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ANEXO Nº 1

CASOS PRÁTICOS
LANÇAMENTOS CONTÁBEIS DAS NRC

APRESENTAÇÃO DE DIVERSOS CASOS


PRÁTICOS, DEMONSTRANDO AS NOVAS
REGRAS CONTÁBEIS NO BRASIL

Referência: www.cpc.org.br

PROF. CARLOS ALBERTO CORDEIRO


CONSULTOR CONTÁBIL, FISCAL, TRIBUTÁRIO E SOCIETÁRIO.

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ANEXO Nº 1
Impairment Test – CPC 01
Redução ao valor Recuperável de Ativos
Deliberação CVM Nº 639/10
Resolução CFC Nº 1.292/10 (CPC Nº 27)
Resolução CFC n.º 1.255/09 (PME) seção n.º 27

Exemplo:

Máquinas e equipamentos (Ativo Imobilizado)


Valor de aquisição conforme relatório analítico ....................................1.000.000,00
(-) Depreciação acumulada (ativo imob. Conta redutora)..........................400.000,00
= Valor contábil RIR/99, art. 418, § 1º...........................................................600.000,00

Valor recuperável, conforme relatório de avaliação (laudo técnico)........370.000,00


= Redução de Ativo.......................................................................................230.000,00

Lançamento Contábil – Contabilidade Societária


Débito: Despesa de provisões de redução do Ativo imobilizado (CR/DRE)
Crédito: Provisão de redução do imobilizado (Ativo Imobilizado conta redutora)
Valor: R$ 230.000,00

Balanço Patrimonial
Ativo Não-Circulante
Máquinas e Equipamentos...............................................................1.000.000,00
(-) Depreciação acumulada...............................................................(400.000,00)
(-) Provisão para redução de ativos..................................................(230.000,00)
= Valor contábil / valor recuperável de ativos....................................370.000,00

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ANEXO Nº 1
Ajuste a valor presente – CPC 12
Resolução CFC Nº 1.151/09
Deliberação CVM Nº 564/08

Exemplo:

Clientes a receber – Recebimento a longo prazo


Valor a receber de clientes com juros embutidos.....................................300.000,00
Juros embutidos de 15% (300.000,00 / 1,15) – 300.000,00........................(39.130,43)
= Valor presente na data do Balanço..........................................................260.869,57

Lançamento Contábil – Contabilidade Societária

Débito: Clientes a receber...................................................................260.869,57


Débito: Despesa de ajuste a valor presente..........................................39.130,43
Crédito: Juros – ajuste a valor presente de ativos.................................39.130,43
Crédito: Receita bruta de vendas........................................................260.869,57

Demonstração do Resultado do Exercício – DRE

Receita Bruta.......................................................................................300.000,00
(-) Ajuste a valor presente...................................................................(39.130,43)
(-) Deduções das vendas.....................................................................
= Receita líquida..................................................................................260.869,57

Balanço Patrimonial
Ativo não circulante
Realizável longo prazo
Clientes a receber................................................................................300.000,00
(-) AVP ou juros a transcorrer..............................................................(39.130,43)

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ANEXO Nº 1
Ajuste a valor presente – CPC 12
Resolução CFC Nº 1.151/09
Deliberação CVM Nº 564/08

Exemplo:

Valor a pagar a fornecedores – pagamento a longo prazo referente compra a


prazo de máquinas (ativo imobilizado)
Valor a pagar com juros embutidos.....................................................500.000,00

Juros embutidos de 18% (500.000,00 / 1,18) – 500.000,00................(76.271,19)

Valor presente na data do Balanço ........................................................423.728,81

Lançamento contábil – Contabilidade Societária

Débito: Ativo Imobilizado – Máquinas..................................................423.728,81


Débito: Juros AVP (conta redutora do passivo fornecedores).............76.271,19
Crédito: Fornecedores.........................................................................500.000,00

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ANEXO Nº 1
Provisão para Perda de Estoque – CPC 16
Resolução CFC N.º 1.170/09 E 1.273/10
Deliberação CVM Nº 575/09
Resolução CFC n.º 1.255/09 (PME) seção n.º 13

Exemplo:

Contabilidade Societária

Débito: Despesa de provisão de redução de estoque (CR)


Crédito: Provisão para redução do Estoque (AC)

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ANEXO Nº 1
Subvenções para investimento – CPC 07
Resolução CFC Nº 1.305/10
Deliberação CVM Nº 646/10
Resolução CFC n.º 1.255/09 (PME) seção n.º 24

Débito: ICMS a pagar (PÑC)


Ou
Débito: Imóveis (ativo imobilizado)
Crédito: Receita de subvenção para investimentos (CR)

Débito: Lucros acumulados (PL)


Crédito: Reserva de incentivos fiscais (Patrimônio Líquido)
Obs.: Lei 6.404/76, art. 195-A

Obs.: Diferença entre subvenções para investimentos e subvenções para


custeio, ver Parecer Normativo da Coordenação do Sistema de Tributação
(Receita Federal n.º 112/78).

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ANEXO Nº 1
ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING) FINANCEIRO
CPC Nº 06 E ICPC 03

RESOLUÇÃO CFC Nº 1.304/10 – DELIBERAÇÃO CVM Nº 645/10 – RESOLUÇÃO


CFC N.º 1.255/09 (PME) SEÇÃO N.º 20

Em suma, o arrendamento mercantil financeiro se trata de uma operação de


arrendamento mercantil em que é transferido ao arrendatário todos os riscos
inerentes ao uso do bem arrendado, como obsolescência tecnológica,
desgastes, benefícios, riscos e controle.

LANÇAMENTOS CONTÁBEIS

ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO

Conforme dispõe a NBC T 10.2 (Resolução CFC nº 1.141/08), na Arrendatária, no


contrato de arrendamento mercantil financeiro, o valor do bem arrendado integra
o ativo imobilizado, em contrapartida ao valor total das contraprestações e do
valor residual que deve ser registrado no passivo circulante ou no exigível a
longo prazo.

Exemplo prático:

Valor do bem financiado: R$ 1.500.000,00, a ser pago em 48 parcelas mensais,


iguais e sucessivas:

Débito: Máquinas e Equipamentos (Imobilizado)............................. R$ 1.500.000,00

Crédito: Arrendamento Mercantil a Pagar (Passivo Circulante)....... R$ 500.000,00

Crédito: Arrendamento Mercantil a Pagar .........................................R$ 1.000.000,00


(Passivo Não-Circulante)

ENCARGOS FINANCEIROS A SEREM APROPRIADOS

A diferença entre o valor total das contraprestações do arrendamento mercantil


financeiro, adicionado do valor residual, e o valor do bem arrendado, deve ser
registrada como encargo financeiro a ser apropriado em conta contábil
retificadora das contraprestações e do valor residual.

O pagamento antecipado do valor residual deverá ser considerado como uma


contraprestação normal.

Valor do bem arrendado:............................................................. R$ 1.500.000,00


Valor total das parcelas:.............................................................. R$ 1.700.000,00
Valor residual:............................................................................... R$ 300.000,00

Valor total do arrendamento mercantil financeiro incluindo juros


= R$ 1.700.000,00 + R$ 300.000,00 = R$ 2.000.000,00

Encargos financeiros a serem apropriados:


= R$ 2.000.000,00 – R$ 1.500.000,00 = R$ 500.000,00

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ANEXO Nº 1
Contabilização:

Débito - ENCARGOS FINANCEIROS A APROPRIAR (Conta Redutora –


Arrendamento Mercantil a Pagar)
Crédito – Arrendamento Mercantil a Pagar (Passivo Circulante e Passivo Não-
Circulante)
R$ 500.000,00

CONTABILIZAÇÃO DO ENCARGO FINANCEIRO MENSAL (JUROS)

O encargo financeiro deve ser apropriado ao resultado, de acordo com o regime


de competência, a débito da conta de despesa financeira e a crédito da conta de
encargos financeiros a apropriar.

Débito – Despesas Financeiras (CR)


Crédito – Encargos Financeiros a Apropriar (Conta Redutora – Arrendamento
Mercantil a Pagar – Passivo Circulante)
R$

TEXTO EXTRAÍDO DA RESOLUÇÃO CFC N.º 1.255/09, SEÇÃO N.º 20


PEQUENA OU MÉDIA EMPRESA - PME

Classificação de arrendamento mercantil

20.4 O arrendamento mercantil é classificado como arrendamento mercantil


financeiro se transferir substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes
à propriedade. O arrendamento mercantil é classificado como arrendamento
mercantil operacional se não transferir substancialmente todos os riscos e
benefícios inerentes à propriedade.

20.5 A classificação de arrendamento mercantil como arrendamento mercantil


financeiro ou arrendamento mercantil operacional depende da essência da
transação e não da forma do contrato. Exemplos de situações que
individualmente ou em conjunto levariam normalmente a que um
arrendamento mercantil fosse classificado como arrendamento mercantil
financeiro são:

(a) o arrendamento mercantil transfere a propriedade do ativo para o


arrendatário
no fim do prazo do arrendamento mercantil;

(b) o arrendatário tem a opção de comprar o ativo por preço que se espera que
seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opção
se torne exercível de forma que, no início do arrendamento mercantil, seja
razoavelmente certo que a opção será exercida;

(c) o prazo do arrendamento mercantil cobre a maior parte da vida econômica do


ativo, mesmo que a propriedade não seja transferida;

(d) no início do arrendamento mercantil, o valor presente dos pagamentos


mínimos do arrendamento mercantil totaliza pelo menos substancialmente
todo o valor justo do ativo arrendado; e

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ANEXO Nº 1
(e) os ativos arrendados são de natureza especializada tal que apenas o
arrendatário pode usá-los sem grandes modificações.

20.6 Indicadores de situações que individualmente ou em combinação também


podem levar a que um arrendamento mercantil seja classificado como
arrendamento mercantil financeiro são:

(a) se o arrendatário puder cancelar o arrendamento mercantil, as perdas do


arrendador associadas com o cancelamento são suportadas pelo arrendatário;
(b) os ganhos ou as perdas da flutuação no valor residual do ativo arrendado
são
atribuídos ao arrendatário (por exemplo, na forma de abatimento do aluguel
que equalize a maior parte do valor da venda no fim do arrendamento
mercantil); e
(c) o arrendatário tem a capacidade de continuar o arrendamento mercantil por
um período adicional com pagamentos que sejam substancialmente inferiores
aos de mercado.

20.7 Os exemplos e indicadores enunciados nos itens 20.5 e 20.6 nem sempre
são
conclusivos. Se for claro, a partir de outras características, que o arrendamento
mercantil não transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes
à propriedade, o arrendamento mercantil é classificado como operacional. Isso
pode acontecer, por exemplo, se a propriedade do ativo se transferir para o
arrendatário ao final do arrendamento mercantil mediante pagamento variável
igual ao valor justo do ativo nesse momento, ou se houver pagamentos de
aluguéis contingentes, como resultado dos quais o arrendatário não tem
substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à propriedade.

20.8 A classificação do arrendamento mercantil é feita no início do


arrendamento e
não é alterada durante o período do arrendamento mercantil, a não ser que o
arrendatário e o arrendador concordem em alterar as disposições do
arrendamento mercantil (outras que não a simples renovação do arrendamento
mercantil), sendo que nesse caso a classificação do arrendamento mercantil
deve ser reavaliada.

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