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Em NY, Boris Johnson defende vacina e ouve Bolsonaro

dizer que não se imunizou



Beatriz Bulla, enviada especial
1 hora atrás

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NOVA YORK – O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez elogio enfático e saiu em defesa da
vacina contra covid-19 produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca, quando viu o presidente do
Brasil, Jair Bolsonaro, fazer um sinal negativo com as mãos. Johnson, que acabara de sugerir a jornalistas
que tomassem a vacina, disse a Bolsonaro: “eu tomei duas vezes já”. Bolsonaro respondeu com o sinal
negativo das mãos e disse: “eu ainda não”.

Com a vacinação amplamente defendida por líderes mundiais como Johnson e o presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, Bolsonaro destoa do restante do mundo na chegada para a Assembleia-Geral das
Nações Unidas, que acontece nesta terça-feira, 21. O constrangimento pela falta de vacinação do
presidente, que tem procurado saídas para poder circular em Nova York sem vacina, e sua declarada
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posição sobre o tema colocam em xeque a estratégia do Itamaraty de vender uma agenda positiva no
evento e reverter o desgaste internacional de Bolsonaro.

Bolsonaro é o único líder do G-20 que está presente em Nova York para o fórum da ONU e declarou
publicamente

não ter se vacinado. A cidade exige vacinação para uma série de atividades e o próprio

organismo defendeu que delegações estivessem imunizadas ao desembarcar em NY. O presidente, que
questionou sem base científica a segurança de vacinas contra covid, já disse que será o último brasileiro a
se vacinar.

O vídeo do encontro divulgado por Bolsonaro deixa de fora a parte da cobrança de Johnson pela
vacinação. A imprensa britânica, no entanto, divulgou este trecho do encontro entre os dois presidentes,
que aconteceu nesta segunda-feira. Os jornalistas brasileiros não puderam entrar na reunião. A Presidência
do Brasil autorizou apenas a entrada da imprensa oficial.

O assunto que foi tema do encontro com Boris desperta reações da comunidade internacional. Publicações
na imprensa estrangeira divulgaram que Bolsonaro viajou a em NY sem vacina. Na semana passada, a
embaixadora dos EUA junto à ONU, Linda Thomas-Greenfield, foi questionada por um jornalista sobre a
situação de Bolsonaro – e os cuidados para que a Assembleia-Geral não se torne um evento de
propagação do vírus.

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