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Por que a educação do Ceará não serve para o Brasil?

1. A proposta de Ciro Gomes


2. As referências do modelo educacional de Sobral
3. Os entraves nos sindicatos e gestões municipais

Bom dia, boa tarde, boa noite, nobres! Está começando o PodEducar, o meu,
o seu, o nosso podcast de educação. Eu sou Robson Santiago, professor de Língua
Portuguesa, mestre e doutor em Letras.
O objetivo deste programa é trazer à baila as discussões pertinentes à
educação brasileira. Nele vamos conversar um pouco sobre a história recente da
educação, filosofias educacionais, pressupostos teóricos que embasam políticas
públicas bem como leis vigentes e projetos de leis pautados nas câmaras
legislativas. E faremos isso tanto observando a situação atual, quanto olhando para
o passado, mas principalmente pautando o futuro.
E é nele que nos deteremos neste e nos próximos episódios, estabelecendo um
diálogo com o que vem sendo feito no Brasil, a fim de prevermos aonde poderemos
chegar com as políticas públicas executadas hoje ou com as propostas defendidas pelos
agentes políticos que têm falado sobre educação; ou aonde se quer chegar com a
ausência delas.
Para tanto, abrimos agora uma série que vou chamar simplesmente de Série
Propostas para o Brasil. São episódios dedicados a discutir modelos de educação
defendidos ou executados em nosso país. O primeiro traz a educação pública do Ceará.
Começamos nossa conversa com uma pergunta: por que a educação do Ceará não
serve para o Brasil? É ela quem intitula este episódio. Essa pergunta vem da evidente
notoriedade que o modelo de educação do Ceará ganhou nos últimos anos, mais
especificamente pelas proezas da cidade de Sobral. Muuuuuuuita gente vai lá para saber
como isso funciona.
Entretanto, parece haver uma certa recusa por parte de algumas personalidades
políticas em assumir que a experiência sobralense é exitosa e deve ser replicada.
Algumas pessoas podem até achar que isso tenha a ver com a principal liderança
política a defendê-la: o Ciro Gomes, ex-ministro e ex-governador daquele estado. Uma
rejeição a seu nome existe no meio educacional, principalmente por parte de educadores
mais ligados a sindicatos de professores, em geral dirigidos por filiados ao PT. Mas
também existe resistência ao modelo por parte de políticos acostumados a usar a
educação como cabide de emprego, o que é um desastre! Logo, não é a personalidade
do Ciro, mas a forma de execução do modelo de Sobral que assusta. Para a carta não
chegar ao destino, apedrejam o carteiro no meio do caminho.
Mas vamos a alguns detalhes da educação sobralense. Quero partir da defesa feita
pelo Ciro no seu livro Projeto Nacional: o dever da esperança. Nele estão plantadas
bases para a compreensão da educação do Ceará, porém, sem detalhes do ponto de vista
das teorias educacionais. Logo, cabe aqui realizar quatro tarefas: a) detalhar a proposta
apresentada no livro; b) ampliar as informações sobre sua execução em Sobral e no
Ceará; c) discutir as possíveis referências teóricas que embasam a proposta; e d)
comentar os entraves na linha do que afirmamos acima sobre os sindicatos e gestões
políticas desastrosas.
a) o detalhamento da proposta no livro
Uma revolução educacional. É com essas palavras em subtítulo para a subseção da
página 159 que Ciro começa sua discussão de modelo educacional. Segundo ele, “Não
podemos mais adiar a revolução que nosso desenvolvimento exige. Chegou a hora de
transformar a educação de prioridade retórica em prioridade orçamentária.”
Aqui está o cerne do que vai balisar a proposta do autor: tem que botar dinheiro na
educação! Dinheiro bem empregado, o que refuta a ideia de desperdício de recursos
com programas pontuais que só servem para alimentar a retórica de grande
investimento, usada pelos últimos governos. Por serem mal concebidos, muitos
programas educacaionais não representaram mudança significativa e sistemática na
sociaedade. Formações profissionais atreladas a bolsa, por exemplo, foram executadas
sem observar as cadeias produtivas locais, ou, quando tentaram fazer isso, caíram na
ilusão da demanda para os formados. Por crerem na promessa de emprego futuro ou
pelo dinheiro da bolsa, as salas de Pronatec, por exemplo, eram sempre cheias. Contudo,
a fila do desemprego não diminuiu; sequer a empregabilidade dos formados foi
acompanhada pelos executores do programa.
Como muita gente foi lançada ao mercado de trabalho com uma formação para a
qual não havia emprego a contento, o que se viu foi o povo se colocando em postos
distintos de sua formação. Hoje, esse fenômeno é ainda mais agravante, uma vez que
muitas profissões além de estarem sumindo, outras estão surgindo sem que haja sequer
formação para desempenhá-la. Una-se a isso a baixa atividade econômica do país, o que
diminui a demanda pelas profissões mais tradicionais. Daí o que se vê é engenheiro
como motorista por aplicativo ou administrador como entregador de mercadoria da
Amazon. Até professor como vendedor de roupas, cosméticos ou bijouterias existe.
Aposentado ou não. E são muitos!
No entanto, um projeto de educação que queira sustentar um desenvolvimento
virtuoso para o país, não apenas atenuar desemprego, deve assumir o compromisso de
permitir que o povo reconheça seu papel no mundo e sua importância nesse projeto. O
povo precisa entender sua história, saber que tem relevância e que sua força de trabalho,
em quaisquer atividades que sejam, faz parte de uma grande rede de engranagens. Não
pode entrar e sair de uma escola sem perspectiva de futuro. A escola deve ser o lugar de
construir sonhos, não de destruí-los.
Essa consciência faz parte da proposta apresentado no livro do Ciro. Quando ele
cita que a educação voltada para o pensamento crítico é condição necessária para o
progresso civilizatório e econômico, está implícita a ideia de que não se pode apenas
formar mão de obra barata nas escolas. Pelo contrário, delas devem sair cidadãos aptos
ao mundo do trabalho moderno, afeitos às mudanças tecnológicas cada vez mais
rápidas, dotados de espírito de cooperação no meio profissional, inventividade e
capacidade de adaptação a vários desafios que se impõem hoje.
Agora vamos discutir um ponto bastante relevante em que a carta fica no meio do
caminho e deixa de beneficiar quem não a leu: a valorização do professor. Ciro cita que
a média salarial dos professores é muita baixa, o que faz com que jovens vocacionados à
profissão desistam de exercê-la. Que existe baixa remuneração desses profissionais, não
há duvidas, pricipalmente se os compararmos com outras profissões de nível superior!
Mas quero crer que altos salários de professores talvez não se convertam
necessariamente em presença de profissionais vocacionados. Essa é uma discussão que
o autor não faz, mas vamos fazê-la à frente, quando tratarmos do item d).
Daí pra frente, o autor passa a discorrer sobre a situação da educação no país,
lembrando a PEC dos gastos no governo Michel Temer, que congelou os investimentos
por vinte anos. Trata também dos baixos índices alcançados no Pisa – o Programa
Internacional de Avaliação de Alunos, que aponta o Brasil abaixo de Chile e México no
desempenho dos estudantes em matemática, leitura e ciências. Traz, por fim, a boa
lembraça dos governos petistas, que ampliaram os gastos em educação – gasto médio
por estudante; contudo, alerta que tal ampliação não se converteu em qualidade. Se
assim o fosse, teríamos ocupado, segundo Ciro, uma posicão melhor no ranking da
OCDE. É aí, como ele costuma dizer, que está o busílis: se países, como México,
gastam menos e têm índices melhores, o problema deve estar na maneira como se gasta.
Neste sentido, o autor começa a apontar sua referência para resolver esse
problema: Sobral e o Ceará. Ele alega que coesão social (ou política?) foi necessária
para levar a frente “a continuidade das políticas públicas de longo prazo que mostraram
resultados”. Notemos que altos gastos podem se refletir em aparente investimento
exitoso na educação, mas a baixa efetividade das políticas ou a pouca eficácia dos
gastos leva a resultados pífios a médio ou longo prazo. Ao que parece, o desastre da que
vemos hoje na educação tem causa (o PT), tem cor (é vermelha) e tem método: quando
se prega a valorização de professores com piso salarial, ganha-se a categoria, que a
partir disso não discute mais a situação das escolas nem das famílias, contenta-se com
eleição para diretores e reivindicações salariais em greves. A propósito, o Ciro deixa de
tocar na lei do piso. Não sei por quê, mas creio que vê essa lei também como parte do
problema. Sobre isso, voltaremos a discutir mais adiante no item d).
Chegamos ao centro de sua proposta. Ciro alega que, em Sobral, os resultados se
devem a uma aposta em: 1) plano de gestão; 2) erradicação do analfabetismo; 3)
diminuição da evasão escolar; e 4) valorização salarial e social do professor através de
um regime meritocrático. Das quatro apostas, a segunda e a terceira não parecem conter
ressalvas dos educadores da esquerda ou da direita.
Ninguém de fato oriundo do meio educacional declara ser a favor de um
sociedade de analfabetos ou vê com bons olhos a quantidade crescente de crianças e
adolescentes desistindo de estudar. Mas é o que estamos vendo hoje, com a pandemia.
Desde 2020 que se alerta para evasão escolar por causa da ausência de aulas presenciais
e da falta de um modelo de ensino efetivo que as substitua. Há até leis tentando obrigar
os gestores municipais e estaduais a abrir escolas para aulas presenciais com a falaciosa
alegação de essencialidade do ensino presencial. Essencial é o ensino, não a
modalidade. Se for presencial ou à distância, que se garantam condições sanitárias e
tecnológicas para que aulas ocorram. Nenhum professor se furta de ensinar. Só não quer
ser jogado junto com seus alunos ao risco de contaminação sem uma proteção mínima:
vacinas.
Mas, voltando ao que defende o Ciro, vejamos a aposta de número 1: plano de
gestão. Isso não está detalhado no livro, contudo, lembro-me de ter lido sua proposta
para educação quando foi candidato a presidente em 2018. Lá estava escrito que ele
defendia um modelo que seria pactuado de cima para baixo, com a União promovendo
aderência voluntária de estados e municípios que aceitassem recursos atrelados ao
alcance de metas em prazos determinados. Isso se exemplificava no Ceará, cuja política
educacional se une à fiscal, prevendo compensações ou repasse de impostos para
municípios que atingem determinadas metas. A garantia de que essas metas são
alacançadas advém da gestão profissional das escolas, cujos gestores são escolhidos em
concurso, não por indicação política ou eleições. Em 2017, lembro bem, pesquisando
sobre concurssos públicos enquanto fazia minhas últimas leituras do doutorado e
preparava a defesa de minha tese sobre linguagem regional, vi um edital para concorrer
a gestor escolar em Sobral. Interessante, qualquer professor, de qualquer lugar do país
poderia concorrer. Bastava apresentar um plano de gestão para a unidade, com base nas
metas estabelecidas em edital, passar numa prova escrita sobre gestão pública e obter
êxito numa entrevista. Só não fui pra seleção porque escolhi concluir minha tese. Nem
me inscrevi, na verdade.
Agora, vejamos uma coisinha sobre metas e prazos. Isso já existe no PNE (Plano
Nacional de Educação, de 2014), mas o problema é que, além de essas metas não serem
claras ou efetivamente eficazes, o alcance delas não está condicionado a nada; sequer
existem implicações para o não cumprimento. E aqui me refiro a implicações legais,
como existem na Lei de Responsabilidade Fiscal. Se FHC nos deixou essa lei, por que
Lula não criou uma de responsabilidade educacional? Será que os desmanches na
educação estariam ocorrendo, se metas, prazos e alteração de políticas educacionais
estivessem condicionados a uma lei? Fica a reflexão. Fica o indicativo de pesquisa sobre
a aprovação do PNE à época: como foi que ele passou? O que foi emendado no projeto?
Quais acordos foram feitos?
Já no que se refere à aposta 4, a valorização do professor, Ciro toca na questão
salarial, mas não esclarece o que quer dizer com regime meritocrático, novamente sem
tratar do piso do magistério. Repare bem: ele fala da desvalorização da carreira do
professor na página 160, referindo-se à baixa média salarial; cita a valorização salarial e
social através de um regime meritocrático, na 161, para depois discorrer sobre os
avanços de Sobral e do Ceará no Ideb; e já na síntese de sua proposta, Ciro volta a tocar
na remuneração de professores atrelada ao tal regime meritocrático, agora na página
163. Olha só, meritocracia parece um palavrão para a esquerda, pois a direita se
apropriou do termo para usá-lo como sinônimo do que se consegue pelo próprio mérito,
em detrimento do apoio governamental. Acontece que, em educação, tudo está ligado a
investimento governametal na proposta de Ciro. Não há no livro uma mensão sequer a
parcerias com instituições privadas. Não neste capítulo que aqui analisamos.
Então, o que Ciro quer dizer com regime meritocrático? Arrisco dizer que tenha a
ver com bonificação individual para os professores. Recentemente, um jovem rapaz
muito conhecido pelo seu podcast foi bem criticado quando se referiu à educação de
Cingapura como uma das melhores do mundo e não soube justificar sua afirmação de
que a brasileira não havia evoluído. A crítica veio por ele não coseguir sustentar com
dados precisos sua afirmação. Não passo pano para quem faz afirmações sem base clara,
mas não posso negar que, sobre Cingapura, ele estava correto. E lá, sim, os professores
são os melhores. Não estou dizendo que são melhores que os nossos, mas que o
tratamento dado é diferente: para ser professor em Cingapura, um jovem precisa ter as
melhores notas, é remunerado enquanto estuda, quando se forma, trabalha numa só
escola e tem formação continuada anual mínima de 100h. Isso para ficar no trivial.
Agora vamos a mais um busílis: em entrevista ao Roda Viva de 19/05/2016, Lee Sing
Kong, ex-diretor do Instituto Nacional de Educação de Cingapura, detalhou como seu
país pulou para a segunda melhor educação do mundo. Assisti à entrevista na época e
fiquei impressionado quando ele citou que os professores eram divulgados no país.
Segundo ele, antes da revolução educacional promovida, ninguém sabia ao certo como
era o trabalho de um professor. O que se fez foi dar visibilidade a tudo que os
professores faziam, propagandas não do estado, mas dos profissionais mesmo! Por quê?
Porque além de a sociedade não saber a importância do trabalho docente, os professores
também não sabiam se divulgar. Depois disso, eles passaram a ocupar mais as redes
sociais e a se divulgarem. Mas para isso acontecer, foi preciso uma ação estatal massiva,
que preparou a sociedade para olhar a profissão de professor com grande valor. Isso fez
o jovem querer ser professor, pois ele viu que seus feitos seriam reconhecidos
socialmente. Percebeu que o que se ele desenvolvesse algo de positivo com as crianças
seria divulgado e valorizado pelas pessoas. Acredito, portanto, que a ideia de regime
meritocrático defendida por Ciro passe por essa divulgação do trabalho docente e
alcance de estabilidade em regime de dedicação exclusiva para que o professor possa
desenvolver um trabalho de maior qualidade numa só escola. Esse seria o bônus
individual a que me referi acima. Além disso, pode ser que premiação finaceira seja
atrelada a resultos individuais também, como participação em eventos, publicações,
desenvolvimento de projetos inovadores e resultados de aprendizagem, o que fica mais
difícil de aferir individualmente. Hoje, o que existe muito país afora são bonificações
coletivas em dinheiro com base em metas imprecisas, para não dizer obscuras, de
índices de aprovação, evasão ou uso de recursos materiais. Absurdo!!! Nada ligado à
qualidade da aprendizagem. Absurdo!!!
Por fim, a revolução educacional sustentada por Ciro necessita da mudança de
paradigma educacional e de mentalidade do professor. Para esses profissionais serem
valorizados, divulgados, bem remunerados não é necessário que se achem os donos do
saber. Segundo Ciro,
Não existe mais lugar no mundo para o professor reprodutor de
fórmulas e informações, simplesmente porque um volume
incomensurável de informações está à distância de um clique. O
professor, no entanto, retém seu papel fundamental de tutor de um
aluno perdido num mar de dados sem saber como avaliá-los ou
relacioná-los, de interlocutor individual, capaz de identificar e intervir
em dificuldades particulares de aprendizado, mostrando ao aluno a
falha particular de pensamento que o impede de dominar determinado
conteúdo ou habilidade. (p.164)
Aqui temos o curioso caso de resistência dupla do meio educacional à proposta de
Ciro por pura interdição ideológica. Quem está no polo extremo da esquerda, acha que
isso é tirar o poder do professor. Quem está opostamente no extremo da direita acha que
os professores já não são necessários.
Na verdade, o que ele prega é autonomia estudantil, protagonismo, planejamento e
personalização da educação. Só que não cita isso claramente. No entanto, estudando nas
formações promovidas pelo município de Sobral, percebi claramente que não se trata de
tirar poder de professor, mas de colocar o aluno no centro do processo, porque é por ele
que o processo de ensino aprendizagem existe, é para ele que tudo tem que dar certo.
Também não quer dizer que os professores devam ser substiuídos por máquinas de
ensinar. Estamos muito longe disso! O máximo que temos são sistemas informatizados
de treinamento para responder questões, mas nenhum é capaz de promover a
inventividade na solução de problemas reais. Ao professor é quem compete essa tarefa
de ligar a realidade do aluno com as competências e habilidades a serem desenvolvidas
na escola. Só que ele não precisa fazer isso pelo aluno, pegando sua mão como se ensina
(ou se ensinava) a pegar no lápis para cobrir letras tracejadas. Basta apontar caminhos,
instigar com perguntas, ajudar a traçar rotas, sugerir saídas. Isso se vê na educação de
Sobral. Mas esse detalhamento nós deixaremos para o próximo episódio.
Então, é isso, nobres! Ficamos por aqui. Espero que tenham gostado de ouvir
nosso podcast. Se gostou e puder compartilhar, agradeço demais! Volaremos a
conversar sobre a educação de Sobral e do Ceará, mas da próxima vez, com mais
detalhes sobre o que é feito lá. Até breve!
Bom dia, boa tarde, boa noite, nobres! Está começando o PodEducar, o meu,
o seu, o nosso podcast de educação. Eu sou Robson Santiago, professor de Língua
Portuguesa, mestre e doutor em Letras.
O objetivo deste programa é trazer à baila as discussões pertinentes à
educação brasileira. Nele vamos conversar um pouco sobre a história recente da
educação, filosofias educacionais, pressupostos teóricos que embasam políticas
públicas bem como leis vigentes e projetos de leis pautados nas câmaras
legislativas. E faremos isso tanto observando a situação atual, quanto olhando para
o passado, mas principalmente pautando o futuro.
No programa de hoje vamos tratar da educação do Ceará e de Sobral, saindo um
pouco da proposta apresentada nos três episódios anteriores, que se debruçaram sobre o
livro Projeto Nacional: o dever da esperança, de Ciro Gomes. Aqui vamos entrar na
realidade que alguns veículos de imprensa já noticiaram sobre a educação cearense e
comentar resultados de estudos acadêmicos e de consultorias nacionais e internacionais.
Assim, pretendo discuti-la um pouco mais tecnicamente, trazendo à tona além das
informações sobre o funcionamento prático das redes educacionais cearenses, também
as referências pedagógicas que a fundamentam.

A educação de Sobral e do Ceará


A fama da educação do Ceará espalhou-se pelo mundo, mas pelo Brasil ainda há
quem não acredite ou finja que é mentira por pura mesquinharia.
Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/reportagens-especiais/educacao-
aprendizados-com-o-ceara/#page15
Acesso em: 20/06/21

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