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Equipamentos......................................................................................................3
Zíper ..................................................................................................................28
Botões................................................................................................................31
Tipos de tecidos e sua classificação..................................................................43
Tipos de maquinas de costura...........................................................................60
Componentes da maquina.................................................................................64
A compra do tecido............................................................................................68
Costurando passo a passo................................................................................80
Modelagem........................................................................................................82
Corte de tecidos.................................................................................................94
Franzido...........................................................................................................112
Pregando um zíper..........................................................................................114
Costurando um botão......................................................................................126
Bainha invisível................................................................................................127
Customização de roupas.................................................................................128
Referências......................................................................................................146
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EQUIPAMENTOS
Fita Métrica
Tipos de Tesoura
A tesoura é uma das
ferramentas fundamentais
para a costureira ou aspirante.
E, no mercado, existem vários
tipos delas, cada uma com
uma função diferente. Mas no
meio de tantas opções, qual é
a melhor para cada tipo de
trabalho? Você sabe?
Aqui vão algumas dicas para
comprar a tesoura adequada
e sair por aí fazendo moda. Mas, antes, não se esqueça: um profissional ou
pessoa que faça um trabalho com costura (mesmo caseira) precisa de,
ao menos, duas tesouras, uma para papéis e outra para tecidos. E cuidado
para não misturar os usos: as tesouras perdem a afiação ao cortarem papel e
tecido alternados.
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Tesoura multiuso:
É uma tesoura comum, de metal,
com cabo de plástico ou
emborrachado. Apesar de
ser chamada tesoura multiuso, não
deve ser usada pra cortar nada além
de tecido.
Uso: Cortar tecido.
Tesoura de arremate
Desmanchador ou Abridor de
casas
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sucessivamente “ganchando” os pontos seguintes, desmancha-se a costura
toda) e abrir casas (para isso, espeta-se o gancho maior na casa, empurrando
até o tecido tocar a lâmina. Depois, escorrega-se o desmanchador para frente,
até o final da casa).
Tesoura de costura
Tesoura de bordado
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Cortador circular
O cortador circular é uma espécie de
estilete, com uma lâmina redonda.
Tesoura micro-serrilhada
É como uma tesoura de costura
normal, mas possui micro
serrilhado nas lâminas.
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Tesoura cortador ou alfaiate
Essa tesoura tem uma lâmina
arredondada e outra mais fina.
Tesoura de picotar
A tesoura possui lâminas
serrilhadas, com serra maior que a
micro-serrilhada.
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Régua comum: régua
graduada em centímetros e
milímetros utilizada para
traçar linhas, verificar e
inserir medidas.
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Régua 3 em 1: este modelo de
régua possui o esquadro, a régua
curva e a régua de cava, todas
juntas, por isso o nome 3 em 1.
Como esta régua substitui todas as
outras, ela se torna muito mais
prática, pois ocupa menos espaço
na mesa de trabalho e agiliza a
produção do molde, uma vez que
não é necessário alternar as
réguas.
Linhas de Costura
• Resistência da costura
• Resistência à abrasão
• Elasticidade
• Resistência química
• Flamabilidade
• Solidez de cor
O que é costurabilidade?
'Costurabilidade' da linha é o termo
usado para descrever a
performance da linha de costura. A
linha com boa costurabilidade é
uniforme em diâmetro com um bom
acabamento de superfície. A
uniformidade longitudinal da linha
contribui para uma resistência
uniforme e reduz a fricção, quando
passa pelos mecanismos de
formação de ponto. Isto também
minimiza as quebras de linhas, os
custos que incorrem na repassagem da linha na máquina, reparo de pontos e
produção de produtos com qualidade inferior.
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Parâmetros de costurabilidade
Os parâmetros que definem a costurabilidade superior da linha são:
Classificação da linha
As linhas podem ser classificadas de diferentes formas. Algumas classificações
comuns são aquelas baseadas em:
• Substrato
• Construção
• Acabamento
Sintético
Devido às
limitações das fibras naturais, as linha passaram
a ser feitas a partir de fibras sintéticas, uma vez
que tem propriedades desejáveis de alta
tenacidade, alta resistência à abrasão e boa
resistência química. Elas também não são
significantemente afetadas por umidade,
apodrecimento, mofo, insetos ou bactéria.
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2. Classificação baseada na
estrutura de construção da linha
Linhas de fibra fiada são fabricadas
usando-se fibras naturais ou sintéticas.
A linha de poliéster fibra fiada é a mais
amplamente utilizada. É mais forte que
as linhas de algodão, comparando-se
à mesma espessura e disponíveis em
uma ampla variedade de espessuras e
cores.
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A linha de monofilamento
liso normalmente é feito de nylon ou
poliéster e utilizado onde alta resistência
é exigência primária. Ela consiste de dois
ou mais filamentos contínuos torcidos
juntos. É normalmente utilizado para
costura de sapatos, roupas de couro e
produtos industriais.
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Alguns acabamentos envolvem melhoria da resistência, resistência à abrasão e
lubrificação da linha.
2. Para conseguir um requisito funcional específico
Terminologia da linha
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Linhas de seda
As linhas de seda também têm
características mais delicadas.
Fora isso, elas garantem um brilho
único para as roupas, acessórios,
etc. Elas também são excelentes
para algumas formas de
acabamento, por exemplo,
bordados.
Linhas de nylon
Sua intenção é fazer roupas fortes
e, ao mesmo tempo, delicadas? As
linhas de nylon são perfeitas para
isso. Elas são muito indicadas para
a confecção de peças sintéticas.
Linhas de crochê
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Linhas metálicas
Sabe aquelas costuras ou detalhes
brilhantes para roupas e
principalmente acessórios? As linhas
metálicas são feitas para isso. Elas
garantem qualidade e brilho para
variadas costuras. Pode encontrar
linhas para costura metálica: verde,
vermelha, roxa, prata, dourada e
muitas outras.
Linhas de Poliéster
Tipos de Agulha
A característica principal de
qualquer máquina de costura é a
agulha, ou várias delas. Muitos
tipos de agulhas (sistemas) foram
desenvolvidos ao longo do tempo
para assegurar que cada máquina
de costura que a use, tenha a
melhor performance.
Os sistemas de agulhas podem ser
adotados por diversas razões,
como o uso de tecidos específicos,
novo maquinário de costura ou até
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mesmo, aumento da velocidade da máquina.
Cada sistema de agulha (tipo de agulha) possui tipicamente de 6 a 8 tamanhos
disponíveis. Nos sistemas mais utilizados, podem haver até 15 tamanhos, com
cada um desses sistemas e tamanhos, disponíveis também em diferentes tipos
de pontas.
O guia a seguir foi feito para te ajudar a entender e obter o melhor sobre
agulhas de máquinas de costura.
As funções básicas de uma agulha
Para passar a linha de cima através do laço formado pelo looper em máquinas
que não sejam de ponto fixo.
Partes da Agulha: características físicas
Base do cabo
É a extremidade superior
que facilita a inserção na
barra de agulha
Cabo
É a parte mais grossa da
agulha que se prende à
braçadeira ou ao parafuso.
Ela suporta a agulha e
prorciona maior resistência
de forma geral.
Junção cônica
É a seção intermediária
entre o cabo e a haste.
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Haste (ou Tronco)
Parte da gulha que vai do cabo até o olho. Esta parte está sujeita a muita
fricção e um consequente aquecimento quando passa através do material
costurado.
Canaleta(s)
Presente em um lado da haste, proporciona um perfeito direcionamento da
linha de cima na formação da laçada e um canal de proteção para esta mesma
linha durante a penetração no material costurado.
Ranhura curta
O olho da agulha está na parte inferior da haste. A linha de cima passa através
dele e é levada para parte inferior do material.
Cava
É um corte preciso na haste da agulha, logo acima do olho, para permitir a
passagem da lançadeira ou looper entre a linha e a agulha na formação da
laçada.
Ponta
A ponta da agulha tem o formato adequado para conduzir a linha no material
que está sendo costurado de acordo com o seu tipo e efeito desejado.
Extremidade da ponta
É a extremidade total da agulha, determinado de acordo com as definições de
performance necessárias.
Outros
A maioria das agulhas são
fabricadas usando essas
características, mas existem
várias exceções. Algumas delas
foram desenvolvidas para
superar problemas de costura
específicas ou simplesmente
projetadas para atender os
requisitos da máquina.
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Identificação da agulha
Uma agulha de máquina de costura é identificada com três parâmetros, que
são: Sistema, Ponta e Tamanho.
Sistema
O sistema de agulhas define as dimensões da agulha a ser usada na máquina.
Dependendo da máquina e de tipo de ponto, a agulha é desenvolvida com
variações de comprimento da haste, finura do cabo, tipo do olho, etc... É
aconselhável verificar junto ao fabricante, qual a agulha adequada para sua
máquina.
Ponta
A ponta da agulha é classificada em geral, em dois tipos:
• Ponta redonda
• Ponta lança
Este ponta é usado para costurar tecidos de malha média. É usado para o
DENIM médio a grosso, que irá sofrer processo de lavagem com pedras e jato
de areia.
Ponta Bola Grossa (SKF)
Essa ponta é usada para costurar malha grossa e tecidos grossos com
elasticidade (não danifica o fio elástico).
Ponta Bola Especial (SKL)
Agulhas de Ponta Lança tem pontas afiadas como lâminas. Essas pontas estão
disponíveis em uma grande variedade de cortes transversais, tais como
arredondada, triangular e quadrada. Elas podem ser usadas em materiais
pesados, que não sejam tecidos. Elas perfuram o material mais facilmente do
que os tipos de pontas redondas gerando assim menos calor na agulha. Há um
grande número de pontas dos quais cerca de 11 estão em uso regular
atualmente.
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Pontas cortantes retas;
Pontas cortantes arredondadas;
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Tamanhos de Agulha/Finuras
Os tamanhos de agulha são geralmente
representados de duas formas (embora
existem várias). Uma delas é através do
Número Métrico (Nm) que representa o
diâmetro da haste da agulha em
centésimos de milímetro medidos logo
acima da cava, mas não em qualquer
parte reforçada da haste. Por exemplo,
uma agulha de Nm 110 mede 1.1
milímetro de diâmetro, enquanto uma
agulha Nm 50 tem meio milímetro de
diâmetro.
De qualquer forma, uma agulha maior do que o normal deve ser utilizada para
penetrar em tecidos mais grossos, ou passar o ponto por cima de materiais
volumosos.
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Problemas Comuns e Soluções
Agulhas de máquina de costura podem quebrar e os motivos mais frequentes
de quebra estão listados abaixo, junto às possíveis soluções:
Motivo Solução
Verificando a Agulha
Instalando uma nova agulha
A tabela abaixo mostra exatamente o tamanho ideal de agulha para cada tipo
de tecido:
65 9 Leve Renda
75 11 Médio Cambraia
90 14 Pesado Veludo-cotelê
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ZÍPER
Embora seja classificada
dentro da mesma categoria,
uma grande diferença define
cada um.
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Zíper com carcela, com vista
ou com braguilha: Aplicação
tradicional em casacos, calças
masculinas ou femininas.
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Zíper duplo: Com dois cursores para
abertura em ambas as extremidades,
muito usados em mochilas.
Zíper Invisível:
Aplicado inteiramente entre o tecido e
o forro, possibilitando um visual limpo,
sem costura aparente, aparecimento
apenas do cursor.
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Zíper Trator: Com dentes grossos, para efeito decorativo em jaquetas e
laterais de calças. Usado
geralmente em short wear e surf
wear e em alguns modelos de
sapato.
BOTÕES
Botões Costuráveis: a sua principal característica é que tem furos para passar
a linha e podem ser pregados à mão ou à máquina. O sistema de fechamento é
através de casas feitas no tecido. Abaixo alguns tipos desses botões. A medida
desse tipo de botão é em polegadas (“) ou milímetros (mm).
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Botão de acrílico: geralmente são um
pouco transparentes, podendo ser
perolados. São botões muito resistentes.
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Botão de poliéster: esses botões
são muito comuns na camisaria.
Entre eles estão os famosos botões
rajados na clássica camisa pólo.
de botões.
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Ferro ou latão:são botões destinados a
peças esportivas feitas em tecidos
médios ou pesados. Atualmente a
maioria dos botões metálicos são
fabricados de ligas, ou seja misturas de
diferentes metais.
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Botões Invisíveis: esses botões são
geralmente metálicos e têm um ímã
interno, fazendo com que as duas
partes se unam facilmente. É muito
utilizado em acessórios como bolsas,
pois é prático e não aparece do lado
externo.
Externos ou aparentes
(decorados): são feitos para
aparecer e por isso são estampados e
coloridos.
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Roliços (lastex,
silicone): os lastex são
utilizados para franzir o
tecido, costurando com
linha e com o próprio
elástico. Há também os
elásticos roliços muito
utilizados no segmento
surfwear.
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Ponteiras: podem ter a função
de ajuste ou simplesmente de
decorar as pontas de cordões.
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Colchete de pressão: são
semelhantes aos botões de
pressão, mas são costurados à
mão. São compostos por duas
peças, macho e fêmea. Por serem
pequenos e delicados são
utilizados em peças de atelier e
infantis.
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Fivelas, passadores e argolas:
são peças metálicas funcionais
ou decorativas oferecidas com
grande variedade pelos
fabricantes.
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Passamanarias: vendidas em grande
variedade, para enfeitas as peças de
acordo com a imaginação do estilista.
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Passa-fitas: tira com orifícios para se passar fitas, disponíveis em várias
larguras e modelos.
Bordados: disponíveis em
composição de algodão puro ou misto
com fio sintético, em várias larguras. É
um aviamento muito antigo apreciado
até hoje.
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Soutache: é tipo de galão fino
decorativo com uma cavidade central
onde é passada a costura que o prende
ao tecido. É muito utilizado em roupas
para esconder costuras externas e
também em uniformes militares.
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TIPOS DE TECIDOS E SUA CLASSIFICAÇÃO
Tecidos em fibras naturais:
São tecidos feitos a partir de
matérias-primas presentes
na natureza. Possuem um
valor agregado bem superior
aos sintéticos, mas
demandam também muito
mais cuidado. Estes tecidos
não absorvem o calor, são
bem fresquinhos, mas não
podem, em hipótese alguma,
ser mergulhados em água. A
lavagem precisa ser à seco.
Lavar um tecido com fibra natural é condená-lo à morte. Alguns ficam com
algumas pontas mais curtas e outras mais longas, outros encolhem de 1 a 2
números e outros ficam completamente deformados. Então, não esqueça:
mantenha suas peças confeccionadas com fibras naturais bem longe da
máquina de lavar!
Tecidos em fibras
sintéticas:
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Composição: os tecidos usados
na alfaiataria podem ser em
microfibra, lãs frias como o
gabardine, sarjas, fibra com
elastano e fibra de bambu.
Caimento: costumam ser tecidos
um pouco mais grossos, mais
pesados, com bom caimento
para peças específicas
Utilização: os tecidos de
alfaiataria são excelentes para
confecção de blazers, calças,
coletes e ternos, tanto
masculinos quanto femininos.
Dica de costureira: Os ternos e paletós confeccionados com tecidos de fibras
naturais são indicados para os executivos que precisam estar bem-vestidos o
dia todo e costumam trabalhar em ambientes climatizados. Para estas peças, a
dica é usar sempre um forro de acetato, porque ele possui uma boa qualidade
e absorve bem o calor.
Algodão
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Composição: o algodão, em si, já é uma composição de grande parte dos
tecidos. Como exemplo podemos citar o tricoline e o veludo.
Caimento: o caimento de uma peça em algodão depende diretamente da
quantidade de fios que ela possui. Quanto mais fios, melhor é o seu
acabamento e sua durabilidade.
Caimento: é um tecido um pouco mais pesado, mas que costuma ter bom
caimento, dependendo da sua composição.
Utilização: alguns cetins de qualidade inferior costumam ser utilizados apenas
como forro. É o caso do cetim Charmeuse e do cetim com elastano. Os
demais, porém, são indicados especialmente para a Moda Noiva, na confecção
de vestidos com saias esvoaçantes, no corte godê, ou no corte sereia.
Também podem ser utilizados para confeccionar camisas.
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Dica de costureira: Na confecção de vestidos de noiva, uma dica é apostar
nos cetins importados porque eles são mais largos (aproximadamente 1,60m)
do que os cetins nacionais (1,40m). Isso faz com que a costureira ganhe na
hora do corte. Quando utilizado para forro, normalmente se escolhe o lado mais
brilhoso do cetim.
Chiffon
Crepe
O nome "crepe" deriva do francês e
quer dizer "crespo". É um tecido com
toque mais áspero e aspecto seco,
opaco e granulado.
Composição: é feito com fios altamente
torcidos de seda ou lã (natural ou
sintética) e apresenta uma variedade
imensa de espessuras. Alguns são
mais finos, médios, pesados, com
elastano ou sem elastano (planos).
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Existem diversos tipos de crepes, como o crepe da China, crepe Georgette,
crepe Marroquino e o crepe Chanel (com um lado brilhante e outro fosco).
Caimento: é bem maleável e possui um bom caimento, que pode variar de
acordo com o tipo de crepe escolhido.
Devorê
O devorê, também conhecido
como 'burnout' é, na verdade,
uma textura criada através de
um processo químico que
destrói uma parte do tecido,
fazendo com que ele ganhe
relevos e transparências. É um
tecido proveniente da França e
seu nome significa “devorar”.
Composição: os desenhos em
relevo do devorê, geralmente
florais, animais prints ou
arabescos, costumam ser aveludados e podem ser aplicados em diferentes
tecidos, como o tule ilusion, o gazar, o musseline, a seda e o veludo.
Degradê
Os tecidos degradês são aqueles cujas
estampas apresentam mudanças
gradativas na tonalidade de cores,
passando das mais escuras às mais
suaves. É uma técnica de tingimento
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bastante utilizada no setor têxtil.
Composição: diversos tecidos podem apresentar a estampa degradê, mas os
mais comuns são musseline, gazar e alguns cetins com elastano.
Forros
São os tecidos utilizados por baixo
do tecido principal. Ajudam a dar
acabamento e volume às roupas e
garantem também o conforto da
peça.
Composição: os tecidos mais
utilizados como forro são o cetim, o
shantung, o tafetá, o chiffon e o
crepe.
Jacquard
Uma invenção do mecânico Joseph
Marie Jacquired! O jacquard é fruto
de um sistema de tear automático
desenvolvido pelo francês no final do
século XVIII. Esse sistema cria um
tecido com estampas coloridas,
diferentes, complexas e com relevo,
originárias do entrelaçamento dos
fios. Para que os desenhos sejam
feitos, uma série de cartões
automáticos perfurados programa
cada movimento.
Composição: os desenhos do
jacquard podem ser feitos com fios
metalizados, com fios em seda ou em algodão.
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Lã
A lã é uma fibra natural derivada
do pelo das ovelhas e dos
carneiros. Já era utilizada na Idade
Antiga pelos povos nômades como
agasalho, mas a Mesopotâmia
(atual Iraque) foi a pioneira na
domesticação destes animais e,
por isso, suas lãs se tornaram
famosas. Não demorou para que
ela se tornasse a principal fibra da
Europa, conquistando as cortes. É
um tecido com bom isolamento
térmico: não aquece muito sob o sol, mantendo a temperatura corporal mais
baixa em comparação com tecidos sintéticos. Também não amassa e é
bastante confortável.
Composição: temos as lãs puras (naturais) e as lãs mistas, também chamadas
de acrílicas. As mistas podem combinar poliéster com elastano, poliéster com
lã pura e podem ser 100% poliéster.
Composição: é um tecido
com fio metalizado ou com
uma aplicação de glitter no estilo dourado, ouro ou bronze. Quando o brilho é
aplicado, a base geralmente é malha. O fio de lurex não oxida, não perde o
brilho e nem a cor, mesmo sob a ação da umidade do ar e do calor do corpo.
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Caimento: possui um bom caimento, semelhante às malharias. É confortável e
versátil e pode ser mais leve ou mais pesado, dependendo do fio utilizado.
Utilização: é muito comum vermos o lurex em vestidos, casacos, blusas e até
mesmo mantas e cortinas.
Malhas
As malharias estão entre os
tecidos mais antigos do
mundo. É difícil definir com
precisão quando elas
surgiram, mas sabe-se que
em 1.000 a.C. já existiam
calções de malha usados
em escavações no Egito.
Até o século XVI, toda a
produção de tecidos de
malha era manual, e isso só
mudou com a invenção de
uma máquina de tricotar
idealizada por Willian Lee, um pastor que queria auxiliar sua esposa na
produção dos tecidos.
Musseline
Este tecido tem sua origem em Dhaka,
Bangladesh, mas recebeu este nome
pois era na cidade de “Mossul”, no
Iraque, que ele era encontrado pelos
comerciantes.
Organza
O nome se origina do francês,
mas é um tecido originário da
Rússia, da região do antigo
Turquistão, lugar famoso pelo
comércio de seda na
antiguidade.
Composição: é um tecido leve,
rígido e transparente, feito de
seda ou fibras sintéticas. Pode
ser customizado com cores,
bordados e texturas.
Caimento: é usado para fazer
peças que necessitam de volume, já que é um tecido extremamente armado.
Dica de costureira: Este tecido é indicado para fazer uma saia por baixo de
saias de tule.
Paetês
O paetê, nada mais é, do que o tecido
coberto com lantejoulas. E essa é
exatamente a tradução do termo
francês pailleté que originou o nome.
Há registros de que a lantejoula já era
utilizada no ano 2.000 a.C. e, naquela
época, adornava as roupas de reis e
rainhas para demonstrar poder e
riqueza. Nos anos 1900, Algy
Lieberman começou a produzir as
lantejoulas de plástico nos Estados
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Unidos, e a partir daí elas se popularizaram. Na moda, a primeira aparição do
paetê aconteceu em 1940 nas peças de Coco Chanel e Paul Poiret.
Composição: as lantejoulas que compõem o paetê são feitas de vinil, mas a
base onde elas são aplicadas pode variar bastante, mas normalmente é tule ou
malha.
Seda
É a fibra natural obtida a partir
do bicho-da-seda. Este inseto
produz um filamento contínuo
de proteína que dá origem a
um tecido resiste e muito
macio. É uma das matérias-
primas mais caras do mundo.
Acredita-se que tenha sido
descoberta por uma imperatriz
chinesa por volta do ano 2.700 a.C..
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Composição: é a fibra natural usada na composição de diversos tecidos como
musseline e gazar.
Caimento: possui um excelente caimento e costuma ser utilizado em peças
mais soltinhas e que não ficam muito justas ao corpo.
Utilização: é o mais nobre dos tecidos. É utilizado na moda festa, mas por ser
uma fibra natural, as peças em seda 100% não costumam ser usadas repetidas
vezes.
Tafetá
Caimento: é um tecido mais sequinho, que arma um pouco, mas ainda assim
possui um bom caimento. Pode ser mais leve ou mais volumoso, dependendo
da composição.
Utilização: é bastante utilizado na Moda Festa, tanto para homens quanto para
mulheres.
Dica de costureira: As mulheres que gostam dos vestidos no corte sereia
podem optar por um tafetá com elastano, que vai modelar muito bem as curvas
do corpo. E os homens também podem ousar e escolher o tafetá para blazers e
calças.
Tecidos estampados
As estampas foram produzidas,
primeiramente, pelos fenícios, uma
civilização da Antiguidade que se localizava
onde hoje estão Líbano, Síria e o pedaço
norte de Israel. Porém, os tecidos
estampados só começaram a ser utilizados
na Europa depois do século XVII. Existem
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diferentes métodos e técnicas de estamparia, sendo que o uso de blocos de
madeiras é o mais antigo.
Composição: está presente em quase todos os tipos de tecidos: algodão,
musseline, crepe, devore, chiffon.
É um tecido de construção
em tela, produzido com finos
fios de algodão penteado
mercerizado. É fácil de cuidar
e amassa pouco.
Composição: é um tecido
100% algodão com elastano.
Caimento: possui ótimo
caimento, além de oferecer
conforto térmico, com
absorção do suor e também conforto nos movimentos, devido à presença de
elastano.
Utilização: é usado, basicamente, na linha de camisaria, tanto masculina
quanto feminina; e também é bastante indicado para a confecção de uniformes.
Veludo
É um tecido bastante antigo. Sua
origem remonta aos séculos X e
XV e há registros de que tenha
sido criado na Índia, apesar de ter
sido fabricado exclusivamente na
Itália durante um longo período.
Composição: qualquer tecido que
apresenta pelos curtos e tem o
aspecto aveludado pode ser
considerado um veludo.
Normalmente, esse veludo é
aplicado sobre uma trama de
algodão. Existem vários tipos de
veludos: liso, cotelê, alemão.
Caimento: é um tecido quentinho e um pouco mais pesado, mas com ótimo
caimento para diversas peças.
Utilização: pode ser usado para confeccionar vestidos, calças, paletós, saias,
coletes, macaquinhos e até mesmo na alfaiataria masculina, como estampa no
tecido no jacquard.
Dica de costureira: Independentemente do tipo de veludo escolhido, lembre-
se de mantê-lo bem longe do ferro de passar! Isso é muito importante na hora
da confecção. Se o ferro quente encostar no veludo, ele deixa uma marca
irreversível.
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Viscose
É a primeira fibra têxtil artificial. A
viscose é produzida a partir de um
elemento natural que é o linter da
semente do algodão e teve sua
produção iniciada em 1905.
Utilização: é usado mais na Moda Casual e nos trajes Esporte Fino masculinos,
mas é uma estampa clássica e que nunca sai totalmente de moda.
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Shantung
É um tecido originário da província chinesa
Chantung.
Zibeline
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TIPOS DE MAQUINAS DE COSTURA
Máquina caseira: Útil
para iniciantes, pois
possui vários recursos,
como caseado, zigzag,
pontos decorativos,
acabamentos, etc. De
fácil manuseio, com
muitos acessórios que
hoje em dia, no mercado,
facilitam a vida de quem
a usa, como calcadores
para zíper invisível,
nervura, para patch work, franzido, entre outros.
Portátil, pode ser carregada com facilidade. Muitas delas têm o braço livre que
facilita a colocação de mangas e acabamentos como punho e barras de calça.
E ainda tem um custo benefício mais em conta.
Por ser uma máquina reta e industrial só faz um tipo de ponto: o reto, que exige
a utilização de outras máquinas para acabamentos em geral, como a overloque
ou a galoneira.
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Overloque Industrial:
Máquina para acabamento
em tecidos planos e
fechamento de tecidos de
malha. Máquina diferente da
reta industrial, que exige o
uso de três a quatro linhas
para a formação da corrente.
Exige um espaço maior e por
61
Pespontadeira: Máquina
industrial com a finalidade de fazer
o pesponto de jeans e outros
tecidos pesados. Possui de duas a
três agulhas. Esse tipo de
máquina é utilizada para acelerar
o processo de produção em
grandes empresas, principalmente
na fabricação de jeans. E no setor
automotivo, em bancos de carros,
por exemplo.
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Travete: Máquina robusta que tem
como finalidade fazer travas em
pontos específicos onde há maior
tensão como bolsos, passantes,
laterais, zíper.
COMPONENTES DA MAQUINA
As máquinas são diferentes em alguns aspectos, todavia seus itens básicos,
que a maioria possui, são praticamente os mesmos. Vamos conhecer seus
acessórios para facilitar o manuseio dessa peça fundamental para a costura.
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É necessário entender que a disposição e formato podem alterar, mas as
funções permanecem imutáveis. No desenho, há exemplos desses itens. É
fundamental ler o manual de instruções referente à máquina utilizada para se
familiarizar com o material de trabalho, saber utilizar, limpar, passar a linha e
colocar a bobina.
Lançadeira: peça da
máquina de costura que
contém a caixa de bobina e
a bobina. O sistema, em
conjunto com a linha inferior,
cria os loops que formam os
pontos da máquina de costura.
Sistema vertical da máquina: a bobina fica na vertical, em uma caixa de
bobina removível. Remove-se puxando a trava (lingueta) da caixa de bobina e,
assim, a bobina é retirada.
Existe um parafuso, na caixa de bobina, que tem como função regular sua
tensão. Puxe a linha com a bobina dentro da caixa de bobina. Caso ela corra
facilmente, o parafuso deve ser apertado, mas caso ela esteja muito firme e
corra menos que 2cm, é preciso afrouxar a tensão.
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aparecer na costura superior e a linha de cima não deve aparecer na parte de
baixo.
Seletor de comprimento do ponto: O comprimento do ponto é o tamanho da
linha entre um furo da agulha e outro. Esse comprimento é definido em
milímetros, e pode variar de acordo com o tipo de costura e/ou tecido utilizado.
Alavanca de retrocesso: O
retrocesso faz a costura para trás,
ou seja, é importante no começo e
no final, para arrematar e evitar que
a costura desfaça. Outra opção ao
retrocesso, quando se utiliza
tecidos finos, é passar com uma
agulha as duas linhas para o
avesso da roupa e dar um nó, à mão.
Pé calcador: Esse item pode ser chamado também de ‘sapatilha’ e é utilizado
para segurar o tecido contra a máquina. Existem inúmeros tipos de sapatilhas
para diferentes utilizações, como colocação de zíper, colocação de viés, para
franzidos, para fazer casa de botão, dentre outras. O pé calcador ilustrado é o
de costuras gerais.
Alavanca para levantar o pé calcador: Essa alavanca tem a função de
levantar o pé calcador para liberar o tecido da máquina e, também, para
posicionar a sapatilha contra o tecido.
66
Preparando o Tecido
O conhecimento do tecido é importante quando vamos montar uma peça.
Esse conhecimento ajuda a escolher o melhor tecido para nossos trabalhos.
Não importa se vamos fazer uma peça para comercializar ou para uso pessoal,
é indispensável verificar a composição do tecido no ato da compra. O
conhecimento da composição é que vai definir o tipo de lavagem, se a
secagem será em secadora ou em varal comum, a temperatura do ferro de
passar, etc.
Sentidos do tecido
Urdume
É o fio vertical, paralelo á
ourela, possui menos
elasticidade. A roupa cortada
no sentido do urdume é dita
“cortada no fio”. Este sentido
dá à roupa um aspecto
menos volumoso.
Trama
É o sentido diagonal em
relação à ourela, possui
mais elasticidade que a
trama. Uma peça
cortada no sentido do
viés tem o caimento
mais suave.
Ourela
É o arremate nas
laterais do tecido, feitos
pelo tear, para que não
desfie nas bordas.
67
A COMPRA DO TECIDO
Ao comprar um tecido verifique
os critérios abaixo:
Estrutura: deve ser firme, sem
fios soltos ou rompidos, de uma
espessura uniforme.
68
• Geralmente a ourela dos tecidos é mais macia do lado direito;
• Muitas malhas quando esticadas, enrolam as suas bordas para o lado
direito;
Existem tecidos que o lado direito e o avesso são muito semelhantes, neste
caso, escolha um dos lados para ser o direito e marque o avesso com giz, para
não confundir.
Preparação do tecido
Quando compramos um
tecido geralmente os
vendedores rasgam o
mesmo puxando por uma
das pontas e isso faz com
que as beiradas fiquem
desiguais, sendo preciso
acertá-las.
O tecido também pode ter sofrido alguma distorção na fábrica, de modo que a
trama e o urdume não estejam perfeitamente perpendiculares. Neste caso, é
preciso fazer o alinhamento dos fios.
70
Os fios que correm na horizontal são os fios de urdume, e os fios que passam
entre os fios de urdume na
vertical são a trama.
Peça de tecido
Quando o fio de urdume cai perpendicular ao chão, a roupa tem um melhor
“cair”.
O corte em viés é feito a 45˚ do fio de urdume. Neste sentido não passa
nenhum fio do tecido, por isso o caimento é mais leve e o tecido estica mais.
71
Queda do fio reto
A ourela cai perpendicular ao chão.
Caimento firme, mas não muito rígido.
72
Como descobrir qual o fio do tecido, mesmo sem ourela?
Temos de investigar o tecido segundo alguns critérios: elasticidade; listras; fios
fantasia; ondulação e
resistência.
73
Seja muito criteriosa ao tirar as medidas, pois o perfeito resultado da
modelagem depende desse critério.
Tórax
Busto
Contorne o tronco na altura do busto, passando
por cima dos mamilos.
Cintura
74
Altura do busto
Largura do braço
Com a mão apoiada no quadril, contorne o braço onde ele é
mais largo.
75
Comprimento da blusa nas costas
Quadril
Altura do gancho
Com a pessoa sentada, com a postura elegante, meça a distância entre a
cintura e o assento da cadeira pela lateral do corpo.
76
Comprimento da calça
Altura do joelho
Meça pela lateral do corpo, da cintura até o joelho.
Altura do quadril
Largura do joelho
Contorne o joelho.
77
Medida do tornozelo
Contorne o tornozelo.
Medidas Masculinas
1 - Largura do Tórax
Contorne onde o tronco é mais largo. Cuidado para que a fita métrica não
escorregue nas costas.
2 - Comprimento da Blusa na Frente até a Cintura
Coloque a fita métrica no ombro, na base do pescoço, até a cintura.
3 – Cintura
Contorne a fita métrica na cintura.
4 - Largura do Braço
Contorne o braço na altura em que é
mais grosso.
5 - Largura do pescoço
Contorne o pescoço na base sem
apertar.
6 - Largura do Quadril
Contorne o Quadril sem apertar.
7 - Comprimento da Calça
Meça da Cintura até a altura desejada
para a Calça.
8 - Largura do Joelho
Contorne o Joelho
78
9 - Largura do Punho
11 – Gancho
1. Ligue a máquina na
tomada e no botão
liga/desliga.
2. Encha a bobina (verifique
como passar a linha para
encher a bobina na sua
máquina).
79
4. Passe a linha pelo ‘caminho da linha’ e pela agulha. Coloque o volante de
modo que a agulha fique no
seu ponto mais alto.
5.Levante a alavanca do pé
calcador.
80
Costura overloque
O overloque é uma máquina
própria para chulear o tecido,
isto é, fazer o acabamento e
evitar que as bordas desfiem.
Para uma maneira mais industrial e mais rápida é possível fazer o overloque
fechando as margens após a costura na máquina reta.
MODELAGEM
A importância da
modelagem e da costura
para a criação de moda:
para o estilista e/ou
empreendedor é preciso
entender as possibilidades
que a modelagem e a
costura trazem para a
criação.
Moldes (Importante)
82
Sege abaixo vários sites que possuem inúmeros moldes:
http://moldesdicasmoda.com/modelos/
https://claudineiaantunes.com.br/moldes-gratis/
http://escoladecosturar.com.br/category/molde-gratis/
http://www.marlenemukai.com.br/
https://blog.costurebem.net/material-gratuito-para-costura/
No entanto pode encontrar um molde mas que não esteja na medida que
necessita desta forma poderá ampliar proporcionalmente de acordo com
as dicas abaixo:
83
É interessante, para compreender o método, entender um pouco de
modelagem ou costura, para saber a proporção em que devem ser aplicadas
as medidas. Sabemos que, na modelagem e costura, trabalhamos
frequentemente com metade da frente e metade das costas, cada um
representando 1/4 do corpo. As medidas de busto, cintura e quadril, nesse
caso, estão divididas por 4. Outras medidas que encontraremos no molde
podem aparecer divididas por 2, por 8, por 1, etc. Veremos esses exemplos
depois. A diferença entre as medidas do molde e as medidas da pessoa deve,
então, ser dividida de acordo antes de ser aplicada ao molde. Vamos começar!
85
Começaremos as alterações pelas larguras. A diferença entre a medida de
busto do molde e a medida de busto da pessoa para quem vamos fazer a
alteração, exemplo, é de 12cm. (92 – 80 = 12cm) Como a medida de busto, no
molde, está dividida em 4 partes, dividimos a diferença da mesma maneira. (12
/ 4 = 3cm) Aumentamos então, sobre a linha do busto, a partir da lateral do
molde, 3cm.
87
Agora o comprimento do corpo. Essa
parte exige mais atenção. Como foi
comentado antes, a medida do
comprimento do corpo é apresentada
inteira no molde, mas distribuiremos a
diferença entre a parte de cima e a parte
de baixo para não haver distorção. Isso
aumenta o molde tanto na região da cava
quando na região da cintura, para a
diferença ficar proporcional.
A nossa medida de comprimento do
corpo do molde é 41, e a que desejamos
colocar no molde é 46, logo, a diferença é
de 5cm. Dividindo por 2, temos 2,5cm de
diferença para cima e 2,5cm para baixo.
Aplicamos a diferença da parte de cima
no centro do decote e nas duas pontas do
ombro. Na parte de baixo, isto é, na linha
da cintura do molde, descemos a linha toda em 2,5cm.
Por que na linha da cintura, e não na linha da barra do vestido? Por que a
medida de comprimento do corpo refere-se à distância entre o ombro e a
cintura apenas. O comprimento do vestido será corrigido depois. Como
descemos a linha da cintura (em tracejado na figura abaixo, à esquerda),
descemos a linha do quadril e a linha da barra do vestido da mesma maneira
para compensar.
88
Nossa próxima e última alteração na frente do vestido é o comprimento total. O
comprimento total é alterado da seguinte maneira:
Diminui-se o comprimento total do molde pelo da medida a que queremos
chegar (95 – 100 = -5);
89
Para alterar o molde das costas, siga o
mesmo processo. Veja ao lado resultado da
alteração.
90
É assim que faremos a alteração: copiamos os moldes lado a lado, com o
recorte fechado, como se fosse um molde só. Para isso é importante que não
tenham margens de costura nessa região. Aumentamos ou diminuímos as
medidas exatamente como feito no exemplo anterior, ignorando o recorte.
Depois disso, deslocamos o recorte deste jeito:
91
Conecte as pences para traçar a nova linha
do recorte princesa
Depois disso é só transferir o novo traçado
para um outro papel, com a carretilha, e
adicionar as margens de costura que
faltarem.
Outras alterações
Alguns outros exemplos de alterações são
as mangas e as calças. Para as mangas,
devemos levar em consideração o quanto
aumentou a lateral do busto e o quanto
subiu o ombro. Essas medidas são
alteradas separadamente para não
deformar a proporção da cabeça da manga.
O comprimento do braço é uma alteração
mais simples.
92
CORTE DE TECIDOS
Um corte em tecido fino também já pode ter margem de costura, mesmo que
esteja sendo feito como peça única.
93
Corte do molde inteiro ou assimétrico
Para cortar um molde que
esteja inteiro no papel, o tecido
também deve estar aberto. Se
nesse molde houver partes
que devem ser cortadas
duplas, copie essas partes
duas vezes. Não deixe de
espelhá-las para que não
saiam voltadas para um
mesmo lado, como, por
exemplo, mangas.
Quando for cortar um tecido
fino, que é muito leve e pode sair do lugar na hora do corte, uma dica é colocar
papel de seda embaixo do tecido. Alisar bem o tecido e prendê-lo com pesos,
em suas bordas, facilita o processo.
94
O tecido deve estar com as beiradas
rasgadas, e não cortadas, para que
fiquem exatamente no fio. Coloque-o
sobre o papel. É possível colocar
mais de uma camada, então pode
colocar o tecido dobrado se quiser.
Alinhe as beiradas do tecido com as
beiradas do papel. Isso garante que
os fios do tecido estejam alinhados.
95
O resultado:
E o fio da tesoura?
Sim, cortar papel gasta o fio da tesoura, o que faz com que fique cada vez
menos afiada e não corte o tecido direito. Mas as tesouras de tecido terão que
ser amoladas um dia, mesmo se não cortar papel. Isso só acelera o
processo. Aí é só amolar, e pronto. De qualquer maneira, esse
papel é bem fino e frágil, e não gasta muito a tesoura, portanto
não saia por aí cortando tudo quanto é papel com
sua tesoura de tecido.
Acabamentos Manuais
Alguns conselhos:
96
Costure com linha relativamente curta, de 45 a 60 cm para costuras definitivas.
Para os alinhavos, pode ser usada uma linha maior. A linha só deverá ser
dobrada para pregar botões e colchetes.
Para alinhavar e fazer marcações, utiliza-se linhas de cores claras, que façam
um certo contraste no tecido. As linhas muito escuras podem deixar marcas no
tecido. A seguir, estão os mais utilizados pontos à mão.
Alinhavos
Alinhavo Corrente
Alinhavo Diagonal
97
Ponto atrás
Tem grande elasticidade, sendo
por isso muito resistente. É
utilizado para arrematar e reparar
costuras à mão, em lugares onde
ficaria difícil executar uma costura
à máquina.
Pontos de bainha
Para fazer bainhas viradas,
dobre na altura desejada,
marque e pregue os alfinetes
perpendicularmente à
dobra, passando um alinhavo,
não esquecendo de que a
bainha deve ter uma altura
uniforme. Passe a bainha a
ferro e costure com um dos
pontos de bainha.
A seguir, estão os pontos mais utilizados para fazer bainhas à mão. De acordo
com o tecido, deve-se escolher o ponto que mais se aplica ao resultado
desejado para a peça.
Espinha de peixe
Este ponto semelhante ao zig-zag é indicado para bainhas mais pesadas.
Invisível
98
Clássico ou inclinado
Além de ter feito mais de 10 casas completas até pegar o jeito, treino bastante
antes de começar o trabalho em
qualquer peça, e recomendo que
façam o mesmo. Isso é um bom
aquecimento.
Medida da casa
Meça a casa enrolando uma fita de
cetim bem estreita ao redor do
botão. Corte com uma tesoura bem
onde a fita se junta.
99
A medida da casa é igual à metade desse pedaço de fita, mais 3mm. Anote
essa medida para usar em toda a camisa.
Regulagem do zigzag
Para começar a testar as casas, pegue um retalho do mesmo tecido que usou
na peça. É importante também
usar o mesmo tipo de linha. A
cor pode ser diferente para
melhorar a visibilidade.
As máquinas zigzag mais
simples têm 2 regulagens de
ponto: largura e comprimento. É
só isso que vamos usar para
acertar os pontos da casa, mas
é importante que a tensão dos
pontos já esteja regulada, ou
seja, que a manutenção da máquina esteja em dia.
1.Regule a largura do zigzag para que fique entre 1 e 2mm de largura. Ajuste e
costure para testar, até que fique com essa largura. Quando achar a posição
certa do regulador, marque
com caneta hidrocor ou cole
um pedaço de fita crepe e
risque com lápis exatamente
onde o ponteiro deve ficar para
conseguir essa largura.
Largura do ponto
100
2. Faça uma carreira de zigzag com
essa largura. Pare, volte ao começo
da carreira, e faça uma outra igual,
paralela à primeira, separada por
1mm.
3. Agora encontre a largura ideal de
zigzag para arrematar a casa, que é
aquele ponto largo que fica no
começo e no final. Marque a
regulagem do ponteiro da mesma
maneira que fez antes.
101
Primeiro, risque com um giz (bem afiado) a
posição e o comprimento da casa com o
seguinte desenho:
102
Costurando a casa de botão
1.Regule a máquina para o ponto
estreito, com o comprimento que foi
escolhido para ele. Posicione o tecido
com a marcação sob o calcador da
máquina e desça a agulha da
máquina para enfiá-la na parte
superior da marcação, de um dos
lados do traço vertical.
103
4. Faça 5 pontos e pare. Deixe a
agulha enfiada onde parou e levante o
calcador.
5. Gire o tecido em 180˚. Mude a
regulagem novamente, desta vez para
a mais estreita.
104
8. Levante o calcador e regule o ponto
para o mais largo. Faça o arremate
final com 5 pontos.
Finalizando a casa
105
2. Usando uma agulha de crochê bem fina, puxe as linhas por baixo do
arremate. Corte o excesso.
106
6. Essa foi a primeira tentativa.
Faça várias até ficar satisfeito
com a qualidade. Quando
terminar, faça as casas da peça
pronta.
107
2- Observe a peça.
Opte por começar em
algum lugar que não
ficará muito exposto
quando ela estiver
pronta. Pois no
fechamento da peça,
pode acontecer de ficar
um pouco torto, então
se tiver outra parte
para cobrir no final será
ótimo! Para começar a
costura, separe as
duas partes do feltro e
coloque a agulha pela
parte interna, deixando
o nó dentro da peça. E
puxe. Introduza a
agulha na parte de
trás, um pouco mais à frente de onde ela saiu antes e puxe. Vai ficar o ponto
para o ladinho.
3- Repita o processo.
Para os pontos ficarem
sempre na mesma
distância, você pode
usar uma técnica que
vi na net há um tempo
atrás. Faça marcações
no dedo indicador, com
uma caneta, usando a
régua, geralmente de 3
em 3mm fica bom.
Assim quando for
costurar você usa as
marcações no dedo
para saber onde a
agulha vai ser
introduzida no tecido.
Com o tempo você não
precisará mais disso.
108
Quando você tiver que colocar outra parte entre o feltro, introduza a agulha
pela peça até o outro lado.
4- Introduza a agulha
na parte de trás na
parte da borda do feltro
que estava sendo
costurado antes e saia
com a agulha na frente
da peça, na altura dos
outros pontos. Repita o
processo até o final da
parte que está sendo
colocada no meio.
Depois é só costurar
normalmente. Deixe
um espaço de
aproximadamente um
dedo para colocar o
enchimento. Com o
auxilio de um palito de
churrasco, ponta de
pincel ou agulha de
crochê, coloque o
enchimento nos
cantinhos, como braços,
pernas, etc.
5- Aqui é um ponto
crucial. Não pode ser
nem 8.. nem 88. Não
pode ter dó de usar o
enchimento, mas
também não pode usar
muito. Coloque o
enchimento com
delicadeza, primeiro nos
cantos, preenchendo
toda a volta e depois o
meio, até chegar na
borda que não foi
costurada. A peça
precisa estar
109
completamente cheia, mas não pode ter estourando de enchimento. Tem que
ser um cheio macio.. apalpe para saber se já está no ponto certo. Veja se
nenhum cantinho da peça ficou murcho antes de fechar. Empurre o enchimento
um pouco para dentro e continue fazendo os pontinhos até o final. Quando
chegar no último ponto,
não puxe toda a linha.
Deixe uma barriguinha,
passe a agulha por ela e
puxe com firmeza. Esse
vai ser o nó final. Se
preferir pode fazer esse
processo duas vezes.
6- Passe a agulha pelo
último ponto e leve até
algum ponto qualquer da
peça. Retire a agulha e
corte a linha. Essa peça
é o corpo de um elefante
110
FRANZIDO
3. Importantíssimo! Terminada a
costura em linha reta, NÃO faça o
retrocesso no final desta vez.
111
5. Hora de costurar a segunda
linha. Repita o processo
costurando uma segunda linha
posicionada bem paralela à
primeira. Neste caso, deixamos
a largura do pé calcador como
distância entre as duas.
112
PREGANDO UM ZIPER
1º Passo
Você irá precisar de dois
pedaços de tecido cortados
em tamanhos iguais, de
maneira que não sejam
menores que o
comprimento do seu zíper.
E então, você irá posicionar
um em cima do outro,
colocando o direito do
tecido sobre o direito do
outro tecido. (o direito do
tecido é o lado oposto do
avesso).
2º Passo
Faça uma marcação de 3
cm, e risque todo tecido
com esta mesma
marcação.
113
3º Passo
Agora, pegue o seu zíper, e
posicione ele bem rente a
linha desta marcação.
114
4º Passo
Agora, na máquina, você irá
costurar em cima desta linha
a partir da marcação do
alfinete, indo pelo sentido da
direita.
E o resultado é este:
5º Passo
Depois de terem costurado, vocês agora
irão virar o tecido para o outro lado
segurando nas duas pontas do tecido.
115
E depois de virar, você irá virar
mais uma vez. Um tecido está
sob o outro certo? e então, você
irá pegar só um deles e trazer
para sua direção, veja ao lado:
6º Passo
Note, que irá ficar uma dobra entre
as duas partes dos tecidos:
116
E então você irá puxar esta dobra
para o lado esquerdo, veja:
117
Detalhe: você deve dobrar de
maneira que ela fique levemente
inclinada, ou seja, deve haver
um espaço no final entre a linha
e a dobra. Ah, e coloque um
alfinetinho para segurar esta
dobra.
7º Passo
E agora vem o nosso zíper. Aqui
está um gif de como você deve
posicioná-lo. Você irá colocar o
zíper debaixo da dobra, de forma
que ele fique bem rente a dobra,
veja:
118
8º Passo
Se você preferir alinhave antes e
depois passe na máquina, pois assim
a segurança é maior... e nesta foto
abaixo é o pé calcador de zíper que
usei para costurar. Com ele é
possível costurar mais rente ao zíper!
119
E para ficar melhor a sua costura,
e ela não sair torta, costure até a
metade, pare, fixe a agulha no
tecido, levante o pé calcador, e
feche o zíper, veja:
E ficará assim:
120
9º Passo
Este tipo de zíper não fica exposto,
ele possui uma dobra de tecido que
o esconde. E é agora que iremos
dar as finalizações nesta dobra!
121
E ao você fazer esta
marcação, vá a máquina e
posicione o pé calcador bem
em cima desta marcação:
122
E então, fixe a agulha no
tecido, levante o pé calcador e
gire o tecido:
123
E o resultado é este!
124
COSTURANDO UM BOTÃO
Costura dos botões
Prepare uma agulha com linha
dupla, e faça um nó na ponta.
Faça o primeiro ponto sobre a
marcação do botão, deixando o
nó sobre o lado externo da gola
mesmo – o botão vai escondê-lo.
Tome cuidado para pegar com a
agulha apenas as camadas
superiores do tecido, assim os
pontos não aparecem do avesso.
125
Faça vários pontos repetindo
os anteriores, e depois faça o
mesmo para os dois furos
restantes. Se o seu botão tem
apenas 2 furos, continue do
próximo passo.
BAINHA INVISÍVEL
O ponto invisível pode ser
encontrado em vários
modelos de máquinas de
costura doméstica.
126
CUSTOMIZAÇÃO DE ROUPAS
Como transformar suas roupas
em verdadeiras obras de arte,
de forma rápida e prática?
A renda dá um toque de
elegância a peça simples.
Quando compramos uma roupa
ou um vestido, muitas vezes
temos uma preocupação porque
usamos algumas vezes e depois
perde a graça ou não dá para
utilizar em muitos lugares, o que fazer neste momento? Nós separamos aqui
algumas dicas que vão te ajudar a renovar sua roupa, sem precisar se desfazer
dela, dando outra cara para que ela fique mais agradável. A customização de
roupas é um recurso econômico e prático.
127
Como transformar peças básicas
Todo mundo tem um vestido
básico, imagine um vestido
preto reto, sem
nenhum adereço, você enjoou
dele e queria que ele fosse mais
chamativo, elegante, quais as
opções para deixá-lo mais
atraente?
Apliques de diversos tipo para
customização e para todos os
gostos
As cores se destacam no
fundo preto e a renda dá um
toque de sofisticação a roupa casual.
128
Composição para customização das roupas
Outra dica é utilizar pedaços de tecidos de outras roupas para compor um novo
look, colocando mais cor e mais vida na peça, pode substituir uma manga, uma
barra, ou até uma gola com
outro tipo de tecido ou
textura. Um recurso
interessante pode ser
cortar as mangas e fazer
um acabamento diferente.
Podemos utilizar
também tintas de tecido e
criar desenhos, como
estrelas, bolas, flores, a
partir de um molde,
recortado, assim você cria
efeito sem precisar ter habilidade para costurar. As tachas são outra carta
curinga, observe abaixo o efeito criado no shorts
A mudança radical em
uma saia preta lisa e uma
gola.
As mantas termocolantes
com strass estão em alta e
podem ser compradas
pela internet.
7 Dicas
1) Separe o material
Antes de pensar em customizar uma peça de roupa alguns materiais para
iniciar os trabalhos precisam estar preparados. Tesoura, linha, agulha,
alfinetes, cola para tecido e cola quente são fundamentais. Para aquelas que
gostam de adesivos, um ferro de passar roupa também será necessário.
129
2) Antes de começar, planeje
Primeiro é importante ter em mente o que se quer fazer. Se ainda não há
experiência com customização o ideal é planejar, procurar referências e fazer
pesquisas. Depois de decidido é hora de escolher o tecido ou os materiais que
serão utilizados e observar suas características, como rigidez, por exemplo,
que não aceita muito bem a cola.
Na hora de customizar, os
procedimentos mais simples
e que mudam bastante o
visual da sua peça são os
cortes, tais como mangas,
decotes, barras, laterais, etc.
Para quem gosta de
customizar camisetas, mas
ainda é inexperiente, a dica
é dobrá-la ao meio para não
haver erro no tamanho. Se o
desejo é preservar o corte, a dica é apostar nos acessórios de fácil aplicação,
como lantejoulas, miçangas, apliques e adesivos.
130
deixá-la com outra cara é um processo mais difícil e requer habilidade.
Transformar uma calça jeans em saia ou bolsa, por exemplo, exige atenção
aos desníveis para não deixar um lado maior que o outro. Meça onde quer
cortar e marque corretamente para a peça não ficar torta.
6) Novas cores
131
Ideias de customização
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Estampa galaxia, faça a sua!
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142
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Dica Final
Deseja criar uma peça em especifico?
A internet está repleta de modelos e tutoriais que irão lhe ajudar a
conseguir aquele resultado que deseja, agora que conseguiu obter um
conhecimento base será mais fácil realizar pesquisas e ampliar seu
conhecimento na área.
144
REFERÊNCIAS
Algodão Cru
Almanaque SOS
Audaces
Autriches
Climages
Coats Industrial
Cortando e Costurando
Eu Sem Fronteira
Fátima Miranda
Faz Fácil
Maximus Tecidos
Mundo Chanel 5
Natalia sem H
Programa Orienta
Renata Perito
SigbolFashiom
SuperZiper
Tania Neiva
Universidade Palermo
Zanotti
145