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AS LIÇÕES ESPIRITUAIS DO CEDRO 1 REIS 4.

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INTRODUÇÃO

Este texto nos mostra Salomão extraindo lições preciosas da natureza para nos ensinar verdades espirituais. O
“cedro” é símbolo de força e estabilidade na bíblia. O cedro é uma árvore conífera, muito útil na confecção de
cofres, imagens, instrumentos de música e mastros de navio, devido a durabilidade. O cedro do Líbano,
mencionado na Bíblia, pode atingir 40 metros de altura e um perímetro de 11 metros. Os cedros, cortados no
Líbano, eram conduzidos em embarcações pelo mar Mediterrâneo até Jope e, depois, transportados por mais
40 Km até Jerusalém. Como tantas outras árvores mencionadas na Bíblia, o cedro nos traz lições espirituais
muito importantes para o nosso aprendizado.
Vejamos algumas.

A IMPORTÃNCIA DO CEDRO NAS ESCRITURAS

1. Na Bíblia, sempre é exaltada a qualidade do “cedro do Líbano”. Segundo alguns estudiosos, o cedro do
Líbano cresce devagar, mas chega a atingir a altura de até 40 metros. Nos primeiros três anos de vida, as
raízes crescem até um metro e meio de profundidade, enquanto a planta tem somente cerca de cinco
centímetros. Somente a partir do quarto ano é que a árvore começa a crescer para fora.
2. O cristão é como o cedro do Líbano; portanto, tem a promessa de crescer. Ainda que o seu crescimento
seja lento, conforme a experiência do cedro, acontecerá e se tornará visível a todos. Em Lv 14. 4-6,
Moisés escreveu que a madeira do cedro era utilizada na purificação do leproso. Além do seu
crescimento, o justo precisa buscar a purificação espiritual de sua vida. (Jó 17.9)
3. Em Lv 14.49-52, vemos que o cedro era utilizado na purificação das casas contaminadas. A nossa casa e
a nossa família também precisam buscar a purificação a cada dia (Gn 35.2).
4. Em 2Sm 5.11, a Palavra de Deus afirma que Davi foi presenteado com uma casa de madeira de cedro. O
cedro também nos ensina sobre a estabilidade do nosso lar!
5. Em 1Rs 4.33, as Escrituras afirmam que Salomão, em sua sabedoria, extraiu lições sábias sobre todas as
plantas, desde o cedro do Líbano até o hissopo, que brota nos muros.
6. Em 1Rs 6.9-20, lemos que foi utilizado bastante madeira de cedro na construção do templo. A casa de
Deus também possui estabilidade; as portas do inferno jamais prevalecerão contra a Igreja de Cristo (Mt
16.18).
7. Em 1Rs 7.2-3, é dito que Salomão construiu um grande palácio de cedro, conhecido como “Casa do
bosque do Líbano”. O tribunal do julgamento, no reinado de Salomão, também era de cedro. A justiça
traz estabilidade ao reino (1Rs 7.7; Sl 89.14).
8. No Sl 92.12, o salmista afirma que “o justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro do
Líbano”. Segundo os estudiosos do assunto, o cedro do Líbano é muito resistente e suporta vento e
calor. Suas raízes profundas buscam água nos lençóis freáticos e, por isso, ele não depende de chuva.
Assim deve ser o cristão. Para crescer à semelhança do cedro, ele não pode viver na dependência dos
fatores externos. Ele precisa aprender a aprofundar as suas raízes, a fim de buscar alimento e provisão
em condições desfavoráveis de seca, calor e
ausência de chuvas (Jr 17.8).
9. Em Os 14.5, o Senhor promete a Israel: “Serei, para Israel, como orvalho; ele florescerá como lírio e
lançará as suas raízes como o Líbano”. Há informações de que toda raiz, quando cresce muito atinge a
rocha, para de crescer. No caso do cedro do Líbano, a raiz continua a crescer em volta da rocha,
abraçando-a. Enquanto algumas raízes veem na rocha um impedimento par a sua expansão, para o
cedro acontece justamente o contrário. Quanto mais abraçado a rocha, mais firme ficará. Assim é o
cristão; quando mais ele se apegar à Rocha, que é Cristo, mais firme ele ficará (Sl 92.13-15; 1Pe 2.4-5).
CONCLUSÃO
A preocupação do filho de Deus, principalmente nos primeiros anos de vida cristã, não deve estar no
crescimento em si, mas no lançar das suas raízes. Lembre-se do fato de que, nos três primeiros anos, o cedro
possui raízes de um metro e meio de profundidade, enquanto a planta apresenta apenas cinco centímetros.
Portanto, o crescimento do justo pode até ser lento; porém, deve ser consistente e duradouro (Cl 2.19).

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