REGIME JURÍDICO do interesse público (defesa
Regime jurídico da Administração
Pública, para designar, em sentido amplo,
os regimes de direito público e de direito
privado a que pode submeter-se a
Administração Pública.
 Regime de direito privado (relação
horizontal)
Não há aplicação das prerrogativas do
poder público, colocando os indivíduos em
igualdade de condições em suas relações
jurídicas (horizontalidade).
 Regime de direito público (relação
vertical)
Consiste num conjunto de normas
jurídicas que disciplinam poderes, deveres
e direitos vinculados diretamente à
supremacia e à indisponibilidade dos
direitos fundamentais.
Interesses da sociedade são indisponíveis.
 Primário: vontade social, vontade
efetivamente do povo, o que quer o
povo.
 Secundário: a vontade do estado
enquanto pessoa jurídica.
A expressão regime jurídico
administrativo para abranger tão somente
o “conjunto de traços, de conotações, que
tipificam o Direito Administrativo,
colocando a Administração Pública numa
posição privilegiada, vertical, na relação
jurídico-administrativa”
Prerrogativas (privilégios)
(supremacia do interesse público) e
sujeições (restrições) (indisponibilidade do
interesse público)
Celso Antônio Bandeira de Melo –
Supremacia do interesse público sobre o
privado (verticalidade das relações
públicas x privadas) e na indisponibilidade
dos
interesses dos administrados).
------------------------------------------------------
PRINCÍPIOS
Expressos (LIMPE)
Legalidade – Só pode fazer conforme a leis
/ princípio da reserva legal (restritiva) –
editar ato normativo por lei
O conceito de legalidade encontra-se no
art. 2º da Lei 9.784/99.
Art. 2º A Administração Pública
obedecerá, dentre outros, aos
princípios da legalidade, finalidade,
motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança
jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos
administrativos serão observados,
entre outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito;
Para o cidadão, a legalidade é aquela
prevista no art. 5º, da CF, assim
poderá fazer tudo que não está
proibido em lei (Critério da não
contradição à LEI). Já a legalidade
administrativa encontra-se no art. 37
da CF, sendo que só poderá fazer o
que a lei expressamente determinar
(critério da subordinação à LEI).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei,
sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e
à propriedade, nos termos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão
em virtude de LEI;
Art. 37. A administração pública
direta e indireta de qualquer dos
 Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de
LEGALIDADE, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte:
Impessoalidade
1. Vedação a promoção pessoal.
2. Fim público
3. Isonomia
Nepotismo - SÚMULA VINCULANTE 13
DO STF: “A nomeação de cônjuge,
companheiro ou parente em linha
reta, colateral ou por afinidade, até o
terceiro grau, inclusive, da autoridade
nomeante ou de servidor da mesma
pessoa jurídica investido em cargo de
direção, chefia ou assessoramento,
para o exercício de cargo em
comissão ou de confiança ou, ainda,
de função gratificada na
Administração Pública direta e
indireta em qualquer dos poderes da
União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios,
compreendido o ajuste mediante
designações recíprocas, viola a
constituição federal.”
Evidente que se devem retirar da
incidência da norma os servidores
admitidos mediante concurso público,
ocupantes de cargo de provimento
efetivo. A norma antinepotismo deve
incidir sobre cargos de provimento
em comissão, as funções gratificadas
e os cargos de direção e
assessoramento. Esse o quadro, julgo
procedente, em parte, a ação direta
para emprestar interpretação
conforme à Constituição para declarar
constitucional o inciso VI do art. 32 da
Constituição do Estado do Espírito
Santo, somente quando incida sobre
os cargos de provimento em
comissão, função gratificada, cargos
de direção e assessoramento: é o meu
voto.
Moralidade - agir de forma ética / honesta
/ juridicidade própria (nepotismo) – um
ato pode ser anulado
Publicidade – Transparência (ativa/passivo
– requerimento) – Não absoluto (sigiaalo –
imprescindível a segurança da sociedade e
Estado). Condição de eficácia.
Eficiência (EC nº 19/98)
1. Buscar Resultados
2. Qualidade (EC 19/98).
3. Ausência de desperdícios.
4. Produtividade.
5. Agilidade.
6. Rentabilidade Social
7. Efetividade do bem comum
Implícitos
Supremacia do interesse público
(Poderes/Prerrogativas + obrigações)/
indisponibilidade do interesse público
(restrição) = Regime jurídico
administrativo
Autotutela – Anular atos ilegais / Revoga
inconvenientes e inoportuno.
Art. 54 da Lei nº 9.784/99 - O direito
da Administração de anular os atos
administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos,
contados da data em que foram
praticados, salvo comprovada má-fé.
Tutela - Pode-se afirmar que, em linhas
gerais, a supervisão, ou tutela, visa a
assegurar que a entidade controlada
esteja atuando em conformidade com os
fins que a lei instituidora lhe impôs, esteja
atuando segundo a finalidade para cuja
persecução foi criada - por isso, controle
finalístico. É um controle que deve se
concentrar, essencialmente, na verificação
do atingimento de resultados, pertinentes
ao objeto da entidade.
Segurança Jurídica (Lei Processo Princípio da legitimidade e veracidade –
Administrativo Federal – art. 2º) Verdade e Legalidade.
O princípio está atrelado à segurança Princípio da subsidiariedade – somente
jurídica, mas com ela não se confunde, deve atuar nas ações imprescindíveis /
remetendo-nos à ideia de que os atos típicas de estado / deixar as de interesse
praticados pelo Poder Público são econômico para os particulares
legítimos (presumem-se legais e Princípio da responsividade –
verdadeiros), de tal sorte que os atos administrador deve prestar conta e
devem ser preservados em nome da boa- responsabilidade das suas condutas.
fé, sobrepondo-se, no caso concreto, ao
princípio da legalidade Princípio da intranscendência subjetiva
das sanções – as sanções não podem
Estabilidade das relações (5 anos para extrapolar a pessoa do infrator.
revogar atos, exceto em caso de má fé)
****Não há hierarquia entre os princípios
1. Manutenção de atos
administrativos inválidos -------------------------------------------------------
2. Atos praticados por funcionários de ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
fato
Subjetivo Objetivo
Formal Material
proteção da confiança/ confiança
Orgânico Funcional
legítima – Boa fé do cidadão na
administração Entes definido em Atividade/Função
Lei
Continuidade – sem interrupção indevida
**PF não pode entrar de greve por fazer Legislar /
inovar
Autonomia
parte dos órgãos da segurança pública** política
Políticas Auto-organizar
Razoabilidade / Proporcionalidade – Adm Direta
U, E, DF e M
vedação aos excessos. Entidades S/ Capacidade
Legislativa
Princípio da hierarquia – Súmula Autarquia
Capacidade
vinculante Administrativas
Adm
Fundações
Princípio da precaução – agir de forma Administração
Indireta
preventiva para evitar danos graves. EP

Princípio da sindicabilidade – Ser SEM

sindicável é “ser controlável” – Perceba

que o referido princípio, em um só tempo,
engloba o princípio da autotutela
(prerrogativa de atuação de ofício por
parte da Administração), como também o
princípio do controle judicial dos atos
(sistema de jurisdição una ou única,
previsto no inc. XXXV do art. 5.º da
CF/1988).
Entidades Políticas (adm. Direta) – União,
Estados, DF e municípios
*Auto-organização (organiza seus poderes
executivo, legislativo e judiciário),
autogoverno (capacidade de legislar) e
autoadministração (capacidade de presta
serviços)
Descentralização Política – Decorre da CF
Entidades Administrativas (Adm. Indireta)  Outorga, técnica, funcional,
- são pessoas jurídicas, de direito público legal
ou de direito privado, criadas pelas Cria entidades por lei. Transfere a
entidades políticas para exercer parte de titularidade e execução. Sem
sua capacidade de autoadministração. subordinação. Apenas vinculação (tutela,
*Autarquia, Fundações Públicas, Empresas supervisão e controle finalístico)
Públicas e Sociedade de Economia Mista.
Lei Cria/Autoriza
*Características Comuns
Tranfere a
PJ, patrimônio titularidade e
Descentralização execução
Criação/extinção – por lei Outorgam Técnica
Funcional Legal
(cria/autoriza) Sem subordinação

Finalidade específica Supervisão e

controle finalistico
Sem subordição da ADM Direta (tutela)

Controle, Tribunal de Contas,  Delegação ou colaboração /

concurso Negocial
** Os consórcios públicos constituídos na Transfere por contrato (bilateral)(prazo
forma de associação pública (direito determinado) ou ato (unilateral)(título
público) integram a Administração Indireta precário/indeterminado). Apenas a
de todos os entes consorciados. execução. Delegatários por: concessão,
permissão ou autorização.
**Consórcios públicos de direito privado
não integra a administra indireta.  Descentralização Territorial
Cria território federal. Capacidade
Art. 37, XIX – somente por lei
administrativa genérica. Autarquias
específica (Lei Ordinária) poderá ser territoriais.
criada autarquia e autorizada a Concessionários
instituição de empresa pública, de
sociedade de economia mista e de Permissionário
fundação, cabendo à lei
Autorizatários
complementar, neste último caso,
definir as áreas de sua atuação.
Serão de direito público quando criadas Concessão Permissão Autorização
diretamente por lei específica e de direito
Biletaral Biletaral Unilateral
privado quando forem criadas pelo
registro de seu ato constitutivo, após Contrato Contrato Ato
autorização para criação em lei específica.

DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – CONCENTRAÇÃO – Extinção de órgãos.

Do Estado (U, E, DF, M) para outros
Entes
DESCONCENTRAÇÃO – Técnica
Decorre de Lei, contrato ou ato; administrativa de simplificação e
aceleração do serviço. Surge novos órgãos
dentro da mesma pessoa jurídica.
Hierarquia. Subordinação. Controle
Hierárquico.
ÓRGÃOS
Centro de competências, sem
personalidade jurídica própria.
*órgãos públicos, de natureza
constitucional (órgãos independentes),
podem impetrar mandado de segurança,
na defesa de suas competências, quando
violado por outro órgão.
*Não possui patrimônio próprio.
Teoria do mandato: o agente público é
mandatário (como se atuasse por meio de
uma procuração – contrato de mandato)
da pessoa jurídica. O mandato é um
contrato e, como tal, pressupõe a
existência de duas pessoas com vontades
próprias. Assim, a teoria foi criticada por
não explicar como o Estado, que é um
ente abstrato e, portanto, sem vontade
própria, poderia outorgar o mandato. Essa
teoria não é adotada no Brasil.
Teoria da representação: equipara o
agente público à figura do tutor ou
curador, que representa os incapazes.
Dessa forma, o agente público seria o
representante do Estado por força de lei.
Essa teoria foi criticada por diversos
motivos: (i) por equiparar a pessoa jurídica
ao incapaz; (ii) por representar a ideia de
que o Estado confere representantes a si
mesmo, quando não é isso que ocorre na
tutela e curatela; (iii) apresenta o
inconveniente de que, quando o
representante ultrapassasse os poderes da
representação, a pessoa jurídica não
responderia por esses atos aos terceiros
prejudicados. Também não é uma teoria
adotada no Brasil.
Teoria do órgão: a pessoa jurídica
manifesta sua vontade por meio de
órgãos, de modo que quando os agentes
que os compõem manifestam a sua
vontade, é como se o próprio Estado o
fizesse. Dessa forma, substitui-se a ideia
de representação por imputação. De
acordo com Otto Gierke, idealizador dessa
teoria, o órgão parte do corpo da entidade
e, assim, todas as suas manifestações de
vontade são consideradas como da
própria entidade. Esta é a teoria adotada
no Brasil.
A teoria do órgão fundamenta-se no
princípio da imputação volitiva.
A teoria do órgão é utilizada para justificar
a validade dos atos praticados por
“funcionário de fato”. Desde que a
atividade provenha de um órgão, não tem
relevância o fato de ter sido praticado por
um agente que não tenha investidura
legítima. Basta a aparência de legalidade e
o exercício da atividade pelo órgão, pois
os efeitos da conduta serão imputados à
pessoa jurídica.
CRIAÇÃO
Poder executivo.
Depende de lei formal de iniciativa do
chefe do poder executivo.
Organização e funcionamento, desde que
não aumente despesa, nem crie ou
extinga, pode ser por decretos
autônomos.
Poder legislativo.
Atos próprios. Organização
funcionamento, criação e extinção.
Poder Judiciário.
Criação, extinção e organização. Iniciativa  especialização dos fins ou
do STF, Tribunais Superiores e TJ. Aplica-se atividades;
ao MP e TC.  sujeição a controle ou tutela.
CLASSIFICAÇÃO – IASS CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
Independentes ATIVIDADE DESENVOLVIDA
Autônomos TUTELA OU CONTROLE DO ENTE POLITICO
Superiores REGIME JURÍDICO
Subalternos PESSOAL
DIRIGENTES
PATRIMÔNIO
PRERROGATIVAS
RESPONSABILIDADE CIVIL
JUIZO COMPETENTE
Súmula Vinculante nº 27
Compete à justiça estadual julgar causas
entre consumidor e concessionária de
serviço público de telefonia, quando a
Anatel não seja litisconsorte passiva
ESTRUTURA necessária, assistente, nem opoente.
Simples (um órgão/centro de ATOS, CONTRATOS E LICITAÇÃO
competência) e Compostos (vários órgãos
menores) CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO DE
PROFISSÃO
SITUAÇÃO FUNCIONAL
*OAB
Unipessoais – Um único agente que toa as
decisões AUTARQUIA SOB REGIME ESPECIAL
Colegiados – Manifestação conjunta dos AGENCIAS REGULADORAS
membros ATIVIDADE
FUNÇÕES QUE EXERCEM AGENCIAS EXECUTIVAS
Ativos – Expressão decisões EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE
Controle – Fiscaliza e controla atividades ECONOMIA MISTA
Consultivos – Emitem opinião Conceito
AUTARQUIAS Criação e extinção
 criação por lei; Atividades desenvolvidas
 personalidade jurídica Controle e supervisão ministerial
pública; Responsabilidade civil
 capacidade de
autoadministração; Diferenças entre EP e SEM
 FORMA DEVERES E PODERES ADMINISTRATIVO
CAPITAL FORO
JURÍDICA
Envolvem simultaneamente uma
Qualquer prerrogativa e uma obrigação de atuação.
Justiça
EP Público forma do Competências irrenunciáveis. Legalidade
Federal
direito e indisponibilidade.
Público / DEVER DA EFICIÊNCIA
Privado Qualidade, celeridade e
*Maioria economicidade. Boa administração
do capital Sociedade Justiça
SEM DEVER DE PROBIDADE
votante – Anônima Estado
ente Exige-se dos agentes públicos a
controlado observância de padrões éticos de
r comportamento.
L 8429/92 – ATOS DE IMPROBIDADE

Autarquização das empresas estatais – a) que importam enriquecimento ilícito;

Empresas estatais que prestam serviço
público não concorrencial – submetem-se
ao regime de precatórios
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
(art. 9)
b) que causam prejuízo ao erário; (art. 10)
c) decorrentes da concessão indevida de
benefício financeiro ou tributário; e (art.
10A)

Conceito d) que atentam contra os princípios da

Administração Pública (art. 11).
Natureza jurídica
DEVER DE PRESTAR CONTAS
Criação e extinção
“Prestará contas qualquer pessoa
Atividade física ou jurídica, pública ou privada,
que utilize, arrecade, guarde, gerencie
Regime jurídico
ou administre dinheiros, bens e
Fundação Publica Regime Público – valores públicos ou pelos quais a
Direito Público (Estatutário) União responda, ou que, em nome
desta, assuma obrigações de natureza
Fundação Pública Regime Privado – pecuniária” (CF, art. 70, parágrafo
Direito Privado (CLT) único).
CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PODERES ADMINISTRATIVOS
Considerado uma entidade autárquica A) VINCULADO E DISCRICIONÁRIO
Regime de Pessoal – CLT Vinculado – Única solução
Não se submete ao regime de precatório Ato Vinculado
PARA ESTATÁIS Poder Vinculado
>OSCIP V V V V V
>OS CO FI FO MO OB
>OSS
Discricionário – Mérito. Conveniência e  >Exercício temporário
oportunidade. Dentro dos limites da lei  >Discricionário
(competência), razoabilidade e  >Com ou sem hierarquia
proporcionalidade.  >Não se delega

Atos de natureza política

Ato Discricionário Não é
Competência exclusiva
Poder delegável
Poder Vinculado Atos normativos
discricionário (CENORA)
V V V D D Recursos Administrativos
CO FI FO MO OB Avocação
É vedado o Poder Judiciário analisar o >Superior atrai para si competência do
mérito dos atos administrativo. Porém, o subordinado
controle judiciário pode analisar a >Discricionário
legalidade de tais atos.
>Sem hierarquia
B) HIERÁRQUICO
>Excepcionais/temporárias/justificadas
>Dar ordens
>fiscalizar (amplo) – tanto ilegal como de 1. Edita atos
normativos
2. Dar
ordens
3. Fiscaliza
Controla
4.Aplica
sanções
5. Delega
Avoca
mérito.
SUBORDINAÇÃO X VINCULAÇÃO
>Delegar / avocar
>Punir
Relação de subordinação.
*os subordinados podem se negar a
cumprir ordens manifestamente ilegais.
Constituição Federal estabelece que
“ninguém será obrigado a fazer ou deixar C) DISCIPLINAR
de fazer alguma coisa senão em virtude de
lei” Aplicar sanções internas. Poder punitivo
do Estado.
>Competência para anular ou revogar os
atos, de ofício ou por provocação.
>Convalidados
Vício sanável.
FoCo - Forma e Competência
>Delegação – discricionário, temporário e
revogável.
>Subdelegação – apenas se for expressa.
Delegação
 >Superior para subordinado
 >Poder normativo – toda a capacidade da
Aplicação de penalidades administração pública para editar
decretos, competência das demais
Poder Hierárquico (mediata) Disciplinar (imediata) autoridades.
Servidores
>Decretos regulamentares – Competência
indelegável. Decretos e regulamentos para
Poder Disciplinar
Particulares c/ vínculo
fiel execução das leis.
Suspensão na escola
Presos no sistema penitenciário
>Decretos autônomos – não se destinam
a regulamentar leis.
Art. 84. Compete privativamente ao
Poder de Polícia: Particulares em geral Presidente da República: [...]
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da
administração federal, quando não
implicar aumento de despesa nem
Aplicação de punição a agente público de criação ou extinção de órgãos
corre diretamente do poder disciplinar e públicos;
mediatamente do poder hierárquico. b) extinção de funções ou cargos
públicos, quando vagos;
Parte vinculado e parte discricionário
Pode ser delegada a outras autoridades
>Poder-dever de responsabilizar o
(Ministros de Estado, Advogado-Geral da
subordinado. Vinculada a competência
União e Procurador-Geral da República)
para instaurar o procedimento
administrativo. >Regulamentos autorizados (delegados)
(deslegalização) - delega ao Poder
>Competência para tipificação da falta e
Executivo a competência para editar, por
escolha e gradação da penalidade.
intermédio de seu corpo especializado,
Sempre terá necessidade de contraditório normas de caráter eminentemente
e ampla defesa. técnico, ainda que venham a inovar na
Toda sanção será motivada ordem jurídica.
D) REGULAMENTAR >Controle dos regulamentos
Editar normas. Comandos gerais (se Compete ao Congresso Nacional sustar os
destinam a sujeitos indeterminados) e atos normativos do Poder Executivo que
abstratos (tratam de situação específica). exorbitem do poder regulamentar.
>Primárias = Inovar a ordem jurídica (LEI) Além disso, um regulamento se submete
ao controle de legalidade do Poder
>Secundárias (derivadas) = Não inovam a
Judiciário.
ordem jurídica. Atos normativos (decretos,
regulamento e resoluções). Atos Judiciário também pode exercer o
infralegal. controle concentrado da
constitucionalidade de um regulamento,
>Poder regulamentar – prerrogativa para
ou seja, admite-se a impugnação do
editar atos gerais para complementar as
conteúdo do regulamento por intermédio
leis e permitir a sua efetiva aplicação.
de uma ação direta de
inconstitucionalidade – ADI (CF, art. 102, I,
“a”). Todavia, o regulamento somente
poderá ser objeto de controle
concentrado quando ofender diretamente
o texto constitucional, isto é, o
regulamento terá um caráter autônomo
em relação à lei. Isso porque se a ofensa
for contra a lei, não caberá controle de
constitucionalidade, mas apenas de
legalidade. Logo, o regulamento, para ser
impugnado em ADI, deve: (i) ter caráter
normativo, já que não se admite controle
concentrado de ato concreto; (ii) ter
caráter autônomo, o que significa que ele
ofende diretamente a Constituição
Federal.
Por fim, a própria Administração pública
pode exercer controle de legalidade e de
mérito, anulando os regulamentos
considerados ilegais ou revogando aqueles
que não são mais convenientes e
oportunos, por intermédio da autotutela.
E) DE POLÍCIA
Condiciona e restringe o uso e gozo de
bens, atividades, e direitos individuais, em
benefício da coletividade ou do próprio
Estado.
MEIOS DE EXERCÍCIO DO PODER DE
POLÍCIA
>Normativo/Regulamentação de leis
>Controle preventivo
>Controle repressivo
>Fiscalização
*Sempre nos limites previstos em lei,
mediante motivação e respeitando o
processo legal
Súmula 19-STJ: A fixação do horário
bancário, para atendimento ao público, é
da competência da União.
Súmula Vinculante 38-STF: É competente
o município para fixar o horário de
funcionamento de estabelecimento
comercial.
>Polícia administrativa (bens, direitos e
atividades que serão restritas ou
condicionadas em prol do interesse
coletivo) (preventiva) (diversos órgãos da
administração) e judiciária (insurge sobre
as pessoas envolvidas no cometimento de
ilícitos penais)(repressiva)(polícia militar e
civil/federal)
ATRIBUTOS DO PODER DE POLÍCIA (DAC)
>Discricionariedade
>Autoexecutoriedade - “a faculdade de a
Administração decidir e executar
diretamente sua decisão por seus próprios
meios, sem intervenção do Judiciário”.
*exigibilidade e executoriedade - Pela
exigibilidade a Administração se utiliza de
meios indiretos de coação, como a
aplicação de multas ou a impossibilidade
de licenciar um veículo enquanto não
pagas as multas de trânsito. Por outro
lado, pela executoriedade a Administração
compele materialmente o administrado,
utilizando-se de meios diretos de coação –
por exemplo, dissolução de uma reunião,
apreensão de mercadorias, interdição de
uma fábrica.
Segundo a Prof.ª Maria Sylvia Zanella Di
Pietro a autoexecutoriedade não está
presente em todas as medidas de polícia.
Para ser aplicada, é necessário que a lei a
autorize expressamente, ou que se trate
de medida urgente. Conclui a autora, por
fim, que a exigibilidade está presente em
todas as medidas de polícia, mas a
executoriedade não.
>coercibilidade - característica que torna
o ato obrigatório independentemente da
vontade do administrado.
Di Pietro afirmar que: A coercibilidade é
indissociável da autoexecutoriedade. O
ato de polícia só é autoexecutório porque
dotado de força coercitiva. Aliás, a
autoexecutoriedade, tal como
conceituamos, não se distingue da
coercibilidade, como “a imposição coativa
das medidas adotadas pela Administração.
EXCEÇÃO: Licença, multas
Aspecto Negativo - o poder de polícia tem
a finalidade de impedir a prática de atos
nocivos ao interesse público, ou seja, o
Estado está impedindo, limitando ou
restringindo atividades em benefício da
população, daí o caráter negativo do
poder de polícia.
#MEIO DE ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA
-Atos normativos
São normativos aqueles que prescrevem
normas gerais, abstratas e impessoais, que
regulamentam uma lei ou disciplinam
determinada atuação que trate de um
condicionamento ou restrição de direitos
ou de atividades
-Atos concretos
São atos concretos aqueles que atingem
determinados indivíduos devidamente
identificados (multa,autorização,licença)
-Atos preventivos (atos de consentimento)
Autorização - um ato administrativo
pelo qual a Administração Pública
possibilita ao particular a realização de
uma atividade privada com predominante
interesse deste, ou a utilização de um bem
público. Nesse caso, o particular possui o
interesse, mas não o direito subjetivo.
Por isso mesmo que a autorização é ato
discricionário, pois pode ser negado, e
precário, uma vez que permite a
revogação a qualquer momento.
Licença - licença é o ato
administrativo vinculado e unilateral pelo
qual a Administração faculta ao particular
que preencha os requisitos legais o
exercício de uma atividade
-Atos repressivo - manifestam-se após a
ocorrência de uma infração. Fiscalização.
CLICOS OU FASES DE POLÍCIA
SFisLe
ção
an rclzd
gO /P
míC
ti
t
A legislação ou ordem de polícia
representa a edição de normas que
condicionam ou restringem direitos. É
nessa fase que as restrições ou limitações
são criadas e disciplinadas
O consentimento de polícia, por outro
lado, corresponde à anuência prévia da
Administração, que possibilita ao
particular exercer a atividade privada,
aplicando-se aos casos em que a ordem de
polícia exige prévio controle do poder
público para o uso do bem ou exercício de
determinada atividade. Nem sempre o
consentimento está presente.
A fiscalização de polícia, por sua vez,
ocorre quando se fiscaliza o cumprimento
das normas constantes na ordem de
polícia ou dos requisitos previstos no
consentimento.
Por fim, a sanção de polícia ocorre 5) as fases sejam de consentimento, de
quando são impostas coerções ao infrator fiscalização ou de sanção.
das ordens de polícia ou dos requisitos
Porém, por enquanto, prevalece o
previstos no consentimento.
entendimento de que não é possível
#PODER DE POLÍCIA ORIGINÁRIO E delegar o poder de polícia a particulares.
DELEGADO Pode atribuir atividades materiais sem
poder decisório.
Poder Originário Poder Delegado
Adm. Indireta #SANÇÃO DE POLÍCIA
(em regra, PJ direito -Princípio da legalidade
Adm. Direta
público, todas as -Devido processo legal
fases)
-Razoabilidade e proporcionalidade

#DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA

#PRESCRIÇÃO
Dessa forma, não há dúvidas de que é
-5 anos a ação punitiva da administração
possível delegar o exercício do poder de
polícia para as entidades administrativas -A partir da dada da prática do ato, se
de direito público (autarquias e fundações infração permanente ou continuada, do
autárquicas), em todas as suas fases. dia em que tiver cessado.
Todavia, a corrente que efetivamente nos -Se constituir crime, prescrição observa o
interessa é o posicionamento do STF. Para prazo previsto na lei penal.
a nossa Corte Suprema, admite-se a -Prazo é para instauração e não para
delegação, por meio de lei, das fases de aplicação da sanção
consentimento, fiscalização e sanção de
#USO E ABUSO DE PODER
polícia, desde que observados
determinados requisitos. Ação ou Omissão
Dessa forma, a delegação a entidades ABUSO DE PODER
administrativas de direito privado deverá Vício de Competência:
atender aos seguintes requisitos: Excesso de
Agente atua fora dos
poder
1) deverá ocorrer por meio de lei; limites de sua esfera
2) a entidade deverá integrar a Vício de Finalidade: Agente
administração pública indireta; atua dentro da sua
Desvio de
competência, porém com
3) o capital social será majoritariamente poder
fim diverso do que
público;
determinou ato.
4) a entidade deverá prestar
exclusivamente serviços públicos de
atuação estatal e em regime não #ATOS ADMINISTRATIVOS
concorrencial;
 Pelos
Regime de III. a nulidade só poderá ser decretada
Direito
delegatários
Público pelo Poder Judiciário quando
Emanado
Efeitos houver pedido da pessoa
jurídicos
pelo Estado
imediatos 2. Imperatividade
Pela imperatividade os atos
Ato Controle administrativos impõem obrigações a
Unilateral Administrativo Judicial
terceiros, independentemente de
concordância. Poder extroverso.
Imperatividade depende, sempre, de
expressa previsão legal. Não está presente
Atos da Administração (gênero) – Atos em todos os atos.
administrativos (espécie)
3. Autoexecutoriedade
Decorre de um ato
Atividade material
administrativo Consiste na possibilidade que certos atos
Atuação sem o fim Produz efeitos
ensejam de imediata e direta execução
Fato
Administrativo
de produzir efeitos
jurídicos
jurídicos
indiretamente
pela administração, sem necessidade de
ordem judicial. Permite, inclusive, o uso da
Evento da Produz efeitos
natureza jurídicos força para colocar em prática as decisões
administrativas.
A autoexecutoriedade não está presente
Silêncio Administrativo – Não é ato em todos os atos administrativos. Ela
administrativo existe em duas situações:
Anuência
Lei prevê os
resultados
Tácita a) quando estiver expressamente prevista
Negativa
Silêncio
Administrativ
Tácita
Defere o
em lei;
o Após o Se o ato é pedido ou
vinculado manda Adm
Lei não prevê
os resultados
decurso do
prazo ou
tempo
Juiz
Se o ato é
deferir
Fixa prazo b) quando se tratar de medida urgente.
razoável para Adm se
discricionário
pronunciar

4. Tipicidade
ATRIBUTOS
Este atributo está relacionado com o
PATI princípio da legalidade, determinando que
1. Presunção de legitimidade ou a administração só pode agir quando
veracidade houver lei determinando ou autorizando.
Relativa, pois se admite prova em Logo, para cada finalidade que a
contrário, porém inverte-se o ônus da administração pretenda alcançar, deve
prova. Legitimidade, em conformidade existir um ato definido em lei.
com a lei. Veracidade, presumem-se Di Pietro apresenta uma dupla aplicação
verdadeiros. da tipicidade:
I. enquanto não se for decretada a a) impede que a administração
invalidade, os atos produzirão os pratique atos dotados de
seus efeitos e devem ser, portanto, imperatividade e executoriedade,
cumpridos vinculando unilateralmente o
II. inversão do ônus da prova particular, sem que exista previsão
legal;
 b) afasta a possibilidade de ser praticado ato Exercício poder-dever de
totalmente discricionário, vez que a lei, Obrigatório agir

ao prever o ato, já define os limites em

que a discricionariedade poderá ser não pode abrir
Irrenunciável
mão
exercida.
Por fim, a tipicidade só existe em relação Intransferível
não pode
transferir a
aos atos unilaterais, ou seja, nas situações titularidade
Características
em que há imposição de vontade da Não pode alterar
Imodificável por vontade
administração. Nesse caso, em própria

juridiquês”, diz-se que não existem atos

Não se perde com
Imprescritível
unilaterais “inominados”. o tempo

Por outro lado, não existe tipicidade nos

Não se ganha com
atos bilaterais, como os contratos. Logo, Improrrogável
o tempo
podemos dizer que podem ser editados
“contratos inominados”. I. de exercício obrigatório para os
órgãos e agentes públicos;
II. irrenunciáveis, por conseguinte,
Todo ato Não contém em quem possui as competências não
contém todos os atos pode abrir mão delas enquanto as
titularizar. Admite-se apenas que o
Presunção de
Imperatividade
exercício da competência seja,
legitimidade
temporariamente, delegado.
Porém, nesses casos, a autoridade
Tipicidade Autoexecutoriedade delegante permanece apta a exercer a
competência e pode revogar a delegação a
qualquer tempo, logo continua com a sua
titularidade;
ELEMENTOS DE FORMAÇÃO
III. intransferíveis, ou seja, não podem
Conformidade
com a Lei
Ato licito, válido ser objeto de transação (ou acordo)
Elementos de para repassá-las a terceiros.
formação
Vício
Aqui, valem as mesmas observações feitas
Desconformidade
com a Lei acima;
Ato inválido,
ilegal, viciado
IV. imodificáveis pela vontade do
próprio titular, uma vez que os seus
limites são estabelecidos em lei.
Elementos Essenciais de Formação
Ninguém pode dilatar ou restringir uma
CO FI FO MO OB competência por sua própria vontade,
a) competência: poder legal conferido devendo sempre observar as
ao agente para o desempenho de determinações legais;
suas atribuições; V. imprescritíveis, isto é, mesmo que
a pessoa fique por um longo tempo
sem utilizar a sua competência,
nem por isso ela deixará de existir.
AVOCAÇÃO E DELEGAÇÃO e) objeto: também chamado de conteúdo,
é aquilo que o ato determina, é a
Delegação Delegação
alteração no mundo jurídico que o ato se
Vertical Horizontal
propõe a processar, ou seja, o efeito
Superiro para
Autoridades ou jurídico do ato.
órgãos não
subordinado
subordinado Elementos Acidentais de Formação
Termo Condição Modo ou Encargo
Hierarquia Sem hierarquia

#Vício dos atos administrativos

Ato unilateral Bilateral

Independência #DESFAZIMENTO
Depende de
da
concordância
concordância 1. Cumpre seus objetivos
2. Extinção subjetiva – quando o
Não será possível delegar uma
sujeito beneficiário desaparece.
competência se houver algum
3. Extinção objetiva - quando o objeto
impedimento em lei.
sobre o qual o ato recai desaparece
Subdelegação apenas se for expressa. 4. Renúncia
5. Retirada
Matéria a. Caducidade - ocorre quando a
retirada se fundamenta em
Território
uma nova legislação
b. Contraposição - editado um
novo atoadministrativo, mas
Critérios de Grau
distribuição hierárquico com efeitos que se
contrapõem a um ato
anterior
Tempo
c. Cassação - desfazimento de
um ato válido em virtude de
Fracionamento descumprimento pelo
beneficiário das condições
que ele deveria manter para
continuar gozando do ato
b) finalidade: o ato administrativo deve se
d. Anulação - é o desfazimento
destinar ao interesse público (finalidade
do ato ilegal, enquanto a
geral) e ao objetivo diretamente previsto
revogação é o desfazimento
na lei (finalidade específica);
de um ato válido, mas que
c) forma: é o modo de exteriorização do deixou de ser conveniente e
ato; Procedimento. oportuno.
d) motivo: situação de fato e de direito Ilegais
que gera a vontade do agente que pratica
Administrativo/Judicial
o ato;
Efeitos retroativo (ex tunc)
 e. revogação
Mérito / ato válido
Administrativo
Efeitos prospectivos (ex nunc)
#CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS
#ESPÉCIE DOS ATOS ADMINSITRATIVOS
Normativos
Ordinatórios
Negociais
Enunciativos
Punitivos
 s
Normativos Despacho Aprovações
Ofício Vistos
Proviment Homologaçã
o o
Comentários: Em 2019, o STF considerou
que a venda de subsidiárias de estatais #PERDA DO CARGO PÚBLICO
não requer autorização legislativa ou a Sentença judicial
realização de licitação. PAD – ampla defesa
Portanto, a despeito da necessidade de lei Insuficiência de desempenho mediante
para criação e extinção de subsidiárias, a avaliação periódica – na forma da Lei
venda destas empresas não requer a Complementar ()e assegurada ampla
edição de uma lei (e nem mesmo de defesa
licitação).
Excesso de despesa com pessoal (LRF)
Tal entendimento, no entanto, não vale
para a alienação das empresas-matrizes, -exoneração de cargo em comissão
as quais continuam requerendo prévia -exoneração de servidores não
autorização legislativa. Isto é, a alienação estáveis
do controle acionário de uma empresa -exoneração de servidores estáveis.
pública ou de uma sociedade de Indenização de 1 salário por ano de
economia, indistintamente, requer tanto trabalho.
autorização por meio de lei como prévia
licitação. Este é o entendimento a que #Cargos em comissão (servidores não
chegou o Supremo em meados de 2019: efetivos, e servidores efetivos em
condições e percentuais mínimos
1 - A alienação do controle acionário de previstos – LEI) e funções de confiança
empresas públicas e sociedade de (servidor efetivo)
economia mista matriz exige autorização
legislativa e licitação. Agentes de Fatos
2 - A exigência de autorização legislativa, #Agentes necessário – age em situações
todavia, não se aplica a alienação do excepcionais em colaboração com o Poder
controle de suas subsidiárias e Público.
controladas. Nesse caso, a operação pode #Agente putativo – desempenham
ser realizada sem a necessidade de atividade publica na presunção de que há
licitação, desde que siga procedimento legitimidade, embora tenha havido
que observe os princípios da ilegalidade na sua investidura.
administração pública, respeitada,
Atos válidos, perante 3 e boa fé, o estado
sempre, a exigência de necessária
responde pelos atos
competitividade.
ESPÉCIE DE ATOS ADMINISTRATIVOS Alienação Autorização Licitação
Normativos Ordinatóri Negocial Enunciativ Punitivo
o o
Decretos Instruções Licenças Certidões Multas
EP ou SEM SIM SIM
Regulament Circulares Autorizaçõe Atestado Interdiçõe
o s s Subsidiária Não Não
Resoluções OS Permissão Pareceres Destruiçõe
s de coisas Usurpador de função.
Regimento Portaria Admissões Apostilas Cassação
Anulatória
s
Deliberaçõe Aviso Registros
#L8112 advertência ou suspensão de até “A teor do disposto no artigo 37, § 6º, da
10 dias – Sindicância Constituição Federal, a ação por danos
Ou cima disso – PAD causados por agente público deve ser
#Abuso de poder - Excesso de poder – ajuizada contra o Estado ou a
Desvio de poder pessoa jurídica privada prestadora de
#Poder de polícia (particular em geral – serviço público, sendo parte
sem vínculo com a administração) x poder ilegítima passiva o autor do ato.
disciplinar (direta) > poder hierárquico
(indireta) (particular com vínculo ou
servidor público)
#Ciclo do Poder de Polícia
#Poder administrativos

ACADEPRORE

Responsabilidade Civil do Estado

#LEI 8112/90
Servidores Públicos – Regime Único
Administração Direta
Autárquica e Fundacional (Federal)
Empregados Públicos – Contrato
SEM
EP
*Não se aplica aos militares – Estatuto dos
Militares
Servidores Temporários – legislação
própria
O STF e o STJ – servidor público não tem
direito adquirido à imutabilidade do
regime jurídico.
Vedado a prestação de serviços gratuitos,
salvo casos previstos em lei.
Requisitos para investidura
A) Brasileiro* Permite estrangeiros na
forma da lei. Universidades e
 instituições de pesquisa científica e ordem de classificação; novas vagas,
tecnológica para os cargos de concurso e preterição dos candidatos.
professor. Cargo efetivo ou Comissionado
B) Direitos políticos
C) Quitação das obrigações militares e Promoção – critério de antiguidade
eleitorais e merecimento. Progressão funcional:
D) Nível de escolaridade exigido aumento do padrão remuneratório.
E) 18 anos Readaptação – em caso de
F) Aptidão física e mental limitação de capacidade física e mental.
*A Lei pode estabelecer outros critérios. Equivalência de atribuições, habilitação,
escolaridade e vencimentos, ainda que
*Até 20% para PNE não exista cargo vago (excedente). Se
*A investidura ocorre com a posse incapaz, aposentado.
Súmula 14 do STF estabelece que “Não é Não precisa ter cargo vago, atua com
admissível, por ato administrativo, excedente.
restringir, em razão da idade, inscrição em Reintegração – Demissão invalidade
concurso para cargo público”. por processo administrativo ou judicial.
Súmula Vinculante 44, do STF, dispõe que Ressarcido de todas as verbas. Se o cargo
“Só por lei se pode sujeitar a exame estiver ocupado, o ocupante é
psicotécnico a habilitação de candidato a reconduzido.
cargo público”. Reversão – servidor aposentado
STJ – 535 É admitida a realização de que não subsiste motivos para continuar
exame psicotécnico em concursos públicos aposentado: ofício (a junta médica
se forem atendidos os seguintes declara) *independe de vaga* ou a pedido
requisitos: previsão em lei, previsão no (aplicável ao servidor que se aposentou de
edital com a devida publicidade dos forma voluntária) no interesse da
critérios objetivos fixados e possibilidade administração:
de recurso. 1. solicitação
2. aposentadoria voluntária
3. estável
Posse (30 Exercício 4. decorrido menos de 5 anos
Nomeação dias) (15 dias)
5. cago vago
Sem efeito Exonerado
6. servidor menos de 70 anos
FORMAS DE PROVIMENTO Aproveitamento – quando extinto o
Nomeação – provimento cargo ou declarada desnecessidade, o
originário / ato administrativo unilateral. servidor estável fica em disponibilidade
Candidato aprovado dentro do número de até seu aproventamento.
vagas tem direito subjetivo à nomeação, Recondução – Retornou ao cargo
ressalvado casos excepcionalíssimos anterior
(superveniência, imprevisibilidade,
1. Ocorreu reintegração
gravidade e necessidade). Fora do número
2. Reprovado em estágio probatório
de vagas tem direito caso: preterição da
3. A pedido (jurisprudência)
Súmula Vinculante 43 do STF, que 1. Abandono de Cargo (ausência
estabelece que “É inconstitucional toda intencional por mais de 30 dias)
modalidade de provimento que propicie 2. Inassiduidade habitual (falta
ao servidor investir-se, sem prévia injustificada ao serviço por mais de
aprovação em concurso público destinado 60 dias, interpoladamente, no
ao seu provimento, em cargo que não período de 12 meses)
integra a carreira na qual anteriormente 3. Revelação de segredo
investido” 4. Acumulação ilegal

FORMAS DE VACÂNCIA Denuncia anônima não pode instaurar

Exoneração PAD, deve ter investigação antes.

Falecimento
Demissão Advertência 180 dias

Promoção
Prescrição Suspensão 2 anos
Aposentadoria
Demissão
Cassação 5 anos
Destituição
Abandono de Cargo: mais de 30 dias.
**A partir de quando ficou conhecido e
não da prática**
HIPOTESE DE SUSPENSÃO
**Se ilícito penal, aplica-se o prazo
>Até 90 dias prescricional da lei penal**
1. Reincidência em faltas punidas com **Será cassada a aposentadoria se a falta
advertência punível com demissão a época da
2. Violação das proibições que não atividade**
tipifiquem infração sujeita a
demissão VANTAGENS
3. Acometer a outro servidor
atribuições estranhas a suas
Indenizações Nunca incorpora
funções, exceto se transitórias
a. Se for a pessoa estranha a
PODE Incorpora
repartição é advertência. Vantagens Gratificação
nos casos da LEI
4. Exercer quais quer atividades
PODE Incorpora
incompatíveis com o exercício do Adicional
nos casos da LEI
cargo e com o horário de trabalho
5. Recusa injustificada para realizar
perícia médica.**até 15 dias**
Civil
HIPOTESE DE ADVERTÊNCIA
Servidor
Administrativa
Coagir ou aliciar subordinados a se filiarem Responde

a associação profissional ou sindical

Penal Se absolvido
HIPOTESE DE DEMISSÃO
**Se absolvido na esfera penal, por
inexistência do fato ou autoria, será
afastada a Responsabilidade
Administrativa.

REMOÇÃO, independente da
administração
1. Acompanhar cônjuge removido pela
Administração.
2. Saúde
3. Processo Seletivo

EM ESTÁGIO PROBATÓRIO NÃO PODE

TIRAR LICENÇAS DA MATRACA
1. Mandato Classista
2. Interesses Particulares
3. Capacitação

#RESPONSABILIDADE DO ESTADO
Administração responde pelos danos que
seus agentes, nessa qualidade, causarem a
particulares, independentemente de dolo
ou culpa. Responsabilidade objetiva.
Administração indireta.
Empresa pública – Prestadora de Serviço
Público – Responsabilidade Objetiva
Sociedade de Economia Mista –
Exploradora e Atividade Econômica –
Responsabilidade Subjetiva.
a regra de responsabilidade civil do
Estado, é que a responsabilidade do
servidor pelos danos causados à fazenda
pública é subjetiva, como no caso da ação
de regresso, ou seja, deve haver
comprovação de dolo ou culpa.
#LEI 8666/90
Pela lei 8.666/1993, o projeto básico
é sempre encargo da Administração,
ainda que terceirize em
procedimento próprio de licitação.
Com outras palavras, a empresa
contratada até poderá desenvolver,
em concorrência com a execução das
obras, o projeto executivo, mas o
projeto básico é parte integrante da
licitação.
Porém, na lei do RDC (Lei n.º
12.462/2011), há uma peculiaridade.
Há um tipo de execução indireta que
comporta a execução dos projetos
pela empresa vencedora do certame.
Trata-se da contratação integrada.
"Art. 1º Esta Lei estabelece normas
gerais sobre licitações e contratos
administrativos pertinentes a obras,
serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações e locações no
âmbito dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
Parágrafo único. Subordinam-se ao
regime desta Lei, além dos órgãos da
administração direta, os fundos
especiais, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as
sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta
ou indiretamente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios."
Art. 2o As obras, serviços, inclusive de
publicidade, compras, alienações,
concessões, permissões e locações da
Administração Pública, quando
contratadas com terceiros, serão
necessariamente precedidas de
licitação, ressalvadas as hipóteses
previstas nesta Lei.
Parágrafo único. Para os fins desta
Lei, considera-se contrato todo e
qualquer ajuste entre órgãos ou
entidades da Administração Pública e
particulares, em que haja um acordo
de vontades para a formação de
vínculo e a estipulação de obrigações
recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada."
O contrato é formal, por escrito (via
de regra - pois compras de baixo
valor, até 4 mil reais, feitos em
regime de adiantamento e pronto
pagamento, podem ser verbais);
oneroso, pois implica em obrigações
recíprocas; comutativo, pois os
direitos e obrigações são
proporcionais; intuito personae (ou
personalíssimo), pois ele deve ser
realizado com a pessoa a que foi
adjudicado o objeto do contrato
(também via de regra - pois há casos
de subcontratação).
Ser consensual é natural a um
contrato bilateral, pois temos o
consenso de ambas as partes sobre
os direitos e deveres ali registrados.
A dúvida que pode surgir aqui é pelo
fato dele ser também um contrato
de adesão.
O fato dele ser um contrato de
adesão não significa que ele não seja
também consensual. O contrato de
adesão é aquele onde as partes não
discutem todas as cláusulas, mas
aceitam o contrato como ele está. É
a regra do "pegar ou largar".
“Art. 9º Não poderá participar, direta
ou indiretamente, da licitação ou da
execução de obra ou serviço e do
fornecimento de bens a eles
necessários:
I - o autor do projeto, básico ou
executivo, pessoa física ou jurídica;
II - empresa, isoladamente ou em
consórcio, responsável pela
elaboração do projeto básico ou
executivo ou da qual o autor do
projeto seja dirigente, gerente,
acionista ou detentor de mais de 5%
(cinco por cento) do capital com
direito a voto ou controlador,
responsável técnico ou
subcontratado;
III - servidor ou dirigente de órgão ou
entidade contratante ou responsável
pela licitação.”
Para serviços que não sejam de
engenharia e compras em geral, o
limite é de até 10% da modalidade
convite.
COMPRAS E
OBRAS E SERVIÇOS
MODALIDADE
DE ENGENHARIA
SERVIÇOS, QUE NÃO
DE ENGENHARIA
Convite Até R$ 330.000,00 Até R$ 176.000,00
TP Até R$ 3.300.000,00 Até R$ 1.430.000,00
Sem limite de valor Sem limite de valor –
– preferencialmente preferencialmente
Concorrência
para valores acima para valores acima de
de R$ 3.300.000,00 R$ 1.430.000,00
Enfim, até R$ 17,6 mil reais se
admite a contratação direta para
compras e serviços que não de
Engenharia. Para obras e serviços de
engenharia até R$ 33,0 mil reais.
Para a contratação dos serviços em
questão, devem ser atendidas,
simultaneamente, outras duas
características: a natureza singular
do serviço e a notória especialização
do contratado. Neste sentido é o
entendimento do TCU, conforme se
observa da leitura da Súmula 252 do
tribunal em questão:
Súmula TCU 252 - A inviabilidade de
competição para a contratação de
serviços técnicos, a que alude o
inciso II do art. 25 da Lei nº
8.666/1993, decorre da presença
simultânea de três requisitos: serviço
técnico especializado, entre os
mencionados no art. 13 da referida
lei, natureza singular do serviço e
notória especialização
contratado.
Pois bem... Ainda que o serviço em
questão deva ser contratado de
forma direta, a Lei 8.666 determina
que a empresa contratada garanta
que os serviços em questão sejam
prestados pessoal e diretamente
pelos integrantes que possuem a
qualificação que fundamentou a
inexigibilidade de licitação.
Art. 19. Os bens imóveis da
Administração Pública, cuja aquisição
haja derivado de procedimentos
judiciais ou de dação em pagamento,
poderão ser alienados por ato da
autoridade competente, observadas
as seguintes regras:
I - avaliação dos bens alienáveis;
II - comprovação da necessidade ou
utilidade da alienação;
III - adoção do procedimento
licitatório, sob a modalidade de
concorrência ou leilão.
Art. 21. Os avisos contendo os
resumos dos editais das
concorrências, das tomadas de
preços, dos concursos e dos leilões,
embora realizados no local da
repartição interessada, deverão ser
publicados com antecedência, no
mínimo, por uma vez:
[...]
§ 2º O prazo mínimo até o
recebimento das propostas ou da
realização do evento será:
I - quarenta e cinco dias para:
a) concurso;
b) concorrência, quando o contrato a
ser celebrado contemplar o regime de
empreitada integral ou quando a
licitação for do tipo "melhor técnica"
ou "técnica e preço"
do
II - trinta dias para:
a) concorrência, nos casos não
especificados na alínea "b" do inciso
anterior;
b) tomada de preços, quando a
licitação for do tipo "melhor técnica"
ou "técnica e preço";
III - quinze dias para a tomada de
preços, nos casos não especificados
na alínea "b" do inciso anterior, ou
leilão;
IV - cinco dias úteis para convite.
Art. 21, §4º Qualquer modificação no
edital exige divulgação pela mesma
forma que se deu o texto original,
reabrindo-se o prazo inicialmente
estabelecido, exceto quando,
inqüestionavelmente, a alteração não
afetar a formulação das propostas.
Aqui estamos falando de uma
situação específica: contratação
superfaturada. Para esse caso, temos
uma regra específica, no art. 25, §2º.
"§ 2º Na hipótese deste artigo e em
qualquer dos casos de dispensa, se
comprovado superfaturamento,
respondem solidariamente pelo dano
causado à Fazenda Pública o
fornecedor ou o prestador de serviços
e o agente público responsável, sem
prejuízo de outras sanções legais
cabíveis."
Art. 27. Para a habilitação nas
licitações exigir-se-á dos interessados,
exclusivamente, documentação
relativa a:
I - habilitação jurídica;
II - qualificação técnica;
III - qualificação econômico-
financeira;
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
 V – cumprimento do disposto no
inciso XXXIII do art. 7º da Constituição
Federal.
30, § 1º, da referida Lei;
Art. 30. A documentação relativa à
qualificação técnica limitar-se-á a:
[...]
II - comprovação de aptidão para
desempenho de atividade pertinente
e compatível em características,
quantidades e prazos com o objeto da
licitação, e indicação das instalações e
do aparelhamento e do pessoal
técnico adequados e disponíveis para
a realização do objeto da licitação,
bem como da qualificação de cada um
dos membros da equipe técnica que
se responsabilizará pelos trabalhos;
[...]
§ 1º A comprovação de aptidão
referida no inciso II do "caput" deste
artigo, no caso das licitações
pertinentes a obras e serviços, será
feita por atestados fornecidos por
pessoas jurídicas de direito público
ou privado, devidamente registrados
nas entidades profissionais
competentes, limitadas as exigências
a:
§ 5º É vedada a exigência de
comprovação de atividade ou de
aptidão com limitações de tempo ou
de época ou ainda em locais
específicos, ou quaisquer outras não
previstas nesta Lei, que inibam a
participação na licitação.
Detalhe: O TCU (Acórdão nº
2971/2016 - 1ª Câmara) entende ser
ilegal a exigência de atestado de
capacidade técnica fornecido apenas
por pessoa jurídica de direito
público. Vejamos:
b.2.) exigência de atestado de
capacidade técnica fornecido apenas
por pessoas jurídicas de direito
público, em dissonância com o art.
Art. 43. A licitação será processada e
julgada com observância dos
seguintes procedimentos:
I - abertura dos envelopes contendo
a documentação relativa à habilitação
dos concorrentes, e sua apreciação;
[Assertiva I]
II - devolução dos envelopes
fechados aos concorrentes
inabilitados, contendo as respectivas
propostas, desde que não tenha
havido recurso ou após sua
denegação; [Assertiva II]
III - abertura dos envelopes contendo
as propostas dos concorrentes
habilitados, desde que transcorrido o
prazo sem interposição de recurso, ou
tenha havido desistência expressa, ou
após o julgamento dos recursos
interpostos; [Assertiva III]
IV - verificação da conformidade de
cada proposta com os requisitos do
edital e, conforme o caso, com os
preços correntes no mercado ou
fixados por órgão oficial competente,
ou ainda com os constantes do
sistema de registro de preços, os
quais deverão ser devidamente
registrados na ata de julgamento,
promovendo-se a desclassificação das
propostas desconformes ou
incompatíveis; [Assertiva IV]
V - julgamento e classificação das
propostas de acordo com os critérios
de avaliação constantes do edital;
[Assertiva V]
VI - deliberação da autoridade
competente quanto à homologação e
adjudicação do objeto da licitação.
[Assertiva VI]
“Art. 62 (...)
§ 4º É dispensável o "termo de
contrato" e facultada a substituição
prevista neste artigo, a critério da
Administração e independentemente
de seu valor, nos casos de compra
 com entrega imediata e integral dos
bens adquiridos, dos quais não
resultem obrigações futuras, inclusive
assistência técnica.”
Apesar da lei não afirmar isso
explicitamente, o que se exige na
modalidade convite não é o mero
envio de 3 convites, mas sim que
hajam 3 convidados habilitados no
certame. Assim, uma licitação com
menos de 3 habilitados, mesmo que
tenham sido 3 os convidados, é
irregular.
Esse é o entendimento do TCU e
também do professor Rafael Oliveira,
cujas lições passamos a transcrever
(Curso de Direito Administrativo.
2016).
“A Administração, conforme previsão
contida no art. 22, § 3º, Lei 8666/93,
deve convidar, no mínimo, três
interessados para participarem do
convite. A interpretação literal da
norma poderia levar à conclusão de
que basta o envio de convites a três
interessados para que a IV
Administração prossiga validamente
com a licitação. Tem prevalecido, no
entanto, o entendimento de que não
é suficiente o envio de três convites
para a validade do certame, mas, sim,
a apresentação efetiva de, no mínimo,
três propostas, tendo em vista a
necessidade de fomento à parte do edital, mas não como um de
competitividade.”
QUESTÃO CESPE - No concurso —
modalidade licitatória de caráter
intelectual —, o julgamento técnico é
relativamente subjetivo, mas não
arbitrário. (CORRETO)
CONVÊNIO não é modalidade de
licitação, o rol do art. 22 é taxativo,
além disso a própria lei 8.666 veda a
criação de modalidades e
combinação das existentes.
O conteúdo do Edital está todo ele
regulamentado no art. 40 da Lei
8.666/93. E os anexos obrigatórios a
que a questão se refere estão no §2º,
que passamos a transcrever.
"§ 2º Constituem anexos do edital,
dele fazendo parte integrante:
I - o projeto básico e/ou executivo,
com todas as suas partes, desenhos,
especificações e outros
complementos; (letra A)
II - orçamento estimado em planilhas
de quantitativos e preços unitários;
(letra B)
III - a minuta do contrato a ser
firmado entre a Administração e o
licitante vencedor; (letra C)
- as especificações
complementares e as normas de
execução pertinentes à licitação.
(letra D)"
As instruções e normas para
recursos administrativos fazem
seus anexos, como prevê o próprio
artigo 40, inciso XV.
"Art. 40. O edital conterá no
preâmbulo o número de ordem em
série anual, o nome da repartição
interessada e de seu setor, a
modalidade, o regime de execução e
o tipo da licitação, a menção de que
será regida por esta Lei, o local, dia e
hora para recebimento da
 documentação e proposta, bem como
para início da abertura dos envelopes,
e indicará, obrigatoriamente, o
seguinte:
XV - instruções e normas para os
recursos previstos nesta Lei;"
Art. 41. A Administração não pode
descumprir as normas e condições do
edital, ao qual se acha estritamente
vinculada.
§ 1º Qualquer cidadão é parte
legítima para impugnar edital de
licitação por irregularidade na
aplicação desta Lei, devendo
protocolar o pedido até 5 (cinco) dias
úteis antes da data fixada para a
abertura dos envelopes de
habilitação, devendo a Administração
julgar e responder à impugnação em
até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da
faculdade prevista no § 1º do art. 113.
§ 2o Decairá do direito de impugnar
os termos do edital de licitação
perante a administração o licitante
que não o fizer até o segundo dia útil
que anteceder a abertura dos
envelopes de habilitação em
concorrência, a abertura dos
envelopes com as propostas em
convite, tomada de preços ou
concurso, ou a realização de leilão, as
falhas ou irregularidades que
viciariam esse edital, hipótese em que
tal comunicação não terá efeito de
recurso.
Alternativa A) A lei limita a garantia
contratual a 5% do valor do
contrato.
Alternativa B) A lei descreve que a
Administração pode exigir
comprovação de capital mínimo,
patrimônio líquido mínimo ou
garantias. Nesse caso é previsto só
um limite máximo de 10% do valor
estimado da contratação.
De fato, praticamente todos os
prazos são contatos em dias
corridos, excluindo-se o dia de início
e incluindo o do vencimento. Por
exemplo, o leilão é divulgado no
prazo mínimo de 15 dias corridos e o
concurso no de 45 dias corridos.
Ocorre que esta é uma regra com
exceção. No caso do convite, o prazo
de divulgação do instrumento
convocatório é de, no mínimo, 5 dias
ÚTEIS.
Fica a informação de que o pregão,
modalidade do lado de fora da Lei
8.666/1993, previsto na Lei
10.520/2002, tem a divulgação do
seu edital contada em dias ÚTEIS, no
caso, prazo mínimo de 8 dias ÚTEIS.
HOMOLOGAÇÃO X ADJUDICAÇÃO
Não confundir a homologação com a
adjudicação. Com a homologação,
ato de controle a posteriori, a
autoridade competente reconhece a
regularidade de todo o
procedimento de licitação. É como
colar um selo de qualidade ao
trabalho realizado pela comissão de
licitação ou pregoeiro, conforme o
caso.
 Pela adjudicação, por sua vez, a
Administração, concluído o processo
licitatório, fica proibida de atribuir
seu objeto a outrem que não o
legítimo vencedor (arts. 50 e 64 da
Lei).
Para Hely Lopes Meirelles, a
adjudicação ao vencedor é Art. 55. São cláusulas necessárias em
obrigatória, salvo se este desistir
expressamente do contrato ou não o
firmar no prazo prefixado. A
obrigatoriedade veda também que
se abra nova licitação enquanto
válida a adjudicação anterior.
Fica a informação adicional de que
não se confunde o direito à
adjudicação com eventual direito de
contratar (Recurso Extraordinário –
STF 107552/DF). A adjudicação gera
mera expectativa de direito ao
vencedor da licitação quanto à
contratação futura: se alguém tiver
de ser contratado em razão de uma
licitação, será o licitante vencedor.
A adjudicação gera mera expectativa
de direito à contratação. Dessa
forma, a Administração poderia, em
tese, simplesmente deixar fluir o
prazo de validade das propostas (60
dias) e refazer o procedimento
licitatório.
Todavia, realizar uma licitação,
chegando-se ao vencedor,
adjudicando a este o objeto, e,
simplesmente, deixar de contratar
não é o que se deseja do Estado.
Ademais, tendo em conta o
estabelecido, se a Administração
deixar de contratar, após adjudicar o
objeto do certame, deverá promover
as necessárias justificativas para
tanto, pois a não contratação
injustificada fere interesse do
adjudicatário.
todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos
característicos;
II - o regime de execução ou a forma
de fornecimento;
III - o preço e as condições de
pagamento, os critérios, data-base e
periodicidade do reajustamento de
preços, os critérios de atualização
monetária entre a data do
adimplemento das obrigações e a do
efetivo pagamento;
IV - os prazos de início de etapas de
execução, de conclusão, de entrega,
de observação e de recebimento
definitivo, conforme o caso;
VII - os direitos e as responsabilidades
das partes, as penalidades cabíveis e
os valores das multas;
VIII - os casos de rescisão;
A critério da autoridade competente,
e desde que tal possibilidade esteja
prevista no respectivo edital ou
carta-convite, poderá ser exigida a
prestação de garantia para a
execução de obra, serviços ou
compras. Caso opte por exigir, além
de obrigatoriamente ter que estar
prevista no edital, o valor da garantia
oferecida pelo contratado não
poderá exceder a 5% do valor do
contrato. Em caso de licitações de
grande vulto ou que envolvem
grandes riscos, tal percentual poderá
ser elevado para até 10%.
Art. 56. A critério da autoridade
competente, em cada caso, e desde
que prevista no instrumento
convocatório, poderá ser exigida
prestação de garantia nas
contratações de obras, serviços e
compras.
I - caução em dinheiro ou em títulos
da dívida pública, devendo estes ter
sido emitidos sob a forma escritural,
mediante registro em sistema
centralizado de liquidação e de
custódia autorizado pelo Banco
Central do Brasil e avaliados pelos
seus valores econômicos, conforme
definido pelo Ministério da Fazenda;
II - seguro-garantia;
III - fiança bancária;
A garantia de proposta é (ou pode
ser) exigida ainda durante a licitação,
no percentual de até 1% do valor
estimado, tendo, basicamente, dois
objetivos:
1. fazer com que a empresa
vencedora pense pelo menos
duas vezes em recusar a
convocação para a assinatura
do contrato, pois, no caso de
negativa, a garantia é execução do contrato;
convertida em favor do Estado;
2. servir como medida da
qualificação econômico-
financeira, nos termos do inciso
III do art. 31 da Lei.
Já a garantia contratual é (ou pode
ser) exigida quando da assinatura do
contrato, no percentual de até 5% do
valor contratual atualizado. Dentre
outros objetivos, destina-se a:
1. assegurar o fiel cumprimento
do contrato;
2. servir ao pagamento, total ou
parcial, de forma
autoexecutória no caso de
caução em dinheiro ou em
título, de indenizações
(débitos) e de multas em razão
da inexecução dolosa do
contrato por parte da empresa.
Art. 57 da Lei 8.666.
1º Os prazos de início de etapas de
execução, de conclusão e de entrega
admitem prorrogação, mantidas as
demais cláusulas do contrato e
assegurada a manutenção de seu
equilíbrio econômico-financeiro,
desde que ocorra algum dos seguintes
motivos, devidamente autuados em
processo:
I - alteração do projeto ou
especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional
ou imprevisível, estranho à vontade
das partes, que altere
fundamentalmente as condições de
III - interrupção da execução do
contrato ou diminuição do ritmo de
trabalho por ordem e no interesse da
Administração;
IV - aumento das quantidades
inicialmente previstas no contrato,
nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do
contrato por fato ou ato de terceiro
reconhecido pela Administração em
documento contemporâneo à sua
ocorrência;
VI - omissão ou atraso de
providências a cargo da
Administração, inclusive quanto aos
pagamentos previstos de que resulte,
Art. 71. O contratado é responsável
diretamente, impedimento ou
pelos encargos trabalhistas,
retardamento na execução do
previdenciários, fiscais e comerciais
contrato, sem prejuízo das sanções
resultantes da execução do contrato.
legais aplicáveis aos responsáveis.
[...]
Art. 65. Os contratos regidos por esta
Lei poderão ser alterados, com as § 2º A Administração Pública
devidas justificativas, nos seguintes responde solidariamente com o
casos: contratado pelos encargos
previdenciários resultantes da
[...]
execução do contrato, nos termos do
§ 1º O contratado fica obrigado a art. 31 da Lei nº 8.212, de 24 de julho
aceitar, nas mesmas condições de 1991.
contratuais, os acréscimos ou
Art. 73. Executado o contrato, o seu
supressões que se fizerem nas obras,
objeto será recebido:
serviços ou compras, até 25% (vinte e
cinco por cento) do valor inicial I - em se tratando de obras e serviços:
atualizado do contrato, e, no caso a) provisoriamente, pelo responsável
particular de reforma de edifício ou por seu acompanhamento e
de equipamento, até o limite de 50% fiscalização, mediante termo
(cinqüenta por cento) para os seus circunstanciado, assinado pelas partes
acréscimos. em até 15 (quinze) dias da
Art. 67. A execução do contrato comunicação escrita do contratado
deverá ser acompanhada e fiscalizada Art. 74. Poderá ser dispensado o
por um representante da recebimento provisório nos seguintes
Administração especialmente casos:
designado, permitida a contratação
de terceiros para assisti-lo e subsidiá- I - gêneros perecíveis e alimentação
lo de informações pertinentes a essa preparada;
atribuição. II - serviços profissionais;
III - obras e serviços de valor até o
previsto no art. 23, inciso II, alínea
"a", desta Lei, desde que não se
componham de aparelhos,
equipamentos e instalações sujeitos
à verificação de funcionamento e
produtividade.
Parágrafo único. Nos casos deste
artigo, o recebimento será feito
mediante recibo.
Art. 78. Constituem motivo para
rescisão do contrato:
XIV - a suspensão de sua execução,
por ordem escrita da Administração,
por prazo superior a 120 (cento e
vinte) dias
XV - o atraso superior a 90 (noventa)
dias dos pagamentos devidos pela
Administração

Art. 79. A rescisão do contrato poderá

ser:
I - determinada por ato unilateral e
escrito da Administração, nos casos
enumerados nos incisos I a XII e XVII
do artigo anterior;
II - amigável, por acordo entre as
partes, reduzida a termo no processo
da licitação, desde que haja
conveniência para a Administração;
III - judicial, nos termos da
legislação;"
§ 1º A rescisão administrativa ou
amigável deverá ser precedida de
autorização escrita e fundamentada
da autoridade competente."