insistem em procurar inocentes.

Por outro lado, com certeza os bandidos teriam mais medo de assaltar e ações afins, pois
saberiam que haveria reação provável. Além disso, a própria polícia, muitas vezes
arrogante, ficaria menos animada em abusar do poder.

Talvez, a solução do impasse esteja no rigor do curso preparatório que daria acesso ao
direito de se portar armas, pois a maioria das pessoas mal sabe dirigir, quem dirá ter a
responsabilidade temerária de usar uma arma de fogo. De qualquer forma, haveria
incidentes não planejados. A questão é saber por quais consequências preferimos pagar.

De todas as polêmicas, o aborto é o tema mais delicado, pois a vida é o bem mais precioso
da humanidade, ainda mais quando falamos de bebês. O instinto de sobrevivência, a
vontade de poder, induz, via de regra, que o animal faça sacrifício por sua cria, apesar de
contradições existentes na própria natureza.

Além das tendências biológicas, os valores sociais e questões de cunho econômico


interferem decisivamente na conveniência de se reproduzir. Para o humano não basta
simplesmente nascer, pois precisamos de muitos cuidados por muitos anos para
sobrevivermos. A dedicação necessária é enorme. Nem todos adultos são capazes.

Aí começam as perguntas: Quem cuidará das crianças indesejadas pelos pais? Como
obrigar os pais a amar os filhos? De quem é a responsabilidade sobre os abandonados?
Quem é contra o aborto está disposto a adotar? Quantas crianças? Como resolver este
problema?

Creio que a melhor solução seria permitir o aborto sob condições bem específicas. Há
muitas propostas e modelos, mas na minha tendência de tentar simplificar ao máximo,
sugiro: Até um mês de atraso menstrual. Ao perceber o atraso, a mulher dirigir-se-ia até o
médico, e constatada a gravidez, o procedimento seria imediato.
Outro ponto crucial do conceito de liberdade é o direito ao culto religioso e à livre
expressão de ideologias. Neste sentido, a Constituição de 1988 é praticamente
irretocável. É imprescindível ao mesmo tempo que o Estado se mantenha laico para que
suas ações tenham critérios objetivos, e não devaneios intersubjetivos.

A liberdade de imprensa é um excelente método de fiscalização do poder público, devendo


ser protegida e incentivada. O oligopólio das concessões de rádio e TV é muito suspeito.
Defendemos a flexibilização dos condicionantes, mas concomitantemente mantemos a
utilidade de programas obrigatórios, como a Voz do Brasil, para dar publicidade a ações
governamentais. Não obstante, é absolutamente necessário se impor limites aos crimes
ideológicos, principalmente a sistemática repetição de informação falsa.

Esquecer padrões internacionais, e procurar soluções dentro da nossa cultura é o método


mais eficiente para a resolução dos nossos problemas jurídicos, pois são interpretações das
ações. Dentro do Sistema Político de Equilíbrio Público e Privado, entendemos que todas as
demandas sociais devem ser regulamentadas e não proibidas. Se houver demanda, o
Estado deve tentar satisfazer. A mediação jurídica na sociedade tem justamente este
propósito. Na dúvida sobre a capacidade do Estado deliberar em assuntos tão delicados,
ainda temos a possibilidade de plebiscito para a adequação da norma aos costumes na sua
mutação.

Colocamos em ênfase a importância do trabalho do primeiro Juiz da Infância do Brasil, José


Cândido de Mello Mattos, autor do Código de Menores, que ficou conhecido com seu nome:
Código Mello Mattos. Este código tem um destaque ímpar por ser um marco em relação à
assistência social, devido às regras de custódia para os infratores juvenis. Em paralelo, as
ações do senhor Mello Mattos ajudaram a Causa Negra, pois naquela época a maioria das
crianças abandonadas eram justamente os filhos de ex-escravas, agora soltas, mas sem
nenhum amparo legal do Estado.

A seguir, trecho da tese de doutorado da nobre Luciana Araújo de Pinheiro, da Casa de


Oswaldo Cruz – FIOCRUZ Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da
Saúde:

"Constituído por 231 artigos, o “Código Mello Mattos” estabelecia, entre outras instâncias,
regras para a intervenção estatal no pátrio poder e pressupostos para imputabilidade penal,
que eximiam menores de até 14 anos de qualquer tipo de processo penal, criavam um
processo especial de julgamento para adolescentes entre 14 e 18 anos e concediam a
liberdade vigiada para casos em que o juiz julgasse menos perigosos. Sob a vigilância do
juiz, que imporia regras de procedimento aos responsáveis, visava-se garantir a
transformação do comportamento da infância criminalizada ou em perigo social, assim
como o das pessoas que dela se incumbiam no seio das famílias, tidas como núcleos
fundamentais para o crescimento de um indivíduo."
https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2015/07/07/criancas-iam-para-a-cadeia-no-br
asil-ate-a-decada-de-1920
Administração

Para se calcular a capacidade de Autossuficiência do Estado Nacional é preciso analisar a


evolução dos gastos federais com Educação, Saúde e Segurança ao longo dos últimos
anos. Os gastos com os setores Essenciais são irrisórios em relação ao PIB, não passando
de 400 bilhões, o que facilita demais a capacidade de Autossuficiência Administrativa do
Estado tal qual sugerimos.
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Vamos elencar os lucros das principais empresas estatais e algumas que já foram
privatizadas. Utilizaremos como referência o ano de 2010 por apresentar condições
favoráveis e supondo uma despesa de 400 bilhões, conforme os gastos com Serviços
Essenciais do Estado mostrados acima.
Estatais
1. Petrobras: 35 bilhões
2. Eletrobras: 2,250 bilhões (estaduais privatizadas)
3. Banco do Brasil: 11,7 bilhões
4. BNDES: 10 bilhões
5. Caixa Econômica: 3,8 bilhões
Já privatizadas
6. Telebrás: lucro médio de 4 bilhões no período estatal (72 a 98), segundo a Fundação
Getúlio Vargas.
7. Vale: 37,8 bilhões
Outro detalhe importante é que faríamos a reestatização das empresas de transmissão e
distribuição de energia elétrica estaduais, também aumentando significativamente a receita
da União. Além disso, com o sistema de gestão correto, a eficiência das Estatais
conseguiria facilmente um percentual acima de 30% do total de lucro estimado. O Estado
também vai atuar através da Embrapa no agronegócio restritamente aos ítens da cesta
básica, como igualmente vai atuar na construção direta de casas populares.
O faturamento do agronegócio em 2010 foi de 250 bilhões, e apenas 10% (25 bilhões)
deste bolo também seria bem útil ao Estado Cooperativo. Na construção civil, neste mesmo
ano, só a MRV lucrou um bilhão. A Companhia Nacional de Construção poderia lucrar mais
10 bilhões facilmente. Vale ressaltar, que conforme Plano de Governo seria investido
grandes somas na indústria automobilística, naval e aeronáutica, tanto no âmbito civil
quanto militar. Estimava-se em 2010, que este setor movimentava 150 bilhões por ano só
no Brasil. 10% deste setor de lucro líquido, já nos acrescentaria 15 bilhões na conta. No
setor naval e a aeronáutico as cifras também iriam girar neste eixo.
Importante frisar ainda que a quantidade de funcionários públicos está bem abaixo da
média, o que possibilita sua duplicação, não apenas aumentando a oferta de cargos, mas
ampliando a rede de atendimento ao público e a margem de lucro. No Brasil, o que deve ser
substituído, é o excessivo número de cargos comissionados do Governo, que precisam ser
tornados efetivos, com o concurso público como critério de provimento.

As empresas estatais de economia mista têm um papel central no nosso Sistema de


Equilíbrio Público e Privado como principal fonte de receita, no intuito de garantir a
gradativa diminuição de impostos, uma vez que estas empresas Estratégicas irão sustentar
os setores Essenciais (saúde, defesa e educação). As Empresas Estatais de Economia
Mista só tiveram prejuízo em épocas de instabilidade política, ou seja, prejuízos que não
tem como causa a qualidade técnica destas empresas. Tendo como parâmetro a concepção
de 6 de Empresas Públicas e 6 Empresas de Economia Mista na Administração Indireta,
obtemos como meta uma média de menos de 40 bilhões de reais por ano e empresa para
sustentar os Setores Essenciais.
A Previdência Social, embora custando aos cofres públicos praticamente um trilhão ao ano,
não se configura como um grande problema pelo fato da Constituição de 1988 ter sido
extremamente precavida em reservar para a Previdência várias fontes de receita. No
entanto, a possibilidade legal de desvincular 30% dos recursos previdenciários das suas
finalidades, nos parece totalmente inadequada. Além disso, basta a geração de empregos
formais, 10 milhões, que a Previdência naturalmente volta a estar superavitária.

O maior problema de custos do Brasil é a sua dívida pública, pois não fazemos nada senão
a rolagem. Poder-se-ia pensar na ideia de uma auditoria da dívida, entretanto, após o
governo Lula ter transformado a dívida externa em interna não restaria muito o que ser
auditado, pois a dívida interna atual teve sua origem na emissão de títulos do Tesouro, o
que impossibilitaria uma auditoria como se faz no empréstimo financeiro. Deste modo, a
única solução para este problema é: plano de desenvolvimento tão bem arquitetado que
possa pagar essa obrigação sem causar transtornos ao bem-estar social.

O desafio teórico e prático da administração pública sempre foi definir o limite de atuação do
Estado perante o particular. No entanto, o nível de interferência do estado na economia e na
vida geral do particular vai depender da própria fisiologia do seu povo e dos costumes
enraizados no seu território. No caso brasileiro tendo em vista a personalidade do Patriarca
colonial, uma Doutrina Administrativa jamais poderá supor escravizar os seus cidadãos,
mas ao contrário, o costume desses homens e sua própria forma de ver o mundo coloca o
estado abaixo de si, da família e de seus camaradas.

O modelo Estado-Nação, ainda hoje, necessita de um intrínseco protecionismo aos


empreendedores nacionais, ou seja, um Sistema Alfandegário eficaz para sua própria
sobrevivência enquanto Soberania Econômica. A geopolítica atual nos obriga nesta postura.
Além disso, é conveniente que o Estado atue nos setores estratégicos prestando serviços
mediante política tarifária.

Historicamente, o Estado se utilizou largamente do modelo tributário, via de regra,


cobrando impostos em contrapartida ao caráter protetor do Estado, no sentido militar
mesmo; ou ainda: impostos como barganha para não atacar inimigos ou povos submissos.
A superação do sistema tributário nos parece mister para entrarmos numa nova Era de
administração do Estado Nacional Moderno. Para isso, um conjunto de ações coordenadas
e cooperativas estatais precisam estar presentes. As Estratégias Macroeconômicas
determinam a potência financeira de funcionamento do Estado por evitar a hegemonia
comercial externa de um lado, e do outro resolver a obtenção de recursos.

Para o sucesso do modelo mercantil é de suma importância o trabalho do corpo diplomático


brasileiro no intuito de abrir mercados para o excedente da produção brasileira. Destacamos
a atuação do Diplomata Eustáquio de Mello Mattos nas tratativas sobre o reconhecimento
da Independência Brasileira. Segundo o trabalho de dissertação do cavalheiro Marcos
Vinicius Correa, pela Universidade de São Paulo:

"Eustáquio Adolfo de Melo Matos nasceu no ano de 1795, em Salvador, na então capitania
da Bahia. Identificou-se que ele era filho de Francisca Maria da Conceição de Carvalho e
Melo e de Eusébio Nunes de Paiva e Matos 109, tendo o mesmo casal quatro outros filhos.
Um deles é Cassiano Espiridião de
Melo Matos, que colaborou na elaboração da Constituição de 1824 e foi membro do
Supremo Tribunal Federal. Os demais são Eliseu Elias, Ivo Prisco e José Gustavo, que
tiveram suas vidas pessoais e profissionais transcorridas
na província da Bahia, não tendo eles ocupado aparentemente cargos na corte do Rio ou no
exterior.
Sobre Francisca Maria da Conceição de Carvalho e Melo, o que foi
possível identificar diante da escassez de fontes é que era filha de Antônia Maria de Mello,
natural de Santo Amaro, na Bahia, e do militar Eusébio José de Carvalho, natural do Porto,
em Portugal. Ela era irmã de Luís José de Carvalho e Melo (visconde de Cachoeira) 110.
Mas não foi possível identificar a
data ou as circunstâncias do seu casamento. Sobre Eusébio Nunes de Paiva e Matos, pai
de Eustáquio, e sobre os irmãos, um dos registros mais recuados que se encontrou
chama-se Termo de Vereação a que se procedeo pelo Edital de tres do corrente para se
lavrar a acta da Independencia do Brasil e Aclamação do Imperador constitucional e seu
Perpetuo Defensor na pessoa do Magnanino Principe o Senhor D. Pedro"
Economia
O principal erro de concepção da redemocratização foi o modelo Neoliberal proposto pelo
Consenso de Washington. O processo começa com Fernando Collor, na venda de 18
Empresas Estatais, e se acentua com a passagem de Ciro Gomes pelo Ministério da
Fazenda no final de 1994, durante o Governo Itamar Franco. Ciro, que hoje alega ser
Nacionalista, fez justamente o oposto: reduziu a alíquota de importação de mais de 400
produtos, gerando efeitos desastrosos.

Além de "quebrar" as empresas nacionais, aumentando exponencialmente o número de


falências simplesmente para alcançar a meta de inflação, o Ministro de 36 anos conseguiu
concomitantemente tornar a Balança Comercial Deficitário com a penetração desenfreada
de produtos estrangeiros. Então no PSDB, Ciro Gomes seguiu a cartilha do sistema
financeiro à risca, tornando o Brasil ainda mais frágil perante as Potências Internacionais.
O segundo erro tático, foi não investir no processo de "Pulverização de Parque Industrial",
pelos municípios brasileiros, como ocorrerá no Ecomilitarismo Mercantil. E pior: não investir
em industrialização nenhuma, desde 1979. O terceiro erro tático, da Política Neoliberal
Periférica, quer dizer, de uma Fisiocracia Exportadora, ao se meter com os Liberais
Centrais, é deixar a Aristocracia Nacional Privada sem o acesso a Bens de Capital Fixo, ou
seja, sem a sua Autonomia Produtiva.
Desde a Revolução de 1930, a Elite Brasileira é atacada por ideologias Internacionais de
igualdade e o oportunismo interno Populista, sem o entendimento de que conforme muito
bem descreve Nietzsche: "Nenhuma sociedade evoluiu senão em Regime Aristocrático".
Antes dele, disse Aristóteles. A Autocracia e a Democracia são excessos e faltas. Por isso,
a manutenção e renovação da nossa Aristocracia depende da evolução educacional geral
do nosso povo, ser em essência intelectual, e assim, promover o verdadeiro
Desenvolvimentismo de uma sociedade saudável: o ser humano.

O período atual é o mais medíocre de toda nossa história, e mostra o total fracasso do
modelo Neoliberal na Macroeconomia. A princípio, os programas sociais do PT alcançaram
o objetivo imediato de diminuir a desigualdade na renda, pois as pessoas marginalizadas
passam a se inserir no sistema econômico.
Outro aspecto positivo no curto prazo foi o aumento do poder de compra do brasileiro:

Entretanto, a Dívida Pública continuou a aumentar sem uma efetiva ação por parte dos
governantes. A Dívida Externa foi simplesmente transformada em Dívida Interna:
No curto prazo, a demanda gerada pelo estímulo ao consumo tem como consequência
temporária o aumento dos postos de trabalho. O desemprego no Governo do PT diminuiu
em relação ao plano de privatizações do FHC dando impressão falsa de Desenvolvimento.
Contraditoriamente, para uma Política protecionista, o PT permitiu a penetração de
importados:

Outra contradição do PT foi fazer menos Reforma Agrária que o PSDB:


Importante ver por número de hectares e não por família assentada como fazem os
Petistas. Motivo óbvio. Muitos esquecem ainda que o Lula fez uma Reforma da Previdência:
1. Homens de 53 para 60
2. Mulheres de 48 para 55
3. Taxação dos inativos em 11%
Lula traiu sua ideologia no primeiro ano de mandato.

As privatizações de Collor e FHC criaram um efeito falso de Superávit Primário, pois a


receita oriunda da venda das estatais e a redução da despesa com pessoal deixa o
indicador instável. Ao longo do tempo, a perda de receita direta das estatais com a
dificuldade de arrecadação tributária fez o setor público decair. Ciro se orgulha do seu maior
superávit primário da história por causa das demissões pelas privatizações.

Outro ponto negativo do Governo PSDB foi o excessivo aumento da taxa básica de juros,
pois tornou o Brasil um paraíso para os rentistas (juros de 2% ao mês) e um inferno para os
trabalhadores (salário mínimo de 100 dólares). Ponto positivo é a redução contínua até o
momento presente da taxa de juros:
A intervenção no câmbio também custou caro:

No período recente, Lula foi apenas o melhor entre os piores:


As políticas públicas devem ter como prioridade a finalização da infraestrutura básica. Por
exemplo, a defasagem brasileira em nossa Malha Ferroviária é algo vergonhoso, e explica o
custo logístico do nosso País. O fracasso deste projeto no Brasil se deu por vários motivos,
sendo o mais provável as constantes sabotagens dos lobbies das montadoras de veículos
automotivos, além da falsa vantagem de geração de emprego para motoristas. O caso é
muito pior pelo fato de não termos, por mais absurdo que pareça, uma sequer indústria
automobilística nacional. A promissora Gurgel teve seus sonhos interrompidos por Ciro
Gomes, quando foi Governador do Ceará.
Para organização territorial da economia nacional, se faz mister a pulverização dos pólos
industriais por todo país, preferencialmente uma fábrica por município, tendo em
consideração as facilidades naturais de cada região.

Na nossa perspectiva, o Estado enquanto instrumento de enriquecimento de seus cidadãos,


deve promover toda a infraestrutura e tecnologia para o particular nacional no
melhoramento da produção logística, armazenamento e venda, tanto para o mercado
interno como externo. Com essa medida, não apenas os produtos dos setores primários
tendem a diminuir seu custo de produção e agregar valor de venda, mas também se
desenvolve a capacidade na autonomia de produção no setor secundário, garantindo assim
a formação técnica da classe média, um melhor desempenho da balança comercial e
independência tecnológica do país.

Geralmente, os Sistemas Políticos têm a doutrina econômica como epicentro dos seus
títulos:

1. Neoliberalismo - Friedman: Inglaterra (Margareth Thatcher);


2. Nacional Desenvolvimentismo - Hamilton: EUA (George Washington);
3. Social Democracia - Keynes: Brasil (Ulisses Guimarães);
4. Nacional Socialismo - Feder: Alemanha (Adolf Hitler);
5. Socialismo Científico - Marx: URSS (Stálin).
A História da Macroeconomia Brasileira pode ser analisada quase em coincidência com os
períodos políticos de transição:

1. Império Brasileiro: 1822 a 1889 - trabalho escravo;


2. República Latifundiária: 1889 a 1930 - trabalho camponês assalariado;
3. Ditadura Trabalhista: 1930 a 1945 - burocratização do regime de empregos;
4. República Democrática: 1945 a 1964 - Desenvolvimentismo;
5. Regime Militar: 1964 a 1985 - economia semi-planificada;
6. República Social Democrática: 1985 até hoje - Neoliberalismo.

Os melhores Presidentes Brasileiros em termos Macroeconômicos:

1. Marechal Deodoro da Fonseca - Política do Encilhamento;


2. Epitácio Pessoa - Investimento após a Primeira Guerra;
3. General Eurico Gaspar Dutra - investimento após Segunda Guerra;
4. Juscelino Kubitschek - Construção de Brasília;
5. General Garrastazu Médici - Estatização da Telebrás.
Liberdade

Para o Regime Liberal, o primeiro passo é superar o sistema tributário e gradativamente o


transformar em tarifário, garantindo a maior liberdade do regime sobre renda e bens:
imposto zero. O brasileiro trabalha 150 dias por ano só para pagar tributos, e portanto, o
custo atrapalha muito o lucro, a liberdade e o desenvolvimento.

Inicialmente, pretendemos acabar com os impostos sobre o consumo, sem contudo


aumentar impostos sobre patrimônio ou renda. Também somos contra a progressividade do
imposto por desmerecer a ambição dos agentes econômicos.
A origem do Estado se encontra na reunião de Patriarcas em prol de um Governo comum.
O Estado não é um ser alienígena ou abstrato, mas formado pelos seus próprios cidadãos.
A legitimidade de um Principado ou República dependerá da forma como o Estado foi
constituído. Mesmo numa sociedade escravocrata há uma ética entre os cidadãos, ou seja,
o Estado será apenas relativamente ilegítimo. De qualquer forma não há uma oposição
entre particulares e Estado, mas uma relação de todo e parte. O Estado é uma parte da
Sociedade, que por sua vez é o grupo humano organizado. Ao contrário do pensam os
totalitaristas, o particular não está contido no Estado, mas na Sociedade. A Administração
Pública Direta e Indireta são instrumentos para a consecução das funções necessárias à
organização social. A Função do Estado, no nosso modelo, é ser um instrumento do povo
para promoção da proteção e riqueza.

A grande vantagem do Desenvolvimentismo na parceria com a iniciativa privada é


possibilitar a autonomia produtiva dos particulares, de modo que o país como um todo se
torna muito mais competitivo, mesmo que eventualmente, o IDH médio seja baixo.
Entretanto, apesar de não haver diferença estatística substancial que determine a
superioridade absoluta do modelo liberal ou social, na Social Democracia cidadão é mais
dependente do Estado. No regime liberal, os meios de produção e os bens de capital se
encontram ambos sem restrição entre particulares e Estado, mas no nosso modelo as
ações públicas se limitam aos setores estratégicos e essenciais. Permite nos setores de
luxo a total liberdade, inclusive especulativa sobre a comercialização dos produtos,
formando particulares ricos.
Assim, é importante perceber que não é a quantidade de tributos o principal componente
para o desenvolvimento de um país, mas a capacidade de fazer estes recursos retornarem
ao contribuinte. A social democracia, por exemplo, embora seja mais tributária e alcance um
IDH melhor que o liberal desenvolvimentismo, não consegue transformar estes valores em
Bem-estar com a mesma eficiência.
Mais uma forma de fortalecimento da iniciativa privada é a coordenação do Estado na
criação e fomento de Cooperativas, pois evitam a concorrência entre os agentes de um
setor produtivo e os reúne em ações conjuntas para o benefício comum dos seus
integrantes. Este tipo de associação parece extremamente eficiente nos setores de
hotelaria, gastronomia, artes e transportes particulares, mas no exterior é amplamente
usado, inclusive no setor financeiro, para fugir dos juros altos dos bancos.

"A revista Expressão do Cooperativismo Gaúcho 2017, produzida pelo Sistema Ocergs-Sescoop/RS foi lançada neste mês de
junho com vários dados interessantes e atualizados. Selecionamos alguns números para você conhecer os resultados do
cooperativismo no país e no mundo! Confira:
● No mundo, somos a principal fonte de renda de mais de 1 bilhão de pessoas.
● Se as 300 maiores cooperativas do mundo fossem um país, elas seriam a 6ª maior economia do mundo, com um
PIB de US$ 2,53 bilhões.
● No mundo, 1 em cada 7 pessoas está associada a uma cooperativa.
● No Brasil, 51,6 milhões de pessoas são beneficiadas direta ou indiretamente pelo cooperativismo.
● Em 564 municípios brasileiros, as cooperativas de crédito são as únicas instituições financeiras locais.
● 807 municípios são atendidos por cooperativas de eletrificação no país.
● 428 milhões de toneladas de cargas são transportadas anualmente por cooperativas.
● 48% de toda a produção agrícola brasileira passa de alguma maneira por uma cooperativa agropecuária.
● 38% dos brasileiros com assistência médica são atendidos por cooperativas de saúde.
● As cooperativas de táxi transportam cerca de 2 bilhões de passageiros por ano, com média 5,5 mil pessoas por dia.
● No Brasil, 372 mil empregos são gerados pelas cooperativas.
● US$ 5,137 bilhões é o volume de recursos movimentados pelas exportações realizadas por 240 cooperativas
brasileiras a 147 países."
https://geracaocooperacao.com.br/numero-do-cooperativismo-no-brasil-e-no-mundo/

Talvez, a História tenha sido injusta com os Nobres Latifundiários Abolicionistas da


República Velha. Junto com a vanguarda militar, os abolicionistas fizeram em pouco tempo,
reformas sociais extremamente relevantes na estrutura do país.

1. deixou de ser Escravista;


2. tornou-se uma República.

Em 1922, pouco mais de 30 anos depois, o Brasileiro apresentava um projeto de país e


identidade estética, expandindo um tipo de Educação bem superior, crítica, natural,
moderna, do cotidiano. Para a Elite Abolicionista, a partir de 1888, Negros, Índios e
Brancos poderiam gozar livres da abundância das terras tropicais como exportadores
agrícolas, o Brasil tinha ainda terras "sobrando" e a posse era permitida.

Para aquela geração, foi feito muito, não? Não teria Getúlio Vargas se precipitado ao dar o
Golpe? Logo depois da crise de 1929? Contra Republicanos e Abolicionistas que haviam se
revezado no poder? Há apenas 41 anos da Proclamação da República? Minas e São Paulo
já tinham o maior quantitativo populacional, e por isso, venciam sempre. Getúlio Vargas
interrompeu o revezamento no poder entre os fidalgos brasileiros, e nossa frágil Democracia
Republicana se perdeu.

Inegável o desenvolvimento do Brasil na época de Getúlio, mas como um colosso não se


desenvolveria? Além do potencial agropecuário, petróleo e eletricidade. Forças Armadas
que ainda tinham poder remanescente do Império. Território vastíssimo! Então, por via das
armas, o único Ditador do Brasil implementou a burocratização do Estado Brasileiro, e a
Tecnocracia tomou conta da estrutura administrativa do país. O Brasil que pensava em ser
Crítico, se tornou técnico. Weber venceu a Semana Artística de 22.

Getúlio fez o que Hermes da Fonseca não conseguiu, na "Política das Salvações", apesar
de ter vencido as eleições de Rui Barbosa. Eles queriam enfraquecer a Aristocracia
Paulista. Centralizar o poder. Entretanto, no tempo de Hermes, o poder bélico dos
Fazendeiros "Coronéis" era forte demais, e a Elite Brasileira, com todo seu armamento e
soldados particulares, ainda era temida, inclusive internacionalmente. Com o golpe de
Getúlio, os jagunços foram trabalhar na construção civil, os Aristocratas Paulistas foram
golpeados, e começamos a ficar vulneráveis à Burguesia Americana.

A República Velha foi o melhor período na minha opinião. Revezamento no poder e


conquistas sociais graduais, no brasileiro idealizado pela Semana de Arte Moderna de
1922, que incentivava o cidadão integral, sem o profissionalismo dado pelo Estado Novo,
ao estilo URSS e muito pouco Tropicalista. Nilo Peçanha, negro, foi Presidente na
República Velha sem a necessidade de cotas ou algo do gênero. O Brasil foi uma promessa
perdida com o golpe de 30. Um retrocesso. Um desvio. A parte ruim do Positivismo, tirou o
Brasil do "Transcendentalismo Crítico" que então se formava.

Observem a excelente performance da República Velha no quesito: Bens de Capital. Na


República Velha, quando a Aristocracia Paulista e Mineira eram ainda esplendorosas, o
Brasil não estava à mercê dos bens da burguesia americana.
Destacamos a participação da Coluna Mello Mattos, na resistência contra as forças
golpistas de Getúlio Vargas, pois naquele momento, os nobres brasileiros estavam privados
até mesmo de uma Constituição. Um Regime extremamente Autoritário não visto sequer
nos tempos do Império, que precisava ser combatido e infelizmente não foi vencido
rapidamente.

Cristovão Colombo de Mello Mattos, filho de Carlos Esperidião de Mello Mattos e Maria
Cristália de Albuquerque de Mello Mattos nasceu em 17 de fevereiro de 1873 no estado de
Minas Gerais. Foi admitido no Exército Brasileiro como soldado em 1890. Por bom
desempenho nas suas funções, foi admitido na Escola Militar da Praia Vermelha de onde
saiu com o posto de Alferes da Arma de Cavalaria em 01 de março de 1901. Promovido a
segundo-tenente em 1907 e a primeiro-tenente no ano seguinte. A capitão em 1917 e a
major em 1920. Em 1923 atinge o posto de tenente-coronel. Serviu, entre outras unidades,
no 2º Regimento de Cavalaria, Corpo de Alunos da Escola Militar do Realengo, 9º
Regimento de Cavalaria e ainda comandou o 5º Corpo de Trem da 3ª Região Militar.

O coronel Mello Mattos comandou a Coluna Mello Mattos composta pelas seguintes
unidades: Companhia Isolada do Exército de Santo Amaro, Batalhão Ferragista, Guarnição
do Forte de Itaipú e homens do Tiro Naval de Santos.
"Núcleo MMDC de Santo Amaro"
http://mmdcstoamaro.blogspot.com/2016/02/coronel-mello-mattos-cristovao-colombo.html

Coronel Mello Mattos e Hermínia Scuvero


Soberania

Nossa Soberania atual é herança de toda a glória que teve o Império Português.
Inicialmente, nosso principal aliado foi a Espanha, com o interesse de intermediação por
meio terrestre dos produtos trazidos por Portugal via marítima. Com o passar do tempo, em
parte por ser um mercado consumidor próximo, em outra pelos portugueses temerem uma
anexação de Espanha, Inglaterra e Portugal vão estreitando laços, e França e Espanha
fazem o mesmo. A tensão chega no seu punctum saliens durante a Guerra Fantástica, em
que o ataque espanhol é repelido extraordinariamente pelas tropas luso-inglesas,
destacando a disciplina tática de nossos soldados.

Hoje, vigora a aliança entre brasileiros e estadunidenses por causa destas antigas batalhas
em que portugueses e ingleses lutaram lado a lado. No entanto, o equilíbrio de poder foi
perdido em desfavor do Brasil a partir de 1945, quando a bomba atômica fez nossas tropas
se acovardar. O golpe de misericórdia veio em 1964, quando João Goulart se recusa a
bombardear os traidores da Constituição e abandona os militares legalistas para serem
perseguidos pelos autoritários. O Brigadeiro Rui Moreira realizou vários voos rasantes sobre
as tropas golpistas esperando autorização de ataque do Presidente que não veio.

Foto do Brigadeiro Rui Moreira

O equilíbrio das forças militares e os interesses de cada governo é um jogo extremamente


delicado. Além de ter sua própria força, um Governo Soberano precisa de uma série de
alianças inteligentes para ter maior segurança. Assim, os países aproveitam para fazer
pactos comerciais, que supõem uma possível parceria até mesmo num conflito bélico e se
beneficiam mutuamente com produtos naturalmente ausentes em sua própria economia.
Não obstante, estes múltiplos acordos não são equalizados. Ao contrário, muitas vezes os
tratados comerciais são exigências de um pós-guerra, uma imposição dos vencedores para
evitar consequências mais graves.

Ranking Militar

Desde o Renascimento Comercial, cada Estado-Nação Hegemônico impõe seu modelo


econômico durante o período de ascensão e queda do seu poder. A Aristocracia unida aos
Burgueses renovou vários tipos de Capitalismo:
1. Portugal, Mercantil
2. Espanha, Metalismo
3. Países Baixos, Especulativo
4. Inglaterra, Industrial
5. EUA, Fiduciário

E todas estas Potências não utilizaram o Estado para dar oportunidade igual a todos de se
desenvolver. Ao contrário, o Estado sempre foi o braço armado da Burguesia para poder
ampliar seus negócios no Globo. Monopolizar as rotas, portos, recursos e povos através do
Imperialismo. Quase todos os países já foram invadidos ou atacados pela Inglaterra. Eis o
"segredo" da riqueza. Foram justamente as grandes potências militares que abriram os
maiores mercados.

O Doutor Enéas Carneiro estava totalmente correto ao afirmar que o Brasil precisava
controlar a energia nuclear, pois foi justamente a tecnologia da bomba atômica que deu aos
EUA a hegemonia do Globo e a ascensão do Capitalismo Fiduciário. O Brasil, depois da
queda do Império, perdeu muitas posições no ranking militar mundial. Podemos atribuir isso
à política de Vargas ao perseguir e desarmar as milícias privadas da Aristocracia Brasileira.
Latifundiários armados, com conhecimento do território e defendendo suas próprias terras e
famílias são muito eficientes em criar resistência contra forças estrangeiras.

Países que já foram atacados pela Inglaterra

O jogo de forças é tão complicado que as potências mais perigosas também são muitas
vezes os maiores parceiros comerciais de um país. Entre os 10 maiores colaboradores com
o Brasil temos 5 países com grande poderio bélico. Na nossa opinião, o mais importante de
todos é a Argentina, país cuja aproximação conosco deve ser cada vez mais estreita, não
apenas pela vizinhança, mas também pela ascendência cultural e semelhança idiomática.

O Brasil não poderia estar abaixo do segundo lugar em nenhum ranking relativo a
militarismo ou economia. Nossas condições climáticas são muito favoráveis. Os únicos
países que são páreo para o Brasil estão em posição menos vantajosa no globo. Os EUA,
por exemplo, estão praticamente inteiros após o trópico de câncer. A Rússia é o próprio pólo
norte. Índia e China têm problemas graves com superpopulação. Os outros países da
imagem, em especial os que têm o PIB menor, podem ser parceiros muito úteis na
mudança do centro de gravidade na Geopolítica Atual.

É óbvio que precisamos resgatar nossa honra ancestral. Havia um tempo em que os outros
povos europeus nos marcavam com a alcunha de "Soberbos". Quando nós, brasileiros,
seremos chamados de "Impávidos"? Todas as ferramentas abundam ao nosso alcance,
mas o que ainda falta para que o colosso se ponha a marchar? Precisamos lembrar que
nossa herança está na ousadia e elegância da nossa ascendência em conseguir
estabelecer uma estrutura de comando eficiente.

Tal qual houve um rompimento entre Brasil e Portugal, quando este, apesar dos benefícios
mútuos da integração, não reconheceu que o Brasil fosse maior, será necessário um
afastamento entre Brasil e Estados Unidos. Desde a queda do Império Brasileiro, o país
vem perdendo gradativamente seu potencial bélico, sendo o auge disto (ou fundo do poço)
em 1945, quando a bomba atômica desequilibrou totalmente os vetores de poder.

A partir daí, o Brasil está colocado como mais um dos países da zona de influência
norte-americana no Globo. A prova máxima da interferência externa sobre os nossos
interesses internos se dá em 1964,com o golpe contra João Goulart e a operação "Brother
Sam". Recentemente tivemos a oportunidade de testemunhar o serviço de inteligência
norte-americano espionando nossas empresas estatais, em especial a Petrobras. Somos
enfáticos em afirmar que o Brasil deve imediatamente deixar de ser "small brother'' dos
Estados Unidos.

Defender a Amazônia parece ser a prioridade de qualquer governo brasileiro de hoje em


diante, não apenas pela importância ecológica da região, mas principalmente pela
importância econômica e para garantir a soberania na região. Evitar que os países
desenvolvidos continuem a ditar regras ou sugestões sobre o que devemos fazer com
nosso território é mister. Para começar devemos recusar qualquer auxílio de países
estrangeiros em relação à Amazônia.

Como patriotas, lembramos de Cassiano Espiridião de Mello Mattos é um dos heróis


esquecidos da Independência do Brasil. No momento em que os interesses etnocêntricos e
os interesses patrióticos se colocaram em divergência, Cassiano de Melo Matos soube se
posicionar historicamente. No momento propício durante o processo de independência
Cassiano ajudou a formar uma junta governativa enfrentando aqueles que eram
radicalmente contra a causa.

"Um dos envolvidos nesses imbróglios foi Cassiano Espiridião de Melo e Matos. Natural da
Bahia, formado em leis em Coimbra em 1819, retornou ao Brasil, sendo despachado como
juiz de fora de Ouro Preto. Assim, à medida que o movimento de 1821 tomava conta das
principais regiões do Brasil, Cassiano Espiridião assumiu uma postura favorável à formação
de uma junta governativa, em oposição ao capitão-general Manoel de Portugal e Castro,
que acusava essa tentativa de ser um tumulto organizado por “revolucionários,
amotinadores da tropa e do povo”, que desejavam a “independência absoluta da província
de Minas Gerais”, tendo ele tomado providências imediatas para sufocar a rebelião. Em
carta ao redator da Gazeta do Rio de Janeiro, nossa personagem fazia críticas à atitude
anticonstitucional de seu redator, ressaltando que os governos provisórios não tinham sido
instalados com o único fim “de fazerem jurar a Constituição e mandarem deputados às
Cortes”; visavam a outros objetivos, “talvez ainda mais precisos [sic] fins”, como o de
“extirpar abusos, extinguir despotismos, tirar o bastão aos generais e umas fardas bonitas e
fazê-los vestir conformemente com os povos”. Dessa forma, evidenciava-se que Cassiano
Espiridião era partidário do constitucionalismo português, vendo no sistema colonial apenas
uma opressão do Antigo Regime."

https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2236-46332020000200402&script=sci_arttext
Não somos americanos, mas colombianos.

Não estamos na América do Sul, mas na Cabrália!

Não somos brasileiros, mas Brasilianos.

Saudações Patrióticas!
Douglas de Marcos Rabelo Mello Mattos

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