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Tangará da Serra – MT
Novembro de 2020
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Tangará da Serra – MT
Novembro de 2020
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LISTA DE FIGURAS
Figura 01 – Características das Cordoalhas - RB
Figura 02 – Centro de Gravidade da viga
Figura 03 – Diagrama de Tensões
Figura 04 –Acomodação inicial na ancoragem
Figura 05 – Valores de
Figura 06 – Valores característicos de T e U
Figura 07 – Diagrama de Tensões II
4
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 5
2 CÁLCULOS ÍNICIAIS ....................................................................................................... 5
2.1 Excentricidade (m) ............................................................................................ 5
2.2 Área da Seção Ac (m²) ....................................................................................... 5
2.3 Inércia (m4) ....................................................................................................... 6
3 FORÇA FINAL DE PROTENSÃO .................................................................................... 6
3.1 Momento Fletor Solicitante (kN.m) .................................................................. 6
3.2 Tensão Provocada pelo momento (MPa) .......................................................... 6
3.3 Tensão na Fibra externa provocada pela protensão .......................................... 7
3.4 Anular a tração provocada pelo carregamento.................................................. 7
4 FORÇA DE PROTENSÃO FINAL DA VIGA – PRÉ-TRACIONADA ........................... 8
4.1 Determinação de Pᵢ ........................................................................................... 8
4.1.1 Tensão limite na armadura .......................................................................... 9
4.1.2 Área de aço estimada .................................................................................. 9
4.1.3 Número de Cordoalhas................................................................................ 9
4.1.4 Área efetiva ................................................................................................. 9
4.2 Cálculo de Pa ................................................................................................... 10
4.2.1 Perda de Protensão na Ancoragem ............................................................ 10
4.2.2 Perda de relaxação inicial da armadura ..................................................... 11
4.2.3 Perdas totais .............................................................................................. 12
4.3 Cálculo do P0 .................................................................................................. 12
4.3.1 Perda de protensão por encurtamento elástico do concreto ...................... 12
4.4 Determinação do P∞ ........................................................................................ 14
4.4.1 Perda por retração ..................................................................................... 14
4.4.2 Perda por fluência do concreto .................................................................. 16
4.4.3 Perdas por relaxação na armadura ............................................................ 18
4.4.4 Perda de protensão progressiva ................................................................. 18
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 20
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 20
5
1 INTRODUÇÃO
O concreto atribuído a este trabalho tem resistência de 30 MPa. Por fim foi escolhido
utilizar cordoalhas CP 190 RB 15,20 conforme tabela da Figura 1. Segundo a NBR 7483/2004
o Módulo de elasticidade do CP 190 RB 15,2 é de 200 GPA.
2 CÁLCULOS ÍNICIAIS
𝐴𝑐 = 𝑏. 𝑎
6
𝐴𝑐 = 0,5.0,8
𝑨𝒄 = 𝟎, 𝟒𝟎 𝒎𝟐
Onde:
b= base da seção transversal
a= altura da seção transversal
𝑏. 𝑎³
𝐼ℎ =
12
0,5.0,8³
𝐼ℎ =
12
𝑰𝒉 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟏𝟑 𝒎𝟒
Sendo:
a= altura da seção transversal
b= base da seção transversal
𝑞. 𝑙²
𝑀𝑞 =
8
20.15²
𝑀𝑞 =
8
𝑴𝒒 = 𝟓𝟔𝟐, 𝟓 𝒌𝑵. 𝒎
𝑀𝑞 . 𝑌
𝜎𝑐 =
𝐼
562,5.0,40
𝜎𝑐 =
0,0213
𝝈𝒄 = 𝟏𝟎, 𝟓𝟔 𝑴𝒑𝒂
• Fibra Inferior
1 𝑒. 𝑦
𝜎𝑃𝑖 = 𝑃 ( + )
𝐴 𝐼
1 0,27.0,40
𝜎𝑃𝑖 = 𝑃 ( + )
0,40 0,0213
𝝈𝑷𝒊 = 𝟕, 𝟓𝑷
• Fibra Superior
1 𝑒. 𝑦
𝜎𝑃𝑠 = 𝑃 ( − )
𝐴 𝐼
1 0,27.0,40
𝜎𝑃𝑠 = 𝑃( − )
0,40 0,0213
𝝈𝑷𝒔 = −𝟐, 𝟓𝑷
𝜎𝑞 = 𝜎𝑃𝑖
10,56. 106 = 7,5𝑃
10,56. 106
𝑃=
7,5
𝑷 = 𝟏𝟒𝟎𝟖 𝒌𝑵
𝜎𝑃𝑠 = −2,5𝑃
8
4.1 Determinação de Pᵢ
Segundo ainda Hanai (2005) dado o valor estimativo P∞,est, arbitra-se um valor das
perdas totais de protensão que fazem com que um valor inicial Pᵢ sofra decréscimos até atingir
um valor P∞. Ou seja, a partir da experiência anterior em projetos semelhantes, arbitra-se um
valor percentual da perda total que podem ser entre 20% e 30%. Deste modo, consideramos
30%.
∆𝑃𝑎𝑟𝑏 = 30%
𝑃
𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡 =
1 − ∆𝑃𝑎𝑟𝑏
1408
𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡 =
1 − 0,30
𝑷𝒊,𝒆𝒔𝒕 = 𝟐𝟎𝟏𝟏, 𝟒𝟑 𝒌𝑵
9
𝜎𝑃𝑖,𝑙𝑖𝑚 = 0,77.1900
𝑃𝑖,𝑒𝑠𝑡
𝐴𝑝,𝑒𝑠𝑡 =
𝜎𝑃𝑖,𝑙𝑖𝑚
2011,43.10³
𝐴𝑝,𝑒𝑠𝑡 =
1463. 106
𝐴𝑝,𝑒𝑠𝑡
𝑛=
𝐴 𝑠𝑒çã𝑜 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
1374,87
𝑛=
143,4
𝒏 = 𝟗, 𝟓𝟗 ≈ 𝟏𝟎 cordoalhas
Com a área efetiva calculada, podemos então encontrar a força inicial efetiva:
𝑷𝒊 = 𝟐𝟎𝟗𝟕, 𝟗𝟒 𝒌𝑵
4.2 Cálculo de Pa
• Deformação do Aço
𝜎𝑃𝑖,𝑙𝑖𝑚
𝜀=
𝐸
1463. 106
𝜀=
200. 109
• Alongamento do aço
𝛿 = 𝜀. 𝐿
𝛿 = 7,31. 10−3 . 50
𝜹 = 𝟎, 𝟑𝟔𝟓 𝒎 𝒐𝒖 𝟑𝟔𝟓 𝒎𝒎
(onde se situa o macaco de protensão), uma vez que na cabeceira passiva, a acomodação vai
se dando durante a própria operação de estiramento (HANAI, 2005).
𝑎𝑐𝑜𝑚𝑜𝑑𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑐𝑢𝑛ℎ𝑎
∆𝑃𝑎𝑛𝑐 =
𝛿
6
∆𝑃𝑎𝑛𝑐 =
365
∆𝑷𝒂𝒏𝒄 = 𝟏, 𝟔𝟓%
Segundo Hanai (2005), assim que os cabos são estirados, a armadura de protensão já
começa a sofrer relaxação, que corresponde a perda do intervalo de tempo entre o estiramento
e a aplicação da protensão no concreto. O cálculo é feito conforme a Tabela 8.4 da NBR 6118
de 2014 (Figura 5), no qual, determina-se o coeficiente entretanto, como o 0,77𝑓𝑝𝑡𝑘, não
possui na tabela, fazemos a interpolação. Pois, a NBR 6118 diz que para tensões menores
que 0,5Fptk não há perda de tensão por relaxação e para tensões intermediarias entre os
valores fixados na Tabeça 8.2, permite-se a interpolação.
Figura 05 – Valores de
𝜓1000 = 3,2%
∆𝑡 0,15
𝜓 = 𝜓1000 . ( )
41,67
5 0,15
𝜓 = 3,2. ( )
41,67
𝝍 = 𝟐, 𝟑𝟑%
∆𝑃𝑎𝑛𝑐 + 𝜓
1,65 + 2,33 = 3,98%
Então,
∆𝑃𝑎𝑛𝑐
𝑃𝑎 = 𝑃𝑖 − ∆𝑃 = 𝑃𝑖 − 𝑃𝑖 .
100
3,98
𝑃𝑎 = 2097,94 − 2097,94.
100
𝑷𝒂 = 𝟐𝟎𝟏𝟒, 𝟒𝟒 𝒌𝑵
4.3 Cálculo do P0
São as perdas imediatas que ocorrem pela acomodação das ancoragens, no qual, pode
ser calculado da seguinte forma:
𝑃0 = 𝑃𝑎 + ∆𝑃𝑒
Onde,
∆𝑃𝑒 = diferença entre P0 e Pa devida unicamente à perda por deformação imediata do
concreto.
𝐸𝑐 = 𝛼𝑒. 5600√𝑓𝑐𝑘
𝐸𝑐 = 1.5600√30
𝑬𝒄 = 𝟑𝟎𝟔𝟕𝟐, 𝟒𝟔 𝑴𝑷𝒂
13
• Razão modular
𝐸𝑃
𝛼𝑃 =
𝐸𝑐
200. 109
𝛼𝑃 =
30672,46. 106
𝜶𝑷 = 𝟔, 𝟓𝟐
∆𝑃𝑒 = 𝛼𝑃 . 𝜎𝐶𝑃
∆𝑃𝑒 = 6,52.4,8
∆𝑷𝒆 = 𝟑𝟏, 𝟐𝟗 𝑴𝑷𝒂
𝑃𝑎
𝜎𝑃𝑎 =
𝐴𝑝
2014,44. 103
𝜎𝑃𝑎 =
1,434. 10−3
𝝈𝑷𝒂 = 𝟏𝟒𝟎𝟒, 𝟕𝟕 𝑴𝑷𝒂
• Em Porcentagem
∆𝜎𝑃𝑒
. 100
𝜎𝑃𝑎
31,29
. 100 = 2,22%
1404,77
∆𝑃𝑒
𝑃0 = 𝑃𝑎 − ( ) . 𝑃𝑎
𝜎𝑃𝑎
14
31,29
𝑃0 = 2014,44 − ( ) . 2014,44
1404,77
𝑷𝟎 = 𝟏𝟗𝟔𝟗, 𝟓𝟕 𝒌𝑵
𝑃0
𝜎𝑃0 =
𝐴𝑝
1969,57.10³
𝜎𝑃0 =
1,434. 10−3
4.4 Determinação do P∞
∆𝜎𝑃𝑐𝑠 = 𝜀𝑐𝑠 . 𝐸𝑃
• Espessura fictícia
2. 𝐴𝑐
ℎ𝑓𝑖𝑐 =
𝑢
𝑢 = 2. ℎ + 2. 𝑙
𝑢 = 2.0,8 + 2.0,5
𝑢 = 2,6𝑚
Então:
2.0,4
ℎ𝑓𝑖𝑐 =
2,6
Na figura 6, mostra a tabela 8.2 da NBR 6118/2014, para determinar o Ecs, no qual é
dado em função da umidade média do ambiente e da espessura fictícia. Onde o T0, representa
o instante de aplicação da carga.
Foi sugerido 5 dias, para um concreto CP III (Alto Forno), que segundo Veríssimo e
Cesar Jr. (1998) pode ser utilizado para a produção do concreto protendido, cujo coeficiente
de cálculo é 0,38, então:
1
28 2
𝛽1 = 𝑒𝑥𝑝 {0,38 [1 − ( ) ]}
5
𝛽1 = 0,595
𝑓𝑐𝑑 = 𝑓𝑐𝑘. 𝛽1
𝑓𝑐𝑑 = 30.0,595
Deste modo, o no T0, será de 5 dias, e o nosso U, referente a umidade relativa será de
55%, que é o valor mais aproximado da média calculada de Tangará da Serra, segundo dados
do Climate.date.org.
20 = 0,48
𝑡 = 5 𝑑𝑖𝑎𝑠 { 31 = 𝑥
60 = 0,43
60 − 20 60 − 31
=
0,43 − 0,48 0,43 − 𝑥
40 29
=
−0,05 0,43 − 𝑥
𝑥 = 0,467
∆𝜎𝑃𝑐𝑠 = 𝜀𝑐𝑠 . 𝐸𝑃
0,467
∆𝜎𝑃𝑐𝑠 = . 200. 109
1000
∆𝜎𝑃𝑐𝑐 = 𝜀𝑐𝑐 . 𝐸𝑃
Utiliza-se a tabela 8.2 (Figura 6), para determinar o 𝜑 (coeficiente de fluência). Deste
modo, temos:
20 = 3,9
𝑡 = 5 𝑑𝑖𝑎𝑠 { 31 = 𝑥
60 = 3,3
60 − 20 60 − 31
=
3,3 − 3,9 3,3 − 𝑥
17
40 29
=
−0,6 3,3 − 𝑥
𝑥 = 𝜑 = 3,738
𝜎𝑃𝑖 = 7,5𝑃
𝜎𝑃𝑖 (𝑡0 ) = 7,5𝑃0
𝜎𝑃𝑖 (𝑡0 ) = 7,5.1969,57 .10³
𝜎𝑃𝑖 (𝑡0 ) = 14,76 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑃𝑠 = −2,5𝑃0
𝜎𝑃𝑠 (𝑡0 ) = −2,5.1969,57 .10³
𝜎𝑃𝑠 (𝑡0 ) = −4,92 𝑀𝑃𝑎
𝜎𝑐 (𝑡0 )
𝜀𝑐𝑠 = .𝜑
𝐸𝑐,28
𝜑 = 3,738
18
5,64. 106
𝜀𝑐𝑐 = . 3,738
30672,46. 106
∆𝜎𝑃𝑐𝑐 = 𝜀𝑐𝑐 . 𝐸𝑃
𝜓(𝑡0 , 𝑡∞ ) = 2,5.3,2
𝜓(𝑡0 , 𝑡∞ ) = 8%
Assim:
𝜓(𝑡0 , 𝑡∞ )
∆𝜎𝑃𝑅 = 𝜎𝑃0 .
100
8
∆𝜎𝑃𝑅 = 1373,47. 106 .
100
É possível encontrar então a tensão na armadura ativa após todas as perdas ao longo
do tempo:
𝑃∞ = 𝜎𝑃∞ . 𝐴𝑃
𝑷∞ = 𝟏𝟒𝟖𝟏, 𝟎𝟑 𝒌𝑵
• Verificação
Logo:
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entretanto, o mesmo cálculo havia sido feito anteriormente, com percentual de perda
de proteção de 25%, mas o mesmo não atendeu, pois esse percentual gerava um número de
cordoalhas igual a 9, o que refletia em uma área de armadura baixa, o que não ocorreu quando
se considerou perda de protensão igual a 30%, pois resultou em um número de cordoalhas
igual a 10 e sua área igual a 1,434.10-3, suficiente para suportar as tensões aplicadas sobre a
viga.
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REFERÊNCIAS
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7483: Cordoalhas de aço para concreto
protendido – Requisitos. Rio de Janeiro, p. 7. 2004.
__________. NBR 6118: Projetos de estrutura de concreto – procedimentos. Rio de
Janeiro, p.33. 2014.
ANDRADE, Thiago Tenório. Dimensionamento Estrutural de uma viga pré-moldada em
concreto protendido. UFAL, Maceió, 2014.
CLIMATE.DATE.ORG. Tangará da Serra Clima. 2020. Disponível em < https://pt.climate-
data.org/america-do-sul/brasil/mato-grosso/tangara-da-serra-43154/> Acesso em 16 de
novembro de 2020.
HANAI, João Bento. Fundamentos do Concreto Protendido. USP, São Carlos, 2005.
VERISSÍMO, Gustavo de Souza. Concreto Protendido: Fundamentos Básico. 4ª edição.
1998. Disponível em < https://wwwp2.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/CP-
vol1.pdf> Acesso em 17 de novembro de 2020.