Você está na página 1de 2

Alunos: Cesiomar Carneiro, Leonardo Batista

Professor: André Vinícius


Instituições Democráticas e Ordens Constitucionais
Direito – 3ª Período, Matutino

DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS

(DO ESTADO DE DEFESA E DO ESTADO DE SÍTIO)

Sabemos que todo o arcabouço jurídico brasileiro está espelhado na Constituição


Federal, que distribui todas as regras e diretrizes a serem observadas por meio dos
poderes soberanos: Executivo, Legislativo e Judiciário. Assim todas as ações civis ou
estatais possuem previsões legais que direcionam a liberdade social e perfazem a
estrutura jurídica nacional.

Entretanto, como a imprevisibilidade também faz parte da condição humana,


existe a nítida necessidade de se possibilitar a flexibilização da lei no sentido oposto
ou diverso do seu natural, afim de superar as dificuldades existenciais iminentes.

No título V, seção I e II (que compreendem os artigos 136 a 139), a carta Magna


nos mostra claramente como a lei se flexiona para atender tais imprevisibilidades
que podem emergir, possibilitando o acionamento de mecanismos ordenados pelos
princípios da necessidade e temporariedade — que não contrariam as diretrizes
constitucionais —, antes as mantém juridicamente estáveis e passíveis de
superação.

Assim, medidas coercitivas como restrições relativas à inviolabilidade da


correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à
liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei (Art. 139, III)
exemplificam a aparente contradição que são submetidas às pessoas por prazo
determinado.

Cabe ao presidente da República (Art. 84, IX), mediante decreto e após ouvir os
conselhos: da República e de Defesa, determinar, quando as circunstâncias
exigirem, o estado de defesa, e de igual forma solicitar ao Congresso Nacional —
que deliberará nesse ato por maioria absoluta — o estado de sítio.

Os mecanismos constitucionais de crise se diferem pela gravidade e natureza


dos próprios riscos ao qual o Estado pode enfrentar. Assim falamos em estado de
defesa sempre que houver grave e iminente instabilidade institucional ou
calamidades de grandes proporções na natureza; enquanto no estado de sítio, grave
comoção de repercussão nacional ou até fatos que comprovem a ineficácia de
medidas tomadas durante o estado de defesa, declaração de estado de guerra ou
resposta a agressão armada estrangeira.

Outro ponto importante consiste no tempo de duração das medidas, que poderá
ser de até trinta dias (prorrogáveis por mais trinta) no estado de defesa e de apenas
trinta dias (sem possibilidade de prorrogação) quando o estado de sítio retratar as
espécies do inciso I do Art. 137, e sem duração prevista quando se tratar de estado
de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

É fato evidente a necessidade, por meio do Estado, de fiscalização das


medidas a serem tomadas afim de que não ultrapassassem os pré-requisitos
perante a lei. Assim, no Art.140 nos mostra a forma que o Congresso Nacional tem
para acompanhar a execução das medidas referentes ao estado de defesa e ao
estado de sítio. Por meio deste, será designado 05 (cinco) de seus membros para a
Comissão incumbido de supervisionar tais medidas.

Também, a própria Constituição já relata o que ocorrerá caso cessado o estado


de sítio ou de defesa, na seção lll. Assim que se declare como encerradas essas
medias, logo também, se cessará todos seus efeitos mesmo que sejam ilícitos, sem
prejuízo de responsabilidade.

É claro que caso ocorra algo desse nível, será necessário forças estatais (sob
autoridade suprema do Presidente) para garantir a proteção e segurança da Pátria. O
capítulo ll nos apresenta as Forças Armadas, contituídas pela Marinha, Aeronáutica e
pelo Exército. Lembrando que o serviço militar é obrigatório nos termos da lei.

A Constituição Federal nos assegura em seu 5º Artigo, a segurança. A


segurança é algo essencial para qualquer pessoa, ainda mais em períodos
imprevistos de conturbação. Portanto, o Estado por dever, tem à sua disposição
órgãos para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrímônio.

Temos então em nossa Constituição todo um processo já pensado para


momentos de crise. Pensado do começo ao fim prezando a segurança e proteção da
União e também justiça perante a Lei.

Você também pode gostar