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2018

São Paulo / SP
Sumário

APrESENTAÇÃo : 6
Capítulo 1

PrEFáCio : 10
A igrEjA PrECiSA orAr : 13

⋅⋅ o Domínio que Deus havia dado a adão ⋅⋅ o poder da Igreja que ora
⋅⋅ Jesus, o Intercessor por Excelência

Capítulo 2
A orAÇÃo E A CoNFormidAdE Com

A morTE dE CriSTo : 29
⋅⋅ Conformidade com a Morte de Cristo ⋅⋅ a Vida Ressurreta vem do Morrer como Ele ⋅⋅ a Vitória
mais plena do Crente depende de

tomar a Forma da Morte de Cristo


⋅⋅ ocultar-se em Cristo na Cruz é Manifestar a
Vida de Jesus em Nós
Capítulo 3
orAr É ouvir E vEr dEuS Agir : 45

⋅⋅ o Silêncio
⋅⋅ Jesus o Modelo
⋅⋅ Jesus Nada Fazia por Si
⋅⋅Jesus e Sua Confiança
⋅⋅ assim na terra como no Céu
Capítulo 5
orAr No ESPíriTo : 77
⋅⋅ o poder de orar em Espírito
⋅⋅As Condições para Poder Orar no Espírito é

Viver a Vida no Espírito


⋅⋅ o Espírito nos ajuda nas Nossas Fraquezas ⋅⋅ Como o Espírito Santo age
⋅⋅ Jesus nos Ensina Sobre a Fraqueza
Capítulo 6
gEmidoS dA NATurEzA : 91

⋅⋅ Contaminação da Terra
⋅⋅A Criação Espera pela Redenção ⋅⋅ a Igreja e o Gemido
⋅⋅O Gemido da Nação
Capítulo 7
o iNTErCESSor Como

ColAborAdor dE dEuS : 109 ⋅⋅Intercessão à Luz da Criação e da Queda ⋅⋅ os anjos e a Intercessão


⋅⋅Que Dizem os Grandes Homens de Deus?
Capítulo 4
orAÇÃo dE guErrA : 53

⋅⋅ o lugar Celestial.
⋅⋅Oraçao de Confronto
⋅⋅ Soberania de Jesus Cristo
⋅⋅Oração dos Impossíveis
⋅⋅ Jesus e o Impossível
⋅⋅ o Sobrenatural transforma o

Impossível no possível
⋅⋅ os anjos Revelam o poder de Deus ⋅⋅ testemunhos Reais
Capítulo 8
NívEiS dE iNTErCESSÃo : 119

⋅⋅ a Intercessão na Bíblia
⋅⋅ a Intercessão de abraão
⋅⋅ a Intercessão de Moisés
⋅⋅ a Intercessão de Ezequias

orAÇÃo ProFÉTiCA : 131


Capítulo 9

⋅⋅Quando Precisamos Ouvir Deus


⋅⋅Quando a Oração Profética se faz Necessária?
SobrE A EdiTorA : 140

por Thiago Baeta Corrêa


Jornalista e editor-chefe
C

omo jornalista, eu gosto de estudar as variáveis formas linguísticas. Inclusive,


estreamos cursos voltados para línguas: inglês, hebraico, em breve, espanhol
e alemão. E, não foi diferente quando comecei a estudar sobre a linguagem
do Reino. Deus mostra com clareza que o caminho para ver sua glória de
forma singular é a linguagem da oração.

O salmista clama para que Deus desvende os seus olhos, para que ele possa
contemplar as maravilhas da linguagem do Senhor. A mente humana é
limitada no que se refere à espiritualidade, mas, existem tesouros que Deus
esconde de nós, e que somente uma mentalidade avivada poderá encontrar.

A Bíblia é a linguagem divina de Deus, ela nos capacita a ver a veracidade e


beleza da mente do Criador. Quando oramos acessamos a mente e coração de
Deus, abrimos a nossa mente e coração para ver a glória da mentalidade do
Eterno. Se nós passarmos dez minutos em oração, já sentiremos a nossa
mente se abrir para o verdadeiro conhecimento de Deus, e se unirmos a
oração
DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO APRESENTAÇÃO
com o estudo profundo da Palavra, então, acessaremos riquezas inenarráveis.

A oração nos conduz aos lugares de águas tranquilas, essas águas revelam a
graça de Deus, as correntes do amor e bondade do Senhor nos seguem, e
fluem de forma natural. A oração nos leva as escolhas corretas. Jesus não
fazia nada sem orar antes. E, por que nós queremos realizar a obra do Pai,
sem antes consultá-lo?

Eu tenho acompanhado a Dra. Neuza Itioka de perto, como também a sua


irmã Doroti, e fico admirado que a cada parada que fazemos, seja para um
simples café, para uma tomada de decisão, ou até mesmo para iniciarmos
uma conversa, elas oram antes. O mais divertido é que essa cultura de oração
tem nos levado a compreender mais sobre a mente de Jesus, e a sua
dependência do Pai.

Em suas orações, Dra. Neuza Itioka sempre reconhece que nós somos
humanos, que viemos do pó, e que Deus está no centro de todas as coisas,
Deus é a nossa realidade. Percebemos que por muitas vezes a oração eleva o
nosso olhar para além das insignificâncias diárias. A era midiática tem tirado
o nosso foco do que é eterno, queremos crescer em quantidade, e nos
esquecemos de que a qualidade da nossa vida está no secreto com o Pai.
Tenho muito temor do que será da nossa geração sem os pais da fé, eles nos
impulsionam a buscar em meio às crises, o Reino de Deus, e nos aponta a
Palavra como fonte e base da vida cotidiana. A oração troca a nossa lente
humanista para a lente celestial. Apenas a oração, somente a oração, devolve
a nossa visão da eternidade, e nos ajusta com a visão de Deus.

Este livro surgiu da união do Ministério Ágape Reconciliação, entre o Centro


de Treinamento para Líderes e a Editora AMAR, ambos liderados pela Dra.
Neuza Itioka. São temas que ela carrega em seus longos anos de ministério. A
sua vida está direcionada em ver a nossa nação como o lar da glória de Deus.
Tanto de dia como de noite, ela tem orado e ensinado sobre a importância da
intercessão e da escrita para a vida da igreja de Cristo na terra.

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:8::9:

odos nós sabemos que a humanidade está atrelada a questão virtual. Temos
viajado pelo Brasil a fora, como também, para algumas nações, e nos
deparamos como a mídia facilita o acesso ao univer

so religioso. Deus estabeleceu sete esferas para a sociedade: mídia, governo,


educação, economia, artes e entretenimento, família, e não menos importante,
a estrutura da religião. Existem diversas religiões no mundo, há uma
verdadeira torre de Babel de filosofias, doutrinas e vozes competindo por
nossa atenção. Mas afinal, qual delas nós escutaremos?

Jesus fez uma oração pertinente: Deilhes a tua palavra, e o mundo os odiou,
porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Não peço que
os tires do mundo, mas que os livres do mal. Não são do mundo, como eu do
mundo não sou. Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.
Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo. (Jo
17.14-18)

DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO A era midiática tem colocado o mundo


diante de nós, contudo, o que vai nos fazer vencer o mundo será a mesma
atitude que Jesus teve: orar! Sim, mesmo com um banquete religioso, pratos
de deuses e crenças, a única que poderá nos salvar do mundo, é a fé em
Cristo.

O mundo espiritual é mais real que o mundo físico, as hostes espirituais da


maldade estão a todo o momento nos tentando destruir. Deus nos chamou
para guerra, e a arma principal é a oração. Precisamos orar para que Deus
intervenha em nossa nação, cidade, igreja, família e vida pessoal. Sem cessar,
orar em todo tempo. Vamos aprender com Jesus, a maneira certa de orar, e
assim, levarmos uma vida com a cultura de oração.

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: 12 :
A
igreja precisa andar em oração. Sem a oração, a igreja estagna e não caminha.
Tudo que fizer ali dentro dela, não vai produzir efeito significativo, não vai
satisfazer as pessoas. Ela pode se tornar um clube social, e não alcança os
objetivos para os quais foi constituída. Deus se afasta, e as pessoas não serão
convencidas do pecado, da justiça e do juízo. As pessoas não vão se converter
a Jesus. Pode até se converter ao pastor e ao ministério.

Quando uma pessoa vai à igreja, ela tem de sentir que algo diferente está ali,
a presença de Deus. O povo está faminto pela Presença do Senhor.

No mundo as pessoas estão cheias de problemas, não sabem como enfrentar,


procuram solução e não encontram em nenhum lugar. A igreja tem que
oferecer o que o povo está procurando em termos de conforto espiritual,
porque ela é a extensão de Jesus na terra. Para que o sobrenatural venha
acontecer necessita ocorrer oração.

Por falta de oração, determinada igreja pode se encontrar com alguns


problemas de divisão, de competição, de ofensas um com o outro, antipatia e
outros tipos de confusão. Lembro-me que certa igreja estava enfrentando
algumas dificuldades, então, os membros se uniram para orar, e Deus
apontou o razão dos problemas. O Espírito Santo mostrou ao grupo de
intercessão da igreja que havia algo sobrenatural interferindo, era à força da
feitiçaria. Deus mostrou que 13 centros decidiram fechar aquela igreja, e
começaram a fazer trabalho. Podemos entender que não foi do dia para a
noite que a revelação veio, mas, a partir do momento que o grupo se colocou
na Presença de Deus.

Deus se agrada de uma oração constante, frequente e insistente. Porque


através da oração, estamos dizendo que nada fazemos sozinhos, e precisamos
Dele. Dependemos do Pai e sua ordem.

“Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder.


Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as
ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim
contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo
tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes.”1

A oração é o trabalho, é a própria guerra. Veja o que diz o apóstolo Paulo:


“Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto
vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos e também por
mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra, para, com
intrepidez, fazer conhecido o mistério do evangelho”2

Olha o segredo espiritual do apóstolo Paulo:

Com toda oração e súplica; ⋅⋅


⋅⋅ Orando em todo o tempo no Espírito;
⋅⋅ Vigiando com toda perseverança; ⋅⋅ E súplica por todos os santos; ⋅⋅ Por
mim (ap. Paulo);
⋅⋅ Cumprir o propósito de Deus.

o domíNio QuE dEuS HAviA dAdo A AdÃo

O primeiro mandamento de Deus para Adão foi: “Sede fecundos, multiplicai


e enchei a terra. Dominai sobre todos os animais sobre a terra”3. O dever
daquele que foi criado era de dominar e governar. Adão caiu. Jogou fora o
privilégio de governar com Deus. Ele entregou de bandeja o privilégio de ser
regente da criação juntamente com o Criador. Por isso, Deus teve de enviar
seu Filho Jesus Cristo.

O homem não só perdeu o privilégio, mas perdeu a vida em Deus, e assim


morreu, e se continuasse neste passo, a humanidade iria morrer e viver sem a
eternidade, sem Deus. Então, veio à intervenção de Deus por meio de Jesus.
A vinda do Messias foi profetizada pelo Senhor – “porei inimizade entre ti e
a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a
cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.”4

Quem provocou a queda de Adão foi Satanás com sua astúcia, contudo, Adão
caiu por sua ingenuidade, o que se fez necessário à providência de Deus. A
desobediência de Adão reforçou ainda mais a rebelião do diabo que já havia
ofendido a Santidade de Deus e desafiado a sua autoridade.
A redenção de Deus que se resume na obra da cruz do Calvário é tão
profunda, tão completa, que é impossível de se descrever e de se entender
com a mente simplesmente racional. Pois toda morte, estrago, maldição, e
toda a consequência da grande rebelião foi resolvida e solucionada na cruz do
Calvário, que custou a própria vida do Pai e do Filho.

Com a obra extraordinária da redenção na cruz, formou-se a igreja que deve


ser uma extensão da própria pessoa do Filho Jesus. Aquele que de fato se
colocou em nosso lugar.

Veja o que a palavra de Deus diz: “ Para que, pela igreja, a multiforme
sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos principados e potestades
nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu em Cristo
Jesus, nosso Senhor, pelo qual temos ousadia e acesso com confiança,
mediante a fé nele. Portanto, vos peço que não desfaleçais nas minhas
tribulações por vós, pois nisso está a vossa glória”5.

o PodEr dA igrEjA QuE orA

A Igreja é a extensão de Jesus, com o seu Caráter e Missão. Por isso, tudo
que você comandar “orar” acontecerá, e tudo que você proibir, será proibido,
através da oração. A Igreja como corpo de Cristo, tem autoridade sobre todo
o poder do inferno. “Eis que vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, vos
causará dano”.6 Veja a ordem espiritual:

⋅⋅ Autoridade sobre todos os demônios - serpentes e escorpiões;


⋅⋅ Autoridade sobre todo o poder o inimigo (do inferno, do diabo); ⋅⋅
Através dessa autoridade nada, absolutamente nada fará dano. Se a Igreja é a
extensão de Jesus, ela foi outorgada de fazer algumas coisas especiais.

Ela é a única entidade que pode julgar os principados e potestades. Pois,


Jesus é também a Cabeça dos principados e potestades. Se Ele já julgou e
venceu os principados e as potestades na cruz do Calvário. Hoje, a Igreja faz
o mesmo, “Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Nele, também
fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do
corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados
mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos”7

A Igreja recebeu a mesma unção conferida a Jesus: a unção profética,


sacerdotal e real.

“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para
pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de
coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os
algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do
nosso Deus; a consolar todos os que choram, e a pôr sobre os que em Sião
estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto,
veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem
carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória”.8

Ministério profético , caracterizado por pregar boas novas aos


quebrantados, aos pobres, àqueles que reconheciam sua necessidade de
Deus.

Ministério seria sacerdotal , no sentido de curar os quebrantados de


coração, curar e restaurar as pessoas, sanando tanto as feridas de alma
como trazendo-lhes a cura física.

Ministério de rei , decretando a libertação aos cativos de Satanás, pois havia


chegado uma nova ordem, com um novo estatuto e novas leis, inaugurando
uma nova época em que Ele passaria a reinar.

Só a igreja de Jesus tem a autoridade para lidar com as opressões


demoníacas. Por isto, ela pode anunciar a libertação aos cativos de Satanás.
Pode abrir as portas aos aprisionados no cárcere espiritual. Porém, apenas
pessoas que se dedicam a uma vida de oração e permanece na Presença de
Deus, poderá receber a confirmação da autoridade espiritual.

Jesus tendo chamado os seus doze discípulos, deu-lhes Jesus autoridade sobre
espíritos imundos para os expelirem e para curar toda sorte de doenças e
enfermidades. A Igreja amarra, amordaça, paralisa e pode expelir demônios. 9
“E, porém, eu expulso demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado
o reino de Deus sobre vós. 10
O discípulo de Jesus que ora, não se alegra na autoridade e poder que a
oração produz, mas sim, porque é cidadão dos céus. 11

O filho de Deus saberá que o mais importante não é exercer autoridade diante
do sobrenatural, muito menos sobre os demônios, e sim, em se alegrar com a
maravilha da salvação, do privilégio de ser perdoado, de nascer de novo, de
descobrir que foi escolhido antes da fundação do mundo, da alegria de
descobrir que é amado pelo Pai. Por isso, Jesus disse que para herdar a vida
eterna, nós teríamos que nos tornar simples e humildes como uma criança.

jESuS, o iNTErCESSor Por EXCElÊNCiA

Jesus, como o Verbo encarnado, o ser humano, o homem que se colocou nas
mãos do Pai para cumprir a justiça humana, sendo perfeito homem e perfeito
Deus, comunicava-se constantemente com o Pai. Por isto, o seu dia começava
com um tempo com o Pai. Ele acordava de madrugada para estar em
comunhão com o Pai e interceder pela necessidade da multidão que ia
ministrar, bem como pela luta e resistência que enfrentaria12. Lembremo-nos
de que Jesus, ao encarnar-se, assumiu toda a fragilidade e limitação da carne,
e permanecia na presença do Pai da mesma forma que nós também podemos
permanecer.

Jesus, como homem de intercessão, passava também uma noite inteira


buscando a face do Pai. Lucas, que focaliza Jesus como o Filho do homem,
relata a vigília solitária de Jesus num monte, na noite que antecedeu a escolha
dos doze apóstolos. Ele orou uma noite toda antes de escolher aqueles com
quem passaria três anos para lhes ensinar todo o conselho de Deus, para
estabelecer os fundamentos da sua Igreja13. Jesus empenhou-se na busca da
Presença do Pai, na busca da sua companhia constante, para cultivar
intimidade e para viver o que Ele sempre testificou: “Eu e o Pai somos
um”14, e para fazer a vontade do Pai. Por isso, em todas as circunstâncias e na
hora da tentação, Jesus estava sempre com o Pai. Num momento de tentação,
quando enfrentou a multidão que desejava coroá-Lo rei, Ele foi à busca da
presença do Pai para ajustar a Sua visão com os planos eternos de Deus15.

Jesus foi mestre numa escola que não havia aulas formais, mas, sim, aulas
práticas, de convivência e de discipulado, dentro no dia a dia, no comer, no
andar, no dormir, no descansar, no expulsar os demônios e no enfrentar a
acusação hipócrita das autoridades e líderes religiosos da época. Assim os
discípulos aprenderam a orar vendo Jesus orar. Dessa forma eles chegaram a
Jesus e disseram: “Senhor, ensina-nos a orar”16.

Jesus intercedia pelas cidades, tendo chegado a chorar sobre a cidade de


Jerusalém:

“Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram


enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta
os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes.”.17

Jesus estava fazendo o que os salmistas disseram: “Orai pela paz de


Jerusalém!”18. O seu momento de intercessão no jardim do Getsêmani foi
algo muito especial. O Filho estava para tomar o cálice que Lhe fora
designado desde a eternidade. Mas Ele sabia que poderia sucumbir diante de
tamanho pavor e terror, pois, pela primeira vez, se separaria do Pai, quando
todo o pecado da humanidade cairia sobre Si. Sim, a santidade do Pai faria
com que Ele, Jesus, que Se tornaria um amontoado de pecados, tivesse de
ficar totalmente separado do Pai. O gosto amargo do cálice não seria apenas
pela dor física das chagas, mas seria a dor moral, emocional e espiritual da
separação do Pai.

E o intercessor dos intercessores sofreu dores de parto, até verter o Seu


sangue, porque foi ali que Ele gerou, através de Sua intercessão, aquilo que
ainda não existia: a Sua Igreja - o Seu corpo, a Sua noiva. De acordo com um
professor de Medicina Legal, a dor de Jesus foi tão intensa que ultrapassou a
capacidade do ser humano suportar, provocando o rompimento das veias para
verter sangue como se fora suor19. E hoje Jesus continua sendo o nosso
intercessor20. Como sumo sacerdote que se coloca ao lado do homem, em
favor do homem, para falar com o Pai, Ele intercede por nós. Por isso o
apóstolo João diz: “Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus
Cristo, o Justo”21.

CoNCluSÃo
Jesus é quem advoga a nossa causa diante do acusador. Ele intercede pela
Igreja, para que ela alcance o seu propósito. Intercede pelos indivíduos, pelas
famílias, pelas cidades e pelas nações. Jesus é o intercessor sem tréguas por
nós, na presença do Pai.

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

1. Ef 6:10-12
2. Ef 6.18
3. Gn 1.28
4. Gn 3:15
5. Ef 3:10-12
6. Lc 10:19
7. Cl 2:10-12
8. Is 61:1-4
9. Mt 10:1
10. Mt 12:28-30
11. Lc 10.20
12. Mc 1.35
13. Lc 6.12
14. Jo 10.30
15. Jo 6.15
16. Lc 1 1.1
17. Mt 23.37
18. SI 122.6
19. Lc 22.39-46
20. Hb 7.25
21. 1 Jo 2.1
“Bem que eu poderia confiar também na carne. Se qualquer outro pensa que
pode confiar na carne, eu ainda mais: circuncidado ao oitavo dia, da
linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei,
fariseu, quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei,
irrepreensível. Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por
causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da
sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual
perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser
achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é
mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para
o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus
sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte; para, de algum modo,
alcançar a ressurreição dentre os mortos.”1

Para o apóstolo Paulo não lhe interessava mais nada, ele queria conhecer a
Jesus. O apóstolo da igreja primitiva contemplou Jesus na sua conversão.
Mas, conforme ele cresceu na sua comunhão com Jesus, Paulo começou
descobrir que o Salvador era algo tão extraordinário – o Filho do Deus
Altíssimo; o Princípio e o Fim; Leão da Tribo de Judá, o Mais formoso dos
filhos dos homens; Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, a Imagem
do Deus invisível, o Resplendor da Glória, a Expressão exata do Ser de Deus
–, por isso, Paulo percebeu que toda a história da sua própria vida não lhe
interessava mais.

Uma das condições importantes para conhecer de fato a Jesus Cristo


ressuscitado é passar pela experiência de sua morte.

Para conhecer Jesus, Paulo teria de conhecer o poder da sua ressurreição. A


ressurreição só vem depois da experiência da morte. A morte de Jesus foi
seguida da ressurreição. Essa é a lei natural do Reino de Deus – para se
ressurgir, a vida passa pela morte.

Assim, o apóstolo Paulo desejou também conhecer o poder da ressurreição.


Sem ressurreição não existe Cristo. O ungido do Senhor se tornou Cristo
depois da sua morte, pois ali na cruz do calvário Ele levou sobre si todo o
pecado, as maldições, as abominações, as ofensas do mundo inteiro, da
humanidade inteira e venceu o poder da morte, o poder do pecado, da
enfermidade, como também o poder do diabo, do tentador, do enganador, do
assassino desde o princípio, do mentiroso. Jesus desfez o poder do acusador,
do inferno e toda obra do diabo.

Jesus disse para que tivéssemos bom ânimo, pois, Ele venceu o poder do
mundo. Além de vencer o mundo e ao diabo, Jesus venceu a si mesmo,
bebendo do cálice da Salvação.

Paulo recebeu o entendimento de que para ele conhecer a Jesus Cristo, de


fato teria que passar pela experiência da morte. CoNFormidAdE Com

A morTE dE CriSTo

Se nós nos identificamos com a sua morte, morremos com Cristo para o
pecado, que significa morrer dia a dia com Ele. Assim como o apóstolo nos
exorta, devemos nos considerar mortos para o pecado, fazendo morrer as
nossas paixões carnais:

“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá


do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá
do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está
oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida,
se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória.
Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão
lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria; por estas coisas é que
vem a ira de Deus [sobre os filhos da desobediência]. Ora, nessas mesmas
coisas andastes vós também, noutro tempo, quando vivíeis nelas. Agora,
porém, despojai-vos, igualmente, de tudo isto: ira, indignação, maldade,
maledicência, linguagem obscena do vosso falar. Não mintais uns aos outros,
uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos
revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo
a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu,
circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é
tudo em todos.” 2

De fato, quem está em Cristo morreu para o pecado e ressuscitou. A sua vida
deveria ser uma vida em união com o Senhor ressurreto. É algo glorioso
quando entendemos essa realidade. Mas, o que temos observado é que os
discípulos modernos andam dormindo, ou seja, o velho homem continua
muito vivo. Na realidade, nós deveríamos viver como Paulo diz em

Romanos – se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte,


certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, sabendo
isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do
pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; porquanto
quem morreu está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo,
cremos que também com ele viveremos, sabedores de que, havendo Cristo
ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio
sobre ele. Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o
pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus. Assim também vós considerai-
vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não reine,
portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas
paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como
instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos
dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de
justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois não estais debaixo
da lei, e sim da graça.3

Se todo crente entender profundamente o que significa morrer com Cristo, o


poder para discernir e resistir o pecado apareceria com maior facilidade e
poderíamos resistir o pecado até o sangue. Nessa luta incessante contra o
pecado, outros sofreram muito mais que nós, que estamos na era milenar.
Sem falar de Jesus que enfrentou a morte – todo aquele derramamento de
sangue. Não devemos ter autocomiseração. O que temos que fazer é
transportar o morrer de Cristo, em nossa vida cotidiana, pois, o pecado nos
rodeia sutilmente para nos tentar.

Temos que pedir a Deus para nos capacitar a permanecer na morte para o
pecado. Assim o Espírito Santo vai revelar na medida mais profunda o que é
o pecado aos olhos de Deus, a fim de que, no poder da nova vida, o crente
possa viver a vitória.

“Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que


obedeçais às suas paixões; nem ofereçais cada um os membros do seu corpo
ao pecado, como instrumentos de iniquidade; mas oferecei-vos a Deus, como
ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como
instrumentos de justiça. Porque o pecado não terá domínio sobre vós; pois
não estais debaixo da lei, e sim da graça.” 4

É através da oração que poderemos ter uma nova vida, cheia da plenitude de
Cristo. A oração nos leva para a morte do eu, e o nascimento do homem
espiritual. Através da oração podemos desfrutar da graça, como também, da
justiça de Deus.

A vidA rESSurrETA vEm do morrEr Como ElE

A vida ressurreta e espiritual culmina em sermos conformados com a morte


de Jesus. A espiritualidade nasce quando nos rendemos a essa morte, para
que o poder da Ressureição venha nos avivar. Assim ressurgimos para
mergulhar em Sua semelhança; somos liberados para poder nos entregar nas
mãos do nosso Libertador. A cruz de Cristo é loucura para os sábios; ela é a
manifestação mais profunda e poderosa da sabedoria de Deus. “Manifestarei
a inutilidade da sabedoria do sábio, e a inteligência do inteligente reduzirei
a nada.”5

De fato, a inteligência do mais inteligente nada vale, pois a mensagem


contém a profundeza da sabedoria de Deus que apenas o Espírito Divino
pode revelar e poderosamente aplicá-la na nossa vida. “Certamente, a
palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos
salvos, poder de Deus. A minha palavra e a minha pregação não consistiram
em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e
de poder, para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim
no poder de Deus”.6

Quem de fato nasceu no Espírito, vai entender que a primeira revelação é a


do Senhor crucificado, como Aquele que carrega os nossos pecados, as
nossas abominações, as maldições, as nossas iniquidades. O resultado desta
compreensão é a nossa transformação.

A outra revelação profunda é de que na pessoa do Salvador, o pecado foi


pregado no madeiro e que nós nos identificamos com Cristo na cruz. Ela é a
cruz de Cristo, mas ela é também a nossa cruz. A morte dele é a nossa morte.
Morremos e estamos mortos com Ele e temos que continuar mortos ali.
Na cruz, morremos para o eu: o orgulho, a confiança própria, a justiça
própria. “Eu farei”; “eu resolverei”; “eu faço e aconteço”; “eu sou melhor do
que os outros.”

O apóstolo Paulo aponta que o mundo deve ser crucificado para mim7. A cruz
significa vitória sobre satanás, e a sua manifestação: as obras da carne. Ele foi
vencido e derrotado pelo Grande libertador, e ele foi envergonhado e o seu
poder destruído.

Para que isso sempre aconteça, devemos voltar sempre para a cruz. E o
caminho é a oração.
O resultado dessa morte é a manifestação do poder da ressurreição de Cristo
em nossa vida. Assim veremos Jesus vivendo através de nós.

Através da oração e comunhão com Ele, entenderemos que Jesus vence o


pecado por nós; é Ele quem vence o diabo por nós; é Ele quem o afasta das
tentações do mundo; é Ele quem manifesta a vitória sobre as suas
circunstâncias difíceis; é Ele quem o faz superar as águas; é Ele quem nos
protege no dia da fornalha de fogo; É Ele quem dá a fé para superar o
impossível; é Ele quem nos ajuda a manifestar o caráter, e a mansidão; é Ele
quem nos faz reconhecer o pecado e nos humilhar de verdade.8

A viTÓriA mAiS PlENA do CrENTE dEPENdE dE TomAr A FormA dA


morTE dE CriSTo
que é descer dentro da morte de Cristo, mergulharmos em sua morte. E, Deus
manifestar a Sua própria vida em nós.

Como funciona na prática? Simples, uma vida voltada para a direção das
coisas do alto, onde Jesus vive nos fará entender sobre essa morte. Morrer
para si: negar as coisas que mais gostamos, apreciamos e amamos, quando
Deus pedir.

⋅⋅ Morrer para si: sentimentos como raiva, ódio e revolta;


⋅⋅ Morrer para vingança: deixar nas mãos de Deus;
⋅⋅ Morrer para os seus direitos; ⋅⋅ Não roubar a glória que somente a Deus
pertence. Estar muito, muito e muito consciente de que Deus nos usa a
despeito de nós;
⋅⋅ Morrer para aparência de religiosidade: orgulho espiritual.
Quando nós tomamos a forma da morte de Cristo, continuamente, a
verdadeira vida vai aparecer. Há dois movimentos nessa forma da Morte de
Cristo: a nossa parte oCulTAr-SE Em CriSTo NA Cruz

É mANiFESTAr A vidA dE jESuS Em NÓS

Vamos entender a sabedoria da cruz, quando experimentamos em nossa vida


a cruz. Deus nos força por meio das circunstâncias a afundarmos mais ainda
na sua morte, porque recusamos morrer no dia a dia.

Na verdade, quando somos afundados na sua morte, na sua cruz, em


conformidade diária e a cada hora, a vida do próprio Jesus em nós começa a
jorrar em novidade de vida. Mais ainda – só na proporção em que descemos
para dentro da morte é que, em Espírito, ascendemos para dentro da vida no
interior do véu do oculto com Cristo em Deus.

Conservando a atitude de morte, nós liberamos a vida de poder, e a marca da


morte é a marca registrada da Igreja. Em outras palavras: “em nós opera a
morte, mas em vós, a vida.”9

A morte de Jesus opera, produz frutos, a verdadeira vida e o poder. A morte


de Cristo opera na vida do cristão o poder contra o pecado, contra a carne. A
atividade da carne, do ego, será colocada sob o seu poder em conformidade
com a morte com Cristo.

Assim, o poder da morte de Cristo opera de tal forma a sermos mais nós
mesmos. Focaremos no que é eterno, pois, entenderemos que orar é prestar
atenção em Deus, e também no que Ele tem para nós, através de Cristo.

CoNCluSÃo

A atitude da morte libera vida de poder. A liberação da vida de poder está na


nossa morte, na nossa conformidade com a morte de Cristo, diariamente.

Ela traz libertação diária, em cada instante, a separação contínua do pecado.


A morte em Cristo é o fim da vaidade, do orgulho, de se envaidecer por
esforço próprio. É a libertação mais profunda, mais rica e mais plena da vida,
brotando para cima, para a esfera celestial.
DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO “Para conhecê-lo, e a virtude da sua
ressurreição, e a comunicação de suas aflições, sendo feito conforme a sua
morte; para ver se, de alguma maneira, eu possa chegar à ressurreição dos
mortos” 10

:::::
1. Fl 3:4-11
2. Cl 3:1-10
3. Rm 6:5-14
4. Rm 6:12-14
5. 1Co 1:19
6. 1Co 2:4-5
7. Gl 6:4
8. 2Co 4:10-11
9. 2Co 4:12
10. Fl 3:10-11
O
filho de Deus que ora, ouvirá o Pai, para poder interceder a favor dos
homens, de acordo com a perfeita vontade do Pai.

A intercessão e a oração fluem do coração de Deus e vem ao coração do


homem, e sobe de volta para Ele. Essa oração é respondida certamente.

A oração é a sujeição total a Deus, quando deparamos com o seu grande


amor, nós nos oferecemos a Ele totalmente – o nosso espírito, a nossa mente,
a emoção, à vontade. Como também, o nosso corpo, a nossa vida, as nossas
circunstâncias.

Aquele que ora, recebe o toque de Deus, o amor incondicional preenche o


coração dos sedentos pela sua Presença, e a nossa união fica mais viva com o
Senhor.

A oração nos conduz para a consciência da Presença de Deus, na Presença,


nós nos aceitamos como filhos de Deus, pois, Jesus traz uma atmosfera
paternal. A oração de intimidade é essencial para ouvir a voz do Senhor.
Devemos orar para contemplar Deus, a oração de contemplação nos revela a
beleza que há em Deus. Nós nos fascinamos com a sua Glória. A oração na
teoria é um ato essencial para todo cristão. O escritor e jornalista, Philip
Yancey diz que a oração é o contato de valor inestimável com o Deus do
Universo. Yancey escreveu que os avanços científicos e tecnológicos sem
dúvida contribuem para nos confundir ainda mais no que diz respeito à
prática da oração.1

A oração de contemplação requer criar tempo para orar, no meio das tarefas e
compromissos diários. Podemos concluir que a oração é o lugar em que Deus
e os seres humanos se encontram.

o SilÊNCio

Para entrar em silêncio, temos que investir tempo. Escolher o local e


concentrarmonos em Deus. Assim, devemos nos livrar de todas as
preocupações e ansiedades que nos rodeiam, comer, se vestir, trabalhar e
viver.

A escritora Joyce Huggett fez uma observação em seu livro “Listening to


God”, a respeito de ouvir Deus falar no silêncio – o que eu ouvi naqueles
tempos para ouvir Deus em silêncio era mais do que a voz. Era a sua
presença. Sim, eu ouvi o Senhor chamando o meu nome. Eu ouvi sua ternura.
Eu me inundei do seu amor. Este ouvir Deus se tornou muito mais profundo
do que palavras. Muitas vezes, pareceu-me que o próprio Jesus se colocou de
pé diante de mim, ou ao lado de mim, ou acima de mim. Este encontro foi
algo esmagador. Era o seu brilho? Era a ternura no seu olhar? Era o seu
olhar? A única maneira que eu posso descrevê-la era semelhante a aquele
sentimento esmagadoramente maravilhosa que uma pessoa sente quando ela
ama alguém profundamente. O coração daquela pessoa queima com puro
prazer pela alegria de estar na presença dela. Não há necessidade de
palavras. 2

O rei e poeta Davi escrevia em alguns de seus Salmos sobre “aquietar a


alma”, apenas na Presença do Senhor podemos ter a nossa alma tranquilizada.

Catherine Hueck Doherty escreveu algo que vivia, por ser uma pregadora e
avivalista – se nós somos testemunhas de Jesus, na praça de hoje, onde há
demandas constantes de nossa pessoa, precisamos de silêncio. Se nós temos
de estar constantemente à disposição, não apenas fisicamente, mas na
empatia, na simpatia, na amizade, na compreensão e no amor sem limite, nos
precisamos de silêncio. Para oferecer hospitalidade, alegria e incansável
não somente em termos de casa, comida, mas da mente, do coração, do
corpo e da alma, nos precisamos de silêncio! 3

jESuS o modElo

O nosso maior exemplo dessa vida de oração e busca pelo silêncio, é Jesus de
Nazaré. Ele vivia a própria Presença do Pai. Assim também, o nosso modelo
de uma pessoa que ora é Jesus, o Filho de Deus. Ele fazia todas as coisas cem
por cento em harmonia e concordância com o Pai.

jESuS NAdA FAziA Por Si


“Então, lhes falou Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que o Filho nada
pode fazer de si mesmo, senão somente aquilo que vir fazer o Pai; porque
tudo o que este fizer, o Filho também semelhantemente o faz. Porque o Pai
ama ao Filho, e lhe mostra tudo o que faz, e maiores obras do que esta lhe
mostrará, para que vos maravilheis. Pois assim como o Pai ressuscita e
vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer. E o
Pai a ninguém julga, mas ao Filho confiou todo julgamento, a fim de que
todos honrem o Filho do modo porque honram o Pai. Quem não honra o
Filho não honra o Pai que o enviou.” 4

Olha o segredo de Jesus:


⋅⋅ O Filho faz o que o Pai faz, pois Ele o vê fazendo;
⋅⋅ O Filho ressuscita da forma como o Pai ressuscita;
⋅⋅ O Filho julga como o Pai julga. aconteceu. Ele apenas agradeceu, porque
o Pai já o ouviu.

Esta oração já foi feita nos céus, porque, Jesus orou aquilo que estava no
coração do Pai “ressuscitar os mortos”.

Então, Deus agiu com o sobrenatural na esfera natural, o apóstolo João


descreve a história do poder que Deus liberou:

“Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu, disse:


Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me ouves,
mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que tu me
enviaste.” 5

Jesus sempre foi seguro, e a razão era única, Ele confiava no agir de Deus!
ASSim NA TErrA Como No CÉu
jESuS E SuA CoNFiANÇA

Jesus sempre iniciava as suas orações agradecendo. Pois, Ele sabia que o Pai
o escutava. No caso de Lázaro, ele não ficou descrevendo em detalhes aquilo
que

A intenção de Jesus era de trazer os céus a terra, e a melhor forma era através
da oração.6
Vamos adaptar para entendermos o que isso significa?

DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO ⋅⋅ Faça-se a tua vontade, assim na terra


como no céu;
⋅⋅ Faça-se a tua vontade, assim na minha casa como nos céus;
⋅⋅ Faça-se a tua vontade, assim no meu bairro, como nos céus;
⋅⋅ Faça-se a tua vontade, assim no meu Brasil, como nos céus.

CoNCluSÃo
Orar é ver Deus agir em todas as esferas que vivemos, bem como nos lugares
que atuamos. Não existe nada mais eficaz do que uma vida de oração e busca
pela vontade de Deus.

:::::
1. YANCEY, Philip. Oração, ela faz alguma diferença?, Editora Vida, 2012.
2. HUGGETT, Joyce. Listening to God, pg 33.
3. DOHERTY, Catherine. Molchanie: The Silence of God
4. Jo 5:19-23
5. Jo 11:41-42
6. Mt 6.10
⋅⋅ Nenhuma condenação aos que estão em Cristo Jesus. (Rm 8:1);
⋅⋅ Escolhido e chamado para fazer parte do Reino de Deus. (Rm 8:28); ⋅⋅
Predestinado para ser de Jesus, desde a fundação do mundo. (Rm 8:29); ⋅⋅
Selado com o Espírito Santo. (Ef 1:13);
⋅⋅ Feito Herança de Deus. (Ef 1:11); ⋅⋅ Herdeiro de Deus e coerdeiro com o
Filho. (Rm 8:17);
⋅⋅ Assentado nos lugares Celestiais. (Ef 2:6);
⋅⋅ Morto juntamente com Jesus. (Ef 2:5);
⋅⋅ Ressurreto juntamente com Jesus. (Ef 2:6);
⋅⋅ Glorificado em Cristo. (Rm 8:30); ⋅⋅ Feito amigo de Deus através de
Jesus. (Jo 15:14);
⋅⋅ Chamado a ser irrepreensível. (Ef 1:4);
⋅⋅ Templo do Espírito Santo.

(1Co 6:19);
⋅⋅ Portador dos dons espirituais. (1Co 12:8-11);
⋅⋅ Assistido e protegido por anjos. (Sl 91:11-12);
⋅⋅ Quebradas as maldições. (Gl 3:13); ⋅⋅ Comunicação direta com Deus
através de Jesus. (Jo 15:7);
⋅⋅ Orações e pedidos respondidos. (Jo 14:13);
⋅⋅ Chamado para ser colaborador de Deus. (1Co 3:9);
⋅⋅ Portador da Vida Eterna. (Jo 6:47); ⋅⋅ Possuidor da Autoridade de Jesus
(compartilhada). (Ef 2:6);
⋅⋅ Reconhecido por anjos e demônios. (Ef 3:10);
⋅⋅ Direito e autoridade para usar o Nome de Jesus. (Mc 16:15-18);
⋅⋅ Parte da multiforme sabedoria de Deus. (Ef 3:10);
⋅⋅ Autoridade sobre os demônios. (Mc 3:15);
orAÇAo dE CoNFroNTo

Na guerra, Deus nos traz experiências com o sobrenatural, porém, se não


estivermos de acordo com a sua Palavra, não haverá eficácia na oração. Pois,
Deus não vai contra a sua própria Palavra.

Nós podemos impedir o movimento das trevas, e liberar na terra, de forma


legal, a operação do Reino de Deus. Assim, como também, nós podemos
resistir, repreender e expulsar toda ação maligna que não está dentro do
Reino de Deus. Vamos estudar de forma mais profunda:
⋅⋅ Amarrar (Mt 12:29-30)
A palavra “deo”, no grego, significa: impedir o movimento.
⋅⋅ Resistir (Tg 4:7)
A palavra “resistir” no sentido de opor-se.

“Sujeitai ao Senhor, resisti ao Diabo e ele fugirá de vós.”


⋅⋅ Repreender

O maior exemplo de repreender a ação das trevas, e alguns eventos que não
estavam de acordo com o caminhar da vontade de Deus, é a história de Jesus.

“Jesus repreendeu o demônio.” 2 “Repreendeu os ventos e o mar.” 3 “Mas


os discípulos repreendiam.” 4 “Repreendeu a febre, e esta a deixou.” 5

SobErANiA dE jESuS CriSTo

Os demônios já foram julgados, e estão sujeitos a Jesus. Não apenas eles, mas
ventos, febres ou qualquer coisa na terra, acima e abaixo dela. Jesus é a maior
autoridade.

Já vimos que é possível, por meio de Jesus Cristo, exercermos sua autoridade
na terra. Até os anjos usam o nome do Senhor, para repreenderem a ação de
satanás e seus demônios6.

A oração de guerra libera uma atmosfera de glória, Deus se revela de forma


sobrenatural. Através dessa oração, nós podemos expulsar espíritos malignos,
curar os enfermos, como em concordância com Jesus, ligarmos os céus para
com terra em tempo oportuno. 7

Nos dias de Jesus, a questão do ligar e desligar estavam mais frequentes na


literatura rabínica. Jesus sabia usar as Escrituras, pois, além de orá-la, Ele era
a própria ação.

Podemos orar assim:

Senhor, eu ligo (proíbo) que as ações de contra ataques das trevas venham
sobre a minha vida, em Nome de Jesus. Senhor, eu solto todos os seus
propósitos para que, neste dia, sejam cumpridos na minha vida, em nome de
Jesus.

orAÇÃo doS imPoSSívEiS

O rei Davi tinha muitos defeitos, porém, a despeito dele, Deus o usava
poderosamente. Davi recorria à misericórdia de Deus, o livro de Salmos em
sua totalidade são orações e louvores inspirados pelo Espírito Santo. O rei
Davi escreveu a maioria dos salmos, totalizando setenta e três autorias. O rei
sabia expressar a Deus as suas mais profundas emoções, as entranhas da sua
alma.

Davi confiava tanto em Deus, que sabia que não havia impossível ao Senhor,
e que Deus ouvia suas súplicas “O Senhor já ouviu a minha súplica; o Senhor
aceitará a minha oração”.9

Quando contemplamos a vaidade e guardamos o pecado dentro de nós, Deus


não nos ouvirá. Um dos pontos também é a incredulidade, não crer em Deus
e a sua Natureza. Não conhecer o coração de Deus. Além da vaidade, o
egoísmo e a vanglória são impeditivos de sermos ouvidos por Deus.

Será que nós confiamos tanto em Deus, que sabemos quando Ele nos ouve?
Haverá orações que Deus não responde? Existe oração errada?

Ao lermos a Bíblia, podemos ver que existem princípios para os quais Deus
vira a Face, e, não nos atende.

“Vinde, ouvi, todos vós que temeis a Deus, e vos contarei o que tem ele feito
por minha alma. A Ele clamei com a boca, com a língua o exaltei. Se eu no
coração contemplara a vaidade o Senhor não me teria ouvido. Entretanto,
Deus me tem ouvido, me tem atendido a voz da oração.” 10

jESuS E o imPoSSívEl

A oração não é nossa imposição, mas fazer a vontade de Deus. O impossível


se tornar possível, quando entendemos que a oração deve ser feita de acordo
com a Palavra de Deus.

“E esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma
coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos que ele nos ouve
quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os pedidos que
lhe temos feito.” 11

Sempre que temos a oportunidade, dentro do Ministério que lidero, nós


oramos em concordância para que Deus possa agir, e temos colhido
testemunhos notórios.

Até as pessoas que eu acompanho de perto, sabem que nada faço sem orar,
sendo antes ou depois de uma conversa, ou depois de uma extensa reunião de
decisões dentro do ministério.

O poder da concordância libera a promessa de Deus. Olha o que Jesus nos


ensinou sobre esse princípio: “Em verdade também vos digo que, se dois
dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que,
porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida por meu Pai, que está nos céus.”
12

Além da oração de concordância, temos a oração da perseverança. A Bíblia


nos ensina que devemos insistir. Jesus estava com o Pai, Ele sabia o que
estava ensinando a respeito da oração. A vida de Jesus foi inspirada em
oração. Em certo momento, ainda na terra, Jesus ensinou a respeito de um
juiz iníquo.

“E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca


desfalecer, dizendo: Havia numa cidade um certo juiz, que nem a Deus
temia, nem respeitava homem algum. Havia também naquela mesma cidade
uma certa viúva e ia ter com ele, dizendo: Faze-me justiça contra o meu
adversário. E, por algum tempo, não quis; mas, depois, disse consigo: Ainda
que não temo a Deus, nem respeito os homens, todavia, como esta viúva me
molesta, hei de fazer-lhe justiça, para que enfim não volte e me importune
muito. E disse o Senhor: Ouvi o que diz o injusto juiz. E Deus não fará
justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que
tardio para com eles? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando,
porém, vier o Filho do Homem, porventura, achará fé na terra?” 13

A única chave para o retorno das orações é a persistência!


Jesus revelou que não existe oração sem eficácia, à oração tem um grande
poder feito na hora certa. Foi o caso de Lázaro, mesmo este homem morto há
quatro dias, Jesus chegou ao momento certo e na hora certa, para revelar a
Glória de Deus!

“Respondeu-lhe Jesus: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de


Deus? Tiraram, então, a pedra. E Jesus, levantando os olhos para o céu,
disse: Pai, graças te dou porque me ouviste. Aliás, eu sabia que sempre me
ouves, mas assim falei por causa da multidão presente, para que creiam que
tu me enviaste. E, tendo dito isto, clamou em alta voz: Lázaro, vem para
fora! Saiu aquele que estivera morto, tendo os pés e as mãos ligados com
ataduras e o rosto envolto num lenço. Então, lhes ordenou Jesus: Desatai-o e
deixai-o ir.” 14

o SobrENATurAl TrANSFormA o imPoSSívEl No PoSSívEl

Já vimos que o rei Davi é uma grande inspiração para uma vida de
contemplação a Deus. Antes de ser rei, o pequeno Davi já amava a Deus, e
através da sua fé no poder do Senhor, Davi enfrentou Golias. Após ser rei,
Davi continuou a fazer da oração e confiança em Deus, a sua arma mais
eficaz.

“Ganhou Davi renome, quando, ao voltar de ferir os siros, matou dezoito mil
homens no vale do Sal. Pôs guarnições em Edom, em todo o Edom pôs
guarnições, e todos os edomitas ficaram por servos de Davi; e o Senhor dava
vitórias a Davi, por onde quer que ia.” 15

A oração nos faz ultrapassar o impossível, a cada nível de intercessão, Jesus


continua a nos perguntar: Não te disse eu que, se creres, verás a glória de
Deus?

Mesmo quando não ouvimos a resposta momentânea de Deus, Ele nunca


deixará de nos atender, ainda que venha tardar.

O sábio e profeta Daniel também tinha a oração como sua arma de guerra.
Ele não desistia, a oração revelava a sua identidade.

“Resolveu Daniel, firmemente, não contaminar-se com as finas iguarias do


rei, nem com o vinho que ele bebia; então, pediu ao chefe dos eunucos que
lhe permitisse não contaminar-se. Ora, Deus concedeu a Daniel misericórdia
e compreensão da parte do chefe dos eunucos.” 16

Daniel e seus amigos eram ousados. Eles confiavam em Deus. Eles tinham
uma vida de oração continua, buscavam a Deus de forma autêntica, e o
resultado era a manifestação do sobrenatural no meio do natural. Da mesma
forma que o pequeno Davi foi afrontado, a respeito do Deus que ele servia,
podemos ver os três jovens hebreus Sadraque, Mesaque e Abede-Nego
caindo na mesma situação, contudo, a confiança na soberania de Deus, foi
apreciada por todos. Os três jovens foram desafiados, porque, não se
corromperam com falsos deuses.

“Agora, pois, se estais prontos, quando ouvirdes o som da buzina, do pífaro,


da cítara, da harpa, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música,
para vos prostrardes e adorardes a estátua que fiz, bom é; mas, se a não
adorardes, sereis lançados, na mesma hora, dentro do forno de fogo ardente;
e quem é o Deus que vos poderá livrar das minhas mãos? Responderam
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e disseram ao rei Nabucodonosor: Não
necessitamos de te responder sobre este negócio. Eis que o nosso Deus, a
quem nós servimos, é que nos pode livrar; ele nos livrará do forno de fogo
ardente e da tua mão, ó rei. E, se não, fica sabendo, ó rei, que não
serviremos a teus deuses nem adoraremos a estátua de ouro que levantaste.
Então, Nabucodonosor se encheu de furor, e se mudou o aspecto do seu
semblante contra Sadraque, Mesaque e Abede-Nego; falou e ordenou que o
forno se aquecesse sete vezes mais do que se costumava aquecer. E ordenou
aos homens mais fortes que estavam no seu exército que atassem a Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego, para os lançarem no forno de fogo ardente.

Então, aqueles homens foram atados com as suas capas, e seus calções, e
seus chapéus, e suas vestes e foram lançados dentro do forno de fogo
ardente. E, porque a palavra do rei apertava, e o forno estava sobremaneira
quente, a chama do fogo matou aqueles homens que levantaram a Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego. E estes três homens, Sadraque, Mesaque e Abede-
Nego, caíram atados dentro do forno de fogo ardente. Então, o rei
Nabucodonosor se espantou e se levantou depressa; falou e disse aos seus
capitães: Não lançamos nós três homens atados dentro do fogo?
Responderam e disseram ao rei: É verdade, ó rei. Respondeu e disse: Eu,
porém, vejo quatro homens soltos, que andam passeando dentro do fogo, e
nada há de lesão neles; e o aspecto do quarto é semelhante ao filho dos
deuses.

Então, se chegou Nabucodonosor à porta do forno de fogo ardente; falou e


disse: Sadraque, Mesaque e AbedeNego, servos do Deus Altíssimo, saí e
vinde! Então, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do meio do fogo. E
ajuntaram-se os sátrapas, e os prefeitos, e os presidentes, e os capitães do
rei, contemplando estes homens, e viram que o fogo não tinha tido poder
algum sobre os seus corpos; nem um só cabelo da sua cabeça se tinha
queimado, nem as suas capas se mudaram, nem cheiro de fogo tinha passado
sobre eles.

Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e


Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram
nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os
seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus,
senão o seu Deus. Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo povo,
nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo;
porquanto não há outro deus que possa livrar como este. Então, o rei fez
prosperar a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, na província de Babilônia”.
17

Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim
conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela”.18

oS ANjoS rEvElAm o PodEr dE dEuS

Os anjos trabalham a favor da vontade de Deus. O anjo Gabriel foi enviado


por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré. Ele apareceu para uma
virgem, chamada Maria, o anjo disse que Deus havia achado graça em Maria,
e por conta disso, ela seria a mãe do Messias. “Então, disse Maria ao anjo:
Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o
anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá
com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será
chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho
na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril.

Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas.

Do ponto de vista humano; mesmo sendo a mais de dois mil anos atrás, uma
mulher sem conhecer o homem não poderia ficar grávida. Mas o impossível
do homem veio ser solucionado pela intervenção direta de Deus. O próprio
anjo disse que para Deus nada é impossível.

De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que


aquele que se aproxima de Deus, creia que ele existe e que se torna
galardoador dos que o buscam.

TESTEmuNHoS rEAiS

Deus nos faz entender sobre a oração de guerra, também, através de


testemunhos reais. Homens e mulheres que entregam suas vidas para o
avanço do Reino, conseguem mover o sobrenatural para o natural. O invisível
se torna visível, e o impossível passa a ser possível.

O Triângulo das Bermudas


Eis um lugar que foi estudado por cientistas e explorado por curiosos e
esotéricos, cada qual, tentando explicar os misteriosos desaparecimentos de
transatlânticos, aviões, embarcações de todos os tipos, inclusive uma que
transportava uma orquestra filarmônica inteirinha. Em 1972, o Dr. Kenneth
McAlI, que tinha sido um cirurgião e missionário na China por muitos anos,
já de volta à Inglaterra, resolveu fazer uma viagem de navio com a esposa e
cuja rota passava pelo Triângulo das Bermudas. Naturalmente eles já tinham
ouvido falar de inúmeros acontecimentos estranhos naquela região, mas
acreditavam que, como eram crentes, nada poderia lhes acontecer. Qual a sua
surpresa, porém, quando quase foram engolfados por uma tempestade
violenta. O navio estragou-se e eles estavam à deriva, mas, felizmente, foram
resgatados.

Depois dessa experiência o Dr. McAll começou a realizar pesquisas sobre o


local e constatou que, no passado, traficantes de escravos, para receberem
dinheiro do seguro, tinham afogado nada menos do que dois milhões de
escravos fracos ou doentes naquela região. Sentindo, pois, a direção de Deus,
o Dr. McAll convocou bispos, pastores, e outros cristãos, de toda a Inglaterra,
para celebrarem a Eucaristia do Jubileu, a Santa Ceia do Perdão, em julho de
1977. Logo depois ele liderou uma expedição de Remissão da Terra para o
Triângulo, no caso, obviamente, para remir as águas, pedir perdão a Deus por
aqueles assassinatos do passado e para celebrar a Santa Ceia, derramando
vinho no mar, num ato simbólico. Quando isso aconteceu, o resultado foi
imediato. Nunca mais o mundo ouviu tais histórias misteriosas com respeito
ao Triângulo das Bermudas. Deus interveio com a Sua mão poderosa. A
fortaleza de Satanás foi destruída e a ceifa de vidas, impedida.19

Luta contra a Rainha das Águas Em outubro de 1990, um grupo de setenta


discípulos, homens e mulheres, reuniram-se em Valinhos, no Estado de São
Paulo, para a Primeira Consulta de Batalha Espiritual. Ali, após um período
de jejum e oração, amarraram e destronaram a Rainha das Águas, no Brasil, e
a sua congênere, a Padroeira. Desde então, o que tem acontecido é algo digno
de nota: o culto à Rainha das Águas, na beira das praias e também a
peregrinação à “Padroeira” tem se enfraquecido. Há mais de dez anos, todo o
litoral paulista assistia à afluência de uma grande multidão que descia às
praias para homenagear a deusa das águas e pedir seus favores. Atualmente
notamos uma grande diminuição dessas homenagens.
O que também se tem notado é um crescimento vertiginoso dos trabalhos da
igreja evangélica, uma multiplicação de igrejas e ministérios por toda parte
do Brasil, como nunca antes!
A oração de guerra libera a majestade de Deus na terra.
“Nuvens e escuridão estão ao redor
dele; justiça e juízo são a base do
seu trono. Um fogo vai adiante dele,
e abrasa os seus inimigos em redor.
Os seus relâmpagos iluminam o mundo; a terra viu e tremeu. Os montes
derretem como cera na presença do Senhor, na presença do Senhor de toda a
terra. Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos veem a sua glória.
Confundidos sejam todos os que servem imagens de escultura, que se
gloriam de ídolos; prostrai-vos diante dele todos os deuses.” 20

CoNCluSÃo

Não existe impossível para Deus, quando oramos, Ele revela seu poder e
majestade. Deus continua a realizar sua obra, e a Igreja precisa voltar às
práticas da oração de guerra espiritual.

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

1. Tg 4.7
2. Mt 17.18
3. Mt 8.26
4. Mt 19.13
5. Lc 4.39
6. Jd 9
7. Mc 3.15, Mt 10.1
8. Mt 18.18
9. Sl 6.9
10. Sl 66.16-19
11. 1Jo 5:14-15
12. Mt 18:19
13. Lc 18.1-8 (Mensagem)
14. Jo 1:40-44
15. 2Sm 8:13-14
16. Dn 1:8-9
17. Dn 3.15-30
18. Lc 1:34-38
19. WAGNER, Peter. Wrestling with dark angels.
Ventura (Califórnia – EUA): Regal Books, 1990.
20. Sl 97.2-7
P

ara aprender a orar no Espírito, devemos, antes de tudo, receber o Espírito


Santo, ser inundado e cheio dele. Em João 14, Jesus Cristo prediz a vinda do
Espírito Santo como aquele que iria revelar o Pai nele e que Eles, o Filho e o
Pai, viriam e fariam morada naqueles que os amassem, e que o Espírito Santo
seria enviado em nome de Jesus ensinando todas as coisas, fazendo-os
lembrar de tudo o que Jesus teria instruindo. Jesus afirmou “Quando o
Consolador, o Espírito da verdade vier, esse dará testemunho a meu
respeito.”1

Já em João 16, Jesus revela a condição para a descida do Consolador, Jesus


precisaria subir. O ministério do Espírito Santo no mundo, além de consolar,
seria convencer o mundo do pecado, do pecado, porque não creem em mim
(Jesus); da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do
juízo, porque já o príncipe deste mundo está julgado2. O Espírito Santo tem
por princípio a verdade, Ele nos guiará a toda verdade.3

O Espírito Santo não opera espetáculos, e sim, direciona a atenção a Jesus.

“Ele me glorificará, não chamará atenção para si.” 4

O extraordinário é que unidos com o Espírito Santo, podemos pedir “orar”,


no nome de Jesus, que o Pai operará. É o ciclo celestial da oração, pois tudo
do que pedirdes, em meu nome, o meu Pai haverá de conceder. 5

o PodEr dE orAr Em ESPíriTo

No livro de Atos, no capítulo 2, nós podemos ler como os discípulos oraram,


no período de 10 dias, perseverando incansavelmente para receber o Espírito
Santo. A vinda oficial do Espírito Santo foi precedida por orações incessantes
e perseverantes dos discípulos primitivos. Assim, como resultado da vinda do
Espírito, todos foram cheios do poder de Deus. Em Atos 4.29-33, vamos ler
como o poder da oração no Espírito gera uma atmosfera de fé:

“Agora, pois, ó Senhor, olha para as suas ameaças, e concede aos teus
servos que falem com toda a ousadia a tua palavra; enquanto estendes a tua
mão para curar, e para que se façam sinais e prodígios pelo nome de teu
santo Filho Jesus. E, tendo orado, moveu-se o lugar em que estavam
reunidos; e todos foram cheios do Espírito Santo, e anunciavam com ousadia
a palavra de Deus. E era um o coração e a alma da multidão dos que criam,
e ninguém dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas
as coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder,
testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia
abundante graça.”

Este Consolador é o auxiliador nas nossas fraquezas, aquele que nos capacita
a fazer coisas, e nos capacita a orar e interceder. AS CoNdiÇÕES PArA

PodEr orAr No ESPíriTo É vivEr A vidA No ESPíriTo

O apóstolo Paulo nos ensina a respeito do poder do Espírito Santo unido com
o espírito do homem regenerado.

“Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo


Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o espírito. Porque a lei
do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne,
Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado
condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós,
que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque os que
são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são
segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne
é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação
da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em
verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar a
Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito
de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal
não é dele. E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por
causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça. E, se o Espírito
daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos
mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu
Espírito que em vós habita. De maneira que, irmãos, somos devedores, não à
carne para viver segundo a carne, porque, se viverdes segundo a carne,
morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de
Deus. Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez,
estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual
clamamos: Aba, Pai. O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que
somos filhos de Deus. E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também,
herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos,
para que também com ele sejamos glorificados.” 6

Vejamos contrastes que Paulo apresenta:

⋅⋅ Lei do Espírito e da vida / Lei do pecado e da morte;


⋅⋅ Impossível pela lei / possível pelo Filho;
⋅⋅ O ser humano estava enfermo na carne / Filho em semelhança da carne
pecaminosa veio para solucionar a questão;
⋅⋅ O pecado na carne / Jesus condenou na carne o pecado;
⋅⋅ O preceito da lei / andar no Espírito; ⋅⋅ Carne - cogita da carne / Espírito
- cogita do Espírito;
⋅⋅ O pendor da carne dá para a morte / Espírito para vida e paz;
⋅⋅ Carne – inimizade contra Deus;

Paulo em sua carta nos expõe o que o Espírito Santo faz em nós:

⋅⋅ O Espírito habita em vocês; ⋅⋅ O Espírito vivificará o seu corpo mortal;


⋅⋅ Pelo Espírito mortificamos os feitos do corpo, viveremos;
⋅⋅ Todos que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus; ⋅⋅ O
próprio Espírito testifica que somos filhos de Deus;
⋅⋅ O Espírito testifica herdeiros, coerdeiros em Cristo;
⋅⋅ O Espírito nos ajuda nas nossas fraquezas;
⋅⋅ O Espírito geme por nós com gemidos inexprimíveis.
o ESPíriTo NoS AjudA

NAS NoSSAS FrAQuEzAS

“E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas; porque


não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito
intercede por nós com gemidos inexprimíveis.” 7

Muitos têm grandes lutas para orar. Nem sempre tem vontade de orar, nem
sempre tem desejo de orar. Muitas vezes nos o fazemos como obrigação,
como nosso dever.

Podemos pensar:
“Oro, mas sinto que as minhas orações não passam do teto”.
“Oro, mas meus pensamentos me distraem e não posso me concentrar.”

Na linguagem de Paulo, quando ele diz que o Espírito nos assiste ou nos
ajuda em nossas fraquezas, ele se inclui afirmando que não é apenas
problema de pessoas novinhas na fé, mas isso pode se tornar um problema de
pessoas já maduras na caminhada com Jesus. A revelação para Paulo, é que
todos nós cristãos precisamos da ajuda do Espírito Santo.

Como discípulos do Senhor Jesus, nós devemos nos lembrar de que “não por
força, nem por violência, mas sim pelo Espírito.” 8

As debilidades e as fraquezas que Paulo aponta sobre si mesmo, ele


procurava apresentar a Deus em suas orações:

“Por que nem mesmo compreendo o meu próprio agir, pois não faço o que
prefiro, e sim, o que detesto. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal
que não quero, esse faço.” 9

“Para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foime


posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a
fim de que não me exalte.” 10

A resposta de Deus às orações do apóstolo Paulo, foi – a minha graça te


basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza.11

Como o ESPíriTo SANTo AgE

O Espírito Santo mostra o seu poder não nos livrando da nossa fraqueza, mas
sim, por meio da fraqueza, na nossa fraqueza, dentro da fraqueza.

Ai de nós se imaginarmos que não temos mais nenhum problema ou


nenhuma fraqueza. Seremos autossuficientes. Deus sempre permitirá alguma
coisa para que venhamos conhecer a nossa limitação e fraquezas, para poder
experimentar, através da oração, a ajuda do Espírito Santo. Quando temos a
consciência da nossa fraqueza, vamos à busca do socorro em oração.

jESuS NoS ENSiNA SobrE A FrAQuEzA


A coisa mais extraordinária é que Jesus Cristo fala a mesma coisa, em outros
termos.

Nas palavras de Jesus Cristo – sem mim nada podeis fazer.12 Em verdade, em
verdade vos digo, que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão somente
aquilo que vir fazer o Pai, porque tudo o que este fizer, o filho também
semelhantemente o faz.13

Por essa razão, Jesus tendo o conhecimento que veio ao mundo, na condição
humana, Ele procurava passar muito tempo em intercessão e oração.14
da nossa fraqueza, da nossa incapacidade. No momento de oração, Deus nos
revela a sua vontade, e assim, podemos realizá-la, mesmo diante de
dificuldades; pois, o poder do Senhor se aperfeiçoa em nós.

CoNCluSÃo Jesus era homem de oração, por isso os discípulos pediam,


“Senhor ensina-nos a orar”. A solicitação dos discípulos veio da observação
constante da vida de oração e intercessão de Jesus. A vida de oração de Jesus
era a prova da sua total dependência do Pai.

Como ministra do Senhor, quantas vezes, eu tenho chegado cansada, e penso


desta vez não dá, e me jogo nos braços do Senhor, dizendo: “Senhor, é o
Senhor quem precisa fazer”, e o Senhor o faz. Mais tarde, eu ouço os
comentários: “foi o melhor estudo que ouvi”.

Assim tem acontecido, sendo o melhor momento que passamos seja na


adoração, na oração, no louvor. Porque oramos, conscientes da debilidade, da
nossa fragilidade,

Deus não procura apenas adorador, mas sim, homens e mulheres que vão
causar o avivamento através da oração em verdade. Uma oração viva e santa,
que atrairá a Presença do Senhor em todos os níveis da sociedade.

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO


1. Jo 15.27
2. Jo 16.9-11
3. Jo 16.13
4. Jo 16.14
5. Jo 16.23
6. Rm 8.1-17
7. Rm 8.26
8. Zc 4.6
9. Rm 7.15-19
10. 2Co 12.7
11. 2Co 12.9
12. Jo 15.5
13. Jo 5.19
14. Mc 1.35, Mc 6.46
15. Lc 12.18
“Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados
com a glória que em nós será revelada. A natureza criada aguarda, com
grande expectativa, que os filhos de Deus sejam revelados. Pois ela foi
submetida à futilidade, não pela sua própria escolha, mas por causa da
vontade daquele que a sujeitou, na esperança de que a própria natureza
criada será libertada da escravidão da decadência em que se encontra para
a gloriosa liberdade dos filhos de Deus. Sabemos que toda a natureza criada
geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos,
que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando
ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. Pois
nessa esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança.
Quem espera por aquilo que está vendo? Mas se esperamos o que ainda não
vemos, aguardamo-lo pacientemente.

e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu
caminho sobre a terra.4

Vamos comentar o que acontece quando existe um pecado, por exemplo, o


derramamento de sangue? Então, lembremonos do primeiro assassinato, o
fratricídio. “e disse Deus: Que fizestes (Caim)? A voz do sangue do seu irmão
(Abel) clama a mim desde a terra. E agora maldito és tu desde a terra, que
abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.” 5

A contaminação da terra não aconteceu agora, mas é algo muito antigo.


Moisés, autor do livro de Levítico fala de todo tipo de incesto, e isto é fonte
de contaminação, e de diversos pecados de abominação a Deus.6

E assim, Deus continua a descrever a consequência da abominação que


contamina a terra: “Porque todas estas abominações fizeram os homens desta
terra que nela estavam antes de vós; e a terra foi contaminada. Para que a
terra não vos vomite, havendo-a vós contaminado, como vomitou a nação
que nela estava antes de vós. Porém, qualquer que fizer alguma destas
abominações, sim, aqueles que as fizerem serão extirpados do seu povo.
Portanto, guardareis o meu mandamento, não fazendo nenhuma das praticas
abomináveis que se fizeram antes de vós, e não vos contamineis com eles. Eu
sou o SENHOR, vosso Deus.” 7
Moisés era um homem que orava, ele buscava a direção de Deus para todas
as suas ações, e Deus sempre se revelou como amigo de Moisés. Por Moisés
buscar a face de Deus, o Senhor mostra a ele as causas de um lugar
contaminado. A terra clama pelos filhos de Deus. Ela clamou por Cristo.

A cultura dos céus não se mistura com a cultura mundana iniqua. Deus revela
isso m Salmos 106 – “antes se misturaram com os gentios, e aprenderam as
obras. E serviram a seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço. Demais disto,
sacrificaram seus filhos e suas filhas aos demônios e derramou sangue
inocente, o sangue de seus filhos e de suas filhas que sacrificaram aos ídolos
de Canaã; e a terra foi manchada com sangue. Assim se contaminaram com
as suas obras, e se corromperam com os seus feitos.”8

Assim podemos concluir que existem contaminações por diferentes causas:

⋅⋅ Idolatria – Adoração aos demônios; ⋅⋅ Sacrifício de criança, aborto; ⋅⋅


Violência e derramamento de sangue; ⋅⋅ Feitiçaria;
⋅⋅ Prostituição física e virtual; A falta de um povo que ora, afasta a

manifestação do Reino de Deus. Não fomos chamados apenas para a


adoração, e sim, para a oração também – então, me disse: A maldade da casa
de Israel e de Judá é grandíssima, e a terra se encheu de sangue e a cidade
de perversidade; porque dizem: O SENHOR abandonou a terra, e o
SENHOR não vê.” 9

A CriAÇÃo ESPErA PElA rEdENÇÃo

Jesus redimiu todas as coisas, agora, Ele conta com a sua Igreja para levar
essa redenção à natureza. Somente nós, como cristãos lavados no sangue do
Cordeiro, e que tenha experimentado o perdão; poderá fazer algo semelhante
– cumprir o IDE.

A Igreja de Jesus Cristo tem o chamado para desenvolver um papel


sacerdotal. Isto significa orar e interceder diante de Deus em favor dos
moradores de uma cidade.

Vamos ver alguns exemplos do poder da união e oração de remissão.


Valinhos, no Brasil
Depois do Encontro Nacional de Guerra Espiritual realizado em Valinhos, em
1993, algumas coisas começaram a acontecer naquela cidade. Recebi da
Ordem dos Ministros Evangélicos de Valinhos (OMEV) uma carta, datada de
abril de 1994, agradecendo pela realização do Encontro Nacional de Guerra
Espiritual, cujo trecho transcrevo a seguir:

“Valinhos tem origem predominantemente romana e esta foi uma das razões
pelas quais a idolatria e a feitiçaria escolherem-na como sede regional para
suas operações. Antes do Encontro de Guerra Espiritual havia visões de
demônios, nas ruas, nas reuniões da Prefeitura, e até mesmo dos pés do diabo
pisando Valinhos. Hoje sentimos que a situação é diferente. Em nome de
Jesus amarramos as potestades, e os príncipes que agiam estão neutralizados,
tendo de curvar-se na presença dos anjos de Deus. A Igreja tem
experimentado a unidade. Os títulos das denominações escritos nas fachadas
dos templos permanecem, mas os pastores se reúnem, não somente para
tomar café, mas, para orarem uns pelos outros e, juntos, clamarem pela
cidade. Nunca na história de Valinhos houve tantas conversões e
reconciliações. Fato notável, após o Encontro, foi o interesse das pessoas
idólatras e daquelas presas aos centros de feitiçaria, em conhecer o Evangelho
do Senhor Jesus Cristo. Nesses últimos dias têm-se convertido a Jesus, mães
e pais-de-santo, e espíritas de todos os tipos. Tudo isto devemos ao Senhor
Jesus, a quem damos toda honra, louvor, adoração e glória.”
Na mesma época, para ser mais precisa, em março de 1994, uma irmã, de
nome Maria Feliciano, enviou-me também uma carta contando o que tinha
acontecido naqueles mesmos dias, logo após o Encontro Nacional de Guerra
Espiritual. Na carta ela compartilhou o que uma senhora, chamada Olinda,
que se convertera naqueles dias lendo o livro “Os Deuses da Umbanda”,
falou sobre o que estava acontecendo com os centros espíritas de Valinhos.

Dona Olinda era uma feiticeira, considerada mãe de espíritos denominados


santos, uma das instauradoras do Espiritismo em Valinhos. Por dois meses,
depois de aceitar a Cristo, não conseguiu receber nenhum espírito, visto que,
por falta de conhecimento, continuava indo ao centro. Foi, então, até a Igreja
Batista procurar orientação para saber o que devia fazer para se desligar
totalmente do Espiritismo. Quando deixou o centro em que trabalhava,
ninguém mais conseguiu receber nenhuma entidade; as pessoas chegavam a
chorar, segundo ela. Apesar de elas invocarem os espíritos de todas as formas
e meios, o primeiro centro, felizmente, teve de ser fechado. Mesmo depois de
ter deixado a feitiçaria, ao entrar em contato com outros espíritas, dona
Olinda soube por estes que certas pessoas que iam buscar ajuda estavam
vendo anjos barrando a entrada de pessoas nos lugares de encontros para os
trabalhos. Ainda, num outro centro espírita, o chefe recebeu em sonhos
orientação de um anjo a procurar um crente que orasse em línguas, para
ajudá-lo a sair da escravidão. A pessoa prontamente encontrou o crente e se
converteu. Aquele centro também teve de ser fechado. Segundo dona Olinda,
todos os centros estavam com problemas, pois não conseguiam mais
trabalhar. 10

A igrEjA E o gEmido

No meu livro “Deus quer a sua cidade”, eu explico que a Igreja deve
colocarse na brecha, pela cidade, diante de Deus; arrepender-se e confessar os
pecados da cidade. No Antigo Testamento, Nínive, uma
DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

estudantes teve uma visão. Ele viu, no meio da praça, um altar com um
príncipe demoníaco vestido com uma capa e segurando um cetro, viu também
dois auxiliares, e o um demônio com a aparência de caveira que o servia.
Esse príncipe espiritual comandava milhares de demônios encarregados de
controlar na cidade as áreas de vícios, prostituição e bebidas.

Aquele estudante, quando teve essa visão, orou expulsando-os, mas nada
aconteceu.

Tendo compartilhado a sua visão, a comunidade local passou a orar também,


e conforme a oração da comunidade ia sendo feita e se intensificava, aquele
estudante teve uma nova visão. Viu uma grande espada que destronava o
príncipe, e os demônios fugiam. Mas havia uma casa na cidade que fazia
contato com os demônios e os chamava de volta. Certo dia os alunos foram
convocados a visitar a cidade, casa por casa, para orar e abençoar as famílias.
Foi então que aquele estudante reconheceu a casa que fazia contato com os
demônios. Ele comentou, apontando para a tal casa:

- Olha, foi essa casa que vi na visão; havia alguém fazendo contato com os
demônios aqui.

Outro estudante, que o acompanhava, disse: - Mas esta é a casa da


macumbeira da cidade!

Não demorou muito tempo, e aquela casa foi colocada à venda. Certamente a
feiticeira, tendo perdido toda a sua clientela, teve de se mudar. Desde então a
igreja do Vale da Bênção tem crescido, com muitas pessoas aceitando o
Senhor Jesus Cristo. O príncipe foi destronado e o povo agora está livre para
poder responder positivamente à pregação do Evangelho. É incrível, porque a
cidade hoje é outra. A sua aparência é totalmente diferente agora. Vê-se por
todos os lados melhoria nas construções e ela deixou de ter aquele aspecto de
“pobretona”, para ter ares de uma bela cidade.

O apóstolo Paulo nos ensina sobre essa questão – mas, se ainda o nosso
evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o
deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.

A pregação do Evangelho e o avanço missionário devem ser combinados com


a oração de gemido e a batalha espiritual. Assim, milhares de pessoas
poderão ser verdadeiramente libertas, com pleno sucesso em nosso
ministério.

A confissão dos pecados da cidade traz uma série de benefícios imediatos,


como: fechamento das brechas, anulação dos direitos dos principados e
potestades sobre ela, fazendo com que fiquem enfraquecidos em sua atuação.
A confissão tem de ser seguida de restituição e de reconciliação. Quem
tomou emprestado e não devolveu, ou quem roubou, terá de restituir; quem
feriu relacionamentos terá de se reconciliar. Isso faz parte de ir além da
oração, é viver a Palavra.

o gEmido dA NAÇÃo CoNCluSÃo

“A justiça exalta as nações, mas o pecado é o opróbrio dos povos” 11, diz a
Palavra de Deus. O povo de Deus não pode se esquecer do seu chamado
sacerdotal de orar continuamente. Ele tem de se colocar na brecha pela Nação
e pelas cidades, a fim de ver a intervenção sobrenatural de Deus, para que o
nosso povo possa ser salvo.

Para que a Igreja, na pessoa dos pastores e líderes, restaure o seu papel
sacerdotal, ela também deve se colocar na brecha e confessar os pecados da
cidade.
A Igreja de Jesus Cristo precisa desenvolver o ministério da reconciliação;
precisa demonstrar, e viver a prática do perdão. Não apenas o segredo de orar
em unidade, mas, quando duas pessoas se perdoam mutuamente, quando dois
ou mais grupos de pessoas se perdoam mutuamente, quando cidades e nações
se perdoam, e a Igreja de Cristo age como intermediária nessas
reconciliações, todos os benefícios da cruz de Jesus são trazidos para os
nossos dias e experimentamos a graça de Deus.

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

1. Rm 8.18-27
2. Rm 8:19-22
3. Gn 3:17
4. Gn 6:11-13
5. Gn 4:10-11
6. Lv 18:24-30, Lv 19:29-31, Lv 20:3, Lv 18:3-17
7. Lv 18:24-30
8. Sl 106:35-39
9. Ez 9:9
10. ITIOKA, Neuza. Deus quer a sua cidade, Editora
AMAR, 2016.
11. Pv 14.34
N

o curso de intercessores do nosso ministério de apoio e treinamento para a


liderança cristã, eu costumo dizer que Deus está chamando intercessores em
todo o mundo, no planeta terra. O Movimento de oração está sendo retomada,
a Igreja de Jesus está orando. O Espírito de Deus está derramando o espírito
de intercessão em todos os lugares, entre todos os seguimentos e faixas
etárias, vemos em nossos seminários de libertação e cura interior infantil que
até as crianças estão sendo chamadas para interceder. Deus tem uma paixão
por chamar o mundo perdido para Si.

A intercessão tem uma função fundamental, e o intercessor colabora com


Deus. Como vimos, a natureza está gemendo pela manifestação dos filhos de
Deus. A palavra intercessão deriva interceder que significa: ir ou passar
entre, atuar entre dois partidos, com a intenção de reconciliar aqueles que
divergem; interpor-se; mediar ou fazer intercessão. A mediação de Jesus foi à
cruz, mediar é negociar entre pessoas em desacordo com a intenção de
reconciliação. Deus fez o trabalho de reconciliar consigo todas as coisas: e
que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele
reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra,
como as que estão nos céus (Cl 1.20).

Na Bíblia intercessão não muda de significa – e viu (Deus) que ninguém


havia e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu
próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve1. Deus
teve que se colocar na brecha pela humanidade, e, Jesus encarnou a mediação
entre Deus e o mundo. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o
seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas
tenha a vida eterna.2

iNTErCESSÃo À luz dA CriAÇÃo E dA QuEdA

A humanidade precisava de alguém que se colocasse entre ela mesma e Deus,


promovendo a reconciliação. E de alguém que se colocasse entre ela e
Satanás, promovendo separação. Jesus foi o único mediador de Deus para
com homem caído. Sabemos que Adão foi criado para reapresentar Deus
perante toda a criação. Ele era o mediador ou intercessor de Deus na terra.
Estava aqui para administrar, governar e dominar. Porém, Adão caiu. Deus,
então planejou e enviou um intercessor; Cristo, que foi nomeado por Deus,
como o Único Mediador, entre Deus e o homem. Jesus é o nosso advogado
perfeito diante do Pai. O adjetivo “Cristo” significa enviado, representante de
quem o enviou.

Diante deste quadro, observe: a intercessão de Cristo não é uma oração que
Ele fez, mas uma obra de mediação realizada por Ele mesmo. A oração de
intercessão, que é tarefa da Igreja, será sempre e apenas uma extensão da
obra de Intercessão de Cristo. Por isso, é que devemos interceder em Seu
nome. Afinal, Ele é o único e suficiente intercessor.

Tanto a oração, como a intercessão é uma extensão do ministério de Jesus


Cristo através de Seu Corpo, a Igreja, por meio da qual, nós mediamos entre
Deus e a humanidade com o propósito de reconciliar o mundo com Ele.
Mediamos entre Satanás e a humanidade com o propósito de reivindicar a
vitória do Calvário.

Se existem discípulos que se dizem de Jesus, mas que não oram talvez você
deva duvidar da sua conversão. Uma das primeiras coisas que um cristão
aprende a fazer é orar.

oS ANjoS E A iNTErCESSÃo

Além dos homens cooperarem com Deus, os anjos também faz esse trabalho.
Para nós que vivemos num mundo racional, achamos que os anjos só
operavam na era bíblica. Porém, Deus é o autor da sua própria Mensagem,
logo, nós estamos inseridos nessa realidade espiritual.

Os anjos esperam que os intercessores lhes deem ordens através da oração.


Os anjos são mobilizados pelo Pai, através das orações e intercessões. Agar
orando, Deus envia um anjo – E bradou o anjo de

Deus a Agar desde os céus, e disse-lhe: Que tens, Agar? Não temas, porque
Deus ouviu a voz do menino desde o lugar onde está. 3

Moisés ora e intercede a Deus, e o resultado da sua súplica é o envio do anjo


para guiar o povo. O profeta Daniel também foi agraciado com a visita de um
anjo, para trazer as respostas de suas orações – Miguel, um dos primeiros
príncipes, veio para ajudar-me, e eu fiquei ali com os reis da Pérsia. Agora
vim, para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos
derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias. 4

Porém, não foi apenas no Antigo Testamento que notamos a ação dos anjos a
favor das orações, vamos ler uma história bem interessante:

“Por aquele mesmo tempo, o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da
igreja para os maltratar; e matou à espada Tiago, irmão de João. E, vendo
que isso agradara aos judeus, continuou, mandando prender também a
Pedro.
E eram os dias dos asmos. E, havendo-o prendido, o encerrou na prisão,
entregando-o a quatro quaternos de soldados, para que o guardassem,
querendo apresentá-lo ao povo depois da Páscoa. Pedro, pois, era guardado
na prisão; mas a igreja fazia contínua oração por ele a Deus. E, quando
Herodes estava para o fazer comparecer, nessa mesma noite, estava Pedro
dormindo entre dois soldados, ligado com duas cadeias, e os guardas diante
da porta guardavam a prisão. E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e
resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou,
dizendo: Levantate depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias. E disse-lhe
o anjo: Cinge-te e ata as tuas sandálias. E ele o fez assim. Disse-lhe mais:
Lança às costas a tua capa e segue-me. E, saindo, o seguia. E não sabia que
era real o que estava sendo feito pelo anjo, mas cuidava que via alguma
visão. E, quando passaram a primeira e a segunda guarda, chegaram à porta
de ferro que dá para a cidade, a qual se lhes abriu por si mesma; e, tendo
saído, percorreram uma rua, e logo o anjo se apartou dele. E Pedro,
tornando a si, disse: Agora, sei, verdadeiramente, que o Senhor enviou o seu
anjo e me livrou da mão de Herodes e de tudo o que o povo dos judeus
esperava.” 6

Não pode ser diferente em nossos dias, Deus libera o agir do sobrenatural em
nosso meio, temos que ficar atentos com a colaboração dos anjos. Deus envia
os anjos, espíritos ministradores, para auxiliarem nas orações e intercessões.
Os anjos trabalham na resposta das orações.

QuE dizEm oS
grANdES HomENS dE dEuS?
No curso para formação de intercessores, eu sempre trago os ensinamentos
dos homens de Deus. Por exemplo – Samuel Chaduwick disse que: o diabo
não se impressiona com estudos maravilhosos, sermões inflamados. Mas, ele
treme, quando alguém começa orar, por que ele sabe que Deus vai agir. John
Wesley ensinou aos metodistas que Deus nada faz a não ser responder
oração.

Por que Deus escolheu, Deus quis, Ele determinou que o homem, o ser
humano fosse o colaborador especial da sua obra. Os céus esperam a ordem
da terra. Se a terra não der ordens, os céus não efetuam, afirmou Watchman
Nee.

CoNCluSÃo

Portanto o intercessor é aquele que recebe de Deus, a revelação do desejo do


seu coração, da sua ordem, do seu plano, da sua estratégia, do seu peso, para
colocá-los em andamento, em prática. Certamente o Senhor Deus não fará
coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus amigos, os
profetas.7

A oração do intercessor deve ser: Pai ensina-me a orar por aquilo que está
no teu coração. Os intercessores são aqueles que colocam em execução a
vontade de Deus sobre a terra.

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

1. Is 59.16
2. Jo 3.16
3. Gn 21.17
4. Êx 32.34, 33.2
5. Dn 10.13-14
6. At 12.1-17
7. Am 3.7
O
mesmo estudo aqui, eu já escrevi no meu livro “Deus quer a sua cidade”,
porém, persevero em ensinar sobre essa questão bíblica, da importância da
inter

cessão e oração. Não existe outro livro que possa nos ensinar tanto sobre este
tema, que não seja a própria Bíblia.

Quando Jesus disse: “ Pedi, e dar-se-vos


-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos
-á”1, não estaria ele mostrando diferentes níveis de oração e de intercessão?

Pois quando Jesus fala em pedir, ele está dizendo que todos os nascidos em
Cristo sabem pedir e devem pedir em oração; este é o primeiro nível na
oração. Mas temos de saber como pedir. Tiago diz: “pedis e não recebeis,
porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”.2

O segundo nível é buscar; o pedido torna-se mais insistente. A ideia cativa o


intercessor, e ele quer fazer tudo para que a sua oração seja atendida. É uma
busca. Porque muitas vezes temos de buscar a razão pela qual a resposta de
Deus ainda não veio. Muitas vezes o inimigo tem direito legal, que impede
alguma bênção, e só depois de muita busca, com a revelação do Espírito, é
que alcançamos a vitória.

O terceiro nível da oração é bater, e aqui entra um elemento de urgência e


insistência, na Presença de Deus. Envolve a questão da perseverança, até que
a porta venha a ser aberta, ou até que consigamos chegar aonde a porta se
encontra, para que, batendo, ela se abra.

A intercessão pode ser feita, também, com a prática concomitante do jejum. É


quando Deus inspira o intercessor a negar certos prazeres, e até certas
necessidades básicas, por colocar a intercessão como sua maior prioridade;
quando o estimula a separar tempo para estar em sua Presença, clamando
para que haja uma mudança na situação. Isto, num estado de total
concentração para que o intercessor possa ouvir a voz de Deus e obedecê-Lo.

Em cada um desses níveis há um peso, uma carga no coração, que tem de ser
aliviada. Ela pode aparecer como uma angústia que tem de ser compartilhada
com Deus. A angústia, o peso ou a carga podem ser por um breve tempo ou
por um período mais longo.

Lembro-me de, num certo dia, ter sentido urgência da parte de Deus para
entrar no quarto e interceder. Naquela tarde deixei os meus compromissos
(teria de falar numa reunião), mas pedi dispensa, pois sentia que tinha de
interceder. Algo estava acontecendo no mundo espiritual. Fui levada orar.
Tinha um peso muito grande dentro de mim. Era para um grupo por quem eu
era responsável. Entrei no quarto e tranquei-me, sentindo aquele peso
tremendo. Comecei a orar e só parei depois de umas duas horas e meia. Então
o peso se foi. Que alívio! Parecia que Jesus estava dizendo: “Já resolvi o seu
caso”. De fato, pude depois constatar, que aquele grupo por quem eu tinha
orado, estava prestes a tomar uma decisão que seria desastrosa, mas, por
causa daquela intercessão, Deus mudou as circunstâncias e resolveu o
problema. Foi com muitos gemidos. Começou com um peso, que se
transformou em gemidos na Presença de Deus. Assim a intercessão pode
envolver gemidos, choro e dores de parto, até que a pessoa tenha a sensação
de um verdadeiro alívio, como se um bebê nascesse de verdade. Lembro-me,
também, de um grupo de jovens que estava orando e intercedendo e, de
repente, um rapaz foi tomado de uma dor muito forte, que lhe parecia como
dor de parto. Ele agonizou na presença de Deus por algum tempo, sendo
ajudado por outros intercessores. Finalmente, quando veio o alívio, sentiu que
Deus, certamente, tinha ouvido a sua oração. A intercessão era pelo Irã. Não
tardou muito e alguns rapazes, seus companheiros, que participaram da
evangelização nas Olimpíadas de Atlanta, viram com alegria um grupo de
iranianos receber Jesus Cristo como Senhor e Salvador.3 Aquilo que tinha
sido gerado no espírito realmente tornou-se uma realidade.

Em Romanos 8.22, Paulo nos diz que: “toda a criação, a um só tempo, geme
e suporta angústias até agora”. Mas na versão bíblica da EC, lemos: “toda a
criação geme como se estivesse com dores de parto até agora” (a mesma
expressão usada também nas versões RIBB e SBTB). E o mesmo apóstolo
diz: “meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo
formado em vós” (G1 4.19). Quando entramos num nível de intercessão mais
profundo, Deus nos leva a trabalhar, a gerar no Espírito aquilo que ainda não
existe, para que tome forma na realidade. Assim, uma cidade inteira, poderá
ser conquistada através da intercessão.

Não resta dúvida de que, em verdade, toda a Igreja deve orar pela cidade,
mas, especialmente, um grupo de intercessores treinados, que saiba o que é
entrar no Santo dos Santos, na intimidade com Deus, e saiba investir tempo
na presença de Deus em verdadeira intercessão.

A iNTErCESSÃo NA bíbliA
A Intercessão de Abraão

O odor do pecado desenfreado em Sodoma e Gomorra chegou aos céus. Deus


então veio a Terra, acompanhado por dois anjos, para observar aquelas
cidades. Antes, porém, Abraão teve o privilégio de receber em sua tenda três
ilustres visitantes. O autor de Gênesis narra que Abraão ofereceu o melhor da
sua hospitalidade oriental para agradar as visitas. E tudo o que foi preparado
– o novilho, a coalhada, o pão – foi comido por eles.

“Disse o senhor: Ocultarei a Abraão o que estou para fazer?” 4 Tal como
disse o profeta Amós: “Certamente, o senhor Deus não fará cousa alguma,
sem primeiro revelar o seu segredo aos seus servos, os profetas.” 5

Assim Deus compartilhou o que estava planejando fazer: destruir Sodoma e


Gomorra. Mas o juízo sobre aquelas cidades não seria executado, sem
primeiro, sofrer a intervenção da intercessão do amigo de Deus, Abraão.

Os dois anjos foram à cidade para cumprir os propósitos e planos de Deus,


para testificar a gravidade do pecado, da depravação, da rebelião, e para
executar o juízo de Deus: destruir aquelas cidades rebeldes e depravadas.
Mas Abraão permaneceu na presença do Senhor para alterar a sorte daquelas
cidades e colocou-se como intercessor a favor delas, apelando ao senso de
justiça de Deus: “Senhor, destruirás o justo com o ímpio?”6. E assim ele
começou a negociar as condições do juízo. “Se porventura houver cinquenta
justos na cidade, destruirás também, e não pouparás o lugar por causa dos
cinquenta justos que estão dentro dela? Longe de ti que faças tal coisa, que
mates o justo com o ímpio; que o justo seja como o ímpio, longe de ti. Não
faria justiça o Juiz de toda a terra?” 7

Assim Abraão colocou-se no lugar das duas cidades para mudar o juízo de
Deus. A sua negociação com Deus, de sustar a destruição decretada sobre as
cidades, chegou até dez justos. Mas Abraão parou aí. Dessa forma um único
justo - Ló e sua família, é que foram salvos, graças à intercessão de Abraão e
aos dois anjos que foram enviados para tirá-los daquele mundo depravado. E
Deus esperou que Ló e suas duas filhas entrassem na cidade de Zoar, para
finalmente executar o seu juízo fazendo chover fogo e enxofre.8

A Intercessão de Moisés

Foi através da intercessão que Moisés aplacou a ira de Deus contra o povo
idólatra, que traíra a Deus, quebrando a aliança, adorando e oferecendo
sacrifícios e holocaustos a um bezerro de ouro. Moisés apelou a Deus,
indagando-lhe como ficaria a sua reputação, que se tinha feito conhecer como
o Deus todo-poderoso; que havia tirado o povo de Israel das terríveis mãos do
faraó do Egito, demonstrando o seu poder através de sinais e maravilhas,
deixado os povos ao redor estarrecidos e aterrorizados. Moisés disse a Deus
que não havia nenhuma coerência destruir o povo de Israel ali no deserto,
para iniciar um novo povo através da sua linhagem. Muito pelo contrário,
Moisés instou diante de Deus que perdoasse os pecados e salvasse o povo,
sendo coerente com a sua própria natureza. E mais, Moisés ofereceu-se no
lugar do povo, quando disse: “Agora, pois, perdoa o seu pecado; se não,
risca-me, peço-te, do teu livro, que tens escrito.” 9 Moisés, na sua
intercessão, colocou-se na brecha pelo pecado do povo de Israel até as
últimas consequências. E a promessa que recebeu foi que um anjo especial
seria designado para conduzi-lo por toda a caminhada no deserto.10

A Intercessão de Ezequias

Outra experiência marcante de como Deus usa os anjos para cumprir os seus
propósitos, em resposta ao clamor, é o caso do rei Ezequias, diante da ameaça
de Senaqueribe, rei de Assíria. O Deus de Israel estava sendo afrontado e
desafiado por Senaqueribe no seu poder, no seu senhorio, na sua soberania e
na veracidade das suas palavras. Ezequias não teve alternativa a não ser
estender diante de Deus a carta de ameaças que recebera do rei da Assíria, e
interceder em favor do seu povo e da sua cidade. A resposta de Deus àquela
situação foi enviar um anjo guerreiro que destruiu o exército inimigo de 185
mil soldados.11 CoNCluSÃo

Por causa da intercessão, Deus não destruiu um povo rebelde, e sim, revelou
sua graça. Vimos rapidamente como Deus se movia de forma visível por
ouvir as orações e súplicas. Talvez, nós tenhamos que tirar as lentes do
humanismo, para que através das lentes do Espírito Santo, possamos ver
Deus agir no mundo. Ele conta com as nossas orações!

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO

1. Mt 7.7
2. Tg 4.3
3. Experiência da JOCUM, na Escola de Interces
são, e o testemunho dos que estiveram em Atlanta,
nos Jogos Olímpicos para a evangelização.
4. Gn 18.17
5. Am 3.7
6. Gn 18.23
7. Gn 18.24-25
8. Gn 18-19
9. Êx 32.32
10. Êx 32.34; 33.2
11. 2Rs 19.35
“E acontecerá, depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne;
vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos velhos sonharão, e vossos
jovens terão visões” 1

Deus tem levantado muitas vozes para dizer que este é o tempo de profecia,
que o espírito profético tem sido derramado sobre nós.

O que é profecia? Profetizar significa falar a Palavra, proclamar a revelação


de Deus. No Novo Testamento a palavra Profecia ocorre em torno de 127
vezes

⋅⋅ Livro de Mateus 37 vezes; ⋅⋅ Livro de Marcos 6 vezes;


⋅⋅ Livro de Lucas 29 vezes;
⋅⋅ Livro de João 14 vezes;
⋅⋅ Livro de Atos 30 vezes;
⋅⋅ Livro de Hebreus 2 vezes;
⋅⋅ Carta de Tiago uma vez;
⋅⋅ Carta de Apocalipse 8 vezes.

O substantivo profeta significa: aquele que proclama ou expõe a revelação


divina. Na Bíblia iremos ver que o profeta estava relacionado diretamente
com Deus, já no Novo Testamento, o profeta proclama a Cristo, e a revelação
que Ele traz sobre o Pai. Na era Neotestamentária, iremos notar que Deus
levanta o profeta João Batista, a voz que clama no deserto, porém, outros
discípulos de Cristo, também vão exercer ao longo das cartas
neotestamentária, o dom da profecia.

Quase todos nós somos leigos neste assunto, de forma simples, podemos
dizer que o conceito da profecia, hoje em dia, seria receber, por meio de uma
pessoa, a direção de Deus.

Porém, o apóstolo Paulo nos orienta sobre este dom – aquele, porém, que
profetiza fala aos homens, para edificá-los, exortá-los e consolá-los.2

Steve Thompson diria que o ato de profetizar é falar com objetivo de edificar
(fortalecer), encorajar (exortar) e consolar (confortar) outras pessoas.
Entretanto, a profecia não é falar palavras humanas de encorajamento; e sim,
falar um encorajamento divino.

Com palavras bem simples, profetizar é “ouvir” o que Deus está falando e
dizer o que ouviu, tendo o objetivo de edificar, confortar ou encorajar
alguém. Profetizar é ouvir de Deus e falar aos homens.

Com a palavra de Joel, falando do que aconteceria no futuro, e confirmado


por Pedro em Atos, capítulo 2, no dia de Pentecostes, entendemos que nestes
últimos tempos haveria um enorme aumento de profecias, sonhos e visões.
Supõe-se que Joel tenha sido um profeta pré- exílio, isto é, antes que o povo
de Israel fosse levado cativo por 70 anos para a Babilônia; o que
historicamente ocorreu mais ou menos uns 835 a 830 anos antes de Cristo.

De acordo com a Palavra de Deus, devemos seguir o amor, procurando com


zelo os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis. Pois quem fala
em outra língua não fala a homens, senão a Deus, visto que ninguém o
entende, e em espírito fala mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens,
edificando, exortando e consolando.3 A palavra profética que vem da parte
de Deus tem como objetivo a edificação, a exortação e a consolação. Se ela
não tiver estes elementos, podemos dizer que não seria exatamente profecia.

O Dr. Peter Wagner disse, num dos seus livros, sobre os intercessores, que
muitos deles têm o dom complementar de profecia. Isto, porque, os
intercessores conforme crescem no ministério de intercessão, carregam o
peso das pessoas, pois, cada intercessor ora e intercede por diversas
situações. Através dessa prática, o intercessor escuta a voz de Deus, e começa
a orar de acordo com o coração do Senhor.

QuANdo PrECiSAmoS ouvir dEuS

Nos momentos de crise, calamidade, escândalos, problemas e dificuldades é o


tempo que mais necessitamos ouvir a Deus, e a sua Palavra profética.

Por causa da corrupção e violência dentro do povo de Israel, o profeta


Habacuque clamou ao Senhor. Habacuque queria ver Deus agir. Então o
Senhor respondeu,

e disse: escreve a visão e torna-a bem legível sobre tábuas, para que a possa
ler quem passa correndo. Porque a visão é ainda para o tempo determinado,
mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, espera-o, porque
certamente virá, não tardará. 4

Não foi só Habacuque que clamou ao Senhor, Moisés também ouviu a Deus.
O príncipe egípcio de sangue judeu teve um encontro com o Senhor. Deus
disse a ele – tenho visto atentamente a aflição do meu povo, que está no
Egito, e tenho ouvido o seu clamor por causa dos seus exatores, porque
conheci as suas dores. Portanto desci para livrá-lo da mão dos egípcios, e
para fazê-lo subir daquela terra, a uma terra boa e larga, a uma terra que
mana leite e mel; ao lugar do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do
perizeu, e do heveu, e do jebuseu. E agora, eis que o clamor dos filhos de
Israel é vindo a mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios
os oprimem. Vem agora, pois, e eu te enviarei a Faraó para que tires o meu
povo (os filhos de Israel) do Egito.5

Por mais que Deus revele a nós o que está em seu coração, nós seres
humanos, não temos a capacidade de pensar e desenvolver uma providência
para os desastres da natureza, as crises mundiais, para encontrarmos as
respostas para os nossos “por quês”. Como discípulos de Jesus, cabe a nós
orarmos, seguindo os passos de Jesus, para realizarmos a sua obra de
reconciliação. Vimos que os homens de Deus, Moisés e Habacuque,
procuraram a ajuda de Deus, mesmo o próprio Senhor revelando a sua
vontade, no meio das crises, eles clamaram ao Senhor.

QuANdo A orAÇÃo ProFÉTiCA SE FAz NECESSáriA?

A resposta é SEMPRE, especialmente no meio da confusão; no meio de


escândalos; quando há muitas vozes indefinidas; quando aparentemente
existe uma profusão de recados da parte de Deus; no meio de perseguição;
quando sabemos que a presente ordem tem de ser transformado; no meio das
dificuldades, quando o povo clama por uma mudança; quando há injustiça
social; entre outros fatores e eventos.

Assim, o intercessor maduro procura saber a vontade de Deus. Quando o seu


coração estiver descansado em Deus, numa confiança perfeita e total, Ele
revela a Sua vontade. O intercessor faz tudo para entender e saber a vontade
do Pai. O intercessor ora de verdade, para ouvir e receber do Senhor uma
direção. Por isto, o verdadeiro intercessor não apenas se identifica por quem
intercede, mas também se identifica muito bem com Deus, a ponto de ter o
peso de Deus no seu coração. Este já é um intercessor profético.

João diz – “ esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se


pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E
se sabemos que Ele nos ouve em tudo que pedimos, sabemos que temos o que
dele pedimos.” 6

O salmista já descreve: deleita-te no Senhor e Ele satisfará aos desejos do teu


coração. 7 Isto não significa que o desejo carnal e egoísta finalmente vai ser
satisfeito, quando você se deleitar e desfrutar do Senhor. Aqui o salmista está
dizendo que quando uma pessoa ama a Deus, se apaixona por Ele, se
identifica de tal forma com Ele, que o desejo de Deus é transferido para ela e
o próprio Deus vai colocar o seu desejo no coração da pessoa, e assim, antes
que ele peça ou clame a sua oração já foi atendida.

CoNCluSÃo

A oração profética nos convida a deixarmos que Deus seja Deus, onde
descemos de um patamar de orgulho espiritual, e entregamos o comando dos
eventos ao Criador de todas as coisas. Nada será por acaso, tudo ocorrerá no
tempo determinado, à oração profética segue o tempo de Deus.

:::::
1. Jl 2:28
2. 2 Cor 14.3
3. 1 Co 14:1-3
4. Hc 2.2-3
5. Êx 3.7-10
6. 1 Jo 5.14-15
7. Sl 37.4

“A Verdadeira Libertação começa pelo Conhecimento”


Sobre a Editora AMAR
Há mais de 40 anos, a Dra. Neuza Itioka atua no campo de batalha espiritual.
/AgapeReconciliacao
/EditoraAMAR
/NeuzaItioka
/MissaoArteCultura [RUAH]

Como ferramenta de libertação, ela escreveu algumas obras, e, por meio, dos
títulos publicados pela fundadora do Ministério Ágape Reconciliação, nasceu
a Editora AMAR, que é uma parceria entre a escritora e o jornalista – Thiago
Baeta.
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Contato Editorial:
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das 10h às 17h e das 17h30 às 21h

O tema da Editora é “A Verdadeira Libertação começa pelo Conhecimento”,


e, como um ramo da Editora, surgiu a ideia de termos o espaço físico a
Livraria AMAR, que tem como missão levar a palavra de Deus e atingir
todas as esferas da sociedade com o verdadeiro conhecimento: A PALAVRA.

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DEUS SE MOVE ATRAVÉS DA ORAÇÃO Copyright© 2018 por Editora AMAR Todos os direitos
reservados.

1ª Edição – Julho 2018

Publicado por Editora AMAR


CNPJ 29.112.413/0001-40
Impresso no Brasil

Editor responsável e Produção Textual: Thiago Baeta Corrêa


Serviços Editoriais: Igor Cabianca e Rodrigo Vicente
Revisão final: Luciana Freitas Surian Capa, Projeto Gráfico e Diagramação: AgnelloVieira.ART.br
Ilustração de Capa: ©Artwork
Imagens: ©GettyImagesInternational Jornalista Responsável:
Thiago Baeta Corrêa – NFJ: 0075609/SP

Data do Fechamento da Edição:


13/Jul/2018.

A violação dos direitos autorais é crime estabelecido na Lei n. 9.610/98 e punido pelo art. 184 do
Código Penal. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma
sem a prévia autorização da
Editora AMAR.

Texto de acordo com a novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa.

Os textos bíblicos estão conforme a versão Almeida, Revista e Atualizada, Segunda Edição, da Soc.
Bíblica do Brasil (RA), a menos que outra versão
seja indicada.
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