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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
Florianópolis
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA MECÂNICA
Orientador:
Prof. Ph. D. Arcanjo Lenzi
Coorientador:
Prof. Dr. Eng. Gustavo Corrêa Martins
Florianópolis
2018
Veloso, Matheus Duarte
Avaliação da utilização de ressonadores de Helmholtz
no tratamento acústico de painéis duplos / Matheus Duarte
Veloso; orientador, Arcanjo Lenzi ; coorientador, Gustavo
Martins. - Florianópolis, SC, 2018. 141 p.
Inclui referências
Stephen Hawking f
Resumo
X
Lista de Figuras
XI
3.8 Comparação dos resultados analítico, numérico
e experimental para o ressonador de 5 mm de
comprimento de pescoço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.9 Comparação dos resultados analítico, numérico
e experimental para o ressonador de 6 mm de
comprimento de pescoço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.10 Comparação dos resultados analítico, numérico
e experimental para o ressonador de 7 mm de
comprimento de pescoço. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
3.11 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental para a fibra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
3.12 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental para a espuma. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3.13 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental do ressonador de comprimento de
pescoço igual a 5 mm incluso na fibra. . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.14 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental do ressonador de comprimento de
pescoço igual a 6 mm incluso na fibra. . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.15 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental do ressonador de comprimento de
pescoço igual a 7 mm incluso na fibra. . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
3.16 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental do ressonador de comprimento de
pescoço igual a 5 mm incluso na espuma. . . . . . . . . . . . . . 47
3.17 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental do ressonador de comprimento de
pescoço igual a 6 mm incluso na espuma. . . . . . . . . . . . . . 47
3.18 Comparação dos resultados analítico, numérico e
experimental do ressonador de comprimento de
pescoço igual a 7 mm incluso na espuma. . . . . . . . . . . . . . 48
XII
4.1 Esquema da montagem do experimento criado
para avaliar a espessura de ar na frente do
ressonador. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.2 Configuração da amostra para avaliação do parâ-
metro R ar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
4.3 Modelo para a avaliação da variação da camada de
ar no sentido radial ao pescoço do ressonador. . . . . . . . 51
4.4 Avaliação numérica da influência da camada de ar
na frente do pescoço do ressonador de 5 mm. . . . . . . . . 52
4.5 Avaliação experimental da influencia da espessura
de ar na frente do pescoço do ressonador (pescoço
de 5 mm). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
4.6 Avaliação numérica da influencia da camada de ar
na direção radial do pescoço do ressonador de 5 mm. 54
4.7 Avaliação experimental da influencia do diâmetro
da camada de ar na frente do pescoço de 5 mm. . . . . . 55
XIII
5.12 Comparação dos resultados numéricos para as
configurações A e D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
5.13 Comparação dos resultados numéricos para as
configurações A, B e D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
5.14 Comparação dos resultados numéricos para as
configurações B e E. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72
5.15 Comparação dos resultados numéricos para as
configurações E, D e I. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
5.16 Comparação dos resultados numéricos para as
configurações H e J. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
5.17 Comparação dos resultados numéricos da IL para
as configurações F, H e J. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
5.18 Comparação da TL numérica, analítica e experi-
mental da configuração A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
5.19 Comparação da TL numérica, analítica e experi-
mental da configuração D. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
5.20 Comparação da TL numérica, analítica e experi-
mental da configuração B. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
5.21 Comparação da TL numérica, analítica e experi-
mental das configuração I (numérico) e J (analítico
e experimental).. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
5.22 Comparação da TL numérica, analítica e experi-
mental da configuração G. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
5.23 Comparação dos resultados numéricos da IL para
as configurações F, H e J. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81
XIV
B.1 Avaliação da influencia da espessura de ar na
frente do pescoço do ressonador (pescoço de 6 mm).101
B.2 Avaliação da influencia da espessura de ar na
frente do pescoço do ressonador (pescoço de 7 mm).102
B.3 Avaliação da influencia do diâmetro da camada de
ar na frente do pescoço de 6 mm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
B.4 Avaliação da influencia do diâmetro da camada de
ar na frente do pescoço de 7 mm. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103
XV
Lista de Tabelas
XVII
Lista de Símbolos
XIX
Hi parte imaginária de H12
H matriz de rigidez acústica
Im parte imaginária
⃗In vetor de intensidade sonora
J0 função de Bessel de ordem zero
J1 função de Bessel de ordem 1
J2 função de Bessel de ordem 2
k número de onda
K rigidez que representa o volume de gás contido no ressona-
dor
K matriz de rigidez estrutural
l comprimento característico da geometria
L comprimento do pescoço do ressonador
L′ comprimento corrigido do pescoço do ressonador
m massa de gás contida no pescoço do ressonador
Ms massa por unidade de área do ressonador
M matriz de massa
⃗n normal à superfície de contorno
⟨ NPS⟩ nível de pressão sonora médio no espaço
NPSre f nível de pressão sonora de referência
NWSre f nível de potência sonora de referência
Pr número de Prandtl
p amplitude complexa da pressão acústica
pi pressão sonora incidente
pr pressão sonora refletida
XX
p̂i magnitude da pressão sonora incidente
p̂r magnitude da pressão sonora refletida
p1 pressão sonora no microfone 1
p2 pressão sonora no microfone 2
Pn pressão estacionária
P0 pressão estática do fluido acústico
Pc amplitude da pressão acústica dentro do ressonador
P amplitude da pressão das ondas externas que incidem no
ressonador
⃗pe vetor de pressão agindo no elemento
⃗Per vetor de potência radiada de cada elemento
⃗P vetor de potência sonora radiada
q vetor de excitação nodal
Q fator de qualidade do ressonador
Q matriz de inercia acústica
R0 constante dos gases
R coeficiente de reflexão
R ar espessura de ar lateral ao pescoço do ressonador
Re parte real de um número complexo
Rr resistência a radiação sonora do ressonador
Rw resistência devido às perdas na parede do pescoço do
ressonador
Rp raio de uma superfície perfurada
RB componente resistiva
RS resistência de superfície
XXI
R matriz de acoplamento acústico-estrutural
Rij distância entre os centros dos i-ésimo e j-ésimo
⃗re vetor normal à cada elemento
rn razão de perfuração do elemento n
s fração de perfuração
se razão de áreas perfurada externa
si razão de áreas perfurada interna
S área da seção transversal do pescoço do ressonador
SL área da seção
Sp superfície do poro
Sp área da amostra
S matriz de acoplamento estrutural-acústico
S12 densidade espectral cruzada
S11 auto-espectro
T0 temperatura estática do fluido acústico
T matriz de transferência
Tf matriz de transferência do fluido
Ts matriz de transferência da placa fina
T HR matriz de transferência do ressonador
Tglobal matriz de transferência global
TPUC matriz de transferência da PUC
Tcamada,i matriz de transferência da camada i
t espessura da camada de ar na frente do pescoço do
ressonador
us deslocamento da fase sólida
XXII
uf deslocamento da fase fluida
V volume de gás contido no ressonador que representa a
rigidez
Vv velocidade de volume
Va volume de ar nos poros
Vt o volume total da amostra
⃗v vetor de amplitude complexa da velocidade de particula
V( M ) vetor de variáveis acústicas no ponto M
vm ⟨ M⟩ velocidade média espacial no ponto M
v0 ⟨ M0 ⟩ velocidade macroscópio media espacial no ponto M0
v2i (rw) velocidade quadrática do fluido na superfície dos poros
v2i (w) velocidade quadrática do fluido no interior dos poros
v3 velocidade normal
v⃗e vetor de amplitudes complexas do elemento
Yn termo da matriz de admitância
ZA impedância no ponto A
ZB impedância no ponto B
ZB′ impedância no ponto B’
Zc impedância de superfície
Z impedância acústica do ressonador
Zs impedância da placa fina
Z matriz de impedância dos elementos
Alfabeto grego
α coeficiente de absorção
XXIII
α∞ tortuosidade
αw coeficiente de absorção nas paredes do pescoço do ressona-
dor
θn ângulo de incidência
γ razão de calores específicos
εe comprimento corrigido externo
εi comprimento corrigido interno
λ comprimento de onda
Λ comprimento característico viscoso
Λ′ comprimento característico térmico
η viscosidade dinâmica do ar
κ̃e f módulo de compressibilidade efetivo
κ̃eq módulo de compressibilidade equivalente
κs módulo de compressibilidade da fase sólida do material
κb módulo de compressibilidade do material no vácuo
ρ amplitude complexa da densidade acústica
ρ0 densidade do som no ar
ρ f lex densidade do som no material modelado por JCA flexível
ρe f densidade efetiva
σ resistividade ao fluxo
σ33 tensão normal
σs tensor de tensões no vácuo
σSel condutividade elétrica da amostra saturada
ϕ porosidade
ω frequência angular
XXIV
ω0 frequência natural (rad/s)
ψn ângulo azimutal
τt amplitude complexa da temperatura acústica
τ coeficiente de transmissão
XXV
Sumário
1 Introdução 1
1.1 Objetivos e organização do trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2
XXVII
2.4 Método das matrizes de transferência-TMM Transfer
Matrix Method . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
2.4.1 Matriz de transferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.4.1.1 Fluido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.4.1.2 Placa fina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
2.4.1.3 Ressonador de Helmholtz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4.1.4 Matriz de transferência global . . . . . . . . . . . . . . 24
2.4.1.5 Absorção e perda de transmissão . . . . . . . . . . 24
2.4.2 P-TMM(Parallel Transfer Matrix Method) . . . . . . . . . . . . 25
2.5 Método dos elementos finitos-FEM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
2.5.1 Modelo acústico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.5.2 Modelo estrutural. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
2.5.3 Acoplamento fluido-estrutura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
XXVIII
5 Aplicação de ressonadores e materiais porosos em
painéis duplos 57
5.1 Modelo numérico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.1.1 Geometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57
5.1.2 Condições de contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
5.1.3 Malha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59
5.1.4 Aproximação da TL com campo difuso . . . . . . . . . . . . 61
5.2 Modelo TMM . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
5.3 Determinação experimental da perda de transmissão . . 64
5.3.1 Equipamentos utilizados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
5.3.2 Descrição do ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65
5.3.3 Amostras utilizadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
5.4 Análise dos resultados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
5.4.1 Configurações analisadas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
5.4.2 Análise numérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
5.4.3 Comparação com resultados analíticos e expe-
rimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75
6 Conclusões 83
6.1 Sugestões para trabalhos futuros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84
Referências bibliográficas 87
Apêndices 95
XXIX
1 Introdução
1
Capítulo 1. Introdução
2
1.1. Objetivos e organização do trabalho
3
2 Modelos e métodos para a análise
de materiais porosos, ressonadores e
painéis
5
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
equações acopladas:
ϕ ϕ
∇2 p + p + γ̃ div us = 0, (2.2)
ω 2 ρ̃ ef K̃ef
ϕρ0 K
γ̃ = + b − 1, (2.4)
ρ̃ef Ks
6
2.1. Modelos de materiais porosos
κ̃ef
κ̃eq = . (2.7)
ϕ
γP0
K̃e f (ω ) = , (2.9)
12 −1
Λ ′2
8η ωPrρ0
γ − ( γ − 1) 1 + jωPrλ′2 ρ0
1+j 16η
7
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
2.1.1.2 Modelo de estrutura flexível (JCA flexível)
Nos trabalhos dos autores [19, 20] foi desenvolvida uma expres-
são para a densidade equivalente flexível a partir de simplificações
das Equações 2.1 e 2.2 de acoplamento do modelo de Biot. Partindo
da hipótese de que κκBS ≃ 0, a densidade ρeflex pode ser obtida por:
8
2.1. Modelos de materiais porosos
( p2 − p1 ) S
σ= , (2.12)
Vv h
9
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
10
2.2. Modelos acústicos não dissipativos
poro [13].
jωρ0⃗v + ∇ p = 0, (2.17)
11
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
ω2
∇2 p + p = 0, (2.23)
c20
12
2.3. Modelo de ressonador de Helmholtz
r
ωρ0
s=l , (2.27)
µ
µC p
Pr = , (2.28)
κ
onde s é o número de onda de cisalhamento, Pr é o número
de Prandtl e l é o comprimento característico da geometria. As
funções B(s) e D(s,Pr ) têm como função representar os efeitos
viscosos e térmicos, respectivamente. A obtenção destas funções se
dá analiticamente, como apresentado em [25, 26].
Considerando geometrias no formato de tubos, tem-se que o raio
é o comprimento característico. Desta forma as funções do modelo
LRF são dadas por:
3
J2 (j2 s)
B(s) = 3 , (2.29)
J0 (j2 s)
3 √
J2 (j2 s Pr )
D (s, Pr ) = 3 √ , (2.30)
J0 (j2 s Pr )
13
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
um sistema massa-mola [8]. Este filtro é sintonizado na frequência
de ressonância de um respectivo sistema massa-mola de um grau
de liberdade. Considera-se que a massa de gás contida no gargalo
representa a massa do sistema. Já o volume de gás contido dentro
do recipiente representa a rigidez do mesmo.
m = ρ0 SL′ , (2.31)
onde
14
2.3. Modelo de ressonador de Helmholtz
∆ρ Sξ
p = ρ0 c2 = ρ0 c2 . (2.34)
ρ V
ρ0 c20 S2
k = − , (2.35)
V
d2 ξ dξ
m 2
+ ( Rr + Rw ) + kξ = SPejωt , (2.36)
dt dt
sendo Rr a resistência a radiação sonora e Rw a resistência devido
as perdas na parede do pescoço. Com base na Equação 2.36
do movimento é possível obter a frequência de ressonância do
ressonador [28], dada por:
r r
S c0 S
ω0 = c 0 ′
(rad/s) ou f 0 = (Hz). (2.37)
LV 2π L′ V
ρ0 cK2 S2
Rr = , (2.38)
2π
15
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
e para a terminação não flangeada:
ρ0 cK2 S2
Rr = . (2.39)
4π
O termo Rw representa as perdas viscotérmicas, que para este
trabalho foram obtidas utilizando o modelo LRF, podendo ser
expresso em função do coeficiente de absorção para as perdas nas
paredes αw [29]. O coeficiente de absorção nas paredes pode ser
obtido da expressão Qw = 2αKw = ωR0wm , logo a resistência devido
às perdas viscotérmicas é:
ω0 m
Rw = = 2mcαw , (2.40)
Qw
R m = Rr + R w . (2.41)
16
2.3. Modelo de ressonador de Helmholtz
ZB = Zc s + jωε e ρ0 , (2.43)
17
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
R B , que foi negligenciada na Equação 2.43, e que deve ser
adicionada à Zc s. Segundo Nielsen (1949) R B é dado por:
R B = RS , (2.45)
1 1
RS = (2ηρ0 ω ) 2 , (2.46)
2
onde RS é a resistência de superfície.
18
2.3. Modelo de ressonador de Helmholtz
R 2
vm,n J12 2π D (m + n2 ) Zm,n ( B)
sZ0,0 ( B) 4
Z(B ) =′
ϕ( L)
+ ∑ ( m2 + n2 )
, (2.48)
π m,n ϕ ( L )
19
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
onde
s
S
si = , (2.52)
Di2
20
2.4. Método das matrizes de transferência-TMM Transfer Matrix
Method
onde
s
S
se = , (2.55)
De2
21
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
V ( M1 ) = [ T ]V ( M2 ) (2.57)
2.4.1.1 Fluido
Este tipo de camada é utilizado para simular espaços de ar
entre as camadas de material [12, 13, 21]. Desta forma, pode-se
escrever a matriz de transferência [ T f ] de uma camada de fluido
com espessura h da seguinte forma:
jωρ0
" #
cos(k z h) k z sin( k z h )
f
[ T ] = jkz (2.58)
ωρ0 sin( k z h ) cos(k z h)
22
2.4. Método das matrizes de transferência-TMM Transfer Matrix
Method
Este tipo de camada também pode ser utilizada para um meio po-
roso, desde que este seja modelado como fluido equivalente. Neste
caso, a densidade ρe e o número de onda k e do fluido serão
grandezas complexas.
DK4
Zs (ω ) = jωm 1 − 2 t . (2.60)
ω m
23
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
2.4.1.3 Ressonador de Helmholtz
Para a determinação da matriz de transferência do ressonador
T HR , e considerando que as ondas acústicas incidem diretamente
sobre o pescoço do ressonador [7], pode-se determinar essa matriz
por:
" #
1 0 1 jωMS
T HR,AB
= 1 , (2.64)
ZA 1 0 1
24
2.4. Método das matrizes de transferência-TMM Transfer Matrix
Method
τ e o coeficiente de reflexão R [2, 5, 7, 13]:
−2
cos(θ ) Tglobal (1, 2) Z0 Tglobal (2, 1)
τ = 4 Tglobal (1, 1) + Tglobal (2, 2) + + ,
Z0 cos(θ )
(2.66)
α = 1 − | R |2 . (2.69)
25
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
26
2.4. Método das matrizes de transferência-TMM Transfer Matrix
Method
• cada elemento só pode ser representado por uma matriz de
transferência 2x2;
27
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
28
2.5. Método dos elementos finitos-FEM
29
Capítulo 2. Modelos e métodos para a análise de materiais porosos,
ressonadores e painéis
2.5.3 Acoplamento fluido-estrutura
O acoplamento fuido-estrutura pode ser derivado pelo princípio
de Hamilton, acrescentando na Equação 2.75 do movimento da
placa um termo que represente o trabalho realizado pelo fluido na
placa e na Equação 2.74 do movimento do fluido um termo que
represente o trabalho realizado pela placa sobre a cavidade tal que:
Z 1 Z 1
[ Se ] = [ Ae ] T [p]T [q̄c ] ab dξdn[Be ]−1 , (2.80)
−1 −1
30
3 Resultados experimentais e validação
numérica
3.1.1 Geometria
A Figura 3.1 mostra o tubo de impedância de comprimento L,
diâmetro D, as posições dos microfones S1 e S2 , o porta amostra
(diâmetro D e comprimento L p ) e o ressonador.
31
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
32
3.1. Modelo numérico
⃗ p · ⃗n = 0,
∇ (3.1)
3.1.3 Malha
Neste modelo foram definidos três tamanhos máximos de
elementos nas regiões apresentadas na Figura 3.3.
Para definir o tamanho máximo do elemento para cada região da
malha, foi definido o menor comprimento de onda, correspondente
à máxima frequência de análise, f max = 1 kHz:
c0
λ= . (3.2)
f max
33
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
34
3.2. Análise experimental em tubo de impedância
35
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
36
3.2. Análise experimental em tubo de impedância
S22
H12 = = | H12 | ejϕ = Hr + jHi , (3.6.b)
S21
1/2
S S22
H12 = 12 = Hr + jHi , (3.6.c)
S11 S21
37
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
p2 ejk0 x2 +r e− jk0 x2
H12 = = jk x . (3.10)
p1 e 0 1 +r e− jk0 x1
α = 1 − |r |2 . (3.12)
38
3.3. Modelo analítico
39
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
40
3.4. Validação dos resultados numéricos
41
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
42
3.4. Validação dos resultados numéricos
43
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
44
3.4. Validação dos resultados numéricos
45
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
46
3.4. Validação dos resultados numéricos
47
Capítulo 3. Resultados experimentais e validação numérica
48
4 Análise dos efeitos de montagem dos
ressonadores
49
Capítulo 4. Análise dos efeitos de montagem dos ressonadores
50
4.2. Análise dos resultados
51
Capítulo 4. Análise dos efeitos de montagem dos ressonadores
52
4.2. Análise dos resultados
53
Capítulo 4. Análise dos efeitos de montagem dos ressonadores
54
4.2. Análise dos resultados
45 mm e 55 mm.
55
5 Aplicação de ressonadores e materiais
porosos em painéis duplos
5.1.1 Geometria
A Figura 5.1 apresenta os componentes de um sistema básico
de painel duplo com ressonadores e material poroso que será
analisado.
Esta Figura 5.1 mostra uma vista lateral esquemática da mon-
tagem dos painéis com o material poroso em série com os
ressonadores. As dimensões e seus componentes utilizados para a
construção do modelo são:
57
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
58
5.1. Modelo numérico
5.1.3 Malha
Para a construção da malha de elementos finitos foram adotados
os mesmos critérios de tamanho máximo de elemento aplicados na
validação (Capitulo 3), conforme apresentados na Figura 5.3. En-
tretanto, como neste modelo foram utilizados painéis de alumínio
(modelados como elementos do tipo shell), utilizou-se para o calculo
do tamanho mínimo do elemento a velocidade do som nos painéis,
pois a mesma era menor do que no ar e no material poroso. Para os
modelos acústicos (JCA, acústica clássica e LRF) foram utilizados
elementos tetraédricos com funções de forma lineares e para o
modelo estrutural foram utilizados elementos shell triangulares
com funções de forma lineares.
59
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
60
5.1. Modelo numérico
61
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
é o angulo de incidência, com intervalos entre [0, π] e ψn é o angulo
azimutal, que assume valores no intervalo de [0,2π]. De posse do
vetor de intensidade, a potência sonora incidente é determinada
por:
E N
∏ i = ∑ ∑ Ae ⃗In⃗re , (5.2)
e n
62
5.2. Modelo TMM
{ p̃e } = [ Z
e ]{ṽe }, (5.8)
S
P̄(ω ) = Re{{ṽe } H [ Z̃ ]{ṽe }} =
2R (5.9)
S
= {ṽe } H ([ Z̃ ] + [ Z̃ ] H ){ṽe } = {ṽe } H [R]{ṽe },
4R
onde a matriz [R] é definida como "matriz de resistência à
radiação" dada por:
S S
[R] = Re[ Z̃ ] = ([ Z̃ ] + [ Z̃ ] H ) =
2R 4R
sen(kR12 ) sen(kR1R )
1 kR12 · · · kR1R
sen(kR21 )
· · · sen(kR2R ) (5.10)
ω 2 ρ0 A2e
kR21
1 kR2R
= . . . ..
.
4πc .. .. .. .
sen(kR R1 )
kR R1 ··· ··· 1
63
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
esquema de uma configuração onde utiliza-se TMM e P-TMM em
conjunto.
64
5.3. Determinação experimental da perda de transmissão
Versão 10.1;
• caixa acústica;
Sp
TL = ⟨NPS1 ⟩ − ⟨NPS2 ⟩ + 10log [dB], (5.11)
Aeq
65
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
66
5.3. Determinação experimental da perda de transmissão
67
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
A Figura 5.9 apresenta os ressonadores fixados no painel interno
e uma das configurações utilizadas, na qual foram inseridos os
ressonadores no material poroso. Outras configurações podem ser
vistas no Apêndice A.
68
5.4. Análise dos resultados
69
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
70
5.4. Análise dos resultados
71
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
A Figura 5.14 mostra a comparação dos resultados das configu-
rações B (só espuma) e E (espuma e ressonadores em paralelo) da
Tabela 5.1. As configurações C (só fibra) e F (fibra e ressonadores
em paralelo) podem ser vistas no Apêndice B.
72
5.4. Análise dos resultados
73
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
das configurações H (fibra e ressonadores em série) e J (fibra e
ressonadores parcialmente imersos) da Tabela 5.1. As configurações
G (espuma e ressonadores em série) e I (espuma e ressonadores
parcialmente imersos) podem ser vistas no Apêndice B.
74
5.4. Análise dos resultados
75
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
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5.4. Análise dos resultados
77
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
resultado obtido na Figura 5.18 com exceção do pico de TL na
banda de 400 Hz, tendo um valor de aproximadamente 29 dB, o que
equivale a um aumento de 7 dB quando se comparam os resultado
em TMM sem e com ressonadores.
A Figura 5.20 mostra a comparação dos resultados das configu-
rações B (só espuma) da Tabela 5.1. Os resultados da configuração
C (só fibra) podem ser vistos no Apêndice B.
78
5.4. Análise dos resultados
79
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
amortecimento para o sistema.
Por fim, a Figura 5.22 mostra a comparação dos resultados da
configuração G (espuma e ressonadores em série) da Tabela 5.1. Os
resultados da configuração H (fibra e ressonadores em série) podem
ser vistos no Apêndice B.
80
5.4. Análise dos resultados
81
Capítulo 5. Aplicação de ressonadores e materiais porosos em painéis
duplos
se que para as três configurações tem-se um ganho na banda de 400
Hz. Para a configuração D o ganho é de 7 dB, para a configuração F
é de 8,5 dB e para a configuração H o ganho é de aproximadamente
11 dB.
Com os resultados obtidos nesse capítulo pode-se afirmar que
por mais que existam diferenças entre os resultados dos modelos
em FEM e TMM, e os experimentais, em todos estes resultados
foi possível observar a influência da utilização dos ressonadores
no aumento da TL de painéis duplos com ou sem tratamento
acústico. Analisando os resultados obtidos na Figura 5.17 é possível
observar que para o melhor caso, onde se tem o ressonador imerso
parcialmente na fibra, tem-se um ganho de aproximadamente 10
dB próximo à frequência de sintonia dos ressonadores. Já quando
se analisa a Figura 5.23 é possível observar que, para o caso onde
os ressonadores estão em série com a fibra, tem-se um ganho de
aproximadamente 11 dB próximo à frequência de sintonia dos
ressonadores.
82
6 Conclusões
83
Capítulo 6. Conclusões
84
6.1. Sugestões para trabalhos futuros
85
Referências bibliográficas
87
Referências bibliográficas
88
Referências bibliográficas
89
Referências bibliográficas
90
Referências bibliográficas
91
Referências bibliográficas
92
Referências bibliográficas
93
Apêndices
95
A Configurações e montagens experi-
mentais
97
Apêndice A. Configurações e montagens experimentais
98
Figura A.4.: Configuração da TL dos painéis com fibra e ressonadores
em paralelo vista da câmara fonte.
99
B Resultados da absorção sonora para os
parâmetros t e R ar
101
Apêndice B. Resultados da absorção sonora para os parâmetros t e
R ar
102
B.2. Avaliação da influencia do diâmetro da camada de ar na frente
do pescoço (experimento)
103
.