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GC - Governança Corporativa

AULA VIRTUAL 01 e 02

Profa Juliana Valença


profa_juliana_valenca@hotmail.com
juliana.valenca2@gmail.com
Quintas-feiras das 19:00 às 22:00
1⁰ 𝒅𝒊𝒂 𝒅𝒆 𝑨𝒖𝒍𝒂

𝑩𝒆𝒎 𝑽𝒊𝒏𝒅𝒐𝒔!!!!!!
Aula 01
Apresentação do professor 1. Motivações, origens e fundamentos:

Ementa histórico, fundamentos e tendências

Plano de Aula conceitos de governança corporativa

Bibliografia
(ROSSETTI, 2019, cap 01, item 1.1, 1.2, 1.3, 1.4 )

(SILVA, 2016, cap 02)


Avaliações / Exercícios
(SILVA, 2006, cap 01, item 1.1)
-> Delimitações no processo de correção

Provas
Aula 02

outros conceitos importantes

Lista 02 de exercícios: questões discursivas


Apresentar Plano de Aula e as
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Ementa
Esta disciplina trata da necessidade da governança corporativa, dos seus conceitos e princípios,
motivações e origens, e das melhores práticas e impactos com foco especial no Código das Melhores
Práticas de Governança Corporativa do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Saber o significado e a necessidade da Governança Corporativa, sua importância, como pode ser
praticada e compreender seu impacto sobre as Organizações.

As aulas serão expositivas-dialogadas, com apoio de material de leitura. Serão indicados textos
complementares, além da bibliografia básica, que possibilitará o entendimento sobre conceitos
básicos de Governança Corporativa.

Serão discutidos temas atuais sobre a Governança Corporativa através de matérias de jornais,
revistas e da Internet.
Introdução

A transição para o capitalismo sustentável será uma das mais complexas revoluções que a
nossa espécie já vivenciou.

Estamos embarcando em uma revolução cultural global, que tem como epicentro a
sustentabilidade.

Ela tem a ver com valores, mercados, transparência, ciclos de vida de tecnologias e
produtos e tensões entre o longo e o curto prazo.

E as empresas, mais que governos ou outras organizações, estarão no comando destas


revoluções.

Um comando que se exercerá pelos princípios da governança corporativa.

JOHN ELKINGTON Cannibals with forks


Histórico, Fundamentos e
Tendências
Os processos
históricos que
levaram ao
despertar da
governança
corporativa.
Werner Sombart (1863- Maximilian Karl Emil Karl Marx (1818-1883) foi um
1941) foi um sociólogo e Weber (1864-1920) foi filósofo, sociólogo,
um intelectual, jurista e historiador, economista,
economista alemão. Figura
economista alemão jornalista e revolucionário
de destaque da Escola
considerado um dos socialista. Nascido na Prússia
historicista alemã, Sombart
fundadores da Sociologia (atual Alemanha), mais tarde
está entre os mais se tornou apátrido e passou
importantes autores grande parte de sua vida em
europeus do primeiro quarto Londres, no Reino Unido
do século XX, no campo das
Ciências Sociais
Concepções do sistema capitalista: uma síntese.
Os Determinantes da Evolução do
Capitalismo
“Período algum da história é feito de um só tecido – todos os
períodos são misturas complexas de diferentes elementos.”

Esta observação de Dobb justifica a enumeração de pelo menos oito


fatores determinantes da evolução do capitalismo e, em sua esteira, das
grandes corporações de negócios que hoje dominam o cenário da
economia globalizada:
1. A sansão* (força) da ética calvinista.

2. A doutrina liberal, enquanto revolução política e econômica.

3. A Revolução Industrial.

4. O desenvolvimento tecnológico incessante, o agigantamento das escalas, a produção


em série, a diversificação e a multiplicação de novos ramos industriais.

5. A ascensão do capital como fator de produção.

6. O surgimento e a institucionalização do sistema de sociedade anônima.

7. O crash de 1929-1933, a revolução keynesiana, os avanços da macroeconomia e a


revisão das funções do estado.

8. O desenvolvimento da ciência da administração.

9. O agigantamento das corporações e o divórcio propriedade-gestão.


Modelo T de Henry Ford:
em dez anos, a produção
cresceu 68 vezes, de
10.607 unidades em
1908-09 para 730.041 em
1916-17.

Em contrapartida, os
preços recuaram pela
metade, ampliando o
mercado, ao mesmo
tempo em que, pelo
aumento das escalas, a
receita operacional da
empresa aumentou 30
vezes.
★ O sistema de sociedade anônima foi uma das mais importantes formas de captar
recursos para as dimensões do capitalismo ocidental.
★ O sistema acionário estabeleceu-se tanto na Europa quanto nos Estados Unidos,
irrigando o crescimento das empresas.
★ As precursoras deste sistema foram as “companhias licenciadas” dos séculos XVI,
XVII e início do XVIII.
★ Mas a primeira sociedade anônima moderna foi fundada em 1813, com 76
acionistas.
★ Rapidamente, esta instituição penetrou em todos os setores produtivos.
★ Em 1899, nos Estados Unidos, o censo econômico registrou que 66,7% de todos
os produtos manufaturados provinham de SAs.
★ No início do século XX, completou-se a institucionalização desse modelo. Eram
então comuns corporações com mais de 100.000 acionistas.
★ A maior dos Estados Unidos, a AT&T, contava com mais de 560.000.
A companhia que se tornou AT&T começou
em 1875, em um acordo entre o inventor
Alexander Graham Bell e dois homens,
Gardiner Hubbard (Sogro de Graham Bell) e
Thomas Sanders, que concordaram em
financiar o seu trabalho. Bell estava tentando
inventar um telégrafo falante - um telefone.
Ele foi bem sucedido e conseguiu registrar as
patentes em 1876 e 1877. Em 1877, os três
homens formaram a Bell Telephone
Company para explorar a invenção. A
primeira central telefônica, operando sob a
licença da Bell, abriu em New Haven,
Connecticut em 1878. Em três anos, centrais
telefônicas existiam nas principais cidades
dos Estados Unidos, operando sob a licença
do que hoje é a American Bell Telephone
Company. Em 1882, American Bell adquiriu
controle na Western Electric Company, que
se tornou a sua fábrica. Gradualmente, a
American Bell se tornou dona da maioria dos
seus licenciados, e a empresa passou a ser
Thomas Edison 1847-1931
George Westinghouse 1846-1914 (freio a ar comprimido)
Nikola Tesla 1856-1943 (corrente alternada)
J.P. Morgan 1837-1913 (finanças corporativas e consolidação industrial)
O automatismo das forças de
mercado, o incentivo do lucro e
a euforia contagiante com o
crescimento da riqueza, que
acabou por culminar com crash
de 1929-33, uma derrocada
sem precedentes, movida a
ingredientes que exigiam
correções – da febre
especulativa à perda da
prudência
, passando pela insuficiência de demanda no setor real da economia.
Estabeleceram-se então novos princípios para remodelagem do sistema
capitalista, sintetizados na General Theory, de Keynes. Eles abriram
espaços para as boas práticas da moderna Governança Corporativa.
O desenvolvimento da ciência da
administração acompanhou todos
os grandes movimentos de
formação e de maturação do
sistema capitalista quatro aspectos relacionados à
administração tornaram-se dia a dia
mais nítidos:
Tornaram-se partes de um mesmo todo a a) o gigantismo e o poder das
corporações;
1) formação do capitalismo, a b) o processo de dispersão do
2) evolução do mundo corporativo e o
controle das grandes corporações;
3) desenvolvimento da ciência da
administração. c) o divórcio entre a propriedade e a
gestão; e
Mas essas estreitas relações jamais foram d) a ascensão da tecnoestrutura
tão profundas quanto no século XX, dando organizacional como novo fator de
suporte para avanços qualitativos em três poder dentro das corporações.
mundos afins: A) o͟ ͟d͟o͟ ͟c͟a͟p͟i͟t͟a͟l͟i͟s͟m͟o͟,͟ ͟B)
o͟ ͟d͟a͟s͟ ͟c͟o͟r͟p͟o͟r͟a͟ç͟õ͟e͟s͟ ͟e͟ ͟C) o͟ ͟d͟o͟s͟ ͟s͟e͟u͟s͟ ͟g͟e͟s͟t͟o͟r͟e͟s͟
͟
A) O agigantamento das corporações
tem sido acompanhado por um
processo histórico de dispersão do
capital de controle, sob o impacto de
cinco fatores:

a) a constituição das grandes


empresas na forma de SAs abertas;
b) a abertura do capital de empresas
fechadas;
c) o aumento do número de
investidores nos mercados de capitais;
d) os processos sucessórios; e
e) as fusões e as aquisições, quando
reduzem a participação dos sócios no
total do capital expandido.
B) O sistema acionário
possibilitou, de um lado,
o expansionismo e o
agigantamento do dentro dele um
mundo corporativo, bem importante movimento, Global 2000: 20 maiores
como a concentração oposto ao da
empresas brasileiras de
do poder econômico concentração: a
capital aberto de 2019
das 500 maiores dispersão do número de
empresas das acionistas e a Link:
economias nacionais. despersonalização da https://forbes.com.br/listas/2019/05/glob
al-2000-20-maiores-empresas-

Mas, de outro lado, propriedade. brasileiras-de-capital-aberto-de-


2019/#foto4
manifestou-se Os acionistas tornaram-
se, em grande e
crescente número de
empresas, proprietários
passivos
A Sociedade Limitada é uma empresa criada A Sociedade Anônima é mais comum no
de acordo com o investimento de cada sócio na Brasil. Composta por dois sócios ou mais,
formação do capital social. Normalmente é seu capital social é dividido por ações ou
constituída por dois ou mais sócios – e até cotas. Este tipo de sociedade possui uma
mesmo por outra empresa – sendo que cada um certa complexidade e geralmente já está
deles é responsável pelo percentual de capital mais amadurecida. Os sócios possuem o
social investido. Para a composição da razão objetivo de acumular capital.
social (nome da empresa) é necessário incluir a O capital dessa sociedade pode ser de duas
sigla “LTDA”, que significa “limitada”. formas: aberto, quando o valor pode ser
A empresa pode ser constituída por membros de negociado na bolsa de valores, ou fechado,
uma família ou uma sociedade anônima, de quando o valor não é negociável na bolsa de
forma que um desses sócios seja o responsável valores.
legal pela empresa. Para essa cláusula, vai Neste modelo de sociedade os nomes não
especificado no Contrato Social de constituição são associados à composição da empresa
da empresa essa informação. e, sim, às ações ou cotas. Cada sócio tem
Por se tratar de uma sociedade em que há sua responsabilidade de acordo com seu
investimento de cada sócio, ela dá o respaldo percentual.
legal que protege os patrimônios de cada um Para a constituição de uma empresa com
nos casos de falência, rompimento ou menos complexidade e exigências, é
afastamento. E a sociedade limitada é recomendável a Sociedade Limitada. Na
registrada na junta comercial correspondente maioria das vezes atende às necessidades
ao estado de abertura. e expectativas dentro da realidade atual.
C) O divórcio entre a propriedade e a gestão acarretou mudanças profundas nas
companhias:

a) a propriedade desligou-se da administração;


b) os “capitães de indústria”, fundadores-proprietários, foram substituídos por
executivos contratados;
c) os objetivos corporativos deixaram de se limitar à maximização de lucros
(ex: segurança das operações e aversão à riscos); e
d) várias inadequações e conflitos de interesse passaram a ser observados no
interior das corporações.

Mas foram exatamente os conflitos de interesses não perfeitamente


simétricos que levaram à reaproximação da propriedade e da gestão, pelo
caminho da difusão e da adoção de boas práticas de governança corporativa.
D) A governança corporativa desenvolveu-se
como reação aos oportunismos proporcionados
pelo afastamento dos proprietários passivos.

Entre os trabalhos pioneiros, evidenciando os


conflitos entre proprietários e gestores e a
ascensão da tecnoestrutura da organização
como novo fator de poder, destacaram-se os de
Berle e Means (1932) e os de Galbraith (1967).

Berle e Means examinaram o desalinhamento


entre proprietários passivos e não proprietários
usufrutuários.

Galbrath destacou como os gestores,


controladores de complexa tecnoestrutura
organizada, tornaram-se o fator mais importante
de sustentação do mundo corporativo: a
inteligência organizada passou a substituir o
empreendedor franco-atirador.
★ A grande dispersão na propriedade das ações tornava os acionistas
desinteressados em participar das assembleias gerais, estando boa
parte deles plenamente satisfeita em outorgar* (ou conceder)
procurações aos executivos da companhia, que, dessa forma,
garantiam sua manutenção nos cargos e a eleição para o Board of
Directors (análogo ao Conselho de Administração, no Brasil) de
pessoas a eles vinculadas, e que não poriam em risco a manutenção
do poder de controle em suas mãos.

★ Como as quantidades de ações detidas pelos acionistas


individualmente eram pequenas, aqueles que não estavam satisfeitos
com a administração, ao invés de se organizarem para reclamar e
exigir seus direitos, simplesmente desfaziam-se das ações, passando
a aplicar seus recursos em outro ativo financeiro ou em ações de
companhias que julgavam ser melhor administradas.
“Dos diretores de tais companhias ,
pelo fato de serem administradores
mais do dinheiro de outras pessoas do
que do próprio capital deles, não se
pode esperar que zelem pelo negócio
com a mesma vigilância atenta com a
qual os sócios em uma sociedade
privada frequentemente zelam por
seus próprios interesses ( ).

Negligência e esbanjamento, dessa


CADBURY, Adrian. Corporate forma, deverão frequentemente
Governance and Chairmanship
— A Personal View, Oxford
predominar na administração dos
University Press, 2002, pg 268 negócios de tais companhias.”
“(...) Hoje em dia, a atenção é muito mais
focada nos conselheiros e diretores
executivos que atuam na busca dos
próprios interesses, como, por exemplo,
pelo reinvestimento na expansão de seus
impérios ao invés de aumentar o retorno
dos acionistas, do que na negligência e
esbanjamento — nada obstante essas
atitudes indevidas ainda continuem a
ocorrer.”
Tipo de Empresa: capital aberto
Gênero: Sociedade de economia mista
Proprietário: Governo federal é o maior acionista
Presidente: André Guilherme Brandão

Tipo de Empresa: de capital fechado


Gênero: Empresa pública
Proprietário: Governo do Brasil
Presidente: Pedro Guimarães

Tipo de Empresa: de capital aberto e de


sociedade anônima
Gênero: Sociedade de economia mista
Proprietário: Governo do Brasil
Presidente: Roberto Castello Branco
André Guilherme Brandão Pedro Guimarães
ex-presidente do HSBC Economista
O HSBC agora é um banco PhD pela Universidade de
de investimento, e parte Rochester
dele foi vendida ao
Bradesco, em 2016

Roberto Castello Branco


Economista
PhD pela Universidade de
Chicago
ex-membro do conselho
administrativo da Petrobras
Com o objetivo de restaurar
a confiança que o público
deposita nas empresas e
também de prevenir as
práticas fraudulentas, tem
sido crescente o interesse
das organizações públicas e
privadas pelo tema da
Governança Corporativa, um
conceito de gestão
relacionado aos princípios
da
e͟q͟u͟i͟d͟a͟d͟e͟,͟ ͟d͟a͟ ͟t͟r͟a͟n͟s͟p͟a͟r͟ê͟n͟c͟i͟a͟ ͟
e͟ ͟d͟a͟ ͟r͟e͟s͟p͟o͟n͟s͟a͟b͟i͟l͟i͟d͟a͟d͟e͟
͟
Enfim…
★ Seguramente, Governança Corporativa não é um
modismo a mais.
★ Seu desenvolvimento tem raízes firmes.
★ E sua adoção tem fortes razões para se disseminar.
★ Organizações multilaterais, como a ONU (Organização
das Nações Unidas) e a OCDE, (Organização para
Cooperação e Desenvolvimento Econômico) veem as
boas práticas da governança corporativa como
pilares da arquitetura econômica global e um dos
instrumentos do desenvolvimento, em suas três
dimensões – a econômica, a social e a ambiental.
Conceitos e Definições de Governança
Corporativa
★ Acuados pela superexposição dos escândalos na
mídia e pela pressão popular, governos e autoridades
reguladoras viram-se diante da obrigação de
reconstruir a confiança perdida pelas práticas
abusivas das corporações.

★ Assim, o movimento pela governança corporativa


surgiu no cenário mundial na década de 1980, nos
Estados Unidos, em virtude da preocupação das
organizações com a ocorrência de crises e
escândalos corporativos internacionais, que
trouxeram à tona a necessidade de implantação de
uma gestão voltada para a transparência.
𝙰 𝚙𝚊𝚕𝚊𝚟𝚛𝚊 𝚐𝚘𝚟𝚎𝚛𝚗𝚊𝚗𝚌̧𝚊 𝚎́ 𝚘𝚛𝚒𝚞𝚗𝚍𝚊 𝚍𝚎 𝚜𝚞𝚊 𝚛𝚊𝚒𝚣 𝚕𝚊𝚝𝚒𝚗𝚊 𝚐𝚞𝚋𝚎𝚛𝚗𝚊𝚛𝚎,
𝚚𝚞𝚎 𝚜𝚒𝚐𝚗𝚒𝚏𝚒𝚌𝚊 “𝚐𝚘𝚟𝚎𝚛𝚗𝚊𝚛”, “𝚍𝚒𝚛𝚒𝚐𝚒𝚛”, “𝚐𝚞𝚒𝚊𝚛”, 𝚎 𝚘 𝚝𝚎𝚛𝚖𝚘
𝚌𝚘𝚛𝚙𝚘𝚛𝚊𝚝𝚒𝚟𝚊 𝚍𝚎𝚛𝚒𝚟𝚊 𝚍𝚎 𝚌𝚘𝚛𝚙𝚘𝚛𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 (𝚍𝚘 𝚕𝚊𝚝𝚒𝚖 𝚌𝚘𝚛𝚙𝚘𝚛𝚒𝚜 𝚎 𝚊𝚌𝚝𝚒𝚘,
“𝚌𝚘𝚛𝚙𝚘” 𝚎 “𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘”) 𝚎 𝚍𝚎𝚜𝚒𝚐𝚗𝚊 𝚞𝚖 𝚐𝚛𝚞𝚙𝚘 𝚍𝚎 𝚙𝚎𝚜𝚜𝚘𝚊𝚜 𝚚𝚞𝚎 𝚊𝚐𝚎𝚖 𝚌𝚘𝚖𝚘 𝚜𝚎
𝚏𝚘𝚜𝚜𝚎𝚖 𝚞𝚖 𝚜𝚘́ 𝚌𝚘𝚛𝚙𝚘, 𝚋𝚞𝚜𝚌𝚊𝚗𝚍𝚘 𝚌𝚘𝚗𝚌𝚛𝚎𝚝𝚒𝚣𝚊𝚛 𝚘𝚋𝚓𝚎𝚝𝚒𝚟𝚘𝚜 𝚎𝚖 𝚌𝚘𝚖𝚞𝚖,
𝚊 𝚎𝚡𝚎𝚖𝚙𝚕𝚘 𝚍𝚎 𝚞𝚖𝚊 𝚊𝚐𝚛𝚎𝚖𝚒𝚊𝚌̧𝚊̃𝚘 𝚘𝚞 𝚎𝚖𝚙𝚛𝚎𝚜𝚊.
❏ Governança corporativa é o conjunto de processos, costumes,
políticas, leis, regulamentos e instituições que regulam a
maneira como uma empresa é dirigida, administrada ou
controlada.
❏ O termo inclui também o estudo sobre as relações entre os
diversos atores envolvidos partes interessadas (stakeholders) e
os objetivos pelos quais a empresa se orienta.
❏ Os principais stakeholders são os acionistas, a alta
administração e o Conselho de Administração.
❏ Outros participantes são os funcionários; os fornecedores; os
clientes; os bancos e credores; as instituições reguladoras,
como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco
Central; e a comunidade em geral.
O papel da Governança Corporativa é atender basicamente aos interesses dos
acionistas, em compatibilização com os interesses dos empregados, clientes,
fornecedores, credores e da comunidade em que opera a empresa. Sua operação
envolve os grupos de poder vinculados à condução dos negócios, supervisiona e
monitora o desempenho dos executivos, garantindo sua capacidade de prestar contas
de seus atos aos acionistas e outros agentes interessados na empresa. (Rodrigues, 2003, p. 12)
Alguns Conceitos e Definições de Governança
Corporativa

Para o G8, “a governança corporativa é um dos mais novos e


importantes pilares da arquitetura econômica global”.

E, para a OCDE, (Organização para Cooperação e Desenvolvimento


Econômico) “a governança corporativa é um dos instrumentos
determinantes do desenvolvimento sustentável, em suas três
dimensões – a econômica, a ambiental e a social”.

ROSSETTI, 2019, p. 26
Conceitos e Definições de Governança
Corporativa

A governança corporativa é um conjunto de práticas que têm por finalidade otimizar o


desempenho de uma companhia, protegendo investidores, empregados e credores,
facilitando, assim, o acesso ao capital.

Existem inúmeras definições de governança corporativa, mas todas apresentam coesão em


seus conceitos, princípios, finalidades, modelos e práticas...
SISTEMA DE RELAÇÕES – IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa):
governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, Conselho de
Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de governança corporativa
convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade
de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso a recursos e
contribuindo para sua longevidade

(IBGC, 2004).
CVM: (Comissão de Valores Monetário) governança corporativa é o conjunto de práticas
que têm por finalidade otimizar o desempenho de uma companhia ao proteger todas as
partes interessadas, tais como investidores, empregados e credores, facilitando o acesso ao
capital. A análise das práticas de governança corporativa aplicada ao mercado de capitais
envolve, principalmente: transparência, equidade de tratamento dos acionistas e prestação
de contas.

BOVESPA: governança corporativa é o conjunto de mecanismos de incentivo e controle


que visam assegurar que as decisões sejam tomadas em linha com os objetivos de longo
prazo das organizações. O objetivo principal da governança corporativa é contribuir
substancialmente para o alcance de suas metas estratégicas e a criação de valor para todos
os seus acionistas, respeitando os relacionamentos com as partes interessadas
(stakeholders).
Existem inúmeras definições de governança corporativa, mas todas
apresentam coesão em seus conceitos, princípios, finalidades, modelos e
práticas...
Ver o lado Olhar para a
POSITIVO: o que situação com as
vai funcionar? EMOÇÕES e
entender como se
sente

Tentar pensar em
No cenário atual,
IDEIAS
qual seria a
ALTERNATIVAS
MELHOR
SOLUÇÃO?

Ver o lado Ver de forma


NEGATIVO: o que OBJETIVA quais
não vai funcionar ? são os fatos
● SISTEMA DE RELAÇÕES – IBGC
sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e
incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários,
Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle

● GUARDIÃ DE DIREITOS – OCDE


A estrutura da governança corporativa especifica a distribuição dos
direitos e responsabilidade entre os diferentes participantes da
corporação, tais como o conselho de administração, os diretores
executivos, os acionistas e outros interessados, além de definir as
regras e procedimentos para a tomada de decisão em relação às
questões corporativas.

● ESTRUTURA DE PODER – CADBURY*


sistema e a estrutura de poder que regem os mecanismos através
dos quais as companhias são dirigidas e controladas e a
responsabilidade de Conselheiros e Executivos por mais
transparência.

● SISTEMA NORMATIVO – CLAESSENS e FAN


diz respeito a padrões de comportamento que conduzem à
eficiência, ao crescimento e ao tratamento dado aos acionistas e a
outras partes interessadas, tendo por base princípios definidos pela
ética aplicada à gestão de negócios.
SILVA, 2016
O Relatório Cadbury , intitulado Aspectos Financeiros de Governança Corporativa ,
é um relatório emitido pelo "O Comitê sobre os aspectos financeiros de Governança
Corporativa" presidido por Adrian Cadbury, e criado pela Banco da Inglaterra em
1991, que estabelece recomendações sobre o arranjo dos conselhos de
administração e sistemas de contabilidade para mitigar governança corporativa
de riscos e fracassos. O relatório foi publicado em versão preliminar em maio de
1992. Sua versão revista e final foi emitido em dezembro do mesmo ano. As
recomendações do relatório foram utilizadas em diversos graus para estabelecer
outros códigos, como os da OCDE (Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), a União Europeia, EUA etc.

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