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DINÂMICA DE GRUPO

Como a sociedade continua mudando um padrão acelerado, a capacidade de produzir mudanças torna-se cada vez mais importante,
para o “perfil” do psicólogo contemporâneo.

Aos que desejam ser agentes de mudanças.

“A mudança ocorre quando uma pessoa passa a ser o que é, não quando ela tenta passar a ser o que não é.

“BEISSER”

“Não há método, técnica, recurso ou instrumento excelentes por si. A excelência é determinada pelo uso que deles se faz,
competente ou incompetente. Por conseguinte, os exercícios de per si não asseguram o êxito..... somente a competência técnica do
coordenador, seu bom senso, seus padrões éticos, sua intuição e criatividade na utilização dos exercícios farão com que estes
tenham significado dentro do contexto como atividades necessárias, cabíveis, desejáveis e funcionais.”

Fela MOSCOVICI
Livro: Espaço das Emoções
Autores: Leite, Yeda e colaboradores
Editora: Del Rey - 1991

ESPAÇOS QUE CURAM

É cada vez maior o número de pessoas interessadas em ampliar suas possibilidades de experiência, em desenvolver novos
sentimentos para suas vidas, em aumentar sua capacidade de contato consigo mesmas, com os outros e com os acontecimentos.

Esses experimentos de crescimento pessoal promovem adequada aceitação de si e descortinam novas compreensões, novas
“gestalts” ( 1 ). Esse processo dialético de desenvolvimento e capacitação pessoal terá chances de partir de premissas cada vez mais
verdadeiras. Mas onde está a verdade? Dentro de nós, quando procurada incessantemente, através de um processo de atualização.
Como diz a canção: “eu caçador de mim”. Todo processo de autoconhecimento é um processo de desenvolvimento. Há espaços que
privilegiam essas oportunidades, por oferecerem segurança para despirmos nossos disfarces e depararmos com a nudez das nossas
verdades, sem os riscos que o social apresenta.

“Nós” não existe, mas é composto de “Eu” e “Tu”; é uma fronteira sempre móvel onde duas pessoas se encontram. E quando há
encontro, então “Eu” me transformo, e “Você” também se transforma. “O Eu é a soma das identificações do sujeito” afirma Freud.
O ser humano não pode evitar ser membro de um grupo. Não podemos viver sem outras pessoas e, com freqüência, achamos difícil,
complicado viver com elas.

Como pode a psicologia ser tão jovem e a autoconsciência do homem tão antiga? A psicologia deverá incluir todos os vislumbres e
introvisões, que o homem teve sobre si mesmo e o seu comportamento, quer provenham do mito e da religião, do senso comum, da
filosofia e da literatura, ou deverá limitar-se ao conhecimento factual cientificamente verificado? “ É incrível o quanto você pode
descobrir a respeito de sua existência, simplesmente prestando atenção e tornando-se mais profundamente consciente de seu
próprio experienciar” ( John Stevens ).

Nenhum adjetivo parece ser mais adequado para descrever o nosso ideal de ser do que a palavra “livre”. O seu significado é melhor
sentido quando o colocamos em contraste com idéias como rígido, constrangido, preso ou compulsivo. Ser livre é um sonho
compartilhado por pessoas em todas as épocas e lugares e é um ideal especialmente caro àqueles que estão dedicados à dignidade do
indivíduo, afirma Logam Fox.

Psicologicamente falando, porém, cumpre dizer que a liberdade real tem menos a ver com as condições externas do que com as
internas.

Ser livre é, por um lado, uma introvisão e, por outro lado, uma realização. Disse Jesus: “ Conhecerás a verdade e a verdade vos
libertará” ( Jo 8:32 ). Freud, à sua maneira, disse: “Descobre a verdade em teu inconsciente e estarás livre da neurose”.

O exercício da liberdade nos leva ao sentimento de força em nós, e nos faz experimentar uma nítida sensação de poder. Poder
entendido como Rollo May define: “a capacidade de impedir ou provocar mudanças”. Assim, um recém-nascido tem um enorme
poder, pois provoca ou impede mudanças na vida de seus pais. Só não possui consciência disso. Então, liberdade e poder, com
consciência, implica em responsabilidade. Ser livre é diferente de livremente ser. Ser livre requer prática e formação de hábito. Ser
humano é sempre ser social.
A consciência das minhas verdades me conduz ao uso cônscio das minhas emoções e do meu poder. Assim, o homem só se torna
um “Eu” ( self ) na medida em que participa de seu desenvolvimento. O “Eu” nunca se desenvolve automaticamente. “ A vida
consiste em superar-se a si mesmo”, Nietzsche repete amiúde.

Existe um amor a si mesmo que nada tem em comum com o narcisismo ou egoísmo. Aceitar o nosso “ Eu” é deliciarmo-nos na vida
que existe em nós; portanto, é uma expressão de amor à vida. “Eu vim para que tenham vida, e vida em abundância”( Jo 10:10 ). As
emoções devem ser consideradas apenas como sentimentos, sem o qualificativo de boas ou más. As emoções são apenas emoções,
nada mais que sentimentos, que conferem colorido, vida, às nossas vidas. As emoções são substantivas em si, não são boas nem
más. Aceitá-las, incondicionalmente, é justo e salutar.

Em si mesmos, os sentimentos e desejos não têm poder externo. São expressões, não realizações.

Kierkergard escreveu que o pecado fundamental é a recusa em sermos nós mesmos. Disse que nos recusamos ser os “Eus”, que
somos, por orgulho ou desespero.

O conhecer-se a si mesmo, Socrático, é também ficar consciente de que “Eu” tenho estado ativo nessa interação entre organismo e
ambiente ( tu ). Para alcançarmos uma consciência idônea é extraordinariamente importante o modo como interatuam conosco as
pessoas. “Como o homem pensa em seu coração, assim será”( Pv 23:15 ).

A “ identidade” ou auto-afirmação só se processa envolvendo o autoconhecimento e a aceitação dos “Eus” que a pessoa descobre
ser. Nesse sentido é que Freud disse ser o “Eu” a soma das identificações do sujeito. A mudança ocorre quando uma pessoa passa a
ser o que é e não quando tenta passar a ser o que não é.

Peter Drucker distingue eficiência: fazer certo as coisas, de eficácia: fazer as coisas certas. O discernimento só se torna eficaz
através de um árduo trabalho sistemático. A eficácia é aprendida. Aumentando o nosso autoconhecimento, tornamo-nos
administradores eficazes. Porque ao conhecermos as motivações, os desejos e emoções que estão na origem da nossa ação, podemos
mudar ou conservar o alvo delas, evitando assim o ato compulsivo. “Tudo tem seu tempo certo”, ou “ Quem sabe faz a hora”..., são
alguns dos alertas populares sobre a relação tempo versus vida.

O tempo é um bem não renovável. Cabe a nós, se não quisermos ser meros “ administradores por crise”, promover já e
sistematicamente o nosso autodesenvolvimento. “ A expressão autoconsciência, em seu emprego geral, implica duas coisas:
conhecimento de si por si mesmo e conhecimento de si como objeto da observação alheia”, como diz Laing.

Essas duas formas de conhecimento do “Eu”, como um objeto aos próprios olhos e como um objeto aos olhos de outrem, estão
intimamente relacionadas e ambas assumem um aspecto, de certa forma, compulsório.

Os trabalhos de Dinâmica de Grupo criam espaços que dão oportunidades únicas de acelerar o autodesenvolvimento, por oferecerem
a cerne de qualquer processo educativo “ aprender a aprender”. Aprender a relacionar-se é o fundamento existencial mais
importante para alcançar um ajustamento real e um rendimento efetivo da própria ação. Esses espaços promovem o feedback ( 2 ), a
comunicação, a uma pessoa ou grupo no sentido de fornecer-lhe informações sobre como sua atuação está afetando outras pessoas;
chance ímpar de ver-se espelhada de múltiplas formas. Autenticidade, maturação e responsabilidade pelos próprios atos e
individuação tornam-se decorrências naturais, nesse processo. A Dinâmica de Grupo é praticada como métodos e técnicas ativas que
aclaram aquilo que é vivido por adultos, crianças e idosos. Pode ser experienciada por casais ou grupos com qualquer composição.
Todas essas vertentes deságuam na articulação amor e poder. Amor e poder são estados ou processos de ser. Recordemos com Rollo
May: “Não existe amor sem poder”. Vale dizer que o amor e poder estão interligados. Prova-se, sobretudo, pelo fato de que, em
primeiro lugar, a pessoa deve ter poder, dentro de si, para ser capaz de amar. Uma pessoa deve ter algo a dar, a fim de não ser
completamente dominada ou absorvida, como uma nulidade. A auto-afirmação ( poder ) e ternura ( amor ), nas relações, são
complementares e não opostas.

Dois terços da comunicação é não-verbal. Apesar da ênfase que damos à palavra, o suporte das expressões corporais, gestos, tom de
voz, são decisivos. Hoje, tanto leigo interessado quanto o estudioso requintado preocupam-se, ambos, com a comunicação.
“ O mau uso da linguagem não é somente desagradável em si, mas mal realmente daninho para a alma”. ( Platão ).

Aprimoramento da comunicação é outro benefício conferido pela Dinâmica de Grupo. Freqüentemente, o diálogo é comprometido
com grande carga de projeções ( 3 ) e deformado pelos mecanismos da transferência ( 4 ). A vivência nos processos de grupos de
crescimento, em última instância, mostra-nos se estamos só amando e odiando a nós mesmos. Ajuda-nos a fazer
abeações ( 5 ) que expulsam nossos fantasmas.

“O encontro existencial é o encontro das essências; do potencial das pessoas, daquilo que é eterno e que transcende as três
dimensões do tempo; é um encontro acima do pensamento categorial que classifica as pessoas em boas e ruins ou os seus atos em
certos ou errados; é um encontro que se dá quando os membros do grupo superam os seus próprios estereótipos” ( Jacob Moreno ).
Promove-se, assim, o encontro que consiste em “captar o ser de outra pessoa”, no dizer de Rollo May. Então, acontece uma coisa
maravilhosa: as máscaras da persona ( 6 ) desaparecem e os self ( 7 ) individuais se fundem numa fusão de self’s.

Como a psicologia ajuda-nos a viver melhor, e que seja mais feliz, eficaz e significativa? É a função essencial da terapia promover
uma nova aprendizagem, a aprendizagem do encontro acima das diferenças e das barreiras da transferência e viver-se no aqui e
agora. A dimensão do “ hic et nunc” constitui o paradigma em relação ao qual podemos avaliar a capacidade de se viver maneira
sadia e feliz. Porque produzir coisas, viver para coisas e trocar coisas, não é o sentido fundamental da vida. O sentido da vida é que
ela deve ser vivida e não comercializada, conceituada e restrita a um modelo de sistemas. Compreender a base da existência é
possível quando a pessoa desenvolve, sistematicamente, incessantemente, o seu próprio centro, seu eixo, seu self. Ser alguém é
muito mais uma questão de ser do que de ter.

( 1 ) Gestalt - configuração, forma; uma unidade de experiência.


( 2 ) Feedback - termo da eletrônica, significando retroalimentação, é um processo de ajuda para mudança de comportamento.
( 3 ) Projeção - operação pela qual o sujeito expulsa de si e localiza no outro, pessoa ou coisa, qualidades, sentimentos, desejos, que
ele desconhece ou recusa em si.
( 4 ) Transferência - processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre uma pessoa. Trata-se de uma repetição de
protótipos infantis que são vividos, atualizados.
( 5 ) Abreação ( ab-reação ) - descarga emocional pela qual o sujeito se libera de sentimentos aderidos à lembrança de um
acontecimento traumático. Catarsis.
( 6 ) Persona - máscara que simula a individualidade, tanto para os outros como para si mesmo dos papéis representados (Jung,
1923).
( 7 ) Self - eu mesmo ( Junt ).
1 - DESENHO LIVRE EM GRUPO - Primeiro Momento

1. OBJETIVO: Diagnosticar através de atividade lúdica o nível de cooperação, entrosamento e aceitação do grupo, a fim de que
ao final do treinamento se possa fazer comparações e dimensões do crescimento grupal.

2. DINÂMICA: O coordenador divide a turma em subgrupos de 4 pessoas cada. Cada subgrupo irá fazer um desenho livre, numa
folha de papel manilha que estará fixada na parede, utilizando os recursos que estarão disponíveis na sala.

RECURSOS: Papel manilha, lápis cera, guache/ pincel, pincel atômico, canetas hidrocor, cola, revistas, tesouras.

3. TEMPO: 2’ instrução / 13’ desenho / 5’ reflexão


Total: 20’
4. MÚSICA: a escolher

REFLEXÃO: Como se sentiram ao fazer esta tarefa?


Como perceberam o resultado da tarefa?
Como gostariam que tivesse sido?

2 - COSME E DAMIÃO

1. OBJETIVO: Criar oportunidade para que os participantes do grupo se tornem conhecidos, através de sua apresentação e
percepção, visando proporcionar entrosamento inicial entre os mesmos.

2. DINÂMICA: O coordenador solicita aos participantes que se dividam em duplas, de preferência com pessoas que não se
conhecem ou que pouco se conhecem. Durante 10 minutos, as duplas, simultaneamente, deverão fazer um trabalho de conhecimento
mútuo pesquisando características pessoais de cada um. Após este período, deverão formar um círculo, cabendo a cada um
apresentar o colega da dupla aos demais participantes. Aquele que está sendo apresentado não poderá intervir na sua apresentação,
aguardando seu pronunciamento para o final do exercício.

3. TEMPO: 5’ instrução / 10’ entrevistas / 30’ apresentações / 10’ reflexões

Total: 55’

REFLEXÃO: Como se sentiram ao falar sobre vocês mesmos, ao ouvir o colega e ao apresentá-lo?

Como foi essa experiência de conhecimento?

3 - IDENTIDADE

1. OBJETIVO: Propiciar a cada participante a oportunidade de entrar em contato com a sua identidade pessoal, através das
origens de seu nome, legitimando cada um no grupo, bem como estimular a aproximação entre os participantes.
2. DINÂMICA: Distribuir a cada participante um crachá e uma cópia do Dicionário de Nomes. Pedir a cada membro do grupo que
escolha uma pessoa que quer identificar. Para que não haja repetição de nomes, o coordenador deverá checar previamente, os
mesmos com cada membro, através de uma lista com o nome de todos os participantes. No verso do crachá, deverão anotar o
significado do nome escolhido, que será pesquisado no Dicionário de Nomes. Os participantes poderão também acrescentar
expressões gráficas em torno do nome da pessoa escolhida. Após essa tarefa, os participantes, em círculo, deverão entregar o
crachá à pessoa escolhida, lendo o significado do nome e dizendo do sentimento que teve ao confeccioná-lo.

3. RECURSOS: Crachás ( Cartolina 10 x 8 cm ), Dicionários de Nomes, alfinetes, pincéis atômicos, lista com o nome dos
participantes.

4. TEMPO: 5’ instrução / 10’ escolha e checagem dos nomes / 15’ confecção do crachá e pesquisa do significado dos nomes / 20’
entrega dos crachás / 15’ reflexão

Total: 65’

5. MÚSICA: Tempo Rei

REFLEXÃO: Como perceberam a vivência do exercício?

Que influências o nome tem em nossas vidas? Que efeitos têm sobre a percepção de nós mesmos e nosso
comportamento?

4 - LEVANTAMENTO DE EXPECTATIVA

1. OBJETIVO: Levantar as expectativas positivas e negativas dos participantes em relação ao curso, adequando-as aos objetivos
e programa do mesmo e esclarecendo dúvidas.

2. DINÂMICA: Mostrar ao grupo, através de estimulações e palavras, que quando iniciamos um processo de trabalho novo,
sempre imaginamos coisas positivas que esperamos que aconteçam e negativas que não gostaríamos que acontecessem.
Distribuir a cada participante uma folha de papel ofício, solicitando a cada um que manifeste, através de expressão gráfica,
sua (s) expectativa (s) positiva (s), colocando o seu nome. Distribuir outra folha em branco, afim de que os participantes
desenhem sua (s) expectativa (s) negativa (s), colocando também seu nome. Abrir um círculo e solicitar a cada membro que
coloque sua folha de expectativa positiva, no chão, à sua frente, falando sobre a mesma e como se comprometerá para que ela se
concretize no grupo. Após todos os membros se posicionares, far-se-á uma nova rodada onde os mesmos falarão sobre suas
expectativas negativas e como irão se comprometer para evitá-las. Posteriormente, os próprios participantes irão colar os
desenhos das expectativas positivas em uma parede e as negativas em outra.

3. RECURSOS: Papel ofício, lápis cera, fita adesiva

4. TEMPO: 5’ instrução e distribuição de material / 5’ desenhos das expectativas + e - / 20’ apresentação das expectativas + / 20’
apresentação das expectativas - / 5’ colagem

Total: 55’

5. MÚSICA: Eterno Começo


REFLEXÃO: Levar os participantes do grupo a se posicionarem em relação aos seus meios, anseios e esperanças, frente a uma
atividade que está se iniciando. Cada um é responsável por fazer acontecer o positivo e evitar o negativo.

5 - COMUNICAÇÃO E REPRESENTAÇÕES MENTAIS

1. OBJETIVO: Levar os participantes do grupo a vivenciarem as diferenças individuais, através de interpretação de uma história
narrada com dados indefinidos, a fim de que percebam as diferentes formas de imagem mental que temos e sua influência no
processo de comunicação.

2. DINÂMICA: Contar a seguinte história para o grupo:

“Uma moça interessante estava esperando alguém. Trajava uma linda roupa. começou a olhar para o relógio a cada segundo que
passava e sempre numa mesma direção. Até que finalmente a pessoa que esperava chegou e ela foi tomada de grande emoção.”

Depois perguntar: De que cor era o vestido da moça?


Qual era os eu tipo físico?
Quem ela esperava?
Aonde ela estava?
Em que direção ela olhava?
Qual a emoção que ela sentiu?

Neste momento, o coordenador reflete com o grupo, sobre as representações mentais e suas influências. Em seguida solicita a
um membro do grupo que reelabore a história com um mínimo de interferência possível ou seja, apresentado dados mais
definidos. O próprio grupo dará o retorno da eficácia dessa comunicação.

3. TEMPO: 5’ leitura da história e perguntas / 5’ reflexão / 10’ reelaboração da história e feedback

Total: 20’

REFLEXÃO: As expressões indefinidas que usamos interferem em nossa comunicação, pois existe em cada um de nós uma carga
de representação mental adquirida ao longo de nossas vidas, ou seja, pensamentos, idéias, valores, sentimentos que temos a cerca de
tudo que conhecemos. E esse mapa representacional pode deturpar a mensagem recebida. Como vimos, a mesma história que foi
ouvida por todos, teve diferentes representações mentais. Como podemos então, minimizar a força dessas representações mentais
em nossas comunicações?

6 - QUEM É VOCÊ? O QUE VOCÊ PRECISA?

1. OBJETIVO: Reconhecer as diferenças individuais, a importância do outro e o respeito em relação aos seus limites.

Desenvolver a habilidade de pedir ajuda e de ajudar o outro, constatando ser este um fato simples e humano.

Favorecer o espírito de cooperação aprofundar o conhecimento mútuo e o crescimento grupal.


2. DINÂMICA: Os participantes estarão sentados formando um círculo. O coordenador deverá indicar um membro do grupo para
iniciar o processo. Este permanecerá sentado no próprio círculo, porém em estado de berlinda, durante um minuto, onde
procurará responder às perguntas: “Quem é você? e O que você precisa?”. O coordenador solicitará a algumas pessoas para
fazerem a primeira pergunta e após 30 segundos, através de um sinal ( palma ), solicitará a outros membros do grupo que façam
a segunda pergunta à pessoas que está em berlinda. Após este tempo o coordenador indicará outra pessoa para ficar no estado de
berlinda, seguindo o mesmo procedimento anterior e assim sucessivamente, até que todos passem pelo processo.

3. TEMPO: 5’ instrução / 20’ perguntas e respostas / 20’ reflexão

Total: 45’

REFLEXÃO: Como se sentiram ao falar sobre si mesmos e do que precisam?

Quais as dificuldades de se pedir ajuda e de ajudar?


Quais os benefícios de uma relação de ajuda?
Trabalhar a questão da individualidade e seus limites X e o relacionamento de ajuda.

7 - AUTO E HETERO PERCEPÇÃO

1. OBJETIVO: Estimular o receber e dar feed-back entre os participantes, como ponto de partida para o auto e o hetero
conhecimento, desenvolvendo uma melhor qualidade das relações interpessoais do grupo.

2. DINÂMICA: Fazer uma introdução, explicando que existem várias formas, meios, que favorecem o autoconhecimento e o
conhecimento sobre as outras pessoas. Estimular os participantes e falarem sobre esses meios.

Após uma breve reflexão sobre o assunto, o coordenador explica que o grupo fará um exercício, que visa exatamente propiciar
oportunidades para o auto e o hetero conhecimento.

Em seguida divide o grupo em 4 subgrupos de 5 pessoas cada e distribui a folha do exercício de “Auto e hetero percepção” ( em
anexo ), dando as seguintes instruções:

Cada pessoa irá escrever algumas características sobre si mesmo, preenchendo a coluna “Como eu me vejo”. Em seguida irá
escrever os nomes dos outros quatro membros do subgrupo, na coluna “Como eu vejo o outro”, preenchendo os dados solicitados
sobre cada um deles.

Após o término desta tarefa, o coordenador pede que cada membro do subgrupo 1 leia e explique as caraterísticas que escreveu
sobre uma determinada pessoa deste subgrupo e no final, esta pessoa lê o que escreveu sobre si mesma. E assim sucessivamente
até que todos tenham lido as caraterísticas de todos os membros do subgrupo. Depois o coordenador solicita que o subgrupo 2
realize a mesma tarefa que o anterior. E assim procede até que todos os subgrupos tenham passado pelo processo.

3. RECURSOS: Cópias xerox da folha “Auto e hetero percepção”, lápis e filme: “A janela de Johari”.

4. TEMPO: 10’ introdução / 5’ instrução / 10’ exercício dos subgrupos / 100’ leitura das caraterísticas de cada membro / 20’
depoimentos / 5’ exposição sobre feed-back / 10’ filme / 15’ conclusões
Total: 175’

5. MÚSICA: Trem Azul

6. REFLEXÃO: Como se sentiram ao dar e ao receber essas percepções?

Como está a percepção do grupo em relação à vocês? Acertariam muito ou pouco? Dê um percentual de acerto
do grupo, em relação às percepções que eles têm de você.

Após esses depoimentos, o coordenador introduz o termo Feed-Back, explicando seu significado, sua importância e sua influência
no processo de comunicação, no crescimento pessoal de cada um e no inter-relacionamento grupal. Depois dessa exposição exibe o
filme: “A janela de Johari”. Após a exibição, o coordenador esclarece através do desenho da janela, algumas expressões, que no
filme aparecem em inglês, e estimula os participantes a falarem do que perceberam do filme, da correlação deste exercício que
fizeram de percepção, tirando conclusões sobre o tema.

AUTO E HETERO PERCEPÇÃO

PARTICIPANTES - CARACTERÍSTICAS COMO EU ME VEJO COMO EU VEJO O OUTRO


1- 2- 3- 4-
3 A 4 PALAVRAS
ANIMAL
PLANTA E/ OU FLOR
ALIMENTO ( COMIDA OU BEBIDA )

8 - OLHOS NOS OLHOS

1. OBJETIVO: Levar os membros do grupo a perceberem a força da comunicação através do olhar e a sentirem toda a
emoção emanada do outro, a fim de que se solidifiquem ainda mais a relação e o encontro entre os mesmos.

2. DINÂMICA: Os membros do grupo deverão formar dois círculos, um dentro e outro fora, de modo a ficarem de frente uns
para os outros. As pessoas do círculo de dentro deverão dar as mãos para as pessoas do círculo de fora. As pessoas que estão de
mãos dadas deverão se olhar, olhos nos olhos, por um certo período. Quando o coordenador der um sinal ( palmas ), todos devem
soltar as mãos e o círculo de dentro deverá girar para direta, dando um passo, de modo que cada membro fique de frente de outra
pessoa. Irão se dar as mãos e se olharem assim sucessivamente, até que todos tenham se olhado.

3. TEMPO: 20’

4. MÚSICA: Se eu quiser falar com Deus / Merecimento / Luzes da Ribalta / Fascinação.

5. REFLEXÃO: Estimular o grupo a dar seus depoimentos sobre a experiência.

Mencionar as dificuldades de se olhar o outro nos olhos e o que deixamos de ganhar com isso.

Refletir sobre a profundidade do olhar - janela da alma.


9 - AQUECIMENTO

1. OBJETIVO: Resgatar as vivências e emoções experimentadas no dia anterior, visando estimular e aquecer os membros do
grupo para participarem das atividades do dia.

2. DINÂMICA: Entregar a cada membro do grupo um retângulo de cartolina e pincel atômico. Estimular os membros do
grupo para que registrem frases com mensagens tomando como base os sentimentos vivenciados e experienciados no dia anterior.
Solicitar aos participantes que leiam suas mensagens e preguem as mesmas na parede.

1. RECURSOS: Retângulo de cartolina ( 30 x 5 cm ), pincel atômico, fita durex.

2. TEMPO: 20’

3. MÚSICA: Paula caminha / Andar com fé

4. REFLEXÃO: Momento de retorno e predisposição a iniciar o novo dia.

10 - CEGOS E MUDOS

1. OBJETIVO: Levar os participantes do grupo se auto perceberem em momentos de limitação, a fim de serem analisados os
aspectos de confiança, controle, cooperação e integração grupal.

2. DINÂMICA: 1º Momento

Dividir a turma ao meio, metade ficando de olhos vendados, portanto, fazendo papéis de cegos e a outra metade sendo os guias.
Os cegos podem falar. Os guias são mudos. Deverá ser escolhido um guia para cada cego, sendo esta escolha totalmente
aleatória.
Após ter vendado os olhos dos membros que farão o papel de cegos, o coordenador e o monitor irão fazer um arranjo na sala,
colocando obstáculos com cadeiras, flipe chart, etc. e espalhando estímulos no ambiente. Durante 20 minutos, os cegos e os guias
deverão caminhar pela sala e explorar os estímulos existentes. Terminado o prazo, os participantes se sentarão em círculo. Os cegos
ainda estarão com as vendas nos olhos. O coordenador, então faz as seguintes perguntas para os cegos:
Vocês sabem quem foram os seus guias?
Como se sentiram e como estão se sentindo como cegos?
Como foi a experiência? Tiveram sensações? Quais?
E o que sentiram em relação ao guia?
Aceitaram a ajuda do guia?
Depois pergunta para os guias:
Como foi a experiência de ser guia e ao mesmo tempo mudo?
O que sentiram em relação ao cego?
Após esses depoimentos, os cegos irão retirar as vendas.
2º Momento
Fazer a inversão dos papéis, ou seja, os guias serão os cegos. Formar novos pares, de modo que não haja repetição, em relação
aos pares do 1º Momento. Limpar a sala retirando os estímulos e os obstáculos, colocando em seguida, o lanche que é servido no
intervalo, em pontos estratégicos da sala. Durante 20 minutos, os cegos e os guias deverão fazer o lanche, cabendo aos guias
ajudarem os cegos a se alimentarem. Terminado o prazo, os participantes se sentarão em círculo. Os cegos continuarão com os
olhos vendados e o coordenador fará as mesmas perguntas que fez no 1º Momento, para os cegos e os guias. No final, o
coordenador faz uma análise do processo e conclui a vivência abordando questões: O valor do encontro, da ajuda, da confiança,
da cooperação limitação e controle.
2/3 da nossa comunicação é visual e a visão é uma forma de controle.
Como agimos e sentimos quando este poder, este controle é retirado?
Denunciar o fato de pouco explorarmos o olfato, o tato e a audição em função da fala e da visão.

3. RECURSOS: 10 vendas para os olhos ( pano preto );

Estímulos: bombril, bucha, vidros com perfumes, vinagre, água sanitária, algodão, frutas, escovas, bolsa de água quente, bolsa
de água gelada, brinquedos, peruca, lixas, etc.

1. TEMPO: 5’ instrução / 1º Momento (20’ exercício / 20’ depoimentos)

2º Momento (20’ exercício / 20’ depoimentos / 20’ conclusões)


Total: 1h e 45’

2. MÚSICAS: Nova Estação / Amor / O Sal da Terra

11 – GV / GO

1. OBJETIVO: Levar os participantes a vivenciarem um processo de criação grupal, elaborando uma história através de
estimulação gráfica dada pelo instrutor ( gravura ), a fim de que sejam analisados as participações de cada um em termos de
cooperação, aceitação de idéias do outro, habilidades de comunicação, de resolução de conflitos e demais fenômenos de grupo
que emergirem.

2. DINÂMICA: 1º Momento:

Formar 2 subgrupos. Um subgrupo será o de verbalização e formará um círculo no centro da sala, o outro será de observação e
ficará ao redor do subgrupo de verbalização. Após a divisão do grupo, o coordenador distribui a folha de instruções ao subgrupo
de observação e lê as seguintes instruções de verbalização:

“Vou dar-lhes uma figura pouco estruturada. Ela existe desta forma. Vocês deverão construir a partir dela uma história com
princípio, meio e fim. A história será elaborada por todos os membros deste subgrupo, refletindo cada um de vocês. Vocês terão 30’
para desenvolverem o trabalho.”

Enquanto o subgrupo de verbalização realiza sua tarefa, cada observador deverá anotar os fenômenos enumerados na folha de
observação. Terminado o tempo, o coordenador solicita aos membros do subgrupo de observação que façam o relato de suas
anotações. Em seguida, os membros do subgrupo de verbalização darão os seus depoimentos sobre como se sentiram e perceberam
o processo de grupo.
2º Momento
Inverter a posição dos subgrupos. O de observação passará a ser o de verbalização e vice-versa. O coordenador dará as mesmas
instruções do 1º Momento, mostrando entretanto, uma figura diferente. Após os depoimentos dos dois subgrupos, o coordenador
reflete com os participantes as seguintes questões:
O que significa participar?
O que é cooperar? Quais as dificuldades e facilidades envolvidas na cooperação?
Como que cada pessoa pode contribuir para que um trabalho de grupo atinja uma qualidade ótima e propicie a satisfação de
todos?

3. RECURSOS: 2 gravuras; 20 cópias xerox da folha de observação; 10 canetas;

4. TEMPO: 5’ instrução / 30’ primeira história / 10’ feed - back dos observadores / 10’ depoimentos dos que
realizaram a história / 30’ segunda história / 10’ feed - back dos observadores / 10’ depoimentos dos que realizaram a segunda
história / 20’ reflexões e conclusões

Total: 2hs e 5’

FOLHA DE OBSERVAÇÃO

 Como foi desenvolvida a história?


 Quem mudou a história ou deu alternativas de mudança?
 Quais foram os meios usados para a alteração?
 Houve aceitação por parte dos membros do grupo ao ser alterado o rumo da história?
 Todos conseguiram integrar a idéia proposta?
 Quais os meios de persuasão usados para que o roteiro fosse alterado?
 Houve imposição? Desqualificação?
 Quanto tempo demoraram para direcionar a história?
 O grupo se mostrou mais dependente ou independente?
 Qual o nível de satisfação do grupo?
 Conseguiram chegar ao fim?

12 - QUADRADO DA AMIZADE

1. OBJETIVO: Promover a integração do grupo para formar uma consciência grupal, permitindo a intimidade, através da
aproximação física na busca de um objetivo comum.

2. DINÂMICA: Os participantes estarão assentados em carteiras formando um círculo, de forma que o centro fique vazio,
somente com o traçado do quadrado. O coordenador explica que todos os membros deverão procurar entrar dentro do quadrado,
de forma que nenhum pé fique fora do mesmo. Mobiliza as pessoas até que elas consigam cumprir a tarefa. Após cada tentativa,
solicita aos membros que voltem aos seus devidos lugares, dando-lhes nova instrução, como uma outra chance para o grupo, não
esquecendo de contar o número de pessoas que ficaram de fora do quadrado em cada uma das tentativas.

3. RECURSOS: Quadro traçado no chão, com fita adesiva ( 70 x 70 cm )

1. TEMPO: 20’ realização da tarefa / 20’ depoimentos e conclusões

Total: 40’

REFLEXÃO: Solicitar depoimentos e sentimentos dos participantes sobre a tarefa realizada. Conseguiram atingir o objetivo?
Dificuldades encontradas e soluções adotadas ( criatividade ).

13 - DESENHO LIVRE EM GRUPO - Segundo Momento

1. OBJETIVO: Dar aos participantes a oportunidade de vivenciarem o desenvolvimento grupal, através da repetição da primeira
tarefa do programa, visando comparar o nível de crescimento do grupo, em relação aos aspectos de cooperação, participação,
aceitação e entrosamento.

2. DINÂMICA: O coordenador divide a turma em subgrupos de 4 pessoas cada. Estes subgrupos deverão ser formados com as
mesmas pessoas que participaram do Desenho Livre - 1º Momento. Cada subgrupo fará um desenho livre numa folha de papel
manilha que estará fixada na parede, utilizando os recursos que estarão disponíveis na sala. Terminado o trabalho, o coordenador
solicita a cada subgrupo que apresente seu desenho aos demais participantes, colocando como se sentiram ( satisfeitos ou não ),
como trabalharam e o significado do desenho. Após esses depoimentos, o coordenador irá pregar o 1º desenho ao lado do 2º de
cada subgrupo e perguntará ao grupo:

Houve alterações do 1º para o 2º?


Se sim, o que provocou a mudança?
Qual foi a melhor? Porque?
De qual gostaram mais? Porque?

3. RECURSOS: Papel manilha; lápis cera; guache/ pincel; pincel atômico; canetas hidrocor; cola; revistas; tesouras.

4. TEMPO: 30’ desenho / 20’ depoimentos e conclusões

Total: 50’

5. MÚSICA: A escolher

14 - FILME: BOLERO DE RAVEL

1. OBJETIVO: Possibilitar percepções e conclusões sobre a sinergia grupal, através da tomada de consciência de que o resultado
eficaz num trabalho de grupo, depende da participação e cooperação de cada membro e pela forma de organização do grupo.
2. DINÂMICA: Exibição do filme.

3. RECURSOS: Televisão, Vídeo Cassete, Filme “Bolero de Ravel”

4. TEMPO: 30’

5. REFLEXÃO: Qual a relação entre o filme e o nosso trabalho?

Qual o sentimento de vocês diante do filme?


Em algum momento do grupo, você identificou uma emoção semelhante a que sentiu durante o filme?
Em sua opinião qual a mensagem do filme?
Conclusões sobre a sinergia grupal.

15 - ENERGIZAÇÃO

1. OBJETIVO: Possibilitar a energização do grupo, através de um relaxamento com envio de mensagens positivas referentes aos
aspectos de desenvolvimento interpessoal abordados durante o treinamento, visando um fechamento do processo vivenciado.

2. DINÂMICA: O coordenador solicita aos membros para deitarem-se no chão e fecharem os olhos. Em seguida inicia o
relaxamento corporal e psicológico, transmitindo mensagens positivas para todos os membros do grupo. Após o relaxamento, os
membros de pé e de mãos dadas farão um círculo e cada um deverá completar as frases:

Eu espero...

Eu desejo a vocês...
O coordenador, então deixa livre a palavra para aqueles que quiserem dar seus depoimentos sobre o treinamento.

3. TEMPO: 30’

PARES

Muitos dos experimentos descritos são feitos para você experienciá-los diante de outra pessoa. É muito importante manter
contato com os olhos de seu parceiro; não se confrontando, apenas se vendo. Se você quiser manter também algum tipo de
contato físico, isto geralmente aumentará o envolvimento e tornará mais provável que você aprenda algo sobre si mesmo e o seu
parceiro, bem como sobre a interação entre vocês. Cada experimento deveria ser seguido de pelo menos alguns minutos de
comentários e partilha de experiências descobertas ocorridas durante, o próprio experimento.

Se você fizer vários destes experimentos com a mesma pessoa, poderá aprofundar o seu relacionamento explorando e
reexplorando diferentes aspectos do seu experienciar, sempre com a mesma pessoa. Entretanto, você não estará sujeito a uma
amplitude, de experiências tão vastas como aconteceria se fizesse os mesmos experimentos com várias pessoas diferentes, e
perderá bastante com isso. Pessoas diferentes reagem de maneiras diferentes, e estas diferenças podem lhe ensinar algo. Além
disso você mesmo reagirá de forma distinta com várias pessoas, e se fizer os experimentos com uma pessoa, não poderá
descobrir aspectos seus que só emergem quando você encontra outro tipo de pessoa. Faça alguns destes experimentos com um
parceiro do mesmo sexo, e outros com parceiros do sexo oposto. Por outro lado, se você trocar sempre de parceiro não terá
tempo de desenvolver uma comunicação substancial com qualquer um deles. Tente fazer um certo número de experimentos com
uma só pessoa, e alguns com outras, para ter mais contato com a amplitude de possibilidades. No tocante a casais há uma
quantidade de experimentos para pares, que são particularmente úteis a casais ou outros pares que se conhecem há algum tempo,
e que mantêm um relacionamento contínuo. Entretanto, muitos destes experimentos podem ser usados por pessoas que não
formem casais.

“PARA MIM É ÓBVIO QUE EU IMAGINO QUE”

Sentem-se frente a frente e mantenham contato com os olhos... Agora quero que digam o que têm presente no momento em
momento. Comecem cada sentença com as palavras “ Para mim é óbvio que...” e complete a sentença com algo que você tenha
realmente presente neste instante. Pode ser a percepção de algo exterior, que pode ser mostrado e seu parceiro pode verificar, ou
pode ser uma experiência interior, particular do seu corpo, que é possível verificar. Ao fazer isto, assinale, quando você falar, o
que é uma fantasia — imaginando o que vai acontecer depois ou adivinhando o que seu parceiro está pensando, etc. — algo que
não seja realmente a consciência de uma realidade presente. Faça isto durante cinco minutos...

Agora quero que focalizem suas fantasias e adivinhações de momento. Comece cada sentença com as palavras “ Eu imagino
que...” e complete a sentença com alguma impressão ou palpite que lhe ocorra neste instante. Expresse o que está acontecendo
com você e que não é a consciência do presente. Faça isto durante cinco minutos...

Agora quero que você compare a sua experiência de expressar a sua consciência do momento com a sua experiência ao contar as
suas fantasias para o seu parceiro. Como você se sentiu ao fazer isto e o que você percebeu? Qual das duas foi mais fácil para
você? A qual das duas você dedicou mais tempo — à fantasia ou à realidade do momento? Compartilhe as suas experiências
durante os próximos cinco minutos...

Agora quero que você associe fantasia com realidade. Quero que faça primeiro uma observação que comece com as palavras “
Para mim é óbvio que ...” e então, imediatamente após, prossiga com uma impressão baseada nesta observação. Por exemplo
“ Para mim é óbvio que suas mãos estejam fortemente cruzadas sobre o peito, e imagino que você esteja nervoso e na
defensiva”. Dedique cinco minutos para associar a sua percepção e as suas fantasias...

Agora discuta o que você presentificou ao fazer isto, e o que você observou a respeito de si mesmo e do parceiro.

Este é um experimento muito importante e básico para você. Esta faculdade de discenir entre a percepção e a fantasia, e depois
juntá-las num mesmo momento, é fundamental para todos os outros experimentos deste livro. Faça este experimento sempre que
tiver alguns minutos livres.

CONVERSA COM AS COSTAS

Faça par com alguém que tenha mais ou menos a mesma altura e o mesmo peso que você. Sentem-se de costas um para o
outro... Feche os olhos e imagine que você contata silenciosamente com o parceiro, com as costas. A princípio fique sentado,
quieto e tenha presenta apenas a sensação física de seu corpo... Agora centralize a sua consciência em suas costas, e deixe que
elas se movam um pouco; interaja com o parceiro como se estivesse tendo ma conversa silenciosa. Este experimento pode
parecer bobo, mas se você fizer dele apenas um “ Jogo bobo” perderá a possibilidade de descobrir algo sobre o parceiro... Como
são as costas dele e como se movem?... Como você se sente ao fazer isto?... Explore alguma outra possibilidade de se mover
com seu parceiro. Continue a interagir com suas costas e, gradualmente, traga a cabeça, os braços e as mãos para esta
intereção... Deixe este movimento fluir numa dança que exprima o que está acontecendo entre vocês...

Agora, silenciosa e lentamente, diga adeus com seu corpo, e curve-se levemente para a frente... Pare para observar o que acabou
de experienciar, e entre em contato com o que sente, agora que está sozinho novamente... Agora vire-se e fique de frente para o
parceiro, e compartilhe o que experienciou nesta conversa com as costas...

EU SOU - EU REPRESENTO

Sentem-se frente a frente, e mantenham contato com os olhos. Quero que a pessoa mais baixa passe cerca de três minutos
descrevendo a si mesma em termos de suas característicass mais proeminentes. Comece cada sentença com as palavras “ Eu
sou...” e faça uma longa lista de suas características, enquanto seu parceiro ouve em silêncio...

Agora invertam, de modo que a pessoa mais alta se descreva por três minutos, enquanto a mais baixa ouve em silêncio...

Agora quero que a pessoa mais baixa repita todas as coisas que disse sobre si mesma, mas em vez de dizer “ Eu sou” diga
“ Eu represento” ou “ Eu finjo”. Depois de cada sentença, pare para absorver o que acabou de dizer, e como se sentiu ao dizê-lo.
Até que ponto isto é realmente uma descrição do que você representa ou finje, ou daquilo que você é? Então repita a sentença e
acrescente qualquer palavra que lhe surjam em seguida. Quando terminar, o parceiro fará a mesma coisa...

Agora dediquem alguns minutos para compartilhar a experiência.

ILHA DESERTA

Faça par com alguma pessoa que você gostaria de conhecer melhor, e sente-se silenciosamente em frente a ela... Durante algum
tempo olhe realmente para o seu parceiro... Observe todos os detalhes da sua face... Conscientize-se dos seus olhos... nariz...
boca... queixo... mandíbula... bochechas... orelhas... cabelo... testa... e retorne aos olhos...

Agora feche os olhos e leve esta pessoa com você, como se fosse uma imagem... Olhe para a sua imagem da pessoa... Até que
ponto ela é completa?... Observe os pontos onde não está clara... Agora abra os olhos novamente, e olhe para as partes do rosto
do parceiro que não estavam claras na sua imagem... Olhe realmente para elas, de forma que possa completar a imagem...

Agora feche os olhos e leve de novo esta pessoa com você, como uma imagem... Olhe para a sua imagem da pessoa... Dirijam-se
juntos para uma ilha deserta. Vocês dois estão sozinhos nesta ilha deserta... Olhe em volta e veja como é estar aí... Como é a
ilha?... Como estão o mar e o tempo?... Como se sente estando nesta ilha?... O que você faz lá?...O que seu parceiro faz?...
Como vocês interagem e o que acontece com vocês?... Continue a experiência por alguns minutos, e veja como se desenvolve...

Agora apronte-se para deixar a ilha deserta... Há algo que você queira fazer antes de sair?... Faça o que quiser... Agora dê uma
última olhada para a ilha... Diga adeus a ela... Volte à sua existência nesta sala, sente-se silenciosamente por algum tempo e
absorva a experiência... Dentro de um minuto lhes pedirei que abram os olhos e voltem ao parceiro. Mantenham contato com os
olhos e relatem suas experiências em suas ilhas desertas, na primeira pessoa e no presente, como se estivessem acontecendo
agora...

BOM MENINO - MAU MENINO


Faça par com alguém que você gostaria de conhecer melhor... e rapidamente decidam quem é A e quem é B...

Agora quero que A seja uma garota ou um rapaz ruim e que B seja uma garota ou um rapaz bonzinho, e que conversem entre si.
Contem a respeito de si mesmos: como você é, e que coisas específicas faz. Por exemplo: “ Eu sou uma boa menina, sempre
limpo a lama dos meus sapatos antes de entrar em casa, e nunca fico zangada. Eu nunca faço coisas horríveis que você faz ”. Ao
continuar a conversa tenha presente a sua voz e a do parceiro: estejam particularmente conscientes do tom de voz, hesitações,
volume, expressividade, etc... Conversem durante cinco minutos...

Agora invertam. A é a garota ou rapaz bonzinho e B é a garota ou o rapaz ruim. Tenham mais uma conversa de cinco minutos...

Agora absorva silenciosamente as suas experiências. Como se sentiu em cada um dos papéis?... Em que papel se sentiu mais à
vontade?... Que tipo de coisas você disse em cada papel?... Como interagiu com o papel oposto desempenhado pelo parceiro?...
Você descobriu algo sobre si mesmo ao desempenhar estes papéis?... Pense nestas mesmas perguntas aplicadas ao parceiro... O
que você mais percebeu nas expressões dele?... Agora contem um ao outro as suas experiências e impressões...

( Existem muitas outras polaridades, ou conjuntos de opostos, que podem ser produtivamente experienciadas da mesma maneira:
pai-filho, branco-preto, confortaodr-desamparado, professor-aluno, patrão-empregado, marido-esposa, forte-fraco, emotivo- não
- emotivo, senhor-escravo, são-louco, honesto-desonesto, etc. Isto pode ser feito também com vendas nos olhos, de modo a
observar melhor o tom de voz, etc. Algumas pessoas expressam muito mais quando vendadas, outras menos ).

PROFESSOR - ALUNO

Feche os olhos e pense em um de seus alunos. ( Se você é estudante, pense em um de seus professores). Escolha um estudante e
visualize-o claramente. Agora quero que você se torne seu estudante, e fale alto, como se estivesse falando com seu professor.
Fale sobre si mesmo, como estudante. Diga como você é, como é a sua vida, o que você faz e como se sente em relação ao
professor, etc. Quero que o seu parceiro apenas ouça o que você diz. Ouça tando com seu corpo quanto com sua mente, e
observe como reage, ao que o “estudante” diz... Faça isto durante quatro minutos...

Agora invertam, de forma que aquele que estava escutando se torne o estudante falando com o professor a respeito de sua vida,
sentimentos e como se relaciona com ele, enquanto o parceiro apenas ouve. Faça isto durante cerca de quatro minutos...

Agora dedique alguns minutos para compartilhar o que percebeu de seus sentimentos e impressões a respeito do “estudante” do
seu parceiro. O que você percebeu sobre as experiências e respostas do seu próprio “estudante” neste experimento?... Até onde
tratam-se de seus próprios sentimentos e experiências?...

( Isto pode ser feito com qualquer outro par: marido-esposa, patrão-empregado, pai-filho, assistente social-cliente, etc. ).

EMPURRAR SIM - NÃO

Faça par com alguém do seu tamanho e da sua força ( ou alguém com quem você sente algum antagonismo ou rivalidade ).
Fiquem de pé, frente a frente, e coloquem suas mãos contra as do parceiro sem entrelaçar os dedos. Daqui a pouco lhes pedirei
para se olharem nos olhos e começarem a empurrar com as mãos. Quero que um grite “Sim! Sim! Sim!” e que o outro grite
“Não! Não! Não!”... Quando você começar a gritar, empurre o mais forte que puder... Depois de ter feito isto durante um
minuto, troque as palavras e continue a empurrar por mais um minuto... Alguma pergunta?... Podem começar...
Agora parem. Gostaria que você refletisse silenciosamente sobre isto, e se conscientizasse se você empurra mais forte ao gritar
“Sim” ou a gritar “Não”, ou se você empurra da mesma forma com ambas as palavras... Você realmente empurrou o mais forte
que podia, ou se conteve para proteger a outra pessoa, para impedí-la de “perder”?... Você observou alguma diferença nos
esforços do parceiro nas duas palavras?... Se você observou alguma diferença em você pense se isto tem algum significado em
sua vida. Por exemplo, se você empurrou mais forte ao dizer “Não” isto poderia significar que a maioria de seus esforços estão
em oposição a algo, em vez de ser a afirmação de alguma coisa. Dedique alguns minutos para compartilhar a experiência com o
parceiro, e discutam isto...

Fique novamente em pé, em frente ao parceiro e coloque a palma da sua mão na dele, sem entrelaçar os dedos. Dentro de um
minuto lhes pedirei que se olhem nos olhos e comecem a empurrar. Ao fazer isto, quero que você se conscientize de como se
sente, e grite palavras ou sentenças curtas com cada empurrão ou respirada que der. Use quaisquer palavras que quiser, e
expresse o que se faz presente no momento. Empurre o mais forte que puder durante alguns minutos...

Muito bem, agora descanse em silêncio e fique com a sua experiência dos últimos minutos... O que você experienciou ao
empurrar o parceiro?... Agora compartilhe suas experiências com ele durante algum tempo...

OUTRAS POSSIBILIDADES

O que se segue são breves sugestões para viagens de fantasia, que você pode desenvolver e experienciar por conta própria por
meio de identificação e diálogo. Se você apenas “viajar”, e só pensa sobre a sua fantasia, ou a analisa, será perda de tempo. Uma
fantasia só é útil se você tem a presente enquanto a experiência, e a assume como parte de você mesmo.

Volte a um ano anterior de sua vida: um ano que surja na sua mente de maneira fácil; experiencie o que significa para você estar
de novo nesta idade. Depois de ter realmente se envolvido nisto, construa um diálogo entre você naquela idade e você na sua
idade atual. O que você obtém ao estar nesta idade mais jovem?

Reexperiencie a sua recordação anterior com mais detalhes. Agora, nesta idade, você tem alguma lembrança de acontecimentos
anteriores? Se assim for reviva-os e descubra o que você investiu neles.

Você está limpando um sótão ou uma dispensa não usada, cheia de coisas velhas, em alguma casa na qual você já viveu,
redescobrindo coisas velhas que um dia já foram importantes para você. Encontre um velho álbum de fotografias e olhe as fotos.
Envolva-se.

Volte à sua infância; há algo faltando em sua vida agora, algo que você deixou na sua infância. Volte, descubra, encontre esta
coisa. Veja se pode incorporá-la à sua vida no presente.

Você está sentado, quieto, na margem de um rio. Tenha presente fatos que ocorrem e o que o rio lhe traz.

Você está num vale. Descubra o que é o vale e o que lá ocorre. Então olhe para cima e veja algo ao longo, movendo-se em sua
direção. Descubra-o à medida que se aproxima de você, e se encontrem.

Você está num quarto opaco, e atrás da fumaça há algo muito importante para você. Enquanto a fumaça lentamente se esvai,
você poderá ver o que é esta coisa; então descubra-a.
Você está olhando para uma tela branca e alguma representação dos seus sentimentos internos aparece na tela. Envolva-se, e
torne-se isto.

Sua mente é como um grande baú, com uma porção de pequenos compartimentos. Imagine que você levanta a tampa e olha
dentro. Que coisa e fatos você encontra?...

É uma noite escura e você está fugindo de algo ou de alguém. Descubra o que está perseguindo você, e então vire-se e encare
esta coisa, através de interação, diálogo e identificação.

Você acaba de ter um pouso de emergência num outro planeta. Explore este novo planeta e descubra-o. Encontre-se com um
nativo. Torne-se este nativo.

Você está numa chapeleira de um teatro ou de uma ópera. Olhe as roupas e acessórios e escolha algo para vestir. Assuma para si
um novo nome e identidade, e explore esta nova existência. O que ela faz por você, e oque você evita?

Você está num longo corredor que termina numa porta trancada. Ache a chave desta porta e abra-a. Descubra o que está atrás
dela, e torne-se aquilo que desobrir.

Você e sua família estão fazendo um pequinique no campo. Imagine que cada pessoa se transforma num tipo de animal, você
também. Descubra como se relacionam.

Imagine um animal macho e uma fêmea. Ponha ambos numa clareira e observe-os ao se encontrarem. Identifique-se com cada
um enquanto interagem.

Pense em alguém que você odeia e imagine que ambos, ele e você, se transformam em animais. Descubra como interagem entre
si e o que podem aprender um do outro.

Invente um animal no qual você gostaria de se transformar, e então torne-se este animal, e explore a sua existência. Em que você
é peculiar?

A PROCURA - HIERARQUIA DE VALORES

Hierarquize em ordem decrescente os valores abaixo, dando o número 1 para o mais importante. Depois discuta a hierarquização
com seus companheiros de grupo até conseguirem um resultado aceitável e satisfatório para todos.

- Depois reunir os subgrupos em plenário, e solicitar o depoimento do que aconteceu em cada grupo e com cada um em termos
de sentimentos, etc.

Objetivo: Auto e hetero conhecimento - verificar a facilidade e/ ou dificuldade de consenso.

EU VALORES GRUPO
— AMOR —
— AUTO-REALIZAÇÃO —
— PODER —
— AUTONOMIA —
— DINHEIRO —
— DEVER —
— PRESTÍGIO —
— SEGURANÇA —
— PRAZER —
— COMPETÊNCIA —

MUDANÇAS EM MIM E NO GRUPO

1. Se eu pudesse mudar uma coisa em mim seria

2. Se eu pudesse mudar mais uma coisa em mim seria

3. Se eu pudesse mudar uma coisa no grupo seria

4. Se eu pudesse mudar outra coisa no grupo seria

16 - DESENHO EM GRUPO - PASSA - PASSA

1. OBJETIVO: Evidenciar de forma simbólica as dificuldades e facilidades emocionais e funcionais de se trabalhar em grupo.

2. DINÂMICA: O coordenador distribui uma folha de papel a cada pessoa e material para desenhar. Pede ao grupo que inicie um
desenho com o tema que desejar. Depois de alguns minutos dizer que o desenho deve ser interrompido e a folha de papel deve
ser enviada à pessoa que estiver a direita. Quando o sujeito receber a folha de seu colega de grupo deve continuar o desenho
como julgar mais conveniente. Continuar, trocando a folha ao sinal do coordenador até que a folha pesssoal tenha retornado às
mãos do participante do grupo.

3. RECURSOS: Papel ofício / Caneta hidrocor / Lápis cera

4. TEMPO: 5’ instrução / 20’ desenho / 10’ reflexão

Total: 35’

5. MÚSICA: A escolher

17 - UM NEGÓCIO INACABADO COM VOCÊ

1. OBJETIVO: Fechar gestaltes e abrir novas e mais saudáveis. É uma analogia da tarefa percentual ou cognitiva. Resolver
ressentimentos.

2. DINÂMICA: Solicita-se aos participantes identificar ( pensando ) um negócio inacabado ( sentmentos não resolvidos ). Com
alguém do grupo. Elas são instruídas para não divulgar “o négocio”, mas imaginar ( projetar ) como os outros reagiriam ao
conhecê-lo. Solicita-se então que se fale da projeção disso em termos de “possível” ( projeção ) reação do outro frente ao nosso
negócio inacabado.
Variar como por exemplo: “eu tenho um segredo”.

O coordenador solicita que se pense sobre o “ negócio inacabado”. O coordenador convida aos membros do grupo que falem
olhando para uma determinada pessoa do grupo sobre sua possível reação ( projeção ).

3. VARIAÇÃO:

CADEIRA VAZIA

Quero que você imagine que está à procura de algo que é muito importante para você... Você pode ter alguma idéia do que é que
está procurando, ou pode não ter idéia alguma. Você sabe, entretanto, que aquilo que está procurando é muito importante e que a
sua vida ficará de certa forma incompleta enquanto você não o encontrar. Onde você está agora, ao começar esta procura?... Para
onde vai?... E como realiza esta procura?... O que acontece com você?... Observe que obstáculos e atrasos há em seu caminho...
Conscientize-se de como entra em contato com estes obstáculos e como os enfrenta... Quais são suas alternativas?... Continue esta
procura por algum tempo... Descubra mais a este respeito e veja quanto pode se aproximar do seu objetivo... Você pode achar que a
procura se modifica de alguma maneira enquanto você prossegue...O que você encontra ao continuar sua procura?... Mesmo que
ainda não tenha atingido o objetivo, é possível que tenha descoberto mais sobre aquilo que está procurando... Talvez seja capaz de
vê-lo ao longe, mesmo que haja algo que o impeça de alcançá-lo. Qualquer que seja a sua situação, tente descobrir mais sobre o
objetivo da sua busca. Se você achou o que estava procurando, ou apenas consegue ver ou imaginar como é, examine-o
cuidadosamente... e tome consciência dos seus sentimentos em relação a ele... Como é a sua meta?... E o que significa para você
atingi-la?... É isto o que você deseja, ou apenas um meio, uma forma de conseguir outra coisa que deseja?... Se esta meta pudesse
agora falar com você, o que lhe diria?... E o que você diria a ela?... Fale com ela por algum tempo, e veja se pode aprender mais a
respeito dela...

Agora volte à sua existência nesta sala e permaneça com sua experiência por algum tempo, em silêncio.

LOUCO

Feche os olhos e dirija sua atenção para dentro... Agora quero que você imagine que ficou louco... Torne-se completamente insano
na sua fantasia e descubra como é a insanidade para você... Que tipos de coisas você faz agora que está louco?... Onde você está?...
Como se sente?... Dedique algum tempo para entrar em contato com todos os detalhes da sua experiência de ser louco... Como
interage com as outras pessoas?... Como os outros reagem à sua loucura?... O que o fato de ser louco provoca em você?... E o que
ser louco faz por você?... Explore o ser louco um pouco mais...

Agora torne-se o oposto deste louco. Qualquer que tenha sido a sua experiência como louco, imagine agora que você se torna o
inverso. Por exemplo, se você perde totalmente o controle quando está louco, agora fique totalmente sob controle e experiencie
isto... Explore realmente o que é a experiência de ser o oposto do louco... O que você faz agora?... Como interage com as outras
pessoas?... E como os outros regem a você?... Explore um pouco mais o oposto do louco...

FRAQUEZA-FORÇA

Feche os olhos e preste atenção ao que se passa dentro de você... Entre em contato com a sua existência física... Quero que você
tenha uma conversa entre a fraqueza e a força. gostaria que começasse sendo a fraqueza e falando diretamente com a força. Você
poderia começar dizendo algo como “Sou tão fraco e você é tão forte, você pode fazer tantas coisas”, etc. Seja a fraqueza e fale com
a força por algum tempo, presetifique as suas sensações físicas ao fazer isto... Entre em alguns detalhes específicos sobre como você
é fraco e como ele é forte... Agora troque de lugar e torne-se a força respondendo à fraqueza... O que você diz sendo a força, e como
diz?... Como se sente neste papel?... E como se sente em relação à fraqueza?... Agora diga à fraqueza o que ser forte faz por você...
O que você obtém ao ser forte?...

Agora troque de lugar e seja a fraqueza de novo...O que você responde à força e como se sente fazendo isto?... Agora diga à força o
que lhe adianta ser fraco... Conte-lhe sobre a força da sua fraqueza. Conte-lhe todas as vantagens de ser fraco como você pode usar
a sua fraqueza para manipular os outros e fazer com que eles lhe ajudem, etc... Entre em detalhes específicos sobre a força da sua
fraqueza...

Agora torne-se de novo a força e responde à fraqueza... O que você diz como força, e como se sente agora?... Agora fale sobre a
fraqueza da sua força. Fale sobre as desvantagens de ser forte, como os outros se apóiam em você e sugam a sua energia, etc... Entre
em detalhes específicos da fraqueza da sua força... Agora torne-se mais uma vez fraqueza e responda à força... Como se sente agora
e o que diz?... Continue este diálogo por conta própria. Troque de papéis sempre que quizer, mas mantenha a conversa entre
fraqueza e força por algum tempo, e veja o que consegue descobrir...

( Este tipo de diálogo interno pode ser imensamente útil para mostrar e esclarecer a relação que existe dentro do indivíduo, entre
qualquer par de pessoas, papéis, qualidades ou aspectos complementares. Pode ser particularmente útil para elaborar uma melhor
compreensão entre grupos conflitantes de pessoas: professores e alunos, pretos e brancos, “quadrados” e “hippies”, etc. Todos os
nossos relacionamentos com as outra pessoas estão repletos de imagens mútuas. Se você puder se identificar com a oposição entre
as suas próprias imagens, e obter algum esclarecimento reduzindo esta oposição, então poderá começar a ver as pessoas rais que
estão atrás das imagens, e começar a responder a estas pessoas reais, e não às suas imagens. Você pode fazer também este
experimento usando duas pessoas que simbolizem opostos, e invertendo os dois. Vário exemplos disto são dados na seção dedicada
a pares. Outros exemplos de opostos são: marido-mulher, pai-filho, calculista-espontâneo, estranho-familiar, confortador-
desamparado, patrão-empregado, arrumado-desarrumado, masculino-feminino, responsável-irresponsável, mente-corpo, estúpido-
esperto, etc. Observe com que você tem alguma dificuldade em sua vida. Transforme esta dificuldade em uma pessoa,
comportamento ou qualidade particular. Pense então no oposto desta pessoa, comportamento ou qualidade, e trabalhe com isto em
seu diálogo. Se você realmente se envolver, descobrirá a simetria e a semelhança que existem sob a aparente oposição. No exemplo
acima, há a força da fraqueza e a fraqueza da força, e ambos os lados estão utilizando diferentes formas de fazer a mesma coisa:
controlar o outro).

DIÁLOGO COM OS PAIS

Sente-se confortavelmente e feche os olhos... Visualize um de seus pais sentado à sua frente. Passe algum tempo realmente vendo
seu pai ( ou sua mãe ) sentado ( a ) à sua frente... Como está sentado ( a )?... O que está vestindo?... Que tipo de expressão ele ( ela )
tem?... Observe detalhes de seu pai ( sua mãe ) em frente a você... Como você se sente ao olhar para ele ( ela )?... Agora comece, e
seja completamente honesto com ele ( ela ). Expresse as coisas que nunca disse e fale-as diretamente para ele ( ela ), como se
estivesse falando com ele ( ela ) agora. Expresse qualquer coisa que lhe venha à cabeça — ressentimentos que você conteve, medo
de mostrar a raiva que sentiu, amor que você nunca manifestou, perguntas que nunca fez. Tenha consciência de como se sente ao
fazer isto, e observe se você passa a sentir tensão em alguma parte do corpo. Esteja certo de ficar em contato com seu pai ( ou sua
mãe ) enquanto faz isto. Dedique a isto mais ou menos cinco minutos.
Agora torne-se seu pai ( ou sua mãe ), e responda ao que você acabou de dizer. Como pai ( mãe ), como você reage ao que seu filho
disse?... Esteja consciente do que você sente ao fazer isto... Como você se sente em relação a seu filho?... Agora diga-lhe como se
sente e o que pensa dele... Que tipo de relacionamento você tem com ele?... Troque novamente de lugar e volte a ser você mesmo...
Como você reage ao que seu pai ( mãe ) disse?... O que você está dizendo agora, e como se sente ao dizer?... Conte como você se
sente em relação a ele ( ela ) e o que pensa dele ( dela )... Como você experiencia esta relação?... Agora diga-lhe o que você
necessita, e oque deseja dele ( dela ). Durante algum tempo diga exata e especificamente o que você quer dele ( dela ), e tenha
presente como se sente ao fazer isto...

Agora torne-se de novo seu pai ( ou sua mãe ). Como pai ( mãe ) o que você responde a esta manifestação das necessidades e
desejos de seu filho?... Como você se sente ao fazê-lo?... Qual é a sua compreensão daquilo que ele pede?... Você experienciou algo
parecido em sua vida?... Agora diga a seu filho o que você precisa ou quer dele...

Troque de lugar e torne-se uma vez mais você mesmo. Como você reage ao que seu pai ( sua mãe ) disse?... Você tem agora uma
compreensão melhor dele ( dela )?... Agora diga-lhe como se sente dependendo dele ( dela ) nesta fantasia... O que você ganha
conservando todos estes sentimentos inacabados em relação ao seu pai ( à sua mãe )?...

Volte a ser seu pai ( ou sua mãe ) e responda a isto... O que você diz como resposta?... Como está agora o seu relacionamento?...
Existe alguma compreensão se desenvolvendo, ou ainda há principalmente luta e conflito?...

Troque de lugar e torne-se você mesmo. Como você reage ao que seu pai ( sua mãe ) disse?... Como você experiencia sua relação e
que compreensão você tem dele ( dela ) agora?...

Agora quero que você diga a seu pai ( à sua mãe ) o que aprecia nele ( nela ). Não importa quão difícil seja o seu relacionamento
deve haver algo nele ( nela ) que você aprecia. Conte-lhe estas coisas, seja específico e detalhado...

Agora torne-se seu pai ( sua mãe ) outra vez. Como você reage a estas apreciações?... Você consegue realmente aceitá-las, ou as
reduz e rejeita?... Agora expresse a sua apreciação a respeito do seu filho. Conte-lhe detalhadamente o que aprecia nele...

Agora torne-se você mesmo mais uma vez. Como você reage a estas apreciações que recebeu do seu pai ( de sua mãe )?... Como
você se sente em relação a ele ( ela )?... Continue este diálogo po si mesmo durante algum tempo, e troque de lugar sempre que
quiser. Preste atenção ao que se passa nesta interação, e torne-a explícita. Por exemplo, se você percebe que seu pai ( sua mãe ) o
está culpando ou xingando, mostre-lhe isto e peça que se expresse mais diretamente. Observe quando ficar tenso e controle-se,
exprimindo-se de maneira total. Veja quanto você pode manifestar e esclarecer nesta relação...

PRESENTES E PROBLEMAS

Instruções:

1. Colocam-se no centro do grupo duas almofadas pequenas, de cores diferentes. Uma cor simboliza um presente e a outra um
problema.

2. Cada membro pensa no que gostaria de dar de presente a algum outro membro. Cada um, também, pensa num problema que
merece a atenção do outro membro e cuja resolução facilitaria o desempenho interpessoal.
3. Uma pessoa começa o exercício, pegando uma das almofadas ou ambas, e entregando-as à pessoa escolhida, e dizendo em voz
alta, o que significa. Poderá entregar as duas almofadas à mesma pessoa, se desejar dizendo o que cada uma representa.

4. Sem comentários, a pessoa que recebeu a (s ) almofada ( s ) deve escolher e entregar a outra pessoa uma ou ambas as almofadas,
dizendo que é, em voz alta. A almofada não utilizada deve voltar para o centro do grupo.

5. O exercício prossegue com a mesma atividade, até completar uma rodada em que todos receberam e deram presentes ou
problemas, se possível.

6. O grupo, então, analisa a experiência, examinando e compartilhando:

 percepções

 sentimentos

 manifestações verbais e não - verbais


 conclusões provisórias
 aprendizagens

COMPLETANDO SENTENÇAS

( Primeira Alternativa ) Daqui a pouco lhes direi a primeira parte de uma sentença e quero que vocês a complete silenciosamente
com as primeiras palavras que lhes vierem à mente ( completem cada sentença três vezes, o mais rápido que puderem ). Diga então
a sua sentença completa ao parceiro, em voz alta, e depois discuta-a por alguns minutos...

Complete a sentença seguinte: “Se você realmente me conhecesse...”... Agora diga ao parceiro como completou a sentença e discuta
isto por alguns minutos...

( Existe grande quantidade de sentenças incompletas que podem ser úteis para facilitar encontros em pares ou pequenos grupos.
Deveriam ser usadas apenas uma ou duas de cada vez, usualmente entre os outros experimentos, ou quando a sentença parecer
particularmente apropriada a algo que esteja acontecendo entre duas pessoas, numa determinada ocasião. Veja a lista abaixo para ter
alguns exemplos ).

“Estou tentando lhe dar a impressão de que...


“Estou fingindo que...”
“Estou evitando...”
“Sendo honesto com você, digo que ...”

18 - ROCK’N ROLL

1. OBJETIVO: Proporcionar um contato energético com os demais membros do grupo de forma contínua, para provocar
lembranças arcaicas internas e/ ou uterinas e restabelecer o equilíbrio dessas sensações inconscientes.

2. DINÂMICA: Um ( Ou tantos indivíduos quanto possível no espaço ) indivíduo deita-se, e prepara-se relaxando-se. Os demais
passam por cima deles, de forma a encostar o dorso dos pés ao trocar os passos. Quando um estiver por terminar, o outro já
começa. Fazer isso na direção cabeça para os pés.
4. TEMPO:

5. MÚSICA: Instrumental ( Tranqüila )

REFLEXÃO: O que sentiram durante a técnica?

O que viram em sua tela mental?


Como observaram a temperatura, a textura da pele, pés, etc.?

NÃO - EU ( “NOT - SELF” )

Sente-se em frente ao parceiro, olhando-o; tenham algum tipo de contato físico... Quero que ambos dediquem cinco minutos para,
repetidamente, completarem a frase “Eu não sou...” Diga “ Eu não sou...” e acrescente quaisquer palavras que lhe surjam. Depois
diga de novo e veja que palavras surgem desta vez. Se você não conseguir continuar, repita “ Eu não sou” até que as palavras
venham a você. Um de cada vez, diga estas sentenças um para o outro, e faça uma longa lista de coisas que não são...

Agora pare de falar, e silenciosamente, reveja o que você e o seu parceiro acabaram de dizer... Deixe emergir uma espécie de
resumo daquilo que você não é... Agora dê ao parceiro o resumo daquilo que você não é. Se o seu parceiro omitir algo de que você
se recorda, lembre-o de maneira que ele possa incluir o que falta.

Agora repita o resumo, mas retire o “não” de cada sentença, e então dê um exemplo. Por exemplo, se você disse primeiro
“ Eu não sou cruel”, agora quero que diga “ Eu sou cruel”, e exemplifique a sua crueldade, assim como: “ Faço a minha esposa se
sentir estúpida e miserável quando ela erra”. Faça isto durante cinco minutos...

DIÁLOGO COM AS MÃOS E OS OLHOS

Mantenham contato com os olhos do parceiro, sem falar... Traga suas mãos para perto do seu rosto e toque as mãos do parceiro...
Centralize sua atenção em suas mãos enquanto continua a olhar o rosto do parceiro... Use suas mãos para interagir com o parceiro
de forma que lhe parecer mais confortável. Tenha uma conversa silenciosa com os olhos e as mãos dele durante os próximos três ou
quatro minutos...

Agora lentamente, bem lentamente, faça esta conversa terminar... e depois, silenciosamente, diga adeus com seus olhos e suas
mãos... feche os olhos e fique com a experiência por algum tempo...

Agora volte ao seu parceiro e use alguns minutos para compartilhar com ele a experiência desta conversa com os olhos e as mãos...

DIÁLOGO DE MÃOS

Feche os olhos e mantenha-os fechados até que eu lhe peça para abri-los. Ache uma posição confortável que lhe permita usar ambas
as mãos. Entre em contato com a sua existência física... Deslique sua atenção do mundo exterior, e presentifique o seu corpo...
Observe quais as partes do corpo emergem à sua consciência... e que partes não se fazem sentir muito...

Agora leve suas mãos, juntas, ao colo, de uma maneira que lhe seja confortável. Focalize sua atenção nas suas mãos... Entre em
contato com elas... Presentifique as sensações que fluem delas... Qual é a relação física entre as suas mãos?... Estão interagindo de
alguma forma?... Deixe-as se mover um pouco, como se estivessem interagindo ou tendo uma conversa silenciosa... Como se
movem suas mãos e como se sentem?...
Agora quero que você introduza palavras nesta conversa silenciosa. Imagine que você se torna sua mão direita, e que está falando
silenciosamente com a esquerda... Como mão direita, o que vcoê diz para a esquerda?... E o que esta responde?... Como você se
sente sendo sua mão direita?... Em que é diferente da esquerda?... Digaà esquerda como vocês diferem...

Agora identifique-se com a sua mão esqeurda. Torne-se sua mão esquerda e continue a conversa... Diga à mão direita como você se
sente sendo a esquerda, e como você é diferente dela... O que você diz como mão esquerda, e o que a direita responde?... o que se
passa entre vocês?...

Agora torne-se de novo a mão direita. Continue o diálogo entre as suas mãos durante quatro a cinco minutos. Continue a centralizar
sua atenção nas suas mãos, e encontre palavras para a forma com que elas se relacionam e interagem. Identifique-as com uma das
mãos e sinta como é esta mão falando com a outra. Troque de posição entre as duas, sempre que quiser. Se você ficar encurralado,
diga à outra mão “estou encurralado”ou “não tenho nada a lhe dizer”, e veja o que a outra mão responde. Mantenha a interação e
veja o que se desenvolve...

Conserve seus olhos fechados por mais algum tempo. Sente-se em silêncio e absorva o que acabou de experienciar... O que
aconteceu entre suas duas mãos?... O que você experimentou ao identificar-se com suas mãos?...

Dentro de um minuto lhes pedirei que abram os olhos e compartilhem sua experiência com o grupo. Expresse sua experiência na
primeira pessoa e no presente, como se o diálogo estivesse acontecendo agora: “Sendo a mão direita, estou cobrindo a esquerda”.
Expresse realmente a sua experi6encia, detalhadamente. Não fale sobre suas mãos; torne-se suas mãos. Não fale no passado “eu
estava”; fale no presente “eu estou”. Agora abra os olhos e conte sua experiência para o grupo...

Quase todo mundo experiencia alguma diferença entre suas mãos, emuitas vezes estas diferenças são impressionantes. Usualmente a
mão direita experessa o que nós colocamos como sendo aspectos “masculinos” da personalidade: força, atividade, dominação, etc.
Usualmente a mão esquerda expressa o que nós colocamos como aspectos “femininos” da personalidade: calor, ternura, fraqueza,
etc. Em algumas pessoas as duas mãos estão bem com a sua diferença. Esta diferença é base para interdependência e cooperação,
como em uma relação sadia. Em outras pessoas esta diferença é forte de conflito e discórdia. Algumas vezes, as mãos, ou outras
partes do corpo, manifestam uma batalha contínua entre os dois lados deste conflito. Esta constante expressão parcial faz com que
alguma parte do corpo esteja sempre em repetida ativação e tensão. Este mau uso constante de certa parte do corpo, sem a
consciência disto, muitas vezes conduz à distorção de sua função e, se o fator for ignorado poderá causar modificações físicas
destrutivas, e doença. Todos nós abusamos do nosso corpo de alguma forma, e todos sofremos, em algum grau, tais desarranjos
psicossomáticos. Grande número destes desarranjos, desde dores “comuns”, dores de cabeça, até doenças realmente perigosas e
fatais, como úlceras, asma e artrite, podem resultar desta falta de consciência e mau uso do corpo. Mesmo se houver uma causa
física distinta para a doença, o mau uso da parte doente é muitas vezes um fator que predispõe esta parte a falhar, ou que torna a
doença muito pior do que seria normalmente. Veja o que pode aprender sobre o que se manifesta em suas dores e outras sensações,
no experimento a seguir.

Dentro de um minuto lhes pedirei que abram os olhos e compartilhem sua experiência com o grupo. Expresse sua experiência na
primeira pessoa eno presente, como se o diálogo estivesse acontecendo agora: “Sendo a mão direita, estou cobrindo a esquerda”.
Expresse realmente a sua experiência, detalhadamente. Não fale sobre suas mãos: torne-se suas mãos. Não fale no passado “eu
estava”; fale no presente “eu estou”. Agora abra os olhos e conte sua experiência para o grupo...
Quase todo mundo experiencia alguma difrenças entre suas mãos, e muitas vezes estas diferenças são impressionantes. Usualmente
a mão direita expressa o que nós colocamos como sendo aspectos “masculinos” da personalidade: força, atividade, dominação, etc.
Usualmente a mão esquerda expressa o que nós colocamos como sendo aspectos “femininos” da personalidade: calor, ternura,
fraqueza, etc.

19 - DESATANDO O NÓ

1. OBJETIVO: Aproximar os membros do grupo, através de atividade lúdica. Ativar o nível de cooperação. Reação diante de
barreiras e frustrações.

2. DINÂMICA: O coordenador divide a turma em subgrupos de 2 pessoas. Cada dupla estará entrelaçado com um barbante.

3. RECURSO: Cordões de + ou - um metro de comprimento ( quantos fores as duplas )

4. TEMPO: 30 minutos ( + ou - )

5. MÚSICA: Amigo

REFLEXÃO: Como se sentiram ao fazerem essa tarefa?


O que observaram com relação ao seu parceiro?
Como se sentem agora? Desataram-se outros nós que não os do cordão?

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