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Belo Horizonte
2013
Matheus dos Santos Guzella
Belo Horizonte
2013
FICHA CATALOGRÁFICA
Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
CDU: 621.565.92
Matheus dos Santos Guzella
____________________________________________________________
Luben Cabezas-Gómez, D.Sc. (Orientador) – UFSJ/PUC MINAS
____________________________________________________________
Luiz Machado, PhD. (Examinador externo) – UFMG
____________________________________________________________
Paulo Eduardo Lopes Barbieri, D.Sc. (Examinador externo) – CEFET-MG
____________________________________________________________
Cristiana Brasil Maia, D.Sc. (Examinadora interna) – PUC MINAS
Agradeço aos meus pais, José Fernando e Neusa e irmãos Thiago, Marcelo e Rodrigo;
À todos os brasileiros, que por meio da CAPES financiaram meus estudos de mestrado
na PUC MINAS de março de 2012 a dezembro de 2013;
À Aninha por todo o carinho, paciência e incentivos;
À Carol pela amizade e companheirismo;
À Valéria pela amizade e carinho;
Ao Departamento de Informática, especialmente ao Jomar pelo auxílio técnico;
Aos colegas do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica da PUC-MINAS,
especialmente a Pedro, Adriano, Janaína, André, Cleide, Mara, Larissa, Suelen, Ana, e Matheus
Donizete pela convivência;
Ao colega Luiz Gustavo pelas inúmeras discussões e companheirismo ao longo da
realização deste trabalho;
Ao Prof. Dr. Luben Cabezas-Gómez, pela dedicação e orientação dada desde a
graduação, pelos conhecimentos e conselhos passados, pelas inúmeras sugestões e pela
preocupação com a consolidação do conhecimento;
À Profa. Dra. Cristiana Brasil Maia, por ter despertado em mim o interesse pela pesquisa,
por toda orientação dada desde a graduação, pelos conhecimentos passados e pelas
contribuições dadas nas bancas de avaliação deste trabalho;
Ao Prof. Dr. Sérgio de Morais Hanriot por toda orientação dada desde a graduação,
pelos conhecimentos passados e pelas contribuições dadas na banca de qualificação;
Ao Prof. Dr. José Maria Saiz Jabardo pela disposição em rever o material deste trabalho;
Ao Prof. Dr. Luiz Machado e Prof. Dr. Paulo Eduardo Lopes Barbieri por aceitarem o
convite para participarem da banca de avaliação deste trabalho e pelas contribuições feitas para
o trabalho;
Special thanks to Mr. Jon Zenker and Mr. Dan Marsh for helping with all issues during
the development of the numerical model in GT-SUITE®;
RESUMO
The characterization of the behavior of domestic refrigerators has been target of extensive
studies and research, both academicals and industrials, given the large number of equipments
in operation nowadays. This work consisted on the development of models to perform
numerical simulations and analysis of the thermal-fluid behavior of domestic refrigerators
operating under transient and stationary conditions with R134a as working fluid. Although a
specific refrigerator is used, models can be adapted to other types of refrigerators. A global
simulation model on transient regime was developed on GT-SUITE® by the definition of
models to the components of the refrigeration system and coupling with the refrigerated
chamber. This model was based on the solution of governing equations of mass, momentum
and energy followed by a distributed formulation spatially and an implicit formulation in time.
A model to perform simulations under steady state conditions was developed in EES®, by the
definition of modular simulation programs for each refrigerator component. For the heat
exchangers (condenser and evaporator) two models were developed, distributed and zonal. For
the suction-line-capillary-tube heat exchanger an approximate analytical solution was applied
based on two sub-models: fluid-dynamic and thermal. The compressor model was global, using
parameters obtained experimentally in a work available on the literature. Empirical correlations
for refrigerant and air sides convection heat transfer coefficients and friction factor on the
refrigerant side was used. The transient simulation model was applied to characterize transient
start-up and cycling operations, allowing evaluation of the global behavior of the system as well
as the behavior of each component of the system. The simulation model in steady state condition
allows the analysis and evaluation of the behavior of the equipment under different conditions
and also the use of each component model separately to analyze its behavior.
T : temperatura [°C]
T : temperatura média [°C]
u : velocidade média na seção transversal [m/s]
U A : coeficiente global de transferência de calor multiplicado pela área [W/K]
V : volume do volume de controle [m3]
VD : deslocamento do cilindro do compressor [m3]
Símbolos gregos
: fração de vazio (-)
: eficiência (-)
: massa específica (kg/m3)
t : rugosidade interna do tubo (m)
: emissividade (adimensional)
: tensão de cisalhamento (Pa)
: operador de variação (adimensional)
: coeficiente de transferência de calor por convecção (W/m2 K)
: viscosidade dinâmica (Pa.s)
: parâmetro para cálculo do fator multiplicativo para o escoamento bifásico
[adimensional]
Sobrescritos e subscritos:
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
1.1 Histórico dos refrigeradores domésticos ........................................................................ 14
1.2 Justificativa ....................................................................................................................... 15
1.3 Objetivos ........................................................................................................................... 16
1.4 Estrutura da dissertação ................................................................................................. 16
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA........................................................................................... 22
3.1 Refrigeradores domésticos .............................................................................................. 22
3.1.1 Estudos sobre modelagem de componentes de sistemas de refrigeração ..................... 23
3.1.1.1 Compressor ................................................................................................................. 23
3.1.1.2 Trocadores de calor ................................................................................................... 24
3.1.1.3 Dispositivo de expansão ............................................................................................. 25
3.1.2 Estudos sobre refrigeradores domésticos ...................................................................... 26
3.1.3 Comportamento transiente de refrigeradores domésticos ............................................ 35
3.2 Síntese da revisão bibliográfica ...................................................................................... 37
3 MODELAGEM MATEMÁTICA ..................................................................................... 39
3.1 Modelo para simulação em regime permanente ........................................................... 39
3.1.1 Modelos para o condensador ......................................................................................... 39
3.1.1.1 Modelo distribuído ..................................................................................................... 41
3.1.1.2 Modelo por zonas ....................................................................................................... 50
3.1.2 Modelos para o evaporador e gabinete ................................Erro! Indicador não definido.
3.1.2.1 Modelo distribuído ..................................................................................................... 54
3.1.2.2 Modelo por zonas ....................................................................................................... 58
3.1.3 Modelo para o trocador de calor tubo-capilar-linha-de-sucçãoErro! Indicador não
definido.
3.1.4 Modelo para o compressor ...................................................Erro! Indicador não definido.
3.2 Modelo para simulação em regime transiente ............................................................... 76
3.2.1 Modelo para o compressor ............................................................................................. 79
3.2.2 Modelos para os trocadores de calor e gabinete refrigerado........................................ 80
4 METODOLOGIA NUMÉRICA ........................................................................................ 83
4.1 Metodologia para simulação em regime permanente ................................................... 83
4.1.1 Metodologia para o condensador .................................................................................. 83
4.1.1.1 Modelo distribuído ..................................................................................................... 83
4.1.1.2 Modelo por zonas ........................................................................................................ 86
4.1.2 Metodologia para o evaporador e gabinete ................................................................... 88
4.1.2.1 Modelo distribuído ..................................................................................................... 88
4.1.2.2 Modelo por zonas ........................................................................................................ 89
4.1.3 Metodologia para o trocador de calor tubo-capilar-linha-de-sucção ........................... 91
4.1.4 Metodologia para o compressor ..................................................................................... 92
4.1.5 Acoplamento entre os modelos dos componentes .......................................................... 93
4.2 Metodologia para simulação em regime transiente ....................................................... 95
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ...................................................................................... 96
5.1 Resultados da simulação em regime transiente ............................................................. 96
5.1.1 Simulação de testes de abaixamento de temperatura .................................................... 96
5.1.2 Simulação do comportamento cíclico .......................................................................... 103
5.1.3 Influência da carga de refrigerante ............................................................................. 108
5.1.4 Influência da rotação do compressor .......................................................................... 111
5.2 Resultados da simulação em regime permanente ........................................................ 113
5.2.1 Resultados dos modelos do condensador ..................................................................... 114
5.2.2 Resultados dos modelos do evaporador e gabinete...................................................... 116
5.2.3 Resultados do modelo do trocador de calor tubo-capilar-linha-de-sucção ................ 117
5.2.4 Resultados do modelo do compressor .......................................................................... 119
5.2.5 Simulação global em regime permanente e comparações .......................................... 120
6 CONCLUSÕES.................................................................................................................. 124
7 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ........................................................... 126
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 128
APÊNDICE A – CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS DO REFRIGERADOR
DOMÉSTICO SLIM 230L .................................................................................................. 140
APÊNDICE B – CORRELAÇÕES PARA COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE
CALOR POR CONVECÇÃO PARA ESCOAMENTO BIFÁSICO NOS TROCADORES
DE CALOR ........................................................................................................................... 145
14
1 INTRODUÇÃO
tóxicos. A partir disso, foi possível a utilização de materiais não-ferrosos para construção dos
refrigeradores. Adicionalmente houve a padronização do tipo de compressor utilizado nos
refrigeradores (hermético alternativo).
Contudo, Molina et al. (1974) demostraram que os CFCs e HCFCs (clorofluorcarbonos
e hidroclorofluorcarbonos respectivamente) poderiam contribuir para a degradação da camada
de ozônio. Esta degradação tornou-se um problema ambiental global, resultando em dois
tratados globais: protocolos de Montreal e Kyoto, em 1987 e 1997 respectivamente. O primeiro
regulamentou a produção e o segundo regulamentou a utilização de substâncias agressivas a
camada de ozônio e intensificadoras do efeito estufa.
1.2 Justificativa
1.3 Objetivos
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Apesar de ser denominado como ciclo ideal, o processo 3-4 é irreversível. Em um ciclo
real, além do processo de expansão, outras fontes de irreversibilidades estão presentes, como
nos processos de compressão e transferência de calor. A primeira está relacionada ao fato da
compressão real não ser isentrópica, devido ao atrito e outras perdas no compressor e a segunda
está ligada a perdas de carga nos trocadores de calor, o que resulta na necessidade de uma maior
potência de compressão no processo 1-2.
Além disso, aspectos de natureza prática sugerem alterações no ciclo ideal. De acordo
com Stoecker e Jones (1985), no ciclo ideal normalmente admite-se que, na entrada do
compressor, o refrigerante está na condição de vapor saturado. Entretanto, em situações
práticas, é difícil controlar a condição do refrigerante na saída do evaporador. Assim, é prática
comum o projeto do sistema de refrigeração em que na saída do evaporador tenha-se a condição
de vapor superaquecido. Dessa forma garante-se que não exista líquido na entrada do
compressor o que poderia danificar o equipamento. Além disso, é desejável que na saída do
condensador tenha-se líquido sub-resfriado, pois, dessa forma, o fluido na saída do dispositivo
de expansão terá menor entalpia, o que aumenta a capacidade de refrigeração do sistema, já que
20
o fluido absorverá maior quantidade de energia ao passar pelo evaporador, e ainda previne a
cavitação no dispositivo de expansão.
Um diagrama do ciclo real de compressão do vapor (considerando as irreversibilidades
e os aspectos de natureza prática citados anteriormente) é mostrado na Figura 2 e a descrição
dos processos é mostrada a seguir:
Q evap
COP (1)
W comp
Onde:
COP : coeficiente de performance [adimensional]
Q evap : taxa de transferência de calor removida do ar no interior do gabinete [W]
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1.1.1 Compressor
De acordo com Zhao et al. (2009), para o compressor os modelos de simulação podem
ser divididos em três categorias: modelos por mapas ou caixa-preta, modelos baseados em
eficiências e modelos detalhados ou caixa-branca.
Os modelos por mapas ou caixa-preta, como em Shao et al. (2004), Chu et al. (2004),
Chu et al. (2012) e Li (2012), são baseados em mapas das grandezas de performance obtidos
experimentalmente. Nestes modelos não são considerados diretamente os parâmetros físicos e
geométricos do compressor e por isso são normalmente aplicados na simulação do
comportamento global do sistema. Como característica vantajosas destes modelos citam-se a
24
médias são consideradas para cada região. Estes modelos oferecem maior precisão quando
comparados aos modelos global e ainda baixo custo computacional.
Nos modelos distribuídos ou baseados no método dos volumes finitos, como em García-
Cascales et al. (2010) e Guzella et al. (2013), o trocador de calor é dividido em vários volumes
de controle e os pontos de mudança de fase e as propriedades são avaliados localmente em cada
nó. O aumento do número de volumes de controle aumenta a resolução da análise e também o
custo computacional. Entretanto, sabe-se que a partir de determinado ponto, o aumento do
número de volumes de controle não influencia de maneira significativa os resultados. Assim,
deve-se encontrar um balanço entre o número volumes de controle a ser empregado de modo a
não aumentar demasiadamente o custo computacional.
Por fim, os modelos tubo-tubo, como em Domanski (2003), Jiang et al. (2006) e Singh
et al. (2008), simulam o comportamento do trocador de calor a partir de uma detalhada
metodologia numérica, que leva em consideração o arranjo dos tubos e aletas, além de levar em
consideração a distribuição não uniforme do ar (quando este é o fluido externo) ao longo dos
tubos. Este modelo é o mais sofisticado e apresenta maior precisão que os citados anteriormente,
mas apresenta maior custo computacional que os demais.
De acordo com Hermes (2006) são identificadas duas escalas de tempo no transiente de
partida de um refrigerador doméstico: transientes rápidos, associados a redistribuição de
refrigerante e transientes lentos associados a transferência de calor e a inércia térmica dos
compartimentos refrigerados. Os transientes rápidos são responsáveis pelas variações de
pressões nos instantes iniciais após a partida do compressor e os transientes lentos são
associados as trocas térmicas nos trocadores de calor, afetando o tempo de preenchimento do
evaporador e os picos de pressões.
O transiente de partida de um refrigerador doméstico compreende a descrição da
variação das propriedades do refrigerante e sua distribuição em massa em cada componente no
momento da partida do compressor, considerando que este ficou desligado por um determinado
36
4 MODELAGEM MATEMÁTICA
G u (2)
Onde:
G : velocidade mássica do fluido ou da mistura líquido-vapor [kg/m2s]
: massa específica do fluido ou da mistura líquido-vapor [kg/m3]
u : velocidade média do fluido ou da mistura líquido-vapor [m/s]
Onde:
P : pressão média do refrigerante na seção reta do volume de controle [Pa]
Di : diâmetro interno do tubo [m]
f Gu
p (5)
2 4
Onde:
f : fator de atrito de Darcy [adimensional]
1
12
12
8 1
f 8 (6)
Re Di
16
16
1, 5
7 0,9
37530
0,27 t
2,457 ln Re Di Re D
Di i
Onde:
Re Di : número de Reynolds calculado com base no diâmetro interno [adimensional]
GDi
Re Di (7)
Onde:
43
Os fluxos de calor referentes ao escoamento interno e externo são dados pela lei do
resfriamento de Newton de acordo com as Equações 10 e 11:
O coeficiente de transferência de calor total do lado do ar é dado pela soma das parcelas
devido a convecção e a radiação, de acordo com a Equação 12:
et e Tc2 Tamb
2
Tc Tamb (12)
k
i 0,023 Re 0D,i8 Pr 0,3 (13)
Di
Onde:
k : condutividade térmica do fluido [W/mK]
Pr : número de Prandtl [adimensional]
45
1
1
kl h h 6
0 , 67
0,084 Prl Re v , Re v 24000
3 v l
Di
cp l Tr Tc
i (14)
k 1 hv hl 6 0,15
1
l 15,9 Prl Re v , Re v 24000
3
Di cp T T
l r c
Onde:
0,5
xGDi l
Re v (15)
l v
Onde:
x : título de refrigerante [adimensional]
l : viscosidade da fase líquida [kg/m s]
l : massa específica da fase líquida [kg/m3]
v : massa específica da fase de vapor [kg/m3]
46
N a La Da
Deq De (16)
Lc Ldes
Onde:
Deq : diâmetro externo equivalente do tubo do condensador [m]
H
0 , 25
D
0 , 25
sa
1 1 0,45 e e Z
k
e 0,66 ar RaH c c H (17)
Hc De c
Onde:
k ar : condutividade térmica do ar [W/m K]
g ar Tc Tamb H c3
RaH c (18)
ar ar
Onde:
g : aceleração da gravidade [m/s2]
ar : coeficiente de expansão térmica do ar [K-1]
ar : viscosidade cinemática do ar [m2/s]
a Da
sa (19)
Da
0, 4 0 ,8
28,2 s a0,9 28,2 264 1,5 0,5
Z s a st (20)
c
H t c
s H T
c amb
T
Onde:
a : espaçamento das aletas [m]
t Dt
st (21)
Dt
Onde:
48
272 315 Pr L
1
4
k 4 4 7 Ra Pr
e ar
L ar
ar des des
(22)
Ldes 35 64 63 Prar De 3 520 21 Prar
Onde:
RaLdes : número de Rayleigh baseado no comprimento da linha de descarga
[adimensional]
Prar : número de Prandtl do ar [adimensional]
de modelos de mistura para sua caracterização. Para os modelos de mistura ressalta-se ainda a
utilização de modelos que permitem o cálculo da fração de vazio por meio de correlações
empíricas ou teóricas. Rice (1987) apresenta uma caracterização de alguns modelos disponíveis
na literatura na forma de correlações, dentre elas citam-se: Levy (1960), Hughmark (1962), Zivi
(1964), Thom (1964), Smith (1969), Premoli et al. (1971), e Tandon et al. (1985).
Para o modelo do condensador optou-se pela utilização do modelo de fração de vazio
proposto por Hughmark (1962). Este autor propôs uma correlação empírica baseada no trabalho
de Bankoff (1960), que considerou o escoamento bifásico como uma mistura de bolhas no
líquido, com concentração de bolhas máxima no centro do tubo e decrescente monotonicamente
na direção radial. O modelo proposto permite o cálculo da fração de vazio a partir da solução
implícita das Equações 23, 24 e 25 (HERMES, 2000):
1
1 x l
K H 1 (23)
x v
1
2
8
1
GDi 1
6 xG
ZH (24)
l v l gDi 1 x v
1 1
1 x v
v 1 1 1
x l x l
1,3740408 1,436221Z H
KH (25)
1 1,5816751 Z H 0.0009872092 6Z H2
Onde:
: fração de vazio [adimensional]
K H : parâmetro de Hughmark [adimensional]
hv : entalpia do refrigerante para a condição de vapor saturado [J/kg]
A partir da fração de vazio e das massas específicas das fases de vapor e líquido, a massa
específica da mistura é determinada através da Equação 26:
v 1 l (26)
Para as três regiões o cálculo da queda de pressão por atrito é baseada na expressão
(WHITE, 1986):
f L 2
P G (36)
2 Di
O fluxo de calor interno, a exemplo do condensador, foi também calculado pela lei do
resfriamento de Newton. O termo do coeficiente de transferência de calor por radiação foi
incorporado ao coeficiente convectivo do ar, da mesma forma que foi feito para o modelo do
condensador.
O coeficiente de transferência de calor convectivo do lado do refrigerante para
escoamento monofásico foi calculado pela correlação de Dittus e Boelter (1930):
55
k
i 0,023 Re0D,i8 Pr 0, 4 (38)
Di
kl
0,023 D Re Di Pr 1 125 Xtt
0 ,8 0, 4 0, 65
Bo 0,3 Fr 0,5 , Fr 0,1
i
i
(39)
0,023 k l Re 0,8 Pr 0, 4 1 40 Xtt 0, 65 Bo 0,3 , Fr 0,1
Di
Di
Onde:
Xtt : parâmetro de Lockhard-Martinelli [adimensional]
Bo : parâmetro evaporativo [adimensional]
Fr : número de Froude [adimensional]
Para o cálculo do fator de atrito foi considerada a correlação de Churchill (1977) dada
pela Equação 6. Empregou-se o modelo de fração de vazio de Hughmark (1962) para o cálculo
da massa específica para o escoamento bifásico.
O refrigerador SLIM 230L conforme dito anteriormente, apresenta apenas um
compartimento refrigerado. O modelo para simulação do gabinete foi proposto de maneira
simples, considerando informações obtidas por Klein (1998) e implementado no EES® a partir
de uma expressão que leva em consideração a transferência de calor total do ambiente externo
para o gabinete refrigerado, que é composta pelas parcelas de transferência de calor
unidimensional através das paredes e porta do refrigerador e transferência de calor através da
região da borracha de vedação (gaxeta).
A expressão foi obtida por Klein (1998) através de testes experimentais (denominados
testes de UA) realizados no refrigerador SLIM 230L, com o sistema desligado e com a inserção
de resistências elétricas no interior do gabinete. Os ensaios foram realizados para temperaturas
ambiente de 18°C, 25°C e 32°C. Em regime permanente tem-se que a potência transmitida ao
ar externo é igual a potência dissipada pelas resistências. Assim, a taxa de transferência total de
calor do ambiente externo para o interior do gabinete refrigerado é dada pela Equação 40:
56
Onde:
U Agab : coeficiente global de transferência de calor multiplicado pela área [W/K]
2
k ar 0,387 RaH
e 0,825 8 / 27 (42)
H
9
16
1 0,492
Prar
Onde:
H : altura da placa evaporadora ou da superfície vertical interna [m]
k ar
e 0,54 RaH0, 25 ,10 4 RaH 10 7 (43)
H
k ar
e 0,15 RaH0,33 ,10 7 RaH 1011 (44)
H
k ar
e 0,27 RaH0, 25 ,10 5 RaH 1010 (45)
H
6
Q rad Aplaca F j Tsup, j Tevap
4 4
(46)
j 1
distribuído. O cálculo da queda de pressão é feito em cada região pela Equação 36. O modelo
para o cálculo da fração de vazio empregado foi o de Hughmark (1962).
As equações do modelo para o gabinete, utilizadas para quantificação da taxa de
transferência de calor por convecção e radiação no interior do mesmo, são idênticas às
apresentadas anteriormente no modelo distribuído.
As condições de contorno necessárias para simulação do modelo do evaporador, tanto
distribuído quanto por zonas, são: pressão e título (ou entalpia específica) do refrigerante na
entrada do evaporador, além da vazão mássica de refrigerante e temperatura ambiente.
De acordo com Stoecker e Jones (1985), tubos capilares são tubos longos (de 1 m a 6
m) com diâmetros reduzidos (de 0,5 mm a 2 mm), localizados entre o condensador e o
evaporador, utilizados em sistemas de refrigeração de pequeno porte (consumo de energia da
ordem de 10 kW) como dispositivos de expansão. Apesar da nomenclatura, não ocorre efeito
capilar, uma vez que o diâmetro é elevado para produzir esse efeito. Hermes (2006) afirma que,
em aplicações práticas, tubos capilares com diâmetros inferior a 0,6 mm não são recomendados
pelo elevado risco de entupimento.
Como componente do sistema de refrigeração, o tubo capilar tem duas finalidades: a
primeira está associada a redução da pressão do refrigerante líquido advindo do condensador,
que ocorre em virtude do atrito com as paredes do tubo e aceleração do escoamento e a segunda
está relacionada à regulação da vazão de refrigerante que entra no evaporador.
O escoamento no interior de tubos capilares envolve fenômenos complexos: mudança
de fase, metaestabilidade, efeitos de viscosidade e compressibilidade e possibilidade de
condição crítica na saída. De acordo com Mezavila (1995) e Hermes (2000), um tubo capilar
adiabático pode ser dividido em quatro regiões: região de entrada, região de líquido, região
bifásica e região de saída.
Na primeira região, tem-se uma contração abrupta do escoamento em virtude da redução
de diâmetro, que resulta em uma perda de carga localizada. Na região de líquido, a perda de
carga sofrida pelo fluido ocorre por atrito com as paredes do tubo. No início da mudança de
fase do refrigerante (região bifásica), a aceleração do escoamento contribui também para a
perda de carga. A condição crítica do escoamento, caso seja atingida, ocorrerá na seção de área
mínima do tubo capilar, ou seja, na saída do mesmo. Nesta condição, o escoamento não é mais
afetado pela pressão a jusante do escoamento (WHITE, 1986).
61
v
1 G 2
p h
dz dp (53)
2 v
G f
2 Dcap,int
Onde:
v : volume específico [kg/m3]
Dcap,int : diâmetro interno do tubo capilar [m]
f
1 2 Dcap,int Pe Pf
Lliq dp (54)
2 v G 2 vliq f liq
e fG
2 Dcap,int
Onde:
Lliq : comprimento da região de líquido [m]
Para o cálculo do fator de atrito a correlação de Churchil (1977) foi empregada, dada
pela Equação 6. A viscosidade para região de líquido é calculado por uma média entre as
grandezas na entrada e no ponto de flash:
e f
liq (55)
2
Para a região bifásica, Yilmaz e Unal (1996) propuseram uma expressão para a variação
do volume específico com a pressão, para condição de escoamento isentálpico:
x2
v x1 (56)
P
x1 v f 1 (57)
x2 v f Pf (58)
Onde:
2 v
Pf Ps x 2 v s Ps
1 G
s
p h 2 Dcap,int
Lbif dp 2 ln G 2 ln v s (60)
f G2
v f bif G 2 x x1 v f Pf
v
f
f 1
2 Dcap,int
Onde:
Lbif : comprimento da região bifásica [m]
Uma vez que não existe uma expressão explícita para o cálculo do fluxo de massa no
tubo capilar, faz-se necessário um procedimento iterativo para sua determinação, em que um
valor é estimado e calcula-se o comprimento do tubo capilar correspondente ao fluxo de massa
estimado. Posteriormente corrige-se o fluxo de massa através da Equação 61, proposta por Melo
(1992) apud Hermes (2006):
L
Gcor 0,5Gest 1 est
L (61)
cap
Onde:
dz
0 (62)
dp
Pcrit G v f Pf (63)
Onde:
Onde:
Pevap : pressão de evaporação [Pa]
Para o fator de atrito, ao contrário de Mezavila (1995) e Hermes (2000) que utilizaram
a correlação de Erth (1970) optou-se pela correlação de Churchill (1977), a exemplo de Hermes
(2006) dada pela Equação 6.
Para a região bifásica a viscosidade é calculada por (PEREIRA, 2009):
78
1 Ps
8 Pf
bif f (65)
7 Ps
1
Pf
Para o sub-modelo térmico, que corresponde ao modelo para o trocador de calor tubo-
capilar-linha-de-sucção do tipo concêntrico, foi feito de modo semelhante ao desenvolvido por
67
Hermes (2006) e Pereira (2009) A entalpia do refrigerante na saída do tubo capilar foi calculada
a partir do balanço de energia no trocador de calor:
Q tcls
hcap,s hcap,e (66)
m
Onde:
hcap,s : entalpia específica do refrigerante na saída do tubo capilar [J/kg]
Onde:
NUT
tcls (68)
NUT 1
U tcls Atcls
NUT (69)
m cp suc
Onde:
1
Dcap,ext
suc
1 1
U tcls cap (70)
Dsuc,int
Onde:
cap : coeficiente de transferência de calor por convecção no tubo capilar [W/m2 K]
Hermes (2006), a partir de uma análise de escalas, observou que o segundo termo da
Equação 70 é cerca de 50 vezes maior que o primeiro nos casos em que há líquido sub-resfriado
escoando no tubo capilar e cerca de 1000 vezes maior se há mudança de fase no interior do tubo
capilar. Assim, a Equação 70 pode ser simplificada e dada por:
1
Dcap,ext
suc
1
U tcls (71)
Dsuc,int
kl 0,3 1 x
suc 0,023 Rel Prl
0 ,8
(72)
Db
1 x
v
f suc
k 8
Re Db 1000 Prsuc
suc (73)
Db 1 12,7 f suc Pr 2 3 1
8
suc
Onde:
O fator de atrito na linha de sucção foi calculado pela correlação de Churchil (1977),
dada pela Equação 6. O diâmetro equivalente para tubos anulares foi calculado pela Equação
74 (KAKAÇ E OUTROS, 1987):
D 2
D Dcap,ext 1
cap,ext
Dsuc,int
suc ,int
Db (74)
D
2
1
1 cap,ext
Dsuc,int
D
2
ln
cap,ext
Dsuc,int
Onde:
A linha de sucção foi considerada isolada em sua superfície externa (HERMES, 2006).
1
P np
vol 1 des (77)
Psuc
72
Onde:
Vmorto
(78)
VD
Onde:
1 n p
P
Ts.comp 0,5Ts ,trecho,adj Tcomp suc
np
(81)
Pdes
Onde:
Ts ,comp : temperatura do refrigerante na descarga do compressor [K]
Tcomp : temperatura média do corpo do compressor [K]
Onde:
Q com p : taxa de transferência de calor perdida para o ambiente [W]
A potência consumida pelo compressor pode ser calculada a partir da eficiência global,
da entalpia na descarga para processo isentrópico, da entalpia na sucção do compressor e da
vazão mássica (STOECKER E JONES, 1985):
hdes,iso hs ,trecho,adj
W comp m comp (83)
g
Onde:
W com p : potência consumida pelo compressor [W]
a bPsuc cPsuc
2
d ePdes fPdes2 1 2 333T,comp
15 [ K ]
(85)
Onde a temperatura média do corpo do compressor deve ser dada na escala absoluta. Os
valores das constantes para os parâmetros utilizados no modelo são mostrados na Tabela 2:
Constante g np U Acom p
a -0,00305 -0.00033 -0.00079
b -3,2.10-5 -8.1.10-8 -1,4.10-6
c 4,97.10-8 1.13.10-10 1,73.10-9
d -5964,99 -3128,15 -4278.27
e -0,1676 0,1434 1,4920
f 4,15.10-5 -1,7.10-5 -5,1.10-4
1 -0,23842 1 6,94184
2 1,23479 0 -6,02145
Fonte: Hermes (2000)
A fração mássica de refrigerante no óleo foi calculada pela expressão abaixo (KLEIN,
1998):
yr exp 4,1358 0,9101P 0,04069 P 2 0,8249 0,1019 P 0,002656 P 2 ln Tamb
(87)
Onde:
P : pressão média da mistura óleo-refrigerante [kgf/cm2]
76
A massa de refrigerante dissolvida no óleo pode ser calculada pela Equação 88:
yr
m r mo (88)
1 yr
Onde:
mr : massa de refrigerante dissolvida no óleo [kg]
mo : massa de óleo no sistema [kg]
u u Ai dz u u
Ai dP m u 4C f 2 Di
C p Ai
dm
contornos 2
(90)
dt dz
Onde:
m : massa de refrigerante no volume de controle [kg]
C f : coeficiente de atrito [adimensional]
O coeficiente de atrito foi calculado a partir da Equação 91, proposta por Serghides
(1984):
16
Re , Re Di 2000
Di
Cf 2 (91)
1 A 4,781
2
4 4,781 B 2 A 4,781 , Re Di 4000
t
A 2,0 log 10 i
D 12
3,7 Re (92)
Di
78
t
B 2,0 log 10 Di 2,51A
3,7 Re (93)
Di
Para a região de transição (2000 < Re Di < 4000) o cálculo do coeficiente de atrito foi
P1 P2
Cp (94)
1
1u12
2
Onde:
P1 : pressão a montante do volume de controle [Pa]
Para a equação da energia foi utilizada uma formulação implícita no tempo, conforme
sugerido em GT-SUITE® (2012) para simulação de sistemas de refrigeração. Nesta formulação
a equação da energia é resolvida a partir da vazão mássica, pressão e entalpia específica. A
equação da energia é dada por:
d hV
m h V i As ,i Tr Tp
dP
(95)
dt contornos dt
Onde:
V : volume [m3]
As ,i : área superficial interna do tubo [m2]
1
1 x v
1 (96)
x l
3,24 F
2 E (97)
Frh0,045Weh0,035
0, 25
Re
E 1 x x l v
2 2
(98)
v Rel
F x 0,78 1 x
0, 224
(99)
0, 91 0,19 0, 7
v v
l 1 (100)
v l l
G 2 Di
Weh (101)
s
G2
Frh (102)
gDi 2
5 METODOLOGIA NUMÉRICA
Nesta seção serão apresentadas a metodologia numérica utilizada pelo software GT-
SUITE® e as metodologias referentes aos modelos matemáticos dos componentes do
refrigerador doméstico e para a simulação global em regime permanente desenvolvidos no
software EES®
Hermes (2000) e Lima (2007) optaram por uma variação do método dos volumes finitos
descrito em MacArthur e Grald (1989). O presente trabalho utiliza o mesmo método na
sua formulação clássica como em Patankar (1980).
A solução do sistema de equações, adotado por Hermes (2000) e Lima (2007), foi por
substituições sucessivas (STOECKER, 1989) em todo o domínio enquanto o presente
trabalho utiliza a solução iterativa em cada volume de controle.
Hermes (2000) e Lima (2007) implementaram os modelos na linguagem de
programação FORTRAN e o presente trabalho utilizou o software EES® (KLEIN,
2004).
84
G uk k (105)
Di z
Pk Pk 1 Guk uk 1 G f k uk f k 1uk 1 (106)
16 Ai
1 Di z
hk hk 1
2
1 2 2
u k u k 1
2 GAi
i,k 1 Tr ,k 1 Tc,k 1 i,k Tr ,k Tc,k (107)
Do ponto de vista da implementação numérica as Equações 103, 104, 105 e 106 são
resolvidas a partir de um procedimento iterativo realizado separadamente em cada volume de
controle, de acordo com o fluxograma mostrado na Figura 15:
1 Di z
hk hk 1
1 2
2
u k u k21
2 GAi
i ,k 1 Tevap Tr ,k 1 i ,k Tevap Tr ,k (109)
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
obtidos pelas simulações no GT-SUITE® foram empregadas combinações das correlações para
o cálculo do coeficiente de transferência de calor por convecção para condição de escoamento
bifásico tanto no condensador quanto no evaporador.
A partir dos resultados obtidos pode-se observar que, para a temperatura de 32 °C, o
modelo foi capaz de reproduzir os resultados experimentais com razoável nível de acordância
quando as correlações de Klimenko (1990) e Dobson et al. (1998) foram empregadas para o
cálculo do coeficiente convectivo para evaporação e condensação, respectivamente. Entretanto,
para temperatura de 43 °C, não foram obtidos bons resultados para o tempo de pull-down que
ficou muito inferior ao obtido experimentalmente por Hermes (2000). A temperatura do ar no
interior do gabinete para esta condição foi mais próxima ao valor experimental quando as
correlações de Klimenko (1990) e Dobson et al. (1998) foram empregadas. Quando as
98
correlações para condensação de Cavallini et al. (1974) e Shah (1979) foram empregadas a
temperatura do ar no interior do gabinete não atingiu o valor de 7°C, de modo que o tempo de
pull-down não pôde ser definido. A correlação de Kandlikar (1991) não foi empregada pois
resultou em erros inesperados nas simulações, ainda sem explicação.
A partir destes resultados pode-se afirmar que, para as correlações citadas
anteriormente, o modelo no GT-SUITE® não foi capaz de reproduzir corretamente o tempo de
pull-down na condição de temperatura ambiente igual a 43°C. Uma possível explicação para
estes resultados discrepantes estaria relacionado a capacidade de refrigeração do evaporador
durante o período transiente, grandeza esta que será mostrada posteriormente.
Os resultados para simulações transiente no GT-SUITE® mostrados nos próximos itens
foram obtidos considerando as correlações de Klimenko (1990) e Dobson et al. (1998), para o
cálculo dos coeficientes de transferência de calor por convecção para escoamento bifásico no
evaporador e condensador, respectivamente.
Para investigar o comportamento do refrigerador para diferentes cargas térmicas foram
realizadas simulações para diferentes valores de temperatura ambiente: 21 °C, 32 °C, 43 °C e
54 °C. A Figura 22 apresenta a variação da temperatura do ar no interior do gabinete durante a
o teste de pull-down:
observa-se níveis de pressões inferiores aos apresentados para temperatura de 43 °C. Para as
temperaturas ambiente de 21 °C e 54 °C comportamentos semelhantes foram observados.
Na linha de sucção observa-se que logo após o compressor ser ligado ocorrem picos
significativos de massa de refrigerante (Figura 33), associados às bruscas variações das pressões
de descarga e sucção. Estes picos de massa não são iguais, provavelmente devido às diferenças
nos picos de pressão durante a partida.
Ainda a partir da Figura 37 observa-se que, ao contrário do que foi observado por
Hermes (2000), a mínima temperatura média do ar no interior do gabinete foi obtida para a
carga de 60g de refrigerante, o que configura um elevado erro na predição da carga de
refrigerante que resulta em melhor comportamento do refrigerador. Esta discrepância pode estar
relacionada novamente ao modelo empregado para o compressor, que não considera
armazenamento de massa neste componente. Dessa forma, uma maior quantidade de massa
deverá ser distribuída no sistema o que afeta de forma global o comportamento do refrigerador
doméstico.
111
Neste item o modelo transiente desenvolvido no GT-SUITE® foi utilizado para avaliar
o comportamento do refrigerador doméstico para um intervalo de rotação do compressor de
2000 rpm a 5000 rpm com passo de 1000 rpm, para temperatura ambiente de 32°C. A exemplo
de Hermes (2006) foi assumido que a eficiência global do compressor não varia com a rotação,
de modo que o valor de 43,3% foi considerado. Adicionalmente, assumiu-se que a eficiência
volumétrica foi também considerada constante. A temperatura ambiente considerada foi de
32 °C.
A Figura 38 apresenta a variação da potência consumida e da temperatura média do ar
no gabinete em função da rotação do compressor:
A partir dos dados fornecidos por Hermes (2000) sabe-se que a rotação nominal do
compressor é 3500 rpm. A partir da Figura 37 observa-se que a medida que a rotação do
compressor aumenta, menor é a temperatura do ar no interior do gabinete para condição de
regime permanente e maior é o consumo de potência. Ainda pela Figura 38, observa-se a
existência de um ponto ideal de operação do compressor, que estaria em torno da rotação
nominal, dada por um consumo de potência ainda baixo e uma baixa temperatura do ar no
interior do gabinete. Conforme dito anteriormente, esses resultados possibilitam conclusões
limitadas, já que as eficiências do compressor foram mantidas constantes.
As variações das pressões e temperaturas de sucção e descarga em função da rotação do
compressor são mostradas nas Figuras 39 e 40, respectivamente:
A partir do trabalho de Hermes (2000), considerou-se três casos com distintas condições
de contorno, mostrados na Tabela 4:
Verifica-se para os três casos a ocorrência de uma inflexão em torno do valor de 0,16
para o comprimento normalizado, que pode ser explicada pela troca de correlação para cálculo
do coeficiente de transferência de calor do lado do ar, representando o final da linha de descarga,
para a qual foi empregada a correlação de Lefreve e Ede (1956) e início da serpentina, para a
qual foi utilizada a correlação de Tanda e Tagliafico (1997). Hermes (2000) observou perfis de
temperaturas semelhantes aos apresentados na Figura 41.
Observa-se também uma segunda inflexão para os três casos,posterior ao valor de 0,2
para o comprimento normalizado indicando o início da região de saturação do refrigerante. Na
região de saturação o coeficiente de transferência de calor do lado do refrigerante aumenta
bruscamente resultando em elevada troca térmica entre o refrigerante e o tubo do condensador,
caracterizando o salto apresentado para a temperatura do tubo, que se aproxima do valor da
temperatura do refrigerante. Este comportamento está associado ao comportamento local das
grandezas e propriedades e provavelmente não corresponde ao comportamento real durante a
mudança de fase, já que o ponto exato em que a mudança de fase ocorre é difícil de ser
estabelecido.
116
De modo análogo ao que foi feito anteriormente para o condensador, Hermes (2000)
utilizou condições de operação obtidas do trabalho de Klein (1998) para comparação de
resultados do modelo desenvolvido para o evaporador roll-bond e gabinete refrigerado.
Ressalta-se as seguintes considerações adotadas por Klein (1998) na elaboração do modelo para
o evaporador roll-bond: placa isotérmica e condição de vapor saturado na saída do evaporador.
A Tabela 6 sumariza os três casos considerados para validação:
Sub-modelo térmico
Cálculo da efetividade
Resultado Caso 1 Caso 2 Caso 3
do trocador de calor
Dittus e Boelter (1930) 51,1 51,1 49,9
Temperatura na saída
Modelo Gnielinski (1976) 51,1 51,1 50,0
da linha de sucção
proposto Hermes (2006) 42,2 41,0 39,5
[°C]
Hermes et al. (2010) 39,6 38,1 36,5
Mezavilla (1995) 37,3 37,4 37,8
Hermes (2000) 36,7 37,8 37,8
Fonte: Elaborado pelo autor
Por fim, o modelo proposto para o compressor é comparado com os modelos de Klein
(1998) e Hermes (2000) a partir das condições de contorno mostradas na Tabela 10 (HERMES,
2000):
A Figura 44 apresenta a comparação dos fluxos de massa previstos pelos dois modelos.
123
Observa-se novamente uma notável diferença entre os valores previstos pelos dois
modelos, sendo que o modelo transiente apresenta valores elevados desde a carga inicial. A
medida que a carga de refrigerante aumenta essa discrepância tende a diminuir tornando-se
pequena para carga de 90g. Esta discrepância poderia estar associada às diferentes metodologias
dos modelos considerados, já que o modelo desenvolvido no EES® simula o comportamento do
refrigerador em regime permanente e o software GT-SUITE® simula o comportamento
transiente do refrigerador desde a partida até a condição de regime permanente.
Adicionalmente, o caráter comercial deste último dificulta a análise dos resultados, já que, não
é descrita com clareza a metodologia numérica deste.
124
7 CONCLUSÕES
comportamento real do compressor para variadas rotações. Entretanto essa análise foi realizada
de modo a avaliar o comportamento qualitativo do compressor para diferentes condições de
operação;
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REFRIGERADOR
Modelo: Consul SLIM 230 L
Tipo: All-Refrigerator
Fabricante: Multibrás Eletrodomésticos S/A
Refrigerante: HFC-134a
Carga de refrigerante: 80,94 g
Óleo: Freol α22
Volume de óleo: 265 ml
Volume interno do gabinete: 230 L
Volume interno da unidade selada: 2,3 L
CONDENSADOR
Tipo: Arame-tubo
Material: Aço
Dimensões
Comprimento da linha de descarga: 1,5 m
Comprimento da região aletada: 7,5 m
Altura do condensador: 84 cm
Largura do condensador: 47 cm
Diâmetro interno: 3,34 mm
EVAPORADOR
Tipo: Roll-bond
Material: Alumínio
Dimensões
Altura do evaporador: 48 cm
Largura do evaporador: 30 cm
Espessura: 1,5 mm
Volume interno: 0,14 L
Comprimento do canal: 4,568 m
Propriedades termofísicas
Massa específica: 2700 kg/m3
Calor específico: 879 J/kg.K
Condutividade térmica: 229 W/m.K
Emissividade: 0,90
GABINETE
Dimensões
Altura externa: 1,435 m
Altura interna: 1,343 m
Largura externa: 0,510 m
Largura interna: 0,476 m
Profundidade externa: 0,473 m
Profundidade interna: 0,400 m
Espessura do revestimento externo: 0,6 mm
Espessura média do isolamento:
Região superior: 37,4 mm
Região lateral: 36,4 mm
Região posterior: 47,0 mm
Região inferior: 39,0 mm
Região da porta: 47,0 mm
Espessura do revestimento interno: 4,0 mm
Comprimento da gaxeta: 3,44 m
Distância do evaporador a superfície lateral esquerda: 50,0 mm
Distância do evaporador a superfície superior: 40,0 mm
Propriedades termofísicas
Revestimento externo (aço carbono):
Massa específica: 7850 kg/m3
Calor específico: 477 J/kg.K
Condutividade térmica: 50 W/m.K
Emissividade: 0,90
Isolamento (poliuretano expandido):
Massa específica: 29,4 kg/m3
Calor específico: 1200 J/kg.K
Condutividade térmica:
Região superior: 0,020 W/m.K
Região lateral: 0,020 W/m.K
Região posterior: 0,020 W/m.K
Região inferior: 0,020 W/m.K
Região da porta: 0,021 W/m.K
Revestimento interno (poliestireno alto impacto):
Massa específica: 1050 kg/m3
Calor específico: 1350 J/kg.K
Condutividade térmica: 0,16 W/m.K
Emissividade: 0,90
TUBO CAPILAR
Dimensões
Tipo: Tubo de seção circular
Material: Cobre
Dimensões
Comprimento do tubo capilar: 4,5 m
Comprimento do trocador de calor: 1,945 m
Comprimento da região de entrada: 2,555 m
Diâmetro interno do tubo capilar: 0,674 mm
Diâmetro externo do tubo capilar: 2,10 mm
Rugosidade do tubo capilar: 0,7 µm
Propriedades termofísicas
Massa específica: 8930 kg/m3
Calor específico: 379 J/kg.K
Condutividade térmica: 332 W/m.K
Emissividade: 0,95
LINHA DE SUCÇÃO
Tipo: tubo de seção circular
Material da linha de sucção: alumínio
Material do trecho da linha de sucção adjacente ao compressor: cobre
Dimensões
Comprimento total da linha de sucção: 2,235 m
Comprimento do trecho adjacente ao compressor: 29,0 cm
Diâmetro interno: 4,80 mm
Diâmetro externo: 6,12 mm
Propriedades termofísicas do alumínio:
Massa específica: 2700 kg/m3
Calor específico: 879 J/kg.K
Condutividade térmica: 229 W/m.K
Emissividade: 0,90
Propriedades termofísicas do cobre:
Massa específica: 8930 kg/m3
Calor específico: 379 J/kg.K
Condutividade térmica: 332 W/m.K
Emissividade: 0,92
COMPRESSOR
Modelo: EM30HNR
Tipo: Hermético alternativo
Fabricante: EMBRACO S/A
Tensão/Frequência: 220V/60Hz’
Rotação nominal: 3500 rpm
Dimensões
Volume do cilindro: 3,01 cm3
Volume morto: 95 mm3
Volume interno: 2,0 L
Volume de óleo: 265 cm3
Massa de óleo: 207,6 g
Massa do compressor com óleo: 7097,5 g
APÊNDICE B – CORRELAÇÕES PARA COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE
CALOR POR CONVECÇÃO PARA ESCOAMENTO BIFÁSICO NOS
TROCADORES DE CALOR
0, 4 0 ,8 k l 3,8 x
i 0,023 Rel Prl 1 x
kl 0 ,8
0 , 76
1 x
0 , 04
(109)
0 , 38
Di Di P
Pcrit
k l
0 ,82
i 0,0344 l Rel0,83 Prl0,35 1 x 1 (110)
Di
v
kl 2,22
i 0,023 Rel0,8 Prl0, 4 1
Xtt
0,89 (111)
Di
k P x
0 ,836
i 0,023 l Rel0,8 Prl0, 4 1 4,863 ln (112)
Di
Pcrit 1 x
kl 0 ,8
0,023 D Rel Prl Frl
0, 4
0 ,1 2 Frl
Frl0,5 , Frl 0,05
i
i
(113)
0,046 k l Re0,8 Pr 0, 4 , Fr 0,05
Di
l l l
0, 6
g l v
0, 2 0 , 09
V 1 kp kl
i 0,087 1 x 1
l
Prl 6 v (114)
l v l l kl
g
l v
0 ,1
0,16
f 0,6683 l
x 1 x 0,64 25 Frl0,3 1724 ,54 Bo0,7 1 x 0,8 , Frl 0,04
v
i ,en (116)
0 ,1
l
f 0,6683 x 0,16 1 x 1724 ,54 Bo0,7 1 x , Frl 0,04
0 , 64 0 ,8
v
0 , 45
f 1,136 l x 0,72 1 x 0,08 25 Frl 0,3 1080 ,201Bo0,7 1 x 0,8 , Frl 0,04
v
i ,ec (117)
0 , 45
l 0 ,8
f 1,136 x 1 x 1080 ,201Bo 1 x , Frl 0,04
0 , 72 0 , 08 0, 7
v
Onde:
1,58 ln Rel 3,28 2 k l
Rel Prl
D
2 i , Rel 10 4
1,07 12,7 Pr 2 3 1 1,58 ln Rel 3,28
2 0 , 5
l
l
2
f
1,58 ln Rel 3,28 2 k l (118)
Re l 1000 Pr
l
D
2 i , Re 10 4
1,58 ln Rel 3,28 2
0,5 l
1 12,7 Prl 1 l
23
2