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APOSTILA

EJA 3º ANO

Educação de Jovens e Adultos


Nadir de Fátima Soares
Direção

Osório Cabo Winter


Vice direção

Patrick Garcia Sanches/ Cristiano Coutinho


Coordenação Pedagógica

Bianca Regina de Oliveira 


Coordenação da Publicação 

Andreia Coutinho 
Mariana de Azevedo
Produção e Arte Visual 
Sumário
Língua Portuguesa..................................................04

Língua Inglesa.........................................................10

Arte..........................................................................15

História.....................................................................19

Geografia............................................................... 27

Sociologia...............................................................35

Filosofia................................................................... 37

Matemática........................................................... 45

Física....................................................................... 49

Química.................................................................. 53

Biologia................................................................... 57
Língua Portuguesa
   
•Abaixo teremos três textos: um com um breve resumo do Romantismo e um texto explicativo
acerca de tese.
TEXTO I
Escolas literárias: um breve resumo

TEXTO I

Escolas literárias: um breve resumo

Romantismo: As origens desse movimento estão ligadas à decadência da nobreza e à ascensão


da burguesia europeia, no final do século XVIII. Suas principais características são: a rejeição a
imitação de gregos e latinos e a consequente cultivação das próprias tradições e dos próprios
valores; abandono da mitologia clássica que deu lugar a cultivação do sentimento de exaltação
da natureza.; não há mais obediência às regras literárias do passado e cada escritor é o juiz de
sua própria inspiração e arte: tudo é pessoal e, individual; O subjetivismo, o eu, a inspiração
tomam o lugar da razão. Além disso, desenvolvem-se o drama e o romance e a obra romântica é
marcada de sentimentalismo, melancolia, saudade, liberdade na criação artística, individualismo,
imaginação, sentimento religioso, sentimento nacionalista.
•O Romantismo em Portugal: Desenvolveu-se em meio às lutas políticas entre Dom Miguel e Dom
Pedro. Vários escritores ingressaram no exército de Dom Pedro, o que explica os anos de exílio
de muitos deles, bem como o inflamado nacionalismo da produção romântica portuguesa. Entre
os autores românticos portugueses destacam-se: Almeida Garrett, Alexandre Herculano e Camilo
Castelo Branco.
•O Romantismo no Brasil: Na prosa e na poesia, o Romantismo brasileiro comprometeu-se com o
ideal de criar uma literatura genuinamente brasileira, livre da influência dos moldes literários
europeus. Pode-se perceber a proximidade do início do movimento no Brasil com a proclamação
de sua independência, ocorrida em 1822. Nesse momento de afirmação da nacionalidade, o
movimento romântico brasileiro expressou os propósitos de valorizar o passado histórico do país.
As tendências do Romantismo no Brasil foram: o indianismo e o nacionalismo (valorização do
índio, de nossa flora e fauna); o regionalismo que aborda o nosso homem do interior,
caracterizando a região em que ele vive, com seu folclore, seus costumes; o chamado mal do
século, marcado pela melancolia, tristeza, sentimento de morte, pessimismo, cansaço da vida; a
realidade política e social (o abolicionismo, as lutas humanitárias, sentimentos liberais, o poder
agrário, a corrupção); os problemas urbanos, surgidos com o relacionamento indústria-operário.
Três gerações de poetas sucederam-se ao longo do Romantismo no Brasil; os principais são:
Gonçalves de Magalhães, Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu e Castro
Alves. A prosa romântica foi o principal instrumento de construção da cultura brasileira. O
romance engajou-se no projeto nacionalista, buscando descobrir e conhecer os espaços
nacionais. Da necessidade de explorar a selva, o campo e a cidade, surgiram o romance
indianista e histórico, o romance regional e o romance urbano. O principal autor ficcional foi José
de Alencar.

Língua Portuguesa 05
TEXTO II

O que é tese?

O que é tese? Tese é a parte mais importante de um texto argumentativo. Ela é o


posicionamento crítico do autor.
Hoje em dia, o tipo de texto mais cobrado em vestibulares e concursos é
o dissertativo-argumentativo. Isso já não é novidade mais. Entretanto, mesmo que isso não
seja algo novo, muitas pessoas encontram dificuldades em compreender os aspectos que
constituem esse tipo de texto e, consequentemente, encontram dificuldades para desenvolver
essa produção textual.
Ao produzirmos um texto, o nosso foco principal deve ser a função social que ele tem,
ou seja, devemos tentar entender as razões que nos levam a produzir determinado tipo de
texto. No caso dos textos argumentativos, devemos ter em mente que a principal função
é: defesa de posicionamento crítico.
Logo, de forma resumida, ao construirmos um texto dissertativo-argumentativo,
estamos apresentando a nossa opinião sobre determinado tema e desenvolvendo ideias que
possam fundamentar o nosso ponto de vista.
Você deve ter percebido que as palavras que mais apareceram no texto até agora
foram: opinião, ponto de vista, posicionamento. E nós temos uma explicação bem simples
para que isso tenha acontecido. Tendo em vista que a principal função social de um texto
argumentativo é a defesa de nosso ponto de vista, podemos afirmar que a essência desse tipo
de texto é a nossa opinião, também conhecida como tese.
Tese, como já observamos anteriormente, é o que, comumente, chamamos de opinião,
ponto de vista, posicionamento crítico. É ela a parte fundamental para a existência de um texto
argumentativo. Talvez isso possa ter parecido muito radical, mas pense comigo: um texto
argumentativo será um [bom] texto argumentativo se não apresentar uma tese?
Tese, do grego thesis, significa proposição intelectual. Por proposição, entendemos
aquilo que se busca alcançar, objetivo, intuito, finalidade. Logo, é fácil afirmar agora que, se
um texto argumentativo não tiver uma tese, esse texto não terá sua função cumprida, uma vez
que o autor não apresentará sua intenção, posicionamento em relação ao que foi apresentado
para discussão. É como em um debate. Se você não tem uma opinião sobre determinado
assunto, você não participa, ativamente, dele. Portanto, se você não elaborou uma tese, você
não produzirá, de forma satisfatória, um texto argumentativo.
Veja alguns exemplos de teses:
• Washington Luis, Juscelino Kubstchek e Fernando Collor, apesar da distância temporal,
têm em comum a característica de investir no modelo de transporte rodoviário. Nessa
perspectiva, observa-se a construção histórica da significação dos automóveis para os
brasileiros. Sob essa ótica, há a valorização do rodoviarismo de forma cultural,
porém essa escolha ao associar-se ao álcool e outros entorpecentes faz com que
haja um problema alarmante socialmente: a imprudência no trânsito.
A sociedade contemporânea supervaloriza não apenas o consumo de bebidas
álcoolicas, mas também o status que o ato de beber traz. A relação travada entre diversão e
álcool dificulta a instalação de uma ordem social e prejudica os não participantes desse ciclo.
Entra em cena o Estado e seu intrínseco poder observado na forma da Lei Seca. A
obediência da maioria é

Língua Portuguesa 06
• justificada pelo temor à pena ou pelo aumento da consciência social? O efeito foi
passageiro ou duradouro?
• Nicholas Negroponte, destaque na era digital, defende que o computador é uma das
ferramentas responsáveis por estimular e garantir a liberdade dos indivíduos.
Entretanto, a forma como a informática se impõe parece tornar as pessoas mais
inquietas, o que gera um dos piores distúrbios comportamentais: a ansiedade.
Enredado por essa agonia, o homem não parece estar cada vez mais livre, mas
cada vez mais escravo desse cenário.
Após a leitura dos três textos, responda:
• A respeito do romantismo no Brasil pode se afirmar que:
• ( ) representou um movimento social e libertário que culminou na criação do soneto.
• ( ) esteve diretamente relacionado com o humanismo português.
• ( ) reforçou aspectos da identidade brasileira, sobretudo na primeira fase.
• ( ) sofreu influências diretas da prosa latino-americana com sua temática bucólica.
• A natureza, nessa estrofe:
“Do tamarindo a flor abriu-se, há pouco,
Já solta o bogari mais doce aroma!
Como prece de amor, como estas preces,
No silêncio da noite o bosque exala.”
Gonçalves Dias
Obs.: tamarindo = árvore frutífera; o fruto dessa mesma planta
bogari = arbusto de flores brancas
• ( ) é representada por divindade mítica da tradição clássica.
• ( ) é recriada objetivamente, com base em elementos da fauna e da flora nacionais.
• ( ) funciona apenas como quadro cenográfico para o idílio amoroso.
• ( ) expressa sentimentos amorosos.
• No trecho abaixo, o narrador, ao descrever a personagem, critica sutilmente um outro
estilo de época: o Romantismo.
“Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais
atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe
coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em
que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não
digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das
mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro
indivíduo, para os fins secretos da criação.”
ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Rio de Janeiro: Jackson,1957.
A frase do texto em que se percebe a crítica do narrador ao romantismo está transcrita
na alternativa:

•( ) “…o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas…”


•( ) “…era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça…”
•( ) “Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos…”
•( ) “…o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação.”

Língua Portuguesa 07
• 4- Leia:
Receitas da vovó
Lembra aquela receita que só sua mãe ou sua avó sabem fazer? Pois saiba que, além
de gostoso, esse prato é parte importante da cultura brasileira. É verdade. Os cadernos de
receita são registros culturais. Primeiro, porque resgatam antigas tradições, seja familiares ou
étnicas. Além disso, mostram como se fala ou se falava em determinada região. E ainda
servem como passagens de tempo, chaves para alcançarmos memórias emocionais que a
gente nem sabia que tinha (se você se lembrou do prato que sua avó ou sua mãe fazia, você
sabe do que eu estou falando).
Complete:
A tese defendida pelo autor do texto é de que as receitas
culinárias_______________________
______________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
_____
• Leia:
A grande lição do grande irmão
Explode no mundo a violência: terror, sequestro, assaltos, assassinatos, corrupção,
tortura, humilhação, fome, dor, violência disseminada, compartilhada, globalizada. Enquanto
isso, nas TVs de todo o mundo, busca-se emoldurar a realidade a partir de uma visão
fortemente dominada pela “dança” dos índices de audiência. Pelo menos esta é a justificativa
para a repetição incessante de fórmulas e clichês desgastados, que sempre voltam
apresentados como novidade pelos programadores e concessionários das várias redes de TV.
A moldura preferida no momento é o reality show, formato que chegou em nossa casa
após ganhar fama internacional. Batizado com nomes sugestivos como Big Brother, Casa dos
Artistas e No Limite, o reality show oferece como produto básico satisfazer o desejo dos
telespectadores com cenas de exibicionismo e autoflagelo (sic). Some-se a isto a capacidade
do participante ao eliminar seus adversários da competição e, consequentemente, ter sua
grande chance de experimentar mais do que os quinze minutos de fama já conquistados.
Ora, que tipo de realidade é esta em que o excitante é ver o outro em situações muitas
vezes constrangedoras, como ir ao banheiro diante de câmeras ou “pedir a cabeça” de uma
pessoa por quem se criou afeição? Por estranho que possa parecer, a lógica dessa (re)criação
remete à das lutas entre os gladiadores na Roma antiga, uma espécie de gameshow onde os
participantes eram guiados por duas necessidades básicas: eliminar o adversário e exibir-se
para saciar uma plateia ávida por emoções baratas e bizarras. Tanto na arena de ontem,
quanto na telinha de hoje, o vencedor continua sendo aquele que consegue eliminar seus
adversários mais rapidamente; e o público segue experimentando o prazer de ver o sofrimento
alheio, seja com o sangue que outrora jorrava da espada, seja com a superexposição, a
delação e outros ingredientes resultantes dos mais baixos sentimentos, nessa modalidade
pós-moderna de combate entre iguais.
Parece que o grande irmão de Orwell¹, aquele que, na contramão dos atuais Big
Brothers, suscitou tanta discussão sobre nossos medos em relação à invasão da privacidade,
pode nos permitir compreender mais da realidade atual do que inspirar a luta pela audiência
na TV

Língua Portuguesa 08
Afinal, enquanto seguimos negando às crianças e jovens conteúdo alternativo à sórdida e
fétida fórmula baseada em sexo e violência na TV, estaremos condenados a produzir sujeitos
hedonistas², reféns do consumismo e capazes de atitudes de total alheamento em relação ao
outro.
Doravante, quando na hora do almoço ou jantar os jornais nacionais exibirem sem pudor
nossos cadáveres, seria prudente pensarmos noutra lição deixada por Orwell: sim, é possível
escapar das armadilhas do grande irmão. Caso contrário, corremos o risco de, no próximo
capítulo do nosso reality show particular, sermos os protagonistas das cenas de violência que a
TV expõe diariamente e que, por enquanto, tocam apenas momentaneamente nossos
sentimentos, pois, afinal, dizem respeito somente aos outros.
Quanto ao possível engajamento da TV no tão falado esforço pela paz mundial, não basta
meia dúzia de filmetes de 15 segundos ou dúzia e meia de “artistas” com sorriso de creme dental
pronunciando palavras insossas. Talvez o que ninguém da TV ousa dizer é que esse movimento
depende de outros fatores. Primeiro, do discernimento dos patrocinadores que, por hora,
fomentam tudo que é produzido e cheire a pontos na audiência; segundo, dos criadores que têm
buscado reinventar em muitos programas as relações humanas tendo como base a intriga, a
trapaça, a traição, a superexposição da intimidade. E, finalmente, do público que, infelizmente,
seja por falta de opção ou por preferência, depois de secar as lágrimas sobre o sangue
derramado do último sequestrado, do último assassinado […], da última vítima do
terrorista-bomba, do último bebê morto por desnutrição, não cansa de aplaudir as novas arenas e
nossos quase modernos gladiadores.
¹ Referência ao Grande Irmão do livro 1984, de George Orwell.
² Hedonista: seguidor do hedonismo. Hedonismo, segundo definição do Dicionário Aurélio:
século XXI, é a doutrina que considera que o prazer individual e imediato é o único bem possível,
princípio e fim da vida moral.
O texto acima caracteriza-se como argumentativo. Considerando que nesse tipo de texto
predomina a defesa de uma ideia (uma tese), de um ponto de vista, e que essa ideia é, via de
regra, apresentada logo no primeiro parágrafo, qual seria a ideia central do texto?

E-mail do Professor

  

Língua Portuguesa 09
Língua Inglesa
Título da Environmental resources
atividade
1ª Semana – Referente a __2__ aulas (cada atividade)
Atividade 1

WHAT IS AIR POLLUTION?


Air pollution is the effect caused by concentrations of solids, liquids or gases in the air
that have a negative impact on the surrounding environment and people. There are many
such pollutants and they may occur naturally (from dust, wildfires and volcanoes) or from
human activity, be visible or invisible, emit an odour or be odourless. Various air
pollutants can stay in the atmosphere from minutes to years and, while often considered
a local issue, may have a range that is local, national, regional or global. Air pollution is
often understood as an urban issue and it is true that cities concentrate economic activity
and demand for energy services, and, so, tend to experience the most harmful
concentrations of air pollution. The precise mix of pollutants and the severity of the health
impacts are different from Paris to Delhi, Los Angeles to Lagos, Beijing to Mexico City, but
all have air quality that reduces life expectancy. Air pollution does not stop at the city gate:
the sources are widespread, sometimes rural in nature and, although some pollutants
disperse only locally, others travel large distances in the atmosphere and have regional
and global impacts. Many of the world’s poorest communities are heavily exposed to toxic
fumes when cooking, or heating and lighting their homes.

Língua Inglesa 11
Consulte o texto acima para responder as questões a seguir:
1-O texto WHAT IS AIR POLLUTION? faz uma critica:
a)Aos problemas de saúde que os gases produzem.
b)Que a poluição é um problema urbano.
d) Os efeitos negativos dos gases poluentes no meio ambiente e na saúde da população.
e) As atividades econômicas que exploram o meio ambiente.
2-Que fatores contribuem para a má qualidade do ar de acordo com o texto:
•As carvoarias que expõem trabalhadores em condições insalubre.
•Queimadas nas rodovias e nas áreas rurais.
• Concentração de poluentes produzidos por atividades econômicas que permanecem no
meio ambiente.
•Indústrias de grande porte que aproveitam de leis precárias.
•Exploração de áreas ambientais.
3-No trecho... tend to experience the most harmful concentrations of air pollution.
A palavra em destaque é:
a) conjunção
b) substantivo.
c) verbo.
d) tradução literal= prejuízo
e) palavra que passou pelo processo de sufixação.
4- No trecho abaixo a palavra may foi empregada como:
There are many such pollutants and they may occur naturally.
a) verbo no presente simples.
b) modal verb.
c) advérbio de tempo.
d) pronome.
e) question word.
5- Quais são as cidades que reduzem á expectativa de vida pela má qualidade do ar?
6- Liste todas as palavras cognatas que se encontram no texto.

Língua Inglesa 12
Título da Poema I, too.
atividade
2 ª Semana – Referente a 2_ aulas (cada atividade)
Atividade 1

I, too
I, too, sing America.
I am the darker brother.
They send me to eat in the kitchen
When company comes,
But I laugh,
And eat well,
And grow strong.
Tomorrow,
I’ll be at the table
When company comes.
Nobody'll dare
Say to me,
“Eat in the kitchen,”
Then.
Besides,
They’ll see how beautiful I am
And be ashamed.
I, too, am America.
HUGHES, L. In: RAMPERSAD, A.; ROESSEL, D. (Ed.). The collected poems of
Langston Hughes. New York; Knopf, 1994.
Com base no texto responda as questões:
1-Langston Hughes foi um poeta negro americano que viveu no século XX e
escreveu I, too em 1932. No poema, a personagem descreve uma prática racista
que provoca nele um sentimento de:

a)coragem, pela superação.


b)vergonha, pelo retraimento.
c)compreensão, pela aceitação.
d)superioridade, pela arrogância.
e)resignação, pela submissão.

2-Qual é o tema principal do texto?


•Luta de classe.
•Intolerância.
•Justiça social.
•Empatia.
•Igualdade de classe.

Língua Inglesa 13
3-Nos versos a seguir o autor expressa um sentimento de:
Tomorrow,
I’ll be at the table
When company comes.
•Raiva.
•Esperança.
•Desigualdade.
•Dúvida.
•Euforia

4- Escolha uma declaração sobre o poema:


•Conflitos entre classe social.
•Estudantes americanos.
•Lideres negros americanos.
•Todas vidas importam.
•Futuro esperançoso.
5- No verso a seguir They’ll see how beautiful I am.
Escolha a alternativa correta quanto ao tempo verbal:
a) Present.
b) Future.
c)Past.
d)Present Prefect.
e)Past continuous.

E-mail da Professora

Língua Inglesa 14
Arte
TEMA 1 – AGOSTO INDÍGENA
Em 09 de agosto, é comemorado o Dia Internacional dos Povos Indígenas. A criação da data
comemorativa pela Organização das Nações Unidas (ONU) pretende garantir condições de
existência minimamente dignas aos povos indígenas de todo o planeta, principalmente no que
se refere aos seus direitos à autodeterminação de suas condições de vida e cultura, bem como
a garantia dos direitos humanos.

A data foi criada por decreto da ONU em 09 de agosto de 1995, como resultado da atuação de
representantes de povos indígenas de diversos locais do globo terrestre. Essa atuação visava
criar condições para a interrupção dos ataques sofridos pelos povos indígenas em seus
territórios, após mais de quinhentos anos de expansão das formas de sociabilidade impostas
aos indígenas pelos povos de origem europeia, principalmente.

Após a publicação do decreto, foram constituídos grupos de trabalho para a elaboração de uma
declaração da ONU sobre o tema. Em 29 de julho de 2006, o Conselho de Direitos Humanos
da entidade internacional aprovou o texto da Declaração das Nações Unidas sobre os
Direitos dos Povos indígenas. Um ano depois em 13 de setembro de 2007, a Assembleia
Geral da ONU aprovou a Declaração.
Um dos principais objetivos da declaração é garantir aos diversos povos indígenas do mundo a
autodeterminação, sem que sejam forçados a tomar qualquer atitude contra a sua vontade,
como expresso no artigo 3º: “Os povos indígenas tem direito à autodeterminação.

Em virtude desse direito determinam livremente sua condição política e buscam livremente
seu desenvolvimento econômico, social e cultural.

Já no artigo 1º da Declaração é garantido às diversas etnias indígenas “o pleno desfrute de


todas os direitos humanos e liberdades fundamentais reconhecidas pela Carta das Nações
Unidas, a Declaração Universal de direitos humanos”. Dessa forma a ONU possibilita a
equiparação dos direitos das etnias indígenas, com os direitos garantidos pela entidade aos
demais povos e etnias do mundo.

A publicação dessa declaração é um avanço para os povos indígenas, principalmente após o


ataque generalizado que sofreram a mando das classes dominantes da Europa após o
processo de expansão verificado com as grandes navegações, no século XV. A promulgação
da Declaração é um apoio à resistência econômica, política, religiosa e cultural que as
diversas etnias ainda mantem.

No caso brasileiro, é um importante apoio aos cerca de 850 mil indígenas que habitam o
território nacional, divididos em mais de 200 etnias, segundo o levantamento feito pelo Censo
Demográfico do IBGE, realizado em 2010.
O direito a uma velhice digna é um dos objetivos do Dia Internacional dos Povos Indígenas.

Artes 16
TEMA 2 – DANÇA E MÚSICA INDÍGENA
A dança indígena, na sua origem, quando é dançada nas tribos pelos indígenas brasileiros,
não possui a função de se apresentar para outras pessoas, como num espetáculo cênico.
A dança indígena está sempre ligada a um acontecimento muito importante, um ritual, pois ela
existe dentro de uma cerimônia sagrada.
A dança é, para os indígenas, a maior expressão de espiritualidade, junto com a música ela
desempenha um papel importante, pois através dela os povos indígenas podiam preservar
grande parte de suas memórias e tradições. As danças e músicas fazem parte de cerimônias
no cotidiano indígena.
A maioria dos povos indígenas associa música ao universo transcendente e mágico,
empregando o som e o verbo em seus rituais. Na batida dos pés eles dão ritmo aos coros. Os
cantos buscam a comunicação com o divino mas, também com a sociedade, sua tribo, país,
aldeia global.

ATIVIDADE

1. A dança indígena não possui a função de se apresentar, pelo contrário a mesma está
relacionada a acontecimentos importantes:
Quais são esses acontecimentos?
•Ritual dentro de uma cerimonia sagrada.
•Dança e pesca.
•Caça e nascimento.
•Comemorar a colheita.
•Ritual dentro de uma cerimonia de batizado.

2. A dança e a música desempenham um papel importante nos rituais indígenas. Porquê?


•Preservam a memória indígena.
•Preservam grande parte de suas memórias e tradições.
•Preservam as tradições.
•Preservam a colheita.
•Preservam a pesca.

3. Os cantos indígenas buscam a comunicação com o Divino.

Artes 17
Além da comunicação com o Divino, com quais outros os indígenas buscam a
comunicação?
•País.
•Tribo.
•Sociedade.
•Aldeia global.
•Todas as alternativas estão corretas.

4. Quais são os instrumentos musicais mais usados pelos povos indígenas?


•Chocalho e reco-reco.
•Maracá.
•Chocalho e flauta.
•Reco-reco e maracá.
•Todas as alternativas estão corretas.

5. Quais são os instrumentos que predominam entre os indígenas brasileiros?


•Somente de percussão.
•Cordas e percussão.
•Sopro e cordas.
•Percussão e sopro.
•Somente de cordas.

E-mail da Professor

Artes 18
História
Imperialismo

O Imperialismo é o nome dado para o conjunto de políticas que teve como objetivo promover a
expansão territorial, econômica e/ou cultural de um país sobre outros. Esse termo pode ser usado
para fazer menção a acontecimentos modernos, mas é comumente utilizado para se referir à
política de expansão territorial e econômica promovida pelos países europeus em boa parte do
planeta no século XIX.
Esse último uso do termo Imperialismo também pode ser chamado de Neocolonialismo, pois foi um
novo processo de colonização – dessa vez da África, Ásia e Oceania. Como o próprio nome já
sugere, o Imperialismo foi responsável pela formação de gigantes impérios ultramarinos. Durante o
ciclo neocolonialista, cerca de 25% das terras do planeta foram ocupadas por alguma potência
imperialista.
É estipulado, em dados estatísticos, quanto de território algumas das potências imperialistas
conquistaram.
•Inglaterra: aumentou seu território em 10 milhões de km2
•França: aumentou seu território em 9 milhões de km2
•Alemanha: aumentou seu território em 2,5 milhões de km2
•Bélgica e Itália: aumentou seu território em cerca de 2 milhões de km2
O Imperialismo mudou totalmente a organização do mapa da Terra. Impérios existentes nos
continentes ocupados foram destruídos e suas populações foram colocadas sobre uma cruel
exploração de seu trabalho. O funcionamento do sistema imperial baseado na intensa exploração
das colônias.
Causas do Imperialismo
O Imperialismo é fruto do desenvolvimento do capitalismo, que nasceu com as transformações
causadas pela Revolução Industrial. Essa revolução iniciou-se de maneira pioneira na Inglaterra, na
segunda metade do século XVIII, e foi responsável por inúmeras mudanças. Consolidou o modo de
produção industrial como predominante em detrimento da produção manufatureira.
Junto com a Revolução Industrial surgiram novas máquinas, novos meios de transporte, novos
meios de comunicação, novas formas de explorar a produção e utilização de energia etc. A
Revolução Industrial também trouxe inúmeras alterações nas relações de trabalho e na forma como
o mercado internacional funcionava.
A Revolução Industrial marcou o desenvolvimento das indústrias e foi responsável pelo surgimento
de economias globais. A concorrência econômica gerou nas nações industrializadas uma intensa
necessidade de obter fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores para adquirir
as mercadorias produzidas.
A obtenção de novos mercados consumidores é apontado como o grande fator que empurrou as
nações industrializadas – não só as europeias – para a ocupação de novos territórios. Segundo ele,
naquela época, acreditava-se que a superprodução de mercadorias era algo solucionado por meio
da obtenção de novos mercados consumidores. Assim, a ocupação de novos territórios era vista
como a solução para garantir o desenvolvimento de suas próprias economias.
Imperialismo na África
Um dos lugares mais afetados pelo Imperialismo foi o continente africano, exatamente o local no
qual foi iniciado o surto neocolonialista, na segunda metade do século XIX. O surto imperialista no
continente africano deu-se por manifestação de três países
O interesse dos belgas sobre o Congo, localizado na África Central;
•As expedições portuguesas com o intuito de expandir seus domínios no interior de Moçambique;
•A política expansionista francesa sobre a África.
Com a corrida sobre o continente africano, foi organizada em Berlim por Otto von Bismarck,
primeiro-ministro alemão, a Conferência de Berlim. Essa conferência, organizada entre 1884 e
1885, tinha como objetivo organizar questões relativas à navegação dos rios Congo e Níger, além
de organizar a divisão dos territórios conforme os interesses de cada país, entre pontos.
A ocupação do continente africano – mas não só a dele – foi justificada
como missão civilizatória e por meio dela as nações desenvolvidas levariam um modo de vida
civilizado para os locais “atrasados” e “selvagens”. As justificativas também eram

História 20
baseadas em ideais racistas que partiam do pressuposto de que o homem branco era
naturalmente “superior”.
Essas justificativas utilizadas pelas nações imperialistas, no entanto, eram utilizadas para
encobrir os reais interesses que eram o de promover a exploração econômica dos locais
ocupados. Importante mencionar que o processo imperialista na África foi acompanhado de
movimentos de resistências que foram organizados pelas populações locais
Consequências
O Imperialismo foi muito intenso entre 1884 e 1914, mas até a segunda metade do século XX
existiam colônias europeias nos continentes mencionados. Entre as consequências deixadas
pelo Imperialismo, destacam-se:
•Demarcação de fronteiras artificiais que atualmente é motivo de tensão entre diversos países.
Além disso, a criação de nações artificiais contribuiu para sua instabilidade política após
conquistarem sua independência;
•Problemas étnicos surgidos por conta da política imperialista nesses locais. Destaca-se o caso
de tutsis e hutus, no antigo Congo Belga e atual Ruanda, e que resultou em um massacre em
Ruanda, em 1994;
•Violência da administração colonial dos europeus sobre as populações nativas. Novamente o
Congo Belga é um destaque, pois a administração colonial dos belgas foi responsável pela
morte de 10 milhões de pessoas;
•Exploração intensa que legou a África uma pobreza severa etc.

A Primeira Guerra Mundial

A I Guerra Mundial é o acontecimento que realmente dá início ao século XX, pondo fim ao que se
convencionou chamar de Belle Epoque – 1871-1914: período em que as grandes potências
europeias não entraram em guerra entre si e a burguesia viveu sua época de maior fastígio, graças
à expansão do capitalismo imperialista e à exploração imposta ao proletariado.
Os fatores que provocaram a I Guerra Mundial podem ser divididos em gerais e específicos.
Fatores gerais
•Disputa dos mercados internacionais pelos países industrializados, que não conseguiam mais
escoar toda a produção de suas fábricas. Tal concorrência era particularmente acirrada entre a
Grã-Bretanha e a Alemanha.
•Atritos entre as grandes potências devido a questões coloniais. Alemanha, Itália e Japão
participaram com atraso da corrida neocolonialista e estavam insatisfeitos com as poucas colônias
que haviam adquirido.
•Exacerbação dos nacionalismos europeus, manipulados pelos respectivos governos como um meio
de obter a adesão popular à causa da guerra. Há que considerar ainda o nacionalismo das
populações que se encontravam sob o jugo do Império Austro-Húngaro ou do Império Russo e
ansiavam pela independência.

História 21
Fatores específicos

•A França alimentava em relação à Alemanha um forte sentimento de revanchismo, por causa da


humilhante derrota sofrida na Guerra Franco-Prussiana de 1870-71, e desejava recuperar a
região da Alsácia-Lorena, perdida para os alemães naquele conflito.
•A Itália, cujo processo de unificação política ocorrera no século XIX, desejava incorporar as
cidades “irredentas” (não-redimidas) de Trento e Trieste, que continuavam em poder da
Áustria-Hungria.
•O Reino da Sérvia aspirava à formação de uma Grande Sérvia; para tanto, pretendia anexar o
vizinho Reino do Montenegro e as regiões da Bósnia-Herzegovina, Croácia e Eslovênia,
pertencentes ao Império Austro-Húngaro. As ambições sérvias eram respaldadas pela Rússia,
desejosa de consolidar sua influência nos Bálcãs para ter acesso ao Mar Mediterrâneo.
•O decadente Império Otomano (Turquia), apelidado O Homem Doente da Europa, vinha sofrendo
uma dupla pressão: da Rússia, que tencionava apossar-se dos estreitos do Bósforo e dos
Dardanelos, e da Grã-Bretanha, que desejava libertar as populações árabes do domínio turco, a
fim de poder explorar o petróleo do Oriente Médio. Tal situação levou o governo otomano a se
aproximar da Alemanha, em busca de ajuda técnica e militar.

Antecedentes

Depois de unificar a Alemanha em torno do Reino da Prússia, dando origem ao II Reich (Império
Alemão, 1871-1918), o chanceler (primeiro-ministro, nos países de língua alemã) Bismarck
procurou tecer uma Política de Alianças com as demais potências europeias, a fim de manter a
França isolada e neutralizar o revanchismo francês. Essa política teve sucesso (exemplo: a União
dos Três Imperadores, celebrada entre Alemanha, Áustria-Hungria e Rússia), mas foi abandonada
após 1890, quando Bismarck se afastou da vida política.
O novo imperador da Alemanha, Guilherme II (conhecido como o Kaiser, 1888-1918), adotou uma
política militarista que minou as relações com a Rússia e a Grã-Bretanha: a primeira irritou-se
com o estreitamento da aliança entre Alemanha e Áustria-Hungria, além do apoio dado pelos
alemães à Turquia; a Grã-Bretanha, já prejudicada com a concorrência industrial e comercial
alemã, inquietou-se com os planos do Kaiser no sentido de criar uma poderosa

marinha de guerra e construir uma ferrovia ligando Berlim a Bagdá (cidade do Império Otomano
relativamente próxima do Golfo Pérsico).
Em consequência, houve um remanejamento de posições das potências europeias. O resultado
foi a formação de dois blocos opostos:
Tríplice Aliança: Alemanha, Áustria-Hungria e Itália. Esta uniu-se à Alemanha em represália à
França, que frustrara a pretensão italiana de conquistar a Tunísia. Mas o fato de a
Áustria-Hungria fazer parte do bloco incomodava os italianos, devido à questão das “cidades
irredentas”.

Tríplice Entente: Inglaterra (ou melhor, Grã-Bretanha), França e Rússia. Esse nome vem de
Entente Cordiale (“Entendimento Cordial”) – forma como o governo francês definiu sua
aproximação com a Inglaterra, de quem a França era adversária tradicional.
O período que antecedeu a eclosão da I Guerra Mundial é conhecido pelo nome de Paz Armada,
pois as grandes potências, convencidas da inevitabilidade do conflito e até mesmo desejando-o,
aceleraram seus preparativos bélicos (exceto a Itália, que não estava bem certa do que iria fazer).
Por duas vezes, em 1905 e 1911, a Alemanha provocou a França a respeito do Marrocos, mas as
crises foram contornadas

História 22
O início da guerra

Até 1912, o enfraquecido Império Otomano ainda conservava nos Bálcãs uma faixa territorial que
se estendia de Istambul (antiga Constantinopla) ao Mar Adriático e incluía a Albânia. Entre 1912 e
1913, porém, perdeu quase todas essas terras para a Grécia, Bulgária e sobretudo para a Sérvia,
que deu os primeiros passos no sentido de implementar seu projeto da “Grande Sérvia”; a Albânia
tornou-se um Estado independente.
Em 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Fernando de Habsburgo, herdeiro do trono
austro-húngaro, visitava Sarajevo, capital da Bósnia, com sua esposa, quando ambos foram
assassinados por um jovem bósnio cristão ortodoxo (a imensa maioria dos bósnios era
muçulmana), partidário da união com a Sérvia. A Áustria-Hungria, alegando envolvimento do
governo sérvio no crime, apresentou uma série de exigências que foram rejeitadas pela Sérvia.
Em 28 de julho, a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia. No dia seguinte, a Rússia pôs suas
tropas em estado de prontidão, e a Alemanha fez o mesmo em 30 de julho. Na madrugada de 1º
de agosto, a Alemanha declarou guerra à Rússia, sendo imitada pelo governo austro-húngaro.
Grã-Bretanha e França, surpreendidas pela rapidez dos acontecimentos, não se moveram. Mas a
Alemanha, cujos planos de campanha estavam prontos desde 1911, declarou guerra à França em 3
de agosto. Na madrugada de 4, as tropas alemãs invadiram a Bélgica – que era neutra – para
surpreender os franceses com um ataque vindo de direção inesperada. A Bélgica, militarmente
fraca, não conseguiria conter os invasores, os quais deveriam alcançar rapidamente o Canal da
Mancha. Alarmado com essa perspectiva, o governo britânico declarou guerra à Alemanha na noite
de 4 de agosto.
Em uma semana, o que deveria ser mais um conflito balcânico transformara-se em uma guerra
europeia. A Itália somente entrou na luta em 1915; mas fê-lo contra a Alemanha e Áustria-Hungria,
porque Grã-Bretanha e França lhe prometeram – e depois não cumpriram – que os italianos
ganhariam algumas colônias alemãs na África (além de Trento e Trieste, naturalmente).
Durante a I Guerra Mundial, os blocos em conflito mudaram de denominação, passando a ser
conhecidos como:
Impérios Centrais: Alemanha, Áustria-Hungria, Turquia e Bulgária.
Aliados: Sérvia, Rússia, França, Bélgica, Grã-Bretanha, Japão, Itália, Romênia, EUA, Brasil etc.

O desenrolar do conflito

O plano de campanha dos alemães previa uma guerra em duas frentes; mas priorizava a Frente
Ocidental (contra os anglo-franceses), ainda que isso significasse perdas territoriais temporárias na
Frente Oriental (contra os russos). Assim, o Kaiser e seus generais esperavam derrotar
rapidamente seus inimigos do oeste, para depois voltar suas forças contra os russos.
Na Frente Ocidental, a I Guerra Mundial apresenta duas fases bem diferenciadas:
Guerra de movimento (agosto/novembro de 1914): Os alemães ocuparam quase toda a Bélgica
e também o norte da França. Mas não conseguiram tomar Paris nem dominar a costa francesa no
Canal da Mancha.

História 23
Guerra de trincheiras (novembro de 1914/março de 1918): Durante quase dois anos e meio, as
linhas de combate estabilizaram-se e os exércitos adversários procuraram abrigar-se em um
complexo sistema de trincheiras onde passaram praticamente a morar – convivendo com ratos,
parasitas e ainda com a lama ou o pó, o frio ou o calor, conforme a estação do ano. Protegidas
por intrincadas redes de arame farpado e por ninhos de metralhadora, eram posições muito
difíceis de conquistar. Os comandantes de ambos os lados, não preparados para essa nova
realidade, continuaram durante muito tempo a ordenar ataques frontais de infantaria, perdendo
dezenas de milhares de homens para avançar alguns quilômetros. O exemplo mais dramático
desse inútil sacrifício de vidas foi a luta pelas posições fortificadas francesas de Verdun. A luta,
que se arrastou por dez meses em 1916, provocou mais de um milhão de mortes e, no final, as
posições eram as mesmas quando do início da batalha.
Na Frente Oriental, o chamado “rolo compressor russo” (o maior exército do mundo) obteve
algumas vitórias iniciais, mas depois teve de recuar diante dos alemães e austro-húngaros. O
exército czarista era mal armado, mal organizado e mal comandado; mesmo assim, tentou
contra-ofensivas em 1915 e 1916, sofrendo baixas terríveis. No começo de 1917, os Impérios
Centrais controlavam firmemente a Polônia, a Lituânia, a Letônia e parte da Bielo-Rússia (todos
esses territórios faziam parte do Império Russo).
Na África e no Pacífico, a maioria das colônias alemãs caiu rapidamente em poder dos Aliados.
No Oriente Médio, um exército britânico passou a operar contra os turcos a partir de 1917; foi
auxiliado por um levante das tribos da Arábia, estimuladas pelo célebre agente inglês Thomas
Lawrence, conhecido como “Lawrence da Arábia”.
No Mar do Norte, a esquadra alemã defrontou-se com a britânica na Batalha da Jutlândia (1916),
mas não conseguiu romper o bloqueio marítimo imposto pelos Aliados.
1917: o ano decisivo
A Alemanha possuía a maior frota de submarinos entre os países beligerantes. Entretanto, os
comandantes dessas embarcações vinham se abstendo de torpedear navios de passageiros
(ainda que de bandeira inimiga) e quaisquer navios de países neutros. A exceção foi o
transatlântico inglês Lusitania, torpedeado em 1915 e que explodiu – provavelmente por estar
transportando secretamente munições norte-americanas para a Inglaterra.
Em janeiro de 1917, o governo alemão anunciou que iria iniciar uma campanha submarina “sem
restrições”; ou seja, seus submarinos torpedeariam quaisquer navios que tentassem alcançar
portos franceses ou britânicos. Essa decisão complicou a situação dos Aliados, pois a
Grã-Bretanha dependia de fornecimentos marítimos para sua própria sobrevivência.

Em março de 1917, estourou a Revolução Russa. O czar Nicolau II foi derrubado e um governo
provisório liberal (formado por aristocratas e burgueses) assumiu o poder. Oficialmente, a Rússia
continuou na guerra contra a Alemanha; mas seus soldados, esgotados e desmoralizados,
praticamente pararam de combater. Essa circunstância poderia permitir aos alemães deslocarem
tropas para a frente ocidental, derrotando definitivamente ingleses e franceses.
No decorrer da guerra, os Estados Unidos haviam-se tornado os grandes fornecedores dos
Aliados, aos quais vendiam desde alimentos até armas e munições. Grã-Bretanha, França e
outros países tinham acumulado débitos enormes junto aos empresários norte-americanos, os
quais não poderiam suportar o fantástico prejuízo advindo de uma possível derrota
anglo-francesa.

História 24
Por essa razão, em 6 de abril de 1917, tomando como pretexto o afundamento de cinco navios
norte-americanos por submarinos alemães, o presidente Wilson (o mesmo que em janeiro daquele
ano divulgara seus 14 pontos para uma paz justa), declarou guerra aos Impérios Centrais. Como o
país não tinha serviço militar obrigatório, foram necessários dez meses para treinar um enorme
exército que pudesse operar na Europa. Mas a marinha de guerra norte-americana entrou
imediatamente na luta contra os submarinos alemães, aliviando a grave situação dos ingleses.
1918: Cronologia do término do conflito
Fevereiro: Chegada das primeiras tropas norte-americanas à França.
Março: O governo bolchevique (comunista) russo, que fora instaurado em novembro de 1917,
assina o Tratado de Brest-Litovsk com a Alemanha, retirando a Rússia da guerra. No mesmo mês,
os alemães iniciam uma última ofensiva na frente ocidental, mas mais uma vez não conseguem
tomar Paris.
Julho: Contra-ofensiva aliada na França. Os alemães começam a bater em retirada.
Setembro: Capitulação (rendição) da Bulgária.
Outubro: Capitulação da Turquia.
Novembro: O Império Austro-Húngaro desintegra-se no dia 3. Áustria e Hungria assinam armistícios
(acordos de cessar-fogo) separados. No dia 9, irrompe uma revolução republicana na Alemanha;
fuga do Kaiser Guilherme II. No dia 11, o novo governo alemão assina um armistício com os
Aliados, na expectativa de serem observados os “14 Pontos” de Wilson (expectativa frustrada pela
dureza das condições impostas pelos vencedores).
Os tratados de paz
Em 1919, reuniu-se a Conferência de Paz de Paris, para a qual somente a Rússia não foi
convidada. Todavia, em vez de discussões amplas e abertas entre todos os envolvidos na Grande
Guerra (nome dado ao conflito de 1914-18 até 1939, quando começou a II Guerra Mundial), os
tratados de paz foram elaborados pelos Três Grandes – Wilson, dos EUA; Lloyd George, da
Grã-Bretanha; Clemenceau, da França – e impostos aos países vencidos.
O tratado mais importante foi o de Versalhes, que a Alemanha foi obrigada a assinar. Eis suas
cláusulas mais importantes:
A Alemanha foi considerada a única responsável pela eclosão da guerra.
Foram perdidas todas as colônias e vários territórios alemães na Europa (principais: a
Alsácia-Lorena, restituída à França; o Corredor Polonês, que dividiu a Alemanha em duas partes; o
porto de Danzig, transformado em cidade-livre).
Limitações militares: proibição do serviço militar obrigatório e da produção de aviões de combate,
tanques, canhões gigantes, navios de guerra de grande porte e submarinos, além da limitação do
exército alemão a 100 mil homens.
Pagamento de pesadíssimas reparações de guerra.
As duras (e injustas) condições do Tratado de Versalhes geraram entre os alemães um profundo
ressentimento, responsável em grande parte pela ascensão de Hitler ao poder– o que acabaria
levando à II Guerra Mundial.
Consequências da I Guerra Mundial
•11 milhões de mortos (destes, 8 milhões eram combatentes).
•Fim dos impérios Russo, Austro-Húngaro, Alemão e Otomano.
•Surgimento de novos Estados europeus:
Do desmembramento do Império Austro-Húngaro: Áustria, Hungria, Checoslováquia e Iugoslávia
(nome oficial da “Grande Sérvia”, criado em 1931).
Do desmembramento do Império Russo:
URSS, Finlândia, Polônia, Lituânia, Letônia e Estônia.

História 25
•Crise econômica generalizada, com especial gravidade na URSS, Itália e Alemanha.
•Surgimento dos regimes totalitários, tanto de esquerda (comunismo) como de direita (fascismo).
•Ascensão dos EUA à posição de maior potência mundial.
•Criação da Sociedade das Nações ou Liga das Nações – um dos poucos itens dos “14 Pontos”
que foram aproveitados.
•Existência de minorias étnicas com tendência separatista em vários países da Europa Central e
Oriental, criando graves focos de tensão.
O fim da Primeira Guerra Mundial está ligado ao início da Segunda, pois as perdas territoriais
alemãs iriam servir de justificativa para o expansionismo nazista. Na foto, um desfile das unidades
SS (força de elite da Alemanha Nazista).

Questões:
1. Qual a relação da Revolução industrial com o imperialismo?
2. Qual o objetivo da Conferência de Berlim?
3. Cite algumas das consequências do Imperialismo na África?
4. Quais os países que formavam a Tríplice Aliança?
5. Qual a relação da Revolução Russa com a Primeira Guerra Mundial?

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História 26
Geografia
Regionalização
A regionalização é uma categoria geográfica que permite a divisão dos países e do
mundo em grupos, portanto da sua classificação. O objetivo da classificação ou divisão mundial é a
necessidade de melhor entendê-lo e sintetizá-lo.
A regionalização implica a adoção de algum critério para estabelecer o agrupamento ou a
classificação. Existem diversos critérios para regionalizar o espaço geográfico. Vamos à descrição
de alguns. O critério físico-geológico determina o agrupamento dos países em continentes; o critério
socioeconômico determina o a classificação dos países em níveis de desenvolvimento social e
econômico. O critério tecnológico apresenta uma divisão pelo critério do domínio de investimentos
em pesquisas científicas e a sua materialização em bens tecnológicos; o critério político é adotado
para diferenciar a posição político-ideológico dos estados nacionais.
A regionalização norte-sul foi elaborada para designar a atual conjuntura socioeconômica
internacional, em substituição à antiga divisão do mundo em países de 1º, 2º e 3º mundo. Nessa
antiga divisão, o 1º mundo era composto pelas nações capitalistas desenvolvidas, caracterizadas
pelo elevado PIB e pelas melhores condições de vida das populações; o 2º mundo era composto
pelas nações socialistas, alinhadas à União Soviética e que se caracterizavam pelo alto grau de
estatização de sua economia; já o 3º mundo era formado pelas nações subdesenvolvidas, em
especial aqueles países que se declaravam como “não alinhados”, ou seja, que não tomavam
partido em favor de nenhum dos dois grandes polos mundiais: EUA e URSS.
A regionalização socioeconômica em norte-sul é bastante pertinente e atual porque permite
uma síntese bastante crítica da situação dos países em relação às condições de vida da população
e a situação da economia no contexto da globalização. Desse modo, podemos afirmar que temos
duas grandes situações no plano internacional contemporâneo, ou seja, os países desenvolvidos e
os países subdesenvolvidos.
O primeiro grupo, supracitado, é caracterizado por uma economia forte e boas condições de
vida da maioria da sua população. A economia forte é justificada pelo alto PNB e as condições de
vida são justificadas pelos bons indicadores sociais. Cabe destacar que neste grupo há uma
subdivisão a partir de uma diferenciação na situação socioeconômica, ou seja, uma parte com
melhor situação socioeconômica do que a outra parte. Queremos dizer que há “países mais
desenvolvidos e países menos desenvolvidos”.
O segundo grupo de países subdesenvolvidos também sofre uma subdivisão. Temos uma
parte de países deste grupo que apresenta uma economia mediana com PNB médio, porém, a
maioria da população apresenta péssimas condições de vida, evidenciando as graves
desigualdades sociais. De outro lado, uma porção de países deste grupo apresenta uma economia
fraca, com PNB baixo. Além disto, encontramos a maioria da população vivendo em

Geografia 28
péssimas condições de vida o que evidencia os indicadores sociais dessa parcela. Queremos dizer que nesse
grupo há países “mais subdesenvolvidos e países menos subdesenvolvidos”.

É necessário entender que a situação de desenvolvimento e subdesenvolvimento é o


resultado do movimento histórico do capitalismo, isto é, o capitalismo produziu áreas do planeta
com intensa prosperidade socioeconômica as custas da dominação e exploração de grande parte
dos países do globo, tornando-as empobrecidas nas esferas social e econômica. Portanto, as
relações de poder dentro de cada país e entre os países devem ser consideradas para o
entendimento das disparidades das nações.
Para concluir, devemos reafirmar que os países desenvolvidos apresentam problemas
socioeconômicos. O que devemos salientar que os problemas sociais e econômicos básicos foram,
de modo geral, resolvidos, mas que, em contexto de crise, a situação socioeconômica pode se
agravar. Enfim, a história é dinâmica e nunca é linear. Uma situação não perdura para sempre. A
historicidade também é válida ao grupo de países subdesenvolvidos, ou seja, a história é dinâmica,
está em movimento e a situação socioeconômica pode ser alterada a partir da disputa das relações
de poder entre as classes sociais.

Geografia 30
Subdesenvolvimento e desenvolvimento
1 - Países subdesenvolvidos
Países subdesenvolvidos são nações pouco industrializadas e bastante vulneráveis
economicamente. Além disso, apresentam baixos indicadores de desenvolvimento social. De
acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), países subdesenvolvidos, também
conhecidos como países menos desenvolvidos ou países menos avançados, são aqueles que
apresentam baixo desenvolvimento econômico e social.
São usados quatro critérios para classificar um país como subdesenvolvido:

Geografia 31
Os países que superam esses critérios deixam de fazer parte da lista de países menos desenvolvidos. Podemos
citar como países subdesenvolvidos: Niger, Afeganistão, Somália e Haiti.

Geografia 32
2 - Países desenvolvidos
Países desenvolvidos são nações que apresentam elevado desenvolvimento
socioeconômico. Essa classificação é feita a partir de critérios como IDH e renda per capita.
Países desenvolvidos são nações com elevado desenvolvimento econômico e
social. Essa classificação utiliza critérios como grau de riqueza, nível de industrialização e
desenvolvimento, Produto Interno Bruto (PIB), renda per capita e Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH). O desenvolvimento econômico é também um critério preponderante de
classificação.
São usados como sinônimos de países desenvolvidos termos como “países
industrializados” e “países de primeiro mundo”. Entre esses países, podemos destacar: Noruega,
Suíça, Suécia, Austrália, Japão e Estados Unidos.
Em relação à economia, os países desenvolvidos apresentam um grau de
industrialização bastante elevado, com predomínio dos setores industriais terciário (atividades do
comércio) e quaternário (serviços baseados no conhecimento e compartilhamento de informação).
Um fator relevante em relação ao desenvolvimento econômico é o Produto Interno
Bruto (PIB), que representa o valor monetário de bens e serviços produzidos por um país em um
ano, sendo um dos principais indicadores do potencial econômico de uma nação. A renda per
capita, que representa a média salarial por pessoa, também é considerada na classificação de
desenvolvimento de uma nação. Nos países desenvolvidos, o PIB e a renda per capita são altos,
e a distribuição de renda é geralmente homogênea.
No que diz respeito ao desenvolvimento social, o principal indicador é o Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH), que analisa o desenvolvimento social dos países com base em
quesitos como educação, saúde e renda. É uma referência numérica que varia de 0 a 1: quanto
mais próximo de 1, melhores são as condições de vida no país. Os países desenvolvidos
apresentam elevado IDH, portanto, apresentam boa qualidade de vida, elevada renda e grau de
educação. As taxas de mortalidade e de natalidade nesses países são baixas se comparadas às
de países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento.

Geografia 33
Questões
1. O primeiro parágrafo aponta o significado de subdesenvolvimento em poucas palavras.
Escreva esse apontamento.

2. Cite e explique os quatro critérios para classificar o subdesenvolvimento.

3. O que é desenvolvimento?

4. Quais os critérios utilizados para classificar um país em desenvolvido.

5. Escreva três características econômicas e três características sociais dos países


desenvolvidos.

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Geografia 34
Sociologia
Apostila do 1º semestre 3º série - EJA
1 – O ser humano é político por natureza
Muitas pessoas dizem não gostar de política. Esse sentimento se deve ao fato de muitos
pensarem que “fazer política” esteja reservado apenas aos partidos políticos e aos
representantes que escolheram nas eleições. A política, no entanto, está presente quando
discutimos os problemas sociais do país, questionamos o preço dos alimentos ou, quando nos
associamos em defesa de nossos direitos. Assim, dentre os muitos significados que o conceito
de política pode ter, destaca-se o que a define como a habilidade de buscar soluções para
problemas que dizem respeito a todos. Fazer política, portanto, não se resume apenas à
escolha de prefeitos, vereadores, deputados ou do presidente da república, mas também se
relaciona à participação de toda a sociedade em busca de um bem comum.
A origem da política
O conceito de política teve sua origem nas poleis (como eram chamadas as cidades-estados,
como Atenas e Esparta) da Grécia Antiga, civilização que ocupava uma porção continental e
várias ilhas, no Mar Mediterrâneo. Nessas cidades-estados se desenvolveu um modo de vida
que serviu de base para o modelo de cidade que conhecemos hoje: com um governo, uma
economia e um conjunto de leis que permitem aos indivíduos viver melhor coletivamente.
2 – O povo se manifesta
A democracia é um sistema de governo que se caracteriza pela ampla participação popular. A
liberdade política – a possibilidades de cidadãos podem escolher seus representantes,
participar decisões políticas e expressar livremente suas opiniões – é uma das principais
características do Estado Democrático. Esse exercício democrático pode acontecer de diversas
maneiras, sendo as eleições um dos meios mais importantes. Assim, podemos afirmar que o
voto é um importante instrumento democrático. É a partir dele que o cidadão pode escolher
quem representará e lutará por seus interesses. A Constituição do Brasil prevê o voto
obrigatório para todas as pessoas alfabetizadas com idade entre 18 e 70 anos. Para os não
alfabetizados o voto é facultativo, ou seja, não é obrigatório.
Os partidos políticos
A Constituição garante aos cidadãos o direito de se organizar em partidos- políticos – grupos
de pessoas que se reúnem de maneira organizada em torno de um mesmo ideal e que se
propõem em chegar ao poder mediante eleições. Assim, os principais objetivos dos partidos
políticos são a defesa dos interesses dos grupos que representam e a disputa por cargos
públicos em municípios, estados e no país. Ser membro de um partido político, porém, não
significa necessariamente ter de candidatar-se a um cargo público. Muitos membros são
apenas militantes dos partidos políticos, ou seja, defensores de suas ideias e propostas.
# Após a leitura dos textos acima, respondas as questões.
- Copie no caderno as questões com as respostas. (nome, nº e séries). Não esqueça
de identificar atividade.
1 Qual a origem da política?
2 Todas as pessoas fazem política? Explique a sua afirmação
3 Por que têm pessoas que falam que não gostam de política?
4 – Assinale nas alternativas abaixo, que representa a mais importante das
manifestações de cidadania.
a) escolher um partido político b) escolher quem o represente c) participar das
eleições d) votar E
e) nenhuma das alternativas
5 – Os militantes são apenas:
a) defensores do ideal do partido b) militantes c) políticos militantes d) partidos e)
todas estão certas
E-mail da Professora

Sociologia 36
Filosofia
MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. Tradução de Maurício Santana Dias. São Paulo: Penguin
Classics; Cia das Letras.
Nicolau Maquiavel, filósofo renascentista, foi o primeiro moderno a pensar a questão do
Estado Moderno. Seu pensamento se volta para a unificação da Itália – que, naquele período
(século XVI) era um conjunto de pequenos principados. Para ele, um Príncipe de virtù (sagaz,
inteligente e etc.) teria condições de unificar e fortalecer o grande reino da Itália, criando um
Estado forte e soberano. Igualmente, foi o primeiro pensador a separar a ética da política: a política
tem por função o poder do Estado e a paz interna e externa, não necessariamente a “bondade”.
Leia o texto abaixo e, em seguida, responda às questões.
Capítulo XVII: “Da crueldade e da piedade; e se é melhor ser amado que temido”.
Passando às outras qualidades citadas acima, digo que todo príncipe deve desejar ser tido
por piedoso, e não por cruel; contudo, ele deve estar atento para não usar mal a piedade. César
Bórgia era considerado cruel; no entanto, sua crueldade recuperou, uniu e pacificou a Romanha.
Assim, a um exame mais detido, ver-se-á que ele foi bem mais piedoso que o povo florentino, que,
a fim de evitar a fama de cruel, deixou que Pistoia fosse destruída[1]. Portanto um príncipe não
deve preocupar-se com a má fama de cruel se quiser manter seus súditos unidos e fiéis, pois com
pouquíssimos atos exemplares ele se mostrará mais piedoso que aqueles que, por excesso de
piedade, permitem uma série de desordens seguidas de assassínios e de roubos: estes costumam
prejudicar a todos, ao passo que aqueles, ordenados pelo príncipe, só atingem pessoas isoladas.
Dentre todos os soberanos, o príncipe novo é o menos capaz de escapar à fama de cruel, já que
os Estados recentes são cheios de perigos. Virgílio afirma pela boca de Dido: “A vida dura e o novo
reino me constrangem/ a guarnecer até as últimas fronteiras”, [Eneida i, vv. 563-4]. Todavia
convém ser comedido nas convicções e na ação, sem se deixar tomar pelo medo, procedendo
com temperança e humanidade, de modo que a excessiva confiança não o torne incauto nem a
desconfiança em excesso o torne intolerável.
Daí nasce uma controvérsia, qual seja: se é melhor ser amado ou temido. Pode-se
responder que todos gostariam de ser ambas as coisas; porém, como é difícil conciliá-las, é bem
mais seguro ser temido que amado, caso venha a faltar uma das duas. Porque, de modo geral,
pode-se dizer que os homens são ingratos, volúveis, fingidos e dissimulados, avessos ao perigo,
ávidos de ganhos;

[1]
Pistoia era submetida a Florença, que restaurou pela força a ordem na cidade depois que, em 1501-02, eclodiu um conflito entre duas facções
rivais. Maquiavel atuou pessoalmente nesse caso.

Filosofia 38
assim, enquanto o príncipe agir com benevolência, eles se doarão inteiros, lhe oferecerão o próprio
sangue, os bens, a vida e os filhos, mas só nos períodos de bonança, como se disse mais acima; entretanto,
quando surgirem as dificuldades, eles passarão à revolta, e o príncipe que confiar inteiramente na palavra
deles se arruinará ao ver-se despreparado para os reveses. Pois as amizades que se conquistam a
pagamento, e não por grandeza e nobreza de espírito, são merecidas, mas não se podem possuir nem gastar
em tempos adversos; de resto, os homens têm menos escrúpulos em ofender alguém que se faça amar a
outro que se faça temer: porque o amor é mantido por um vínculo de reconhecimento, mas, como os
homens são maus, se aproveitam da primeira ocasião para rompê-lo em benefício próprio, ao passo que o
temor é mantido pelo medo da punição, o qual não esmorece nunca.
Todavia o príncipe deve inspirar temor de tal modo que, se não puder ser amado, ao menos evite
atrair o ódio, já que é perfeitamente possível ser temido sem ser odiado. Isso só será viável se ele não
cobiçar os bens de seus cidadãos e de seus súditos, bem como as mulheres destes. E, quando for
imprescindível agir contra o sangue de alguém, que o faça por uma justificativa sólida e um motivo
evidente. Mas o mais importante é abster-se dos bens alheios, pois os homens se esquecem com maior
rapidez da morte de um pai que da perda do patrimônio; ademais, nunca faltam motivos para atentar contra
o bem de outrem, e aquele que começa a viver de rapina sempre encontra razões para apropriar-se do que é
alheio, ao passo que, para atentar contra a vida, as razões são mais raras e fugazes.
Porém, quando o príncipe está com seus exércitos e tem sob seu comando multidões de soldados,
não deve importar-se absolutamente com a fama de cruel, pois sem ela não se mantém um exército unido
nem disposto ao combate. Entre as notáveis ações de Aníbal, costuma-se ressaltar que ele, comandando um
exército imenso, constituído de soldados originários de várias nações e levados a guerrear em terras
estrangeiras, nunca deixou que emergissem dissensos, nem entre eles nem contra o príncipe, tanto na má
quanto na boa fortuna. E isso só foi possível graças à sua crueldade inumana — a qual, acrescida de suas
infinitas virtudes, o fez sempre venerável e temível diante de seus soldados. Sem ela, e sem seus efeitos,
toda sua virtude não teria bastado; e os historiadores, pouco ponderados neste ponto, em parte admiram
suas ações, em parte condenam seus motivos fundamentais.
O fato de que suas virtudes não teriam bastado pode ser aferido em um confronto com Cipião,
homem excepcional não só em sua época, mas também na memória de todos os tempos, cujos exércitos se
rebelaram na Espanha; mas tal revés só ocorreu por sua excessiva piedade, já que ele deu a seus exércitos
mais liberdade do que seria conveniente à disciplina militar. Por isso ele foi criticado por Fábio Máximo no
senado e acusado de corromper as milícias romanas. Cipião não

Filosofia 39
punira a insolência do legado que havia aniquilado os locrenses[1], nem vingara a morte destes, devido à
sua natureza complacente; tanto que alguém, tentando defendê-lo no senado, alegou que havia homens mais
capazes de não errar que corrigir os erros alheios. Com o tempo, tal natureza teria conspurcado a fama e a glória
de Cipião, caso ele persistisse nela estando no poder; porém, vivendo sob o governo do senado, essa sua danosa
qualidade não somente se ocultou, mas foi a principal causa de sua glória.
Portanto, voltando à questão de ser temido e amado, concluo que, se os homens amam de acordo com
sua vontade e temem segundo a vontade do príncipe, um príncipe sábio deve assentar-se naquilo que é seu, e
não no que é de outrem, precisando apenas, como foi dito, encontrar meios de escapar ao ódio.
• Segundo o texto do filósofo italiano Nicolau Maquiavel, para um governante (Príncipe) é preferível ser
amado ou temido? Explique sua resposta.
• Um bom governante deve se preocupar em ser:
1.Bom para todos. Mesmo aqueles que causam problemas devem ser compreendidos e acolhidos.
2.Mau. Pois as pessoas boas sofrem e, portanto, o bom acaba sendo “bobo”.
3.Amado. Mesmo que às vezes seja necessário o uso da força, é preferível ser amado.
4.Amado e temido, pois um Príncipe que não é respeitado acaba gerando discórdias desnecessárias e,
assim, é preciso ser inflexível com todos e adquirir respeito pelo uso da força.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos das desigualdades entre os
homens [1756].
Jean-Jacques Rousseau foi um dos principais filósofos do período do Iluminismo Francês. Foi o
primeiro a contestar o “poder da Razão”: para ele, o uso da Razão não nos levaria necessariamente à felicidade
e à liberdade. A Razão, tal como era vista pelos filósofos no século XVIII, seria completamente boa e levaria a
humanidade à sua plena realização. A única voz a discordar disso, colocando questões quanto ao alcance da
Razão foi Rousseau.
Leia o texto abaixo, extraído do Discurso sobre a origem da desigualdade entre os homens, também
conhecido como Segundo Discurso, e responda as questões a seguir.

[1]
Locri Epizéfiro se situava na Calábria. Maquiavel pretende fazer comparações — elaboradas nos Discursos — entre Aníbal e Públio Cornélio
Cipião, conhecido como Cipião Africano Maior (236-182 a.C.), que derrotou Aníbal durante as guerras púnicas em Zama, no ano de 202 a.C.

Filosofia 40
“O primeiro que, tendo cercado um terreno, se lembrou de dizer: Isto é meu, e encontrou pessoas
bastantes simples para o acreditar, foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Quantos crimes, guerras,
assassínios, misérias e horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou
tapando os buracos, tivesse gritado aos seus semelhantes: "Livrai-vos de escutar esse impostor; estareis
perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos, e a terra de ninguém !". Parece, porém, que as coisas já
tinham chegado ao ponto de não mais poder ficar como estavam: porque essa ideia de propriedade,
dependendo muito de ideias anteriores que só puderam nascer sucessivamente, não se formou de repente no
espírito humano: foi preciso fazer muitos progressos, adquirir muita indústria e luzes, transmiti-las e
aumentá-las de idade em idade, antes de chegar a esse último termo do estado de natureza. Retomemos, pois,
as coisas de mais alto, e tratemos de reunir, sob um só ponto-de-vista, essa lenta sucessão de acontecimentos
e de conhecimentos na sua ordem mais natural.
[...]
Esses primeiros progressos colocaram, finalmente, o homem ao alcance de os fazer mais rápidos.
Quanto mais o espírito se esclarecia, tanto mais a indústria se aperfeiçoava. Logo, deixando de adormecer na
primeira árvore, ou de se retirar nas cavernas, encontraram-se certas espécies de machados de pedras duras e
afiadas que serviram para cortar a madeira, cavar a terra e fazer cabanas de galhos, que ocorreu, em seguida,
endurecer com argila e barro. Foi a época de uma primeira revolução que formou o estabelecimento e a
distinção das famílias e que introduziu uma espécie de propriedade, de onde já nasceram, talvez, muitas rixas
e combates. Entretanto, como os mais fortes foram, provavelmente, os primeiros a fazer alojamentos que se
sentiam capazes de defender, é de se acreditar que os fracos tenham achado mais simples e mais seguro
imitá-los do que tentar desalojá-los: e, quanto aos que já tinham cabanas, cada qual pouco procurou
apropriar-se da do vizinho, menos porque lhe não pertencia do que lhe era inútil, não podendo apossar-se dela
sem se expor a um combate muito vivo com a família que a ocupava.
[...]
Eis, precisamente, o grau a que tinham chegado a maior parte dos selvagens que nos são conhecidos;
e, foi por não terem distinguido suficientemente as ideias e notado como esses povos já estavam longe do
primeiro estado de natureza, que muitos se apressaram em concluir que o homem é naturalmente cruel e tem
necessidade de polícia para abrandá-lo; ao passo que não há nada tão doce como ele em seu estado primitivo,
quando, colocado pela natureza a distâncias iguais da estupidez dos brutos e das luzes funestas do homem
civilizado, e limitado, igualmente, pelo instinto

Filosofia 41
e pela razão, a se preservar do mal que o ameaça, é impedido pela piedade natural de fazer mal a quem
quer que seja, não sendo por nada levado a isso, mesmo depois de o ter recebido. Porque, segundo o axioma do
sábio Locke, não pode haver injustiça onde não há propriedade.
Mas, é preciso notar que a sociedade começada e as relações já estabelecidas entre os homens exigiam
neles qualidades diferentes das que tinham em sua constituição primitiva; que a moralidade, começando a se
introduzir nas ações humanas, e cada um, antes das leis, sendo único juiz e vingador das ofensas recebidas, a
bondade conveniente ao puro estado de natureza não era mais a que convinha à sociedade nascente; que era
preciso que as punições se tornassem mais severas à medida que as ocasiões de ofender se tornassem mais
frequentes; e que ao terror das vinganças cabia fazer as vezes do freio das leis. Assim, embora os homens se
tivessem tornado menos tolerantes, e a piedade natural já tivesse sofrido certa alteração, esse período do
desenvolvimento das faculdades humanas, guardando um justo meio entre a intolerância do estado de natureza
e a petulante atividade de nosso amor-próprio, devia ser a época mais feliz e mais durável. Quanto mais se
reflete sobre isso, mais se acha que esse estado, era o menos sujeito às revoluções, o melhor para o homem, e
do qual ele só teve de sair por um funesto acaso, que, para a utilidade comum, nunca teria devido verificar-se,
O exemplo dos selvagens, que estiveram quase todos nesse estado, parece confirmar que o gênero humano fora
feito para nele ficar sempre; que foi essa a verdadeira juventude do mundo, e que todos os progressos ulteriores
foram, aparentemente, outros tantos passos para a perfeição do indivíduo, mas, de fato, para a decrepitude da
espécie.
Enquanto os homens se contentaram com as suas cabanas rústicas, enquanto se limitaram a coser suas
roupas de peles com espinhos ou arestas de pau, a se enfeitarem com plumas e conchas, a pintar o corpo de
diversas cores, a aperfeiçoar ou embelezar os seus arcos e flechas, a talhar com pedras cortantes algumas
canoas de pesca ou grosseiros instrumentos de música; em uma palavra, enquanto se aplicaram exclusivamente
a obras que um só podia fazer, e a artes que não necessitavam o concurso de muitas mãos, viveram livres, sãos,
bons e felizes ,tanto quanto podiam ser pela sua natureza, e continuaram a gozar entre si das doçuras de uma
convivência independente. Mas, desde o instante que um homem teve necessidade do socorro de outro; desde
que perceberam que era útil a um só ter provisões para dois, a igualdade desapareceu, a propriedade se
introduziu, o trabalho tornou-se necessário e as vastas florestas se transformaram em campos risonhos que foi
preciso regar com o suor dos homens, e nos quais, em breve, se viram germinar a escravidão e a miséria, a
crescer com as colheitas.
A metalurgia e a agricultura foram as duas artes cuja invenção produziu essa grande revolução. Para o
poeta, foram o ouro e a prata; mas, para o filósofo, foram o ferro e o trigo que civilizaram os homens e
perderam o gênero humano. Tanto um como o outro eram desconhecidos dos selvagens da América, os quais,
por isso, sempre ficaram como tais; os outros povos parecem

Filosofia 42
mesmo que continuaram bárbaros enquanto praticaram uma dessas artes sem a outra. E uma das
melhores razões, talvez, porque a Europa foi, se não mais cedo, pelo menos mais constantemente e mais bem
policiada de que as outras partes do mundo, é que ela é, ao mesmo tempo, a mais abundante em ferro e a mais
fértil em trigo.
[...]
A invenção das outras artes foi, pois, necessária para forçar o gênero humano a se aplicar à da agricultura.
Desde que eram precisos homens para fundir e forjar o ferro, eram necessários outros para nutrir os primeiros.
Quanto mais se multiplicava o número de operários, tanto menos eram as mãos encarregadas de prover à
subsistência comum, sem que houvesse menos bocas para consumir; e, como uns precisavam de comestíveis
em troca do seu ferro, os outros acharam enfim o segredo de empregar o ferro na multiplicação dos
comestíveis. Daí nasceram, de um lado, a lavoura e a agricultura, e, de outro, a arte de trabalhar os metais e de
multiplicar-lhe os usos.
Da cultura das terras resulta necessariamente a sua partilha, e, da propriedade, uma vez reconhecida, as
primeiras regras de justiça: porque, para dar a cada um o seu, é preciso que cada um possa ter alguma coisa; de
resto, como os homens começassem a levar suas vistas para o futuro, vendo todos que tinham alguns bens que
perder, não houve nenhum que não receasse para si a represália dos males que pudesse causar a outrem. Essa
origem é tanto mais natural quanto é impossível conceber a ideia da propriedade surgindo fora da mão de
obra; porque não se vê o que, para se apropriar das coisas que não fez, possa o homem acrescentar-lhe além do
seu trabalho. Só o trabalho, dando direito ao cultivador sobre o produto da terra que lavrou, lhe dá, por
conseguinte sobre o fundo, pelo menos até à colheita, e assim todos os anos; e isso, constituindo uma posse
contínua, transforma-se facilmente em propriedade.”
•A origem das desigualdades entre os humanos é:
1.Natural.
2.Divina – Deus cria os seres diferentes e, portanto, ninguém deve tentar ser igual aos outros.
3.A Propriedade Privada.
4.A inteligência – aqueles que são inteligentes tendem a ser melhores que os demais.
•Explique, com suas palavras, quais problemas Rousseau vê relacionados à origem da propriedade privada.

Filosofia 43
• Conforme Rousseau, o desenvolvimento das ciências e das artes (da Razão,
portanto) trouxeram coisas boas e coisas ruins. No lado bom, a evolução humana.
No lado ruim, as desigualdades de acesso. Além disso, o uso da Razão, para o
filósofo iluminista, era problemático porque:
1.Fez com que o humano se perdesse de sua verdadeira essência.
2.Porque a Razão nos afasta de Deus e da Revelação Divina.
3.Porque o uso da Razão impede que os Homens adquiram bens, glorifiquem seus
trabalhos e aproveitem seus salários.
4.Não há uso mau da Razão, ela é sempre boa.

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Filosofia 44
Matemática
1º-Bimestre – Agosto / 2020 – (Porcentagem)

A água é fundamental para a vida. Nada é mais abundante do que a água no planeta, mas
apenas menos de 1% de toda a água do planeta pode ser aproveitada para consumo! Dentre os
múltiplos usos da água, temos: o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a produção
de energia elétrica e as atividades de lazer e recreação.
É muito importante a preservação do ambiente e imprescindível o uso racional da água. Em
uma casa, no Brasil, 200 litros de água diários são distribuídos assim: 27% para consumo (cozinhar,
beber água), 25% para higiene (banho, escovar os dentes), 12% para lavagem de roupa, 3% para
outros (lavagem de quintal etc.) e, finalmente, 33% para descarga de banheiro.

(Fontes de pesquisa: www.uniagua.org.br e www.pnud.org.br)

1) De acordo com texto. Qual a quantidade de litros de água utilizada para consumo?
(a) 34L (b) 44L (c) 54L (d) 64L (e) 74L

2) De acordo com o texto. Qual a quantidade de litros de água utilizados diariamente?


(a) 50L (b) 100L (c) 150L (d) 200L (e) 250L

3) De acordo com o texto. Qual item mais utilizamos água?


(a) Banheiro (b) Lavar quintal (c) Lavar roupa (d) Higiene (e) Consumo

4) De acordo com o texto. Qual o consumo mensal em litros de água de uma casa?
(a) 2000L (b) 3000L (c) 4000L (d) 5000L (e) 6000L

5) Sendo o custo da água em reais de R$26,00 até 10m³ de água. Qual o custo da quantidade de
água utilizada pela casa em referência a questão anterior. Sabendo que 1m³ é igual a 1000 litros.
(a) R$30,00 (b) Menos que R$30,00 (c) R$35,00 (d) R$45,00 (e) R$50,00

Matemática 46
Os impactos econômicos causados pelo novo coronavírus (Covid-19) já estão sendo sentidos
em nível global. No Brasil, com as medidas de isolamento, as consequências financeiras chegam para
todos, principalmente para dois grupos específicos no país: micros e pequenos empresários; e os
profissionais que não possuem carteira assinada (estes correspondem a 41% da população).
Sabendo disso e conscientes do impacto da doença pelo mundo, se faz necessário nos
prepararmos paras as incertezas do futuro. Por isso, nós, do Portal Boa Vontade, listamos algumas
dicas que você pode colocar em prática para economizar nesse momento de isolamento social.
Confira!
1) ORGANIZE-SE - A organização das contas familiares é o primeiro passo para começar a
economizar, uma vez que é a partir desse ponto que você saberá quais custos pode arcar e quais terá
que cortar do seu orçamento.
Portanto, faça um levantamento de todos os gastos da família. Pode parecer que esse
processo será cansativo e demorado, mas, na verdade, uma hora semanal é o suficiente para reunir
todas as informações de que precisa.
2) CORTE GASTOS - Depois do orçamento ter sido levantando, é importante que você
identifique todos os seus gastos mensais e os classifique por importância. Dessa forma, você saberá
quais custos podem ser cortados sem causar um impacto ruim para a família.
3) ECONOMIZE ENERGIA - Essa dica pode parecer bem simples, mas ficar em casa no
período de isolamento social para evitar o contágio do coronavírus pode deixar a conta de luz mais
cara por causa do aumento do uso da energia, principalmente se você estiver fazendo home office ou
está com crianças sem ir para a escola.
4) ECONOMIZE NO SUPERMERCADO - Por meio de atitudes simples você pode economizar
até 30% nas suas compras.
Por exemplo: faça uma lista de compras antes de sair de casa; monte um planejamento
semanal das refeições, assim você saberá o quanto precisa comprar e ainda evita desperdícios;
experimente novas marcas, às vezes pré-julgamos marcas mais baratas quando, na verdade, elas
podem ser melhores que as mais caras; e, por fim, vá ao mercado sozinho, não somente por conta do
coronavírus, mas também porque já foi comprovado que quando vamos ao supermercado
acompanhados tendemos a comprar mais coisas.
5) TENHA UMA RESERVA FINANCEIRA - A reserva financeira é o apoio de que você
precisará em uma futura emergência. Por isso, é sempre bom separar um valor para guardar e usar
somente quando for extremamente necessário.
6) PESQUISE PREÇOS - Essa é uma das bases para a economia doméstica: quando for
comprar qualquer coisa, não importa o que seja, pesquise os preços antes de finalizar a compra.
Há muitas ferramentas on-line que você pode utilizar e que facilitam nessa tarefa. Dependendo
do produto é fundamental conhecer os valores da loja física e da virtual. Muitas vezes a diferença do
preço é gritante e a economia pode chegar a 80%.
7) CONSUMO CONSCIENTE - O consumo consciente é uma boa maneira de economizar e
ainda contribuir com o meio ambiente. Há vários meios de vender o que não se utiliza mais, uma
ótima oportunidade de liberar espaço no armário e ganhar um dinheiro extra.
E aí? Já sabe quando vai colocar essas dicas em prática?

Matemática 47
1) Se atualmente a população brasileira é de aproximadamente 200 milhões.
Quantos profissionais não possuem carteira assinada?
(a) 8,2 milhões (b) 82 milhões (c) 82 mil (d) 820 mil (e) 8,2
bilhões

2) De acordo com a organização apresentada, qual item você cortaria os gastos?


(a) Água (b) Energia (c) Fone/Internet (d) Alimentação (e)
Vestuário

3) No item 5 é mencionado uma reserva financeira. Para uma família composta


por 4 pessoas, qual o valor referencial para uma reserva financeira?
(a) R$1,00 (b) R$15,00 (c) R$1000,00 (d) R$100000,00 (e)
R$1000000,00

4) Qual a sua maior preocupação durante essa pandemia?


(a) Desemprego (b) Alimentação (c) Vestuário (d) Saúde (e)
Automóvel

5) Quantas dicas foram informadas para auxiliar em economizar?


(a) 7 (b) 5 (c) 3 (d) 2 (e) 10

E-mail das Professor

Matemática 48
Física
ELETRICIDADE
CARGA ELÉTRICA
A matéria é constituída por átomos, que são estruturados basicamente a partir de
três partículas elementares: o elétron, o próton e o nêutron (é importante ressaltar
que essas não são as únicas partículas existentes no átomo, mas para o nosso
propósito elas são suficientes). Em cada átomo há uma parte central muito densa, o
núcleo, onde estão os prótons e os nêutrons. Os elétrons, num modelo simplificado,
podem ser imaginados descrevendo órbitas elípticas em torno do núcleo, como
planetas descrevendo órbitas em torno do Sol. Essa região periférica do átomo é
chamada de eletrosfera.

Experimentalmente provou-se que, quando em presença, prótons repele prótons, elétrons repele
elétrons, ao passo que próton e elétron atraem-se mutuamente. O nêutron não manifesta nenhuma
atração ou repulsão, qualquer que seja a partícula da qual se aproxima.
Dessas experiências é possível concluir que prótons e elétrons apresentam uma propriedade, não
manifestada pelos nêutrons, denominada carga elétrica. Convenciona-se:
Carga elétrica positiva (+) => próton
Carga elétrica negativa (–) => elétron
Verifica-se que, quando um átomo apresenta um número de prótons igual ao número de elétrons, o
átomo é eletricamente neutro. Se o átomo perder um ou mais elétrons, o número de prótons no
núcleo passa a predominar e o átomo passa a manifestar propriedades elétricas, tornando-se um
íon positivo. Se o átomo receber elétrons, ele passará a manifestar um comportamento elétrico
oposto ao anterior e tornar-se-á um íon negativo.

Física 50
Portanto, um corpo estará eletrizado quando o número total de prótons for diferente do número total de elétrons.
nP < ne => corpo eletrizado negativamente
nP > ne =>corpo eletrizado positivamente
nP = ne => corpo neutro
Princípio Básico das ações elétricas estabelece que: “corpos com cargas de mesmo sinal repelem-se e corpos
com cargas de sinais contrários atraem-se”.
PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO
Eletrização por Atrito
Duas substâncias de naturezas diferentes, quando atritadas, eletrizam-se com igual quantidade de cargas em
valor absoluto e de sinais contrários.
Se atritarmos vidro com seda, elétrons migrarão do vidro para seda, portanto o vidro ficará eletrizado
positivamente e a seda negativamente.

Eletrização por Contato


Quando um corpo neutro é posto em contato com um corpo eletrizado, eletriza-se com carga do
mesmo sinal.

Eletrização por Indução


Quando um corpo neutro é colocado próximo de um corpo eletrizado, sem que exista contato,
o corpo neutro tem parte das cargas elétricas separadas (indução eletrostática), podendo ser
eletrizado.

Física 51
OBS: Caso a região ligada à terra seja positiva, haverá deslocamento de elétrons da terra para o
corpo, fazendo com que o corpo fique negativo.

QUESTÕES:
1. Descreva a Carga Elétrica:
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
2. Explique a Eletrização por Indução:
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
3. Quando um átomo apresenta um número de prótons igual ao número de elétrons, o átomo é
eletricamente:
A) ( ) íon positivo
B) ( ) neutro
C) ( ) íon negativo
D) ( ) carregado
4. A eletrização por atrito ocorre quando:
A) ( ) Quando um corpo neutro é posto em contato com um corpo eletrizado.
B) ( ) Quando um corpo neutro é colocado próximo de um corpo eletrizado, sem que exista contato, o
corpo neutro tem parte das cargas elétricas separadas.
C) ( ) Duas substâncias de naturezas diferentes, quando atritadas, eletrizam-se com igual quantidade de
cargas em valor absoluto e de sinais contrários.
D) ( ) Todas as alternativas estão incorretas.
5. O princípio básico das ações elétricas estabelecem que______________________________________
_____________________________________________________________________________________

E-mail do Professor

Física 52
Química
TEXTO 1

Carbono

O carbono, um dos elementos mais versáteis já encontrados, é responsável pela maioria dos
compostos existentes e está presente nos principais ciclos biológicos dos seres
vivos.O carbono é um dos elementos mais versáteis que encontramos na natureza, em razão
de sua larga aplicação industrial e, principalmente, pela presença em composições celulares e
compostos naturais. Apesar da associação negativa com o aquecimento global, o carbono é o
elemento-base da Química Orgânica, sendo responsável pela maioria dos compostos
existentes na natureza.

Onde é encontrado?
O carbono está presente, em maior parte, em compostos orgânicos, que são compostos
derivados desse elemento, sejam eles naturais (como na composição de proteínas, na
estrutura do DNA, nos minerais e ainda em combustíveis fósseis e nos biocombustíveis),
sejam sintéticos (por exemplo, fibras sintéticas de tecidos, fármacos, plásticos, borracha etc.).
O carbono também aparece ligado ao oxigênio na composição do gás carbônico (CO2),
presente na atmosfera e dissolvido na água. Apesar da associação negativa com o efeito
estufa, o carbono faz parte de ciclos vitais, como da fotossíntese e da respiração celular.
O carbono apresenta alótropos, que são substâncias simples diferentes formadas pelo mesmo
elemento químico. Existem pelo menos sete alótropos do carbono. Os mais conhecidos e que
aparecem com mais frequência no nosso cotidiano é a grafite (alfa e beta) e o diamante. Mas
ainda existem os fulerenos e os nanotubos, que são materiais sintéticos feitos exclusivamente
de carbono.

Para que serve?


Devido à facilidade em formar compostos, o carbono possui várias utilizações, que vão
desde usinas de produção de energia até a fabricação de joias. Na forma de combustíveis
fósseis, o carbono é utilizado para abastecer máquinas em indústrias e usinas, além de
abastecer meios de transporte.
Na metalurgia, o carbono é adicionado a ligas metálicas de aço. O isótopo C-14, por sua vez,
é utilizado na datação de materiais orgânicos antigos encontrados em sítios arqueológicos.
Seus alótropos também possuem diversas utilizações: o diamante é utilizado na fabricação
de joias e também em máquinas de corte devido à sua dureza. O grafite é utilizado na
fabricação de lápis e objetos de escrita e na fabricação de eletrodos e
de lubrificantes sólidos. Os nanotubos e fulerenos são objetos de estudos com o intuito de
produção de novos materiais.

Características
As características físicas desse elemento variam de acordo com sua forma alotrópica. Por
exemplo, o diamante é totalmente transparente, enquanto o grafite é preto e opaco.
Em relação à condutividade elétrica, apenas o grafite é um bom condutor, já o restante
apresenta boa condutividade térmica em condições ambientes de temperatura e pressão.
Sobre o estado físico, todos os alótropos são sólidos em temperatura ambiente

Química 54
TEXTO 2

Curiosidades do carbono

Algumas curiosidades sobre o carbono e seus compostos:


•Cerca de 20% do peso dos organismos vivos é referente ao carbono.
•O carbono é o 4° elemento mais abundante no Universo.
•O grafeno, um dos alótropos do carbono, é o material mais fino e mais forte já conhecido.
•Existem mais compostos que possuem carbono em sua fórmula do que os que não contêm.
•Apesar de poder ser quebrado, o diamante é o material de maior dureza já conhecido, podendo
riscar qualquer outro material.
•O isótopo do carbono C-12 é utilizado pela União Internacional de Química Pura e Aplicada
(IUPAC) desde 1977, como referência para calcular as massas atômicas dos outros elementos
químicos.
•O diamante é um material cobiçado por muitos devido ao seu brilho e grau de dureza.
Quem descobriu o carbono?
O carbono já é conhecido desde a Antiguidade em seus diversos usos
como carvão e grafite, por isso não se tem uma informação precisa sobre a data e seu
descobridor.
O francês Antoine Lavoisier batizou-o de carbo (carvão), em 1789. Desde então, o carbono
passou a fazer parte de diversas pesquisas científicas e esteve presente em vários trabalhos
no decorrer da história.

Química 55
O carbono é um elemento não metálico, localizado no 2° período na família 14 (família do
carbono), possui número atômico 6 e massa atômica aproximadamente igual a 12. Assim
como outros elementos da mesma família, o carbono é tetravalente, ou seja, forma quatro
ligações com outros elementos. Seu símbolo é C.
Resumo
O carbono é um elemento indispensável para a manutenção da vida terrestre, pois
está presente em todos os seres vivos e em diversos compostos naturais ou sintéticos que
fazem parte do nosso cotidiano.
Por ter uma enorme facilidade de ligar-se quimicamente com outros elementos, podendo ser
eles metálicos ou não, o carbono compõe uma gama enorme de compostos químicos, que
vão desde estruturas complexas como o nosso DNA até substâncias mais simples, como uma
simples molécula de gás carbônico.
Fonte: https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/carbono.htm

ATIVIDADES
•Indique o símbolo, número atômico e massa atômica do
carbono.________________________________________________________________________________
__________________________________________________
•Cite dois derivados do carbono conhecidos desde a
antiguidade._____________________________________________________________________________
__________________________________________________
•Onde pode ser encontrado o carbono?
_______________________________________________________________________________________
__________________________________________________
•Onde o carbono pode ser
utilizado?_______________________________________________________________________________
__________________________________________________
•A razão pela qual existe um número tão elevado de compostos de carbono é:
a) O carbono reage vigorosamente com muitos elementos.
b) O átomo de carbono tem uma valência variável.
c) Os átomos de carbono podem unir-se formando cadeias.
d) Os átomos de carbono formam ligações iônicas facilmente.

E-mail da Professora

Química 56
Biologia
Classificação dos Seres Vivos (texto 1)
A classificação dos seres vivos é parte da sistemática, ciência que estuda as relações
entre organismos, e que inclui a coleta, preservação e estudo de espécimes, e a análise dos
dados vindos de várias áreas de pesquisa biológica.
O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os
animais pelo tipo de reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto
classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo.
Nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos começaram a delinear o atual sistema
de categorias, ainda baseados em características anatômicas superficiais. No entanto, como a
ancestralidade comum pode ser a causa de tais semelhanças, este sistema demonstrou
aproximar-se da natureza, e continua sendo a base da classificação atual. Lineu fez o primeiro
trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.
De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas
em gêneros. Os gêneros são reunidos, se tiverem algumas características em comum, formando
uma família. Famílias, por sua vez, são agrupadas em uma ordem. Ordens são reunidas em
uma classe. Classes de seres vivos são reunidas em filos. E os filos são, finalmente,
componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e Animalia).

Biologia 58
Vírus (texto 2)
Os vírus são seres muito simples e pequenos (medem menos de 0,2 µm), formados
basicamente por uma cápsula proteica envolvendo o material genético, que, dependendo do tipo
de vírus, pode ser o DNA, RNA ou os dois juntos (citomegalovírus).
A palavra vírus vem do Latim vírus que significa fluído venenoso ou toxina. Atualmente é
utilizada para descrever os vírus biológicos, além de designar, metaforicamente, qualquer coisa
que se reproduza de forma parasitária, como ideias.
Das 1.739.600 espécies de seres vivos conhecidos, os vírus representam 3.600 espécies.
Vírus é uma partícula basicamente proteica que pode infectar organismos vivos. Vírus
são parasitas obrigatórios do interior celular e isso significa que eles somente se reproduzem

pela invasão e possessão do controle da maquinaria de auto-reprodução celular.

Ilustração do vírus HIV mostrando as proteínas do capsídeo responsáveis pela aderência na célula
hospedeira.

Tipicamente, estas partículas carregam uma pequena quantidade de ácido nucleico (seja
DNA ou RNA, ou os dois) sempre envolto por uma cápsula proteica denominada capsídeo. As
proteínas que compõe o capsídeo são específicas para cada tipo de vírus. O capsídeo mais o
ácido nucleico que ele envolve são denominados nucleocapsídeo. Alguns vírus são formados
apenas pelo núcleo capsídeo, outros no entanto, possuem um envoltório ou envelope externo ao
nucleocapsídeo. Esses vírus são denominados vírus encapsulados ou envelopados.

Biologia 59
São as moléculas de proteínas virais que determinam qual tipo de célula o vírus irá infectar.
Geralmente, o grupo de células que um tipo de vírus infecta é bastante restrito. Existem vírus que
infectam apenas bactérias, denominadas bacteriófagos, os que infectam apenas fungos,
denominados micófagos; os que infectam as plantas e os que infectam os animais, denominados,
respectivamente, vírus de plantas e vírus de animais.

Esquema do Vírus HIV


Os vírus não são constituídos por células, embora dependam delas para a sua multiplicação.
Vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Em muitos casos os vírus modificam o metabolismo
da célula que parasitam, podendo provocar a sua degeneração e morte. Para isso, é preciso que o
vírus inicialmente entre na célula: muitas vezes ele adere à parede da célula e "injeta" o seu material
genético ou então entra na célula por englobamento - por um processo que lembra a fagocitose, a
célula "engole" o vírus e o introduz no seu interior.
Vírus, seres vivos ou não?
Vírus não têm qualquer atividade metabólica quando fora da célula hospedeira: eles não
podem captar nutrientes, utilizar energia ou realizar qualquer atividade biossintética. Eles obviamente
se reproduzem, mas diferentemente de células, que crescem, duplicam seu conteúdo para então
dividir-se em duas células filhas, os vírus replicam-se através de uma estratégia completamente
diferente: eles invadem células, o que causa a dissociação dos componentes da partícula viral; esses
componentes então interagem com o aparato metabólico da célula hospedeira, subvertendo o
metabolismo celular para a produção de mais vírus.

Biologia 60
Há grande debate na comunidade científica sobre se os vírus devem ser considerados seres vivos
ou não, e esse debate e primariamente um resultado de diferentes percepções sobre o que vem a
ser vida, em outras palavras, a definição de vida. Aqueles que defendem a ideia que os vírus não
são vivos argumentam que organismos vivos devem possuir características como a habilidade de
importar nutrientes e energia do ambiente, devem ter metabolismo (um conjunto de reações
químicas altamente inter-relacionadas através das quais os seres vivos constroem e mantêm seus
corpos, crescem e performam inúmeras outras tarefas, como locomoção, reprodução, etc.);
organismos vivos também fazem parte de uma linhagem contínua, sendo necessariamente
originados de seres semelhantes e, através da reprodução, gerar outros seres semelhantes
(descendência ou prole), etc.
Os vírus preenchem alguns desses critérios: são parte de linhagens contínuas, reproduzem-se e
evoluem em resposta ao ambiente, através de variabilidade e seleção, como qualquer ser vivo.
Porém, não têm metabolismo próprio, por isso deveriam ser considerados "partículas infecciosas",
ao invés de seres vivos propriamente ditos. Muitos, porém, não concordam com essa perspectiva,
e argumentam que uma vez que os vírus são capazes de reproduzir-se, são organismos vivos;
eles dependem do maquinário metabólico da célula hospedeira, mas até aí todos os seres vivos
dependem de interações com outros seres vivos. Outros ainda levam em consideração a presença
massiva de vírus em todos os reinos do mundo natural, sua origem - aparentemente tão antiga
como a própria vida - sua importância na história natural de todos os outros organismos.

ATIVIDADE

1ª) Quais os reinos de seres vivos descritos no texto 1?


2ª) Qual a “classe” descrita na imagem do texto 1? Cite três exemplos de seres vivos
pertencentes a esta classe.
3ª) Descreva as principais características dos vírus, texto 2 (reposta dissertativa de 5 a 8
linhas):
4ª) Responda de acordo com o texto 2, os vírus possuem material genético, justifique! Se sim
descreva qual(ais) o(s) tipo(s) de material genético.
5ª) A respeito dos vírus serem ou não seres vivos – defenda um desses posicionamentos
baseada nas informações do texto 2 (resposta dissertativa de 5 a 8 linhas):

E-mail do Professor

Biologia 61
Escola Estadual

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