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04/08
TERMINOLOGIAS:
Exemplo: Ana é casada sob o regime da comunhão parcial de bens com Carlos. Ana
antes do casamento tinha um patrimônio de R$600.000,00 e na constância do
casamento construíram um patrimônio de R$200.000,00. Ana deixou um testamento
com a seguinte cláusula: “Deixo 50% da minha parte disponível a Pedro”. Faça a
sucessão de Ana:
Sucessão de Ana:
Monte mor: R$ 1 milhão
Meação 200.000,00
Herança 800.000,00
Resposta: Pedro terá direito a R$200.000,00, já que o valor total da sua parte disponível
é R$400.000,00 e Ana disse 50% da parte disponível.
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ESPÉCIES DE SUCESSÃO:
Quanto aos efeitos:
a) A título universal: sucessor a título universal, ou seja, é aquele que recebe toda
herança ou uma parte não individualizada dela. Ele tem ciência da porcentagem,
da fração, da quantidade, mas nunca terá certeza da especificidade de bens que
irá receber. Não sabe os bens que compõe a totalidade, a universalidade dos
bens, mesmo que o de cujus só tenha uma casa, não há como saber a
especificidade. Ele recebe a herança, porque é chamado de herdeiro.
b) A título singular: recebe coisa certa e determina, recebe legado, chamado de
legatário. Só ocorre na sucessão testamentária. Mas a sucessão a titulo
universal pode ocorrer na sucessão testamentária e sempre ocorrerá na
sucessão legítima.
c) Legítima: a fonte é a lei. Quem vai herdar, o quanto e as condições que vão
herdar. Se uma pessoa morre sem deixar testamento, é o CC/2002 que irá
determinar as regras da herança. Caso a pessoa tenha herdeiro necessário a
legítima não poderá ser incluída no testamento.
d) Testamentária: a fonte é o testamento. É a sucessão derivada da vontade do de
cjus. Em uma mesma morte podem ocorrer as 4 espécies de sucessão. Exemplo:
José, faz um testamento comtemplando Pedro com um apartamento (sucessor a
título singular), os herdeiros não contemplados no testamento serão
contemplados a título universal. Assim, Pedro tem uma sucessão testamentária e
os demais uma sucessão legítima. Testamento é fonte do legado.
Todo sucessor que tem direito a legítima é o sucessor legítimo? Sim, quem tem
direito a legítima? Os herdeiros necessários (asc. desc. Conj. E companheiro). Mas nem
todo sucessor legítimo tem direito a legítima? Sim, porque a lei menciona que os
colaterais irão herdar.
Não confundir sucessão legítima, que é aquela derivada da lei, com legítima que
corresponde aos 50% dos bens destinados aos herdeiros necessários.
Atenção questão de prova: Em determinadas situações o cônjuge/companheiro irá
receber meação + herança. Quanto o cônjuge/companheiro irá receber de herança? Veja,
na questão não quer saber quanto estes irão receber de meação e sim de herança. Não é
para somar meação e herança. É, apenas, a herança. É sobre a herança que incide
imposto, é sobre a herança que incidem os efeitos da sucessão, não sobre a meação.
Observação: Pedro tem dois filhos e dois apartamentos, e resolve fazer um testamento
deixando apto A para José e apto B para Ana, é possível? Não, só seria possível se ele
tivesse 4 aptos. Seria, 02 aptos da legítima e 02 apto de testamento. Todavia, se os
herdeiros acatarem o testamento, não contestarem resolve-se.
Morte real: é toda e qualquer morte que se pode provar com uma certidão de
óbito. Como é possível provar a ocorrência da morte:
o Atestado de óbito, art. 77, Lei de Registro Público: dado pelo médico.
Não havendo médico no local, a certidão de óbito pode será feita a vista
de 02 pessoas qualificadas, que verificaram a morte:
o Declaração por 02 pessoas: Quando as duas pessoas chegam no cartório
para lavratura do óbito, o tabelião irá tomar o depoimento e em seguida
abre-se uma ação de verificação. Posteriormente, a ação de justificação.
o Morte em catástrofe: Ação de justificação: a sentença dessa ação
substitui a certidão de óbito. Neste caso, 1º prova-se que a catástrofe
ocorreu, salvo se pública e notório, que não precisa provar; 2º que a
pessoa estava presente no momento do ocorrido; 3º provar que após
todas as buscas e averiguações não foi possível encontrar o corpo
(impossibilidade de encontrar o documento para exame). Convencendo o
juiz da morte da pessoa dará uma sentença que substitui o atestado de
óbito.
o Art. 7º, CC: não são casos de morte presumida, porque morte presumida
é caso de ausência e o juiz ao declarar ausência ele declara
desaparecimento e não falecimento, e no referido artigo o legislador
mencionou que o juiz irá declarar falecimento. Também precisão de ação
de justificação. A sentença substitui o atestado de óbito. Possibilidades:
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Procedimento:
A pessoa desaparece o que leva a propositura do processo de ausência (após
findar as buscas). Com a propositura da ação o juiz irá nomear o curador de ausente
para administrar seus bens (conj./companheiro, descendente, ascendente, parentes mais
próximos se não tiver parentes o juiz nomeia outra pessoa). Nomeado o curador ele
inicia o processo de arrecadação (art. 744 e 745 CPC). Esse processo é parecido com o
inventário, primeiro o curador vai apresentar a relação de herdeiros, estado civil, bens,
relação de créditos e débitos. No decorrer desse processo são realizadas várias
diligências para tentar encontrar o ausente. O curador tem que apresentar as diligências
que foram realizadas para tentar encontra-lo. São publicados editais durante 1 ano, a
cada dois meses (6 editais), não o encontrando e fazendo arrecadação dos bens, finda-se
o processo de arrecadação. Finalizada essa fase os interessados podem requerer que seja
aberta uma sucessão provisória, observando o seguinte prazo: quando o ausente não
deixar procurados os interessados poderão pedir a abertura da sucessão provisória após
um ano do término do processo de arrecadação. Quando o ausente tiver deixado
procurador1 o prazo passa a ser de 03 anos.
A sucessão provisória é feita para herdeiros provisórios, assim sabem que não
são donos em definitivo do bem. Aberta do inventário é feita com garantias, no intuito
de preservar os bens caso o ausente retorne, são elas (art. 22 a 39, CC):
Bem imóvel só pode ser vendido com autorização judicial. Em regra, o valor é
depositado em juízo;
Herdeiros facultativos (colaterais e legatários) só podem tomar posse dos bens se
prestarem caução idônea. Se a caução não prestada fica com o inventariante até
o término da sucessão definitiva. Os herdeiros necessários não precisam prestar
caução.
Se os bens da herança renderem frutos e/ou rendimentos: os herdeiros
facultativos: que que capitalizar metade dos lucros em juízo, o restante ficam
para eles. Já os herdeiros necessários podem usufruir 100% dos
rendimentos/frutos.
Os bens móveis sujeitos a depreciação ou extravio (não é qualquer bem móvel)
devem ser automaticamente vendidos e o produto da venda aplicados em títulos
da dívida pública ou da União.
A lei aponta que se o ausente voltar e ficar provado que sua ausência foi voluntária
e injustificável ele perderá suas partes nos frutos e rendimentos.
Passado 10 anos do trânsito em julgado da sentença que abriu a sucessão provisória
é aberta os interessados podem requerer a abertura da sucessão definitiva. Portanto, os
bens são cercados de garantia ao menos durante 10 anos. Há uma exceção que da
ausência chega-se a sucessão definitiva, ou seja, não abre a sucessão provisória. É o
caso em que o ausente tiver 80 anos ou mais e estar desaparecido a mais de 5 anos
(requisitos cumulativos). Se uma pessoa desaparecer com 79 anos de idade a sucessão
definitiva poderá ser declarada quando ela fizer 84 anos (porque passam 5 anos da
ausência). Se uma pessoa desaparecer com 70 anos de idade, a sucessão definitiva
1
A procuração é específica, com plenos poderes. Cláusulas: ad judicia e ad negocia.
poderá ser declarada quando ela fizer 80 anos (idade do desaparecido + tempo de
desaparecimento).
Declarada a sucessão definitiva as garantias desaparecem. Ocorre a sucessão como
se o ausente estivesse morto. Se o ausente retornar nos 10 anos seguintes ele terá direito
aos bens (e os sub-rogados) no estado em que se encontra.
LUGAR DA ABERTURA DA SUCESSÃO: trata-se do foro de inventário. A
competência é relativa, o juiz não pode declinar de ofício a competência, só se tiver
preliminar de contestação. Regra gera, o foro é o último domicílio do de cujus. Se a
pessoa tem domicílio incerto (art. 48 CPC) a competência será:
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EFEITOS DA ABERTURA DA SUCESSÃO:
No feudalismo prevalecia a seguinte lógica tributária: o rei era o dono do país todo e
dividia o país em glebas muito extensas, chamados feudos, nomeava para esses feudos
os senhores feudais, pessoas de sua confiança ou da realeza. Os senhores feudais na
extensão de terra que lhe era destinada a subdividiam em servidões e entregavam aos
seus servos. O rei exigia dos senhores feudais uma alta carga tributária, que repassavam
aos seus servos. Os servos tinham, apenas, o direito de criar, morar, cultivar, a
propriedade pertencia a realeza. No séc. XV, foi instituído um imposto sobre a
transmissibilidade da herança, dizia a lei “que se um servo detentor da posse viesse a
falecer os seus herdeiros só poderiam continuar na posse daquela gleba de terra se
pagassem o imposto”. Foi motivo de rebelião abalando estrutura do feudalismo. Assim,
o rei baixou uma lei que em casa de morte dos servos a posse dos bem seria transmitida
aos seus herdeiros, independentemente do pagamento de qualquer imposto. Tal lei deu
origem ao direito de posse “droit saisine”. Segundo Caio Mário esse direito de posse foi
incorporado ao nosso ordenamento jurídico em um alvará no ano de 1784, estabelecia o
seguinte: com a morte de uma pessoa a sua herança (universalidade de bens, direitos,
obrigações, créditos, débitos), transmite desde logo aos seus herdeiros,
independentemente do pagamento de qualquer imposto. Temos então o primeiro efeito:
É necessário estar vivo? Herdeiro que morre antes da morte do sucessor não
herda.
Comoriência: a lei determina que se falecem simultaneamente não herdam entre
sim.
Exemplo: João e Ana são casados na separação obrigatório dos bens. Nenhum deles tem
descendentes e ascendências. João tem um irmão chamado Pedro e Ana uma irmã
chamada Rita. João tem patrimônio de 1milhão e Ana de 1 mil reais. João e Ana
falecem ao mesmo tempo, como é feita a partilha de João e de Ana? São comorientes,
portanto, não herdam entre sim.
Rita procura um advogado e diz que ficou sabendo que Ana morreu depois de
João, ela abriu a porta do carro e deu dois passos e veio a óbito, e quem tem pessoas que
viram. Neste caso, João ao falecer passa seus bens a Ana, portanto, Ana tem uma
herança de 1.000.100,00, ao falecer quem herda todo património é Rita. Pedro não tem
mais direito a herdar.
Comoriência:
Nascituro:
18/08/2018
CAPACIDADE SUCESSÓRIA:
Art. 1798, CC estabelece uma regra geral na sucessão legítima. Acontece que o
artigo 1799, CC, fala da capacidade sucessória na sucessão testamentária, ou seja, as
pessoas descritas no art. 1799, CC só podem herdar se forem contempladas em um
testamento. O caput do art. 1799 “podem ainda ser chamados a suceder”, pode-se
concluir que na sucessão testamentárias podem ser comtempladas as pessoas nascidas,
já concebidas e três outras pessoas que o artigo determina, sendo elas:
a) prole eventual: que ainda não existe, mas que eventualmente passará a existir.
São requisitos:
filhos ainda não concebidos:
filho de pessoa indicada pelo testador (não é filho do testador):
desde que estejam vivas ao abrir a sucessão (quando da morte do testador):
O inciso I do art. 1799, CC deve ser interpretado em conjunto com o art. 1800, CC:
José faz um testamento com a seguinte cláusula testamentária: deixo para os filhos da
Letícia que forem concebidos após a minha morte uma casa no bairro Eldorado
(classifica e discrimina). Veja, não fora deixado nenhum bem para a Letícia, nem para
um filho que ela já tenha, nem para o filho que ela esteja carregando em seu ventre. O
bem é para o filho que eventualmente ela venha ter após a morte, todavia, não pode
estar concebido quando o testador estiver vivo.
O art. 1800, CC: No mesmo exemplo acima: diz a lei que havendo falecimento de
José a Letícia, salvo disposição em contrária no testamento, será curadora dos bens do
testamento. A curatela da Letícia, segundo a lei, aufere-se da mesma forma que a
curatela dos incapazes, ou seja, Letícia pode ter que prestar contas; pode ser
desconstituída. Lei completa que nascido o filho esperado caberá ao curador entregar ao
filho nascido todos os bens, bem como os frutos e rendimentos desde a morte do
testador. Letícia por se mãe será usufrutuária. Pode o testador deixar nomeado um
curador distinto. A lei aduz que decorrido dois anos da morte do testador e não for
concebido o filho, salvo disposição em contrário, caberá os bens aos sucessores
legítimos do testador. O prazo pode ser alterado pelo testador. Pode também dar
destinação diversa após determinado prazo. Exemplo: Caso Letícia não conceba um
filho durante dois anos este imóvel será dado a Pedro.
No exemplo acima: Caso Letícia adote um filho dentro do período de 02 anos o bem
será destinado a ele, porque dentro da lei não há distinção entre filho natural e adotado.
Se ela se habilitar ao processo de adoção no prazo é o suficiente, não importa quanto
tempo demorará o processo.
Art. 1799: na sucessão testamentária podem ainda serem chamados a suceder:
Art. 1800: no caso do inciso I do art. 1799 os bens da herança serão confiados, após
a liquidação ou partilha ao curador (a) nomeado (a) pelo juiz, salvo disposição
testamentária em contrário a curatela caberá a pessoa cujo filho o testador desejou ter
por herdeiro e sucessivamente as pessoas indicadas no art. 1775. No tocante a
responsabilidade do curador segue as mesmas regras do curador do incapaz. Nascidos
com vida o herdeiro esperado será deferida a sucessão com os frutos e rendimentos
relativos a este a partir da morte do testador. Se não for concebido no prazo de 02 anos
será destinado aos sucessores legítimos.
a) incapacidade absoluta:
Mortos;
Coisas;
Animais;
Não podem contemplar pessoas interpostas (laranja): quer atingir de certa forma a
pessoa que não pode herdar. Exemplo: Indivíduo que quer beneficiar a amante, como a
lei não possibilita, ele destina o bem ao pai dela, já que ela é filha única, neste caso,
receberá de forma indireta o bem. Pessoas interpostas são todos os desentendes;
ascendentes; cônjuge/companheiro e irmão dos não legitimados a herdar. “A minha
amante não pode herdar no meu testamento, portanto, nem seu irmão, nem seu filho,
nem seu filho”. O tio, primo, sobrinho da minha amante podem herdar, porque no
parentesco colateral, só não pode o irmão.
Obs: a rogo e testemunham não herdam pela clara influência que exercem.
Igualdade dos filhos: Art. 1803, CC: é lícito o legado em favor do filho do concubino
quando for filho do testador: é um dispositivo desnecessário, sendo filho é logico que
pode herdar, todos os filhos são iguais perante a lei.
Obs: As cláusulas que contemplam essas pessoas são NULAS de pleno direito não
ANULÁVEIS. Podem ser invocadas a qualquer momento, não incide prescrição, por
serem normas de ordem pública.
Art. 1784: ocorrendo a morte de alguém a herança transmite desde logo aos
herdeiros legítimos e testamentários: 1º efeito da abertura da sucessão;
A sucessão abre no lugar do último domicílio do falecido: regra de foro;
A sucessão dar-se por lei ou por disposição de última vontade: são as espécies de
sucessão: Legítima e testamentária.
Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da
abertura da sucessão: 2º efeito.
Morrendo a pessoa sem testamento transmite-se a herança aos herdeiros
legítimos, o mesmo ocorrerá aos bens não contemplados no testamento. Subsiste
a sucessão legítima se o testamento caducar ou for julgado nulo ou revogado, ou
seja, não tem testamento, portanto, prevalece a sucessão legítima.
Ocorrerá sucessão legítima todas as vezes que a pessoa tiver herdeiro necessário,
porque a legítima não pode ser incluída no testamento.
Art. 1790-está revogado, declarado inconstitucional.
21/08
É possível ceder parte do direito hereditário. A cessão pode ser onerosa ou gratuita,
ambas são feitas por escritura pública.
Exemplo: José, João e Pedro compraram um apto, registrado no nome dos três. São
coproprietários. Incidem as regras do condómino, são condôminos. Todos os frutos,
rendimentos, dívidas são repartidas entre os condóminos de acordo com sua quota parte.
Da mesma forma acontece na herança. Ônus e bônus são partilhados entre os herdeiros
ou de forma igualitária ou na medida de sua quota parte. Não podem ser vendidos os
cômodos de forma separada, o apto é um todo unitário, da mesma forma que a herança.
Pode ser vendido o direito.
Obs: De acordo com o CPC/2015 o prazo para abrir o inventário é de 60 dias. Se não for
aberto dentro do prazo acarreta multa.
O que devo fazer para ceder honrosamente meus direitos hereditários para terceiro?
Tem que dar direito de preferência aos demais herdeiros.
Qual formalismo a lei exige para cessão de herança? Escritura pública e registrar em
cartório.
Se eu for herdeiro eu preciso para cessão dos direitos hereditários, se casado for, sob
regime da comunhão parcial de bens, pedir autorização da esposa para vender a
herança? Sim, a lei exige. A lei dispensa a outorga uxória, apenas, no regime da
separação de bens e a participação final nos aquestos, se tiver cláusula.
FORMAS DE ACEITAÇÃO:
a) Aceitação tácita: atos próprios da qualidade de herdeiro. Ex. Pai morreu vou à
casa dele e pego as roupas deles, isso é um ato que aceitou a herança. Quando
uso, administro os bens. Pode ser até de forma negativa, ou seja, aquele herdeiro
que não concorda com o valor que está sendo atribuído aos bens, a forma como
está sendo administrada a herança, etc.
Obs: tem atos de herdeiro que não exprimem aceitação:
o atos oficiosos: herdeiro que vai atrás do registro do óbito; que cuida dos
preparativos do velório; etc.
o Administração temporária:
o Atos de conservação de direito: ex. pessoa falece e o herdeiro para evitar
o perecimento do bem manda consertar um telhado.
o Cessão pura e simples da herança: resume a renúncia. Herdeiro que fala:
cedo meu quinhão hereditário ao espólio, ao monte mor, a todos que tem
o direito. Não indica a quem especifico vai herdar. É a cessão pura e
simples.
b) Aceitação expressa: mera declaração escrita. A vontade de aceitar a herança já
basta;
c) Aceitação presumida: art. 1807, CC: o interessado em saber se o herdeiro irá
ou não aceitar a herança, o interessado tem que esperar 20 dias após a morte para
requerer ao juiz intime esse herdeiro, para que em no máximo 30 dias se
manifeste se aceita ou não, advertindo-o que o silêncio acarretará aceitação. Ex.
do credor de herdeiro (não credor de espolio) que tem interesse que o devedor
aceite a herança. Essa aceitação precisa de uma intervenção judicial, onde o
silêncio, após a intimação, presumi aceita.
Aula 25/08
a) Aceitação direta: é aquela feita pelo próprio herdeiro. Se esse herdeiro outorgar
uma procuração para um advogado é direta ou indireta? É direta, porque foi ele
que outorgou, ele que assinou. Pessoa própria outorgando poderes para alguém
representá-lo.
b) Aceitação indireta: é feita por terceiros. Ex. Mandatário (não no caso de
procuração para advogado); aceitação pelo gestor de negócio; pelo curador do
curatelado. Duas merecem destaque:
o Aceitação pelos credores: Art. 1813: é o caso em que o credor aceita a
herança pelo herdeiro. Quando o herdeiro renunciar a herança em
prejuízo aos credores poderão esses aceitar a herança em nome deles
com autorização do juiz. A habilitação dos credores neste caso se fará no
prazo de 30 dias do conhecimento do pacto da renúncia e pagas as
dívidas do de cujus prevalece a renúncia quanto ao remanescente que
será devolvida aos demais herdeiros.
Exemplo: A tem filhos: B e C. José é credor de C na quantia de R$40 mil reais. Falece o
ascendente de primeiro grau, deixando uma herança de R$100 mil reais, não tinha bens
e agora passa a ter por força de um direito hereditário. Acontece que C renuncia a
herança de A, com essa renúncia a herança vai toda para B. Neste caso, ele está
renunciando em prejuízo dos credores, portanto, os credores podem aceitar a herança
em nome deles, para tanto, precisam provar em juízo para requerer a herança: que é
credor desse herdeiro; que esse herdeiro renunciou a herança e que a renúncia lhe é
prejudicial. Se C tivesse aceitado a herança o credor poderia penhorar a cota cabível a
ele. O que sobra volta para monte mor, não volta para o herdeiro que renunciou. A
renúncia é feita no processo de inventário ou por escritura pública. Credor de herdeiro é
diferente de credor de espólio, esse habilita seu crédito no espólio, independente do
herdeiro aceitar ou renunciar.
b) Direito de transmissão art. 1809, CC: é uma sucessão dentro da outra. Herda
por direito de transmissão aquele herdeiro que morre DEPOIS do de cujus e
ANTES de declarar se aceita ou não a herança. Portanto, o direito de aceitar ou
renunciar transmite-se aos seus sucessores. Por que é uma dupla transmissão?
Porque ocorre do de cujus para herdeiro (1º transmissão), do herdeiro para os
seus sucessores (2º transmissão).
Aula 28/09
MODOS DE PARTILHA:
a) Por cabeça: é a partilha igual entre os herdeiros de uma mesma classe e um
mesmo grau. É a partilha igualitária.
b) Por estirpe: é a partilha para os descendentes do pré-morto. São os parentes que
vão representar aquele que ia herdar. Se A falece chama-se a suceder B, C e D,
são herdeiros da mesma classe e do mesmo grau. Neste caso, B, C e D sucedem
por direito próprio e a partilha é feita por cabeça. Todavia, se D falece, E, F e G
vão herdar por direito de representação e a partilha se faz por estirpe. 1/3 DP/C,
1/3 DP/C; 1/3 DP/E (E, F, G). Se B falece 1/3 vai para sua estirpe e o modo a
suceder é por direito de representação. Dentro da estirpe partilha por cabeça
aquilo que cabe a estirpe. Exemplo: se o valor é de R$ 900.000,00 – 300.000.00
DP/C para C; 300.000,00 B (filho) e 300.000,00 de D divide para os três filhos,
100.000,00 para cada – partilha por cabeça entre os filhos de D.
o 100.000,00 DR/E – filhos de D
o 300.000,00 DR/E - B
o 300.000,00 DP/C - C
RENÚNCIA: é um ato jurídico pelo qual o herdeiro manifesta que não quer herdar. É
solene, obrigatoriamente é feita por escrito. A lei impõe alguns requisitos:
Obs: a capacidade civil não é um requisito absoluto, porque a doutrina entende que o
menor e o incapaz podem renunciar, desde que preencham dois requisitos: que a pessoa
esteja representada por seu representante legal e que aja aquiescência do MP e
homologação em juízo.
Estado civil do renunciante: a herança é um bem imóvel, portanto, a lei exige que em
alguns regimes de bens, mesmo para bens particulares, a outorga uxória é indispensável.
Veja, a lei diz que a concordância é necessária quando a lei exige para alienação em
determinados regimes a outorga uxória. Assim, no regime da Comunhão universal de
bens e parcial (a outorga pode ser suprida por autorização judicial) – sempre, na
separação final dos aquestos, se o pacto não tiver nada escrito, salvo se tiver uma
cláusula dispensado - separação nunca.
Obs: não existe renuncia tácita, presumida, particular. Só produz efeitos quando for feita
judicialmente ou por escritura pública. A renuncia produz efeitos automaticamente no
momento em que é feita, salvo no caso de menor e incapaz que depende de
homologação judicial.
01/09
EFEITOS DA RENÚNCIA