BOLETIM OFICIAL
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ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS:
Aprova a minuta de Convenção de Estabelecimento a ser celebrado entre o Estado de Cabo Verde e a Imobiliária Turística
de Salamansa - ITS S.A. .......................................................................................................................................... 1290
Aprova a minuta da Convenção de Estabelecimento a celebrar entre o Estado de Cabo Verde e a TRG Praia, Sociedade
Unipessoal S.A. ........................................................................................................................................................ 1296
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Entrada em vigor
––––––
O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
Decreto regulamentar nº 6/2017 da sua publicação.
de 10 de novembro
Aprovado em Conselho de Ministros do dia 27 de
Pelo Decreto-lei n.º 47/2016, de 27 de setembro, o setembro de 2017.
Governo aprovou a estrutura, organização e normas José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino
de funcionamento do Ministério da Justiça e Trabalho Garcia Correia - Janine Tatiana Santos Lélis
(MJT). Esse mesmo diploma determina que através de
legislação regulamentar se estabeleceriam os diplomas Promulgado em 6 de navembro de 2017
orgânicos dos serviços internos nele previstos. Com o
Publique-se.
presente Decreto-regulamentar pretende-se, exatamente,
dar concretização prática a esse desiderato. O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
ALMEIDA FONSECA
O presente diploma orgânico dos estabelecimentos
prisionais deve-se a duas ordens de razões: primeiro, devido ANEXO
à inexistência de um diploma do género, que organize e
(A que se refere o artigo 1.º)
estruture os serviços prisionais e defina as atribuições
e competências dos seus órgãos e serviços; segundo, em ORGÂNICA DOS ESTABELECIMENTOS
virtude do aumento exponencial da população prisional, o PRISIONAIS DE CABO VERDE
que justifica, perfeitamente, a criação de uma nova cadeia
CAPÍTULO I
central, a par de uma melhor organização dos serviços
prisionais, no seu todo. OBJETO, DIREÇÃO E MISSÃO
As cadeias, quaisquer que elas sejam, são dirigidas Artigo 1.º
por um diretor que será substituído, nas suas faltas Objeto
ausências ou impedimentos, nos precisos termos previstos
no diploma. As cadeias centrais passam a ser dotadas de A presente orgânica estabelece a estrutura, a organização
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duas categorias de órgãos: um conselho consultivo para e as normas de funcionamento dos Estabelecimentos
os assuntos prisionais e reinserção social e um conselho Prisionais de Cabo Verde.
técnico do estabelecimento prisional. Além disso, passam Artigo 2.º
a ter um total de cinco áreas de atuação, cada uma com Direção
as suas atribuições, bem definidas no diploma. Quanto às
cadeias regionais, estas serão dotadas de apenas três áreas Os Estabelecimentos Prisionais constituem serviços de
de atuação, correspondente aos serviços respetivos, cujas base territorial da Direção-Geral dos Serviços Penitenciários
atribuições também se encontram descritas no diploma. e Reinserção Social e são dirigidos por diretores de serviço,
providos nos termos da lei.
Mais ainda, atenção particular é dispensada, por
Artigo 3.º
imposição do diploma, às auditorias e inspeções que, de
forma ordinária, devem ser efetuadas aos estabelecimentos Missão
prisionais, sem prejuízo e em circunstâncias muito especiais,
Os Estabelecimentos Prisionais têm por missão executar
poder-se providenciar medidas extraordinárias do género.
as decisões dos Tribunais de acordo com as finalidades
Assim, das penas.
Artigo 4.º
Ao abrigo do disposto no artigo 26.º do Decreto-lei n.º 47/2016,
de 27 de setembro; e Regulamento interno
No uso da faculdade conferida pela alínea b) do artigo 205.º Cada estabelecimento prisional é dotado do respetivo
e pela alínea b) do n.º 2 do artigo 264.ºda Constituição, o regulamento interno, aprovado por Portaria do membro
Governo decreta o seguinte: do Governo responsável pela área da Justiça.
Artigo 1.º CAPÍTULO II
Aprovação CLASSIFICAÇÃO, NATUREZA E ESTRUTURA
ORGÂNICA
É aprovada a Orgânica dos Estabelecimentos Prisionais
de Cabo Verde, anexo ao presente diploma, do qual faz Secção I
parte integrante e que baixa assinada pela Ministra da Classificação e Natureza dos Estabelecimentos Prisionais
Justiça e Trabalho.
Artigo 5.º
Artigo 2.º
Definição
Revogação
A estrutura orgânica é definida em função da natureza
É revogada toda a legislação que contrarie as disposições dos Estabelecimentos Prisionais, conforme forem Cadeias
do presente diploma. Centrais ou Regionais.
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3. O Diretor Adjunto exerce as competências que lhe indulto ou quando solicitado pelo tribunal competente
forem delegadas pelo Diretor. para a execução de penas, pelo Ministério Público ou por
outra entidade judicial.
4. O Diretor Adjunto é provido em regime comissão de
serviço, nos termos previstos na lei aplicável. Artigo 16.º
Áreas de atividade dos Estabelecimentos Prisionais
Secção III
A gestão dos Estabelecimentos Prisionais desenvolve-se
Estrutura Orgânica
nas seguintes áreas de atividade:
Artigo 13.º
a) A área Administrativa, que compreende a gestão dos
Designação recursos humanos, financeiros e patrimoniais,
dos processos dos reclusos e a gestão e exploração
São órgãos do Estabelecimento Prisional: das unidades produtivas e oficinais e articula-
a) O Conselho Consultivo para Assuntos Prisionais se, diretamente com o Serviço de Gestão dos
e Reinserção Social; Estabelecimentos Prisionais e com o Serviço
de Execução das Sentenças e de Segurança
b) O Conselho Técnico do estabelecimento prisional. Prisional do Diretor Geral dos Serviços Prisionais
e Reinserção Social;
Artigo 14.º
b) A área de Execução das Penas, que abrange a
Conselho Consultivo para Assuntos Prisionais e Reinserção
Social organização, gestão e desenvolvimento dos
procedimentos relativos à execução, fiscalização
1. O Conselho Consultivo para Assuntos Prisionais e e controlo das penas e medidas privativas da
Reinserção Social, adiante designado por CCAPRS, é o liberdade e a ação disciplinar e articula-se
órgão de consulta e apoio técnico do Diretor da Cadeia, no diretamente com o Serviço de Execução das
exercício das suas competências em matéria de execução Sentenças e de Segurança Prisional do Diretor
de penas, tratamento prisional e reinserção social dos Geral dos Serviços Prisionais e Reinserção Social;
jovens e adultos.
c) A área do Serviço Social Prisional, que envolve a
2. O CCAPRS é presidido pelo Diretor da Cadeia e execução de programas e atividades nos domínios
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constituído pelo Diretor Adjunto e pelos seguintes membros: da formação escolar e profissional, do trabalho
e da atividade ocupacional, sociocultural e
a) Coordenador do Serviço Social Prisional; desportivo, bem como a ligação com a comunidade,
visando a reintegração social do recluso. Esta
b) Coordenador da área de execução de pena;
área trabalha diretamente sob a dependência
c) Chefe de Segurança Prisional; e do Serviço de Reintegração Social e Execução
de Medidas socioeducativas do Diretor Geral
d) Responsável dos Serviços Clínicos. dos Serviços Prisionais e Reinserção Social;
3. Sem prejuízo do disposto no número anterior, d) A área de Serviços Clínicos, que visa a programação
qualquer Funcionário do Estabelecimento Prisional pode de tratamento e a prestação dos cuidados de
ser convidado, pelo Diretor da Cadeia, a participar nas saúde do recluso e executa as suas ações em
reuniões do CCAPRS, em razão do contributo que possa estreita colaboração com os serviços de saúde
dar no âmbito do assunto a tratar. das Delegacias e/ou Centros de Saúde; e
4. As normas do funcionamento do CCAPRS devem ser e) A área de Segurança Prisional que garante a ordem
definidas por Portaria do membro do Governo responsável e a segurança no estabelecimento prisional e
pela área da Justiça, mediante proposta do Diretor Geral a escolta dos reclusos no decurso das saídas,
dos Serviços Prisionais e Reinserção Social. compreendendo, igualmente a organização do
serviço do pessoal do Corpo dos Agentes da
Artigo 15.º
Segurança Prisional, a atividade operacional
Conselho Técnico e a logística e articula-se diretamente com o
Serviço de Execução das Sentenças e de Segurança
1. O Conselho Técnico, adiante designado por CT, é Prisional do Diretor Geral dos Serviços Prisionais
composto pelo Diretor do Estabelecimento Prisional, que e Reinserção Social.
preside, pelo Diretor adjunto e pelos seguintes membros:
Artigo 17.º
a) Chefe de Segurança Prisional; Atribuições da área de Administração e Gestão das Unidades
Produtivas e Oficinais
b) Coordenador do Serviço Social;
1. São atribuições da área de Administração, entre
c) Responsável dos Serviços Clínicos; e outras, as seguintes:
d) Coordenador da área de execução de pena. a) Assegurar a execução de todos os procedimentos
referentes à administração de pessoal, designadamente
2. Compete ao CT emitir pareceres para a concessão de os relativos aos processos, ao controlo e registo
licença de curta duração, liberdade laboral e condicional, de assiduidade dos funcionários;
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c) Instruir os processos administrativos que devam 2. A área financeira é coordenada por um técnico que
ser submetidos a despacho superior; depende hierarquicamente do Diretor Adjunto.
i) Executar demais tarefas superiormente atribuídas; d) Proceder à gestão dos stocks, em consonância com
critérios definidos, e ao controlo das existências
2. A área Administrativa é coordenada por um Técnico, em armazéns;
provido nos termos da lei, que depende hierarquicamente
do Diretor Adjunto. e) Promover a organização dos bens armazenados;
c) Zelar pelo controlo e segurança das disponibilidades i) Estabelecer normas de funcionamento dos
em cofre, promovendo verificações regulares; equipamentos e instalações e assegurar a sua
execução e fiscalização;
d) Liquidar, cobrar e manter atualizado o registo das
receitas próprias do estabelecimento prisional; j) Assegurar os trabalhos de manutenção e conservação
das instalações com recurso preferencial à
e) Depositar, mensalmente o valor da receita própria utilização de mão-de-obra reclusa;
arrecadada na conta do Cofre Geral da Justiça,
deixando apenas o valor correspondente ao fundo k) Assegurar a receção dos bens e serviços adquiridos,
de maneio de acordo com lei; procedendo à respetiva conferência no que diz
respeito à qualidade e quantidade dos fornecimentos,
f) Promover o fluxo da receita arrecadada de acordo bem como à verificação do cumprimento das
com as indicações recebidas dos serviços centrais; condições contratualizadas;
g) Processar as gratificações aos reclusos, nos termos l) Manter atualizada a informação relativa aos contratos
legalmente definidos; em vigor no estabelecimento prisional;
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r) Propor à Direção do estabelecimento prisional os f) Notificar os reclusos das decisões e despachos dos
preços a praticar na venda dos bens da cantina Tribunais e de outras entidades;
do estabelecimento prisional; g) Agendar e emitir guias para apresentação em
s) Administrar as Unidades Produtivas; Tribunal, Polícia Judiciária ou da Polícia Nacional,
hospitais e outras entidades;
t) Administrar e explorar as Oficinas de carpintaria,
marcenaria, mecânica e artesanato, existentes h) Organizar os processos de indulto, de licença precária,
no Estabelecimento Prisional; de colocação em regime aberto voltado para o
interior e em liberdade laboral e condicional;
u) Propor o valor a cobrar na venda de bens e serviços
das Unidades Produtivas e Oficinais; i) Manter organizados os arquivos relativos aos
processos individuais de ex-reclusos;
v)Assegurar o cumprimento dos protocolos elaborados
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1. A coordenação da área de gestão das Unidades m) O mais que lhe for atribuído por lei ou superiormente.
Produtivas e Oficinais é feita por um Técnico, provido 2. O Serviço é coordenado por um técnico, provido nos
nos termos da lei, que depende hierarquicamente do termos da lei, que depende hierarquicamente do Diretor.
Diretor Adjunto.
Artigo 22.º
2. O gestor das Unidades Produtivas e Oficinais é
Atribuições do Serviço da área Social Prisional
responsável por todas as atividades produtivas e oficinais
dentro das Cadeias, assim como, pelo serviço de vagomestria 1. Compete ao serviço da área Social Prisional o seguinte:
nas Cadeias.
a) No domínio da reinserção social, efetuar os
3. Todo e qualquer processo que envolva meios monetários procedimentos de avaliação do recluso, após
deve ser administrado em parceria com a área financeira. a sua entrada no estabelecimento prisional,
4. O responsável pelo armazém nunca deve ser o em articulação com os demais serviços do
vagomestre. Estabelecimento;
Artigo 21.º b) No domínio da área prisional o seguinte:
Atribuições do serviço da área de Execução das Penas i. Identificar e prestar apoio na resolução de
1. São atribuições do Serviço da área de Execução das problemas pessoais, familiares e profissionais
Penas entre outras, as seguintes: urgentes;
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em colaboração com o Serviço de Reintegração 2. O Serviço é coordenado por um Técnico, provido nos
Social e Execução de Medidas socioeducativas termos da lei. que depende hierarquicamente do Diretor
e outras entidades; do Serviço de Reintegração Social e Execução de Medidas
Socioeducativas da DGSPRS.
iii. Executar os procedimentos de programação,
monitorização e de avaliação da execução da pena; Artigo 23.º
iv. Elaborar, monitorizar e avaliar o Plano Individual Atribuições do serviço da área clínica
de Readaptação, realizando à sua atualização
1. São atribuições do serviço da área clinica, no domínio
sempre que se revele necessário;
da prestação de cuidados de saúde, em articulação com
v. Elaborar Pareceres e Relatórios Sociais no âmbito o Serviço Nacional de Saúde, entre outras, as seguintes:
da concessão de medidas de flexibilização da
pena, em colaboração com a Equipa de Reinserção a) Proceder à observação médica dos reclusos;
Social dos serviços centrais;
b) Solicitar a realização de exames de rotina e outros
vi. Elaborar Pareceres e Relatórios no âmbito de exames complementares de diagnóstico;
saídas administrativas e contactos com o exterior;
c) Assegurar a realização do acompanhamento médico
vii. Elaborar Relatórios para instrução de pedidos individual dos reclusos;
de indulto;
d) Proceder à intervenção específica na área da
viii. Emitir outros Pareceres e Relatórios, legalmente psicologia;
exigidos ou superiormente solicitados;
e) Organizar e dinamizar grupos terapêuticos;
ix. Proceder ao levantamento e caracterização das
necessidades de educação e formação escolar f) Encaminhar os reclusos para consultas de especialidade
e profissional, tendo em vista a elaboração e ou internamento hospitalar sempre que tal se
aprovação dos planos anuais de formação em justifique;
estreita colaboração e articulação com o IEFP;
g) Proceder à indicação clínica sobre regime alimentar,
x. Conceber projetos e programas de educação
prática desportiva, prática laboral e formação
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1. O serviço da área de Segurança Prisional possui, 1. São atribuições da Unidade de Apoio, designadamente,
designadamente, as seguintes atribuições: as seguintes:
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Compete aos Diretores das Cadeias Regionais orientar e d) Efetuar dinâmicas de grupo com grupos específicos;
coordenar os serviços, designadamente os de Segurança e os e) Promover e dinamizar atividades de ocupação de
da Área de Administração e Apoio Geral e, nomeadamente: tempos livres;
a) Representar o Estabelecimento Prisional; f) Manter atualizadas e organizadas as Fichas de
b) Dar as instruções e as ordens de serviço julgadas acolhimento e acompanhamento de cada recluso;
convenientes; g) Manter atualizados todos os dados e dossiê dos
c) Exercer o poder disciplinar sobre os funcionários do reclusos em liberdade condicional, laboral e
Estabelecimento Prisional, nos termos da Lei; licença precária;
d) Aplicar as medidas disciplinares aos reclusos que h) Elaborar Projetos e Programas de ocupação laboral
por lei lhe competirem; e socioeducativas, desportivas e culturais;
e) Distribuir, em concertação com o Sector de i) Prestar assessoria técnica aos Tribunais na tomada
Segurança, o pessoal pelos diversos serviços de decisão no âmbito do processo penal, sempre
do Estabelecimento Prisional; e que solicitada pelos Tribunais e outras entidades
judiciais;
f) O mais que lhe for cometido por lei ou superiormente
determinado. j) Acompanhar os reclusos em liberdade condicional
e laboral;
Secção II
Estrutura orgânica das Cadeias Regionais k) Prestar assessoria técnica aos Tribunais no Âmbito
Tutelar Socioeducativa;
Artigo 29.º
Serviços das Cadeias Regionais l) Prestar assessoria técnica aos Tribunais no âmbito
das Penas e medidas não privativas de liberdade.
1. As Cadeias Regionais compreendem os seguintes
m) Executar e acompanhar as penas e medidas não
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serviços:
privativas de liberdade; e
a) Área de Administração e Apoio Geral;
n) Elaborar e apresentar Plano e Relatório de atividades
b) Área de Serviço Social e Serviço Clínico; trimestral e anualmente à DGGPRS.
c) Área de Segurança Prisional. CAPÍTULO IV
2. A coordenação da área referida na alínea a) do número DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
anterior é assegurada pelo Diretor.
Artigo 32.º
3. A Coordenação da área do Serviço Social e Serviço
Regime de funcionamento
Clínico é assegurada por um Técnico Superior designado
pela Direção Geral de Serviços Prisionais e Reintegração No exercício das suas competências, os órgãos e os
Social, mediante proposta da Direção de Serviço de funcionários que assegurem a coordenação de serviços
Reintegração Social e Execução de Medidas socioeducativas. do estabelecimento prisional devem:
4. A área de Segurança Prisional é chefiada por um a) Promover a cooperação mútua e o fortalecimento
elemento do Corpo dos Agentes de Segurança Prisional institucional e administrativo na busca de soluções
designado pelo Diretor Geral, integrado nas categorias para a uniformização e a melhoria das condições
de Chefe ou Subchefe prisional. de reclusão e de reinserção social, tendo em
Artigo 30.º atenção os princípios da interdisciplinaridade,
da ética e do respeito pela dignidade humana;
Atribuições do Serviço de Segurança Prisional
b) Colaborar de forma pró-ativa no desenvolvimento
Compete ao Serviço de Segurança Prisional realizar
das ações que visem a implementação de medidas
e orientar todas as tarefas previstas no artigo 24.º e as
de modernização qualitativa da gestão prisional
demais superiormente determinadas.
do país.
Artigo 31.º
Artigo 33.º
Atribuições do Serviço Clínico e Social
Inspeções aos estabelecimentos prisionais
Compete ao Serviço Clínico e Social orientar e coordenar
os serviços social e clínico e, nomeadamente: Anualmente, são efetuadas auditorias e inspeções
ordinárias aos estabelecimentos prisionais, sem prejuízo
a) Fazer o Acolhimento e o Acompanhamento dos das inspeções extraordinárias que se revelarem necessárias
reclusos; em função das ocorrências.
b) Proceder o Encaminhamento e seguimento das A Ministra da Justiça e do Trabalho, Janine Tatiana
solicitações dos reclusos; Santos Lélis
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b) Requalificação urbana e ambiental, incluindo a 2. As obras têm a duração máxima de 10 (dez) anos,
elaboração de planos urbanísticos e a construção das devendo o seu início ter lugar no prazo máximo de 12
redes de abastecimento de água e de saneamento; (doze) meses, a contar da entrada em vigor da presente
Convenção.
c) Inclusão da referida aldeia nos sistemas de
abastecimento de água potável e de recolha e 3. A Investidora obriga-se a fornecer informações
tratamento de águas residuais; trimestrais relacionadas com a execução do “Projeto de
Investimento” de acordo com o formulário fornecido pela
d) Formação e qualificação profissional; e
autoridade central de administração turística, sem prejuízo
e) Criação e aproveitamento de oportunidades de da obrigação de prestar quaisquer informações que lhe
emprego. forem solicitadas pela Cabo Verde TradeInvest, pela Direção
Geral das Alfandegas e pela Direção da Contribuição e
3. A Investidora compromete-se ainda a envidar esforços Impostos ou por outras entidades competentes.
no sentido de fazer com que a economia local beneficie das
Cláusula sétima
operações associadas ao investimento, nomeadamente no
fornecimento de bens e serviços e na contratação de quadros Garantias gerais para a execução do projeto
nacionais qualificados, salvaguardadas as exigências de
qualidade e autonomia das entidades gestoras. O Governo assegura à Investidora os direitos e as
garantias previstos na Lei n.º 13/VIII/2012, de 11 de
4. A aptidão para atingir qualquer um dos objetivos do julho, alterada pelo Decreto-lei n.º 34/2013, de 24 de
projeto constantes da presente cláusula está dependente da setembro, para a instalação e o funcionamento do
não ocorrência de factos que consubstanciem a existência projeto, designadamente, segurança e proteção do seu
de força maior ou de alteração de circunstâncias. investimento, não discriminação, abertura de contas
em divisa e sua movimentação nas suas transações
5. A existência ou não de caso de força maior ou de
com o exterior, transferência do capital investido e dos
alteração de circunstâncias é reconhecida por conciliação
lucros da Investidora, para o exterior, provenientes dos
das Partes ou por recurso à instância arbitral nos termos
investimentos realizados no país.
do capítulo VII da presente Convenção de Estabelecimento.
Cláusula oitava
Cláusula quarta
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Trabalhadores estrangeiros
Declaração de interesse excecional do Projeto
1. A Investidora pode contratar trabalhadores estrangeiros,
O Governo considera este “Projeto de Investimento”
nos termos da lei.
de grande valia para Cabo Verde e, por isso, declara-o
de interesse excecional no quadro da estratégia de 2. Aos trabalhadores estrangeiros contratados pela
desenvolvimento nacional, tendo em conta a sua dimensão Investidora é garantida transferência para o exterior
e natureza e as implicações económicas e sociais que dos rendimentos auferidos no âmbito do “Projeto de
representa, designadamente o volume de investimento, a Investimento” nos termos da legislação cabo-verdiana.
criação de empregos e de riqueza, assim como a contribuição
para o desenvolvimento sustentável do setor do turismo. CAPÍTULO III
Cláusula quinta OBRIGAÇÕES DA INVESTIDORA
Enquadramento dos empreendimentos Cláusula nona
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Incentivos fiscais
a) As obras de construção das vias de acesso, arruamentos
principais e secundários, bem como todos os
1. Para a construção, instalação e funcionamento do materiais de pavimentação necessários;
“Projeto de Investimento”, a Investidora beneficia até o
fim do período de construção e ao longo do primeiro ano b) As obras de construção das redes coletivas de água,
de funcionamento, dos seguintes incentivos, desde que saneamento e esgotos, tratamento de águas residuais,
requeridos nos termos da lei, a saber: eletricidade, telefones e demais infraestruturas
técnicas, necessárias aos estabelecimentos ou
a) Isenção do Imposto Único sobre o Património nas empreendimentos turísticos a serem construídos,
aquisições e manutenção de imóveis destinados bem como todos os materiais, elementos estruturais,
à sua construção e instalação, nos termos da depósitos, equipamentos de instrumentação,
legislação em vigor; apoio, controlo e medição, necessários ao bom
funcionamento daquelas redes;
b) Isenção de direitos aduaneiros na importação
de materiais e equipamentos incorporáveis c) Os equipamentos urbanos e coletivos, nomeadamente,
na construção do empreendimento turístico pérgulas, equipamentos de recolha de lixo, piscinas,
e das infraestruturas básicas necessárias à balneários, sanitários públicos, postos de receção,
sua instalação, designadamente materiais de armazéns de ferramentas e instalações de apoio
construção civil, ferro e cimento, equipamentos e manutenção, equipamento de parques infantis,
sanitários, equipamentos elétricos e eletrónicos bancos de jardim, papeleiras, miradouros e
bem como seus acessórios e peças separadas, equipamento de observação e reconstituição
quando os acompanham; das praias;
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d) As plantas e equipamentos de jardinagem, necessários 3. A Investidora, conforme lhe seja solicitado pelas
ao tratamento paisagístico e arranjos exteriores entidades competentes do Estado de Cabo Verde, faculta,
do empreendimento turístico; e em tempo oportuno, com a periodicidade devida e razoável
para os efeitos a que se destinam, as provas adequadas
e) De uma forma geral todos os equipamentos de que estão a ser satisfeitos os objetivos e obrigações
complementares de usufruto coletivo aos utentes constantes da presente Convenção.
dos empreendimentos turístico.
4. A Investidora aceita a fiscalização do cumprimento
3. Os pedidos de concessão dos incentivos aduaneiros das obrigações resultantes da presente Convenção, nos
são instruídos conforme o previsto na Lei n.º 26/VIII/2013, termos do n.º 2.
de 21 de janeiro, alterada pela Lei n.º 102/VIII/2016, de
6 de janeiro. 5. A fiscalização é efetuada através de visitas ao local
em que o “Projeto de Investimento” se desenvolve.
4. Os pedidos de alteração da lista referida no artigo
7.º da Lei n.º 26/VIII/2013 devem ser fundamentados e 6. As ações de fiscalização são executadas com a
aprovados nos termos do n.º 3. periodicidade havida por conveniente, durante o período
normal de expediente.
5. Os incentivos mantêm-se em vigor pelos prazos
por que forem concedidos e de acordo com a Cláusula CAPÍTULO VI
26.ª que define a duração máxima do presente contrato,
salvo se a presente Convenção for denunciada antes do CONCATENAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES
seu termo por culpa da Investidora, designadamente por DAS PARTES E INCUMPRIMENTO, RESCISÃO
incumprimento das suas obrigações fiscais e contratuais. E MODIFICAÇÃO DA CONVENÇÃO
Cláusula décima quinta
6. O direito aos incentivos concedidos pela presente
Convenção é intransmissível. Princípios gerais
A Investidora pode ceder todos os direitos e obrigações que termos e condições constantes da presente Convenção.
para si decorrem desta Convenção, desde que autorizada
Cláusula décima sexta
pelo Estado mediante Resolução do Conselho de Ministros.
Rescisão da Convenção
Cláusula décima terceira
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4. No caso de rescisão da presente Convenção, a conformidade com a Lei n.º 13/VIII/2012 de 11 de julho,
Investidora pode recorrer à arbitragem em conformidade alterada pelo Decreto-lei n.º 34/2013 de 24 de setembro,
com o disposto no Capítulo VII. artigo 14º.
Cláusula décima sétima 3. Os eventuais diferendos que não puderem ser
Renegociação do contrato
solucionados nos termos previstos nos números anteriores,
são submetidos para resolução das instâncias judiciais
1. A presente Convenção pode ser objeto de renegociação competentes, em conformidade com a legislação cabo-
a pedido de qualquer uma das Partes caso ocorra algum verdiana.
evento que altere substancialmente as circunstâncias em
que fundaram a sua vontade de contratar. 4. As despesas de arbitragem são suportadas pela
parte faltosa.
2. As alterações à presente Convenção que resultarem
da renegociação prevista no número anterior são sujeitas a CAPÍTULO VIII
aprovação, mediante Resolução do Conselho de Ministros.
DISPOSIÇÕES FINAIS
Cláusula décima oitava
Cláusula vigésima segunda
Modificação
Dever do Sigilo
1. A presente Convenção pode ser modificada por acordo
entre as Partes, com observância dos termos e condições Toda a informação relativa ao “Projeto de Investimento”
legal e regulamentarmente previstos para esse efeito, e à Investidora a que o Estado de Cabo Verde tenha acesso
quando existam. no âmbito da presente Convenção, está abrangida pelo
dever de sigilo nos termos da legislação aplicável.
2. Qualquer modificação à presente Convenção reveste
Cláusula vigésima terceira
a forma de documento escrito, assinado pelas partes e
publicada no Boletim Oficial de Cabo Verde. Notificação e Comunicação
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4. As comunicações previstas na presente Convenção Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
consideram-se efetuadas: Governo aprova a seguinte Resolução:
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milhões de euros), que gerará cerca de 150 empregos esteja coberta pelos riscos próprios da Convenção
diretos e vai representar um aumento significativo da de Estabelecimento. Será tida como alteração
capacidade de acolhimento turístico do país; das circunstâncias, a alteração substancial
e imprevisível das condições económicas, de
O Governo de Cabo Verde considera o projeto Hilton que resulte uma grave recessão no mercado
Praia de grande valia, e, por isso, o declara de interesse internacional ou do produto;
excecional no quadro da sua estratégia de desenvolvimento
socioeconómico do país, tendo em conta o impacto que c) Força maior - considera-se caso de força maior o
representará em termos de investimento, do emprego, da facto natural ou situação imprevisível e inevitável
formação profissional, da riqueza que gerará e aumento cujos efeitos se produzam independentemente
quantitativo e qualitativo da capacidade alojativa nacional. da vontade ou das circunstâncias próprias da
Investidora e que impeçam a realização dos
Assim, objetivos da Convenção de Estabelecimento e/ou
o cumprimento das obrigações da Investidora;
Entre:
d) Incentivos - as reduções e isenções de impostos
O Estado de Cabo Verde, adiante designado por Estado, fiscais e aduaneiros a conceder pelo Estado
representado pelo Ministro de Economia e Emprego, José à Investidora, nos termos da lei e condições
da Silva Gonçalves, conforme a Resolução do Conselho constantes da presente Convenção;
de Ministros n.º………. /2017, de ……de ………;
e) Período de investimento – o prazo estipulado para a
e realização do investimento proposto, prazo esse
nunca superior a 3 (três) anos, contados a partir
A TRG Praia, Sociedade Unipessoal, S.A., com sede na da data da assinatura da presente convenção;
cidade de Santa Maria, capital social 2.500.000 Escudos,
NIF 269431500, matriculada na Conservatória de f) Vigência da Convenção de Estabelecimento – 15
Registo do Sal sob o número 2659/2014.09.12, neste ato (quinze) anos contados a partir da data da
representado pelo seu Administrador Único com poderes respetiva assinatura.
para o ato, Senhor Robert Anthony Jarrett, de nacionalidade
CAPÍTULO II
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O Governo considera o Projeto de Investimento de grande 1. A Investidora pode contratar trabalhadores estrangeiros,
valia para Cabo Verde e, por isso, declara-o de interesse nos termos da lei.
excecional no quadro da estratégia de desenvolvimento
nacional tendo em conta a sua dimensão e natureza 2. Aos trabalhadores estrangeiros contratados pela
e as implicações económicas e sociais que representa, Investidora é garantida livre transferência para o
designadamente o volume de investimento, a criação de exterior dos rendimentos auferidos no âmbito do Projeto
empregos e de riqueza, assim como a criação de condições de Investimento.
para um desenvolvimento sustentado do turismo nacional. CAPÍTULO III
Cláusula quinta
OBRIGAÇÕES DA INVESTIDORA
Enquadramento dos empreendimentos
Cláusula nona
1. A implementação do Projeto de Investimento fica Obrigações da Investidora
dependente do seu enquadramento nos instrumentos de
gestão territorial e nas servidões e restrições de utilidade A Investidora obriga-se perante o Estado a:
pública aplicáveis.
a) Fornecer, nos prazos estabelecidos, todos as informações
2. O Projeto de Investimento deve observar o programa que lhe forem solicitadas pelas entidades competentes,
e os parâmetros ambientais e urbanísticos aprovados, para efeitos de acompanhamento, controlo e
nomeadamente quanto às proporções máximas de densidades fiscalização do Projeto de Investimento, com
populacionais e mínimas de espaços verdes, arruamentos vista ao cumprimento dos objetivos definidos
e estacionamentos, os coeficientes de impermeabilização na Cláusula terceira;
dos solos, os índices máximos de construção e implantação,
a não ser quando outra solução haja sido adotada pelos b) Comunicar a Cabo Verde TradeInvest qualquer
instrumentos de ordenamento de território aplicáveis. alteração ou ocorrência que ponha em causa a
implementação ou o funcionamento do Projeto
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b) Isenção de tributação na contratação, bem como 7. Os incentivos mantêm-se em vigor pelos prazos por
nas amortizações e pagamento dos juros que forem concedidos, salvo se a presente Convenção for
correspondentes a operações financeiras que denunciada antes do seu termo por culpa da Investidora,
constituem investimentos externos, relativos a: designadamente por incumprimento das suas obrigações
fiscais.
i. Empréstimos ou prestações suplementares de
capital realizados diretamente pela Investidora às 8. O direito aos incentivos concedidos pela presente
empresas em que participe, bem como quaisquer Convenção é intransmissível, salvo o disposto na cláusula
empréstimos ligados à participação nos lucros; seguinte.
Cláusula décima segunda
ii. Empréstimos ou outras operações de financiamento
contratados com entidades terceiras para financiar Transmissibilidade de direitos e obrigações da Investidora
o desenvolvimento e operação do Projeto de A Investidora pode ceder todos os direitos e obrigações
Investimento; que para si decorrem desta Convenção de Estabelecimento,
iii. Cessão de bens de equipamento em regime de desde que autorizada pelo Estado.
leasing ou regimes equiparados, bem como em Cláusula décima terceira
qualquer outro regime que implique a manutenção Outros compromissos do Estado
dos bens na propriedade do investidor ligado à
entidade recetora por ato ou contrato no âmbito O Estado compromete-se a desenvolver os melhores
das alíneas anteriores. esforços no sentido de apoiar a Investidora, designadamente
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1. A Cabo Verde TradeInvest é o interlocutor único e) Interrupção por mais de 1 (um) ano da atividade
da Investidora, representando todas as entidades por facto imputável a uma das Partes.
administrativas envolvidas na implementação do Projeto
de Investimento, sem prejuízo das competências próprias 2. Para efeitos de verificação dos requisitos previstos
daquelas entidades. na alínea a) do n.º 1 deve ser tido em conta o grau
de cumprimento dos objetivos contratuais, acordado
2. Sem prejuízo das funções de tutela ministerial do setor contratualmente.
e dos poderes de fiscalização que cabem às competentes
instâncias oficiais do Estado de Cabo Verde, incumbe à 3. A rescisão da Convenção de Estabelecimento, por
Cabo Verde TradeInvest a responsabilidade de acompanhar causa imputável à Investidora, determina a perda total
e fiscalizar o projeto e a execução da presente Convenção ou parcial dos incentivos concedidos, acrescida de juros,
de Estabelecimento, devendo a Investidora fornecer-lhe quando devidos, ou de juros compensatórios, especialmente
atempadamente todas as informações tidas por razoáveis previstos para o efeito, que são contados desde a atribuição
e necessárias para o efeito. desses incentivos até à rescisão do contrato.
3. A Investidora, conforme lhe seja solicitado pelas 4. No caso de rescisão da presente Convenção de
entidades competentes do Estado de Cabo Verde, faculta, Estabelecimento, a Investidora pode recorrer à arbitragem
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em tempo oportuno, com a periodicidade devida e razoável, em conformidade com o disposto no capítulo VII.
para os efeitos a que se destinam, as provas adequadas
de que estão a ser satisfeitos os objetivos e obrigações Cláusula décima sétima
constantes da presente Convenção de Estabelecimento.
Renegociação do contrato
4. A Investidora aceita a fiscalização do cumprimento
das obrigações resultantes da presente Convenção de 1. A presente Convenção pode ser objeto de renegociação
Estabelecimento, nos termos do n.º 2. a pedido de qualquer das Partes, caso ocorra algum evento
que altere substancialmente as circunstâncias em que
5. A fiscalização é efetuada através de visitas ao local
fundaram a sua vontade de contratar.
em que o Projeto de Investimento se desenvolve, sendo as
ações de fiscalização executadas com a periodicidade havida 2. As alterações à presente Convenção que resultarem
por conveniente, durante o período normal de expediente. da renegociação prevista no número anterior são sujeitas a
CAPÍTULO VI aprovação, mediante Resolução do Conselho de Ministros.
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2. Os diferendos entre o Estado e a Investidora que a) No próprio dia em que forem transmitidas em mão,
não puderem ser solucionados nos termos previstos no ou por correio eletrónico, se em horário normal
número anterior, podem ser resolvidos por arbitragem de expediente, ou no dia útil imediatamente
em conformidade com o estipulado no artigo 14.º da Lei seguinte;
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n.º 13/VIII/2012, de 11 de julho, alterada pelo Decreto-lei b) Três dias úteis depois de remetidas pelo correio.
n.º 34/2013, de 24 de setembro.
Cláusula vigésima quarta
3. Os eventuais diferendos que não puderem ser solucionados
nos termos previstos nos números anteriores, são submetidos Anexo
para resolução das instâncias judiciais competentes, em
A presente Convenção de Estabelecimento contém 1 (um)
conformidade com a legislação cabo-verdiana.
anexo, a planta de localização do Projeto de Investimento,
4. As despesas de arbitragem são suportadas pela a qual dela faz parte integrante para todos os efeitos.
parte faltosa. Cláusula vigésima quinta
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I SÉRIE
BOLETIM
O F IC IAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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