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BIANCA CONTI
EMANUELLE DA FONSECA MERCADANTE
FELIPE FREIRE RODRIGUES
FELLIPE DE PAULA COELHO MUZY STAEL
HELENA DE CASTRO DIAS
JEHNIFFER SANTANA DE PAULA
NICHOLLAS AUGUSTO RIBEIRO MARTINS
UNIDADE I
Do Procedimento comum
MACAÉ
2021
BIANCA CONTI
EMANUELLE DA FONSECA MERCADANTE
FELIPE FREIRE RODRIGUES
FELLIPE DE PAULA COELHO MUZY STAEL
HELENA DE CASTRO DIAS
JEHNIFFER SANTANA DE PAULA
NICHOLLAS AUGUSTO RIBEIRO MARTINS
UNIDADE II
Do Procedimento comum
MACAÉ
2021
RESUMO
O presente trabalho, embasado no material acadêmico e doutrinário relativo à disciplina de
processo penal, busca elucidar as características do procedimento comum, tratando de suas
subclassificações, com foco no procedimento ordinário, bem como o procedimento relativo
aos processos da competência do Tribunal do Júri como um todo, de forma sumária e
descritiva, com fundamento no Código de Processo Penal.
1. DO PROCEDIMENTO COMUM
Por meio do exercício do direito de agir que deflagrou a jurisdição, cria-se um vínculo
entre os sujeitos que funcionará até a solução do caso penal, no chamado processo (Rangel, p.
837). Este por sua vez, será regido por determinado tipo de procedimento previamente
estabelecido em lei de acordo com os critérios adotados pelo legislador original, como será
visto a seguir.
Para melhor entender o conteúdo que será apresentado no decorrer deste trabalho, se
faz necessário estabelecer a diferença entre processo e procedimento. Dessa forma, o primeiro
refere-se aos atos jurídicos processuais, realizados de modo ordenado e sucesso, visando ao
acertamento do caso penal, nas palavras de Paulo Rangel, “o processo, como unidade, tem
como finalidade principal assegurar ao acusado os direitos previstos na Constituição Federal
(Rangel, p. 831). Por outro lado, procedimento é o modo pelo qual esses atos processuais
devem ser cumpridos, isto é, qual rito seguirão. Dentro da esfera do processo penal, o
procedimento poderá ser comum ou especial, conforme será visto adiante.
A relação jurídica instaura entre os sujeitos processuais que buscam a solução de seu
conflito deve estar sujeita a determinados requisitos que lhe são essenciais, sem os quais não
haverá processo (Rangel, p. 841), visto que a sua ausência impede sua própria relação
jurídico-processual. Nessa perspectiva, sábias são as palavras de Tornaghi na obra A relação
processual penal.
Para que surja uma relação jurídica processual é mister, antes do mais, uma
provocação do Estado: denúncia, queixa, no processo criminal [...]. Mas essa
provocação é dirigida a uma órgão específico munido do poder de julgar. Se esse
poder não existe na pessoa física ou no órgão provocado, não nascerá uma relação
jurídica, mas, quando muito, uma relação de fato, irrelevante para o Direito
judiciário. Tal provocação deve ser feita, ao órgão judiciário, por quem seja parte
numa causa, e há de ser dirigida, por intermédio dele, órgão, à outra parte
(TORNAGHI, 1987, p. 73).
São pressupostos processuais: as partes (autor e réu), o juiz (órgão investido do poder
jurisdicional) e o pedido (ou demanda). Além dos pressupostos processuais de existência
(juiz, partes e o pedido), existem ainda os de validade, que se dividem em positivos
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O procedimento comum, dessa forma, é o rito padrão, a ser aplicado para as infrações
que não possuem rito especial previsto pelo Código de Processo Penal ou por alguma
legislação extravagante. Por sua vez, o procedimento especial refere-se aquele que o
supracitado código ou lei esparsa estabelecem regras próprias para a sua tramitação, a
depender da infração penal, é o que se conclui da leitura do Código de Processo Penal.
Art. 394, §2°, CPP. Aplica-se a todos os processos o procedimento comum, salvo
disposições em contrário deste Código ou de lei especial.
possibilidade de defesa, visto que tal procedimento se caracteriza pela solenidade, com maior
número de atos jurídicos processuais e prazos mais extensos (Rangel, p. 846). São exemplos
de crimes que, em regra, são regidos pelo rito ordinário comum o furto (simples ou
qualificado), a extorsão mediante sequestro e a apropriação indébita.
Por sua vez, os crimes cuja sanção máxima cominada for inferior a quatro anos de
pena privativa de liberdade, o procedimento será o comum sumário, caracterizado pela
presença de prazos mais reduzidos, bem como atos processuais mais simples em relação ao
rito ordinário (Rangel, p. 846).
Há ainda o procedimento sumaríssimo, o qual está relacionado às infrações penais de
menor potencial ofensivo. Tal procedimento é relativamente simples, quase sem formalidades
processuais, sendo um instrumento breve.
Por fim, o procedimento, quanto à forma, pode ser oral ou escrito. Nesse sentido, a lei
n. 11.719/2008 privilegiou a oralidade, sendo as alegações finais das partes, em audiência,
sempre orais.
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BIBLIOGRAFIA
RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 27 ed. – São Paulo: Atlas, 2019.