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Esta distribuição forçada dos judeus pelo mundo antigo, cujo retorno era
proibido, teve o nome de Diáspora (dispersão) e os judeus estabeleceram-se em
pequenas comunidades na Ásia Menor, África, Sul da Europa. Os judeus
estabelecidos no leste da Europa ficaram conhecidos como Ashkenazi. Os do Norte da
África e Península Ibérica (Espanha e Portugal) eram conhecidos como Sefarditas.
Posteriormente, grupos migraram para os Países Baixos (Holanda, Bélgica e
Luxemburgo), Bálcãs (Albânia, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Grécia, Macedônia do
Norte, Montenegro, Sérvia, Kosovo, partes da Turquia, Croácia Romênia e Eslovênia)
e, com o tempo, no mundo quase todo. De todas estas comunidades, ainda na
antiguidade, a mais importante e mais próspera foi a que se fixou em Alexandria
(Egito).
Para o nosso estudo musical, a consequência é clara. A partir do momento em
que houve a diáspora, as antigas tradições musicais começaram a se modificar
intensamente, novos costumes foram incorporados no contato com os outros povos,
tornando uma atividade complexa determinar, exatamente, como era a música descrita
nos tempos bíblicos. Mas, da mesma forma que nas civilizações da antiguidade que
estudamos anteriormente, pesquisadores sérios, munidos de vários dados e recursos
arqueológicos têm propiciado hipóteses muito plausíveis de como teria sido esta
música. Bem como, obviamente, há sobrevivências desta antiga música nas
sinagogas na atualidade e as pesquisas estão detectando o que, exatamente, veio do
passado longínquo.
Na realidade, a bíblia hebraica era uma imensa partitura cantada. Os símbolos
musicais (neumas) eram notados sobre ou sob o texto, mas o significado destes
símbolos perdeu-se, sendo uma tarefa da arqueologia musical recuperá-los. O cântico
atual nas sinagogas difere em muito do antigo.
Os Salmos, no tempo de Davi, antes da construção do 1o Templo eram
cantados por 288 cantores, também instrumentistas, tocando harpas, liras, címbalos,
acompanhados, às vezes, por 120 trompetes (shoffar) (ver abaixo, o nome original
destes instrumentos e suas funções). Além disso, 24 mestres ensinavam a
aproximadamente 4.000 aspirantes.
Não se pode deixar de dizer que foram influenciados pelos músicos da
antiguidade, especialmente pelos povos e lugares por onde passaram.
- Cordas: A harpa, dentre todos do naipe das cordas, era o mais comum neste povo
(bem como entre os egípcios e assírios). O nebel (ou nevel) era também usado
intensamente e é considerado o instrumento de cordas que foi descrito no livro de
Daniel.
O kinorr (a lira) foi o instrumento favorito do rei Davi.
- Percussão: foram também usados com destaque na Música hebraica. O tambor era
muito usado, especialmente pelas mulheres, durante o canto e momentos de
celebração.
O sistro (ou systrum, chocalho, foto abaixo), muito comum no Egito e em Roma,
aparece sob os nomes menaaneim, tzeltzelim e metzilthaim. Além destes, sininhos
eram frequentemente empregados na parte inferior do manto do sumo sacerdote ou
nos rolos da Lei (Torá).
02 - Música Vocal Acompanhada
03 - Do Egito:
O Egito era, como já vimos, uma das culturas mais antigas do Oriente Próximo e
tinha uma cultura musical altamente desenvolvida que remonta a cerca de 3000 a.C.
Em várias peças de escultura, há relevos de harpistas e flautistas participando de
cerimônias religiosas e entretenimentos sociais. Vários instrumentos dos antigos
hebreus foram identificados como sendo usados no Egito, incluindo a lira, um
instrumento semelhante ao oboé (tipo aulos), vários tambores da Ásia, o alaúde e o
sistro (systrum). Murais mostrando cantores e instrumentistas atuando também foram
encontrados. É provável que o Egito tenha, quando lá estiveram cativos os hebreus
por, aproximadamente quatro séculos, influenciado esta civilização, musicalmente
falando.
Embora os registros não sejam abundantes, sabe-se que entre 3.000 e 2.300
a.C. existiam músicas direcionadas ao e culto realizadas por cantores na Suméria e na
Babilônia, os grupos culturais mais antigos da Mesopotâmia. As escavações revelaram
vários instrumentos musicais, incluindo harpas, alaúdes, "oboés" duplos (aulos), entre
outros. Por causa das interrelações políticas entre os hebreus e as nações semíticas
da Babilônia, Assíria e o Império Hitita, havia semelhanças entre a música hebraica do
povo judeu e a dos demais povos mesopotâmicos.
05 - Israel Antigo
Apesar dos instrumentos semelhantes usados pelos hebreus, que também eram
usados em culturas vizinhas, incluindo Fenícia, Egito, Assíria e Grécia, pode-se
afirmar que no uso específico da música sacra ,a música judaica antiga deu uma
contribuição especial para o desenvolvimento musical posterior. Embora a música
antiga dos Salmos e dos outros livros da Bíblia (que eram todos cantados), muitas
vezes seja considerada perdida, o texto da Bíblia Hebraica contém marcas de
"elevações e abaixamentos da voz" que indicam uma linha melódica para as palavras.
São símbolos neumáticos, termo que vem do grego pneuma (neuma, em português) e
quer dizer ar ou respiração, neste sentido presente.
06 - O Exílio em Babilônia:
08 - Instrumentos de Percussão:
Muitas das mais belas músicas da Bíblia estão contidas nos Salmos e a palavra
“salmo” vem do grego, significando “cantar e tocar a lira”. O termo Saltério, passa,
então a significar não só o conjunto de todos os salmos, bem como o instrumento , em
forma triangular semelhante a uma harpa, que servia para acompanhá-los.
10 - Dança:
11 - Tipos de Música:
Cantilação: Tipo de arte vocal que se situa entre a declamação e o canto (típica
de música litúrgica). Usado quando partes da Bíblia eram lidas durante o culto e partes
do texto eram cantadas ou entoadas.
Hinos: Dentro do culto, eles eram executados por um solista, chamado cantor,
ou por grupos. Alguns dos hinos foram organizados livremente com grupos de motivos
melódicos, com suas variantes conectadas para criar um canto melódico contínuo.
12 - Notação Musical:
14 - Salmos:
O nome Adonai Malach, quer dizer, literalmente, Deus reina. Este modo tem uma
sensação majestosa e é usado para uma série de serviços que requerem uma
atmosfera grandiosa.