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Bioética – Atualidade

Nos últimos tempos ocorreu o avanço da biotecnologia em que trouxe muitas


conquistas para a humanidade, como também, muitos riscos (Camargo, p. 168, 2001). Desse
modo, a aplicação dos procedimentos na investigação científica precisou ser revista e
repensada, pois nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável.
Diante disso, de acordo com Camargo (2001) se faz necessário compreender a
bioética. O termo bioética foi criado em 1971, pelo oncologista e biólogo americano Van
Potter na qual a bioética ajudaria as pessoas a pensar nas possíveis implicações (positivas ou
negativas) dos avanços da ciência sobre a vida humana. Já que ao longo da evolução da
história da humanidade observou-se que tiveram novas descobertas que ocasionaram
mudanças na vida dos indivíduos. Além disso, o avanço do conhecimento científico se
caracterizou pela explosão da ciência e da inovação tecnológica em que evidenciou as
vulnerabilidades da natureza e do corpo humano (Camargo, p. 168, 2001). Portanto, a bioética
surgiu com o objetivo de indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a
vida humana e denunciar os riscos das possíveis aplicações.
Inicialmente a bioética surgiu a partir da ética nas ciências biológicas e é atualmente
uma disciplina voltada para o biodireito e para a legislação com o intuito de garantir mais
humanismo nas ações e nas relações médico-científico (Carmago, 2001). A bioética baseia-se
em três princípios que são: (1) A Beneficência significa “fazer o bem”. Desse modo, sempre
que o profissional de saúde propuser um tratamento a um paciente, ele deverá reconhecer a
dignidade do paciente e considerá-lo em sua totalidade visando oferecer o melhor tratamento
ao mesmo; (2) a autonomia é a capacidade de autodeterminação de uma pessoa, ou seja, o
quanto ela pode gerenciar sua própria vontade, livre da influência de outras pessoas; e (4) a
justiça se refere à igualdade de tratamento. Neste princípio está a sociedade em que deve
exigir a equidade na distribuição de bens e benefícios.
Ademais, o critério fundamental da bioética é a alteridade na qual significa o respeito
pelo próximo, trata de aprender a conviver com as diferenças com o objetivo de buscar o
equilíbrio entre os diversos pontos de vista (Camargo, p. 168, 2001). Como também, a
bioética tem relação com o Direito e surge a partir da necessidade de proporcionar soluções
para os problemas que a sociedade tecnológica criou, onde se fez necessário promover a
valorização da dignidade da pessoa humana, em respeito à Constituição Federal, sendo a
bioética um instrumento fundamental para que se atinja este propósito. Logo, nota-se que é
essencial a Bioética, pois a mesma contribui para que as pessoas estabeleçam “uma ponte”
entre o conhecimento científico e o conhecimento humanístico, a fim de evitar os impactos
negativos que a tecnologia pode ter sobre a vida.
Nos últimos tempos “o avanço da biotecnologia tem trazido muitas conquistas para a
humanidade, como também, muitos riscos” (CAMARGO, 2001, p. 168). Desse modo, a aplicação dos
procedimentos na investigação científica precisou ser revista e repensada, pois nem tudo que é
cientificamente possível é eticamente aceito.

A bioética via este tipo de reflexão, a reflexão dos conflitos envolvidos nas relações humanas
do cotidiano. Tais conflitos aparecem desde procedimentos comuns na prática dos
profissionais de saúde, até nos valores sociais contidos em discussões como, por exemplo, a
da redefinição da maioridade penal ou das funções familiares, proposta pelo novo Código
Civil.

Referencia:

COHEN, Claudio e GOBBETTI, Gisele. Bioética da Vida Cotidiana. Cienc.


Cult. vol.56 no.4 São Paulo Oct./Dec. 2004. Disponível em:
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252004000400020.
Acesso em: 13 Ago. 2021.

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