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CECIL 51
www.academiadaespecialidade.com
facebook.com/especialidade MIGUEL MATIAS| miguelmatias463@gmail.com
PERGUNTAS
PERGUNTAS
Capítulo extenso e completo
MD D P T GD
2
LEGENDA
SÍMBOLO SIGNIFICADO
T Elaborar um plano
TERAPÊUTICO
MUITO IMPORTANTE
MENOS perguntável
ÍNDICE
1. Introdução
2. Defeitos congénitos
- HEMOFILIA
- DÉFICE DE FATOR V
- DEFICIÊNCIAS COMBINADAS
- DÉFICE DE FATOR XI
- DÉFICE DE FATOR I
- OUTROS DÉFICES RAROS
3. Defeitos Adquiridos
- INIBIDORES ADQUIRIDOS
- DEFICIÊNCIA DE VITAMINA K
- FALÊNCIA HEPÁTICA
- Disfibrinogenémia
INTRODUÇÃO
Anomalias dos fatores de coagulação levam a que o tampão plaquetário
inicial não solidifique – ocorre quebra do coagulo e hemorragia
Secundárias a Iatrogénicas
Congénitas
doença
INTRODUÇÃO
O fenótipo da doença depende do NÍVEL DE FATOR COAGULANTE!
↑ ISOLADO DO TP
Défice FVII
↑ ISOLADO DO APTT
↑ DE AMBOS
3 Défice de Vitamina K
I II
VIII VII
vW IX
X
Fatores dep. De Vit K
Plasma Fresco
DDAVP
Congelado
VIII Todos
vW
DEFEITOS CONGÉNITOS
1. HEMOFILIA
GENÉTICA
Causas hereditárias de deficiência de
Transmissão ligada ao X-recessivo
fator mais comuns a seguir à DvW
Homens são clinicamente afetados
Mulheres portadoras só de um gene mutado são ASSINTOMÁTICAS
– raramente podem ter hemorragias ligeiras
HEMOFILIA A HEMOFILIA B
Forma clássica
– 6x mais frequente Gene F9
Gene F8
• Existem mais de 500 mutações descritas
• 50% dos casos de Hemofilia A Grave são devidos à inversão do intrão 22
Gravidade do fenótipo
Atividade Residual Clínica
Hemorragia pouco frequente, maioria
LIGEIRO – 6-30% secundária a traumatismo
3 Síndrome compartimental
Hematomas nos músculos dos membros podem levar a compressão das estruturas
1. HEMOFILIA
MANIFESTAÇÕES
4 Hemorragias Life-threatening
Incluem hemorragias no espaço
orofaríngeo, SNC e retroperitoneu
As hemorragias do retroperitoneu podem acumular muito sangue, formando Pseudotumores
- massas com calcificação e inflamação reactivaI e podem lesar o nervo femoral
Os Pseudotumores também se podem formar nos ossos, sobretudo nos membros inferiores
1 ↑ aPTT isolado
2 Tempo de hemorragia N
3 Contagem plaquetar N
Fatores Limitantes
1 Elevados Custos
5 Antifibrinolíticos Indicações
Ácido Tranexâmico
2 Cx cavidade Oral
3 Hemorragia GI
2 IL-11 recombinante
Indicada na Hemofilia A Leve a Moderada não responsiva ao DDAVP
2 Terapia Genética
Em estudo para a Hemofilia B
Utiliza vectores virais
1. HEMOFILIA
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO
FVIII
FIX
5-10%
Chega a 20% nos graves 3-5%
Dobro das administrações, dobro dos
inibidores
Fatores de Risco
1 Def. Grave
Representa >80% dos casos
3 Ascendência Africana
2 História Familiar
4 Deleções/Recombinantes
1. HEMOFILIA
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO
Inibidores
A maioria dos centros realiza screenings Anuais e após transfusão
Diagnóstico
QUANTIDADE DE ANTICORPO
NECESSÁRIA PARA NEUTRALIZAR
50% DO FACTOR NO PLASMA
1. HEMOFILIA
COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO
Inibidores Terapêutica
2. ERRADICAÇÃO DO INIBIDOR
Infeções
As complicações relacionadas com o VHC e o VIH são
as principais causas de morte em adultos nos EUA
com hemofilia grave
Risco
Cardiovascular
Mortalidade menor por doença coronária comparado com a
… população geral devido ao efeito protetor da hipocoagulabilidade
Previne a formação de trombos mas não previne a aterogenese
Além dos factores de risco CV habituais, doentes infetados por
VIH a fazer anti-retrovirais têm o risco potenciado
Na Gravidez
Durante a gravidez ocorre aumento dos níveis de FVIII (2x) e FIX (menos marcado)
Cortes com papel e pequenas hemorragias não Nos adultos, predomina as hemorragias
são muito mais frequentes que na população osteoarticulares e de orgão
Testes Genéticos
Def. de Fator XI
“Hemofilia C” – aumento do APTT.
Não há hemorragia espontânea; Mais nos judeus ashekanazi
Inibidores adquiridos
Na idade adulta em indivíduos com história de transfusão;
Não corrige com teste de mistura
SISTEMATIZAR - HEMOFILIA
Terapeutica
Níveis Alvo
Hemorragia
Atividade Residual Clínica Tempo
Se hemartrose Grave
DDAVP e Antifibrinolíticos
DEFEITOS CONGÉNITOS NÃO HEMOFILIA
MANIFESTAÇÕES
1 Hemorragia Musculo-articulares
2 Assintomáticos
Até haver trauma ou Cirurgia
ERGIP-53 MCFD2
proteína que funciona como proteína que forma um completo
chaperone dos fatores V e VIII com o ERGIP-53
Mas doentes com níveis de FXI <10% geralmente têm alto risco de
hemorragia
Contudo, continua a ser muito mais ligeira que a hemofilia
3. DÉFICE DE FATOR XI
MANIFESTAÇÕES
EXCETO
2. ANTI FIBRINOLÍTICOS Hematúria ou hem. da
São úteis no controlo de hemorragias Bexiga
Disfibrinogenémia
Alternativamente, estes indivíduos produzem quantidades normais mas com
função deficiente – normalmente no cross-linking e polimerização
MANIFESTAÇÕES
Como tem um papel na estabilização do É comum haver hemorragias
coagulo e na agregação de plaquetas moderadas a severas desde a nascença
Hemorragias mucocutâneas e de tecidos profundos
DIAGNOSTICO TRATAMENTO
1 ↑ aPTT, PT e TT Criopercipitado
Os sintomas são muito variáveis conforme o défice em causa: “Extremos da. Via
extrínseca” são
Disfibrinogenémia ou Défice de FVII Assintomático
assintomáticos
Terapêutica
O tratamento inclui PFC ou CCP
DEFEITOS ADQUIRIDOS
1. INIBIDORES ADQUIRIDOS
DEFINIÇÃO
Trata-se de uma doença auto-imune, com formação de auto-anticorpos
contra um fator específico
Afeta predominantemente
1 Idosos
2 Gestantes/puérperas
1. INIBIDORES ADQUIRIDOS
CAUSAS
1 Idiopática 50%
2 Hemofilia ou Défice FXI
3 Pós-parto
50%
4 Doenças Auto-Imunes
5 Neoplasia (Hematológica)
DIAGNÓSTICO
↑ aPTT com TP e TT N (+ comum)
Não corrige com os testes
Não corrige com Teste de Mistura de mistura
Ensaio de Bethesda confirma o diagnóstico
MAU PROGNÓSTICO
Mortalidade de 8-22% em doentes não tratados, ocorrendo
sobretudo nas primeiras semanas após a apresentação
1. INIBIDORES ADQUIRIDOS
TRATAMENTO
CCP ou FVIIa
Funcionam como agentes bypass
Indicados nas hemorragias major
Taxa de recaída comum (até 20%) nos primeiros 6 meses após paragem
de imunossupressão , no caso do FVII
Após erradicação, o doente deve ser seguido regularmente para realização de tratamento
precoce quando indicado ou antes de procedimentos invasivos
1. INIBIDORES ADQUIRIDOS
TROMBINA BOVINA E HUMANA TÓPICA
DEFINIÇÃO
São selantes hemostáticos utilizados frequentemente em cirurgias major e
queimaduras extensas
PATOGENIA
As hemorragias devem-se ao desenvolvimento de anticorpos contra o xenoantigénio (ou os seus
contaminantes) que apresentam reactividade cruzada com fatores de coagulação
Vitamina K
TRATAMENTO
Transfusão de Plaquetas
Utilizada em doentes com inibidores do FV
como fonte do mesmo
PFC e Vitamina K
Funcionam como coadjuvantes e não como tratamento efectivo
Pouca evidência com FVIIa, mas a maioria dos resultados são maus
Alguns casos descritos de utilização de imunossupressão
1. INIBIDORES ADQUIRIDOS
ANTICOAGULANTE LÚPICO
Interfere com a actividade dos factores VIII, IX, XI e XII
DIAGNÓSTICO
↑ aPTT
Não corrige com Teste de Mistura
FACTOR VIIA
Se hemorragia Life-threatening em doentes anticoagulados
É limitado pelo risco de complicações tromboembólicas em doentes com doença vascular,
trauma vascular ou outras comorbilidades
3. FALÊNCIA HEPÁTICA
PATOGENIA
1
↓ síntese de factores de
coagulação
2 ↑ fibrinólise
3 Trombocitopenia
4 Alterações anatómicas
5 Disfibrinogenemia
Relativamente comum, por
alteração na polimerização da
fibrina
6 DIC concomitante
não é incomum
3. FALÊNCIA HEPÁTICA
MANIFESTAÇÕES
Estes doentes têm tipicamente um fenótipo hemorrágico
Na doença hepática estável o fenótipo é geralmente ligeiro ou assintomático
O PT altera primeiro
Hepatite Fulminante
Cirrose Descompensada
Doença Hepática Avançada
CID
3. FALÊNCIA HEPÁTICA
DIAGNÓSTICO
Concentrado de Plaquetas
Hemorragia activa: <10.000-20.000/µL
Pré-Procedimentos invasivos: <50.000/µL
Criopercipitado
Se Fibrinogénio <100 mg/mL Infusões de CCP devem ser evitadas
nestes doentes pelo alto risco de
Transplante Hepático complicações trombóticas
Doença Hepática
PURPURA FULMINANTE
Forma grave de CID que ocorre por trombose de extensas áreas da pele
AFECTA SOBRETUDO:
1. Crianças 3. Deficiência da via da Proteína C
2. Após infeção viral/bacteriana
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA
MANIFESTAÇÕES
Manifestações Hemorrágicas
Oclusão da microcirculação
Manifestações Trombóticas Trombose dos grandes vasos
TEP
1 aPTT e TP aumentados
2 Esquizócitos
Carcinoma
Hemangiomas S. Morte Fetal
Metastático
CLÍNICA
Clinicamente surge como hemorragias discretas limitadas à pele e mucosas
LABORATÓRIO
PDF (ou D-dímeros) ↑
aPTT e TP N/↑
Fibrinogénio N/↑
Plaquetas N/↓
Esquizócitos (mas em menor grau que na CID aguda)
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
DOENÇA HEPÁTICA GRAVE
A Favor Contra
- Trombocitopenia Alterações surgem lentamente
- ↓ síntese de factores de Presença de HTP e outras evidências de
coagulação e anticoagulantes doença hepática
- ↑ PDF
Microangiopatias
A Favor Contra
Trombocitopenia, esquizócitos e Não há consumo de factores de
falência multiorgânica coagulação nem hiperfibrinólise
COMPLICAÇÕES DE TERAPIAS IMUNOLÓGICAS PARA O CANCRO
↑ D-dímeros
A Favor ↓ fibrinogénio
Citopenias
COAGULAÇÃO INTRAVASCULAR DISSEMINADA
TRATAMENTO
1. CONTROLO DAS HEMORRAGIAS
1. Hemorragia activa
PFC ou concentrado de plaquetas 2. Alto risco de hemorragia (ex: pré-
procedimentos invasivos ou após QT)
1 unidade de PFC aumenta a maioria 3. Trombocitopenia grave (<10.000-20.000)
dos fatores de coagulação em 4. TP >1.5x o normal
CONCENTRADO DE PROTEÍNA C
Disfibrinogenémia
É muito mais comum ser secundária a doença hepática do que
congénita
DIAGNOSTICO
1 ↑ aPTT, PT e TT
TT também pode ser afetado pela heparina e PDF
2 Tempo de Reptilase
Não afetado pela heparina
CASO CLÍNICO 02
Homem de 73 anos recorre ao SU após início de hemorragia da mucosa jugal, durante a
refeição “estava a comer e comecei a sentir o sabor a sangue” (sic). Nega trauma, nega
disfagia, nega dispneia, nega epistáxis. Nega antecedentes pessoais. Medicação habitual
refere a toma AAS que não sabes especificar o motivo. Hábitos tabágicos 73 UMA. Sinais
vitais Temp auricular 37,2ºC, TA 139/87mmHg, FC 70bpm, spO2 95% aa. Pesa 59 Kg e tem
168 cm altura. Exame físico hemodinâmicamente estável. Mucosas coradas e hidratadas,
com hemorragia localizada ao quadrante lateral esquerdo da mucosa jugal.
Analiticamente evidencia hemoglobina 15,5, plaqueta 178.000, APTT 46 Segundos; PT 13
segundos; Sem alteração com teste de mistura
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Específico
SISTEMATIZAR
Mucocutânea Tecidos Profundos
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Específico
SISTEMATIZAR
Mucocutânea Tecidos Profundos
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Específico
SISTEMATIZAR
Mucocutânea Tecidos Profundos
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Específico
SISTEMATIZAR
Mucocutânea Tecidos Profundos
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Específico
SISTEMATIZAR
Mucocutânea Tecidos Profundos
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Específico Fator VIII 0,1%
SISTEMATIZAR
Mucocutânea Tecidos Profundos
APTT
PT
TT
Plaquetas
PFA100
Fibrinogénio Tempo de Reptilase
Específico diminuido aumentado