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Neoconcretismo foi um movimento artístico surgido no Rio de Janeiro, Brasil, em fins

da década de 1950, como reação ao concretismo ortodoxo.

Os neoconcretistas procuravam novos caminhos dizendo que a arte não é um mero


objeto: tem sensibilidade, expressividade, subjetividade, indo muito além do mero
geometrismo puro. Eram contra as atitudes cientificistas e positivistas na arte. A
recuperação das possibilidades criadoras do artista (não mais considerado um inventor
de protótipos industriais) e a incorporação efetiva do observador (que ao tocar e
manipular as obras torna-se parte delas) apresentam-se como tentativas de eliminar a
tendência técnico-científica presente no concretismo.

Ferreira Gullar em 2009

O movimento neoconcreto nunca conseguiu impor-se totalmente fora do Rio de Janeiro,


sendo largamente criticado pelos concretistas ortodoxos paulistas, partidários da
autonomia da forma em detrimento da expressão e implicações simbólicas ou
sentimentais.

[editar] O Manifesto Neoconcreto


No dia 23 de março de 1959, o Suplemento Dominical do Jornal do Brasil (dirigido por
Reinaldo Jardim, participante do movimento) publicou o Manifesto Neoconcreto,
assinado por Ferreira Gullar, Reinaldo Jardim, Theon Spanudis, Amílcar de Castro,
Franz Weissmann, Lígia Clark e Lígia Pape. Media

[editar] As primeiras exposições de arte neoconcreta


No mesmo dia da publicação do Manifesto, ocorreu a 1ª Exposição de Arte
Neoconcreta, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, com a presença dos sete
artistas assinantes do Manifesto. Duas outras exposições nacionais de arte neoconcreta
ocorreram nos anos seguintes: uma em 1960, no Ministério da Educação do Rio de
Janeiro, e outra em 1961, no Museu de Arte Moderna de São Paulo.

Concretismo foi um movimento vanguardista surgido em 1950, inicialmente na música


e depois na poesia e nas artes plásticas. Defendia a racionalidade e rejeitava o
Expressionismo, o acaso, a abstração lírica e aleatória. Nas obras surgidas no
movimento, não há intimismo nem preocupação com o tema, seu intuito era acabar com
a distinção entre forma e conteúdo e criar uma nova linguagem.
Sua máxima expressão mundial é o grupo concretista de São Paulo, fundador da Revista
"Noigandres", na década de 1950, liderado pelos irmãos Campos (Augusto de Campos e
Haroldo de Campos), Décio Pignatari e José Lino Grunewaldt.

A partir da década de 1960, poetas e músicos do movimento passaram a se envolver em


temas sociais, surgindo várias tendências pós ou neo-concretistas, entre eles Ferreira
Gullar, o poema-práxis e Paulo Leminski.

Características principais do Concretismo:

- Elaboração artística em busca da forma precisa; - Ênfase na racionalidade, no


raciocínio e na ciência; - Uso de figuras abstratas nas artes plásticas. - União entra a
forma e o conteúdo na obra de arte; - Na literatura, os poetas concretistas buscavam
utilizar efeitos gráficos, aproximando a poesia da linguagem do design; - Envolvimento
com temas sociais (a partir da década de 1960); Concretismo no Brasil

Na literatura brasileira, destacou-se Noigandres (revista fundada em 1952) que ra


formado pelos poetas Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos entre
outros. Algumas obras da literatura concretista brasileira:

- Teoria da Poesia Concreta de Décio Pignatari (1965) -Poetam enos (1953) ePop-cr
etos (1964) de Augusto de Campos -Galáxias (1963) de Haroldo de Campos

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