ANEXO DE TABELAS DE COEFICIENTES DE ATRITO

As tabelas 01 e 02 sintetizam a relação entre a velocidade e o respectivo

dano provocado no automóvel. Ambas foram apresentadas no congresso de
criminalística realizado no Rio de Janeiro e posteriormente em Belo
Horizonte por peritos de Brasília e pelo engenheiro Silvio Kyoji Endo. Os
valores aproximam a associação dos danos e deformações com os
respectivos valores de velocidades de danos.

Avaria Vd (km/h)
Leve Até 10
Média 20 a 40
Grave 40 a 60
Gravíssima Acima de 60
Tabela 01 – Tipo de avaria e velocidade aproximada para a sua ocorrência

Tipo de Avaria Vd (km/h)

Entortar Para-choque 5
Quebrar para-choque 10
Quebrar para-choque e grade do 15 a 20
radiador
Quebrar para-choque, faróis, 20 a 30
afundar grade, amassar capô,
deformar lataria anterior
Quebrar para-choque, faróis, 30 a 40
afundar grade, amassar capô,
deformar lataria anterior até
encostar no motor sem deslocá-lo
Quebrar para-choque, faróis, 40 a 50
afundar grade, amassar capô,
deformar lataria anterior até
encostar no motor sem deslocá-lo,
deformar suspensão
Afundar grade do radiador e colméia 40 a 45
Arrancar suspensão 40 a 45
Arrancar roda diretriz 40 a 45
Partir longarina 50 a 60
Arrancar motor dos calços / deslocar 60 a 70
motor
Arrancar roda motriz 50 a 60
Tabela 02 – Descrição das avarias de forma pormenorizada

As tabelas 01 e 02 podem ser utilizadas de forma genérica quando não

existirem outras fontes mais detalhadas para estimar o dano e associá-lo a
uma velocidade de referência.

O perito poderá buscar informações em sites de ensaios do tipo crash tests

de instituições renomadas como a NCAP, latinncap.com,
chinancartimes.com dentre outros. Nestes ensaios determinados modelos
de veículos são colididos a uma velocidade controlada. Geralmente em até
64km/h os veículos de teste são colididos contra objetos rígidos e as
deformações são apresentadas como resultado daquele modelo de veículo
ensaiado.

Figura 1 – Veículo cruze em crash test a 64km/h (Fonte Latinncap)

Com base nas deformações provocadas pelo ensaio o perito poderá associar
os danos do veículo acidentado no local a uma velocidade de referência.
Esta velocidade de referência será trabalhada posteriormente na parcela de
energia caso seja utilizado o princípio da conservação da energia.

Superfície Ke Kc
Madeira x madeira 0,25-0,5 0,20
Vidro x Vidro 0,9-1,0 0,4
Aço x Aço – superfícies 0,6 0,6
limpas
Aço x Aço – superfícies 0,09 0,05
lubrificadas
Borracha no concreto 1,00 0,8
seco
Teflon x teflon 0,04 0,04
(polímetro
politetrafluoretileno)
Tabela 03 – Coeficientes de atrito diversos (Fonte: Resnick, Halliday e Krane
– LTC – 2003)

Pavimentos Veículos de Caminhões

passeio
Superfície pneumática versus K seco K úmido K seco K úmido
Asfalto novo 0,85 0,6 0,6 0,42
Asfalto velho 0,7 0,55 0,49 0,39
Asfalto escorregadio 0,55 0,35 0,39 0,25
Concreto novo 0,85 0,55 0,60 0,39
Concreto velho 0,7 0,55 0,49 0,39
 Pedra limpa 0,6 0,4 0,42 0,28
Pedregulho 0,65 0,65 0,46 0,46
Terra dura 0,65 0,7 0,46 0,49
Terra solta 0,5 0,55 0,35 0,39
Pavimento com areia sobre 0,45 0,3 0,32 0,21
Pavimento com barro sobre 0,45 0,3 0,32 0,21
Barro sobre pedra 0,4 0,25 0,28 0,18
Pavimento com neve sobre 0,3 0,20 0,21 0,14
Gelo cristal 0,15 0,07 0,11 0,05
Tabela 04 – Fonte: Victor A Irureta – Accidentologiavial y Perícia – Ediciones
La Rocca 1006

Tipo de situação Coeficiente K

Caminhão – Lateral x concreto 0,3-0,4
Veículo de passeio – teto x concreto 0,3
Veículo de passeio – teto x asfalto 0,4
áspero
Veículo de passeio – teto x cascalho 0,5-0,7
Veículo de passeio – teto x grama 0,5
seca
Superfície metálica x asfalto 0,4
Superfície metálica x terra 0,2
Metal x metal (fricção) 0,6
Veículo de passeio x veículo de 0,55
passeio
Freio motor engatado – marcha 0,1
pesada
Freio motor engatado – marcha leve 0,1-0,2
Rolamento livre sem engrenagem – 0,01
calibragem normal
Rolamento livre sem engrenagem – 0,013
calibragem parcial
Rolamento livre sem engrenagem – 0,017
pneus vazios
Deslizamento sobre neve compacta 0,15
Deslizamento sobre gelo ou granizo 0,07
Motocicleta deslizando tombada 0,55-0,7
Corpo humano deslizando 1,1
Corpo humano rolando 0,8
Tabela 05 – Fonte: Victor A Irureta – Accidentologiavial y Perícia – Ediciones
La Rocca 1006

Pavimentos Veículo de passeio Caminhões

Superfície pneumática K seco K K seco K molhado
VS molhado
Asfalto 0,8 0,45-0,8 0,6 0,3
Concreto 0,85 0,7-0,8 0,65 0,5
Neve compacta 0,15 - 0,15 -
Gelo 0,05 - 0,11 -
Terra 0,65 - - -
Lama 0,4-0,5 - - -
 Cascalho ou areia 0,55 - - -
Tabela 06 – Fonte: Victor A Irureta – Accidentologiavial y Perícia – Ediciones
La Rocca 1006

Superfície pneumática vs Pneus novos Pneus usados

asfalto
Concreto seco 0,9-0,7 0,8-0,5
Concreto molhado 0,7-0,5 0,5-0,3
Asfalto seco 0,9-0,6 0,8-0,5
Asfalto molhado 0,7-0,5 0,5-0,3
Gelo 0,05 0,05
Barro 0,2 0,1
Tabela 07 – Fonte: Ignácio Sanz (Pelayo)

Superfície molhada versus Passeio Caminhões

Concreto molhado e muito polido - 0,25
Concreto seco 0,85 0,65
Concreto molhado 0,7 0,5
Asfalto seco 0,8 0,6
Asfalto molhado 0,5 0,3
Areia 0,55 -
Neve compacta 0,15 0,15
Gelo 0,05 0,1
Barro 0,45 -
Metal sobre asfalto 0,4 -
Metal sobre barro 0,2 -
Veículo contra veículo 0,55 -
Freio motor 0,15 -
Resistência a rodagem 0,04 -
Motocicleta arrastando sobre asfalto 0,55 -
Pedestres sobre asfalto 0,9 -
Tabela 08 – Fonte: Traffic Institute – Universidade de Northwesten

Sup. K seco K seco K molhado K molhado

Pneumática (V<50km/h) (V>50km/h) (V<50km/h) (V>50km/h)
versus
Cimento novo 0,8-1 0,75-0,85 0,5-0,8 0,45-0,75
Cimento usado 0,6-1 0,6-0,75 0,45-0,7 0,4-0,65
Cimento polido 0,55-0,75 0,5-0,65 0,45-0,65 0,4-0,6
Asfalto novo 0,8-1 0,65-0,8 0,65-0,7 0,45-0,75
Asfalto usado 0,6 0,55-0,7 0,55-0,7 0,4-0,65
Asfalto polido 0,55-0,75 0,45-0,65 0,45-0,65 0,4-0,6
Asfalto c 0,5-0,6 0,3-0,6 0,3-0,6 0,25-0,55
excesso de
alcatrão
Paralelepípedo 0,6-0,8 0,5-0,8 0,4-0,7 0,6-0,8
s usados
Paralelepípedo 0,5-0,7 0,45-0,65 0,3-0,5 0,45-0,65
s polidos
Cascalho 0,55-0,85 0,5-0,8 0,4-0,8 0,4-0,6
compacto
Cascalho solto 0,4-0,7 0,4-0,7 0,45-0,75 0,45-0,75
Neve solta 0,1-0,25 0,1-0,2 0,3-0,6 0,3-0,6
Gelo 0,1-0,25 0,07-0,2 0,05-0,1 0,05-0,1
Paralelepípedo 0,75-1 0,7-0,9 0,65-0,9 0,6-0,85
s novos
Tabela 09 – Fonte: Ediciones Gesta

Superfície Kseco Kseco Kmolhado Kmolhado

Pneumática (V<50km/h) (V>50km/h) (V<50km/h) (V>50km/h)
Vs
Concreto 0,8-1,2 0,7-1 0,5-0,8 0,4-0,75
novo e
rugoso
Concreto 0,55-0,75 0,5-0,65 0,45-0,65 0,45-0,6
polido
Concreto 0,6-0,8 0,6-0,75 0,45-0,7 0,45-0,65
desgastado
Asfalto novo 0,8-1,2 0,65-1 0,5-0,8 0,45-0,75
Asfalto polido 0,55-0.75 0,45-0,65 0,45-0,65 0,4-0,6
Asfalto c 0,5-0,6 0,35-0,6 0,3-0,6 0,25-0,55
excesso de
alcatrão
Cascalho 0,55-0,85 0,5-0,8 0,4-0,8 0,4-0,6
compacto
Cascalho 0,4-0,7 0,4-0,7 0,45-0,75 0,45-0,75
solto

Tabela 10 – Fonte: NHTSA National Highway Traffic Safety Administration –

www.nhtsa.gov

Superfície Kseco Kseco Kmolhado Kmolhado

pneumática (V<50km/h) (V>50km/h) (V<50km/h) (V>50km/h)
vs
Tijolo novo e 0,75-0,95 0,6-0,85 0,5-0,75 0,45-0,7
rugoso
Tijolo polido 0,6-0,8 0,55-0,75 0,4-0,7 0,4-0,6
Rocha 0,55-0,75 0,55-0,75 0,55-0,75 0,55-0,75
triturada
Cinza 0,5-0,7 0,5-0,7 0,65-0,75 0,65-0,75
compactada,
 escórias
Neve 0,3-0,55 0,35-0,55 0,3-0,6 0,3-0,6
compactada
Neve solta 0,1-0,25 0,1-0,2 0,3-0,6 0,3-0,6
Gelo 0,1-0,25 0,07-0,2 0,05-0,1 0,05-0,1
Tabela 11 – Fonte: NHTSA National Highway Traffic Safety Administration –
www.nhtsa.gov

Superfície Seco Úmido Com óleo

Pneumática
versus
Concreto-asfalto 0,76-0,85 0,48-0,52 0,35-0,40
Paralelepípedo 0,58-0,62 0,38-0,42 0,25-0,3
Pavimento de 0,48-0,52 0,25-0,3 0,15-0,2
pedra
Neve 0,1-0,5 - -
Gelo 0,15-0,2 0,05-0,1 -
Tabela 12 – Fonte: Técnica Del Automovil – G. Hamm – G. Burk

Pneus Superfície 50km/h 90km/h 130km/h

Seca 0,85 0,8 0,75
Novos
Molhado 0,65 0,6 0,55
Chuva forte 0,55 0,3 0,2
Encharcado 0,5 0,05 0
Gelo 0,1 - -
Pneus Seca 1 0,95 0,9
Gastos Molhado 0,5 0,2 0,2
Chuva forte 0,4 0,1 0,1
Encharcado 0,25 0,05 -
Tabela 13 – Fonte: Bosh – Coeficientes de aderência em estrada

Superfície Pneumática x asfalto seco

Tipo de veículo Coeficiente k Média de k
Veículo passeio <= 0,69-0,91 0,782
950kg
Veículo passeio de 951 0,69-1,00 0,846
a 1200kg
Veículo de passeio/van 0,72-1,00 0,895
acima de 1200kg
Caminhonete/picape 0,63-0,90 0,792
acima de 1200kg
Tabela 14 – Fonte: Negrini, Osvaldo – Dinâmica dos Acidentes de Trânsito –
Análise e Reconstruções
 Coeficiente de atrito – Superfície Pneumática x pneumátivos
Veículo VELOCIDADE DE TESTE (km/h)
40 km/h 50 km/h 60 km/h 70 km/h 80 km/h
Fiat UNO 1 0,96 0,92 0,9 0,88
Fiat Palio 0,95 0,9 0,85 0,85 0,85
GM – 0,91 0,9 0,88 0,85 0,81
Vectra
Megáne 1,15 0,96 0,85 0,81 0,78
GM Blazer 0,92 0,85 0,79 0,76 0,72
MBenz – 0,72 0,7 0,67 - -
Onibus
Tabela 15 – Fonte: Engº Wilson X. de Camargo Filho do instituto de
criminalística da PCDF. Trabalho experimental apresentado no VIII Seminário
Nacional de Crimes de Trânsito de agosto de 2012

Coeficiente de atrito – Superfície Pneumática x pneumátivos

Veículo VELOCIDADE DE TESTE (km/h)
5 km/h 10 15 20 25 30km/h 35km/
km/h km/h km/h km/h h
Fiat UNO - 0,96 0,92 0,9 0,88 0,88 -
Fiat Palio - 0,92 0,86 0,84 0,85 0,85 0,85
GM – - 0,9 0,88 0,86 0,83 0,81 -
Vectra
Megáne - 1,00 0,88 0,82 0,80 0,78 -
GM - 0,88 0,81 0,78 0,75 0,73 -
Blazer
MBenz – - 0,74 0,7 0,68 - - -
Onibus
Tabela 16 – Fonte: idem tabela 15