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A) O irregular comportamento do Poder Público de descumprir o procedimento exigido

pelo ordenamento para que a aquisição compulsória do bem privado se realize,


emitindo-se indevidamente na sua posse. Assim, o estado, em vez de cumprir as
regras que condicionam o modo de aquisição originária e coercitiva da propriedade,
limita-se a materialmente apossar-se da coisa alheia, embrulhando-se a posse, em
flagrante ilicitude. Nessa hipótese caberá ao proprietário ajuizar ação judicial de
“desapropriação indireta” visando o recebimento dos créditos (indenização) devidos a
ele.

B) A modalidade de licitação correta a ser aplicada é a concorrência, que é a modalidade


entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem
possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para a execução de
seu objeto.
Nesta hipótese, o contrato pode ser regido pelo regime da parceria Pública-Privada,
uma vez que, atende a condição do montante mínimo estabelecido por lei de R$
20.000.000,00 (vinte milhões) como prevê a Lei n° 11.079/04, no seu artigo 2°, §4º.
A lei também condiciona que o prazo para a realização dos serviços seja inferior a 5
(cinco) anos.

C) A Lei n°8.633/93, no seu artigo 70, dispõe que na execução de contratos, fica
incubido ao contratado a responsabilidade pelos danos causados diretamente à
Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo. Tal previsão não
afasta a responsabilidade de acompanhamento e fiscalização do órgão interessado.

D) Deverá ser proposta ação de improbidade administrativa, que tem como objetivo
apurar e se for o caso punir a prática de atos ilícitos na administração pública direta e
indireta, além de recuperar os valores aos cofres públicos. A improbidade
administrativa está prevista na Lei n° 8.429/92, no artigo 9° e seguintes.
Ademais, no que tange às penalidades, estão prevista no artigo 37, §4 da Constituição
Federal, que dispõe “​os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação
penal cabível”. Na mesma linha, o artigo 12, da Lei n° 8.429/92, também dispõe sobre
as possíveis penalidades aplicada na improbidade administrativa, como a possível
perda de bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio; multa civil e/ou
proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais
ou creditícios, direta ou indiretamente.

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