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#CURRÍCULO#

Claudiana Marcela Siste Charal

●Mestre em Promoção da Saúde no Envelhecimento Ativo (Unicesumar)


● Licenciatura Plena em Educação Física (CESUMAR)
● Especialista em Neuroaprendizagem (Unicesumar)
● Especialista em Tecnologias Aplicadas no Ensino A Distância (UniFCV)
● Especialista em Docência no Ensino Superior: Tecnologias Educacionais e Inovação
(Unicesumar)
● Tutora Pedagógica (UniFCV)
● Professora orientadora de trabalho de conclusão de curso da Pós-Graduação (UniFCV)
● Professora conteudista na área da Educação (UniFCV/UniFATECIE)
● Experiência no Ensino Superior (presencial e a distância) desde 2019 até os dias
atuais.
● Experiência em gestão e empreendimento de academia de 2003 a 2015.

Acesse meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/7940297809849482

Charles Bronne da Silva de Araujo e Souza


● Licenciatura em Educação Física (Universidade Estadual de Maringá -UEM)
● Especialista Em Metodologia do Ensino da Educação Física (Faculdade Eficaz)
● Tutor Pedagógico (UniFCV)
● Professor de Educação Física do Município de Paiçandu-PR

Acesse meu currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/1597962657524439

APRESENTAÇÃO DA APOSTILA

Livro: GESTÃO E EMPREENDEDORISMO


Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professor Especialista Charles Bronne da Silva de Araujo e Souza
Olá aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de “Gestão e Empreendedorismo”,
onde buscaremos conhecimentos sobre a gestão e empreendedorismo para auxiliar na
identificação de oportunidades, resolução de problemas e investimento em
projetos/ações positivas na área da Educação Física!

Portanto, no decorrer desta apostila você estudará a gestão e o


empreendedorismo desde o contexto mais amplo até por fim focarmos no esporte.
Assim, a apostila foi dividida de maneira criteriosa em introdução, quatro unidades e
conclusão, bem como sugestões de leitura complementar, livros e filmes, a fim de
sustentar todo o conteúdo de forma a transmitir o máximo de conhecimento sobre essa
temática,

Na Unidade I, “Administração, Empreendedorismo E Marketing”, você tomará


conhecimentos sobre conceitos gerais da administração, empreendedorismo e
marketing e sua aplicabilidade no esporte, assim como as estratégias para o sucesso
profissional.

Na Unidade II, “Gestão Esportiva”, iremos explorar a gestão no contexto esportivo,


desde o setor de gestão de pessoas, planejamento estratégico, plano de negócios,
também abordaremos sobre modelos de gestão em alguns países, as TIC's que estão
sendo utilizadas hoje no âmbito esportivo, as políticas públicas no esporte, assim como
estruturas/organizações do sistema esportivo brasileiro e gestão esportiva/clubes e
instalações em espaços públicos e privados.

Na Unidade III, "Projetos No Segmento Esportivo", vamos iniciar a aprendizagem


sobre como de fato é ser um gestor, vamos conceituar e caracterizar os projetos
esportivos, assim como entender como se gerencia um projetos esportivos, quais as
técnicas, como empreender, liderar, motivar, desenvolver e desempenhar este projeto.
Após, iremos abordar sobre a organização, comercialização, capacitação de recursos e
patrocínios para um evento esportivo e quais são as ética e responsabilidade social
necessárias nas organizações.
Na Unidade IV, "Foco No Esporte", definitivamente colocar a "mão na massa",
vamos discorrer sobre a gestão de eventos no esporte, conceituando e apresentando os
tipos de competição esportiva, bem como os sistemas de disputa, modelos de chaves e
os regulamentos e códigos desportivos.

Por fim, lembre-se caro(a) estudante com o conteúdo desta disciplina você está
aumentando seu leque de conhecimento, rumo em direção à formação profissional em
Educação Física, portanto, o texto apresentado não deve esgotar as probabilidades do
pensar sobre os conteúdos apresentados.
Dessa maneira, vamos iniciar nosso trabalho, e que a cada unidade você consiga
refletir acerca das temáticas abordadas e lembre-se que este é apenas o início da sua
caminhada.

Bons estudos!
UNIDADE I
ADMINISTRAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E MARKETING
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza

Plano de Estudo:
• Conceitos: administração e empreendedorismo
• Administração e gerência aplicadas ao contexto esportivo
• Legislação empresarial
• Sucesso profissional e suas estratégias
• Marketing esportivo: conceituação, gestão, produtos e serviços

Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar de forma generalizada os termos administração e empreendedorismo
• Compreender como a administração/gerência é aplicada ao contexto esportivo
• Apresentar a importância das legislações empresariais e alguns de seus
benefícios
• Identificar quais são as estratégias do sucesso profissional como empreendedor,
gestor, administrador, nos mais variados níveis de negócios
• Conceitualizar Marketing esportivo e a importância de sua gestão, identificando os
produtos e os serviços oferecidos
INTRODUÇÃO

Olá, aluno(a), seja-vindo à primeira unidade da apostila de “Gestão e


Empreendendorismo”! Estou muito feliz em poder compartilhar com vocês esse
material no qual foi elaborado especialmente para contribuir em sua formação
acadêmica.
Provavelmente você já ouviu falar de Gestão e Empreendedorismo. Mas
realmente entende para que serve? O por que de fato vem sendo tão importante em
nossa sociedade? Principalmente no meio esportivo? Talvez sim, talvez não. Mas o
fato é que eles estão mais presentes em nosso meio do que podemos ver e imaginar.
Por isso proponho que este espaço seja compartilhado de aprendizagem e
conhecimento, proporcionando a você ferramentas suficientes para desempenhar
com sucesso sua carreira profissional.
Nesta unidade você vai dar o primeiro passo a caminho desse mundo, pois
você vai entender o conceito de administração e empreendedorismo, bem como
esses são aplicados ao contexto esportivo. Além disso, como funciona no Brasil as
legislações empresariais compreendendo quais os benefícios do empreendedor,
conhecendo e entendendo estratégias importantes para que você tenha sucesso em
sua carreira profissional. Além disso, iremos elencar os conceitos do marketing
esportivo e a importância da gestão, bem como os produtos e os serviços que este
oferece.
Considerando a relevância desse estudo, para a disciplina Gestão e
Empreendedorismo e para sua formação acadêmica, devido eles serem a base para
que você possa atuar profissionalmente, espero que você aproveite ao máximo todo
o conhecimento e conteúdo produzido, pois foi dedicado unicamente para você!

Bons estudos!

1 CONCEITOS: ADMINISTRAÇÃO E EMPREENDEDORISMO


Administração

Quando falamos em administração, logo vem a ideia de planejamento,


organização, direção e controle, esses são também pontos fundamentais da
administração, porém sua essência vai muito muito além, administração, caracteriza
uma governabilidade, gestão de uma organização/empresa de maneira que quando
administrada seja através de um planejamento, organização, direção, e controle.
Podemos dizer que a administração possui diversas características como
aponta Montana e Charnov (2005), onde se trabalha através da participação de
outras pessoas a fim de realizar objetivos estipulados pela organização/empresa e
de seus colaboradores, ou seja, a administração possui um período de atividades
interligadas, almejando alcançar resultados positivos, dispondo da utilização dos
recursos físicos e materiais, além de incluir atividade de planejamento, organização,
direção e controle.
Seguindo as características da administração apontadas por Montana e
Charnov (2005), identificamos que o planejamento mencionado, é relativo aos
objetivos traçados para alcançar as metas, identificando e averiguando os recursos,
este pode ter duração de meses até anos. A organização é o processo estruturado
objetivando atingir resultados positivos do planejamento.
A direção, é utilizado quando se faz necessário tomada de decisões, onde os
objetivos e planejamentos são aperfeiçoados, e por fim temos o controle, este no
qual é possível compreender todo o processo realizado até o momento, conduzir e
distinguir os resultados alcançados, para que possa iniciar um novo ciclo (MONTANA
E CHARNOV, 2005).
Chiavenato (1996), afirma que existem diversos modelos de organizações,
cada qual possui seu nível de influência, por exemplo, organização empresarial,
organização política entre outras. O nível da organização estratégica é caracterizado
pela figura do gestor e o nível tático, onde sua notoriedade está em manter o controle.
As organizações formais, dispõem de uma ordem hierárquica com regras e padrões,
devido às necessidades de se adequar por conta de um mundo empresarial cada
vez mais competitivo.
Já na origem latina, a palavra administração tem o significado de ad = direção
para, tendência e minister = subordinação ou obediência, dessa maneira pode-se
dizer que administração significa aquele que presta serviço a outro, ou ainda,
administração pode ser definida como a ciência que estuda os principais problemas
de uma empresa, a fim de aprimorar seu desempenho utilizando métodos de
planejamento, organização, direção e controle. (Chiavenato, 1996).
Podemos dizer que a administração é a gestão que atua e garante a
sobrevivência de uma empresa, pois esta é responsável por verificar, operar,
determinar prazos de uma empresa (SEBRAE, 2021).
Administração é conceituada como a ciência social voltada para práticas
administrativas de uma organização, ou seja, o gerenciamento de recursos
financeiros e humanos para atingir objetivos da empresa, onde tem como princípios
básicos planejar, organizar, dirigir e controlar (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2021).
Dessa maneira a administração conta com grandes desafios no qual pode
impactar indiretamente ou diretamente o setor atuante, pois devido a diversos
aspectos como tecnológicos, políticos, sociais, setoriais, econômicos se modificarem
constantemente conduzem empresas a desafiarem estrategicamente em busca de
sobrevivência através do sucesso em seus resultados (PORTAL DA EDUCAÇÃO,
2021).
As funções atribuídas ao setor da administração incluem tomadas de decisões
, negociações, estabelecimentos de metas, identificação e resolução de problemas,
organização de recursos e liderança de pessoas (PORTAL DA EDUCAÇÃO, 2021).
Dessa maneira, pode-se dizer que a atuação do setor administrativo é
essencial e eficaz em uma empresa, pois estuda conhecer o cenário no qual a
mesma está inserida, os fatores que geram oportunidades para o sucesso,
estabelecem aonde se quer chegar de acordo com os recursos investidos, bem como
é de caráter administrativo conhecer os pontos positivos e negativos interno e
externo das empresas assim como as ameaças existentes no ambiente externo, ou
seja, este permite que independente das mudanças ocorrentes, a empresa alcançará
o resultado almejado através de estratégias de negociação, habilidade para tomada
de decisões e boa observação das situações de forma global e sistêmica (PORTAL
DA EDUCAÇÃO, 2021).

Empreendedorismo

Podemos definir empreendedorismo como a capacidade de um indivíduo


identificar os problemas e as oportunidades, assim desenvolver resultados,
designando recursos na criação de algo benéfico para a sociedade, gerando
mudanças concretas e efeitos no dia a dia das pessoas (SEBRAE, 2021).
Joseph Schumpeter (1982), afirma que o empreendedorismo está associado
de modo direto à inovação, e o empreendedor é o encarregado pelos novos projetos,
por exemplo, introduzir recursos mais modernos, criar métodos, abrir novas
organizações/empresas ou mercados, etc., ou seja, o empreendedorismo, percebe
e aproveita as oportunidades existentes no contexto dos negócios (SEBRAE, 2021).
Muitos se questionam o que é de fato empreendedorismo devido atualmente
o mesmo ser visto como opção de "carreira" pela falta de estabilidade e visão a longo
prazo (SEBRAE, 2021).
Embora este seja um assunto em pauta, o empreendedorismo ainda é foco
de desconhecimento e confusão, pois o termo é interpretado de diferentes formas,
para uns “empreendedor” é sinônimo de “empresário”, aquele que tem um negócio
próprio, de preferência inovador (SEBRAE, 2021).
Podemos encontrar também aqueles que acreditam que empreendedorismo
é uma postura exercida diante da vida. Seguindo este pensamento buscamos a
origem da palavra empreendedor, de origem francesa que define como “alguém que
se encarrega ou se compromete com um projeto ou atividade significante”, ou seja,
inaugurar uma empresa entende-se como um projeto/atividade significativa na vida
do indivíduo (SEBRAE, 2021).
No início do século XX Schumpeter, um dos pioneiros do empreendedorismo
o relacionou com à inovação, onde um produto após seu ciclo será substituído por
novos produtos, por este motivo, muitos autores citam Schumpeter frequentemente,
pois concordam com este raciocínio, e acreditam que no empreendedorismo é
preciso dedicar-se, assumir riscos e receber recompensas de satisfação e
independência financeira e pessoal (HISRICH; PETERS; SHEPHERD, 2017).
Portanto, o empreendedor é capaz de imaginar, desenvolver e realizar,
partindo de um planejamento visando o futuro, onde permite-se definir condições
favoráveis para estabilizar seu empreendimento (FILION, 1999).

2 ADMINISTRAÇÃO E GERÊNCIA APLICADAS AO CONTEXTO ESPORTIVO


Para falarmos sobre conceitos e definições de gestão, administração,
empreendedorismo e marketing esportivo, é importante ressaltar que este estudo
engloba conhecimentos multidisciplinares, que a partir dos anos sessenta foi exibido
com maior consistência.
Zouain e Pimenta (2003), afirma que os gestores esportivos são incumbidos
de atividades referentes ao conhecimento profissional sobre a ciência do esporte e
as atividades em gerais além das suas áreas de atuação, e estes conhecimentos
podem ser divididas em quatros categorias de relações empresariais: Atividades de
Gerência geral, Gerência Organizacional, Gestão de informação e Ciência do
Esporte e do Exercício.
Em 1971, alguns estudos já apontavam que as indústrias esportivas
destinadas à educação física, esporte e recreação já estavam em evolução, portanto,
não reportavam-se temas como gestão ou administração esportiva (COSTA, 2011).
Desde o século XIX a administração/gestão esportiva era uma atividade de
apoio à Educação Física e ao esporte na Europa e nos EUA, era responsável pela
liderança e organização do esporte, ética, marketing, comunicação, finanças,
economia, negócios em contextos sociais, legislação e preparação profissional
(NOLASCO et al., 2006).
Importante ressaltar que existem muitas terminologias utilizadas para Gestão
esportiva, assim podemos muitas vezes ouvir, e vamos citar diversas vezes
terminologias diferentes, porém segundo Bastos e Mazzei (2012) possuem o mesmo
significado, algumas delas são: administração esportiva, gestão desportiva e gestão
do esporte.
Bastos e Mazzei (2012), afirmam que independente do cargo exercido pelo
indivíduo que desenvolve atividades administrativas (presidência, gerência,
supervisão, direção, etc.) este é tido como gestor esportivo.
Quando falamos em atividades esportivas ou físicas no geral, independente
se conduzidas para competições de alto nível, participação popular ocasional ou
regular, práticas de lazer e de saúde, se estas respeitam um nível de organização,
direção racional estamos nos referindo a gestão esportiva ou administração do
esporte (NOLASCO et al., 2006; CÁRDENAS & FEUERSCHÜTTE, 2014).
Dessa maneira podemos entender que Gestão no Esporte é uma área
multidisciplinar, onde a Ciências do Esporte e da Administração são as principais
fonte de conhecimento, um através do conhecimento das práticas esportivas,
necessidades para com o desempenho esportivo, individual, social, econômico e
cultural de quem pratica, o outro pelos aspectos relacionados ao planejamento,
estratégia, governança, finanças, recursos humanos, marketing,
empreendedorismo, etc. (Commission on Sport Management Accreditation
[COSMA], 2021).
Assim, quando se administra algo referente ao esporte se faz necessário que
o gestor domine demasiadamente o âmbito da prática, da atividade, do serviço, do
produto esportivo, pois a gestão só se consolida através das características
presentes no esporte, motivo este que o torna uma das maiores manifestações da
humanidade (RUBIO, 2010).
É comum encontrarmos erros estapafúrdios ao se tentar gerenciar o esporte,
agindo como se este fosse meramente uma empresa, ou seja, gerência sem
compreender e respeitar suas características e peculiaridades.
Infelizmente podemos ver hoje no Brasil, que quando um indivíduo procura
uma carreira continuada em administração, gestão ou gerência esportiva, encontra-
se diversos cursos de tecnólogo, porém, não se encontra cursos de graduação,
mestrado ou doutorado específicos, assim é comum encontrarmos profissionais da
Educação Física e do Esporte, a procura de cursos de especialização em Gestão de
Esporte com a esperança de fundamentar-se de maneira mais eficiente a fim de
realizar as ações e decisões na empresas/organizações em que atuam (MAZZEI;
AMAYA, & BASTOS, 2013).
Quando dizemos que a busca pela eficiência nas tomadas de decisões e nas
ações, estamos nos referindo como as metas e os objetivos traçados pela
organização/empresa são alcançados, quais recursos foram utilizados para que
fosse possível atingir as metas e objetivos propostos (CHIAVENATO, 2011).
Para estar inserido no contexto da administração e/ou gerência no âmbito do
esporte, além das características necessárias como perfil, competências e
profissionalismo, é indispensável para atuar como gestor, que este mantenha sua
jornada de educação continuada, pois o mesmo deve possuir uma vasta vista de sua
organização/empresa do futuro e do cenário atual no qual que está inserido.
Existe uma vasta área de atuação para os profissionais que almejam entrar
no mercado de trabalho no campo da gestão do esporte como programas esportivos,
industriais, comunitários, recreativos, entidades sociais (ACM, SESC, SESI, SENAC,
sindicatos etc.), mídias esportivas, centros de treinamento, clubes academias,
federações, etc. (ZOUAIN E PIMENTA, 2005; REZENDE, 2000).
Quando um indivíduo passa a empreender seu próprio negócio, ou são
promovidos à cargos níveis superiores, independente de sua especialidade (médico,
engenheiro, educadores, etc.), necessariamente se transformam em gestores, pois
necessitam adquirir novas posturas, conhecimentos, competências, habilidades,
para que possam desenvolver atividades exigidas pelo cargo e alcançar as metas
estabelecidas pela organização/empresa, independente da complexidade das
situações (FLEURY, 2002; FEUSTEL, 2004).
Para poder ingressar no mercado segundo Zouain e Pimenta (2003), é
necessário que o gestor esportivo tenha conhecimentos e vivência no esporte, do
contrário o mesmo pode vir a sofrer resistência e até ser rejeitado neste ambiente.

3 LEGISLAÇÃO EMPRESARIAL
Em 1988 estabeleceu-se a ordem econômica através da Constituição Federal,
esta foi fundada a partir da livre iniciativa e na relevância do trabalho humano, diante
do cumprimento de diversos princípios, a ordem econômica assegura a todos uma
existência digna através da ordem da justiça social (COMPARATO, 1996).
No entanto, apenas um código constitucional não representa ser capaz de
proporcionar o desenvolvimento econômico necessário para as atividades
empresariais, mesmo que este tenha como objetivo “desenvolvimento nacional” e a
“erradicação da pobreza” (COMPARATO, 1996).
Embora aparentemente imprecisos os princípios e fundamentos da ordem
econômica, estes estão diretamente ligados aos objetivos primordiais da República,
onde o desenvolvimento ideal busca melhoria na qualidade de vida das pessoas,
diminuindo a desigualdade social (COMPARATO, 1986).

Quando falamos em legislação empresarial, nos deparamos com o termo


"livre iniciativa", este que por sua vez compreende-se pelo direito praticado pelo
cidadão ao iniciar um negócio empresarial exercido por estabelecimentos privados,
onde existe o direito de desenvolver qualquer atividade econômica direcionada a
lucrar rendimentos com responsabilidade, pautada na Constituição e na lei
(CARVALHOSA, 1972).
Para que a atividade empresarial se desenvolva é necessário que a
regulamentação dos princípios mencionados estabeleça interesses na organização
empresarial, intervindo nas estruturas econômicas de modo estabelecer a inclusão
e oportunidades para com os envolvidos. Assim, as declarações de interesses, serão
guias para que as leis sejam aplicadas, analisando os afetados pelo ato e os
interesses de valores (CARVALHOSA, 1972).
O Projeto de Lei (PL) no 1572/2011, apresentado como nova proposta pela
Câmara de Deputados, é considerado irrelevante e desfavorável, mesmo que as
relações do comércio requerem mudanças legislativas contínuas (PIKETTY, 2011).
Mas as mudanças realizadas no "novo" PL do Código Comercial não traz
inovações quanto à evolução da legislação empresarial, ou seja, repetem diversos
artigos, onde se esquecem da valorização do trabalho humano, reconhecendo a
necessidade da empresa privada, colocando o lucro como fator principal de
motivação da iniciativa privada e a importância da proteção jurídica do investimento
privado (PREBISH, 2000).

No que cita a função social, novamente abrange o quesito desenvolvimento


econômico, social e cultural como sendo da comunidade, região e/ou do país
(PORTUGAL, 2013). E para finalizar o último artigo do Código, se apresenta como
sendo o suficiente para áreas relacionadas às atividades empresariais, onde o
mesmo deixa impedido que outros princípios ou referências surjam neste âmbito
(VEIGA, 2019).
Ao falarmos em legislação empresarial é importante além de falarmos sobre
Códigos, leis, citarmos sobre o desenvolvimento de políticas públicas, Santos e
Olalde (2015), pois este envolve o estado, no qual pode operar sozinho ou em união
com organizações governamentais ou privadas (FERNANDES SILVA et al., 2013;
SILVEIRA et al., 2019).
Quando o assunto são os pequenos empresários, podemos citar o Estatuto
da Microempresa, onde institui procedimentos diferentes, simples e que favorecem
empresas de pequeno porte no que se refere ao domínio fiscal, seguridade social,
ao trabalho, créditos e no desenvolvimento da empresa. (SILVEIRA et al., 2019).
Nos últimos 30 anos, a lei Lei Geral das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte de de 07 de agosto de 2014, apontou o melhoramento no ambiente
de negócios no âmbito dessas empresas, através da da concretização e a segurança
de um tratamento diferente, no qual pudesse favorecer a mesma, objetivando seu
desenvolvimento e fortalecimento, na pretensão de gerar rendas, oportunidades,
redução da informalidade e inclusão social. Dessa maneira, Schwingel e Rizza
(2013), mencionam que as mudanças realizadas na Lei mencionada, buscam elevar
as ações de risco de pequenos empreendedores, através do desenvolvimento de
ideias criativas, gerando inovações, visto que esta é considerada fundamental para
o desenvolvimento do país, pois auxilia na implantação de novos produtos e serviços
no mercado (SILVEIRA et al., 2019).
Não menos importante para nosso estudo, em 19 de dezembro de 2008, foi
criada a Lei Complementar n. 128 denominada Lei do Empreendedor Individual ou
Microempreendedor Individual (MEI) na intenção de formalizar os trabalhadores
anônimos, ou seja, aqueles trabalhadores que atuavam por conta própria, que por
sua vez começaram a contribuir e receber de maneira mais fácil, por ser parte do
mercado formal, os benefícios (SCHWINGEL E RIZZA, 2013; LOPES, 2012).
O MEI é provido de diversos benefícios para os pequenos e médios
empreendedores, no Portal do Empreendedor (2015), podemos encontrar alguns
como: cobertura previdenciária (auxílio doença, aposentadoria por idade, salário
maternidade, pensão e auxílio reclusão); contratação de funcionário com custos
baixos (registros com baixo custo, salário mínimo ou o piso da categoria); isenção
de taxas para o registro da empresa (processos de formalização gratuito,
pagamentos apenas de INSS, redução de tributos); ausência de burocracia e
controle simplificado (ausência de burocracia, única declaração, limite no
faturamento anual, serviço de contabilidade facultativo); compras e vendas em
conjunto (formação de consórcios com o fim de realizar compras, associação de
MEIs para a comercialização de produtos); emissão de alvará pela internet
(atividades comerciais, industriais ou de serviços autorizados pela Prefeitura
gratuito); serviços gratuitos (rede de empresas contábeis); acesso a novos
mercados e serviços bancários (transações com mercados que exigem nota fiscal e
a venda para o governo); linhas de crédito para empréstimos e financiamentos,
acesso a serviços de pessoa jurídica); segurança jurídica (segurança jurídica para
que as regras atuais não sejam alteradas) (SILVEIRA et al., 2019).
4 SUCESSO PROFISSIONAL E SUAS ESTRATÉGIAS

Para que possamos ter sucesso em nossa jornada profissional como


empreendedor, gestor, administrador, nos mais variados níveis de negócios, se faz
necessário adquirir habilidades que dividiu em três grupos, são elas: Técnicas - onde
é necessário ter a habilidades sobre conhecimentos qualificados e procedimentos
particulares, podendo ser adquirido através da instrução; Humanas - onde a
compreensão é fator importante para liderar com competência, pois é preciso
interagir com pessoas e as atitudes; Conceituais - referem-se a conhecimentos
gerais da instituição empregadora, ou seja, é fundamental inteirar sobre cada setor,
suas competências, e o motivo de sua existência (SEBRAE, 2021).
Na carreira profissional, o caminho é extenso, se faz necessário muito estudo
continuado e conhecimentos gerais e específicos, contato social, tão bem como bons
projetos, planos e planejamentos de negócio, porém para se conquistar a carreira
almejada como um empreendedor é necessário desenvolver algumas características
relacionadas à personalidade e ao talento, essas que podem ser consolidadas no
decurso da vida, como otimismo; autoconfiança, coragem, persistência e resiliência
(SEBRAE, 2021).
Chiavenato (2011), vai mais adiante sobre o sucesso na profissão, afirmando
que a imagem e o sucesso da organização/empresa depende de como se
comportam as pessoas frente a mesma, e o desempenho depende do
comportamento dos colaboradores, ou seja, a postura como você atua dentro da
organização/empresa, vai direcionar você ao cargo de acordo no qual a empresa
objetiva alcançar perante a sociedade.
Lacombe (2012), menciona que os líderes devem possuir condições de
exercer funcionalidades, deveres e responsabilidades, devem ser motivados,
competentes, ter habilidades em intercalar objetivos pessoais e organizacionais,
além de democrático, delegando não apenas tarefas e sim poderes a fim de estimular
seus colaboradores, esses também são fundamentais para manter a
organização/empresa no mercado (LACOMBE, 2012).
Alguns profissionais da área da gestão apontam que organização e talento
são a “chave” para o sucesso, portanto, para que os resultados sejam expressivos é
necessário que se entenda organização como: trabalho em equipe, liderança e
planejamento (LACOMBE, 2012).
Para Fleury (2002), além da formação acadêmica é necessário qualificações
pessoais para profissionais que atuam nessa área, como: 1) Agir - O que e por que
se faz (julgar, escolher, decidir); 2) Mobilizar Recursos: Colaboração, mobilizar
recursos, competências; 3) Comunicar - Entender e transmitir informações; 4)
Aprender - Conhecimentos, experiências, desenvolvimento; 5) Engajar E
Comprometer - Empreendimento, dedicação, assumir riscos; 6) Assumir
Responsabilidades - Agir assumindo as consequências; 7) Visão Estratégica -
Conhecimento, entendimento da organização, identificando oportunidades.
Os aprimoramentos profissionais mais procurados nos dias atuais são
recorridos através de especializações (pós graduação – lato sensu), podendo
também ser encontrado através de disciplinas específicas baseando-se em
fundamentação teórica nos cursos de formação profissional (graduação).
Porém, é evidente que a formação a nível curricular em termos administrativos
é fundamentalmente fraca para os estudantes de Educação Física, pois embora
importante ainda nos dias atuais existe falta de condições curriculares, levando a
formação prioritariamente a nível de especialização quando o mesmo precisa operar
como gestor esportivo.
Assim é importante compreender então que além do conhecimento
acadêmico, o profissional necessita adquirir diferentes experiências profissionais,
além de capacidades e habilidades específicas juntamente com as características
pessoais, bem como interagir diante a organização/empresa, são de extrema
importância para a definição de competência (ZOUAIN E PIMENTA, 2003).
Amaral e Bastos (2015), sugerem que o gestor esportivo deve dispor de
algumas competências fundamentais e complexas para atuar na função,
independente da atividade ou organização/empresa em que vai exercer o cargo,
como por exemplo: possuir capacidade de julgar e lidar com políticas, dominar as
ferramentas da administração, demonstrar habilidades e capacidades em coordenar
pessoas e recursos em sua organização/empresa.
5 MARKETING ESPORTIVO: CONCEITUAÇÃO, GESTÃO, PRODUTOS E
SERVIÇOS

Marketing esportivo - Conceito:

Rocha e Platt (2015), mostram que a palavra Marketing era apoiada na


relação somente no que se referia a troca, conhecido na época também por
escambo, este fato gerava desvinculação entre o comprador e vendedor, quando de
fato surgiu o Marketing como é nos dias atuais proporcionou maiores vantagens às
organizações/empresas envolvidas (VEIGA, 2019).
Marketing derivou-se da palavra inglesa Markt = mercado, tornando-se muito
utilizada no Brasil, porém muitas vezes de maneira/circunstâncias equivocada
(RICHERS, 2017).
Como mencionado, ao falarmos em marketing, é necessário nos atentarmos,
pois é comum confundir com diversas outras definições como propaganda, imagem,
marca, publicidade, etc. Podemos definir Marketing segundo Kotler (1998) como o
processo social e gerencial onde necessita-se criar, ofertar e trocar produtos de
valores uns com os outros, ou seja, quando um indivíduo compra um produto, este
devido ao produto satisfazer suas necessidades, está respondendo a um processo
de marketing.
Sandhusen (2003) define marketing como sistema eficiente e justo no qual
direciona o fluxo de bens e serviços de uma economia, ou seja, o sistema entre
produtores e consumidores a fim de realizar os objetivos de uma sociedade. Para
este autor, o marketing é capaz de aumentar os níveis de atividades de negócios, as
oportunidades de investimento e ainda gerar emprego (VEIGA, 2019).
Kotler e Keller (2012), explicam de forma simples o conceito de marketing,
estes argumentam que a função principal do marketing é corresponder às
necessidades e vontades das pessoas com o objetivo de gerar renda. Já Fleury,
Alejandro e Feldmann (2014), afirmam que marketing necessita ser uma ferramenta
aplicada através de estratégias desenvolvidas aplicada a fim de beneficiar as partes
envolvidas na relação e adquirir a lealdade do cliente por um período longo, ou seja,
a empresa e o consumidor, o profissional responsável pelo marketing da organização
deve desenvolver estratégias para fidelizar o cliente e manter a relação de
preferência e confiança por um longo prazo.
O Marketing esportivo surgiu devido a evolução do Marketing, onde o mesmo
é utilizado para assuntos referentes à patrocínio, estratégias no meio esportivo a fim
de melhorar o desempenho e a maior obtenção de lucros (VEIGA, 2019).
Marketing esportivo, segundo Signorelli (2020) pode ser referido como "heróis
atléticos e suas habilidades", pois neste ambiente esportivo encontramos duas
variedades de marketing, o marketing esportivo, no qual encontramos a imagem do
atleta atrelada a determinada marca e o esporte no marketing, quando
marcas/empresas estão envolvidas com patrocínio apenas de equipes e/ou
modalidades esportivas.
Costa (2011), afirma que marketing esportivo indica uma transferência de
formas variadas entre partes envolvidas, ou seja, existem as figuras patrocinador,
investidor, o esporte propriamente dito, os autores (atletas) e os consumidores,
assim todos ficam satisfeitos com as vendas e aquisição dos produtos oferecidos.

Assim, podemos entender que Marketing Esportivo é a atividade


caracterizada em contentar as necessidades e vontades dos consumidores no setor
esportivo por meio do processo de troca, utilizando o esporte como meio para se
relacionar/comunicar com o público de interesse (OLIVEIRA, 2016).
O marketing esportivo também pode ser utilizado como um elo entre os
indivíduos apaixonados pelo esporte e os colaboradores do esporte, assim,
oferecendo assessoria neste relacionamento, além de ser oportuno em aumentar a
popularidade das modalidades esportivas (GASPAR et al., 2014; VEIGA, 2019).
Registros sobre o Marketing Esportivo surgiram no século XIX, com a ideia de
John Wisden do Reino Unido, em patrocinar um almanaque sobre cricket, filiando
sua marca de confecções masculinas (SIGNORELLI, 2020).
Já MULLIN, HARDY & SUTTON (2004), registra que o marketing esportivo
teve início a partir de 1921, quando, ao se encarregar da liderança na produção de
tacos de beisebol a empresa Hillerich & Bradsby (H & B) lançou um plano de
marketing passando a possuir cada vez mais negócios.
A partir daí, os norte-americanos começaram a aplicar mais na formação
esportiva, apresentando o marketing esportivo como um formato competente no que
se referia a potencialização da marca e no aumento da receita da
organização/empresa (MULLIN, HARDY & SUTTON, 2004).
Empresas que comercializavam artigos esportivos, foram as primeiras
empresas a fazer e aproveitar a ideia do Marketing Esportivo, oferecendo para os
atletas seus produtos para que os mesmos pudessem fazer o “lançamento” do
produto e da marca, consequentemente aumentava-se as vendas e os lucros
(PRONI, 2010).
Proni (2010), salienta que o Marketing Esportivo obteve a primeira transição
quando a Adidas, interessada em ser a única fornecedora de artigos esportivos para
federações, iniciou negociações milionárias para as federações.
Nos dias atuais o Marketing Esportivo tem tido um crescimento
consideravelmente importante, como o que aconteceu com o Marketing Tradicional
no período após a Revolução Industrial, onde houve superprodução de bens,
consequentemente o aumento da concorrência, isso se dá devido a utilidade de
diferentes variedades dos bens de consumo no meio esportivo (SIQUEIRA, 2014).
Siqueira (2014), esclarece que no esporte o consumo pelo marketing
esportivo vem aumentando, pois surgem novos esportes gradativamente,
aumentando salários dos atletas, e assim consequentemente exigem a necessidade
de uma marca específica para que haja personalização dos concorrentes.
O esporte tem grandes influências sobre pessoas e no mercado de negócios,
onde é capaz de gerar bilhões a cada evento realizado, fazendo com que os atletas
se tornem heróis, passando de gerações em gerações (SIGNORELLI, 2019).

Marketing esportivo - Gestão:

Como já vimos acima, Rocha e Bastos (2011) afirmam que gestão e marketing
esportivo são conceitos e possuem funções distintas, o Marketing é somente uma
das tarefas designadas para o gestor, assim como coordenar as atividades de
produção.
No que refere-se às relações das organizações/empresas e clientes o
Marketing Esportivo possui ferramentas importantes de gestão, para que o sucesso
almejado seja alcançado, é importante que o gestor responsável trabalhe na
elaboração de estratégias, de maneira que os serviços e produtos estejam
disponíveis ao cliente de maneira eficiente e eficaz (KOTLER & ARMSTRONG,
1999; CHURCHILL & PETER, 2013).
Dentre outras coisas Araújo (2002), destaca que o Marketing Esportivo dispõe
de alguns benefícios, esses que necessitam de planejamento, consequentemente
de uma gestão competente para que se alcance de maneira eficiente, como maior
reconhecimento do público; fortalecer a imagem corporativa; estabelecer o
reconhecimento no mercado específico; adiantar/reagir a ações da concorrência;
confiar credibilidade à qualidade dos eventos, etc, ou seja, é através do marketing
que se pode realizar um trabalho publicitário de importância.

Santos (2014), sustenta a ideia de que a Gestão de Imagem Esportiva é uma


ferramenta importante no Marketing Esportivo, pois a imagem remete muito interesse
no âmbito da "fama esportiva", quando se tem um bom comportamento, boa postura,
o impacto positivo auxilia na captação de patrocínios o que pode acarretar o triunfo
na carreira desse profissional. O mesmo autor ainda afirma que devido aos tempos
em que vivemos onde a tecnologia tem a capacidade de propagar de maneira
acelerada desde a vida privada do atleta até os eventos, informações, etc., faz com
que o marketing pessoal seja relevante para que se construa uma imagem positiva.
Dessa forma, é importante ressaltar que a imagem pessoal no meio esportivo
deve ter uma atenção redobrada, pois a dedicação no qual a imagem é tratada, pode
ser a separação entre o sucesso e fracasso do indivíduo, em um mundo cada vez
mais competitivo (TASCIN E SERVIDONI, 2005).
A gestão de Imagem também se relaciona ao Marketing Pessoal, apresenta
cinco ferramentas que ao serem utilizadas de maneira simultâneas, podem gerar
resultados positivos e eficientes quando se tem o indivíduo como o produto de
venda/propaganda, são eles: a aparência pessoal; higiene pessoal; conteúdo;
postura física e comunicação (TASCIN & SERVIDONI, 2005).
Na Gestão de Marketing Esportivo, muito se fala sobre branding pessoal, mas
o que é isso? Qual sua função? Branding Pessoal, significa "marca pessoal", e tem
a função de promover uma marca, é a maneira como o atleta se coloca perante ao
público, apresentando sua personalidade, missão e especialização, ou seja, o
objetivo principal do branding pessoal é edificar a imagem/marca pessoal com
ênfase no mercado de negócios, gerando sua personalidade e habilidade, a fim de
intensificar sua marca (SBCOACHING Group6, 2019).

Marketing Esportivo - Serviços

Os serviços oferecidos pelo Marketing esportivos são inúmeros, no entanto é


necessário ter um profissional capacitado para a função, alguém gerador de
opiniões, onde seja capaz de influenciar positivamente, pois este será a ligação entre
o cliente e o patrocinador, clube esportivo e imprensa (LOPES, 2000)

Para Teitelbaum (1997), a propaganda, publicidade e a promoção são as


principais linhas integradoras entre o marketing e o esporte, dessa maneira, utilizam
dessas ferramentas para atingir positivamente a imagem da empresa, marca e/ou
atleta diante do público alvo, a fim atrair a atenção dos anunciantes.
O Marketing Esportivo é substancial, pois esse tem a função de não apenas
de auxiliar o atleta em sua carreira de sucesso, o Marketing Esportivo segundo Costa
(2011), é responsável pelos patrocínios, empresas de divulgação, comercialização e
solidificação das marcas.
O patrocínio objetiva-se na exposição da marca, interesse estratégico,
associar a marca aos valores de um atleta/equipe, pelo financiamento, além de
delinear estratégias. Os resultados alcançados são inúmeros, Teitelbaum (1997)
cita: criação de identidade e reconhecimento da marca, aumento de
vendas,proporcionando a fidelidade do público alvo, etc. (MULLIN, HARDY &
SUTTON, 2004; TEITELBAUM, 1997).
Outro fator importante atribuído ao Marketing Esportivo é a respeito da
competitividade no esporte, dessa maneira, muito utilizado nesse ramo são as
Mídias Sociais ou Digitais, divulgação dos produtos/marcas oferecidos e a
fidelização do consumidor (Romão, 2007).

Marketing Esportivo: Produtos

São diversos os produtos que o Marketing Esportivo pode oferecer à


sociedade e aos negócios/empreendedorismo, podemos citar alguns mais comuns
segundo Teitelbaum (1997), promoção de eventos e ações esportivas;
licenciamentos e franquias; produção e venda de materiais esportivos, patrocínios
de equipes distintas/atletas, promoções, etc. (MAYER, 2010).
É de grande importância discorrer sobre os produtos esportivos, pois seu
consumo é diferenciado, pois cada competições, esportes, desempenho, partidas
tem suas características peculiares, e seu consumo geralmente inclui outros
apetrechos, isso torna os produtos esportivos ser mais do que apenas produtos, pois
o profissional do Marketing Esportivo não tem o controle sobre a disputa, tão pouco
do produto (MULLIN, HARDY & SUTTON, 2004).

Algumas empresas muito conhecidas no mercado esportivo, no qual


evidentemente o Marketing esportivo foi consolidado são: a Nike, líder devido a
quantidade de equipes que utilizam a marca, além de vestir a seleção Brasileira e já
foi mostrada em todos os continentes. A Adidas, é a segunda maior marca referente
a números de atletas e a quinta relacionada a equipes patrocinadas. A marca Puma,
vice-líder, com relação aos patrocínios de atletas individuais ocupa a quarta posição,
tem destaque por ser patrocinadora da equipe da Jamaica e do velocista Usain Bolt,
dentre outras (VEIGA, 2019).
Muitos são os produtos oferecidos através do Marketing Esportivo,
entendemos que a publicidade e a propaganda fazem parte desse meio, e estas
podem ser encontradas através do marketing digital.

SAIBA MAIS

Você sabia que, de acordo com a Resolução nº 046/2002, Capítulo II - Do


Campo e da Atividade Profissional, Art. 10, o profissional de Educação Física está
apto a atuar nas áreas que envolvem a gestão e o empreendedorismo esportivo?

O Profissional de Educação Física intervém segundo propósitos de


prevenção, promoção, proteção, manutenção e reabilitação da
saúde, da formação cultural e da reeducação motora, do rendimento
físico-esportivo, do lazer e da gestão de empreendimentos
relacionados às atividades físicas, recreativas e esportivas.
(CONFET, 2002).

#SAIBA MAIS#

REFLITA

“A vontade de se preparar tem que ser maior que a vontade de vencer. Vencer será
a consequência da boa preparação”.
Bernardinho (2011)

#REFLITA#
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Chegamos ao final da unidade I, e assim, podemos perceber o quanto iremos


aprender com essa disciplina, até o momento entendemos os conceitos de
administração, no qual está ligada diretamente a organização e estratégias a fim de
atingir as metas estabelecidas pela organização/empresa e o empreendedorismo
que está associado aos meios de inovação e criação com o intuito de manter a
organização/empresa visível na sociedade.
A partir daí, caro(a) aluno(a), podemos nos aprofundar sobre Administração,
Empreendedorismo e Marketing, como visto a partir dos conceitos verificamos no
tópico 2, sobre a Administração e gerência aplicadas ao contexto esportivo, onde
podemos entender que é um campo da administração voltado área do esporte, é
multidisciplinar, porém encontra-se em crescimento, onde um fator importante a
destacar é necessita de profissionais capacitados, e que a capacitação vai além do
ensino superior (graduação).
Sabendo que para atuar na área administrativa e gerência esportiva é
necessário de indivíduos capacitados, no tópico 3, foi pontuados segundo a literatura
como um administrador esportivo pode alcançar o sucesso profissional e quais são
as estratégias.
E por fim, não menos importante, finalizamos a unidade I estudando sobre
Marketing esportivo apresentando os produtos e serviços que a ele competem, onde
aprendemos que a este pode ser relacionado a uma marca, um atleta, uma empresa
etc. e é responsável por fazer a relação entre a "empresa" e o cliente.
LEITURA COMPLEMENTAR

● MALGAREZI, G. H. A. Análise do Marketing Esportivo, imagem dos


clubes e imagem dos atletas segundo a percepção dos torcedores de
clubes de futebol. Trabalho de Conclusão de Curso. Caxias do Sul, 2019.
● SANTOS, M. M. Marketing Esportivo e Comportamento do Consumidor -
A influência das Imagens de Atletas no Endosso de Produtos em
Relação a Intenção de Compra e Atitude à Marca. Trabalho de Conclusão
de Curso. Brasília, 2018.
● VEIGA, F. S. Estruturalismo, Desenvolvimento e Legislação Comercial.
Revista Jurídica, v. 02, n. 55, p. 157 - 176, Curitiba, 2019.
● ROCHA, C. M.; BASTOS, F. C. Gestão do Esporte: definindo a área. Rev.
bras. Educ. Fís. Esporte, v.25, p. 91 - 103, São Paulo, dez. 2011.
LIVRO

Título: Marketing Esportivo


Autores: Bastos, Flávia da Cunha; Martins, Dilson José de Quadros; Gonçalves,
Ricardo; Júnior, Ary José Rocco; Nunes, Ricardo João Sonoda.
Editora: Intersaberes
Edição: 1ª Edição
Ano: 2021
Sinopse: Atualmente, vivemos em um mundo em que constantemente emergem
novas tecnologias de comunicação e, por isso, o esporte, ao ser entendido como
comunicação, deve ser capaz de se adaptar a esse cenário. Desse modo, o
marketing esportivo atua para que as organizações esportivas atinjam seus objetivos
comunicativos sem que se percam em sua essência.Explore conosco o peculiar
universo do marketing esportivo nestas páginas.
Link: Biblioteca Virtual (bvirtual.com.br)
FILME/VÍDEO

Título: À procura da Felicidade


Ano: 2006.
Sinopse: Chris Gardner é um chefe e pai de família que enfrenta muitas dificuldades
financeiras, vendendo aparelhos médicos que ninguém quer comprar por serem
muito caros. Consegue uma vaga de estagiário numa importante corretora de ações,
mas não recebe remuneração pelos serviços prestados, porém, persiste pois
acredita que poderá ser futuramente contratado. A mulher o abandona e ele é
obrigado a tomar conta sozinho do filho de apenas cinco anos de idade. Em meio a
todos os problemas, eles são despejados do apartamento onde vivem por falta de
pagamento, e têm de dormir em metrôs, banheiros públicos e asilos.
REFERÊNCIAS

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publicações no país. Rev. Intercon. Gest. Desporto. Rio de Janeiro, v. 5, n.1, p. 68 -
78, junho/2015.

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perspectivas. Editora Cone. 1ª edição, 2017.

BERNARDINHO, Rocha de Rezende. Transformando suor em ouro. Editora


Sextante, 1ª Edição, 2011.

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oferecida em cursos de graduação em Educação Física: Um olhar Qualitativo sobre
currículo, disciplina e ementas. Pensar a Prática, v. 17, n.4, out./dez. 2014.

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Dissertação (Mestrado). Porto Alegre, fevereiro de 1997.

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Jurídica, v. 02, n. 55, p. 157 - 176, Curitiba, 2019.

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realizadas no período de 1999 A 2019. Trabalho de Conclusão de Curso.
RONDONÓPOLIS, 2019.

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brasileiras. Anais do Congresso Mundial de Gestión Economica del Deporte,
Barcelona, p. 172-200. Espanha.
UNIDADE II
GESTÃO ESPORTIVA
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza

Plano de Estudo:

● Conceituação de Gestão Esportiva e seus processos


● Gestão de Pessoas
● Planejamento Estratégico
● Modelos de Gestão Mundial
● Estrutura/Organização do Sistema Esportivo no Brasil
● Políticas Públicas no Esporte
● Plano de Negócio
● TIC’s no Esporte (Tecnologias de Informação e Comunicação)
● Gestão de Clubes e Instalações Esportivas
● Gestão Esportiva em espaço públicos e privados

Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar Gestão Esportiva e apresentar seus processos
● Adquirir conhecimento sobre a área que tange Gestão de Pessoas
● Abranger conhecimentos sobre Planejamento Estratégico
● Identificar os Modelos de Gestão Mundial
● Analisar a Estrutura/Organização do Sistema Esportivo no Brasil.
● Estabelecer a importância das Políticas Públicas no Esporte
● Adquirir conhecimento sobre Planos de negócios
● Apresentar as Tecnologias de Informação e Comunicação envolvidas no
esporte.
● Compreender Gestão de Clubes e apresentar as Instalações Esportivas
● Compreender Gestão esportiva em espaço públicos e privados
INTRODUÇÃO

Olá aluno(a)! Iniciamos a Unidade II desta apostila e espero que estejam


motivados para darmos continuidade a adquirir novos conhecimentos relacionados à
Gestão e Empreendedorismo
Nesta unidade, vamos abordar conteúdos como gestão esportiva, seus processos
e sobre os modelos de gestão mundial. Também iremos apresentar sobre planejamento
estratégico, plano de negócio e gestão de pessoas. Transitando pelas Políticas públicas
no esporte Estrutura/organização do sistema esportivo no Brasil, TIC’s (Tecnologia de
informação e Comunicação) no esporte
Agora que você já sabe o que vai aprender nesta unidade, convido você,
querido(a) aluno(a), a embarcar nessa viagem sobre gestão esportiva.
Vamos lá?!
1 CONCEITUAÇÃO DE GESTÃO ESPORTIVA E SEUS PROCESSOS

Gestão esportiva

A Educação Física abrange em sua esfera diversas áreas de conhecimento, ou


seja, um profissional pode atuar em diversos campos, como academias de musculação,
escolas de treinamentos esportivos, escolas/academias de ginástica, clínicas de
personal training e pilates, dentre outras. Um setor que vem crescendo e sendo muito
bem visto dentro do contexto da Educação Física é o da Gestão Esportiva, portanto, para
que possamos entender melhor sobre este “novo” ramo, vamos discutir um pouco mais
sobre gestão esportiva.
A gestão no geral está relacionada a diversas áreas, como a administração, o
marketing, a educação física, etc., e quando se fala em gestão esportiva, encontramos
um meio mais restrito, pois embora também envolva áreas como turismo, hotéis,
instalações, investimentos públicos, dentre outros, estes devem estar relacionados
diretamente a dois elementos fundamentais: gestão e esporte (ZOUAIN E PIMENTA
2003).
Rocha e Bastos (2011) é mais categórico ao afirmar que as organizações
esportivas onde o gestor esportivo está apto a atuar podem ser clubes,
academias/escolas esportivas, fábricas que produzem materiais esportivos, empresas
de comunicação esportivas além de agências de assessoria para atletas.
Dessa maneira podemos definir gestão esportiva como o ato de atingir os
objetivos através de planejamento, direção e avaliação em empresas relacionadas ao
esporte. Ferraz (2010) complementa afirmando que os objetivos da gestão esportiva são
o de promover atividades esportivas, além de disponibilizar serviços e produtos
relacionados a este meio.
Outra definição de gestão esportiva foi apresentada por Rocha e Bastos (2011),
que apontam a gestão como empregar os elementos de gestão em organizações
esportivas públicas ou privadas com ou sem fins lucrativos, entidades sociais com
propósitos voltados ao esporte.
Importante ressaltar que dentre o ambiente que compete o trabalho de gestão
esportiva, muito se discute sobre o termo correto a ser utilizado para caracterizar esta
aplicabilidade, alguns estudos mencionam este setor como administração esportiva,
outros gestão esportiva e/ou gestão no esporte e ainda tem os que utilizam o termo
marketing esportivo, justificando que o termo gestão e administração são sinônimos,
como apresenta o dicionário da língua portuguesa. (CHELLADURAI, 2009; ROBBINS,
1997).
Já marketing desportivo não faz parte da mesma esfera de administração e/ou
gestão esportiva segundo Kotler & Armstrong (2009), pois os autores sustentam a idéia
de que atividades relacionadas ao marketing esportivo como vimos na unidade I, é
referente a um fragmento das demandas do gestor, onde é centrado no processo de
troca entre produtor e consumidor. Diferente do marketing, a gestão engloba
direção/coordenação das atividades de produção e marketing.
Dentro do contexto da gestão esportiva, encontramos duas organizações atuantes
na indústria esportiva, encontra-se de um lado as empresas onde o esporte é tido como
atividade central, como: academias, escolas, times, confederações, federações, ligas,
etc. Enquanto do outro lado, encontra-se às empresas que usufruem do esporte para
que possam promover produtos e serviços, neste caso podemos citar as empresas
fabricantes de materiais esportivos no geral, agências e emissoras de comunicação
(AMORIM, 2018).
Neste momento você deve estar se perguntando, como se trabalha com gestão
esportiva? O que devo fazer? Pois bem, Amorim (2018), relata que nem o curso de
Educação Física nem mesmo Administração envolvem atividade física e gestão, talvez
pela razão de ser nova e estar sendo descoberta por profissionais e instituições de
ensino, no entanto, a Educação Física está presente na gestão esportiva.
É visível o pouco conhecimento que se tem sobre o mercado de trabalho em
termos de gestão esportiva, uma vez que as poucas universidades que desenvolvem
esta área em forma de disciplina, portanto os alunos não estão preparados para atuar
profissionalmente. Na mesma proporção, profissionais da área administrativa que
possuem intenção em adotar este setor como profissão, devem entender a prática
esportiva (AMORIM, 2013).

Dessa maneira, podemos entender, de acordo com Amorim (2018), que:

Gestores esportivos são os profissionais com liderança de cargos


técnicos e/ou administrativos nas organizações ou projetos esportivos e
de atividade física. São os coordenadores, supervisores, gestores e
diretores esportivos.

O gestor esportivo dispõe de alguns ofícios que estão de modo direto associado
com ferramentas de planejamento, organização, liderança e controle, ou seja, para se
atuar na gestão esportiva é necessário para a execução das tarefas exercidas que o
profissional, mesmo que não entenda completamente, ter conhecimentos individuais dos
procedimentos e ferramentas mencionados (AMORIM, 2013).
O processo de gestão que compete ao profissional que irá atuar como gestor
esportivo pode ser variável, porém, frequentemente a função deste profissional é
relativamente ligada à: elaboração de projetos, estabelecimento de metas, estratégias e
prazos, tomada de decisões, contratação e coordenação de pessoas, resolução de
conflitos, definição de atividades, avaliação de desempenho, elaboração de relatórios,
controle financeiro, compra de produtos e contratação de serviços, busca por patrocínio,
venda de produtos, relacionamento e comunicação interna e externa, organização de
eventos (AMORIM, 2018).

2 GESTÃO DE PESSOAS
Gestão de Pessoas

Existem diversos pontos a serem considerados importantes para se discutir em


meio ao assunto Gestão e Empreendedorismo, portanto caro(a) aluno(a), vamos
abranger neste momento, uma área que embora seja mais voltado ao setor
administrativo, é tão importante quanto qualquer outro assunto sobre Gestão e/ou
Empreendimento esportivo, pois gestão de pessoas, não envolve somente o vínculo
entre as pessoas da organização ou empresa, mas também as relações entre os
processos.
É importante ter o conhecimento de que não são apenas profissionais
administrativos do setor de Recursos Humanos (RH), responsável pela efetivação da
gestão de pessoas, mas também funcionários, clientes e gestores, ou seja, a gestão de
pessoas é a área responsável por administrar o capital humano das empresas (BIANCHI
et. al., 2016).
Hoje em dia existem diversos desafios nas organizações em geral, não seria
diferente quando falamos em organizações/empresas do ramo esportivo, pois esses
desafios são necessários para sobreviver, moderar a vida pessoal com a profissional
diariamente, mesmo que o lado profissional apropria-se da maior parte do tempo. Assim,
o profissional depende do sucesso do pessoal e vice-versa, enquanto a
organização/empresa, independe de sua estrutura física, depende do indivíduo para
fazer com que a empresa funcione devidamente, atingir seus objetivos,
consequentemente obter os lucros estimados. (SALVATERRA, 2020; CHIAVENATO,
1999a; MILKOVICH, 2000).
Para Chiavenato (1999a), a função administrativa de RH é dedicada à: compras,
treinamentos, avaliações, remunerações, gerenciamento de pessoas devido a suas
atividades voltadas para o recrutamento, entrevistas, seleção e treinamento. Para o
autor os objetivos das atividades relacionadas a gestão de pessoas são: agregação,
aplicação, recompensa, desenvolvimento e monitoração.
Gil (2001), acredita que a função das atividades do setor de Gestão de Pessoas
está relacionada ao suprimento/agregação, aplicação, compensação e/ou manutenção,
desenvolvimento e/ou capacitação e por fim, porém não menos importante, o controle
e/ou monitoração.
Para Paula (1999), é fundamental criar programas centralizados nas pessoas,
focando no aperfeiçoando a análise dos processos de agregação (recrutamento e
seleção) e de capacitação (treinamento e desenvolvimento), além do desenvolvimento
dos colaboradores.
O Recrutamento é um trabalho que vem se tornado cada vez mais importante,
pois quando há falhas, exige uma demanda maior de recursos, tempo, gastos efetivos,
além de outros processos, as empresas selecionam candidatos do mesmo modo que
indivíduos qualificados escolhem cargos nas quais almejam ocupar. (MOCSÁNYI, 2005;
LUCENA, 1999).
Para realizar o processo de seleção, Chiavenato (1999b) afirma que é necessário
utilizar as informações obtidas dos pretendentes a vaga, objetivando adequar as
particularidades às exigências da proposta de emprego.
Então é importante ressaltar que o setor administrativo responsável pela Gestão
de pessoas irá analisar os processos e as pessoas nesse contexto, assim esta será ou
não selecionada na vaga, lembrando que a empresa será importante para sucesso
profissional e pessoal tanto quanto o colaborador será importante para que a empresa
alcance os resultados esperados.
Para que "elo" se torne possível, algumas ações para que a decisão na hora da
contratação após todo o processo já mencionado deve ser levado em conta, pois para
que o indivíduo tenha o desempenho esperado pela empresa, este deve ter as
competências básicas solicitadas, no qual são determinantes para a eficácia profissional.
(MOCSÁNYI, 2005).
Capinussú e Costa (1999), Morales (1997) e Paula (1999), mencionam que os
conhecimentos, habilidades e características pessoais se complementam, permitindo
assim levantar suposições sobre os valores que a pessoa poderá acrescentar à
organização/empresa, outros autores complementam como podemos observar na
quadro a seguir:

Quadro 1 - Competências Básicas "necessárias" para o colaborador.

Colaboradores no geral. Capinussú e Costa (1999) Os profissionais devem


"Academias de grande porte." ser indicados por faculdades e
universidades, possuir currículos
com muitas qualificações, ou
aprovação em provas públicas.
Obs: geralmente é analisado
conhecimentos nas áreas de
conhecimento em fisiologia,
biomecânica e anatomia.

Supervisor / Coordenador Capinussú e Costa (1999) Profissionais especializados em


Administração Esportiva.
"Academias de grande porte."

Administração Esportiva Morales (1997); Paula (1999) Deve ter responsabilidade sobre
as relações de subordinação,
responsabilidade sobre os
resultados esperados,
indicadores e fatores de
sucesso, sumário e
detalhamento das atribuições,
requisitos pessoais, físicos e
qualidades técnicas desejadas,
entre outras.

Fonte: Quadro criado pela autora.

No setor de gestão de pessoas algumas metodologias são utilizadas para a


realização de suas tarefas diárias, como por exemplo:

Técnicas de Seleção:

São formas de adquirir informações sobre como o candidato se comporta, o


momento para que seja estabelecido as informações necessárias do indivíduo,
relacionando-o com o cargo. Dessa maneira a avaliação é o fundamento, é a troca de
informações entre as avaliações e a decisão (CHIAVENATO,1999b).

Processo De Capacitação

Este tem como objetivo realizar treinamentos e desenvolvimentos de forma


contínua para os colaboradores da empresa, de acordo com cada função e necessidades
tanto do colaborador quanto da própria empresa (ROBBINS, 2002).

Treinamento

É o ato de aprimorar a performance do colaborador na empresa, objetivando


incorporá-lo ao grupo visando melhor desempenho da equipe no geral. Através do
treinamento o colaborador é capaz de aprender e desenvolver novas habilidades,
atitudes e comportamentos (ROBBINS, 2002).

Desenvolvimento

O desenvolvimento está relacionado ao trabalho realizado dentro da equipe, um


ponto considerado importante no âmbito da Gestão de pessoas, pois através do trabalho
em equipe a empresa desenvolve entre seus colaboradores habilidades pessoais como:
empatia, afeição, afiliação, reconhecimento e valorização pessoal (ROBBINS, 2002).

3 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Para Oliveira (2006), o planejamento estratégico deve ser estruturado em quatro
fases: 1) Identificação da visão - Conceito do que a empresa busca e/ou quer ser para
um futuro determinado; 2) Identificação dos valores - Princípios, ideias e crenças que
irão nortear as decisões da organização; 3) Análise externa - Identificação a qual
ambiente o clube está inserido, a fim de apontar as oportunidades e as ameaças e a
quarta fase, 4) Análise interna - Apresenta os pontos forte e fracos da instituição, com o
objetivo de potencializar as decisões da organização.
Para Certo e Peter (2005), Planejamento estratégico pode ser definido como o ato
de planejar/criar planos para que otimizem os métodos para que seja cumprido e
alcançado os objetivos estabelecidos pela empresa/organização.
O planejamento estratégico no contexto esportivo está relacionado ao processo
de organização, elaboração, execução e a avaliação das empresas/organizações
voltadas ao esporte, facilitando tomadas de decisões, auxiliando para que se atinja as
metas e objetivos estabelecidos (ROCCO JÚNIOR, 2012; OLIVEIRA, 2006).
Dessa maneira, algumas regras devem ser seguidas quando nos referimos a
contexto esportivo e planejamento estratégico, pois é necessário que a
empresa/organização conheça e controle além do ambiente interno, o externo, e fatores
específicos, ou seja, o contexto onde o mesmo se encontra inserido, para que assim o
plano estratégico ocorra de maneira eficiente (PIRES, 2005; ARAÚJO, et. al., 2020).
4 MODELOS DE GESTÃO MUNDIAL
A gestão no esporte surgiu devido a exigência de regularizar, padronizar e
autenticar as atividades físicas (TUBINO, 1992).
Portanto, caros(as) alunos(as) como já apresentamos no tópico I desta Unidade,
gestão esportiva pode ser conceituada como ato de atingir os objetivos através de
planejamento, direção e avaliação, com objetivos de promover atividades esportivas,
além de disponibilizar serviços e produtos relacionados a este meio (FERRAZ, 2010;
ROCHA E BASTOS, 2011).
Desse modo, para Sociedade Norte-Americana para Gerência do Esporte, gestão
esportiva consiste em conhecimentos interdisciplinares relacionados à direção, liderança
e organização, incluindo contextos como: comportamento, ética, marketing,
comunicação, finanças, economia, negócios sociais, legislação e preparação profissional
(COSTA, 2005).
As escolas esportivas foram criadas através do processo de profissionalização e
sistematização, onde o esporte era utilizado como mecanismo político, sobretudo entre
o fim da Segunda Guerra Mundial no início da Guerra Fria, surgindo então quatro escolas
denominadas: a escola saxônica (liberalismo absoluto), a escola socialista (dirigismo
absoluto), a escola européia-ocidental (misto das duas primeiras) e a escola asiática
(indústria a sua base principal) (TUBINO, 1997; JANETTI, 2008).
Bafero (1991), expõe que as organizações esportivas européias são realizadas
através de clubes, em espaços voltados para o lazer, mesmo que a ideia de dar fama a
atletas devido suas espetacularidades permaneça. Dessa maneira, entende-se que
simultaneamente com a economia mundial o sistema esportivo envolve desde produção
de mercadorias, grandes espetáculos, competições, sendo que a produção básica
desses itens se encontram nos clubes. Porém, muitas vezes a gestão do esporte não é
de responsabilidade do clube (PRONI, 2002).
Nos Estados Unidos da América (EUA), a gestão esportiva é baseada em
organizações escolares, comunitárias e universitárias, sua política aposta no
relacionamento entre o Estado (órgão regulador) e iniciativas privadas (clubes e
federações). Assim, as atividades físicas e esportivas são estruturadas nas escolas e
universidades, tão bem em algumas corporações, apenas ao tratar dos esportes
profissionais devido possuir suas próprias organizações, ligas, federações, etc. são
trabalhados de maneira separada (PFISTER, 2021).
Em Cuba, o governo financia e elabora os projetos e propostas do esporte, onde
mesmo com incentivos de empresas/organizações privadas o mesmo possui o total
controle, para este país o esporte é tido como fonte de trabalho e está relativamente
ligado à saúde (ALVES e PIERANTI, 2007).
Outro país muito importante a ser citado é a França, onde se tem um modelo de
organização esportiva considerado correto. Neste país foi criado a Direção Nacional de
Controle de Gestão (DNCG), que através de uma Comissão Independente responsável
pela fiscalização do esporte - Comissão de Controle dos Clubes Profissionais, ligado ao
governo francês, com o objetivo de ampliar o comprometimento e compromissos do
estado no que se refere a gestão esportiva (FUTEBOL FINANCE, 2008).
O esporte na Alemanha é baseado nos clubes. As empresas/organizações
esportivas são de caráter autônomo, porém recebem apoio dos governos federais e/ou
regionais através de subsídios, ou seja, caso os recursos financeiros do esporte de elite
não forem suficientes, o governo encaminha o auxílio necessário (PFISTER, 2021;
JANETTI, 2008).
Devido a ser um país economicamente independente, na Austrália, existe uma
mistura de instituições e iniciativas governamentais e não-governamentais diante do
sistema esportivo. Os clubes são os mais incentivadores do esporte e possui uma grande
porcentagem da população associada a este (JANETTI, 2008).
No Brasil, país do futebol, a gestão esportiva possui qualidades de acordo com
sua história e realidade, existem duas vertentes em gestão do esporte, uma voltada para
Gestão em manifestações esportivas, com foco na educação, de participação e em
esporte de rendimento, enquanto a outra visa gestão do Esporte relacionada a gerência
de clubes, academias de fitness e/ou musculação, ou em assuntos particulares da
“Indústria do Futebol”, devido a dominação deste em nossa cultura. Dessa maneira,
algumas modalidades esportivas apresentam planejamentos mais profissionais
desempenhando papéis marcantes no contexto econômico (MAZZEI; BASTOS, 2012).

5 ESTRUTURA/ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ESPORTIVO NO BRASIL


Para falar sobre o Sistema Esportivo no Brasil, é importante entendermos como
se deu o início de tudo. Em 1995, no Governo Fernando Henrique Cardoso, foi criado o
Ministério Extraordinário do Esporte, no qual foi desfeito pouco tempo depois, em 1998.
O esporte como Ministério, surgiu novamente em 1999, porém dividindo o espaço com
turismo (Turismo e Esporte), no entanto esta situação durou até 2003, quando enfim
iniciou sua "jornada" independente, perdurando até os dias de hoje (MAIA, 2012).
Após todo o caminho percorrido pelo esporte até sua autonomia, em junho de
2004 foi realizada a I Conferência Nacional de Esporte e Lazer, com o objetivo de
estabelecer discussão diante 8 eixos temáticos (Esporte e Alto Rendimento; Esporte
Educacional; Futebol; Esporte, Lazer e Qualidade de Vida; Direito ao Esporte e ao Lazer;
Esporte, Economia e Negócios; Esporte, Administração e Legislação; e Esporte e
Conhecimento), com o intuito de reestruturar o sistema esportivo brasileiro, quanto à
regulação e ao controle do Estado (I CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E
LAZER, 2004).
Em maio de 2006, através do Ministério do Esporte, o Governo Federal convoca
a II Conferência Nacional de Esporte e Lazer para tratar - unicamente - do tema Sistema
Nacional de Esporte e do Lazer, onde foram debatidos os seguintes eixos temáticos:
Estrutura (organização, agentes e competências); Recursos Humanos e Formação;
Gestão e Controle Social e Financiamento (II CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE
E LAZER, 2006).
A conclusão do documento registra que o Sistema Nacional de Esporte e Lazer
tem a finalidade de estabelecer a Política Nacional do Esporte além de criar meios que
assegurem a execução e acessibilidade da mesma em todos os âmbitos da federação,
definindo os papéis das entidades, dirigentes do esporte e lazer, à partir daí foi criado
setores específicos de Esporte e Lazer, desde os níveis estaduais e municipais (MAIA,
2012).
A III Conferência Nacional de Esporte e Lazer, foi discutida em 06 de junho de
2010, a partir da edição da Carta de Brasília, cujo tema era: "Por um Time Chamado
Brasil!", essa conferência foi denominada "Plano Decenal de Esporte e Lazer" e os eixos
temáticos a ser discutidos foram: Copa do Mundo (2014) e Olimpíadas (2016); Sistema
Nacional de Esporte e Lazer; Formação e Valorização Profissional; Esporte, Lazer e
Educação; Esporte, Saúde e Qualidade de Vida; 5) Ciência, Tecnologia e Inovação; 6)
Esporte de Alto Rendimento; Futebol; Financiamento do Esporte; Infraestrutura Esportiva
e Esporte e Economia (III CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, 2010) .
Segundo Meira & Bastos (2011), no Brasil ainda não existe um modelo/sistema
capaz de planejar a formação de atletas, mesmo existindo programas governamentais
voltados à formação de atletas, assim como de confederações e federações de
modalidades, estes aparentemente não se encontram conectados, não segue um
modelo organizacional a fim de permitir um desenvolvimento ideal para os atletas. Dessa
maneira, mesmo que nos últimos anos algumas medidas legais foram tomadas com o
intuito de incentivar e fomentar o esporte, a responsabilidade com o desenvolvimento de
atletas fica sobre a responsabilidade do Estado, clubes e a família.
Ferreira (2007), defende que o funcionamento do sistema brasileiro ainda está
longe do modelo ideal. O autor justifica seu apontamento devido o Brasil ter apenas o
Ministério do Esporte (ME), no qual colabora somente com Comitê Olímpico Brasileiro
(COB); haver mínima valorização do esporte de alto rendimento além do controle político
ser secundário; instituições esportivas governamentais e não governamentais possuem
apoio limitado e por fim as infraestruturas para o alto rendimento nacional recebem pouco
investimento.
Sabemos que quando se trata de incentivo, não precisamos citar sobre o futebol,
pois o mesmo consegue incentivos próprios (BASTOS, 2011).
SAIBA MAIS

As leis de incentivo fiscal [...] são uma espécie de renúncia fiscal criada pelo
poder público. Isto é, tem o objetivo de estimular o investimento, crescimento ou geração
de empregos de um determinado setor, promovendo seu desenvolvimento social e
econômico. Em resumo, o governo abre mão de recursos que receberia por meio de
impostos. Dessa forma gera incentivos para a cultura, o esporte, a saúde e o
desenvolvimento social.
Dessa forma, pessoas (pessoa física - P.F) e empresas (Pessoa Jurídica-
P.J/CNPJ)podem destinar uma parte do imposto para projetos culturais, esportivos e
sociais de sua preferência. Tais incentivos abrangem o âmbito federal - Imposto de
Renda (IR) a pagar com base no Lucro Real, sendo que Pessoa Física - PF pode realizar
doações de até 6% e Pessoa Jurídica CNPJ doação de até 9%; estadual - Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e municipal - Imposto sobre serviços (ISS).
De acordo com as empresas citadas abaixo são obrigadas a realizar a tributação
do Lucro dessa forma com base no critério de faturamento, como exemplo:

● Bancos comerciais, bancos de investimentos ou de desenvolvimento


● Sociedades de crédito, financiamento e investimento
● Crédito imobiliário
● Corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio
● Distribuidora de títulos e valores mobiliários
● Cooperativas de crédito
● Empresas de seguro privado e capitalização
● Entidades de previdência privada aberta
● Empresas com lucros, rendimentos ou ganhos oriundos do exterior
(multinacionais)

Em síntese, as leis de incentivo tem caráter cultural, esportivo e social. Assim,


para atender aos requisitos as doações devem ser realizadas diretamente a:
● Fundos do Idoso
● Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente
● Projetos de caráter cultural e artístico, autorizados pelo Ministério da Cultura
● Projetos desportivos e paradesportivos, autorizados pelo Ministério do Esporte
● Projetos executados por entidades que implementam o Programa Nacional de
Apoio à Atenção Oncológica – PRONON, ou o Programa Nacional de Apoio à
Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência – PRONAS/PCD

Fonte: ASID - Ação Social para Igualdade das Diferenças.


https://asidbrasil.org.br/br/

#SAIBA MAIS#

6 POLÍTICAS PÚBLICAS NO ESPORTE


Caros(as) alunos(as), quando falamos em políticas públicas logo relacionamos o
assunto com atuação do poder público, e estamos corretos quando fazemos esta ligação.
Ao se tratar de políticas públicas no esporte é preciso relacionar as atuações realizadas
pelo poder público a esta esfera em específico (MEDEIROS, 2014).
A prática desportiva assim como educação, saúde, trabalho, lazer, segurança,
previdência social, proteção à maternidade e à infância, assistência aos desamparados,
são direitos sociais, e fazem parte da constituição como especificado no art. 6° da carta
magna de 1988 (MEDEIROS, 2014; MENDES e AZEVEDO, 2010 ).
A fim de inserir o esporte ao meio educacional, a Secretaria Nacional de Esporte
Educacional em 2003 criou o programa Segundo Tempo com o propósito de popularizar
a prática e a cultura do esporte a fim de promover o desenvolvimento das crianças,
adolescentes e jovens, priorizando as áreas sociais mais vulneráveis de modo a formar
cidadãos e melhorar a qualidade de vida dos mesmos. Desse mesmo modo, houve
também a criação de outros programas de cunho socioeducativos, porém com menos
amplitude e investimentos, como: Pintando a Cidadania (2003) e Programa Recreio nas
Férias (2010) (JUNIOR e BORIN, 2017).
A Política Nacional do Esporte se estabelecia através do Ministério do Esporte, do
Programa Esporte e Lazer na Cidade (PELC) e do Programa Segundo Tempo (PST). A
Secretaria Nacional de Esporte de Alto-rendimento, se fez responsável pelas políticas do
esporte profissional, pelos grandes eventos esportivos e ainda por projetos como:
Programa Bolsa Atleta (2005), Rede CENESP (Centros de Excelência Esportiva) (2005),
Olímpiadas Escolares (2005) e o Calendário Esportivo Nacional. Já a Secretaria
Executiva, era responsável pela Conferência Nacional do Esporte (2004), pela Lei de
Incentivo ao Esporte (2006), Pintando a Liberdade (2003), a Praça da Juventude e pelas
praças esportivas do Programa de Aceleração do Crescimento (2011) (JUNIOR e
BORIN, 2017).
Atrelada com as políticas públicas do esporte o documento final da I Conferência
atendeu fatores como: direitos sociais, compromisso de reversão do quadro de injustiça,
exclusão e vulnerabilidade social, compreensão do esporte e o lazer como meios de
solucionar ou desviar a atenção de problemas sociais e, também, sobre os aspectos
positivos e negativos do esporte (BRASIL, 2004).
A II Conferência Nacional de Esporte - "Construindo o Sistema Nacional de
Esporte e Lazer" (2006), teve como marco principal a decisão da proposta que subsidiou
a Lei dos Incentivos ao Desporto, Lei n. 11.438, 2006, que vigorou até 2015 e renovada
até 2022 pela Lei n. 13.155, 2015, que objetivava incentivar a prática esportiva, através
da dedução fiscal de pessoas físicas e jurídicas, através de doações e/ou patrocínios
para programas esportivos (CASTELAN, 2011; BRASIL, 2004).
E com a III Conferência Nacional de Esporte (2010) - "Plano Decenal de Esporte
e Lazer: 10 pontos em 10 anos para colocar o Brasil entre os 10 mais”, no qual tinha a
intenção de definir objetivos e ações para o desenvolvimento esportivo (PROUNI, 2014).
Entre 2004 a 2011, embora não ter seguido as diretrizes, objetivos e as
determinações das três Conferências, alguns programas foram contemplados nos PPAs,
como: “Brasil no Esporte de Alto-rendimento”; “Esporte e Lazer da Cidade”; “Inclusão
pelo Esporte”; “Vivência e Iniciação Esportiva Educacional – Segundo Tempo”
(CASTELAN, 2011).
Vale ressaltar que independentemente da manifestação esportiva, as políticas
esportivas brasileiras no contexto federal, exibem natureza funcional, instrumental e
mercadológico, assim potencializam práticas esportivas com aspectos seletivos,
excludentes e hipercompetitivas (CASTELAN, 2011).
Assim, compreende-se que as políticas públicas de esporte do Brasil são
divergentes ao próprio do documento da Política Nacional de Esporte, no qual evidencia
características socioeducativa do esporte, a fim de promover qualidade de vida para a
sociedade, como mencionado por Brasil (2005):

[...] sendo função do Ministério do Esporte “formular e implementar


políticas públicas inclusivas e de afirmação do esporte e do lazer como
direitos sociais dos cidadãos, colaborando para o desenvolvimento
nacional e humano”. (BRASIL, 2005, p. 6).

Nos dias atuais, o esporte educação se fundamenta nos seguintes princípios:


participação, cooperação, integração e responsabilidade. O esporte-participação ou
esporte-popular segue o princípio do prazer lúdico e o lazer acessível a todos, sem
necessidade de regras ou formação de talentos, visando apenas no bem estar dos
praticantes. O esporte-performance ou de esporte-rendimento é direcionado para
disputas com regras, são relativos aos esportes de alto nível ou de competição,
institucionalizados (CASTELAN, 2011).

SAIBA MAIS

"O reconhecimento da prática esportiva como um direito de todos se amplia


consideravelmente a partir do momento que pessoas com algum tipo de deficiência e
idosos começam também a praticar esportes. Hoje, multiplicam-se as competições da
chamada categoria masters, para idades mais avançadas, e as competições adaptadas
para deficientes".
Fonte: MEDEIROS, A. M. Políticas Públicas de Esporte e Lazer, 2014. Disponível em:
https://www.sabedoriapolitica.com.br/. Acesso em: 01 de abril de 2021.

#SAIBA MAIS#

7 PLANO DE NEGÓCIO
Nesta unidade já mencionamos sobre gestão esportiva e de pessoas,
planejamento Estratégico, modelos de gestão mundial no esporte, sistema esportivo no
Brasil, políticas públicas no esporte, desta forma, dando continuidade aos nossos
estudos, neste momento vamos abordar sobre o assunto plano de negócios.
Assim, para iniciarmos este tópico é importante conceituar plano de negócios, ou
seja, plano de negócio é um documento escrito de forma clara, linguagem simples,
coerente e completa, cuja função é explicar, detalhar e indicar os objetivos a serem
alcançados, visando não apenas a perfeição técnica, mas também a capacidade de
mercado, a fim de atrair investidores (FERREIRA, 2010).
O plano de negócios é subdividido em vários setores interligados uns aos outros,
a fim de detalhar as tarefas tornando o plano de negócio simples e organizado, facilitando
com que os objetivos e necessidades da empresa sejam compreendidos e pertinentes
ao público específico (DORNELAS, 2008).
O plano de negócios se faz necessário em uma empresa devido a sua função de
auxiliar no seu desenvolvimento, independentemente se a mesma está iniciando ou já
se encontra no mercado, ainda podemos dizer que o plano de negócios é considerado
um "manual do empreendedor", conduzindo-o aos planejamentos futuros tão bem quanto
aos riscos, oportunidades e tomadas de decisões. Dessa maneira, podemos considerar
o plano de negócios como uma ferramenta estratégica (NAVES e MEDEIROS, 2019).
Podemos encontrar cinco motivos básicos sobre a importância da elaboração de
um plano de negócios para uma empresa e empreendedor, são eles: possibilita olhares
críticos, facilita ser um empreendedor objetivo e imparcial, além de apresentar sua
efetividade; pode se tornar ferramenta operacional a fim de planejar futuras
oportunidades; serve como ferramenta para diagnosticar falhas/erros administrativos;
estabelece benefícios de projeção de resultados futuros e análise desempenho; pode ser
utilizado como manual para a tomada de decisão em geral; pode operar como proposta
de financiamento (BATOCCHIO; BIAGIO, 2012).
Bizzoto (2008), afirma que um plano de negócios só terá efeitos positivos se o
mesmo for utilizado de forma correta no dia a dia pelos gestores e funcionários da
empresa. E que devido este documento tratar-se de uma ferramenta de ampla utilização
deve ser dinâmico e ser construído a partir dos seguintes elementos essenciais: Capa;
Sumário; Sumário Executivo; Produtos e serviços (deverá ser apresentado os principais
produtos e serviços); Equipe de gestão (currículos dos empreendedores com
informações de experiências anteriores, formação, diferenciais, grau de
comprometimento e talentos adicionais); A empresa (dados como - mercado no qual o
negócio está inserido, importância para a sociedade, diferencial no mercado e serviços
prestados, localização); Mercado (explicação do panorama macro do mercado onde a
empresa atua); Plano de marketing (objetivo é conhecer o consumidor, para desenvolver
produtos e serviços a fim de satisfazer as suas necessidades); Análise estratégica (o
objetivo deste campo é analisar os ambientes internos e externos, a fim de identificar
ameaças e oportunidades) e Plano financeiro (objetiva-se em demonstrar ao consumidor
as projeções financeiras da empresa em determinado tempo) (BATOCCHIO; BIAGIO,
2012; DORNELAS. 2014).

8 TIC’s NO ESPORTE
Na atualidade, o surgimento de um novo tipo de sociedade tecnológica vem sendo
determinado principalmente pelos avanços das Tecnologias de Informação e
Comunicação - TIC’s. Essas novas tecnologias alteram as qualificações profissionais e
a maneira como as pessoas vivem, trabalham, informam-se e se comunicam com as
outras pessoas e com o mundo (KENSKI, 2015).
Destaca-se, nesse contexto, que a convergência das TIC’s na chamada tecnologia
digital, permite representar e processar qualquer tipo de informação, visto que,

[...] nos ambientes digitais reúnem a computação (a informática e suas


aplicações), as comunicações (transmissão e recepção de dados,
imagens, sons, etc.) e os mais diversos tipos, formas e suportes em que
estão disponíveis os conteúdos (livros, filmes, fotos, músicas e textos).
(KENSKI, 2015, p. 33).

E ainda, segundo Kenski (2015) é possível articular telefones celulares,


computadores, televisores, satélites, entre outros, fazendo circular por eles as mais
diferenciadas formas de informação.
Kenski (2015), sugere que a tecnologia digital apresenta-se como um fenômeno
dinâmico, aberto e veloz, que permite deixar de lado a organização contínua na
articulação dos conhecimentos e se abre para o ato de criar novas relações entre
conteúdos, espaços, tempos e pessoas.
Dentre as inúmeras mudanças provocadas pela evolução tecnológica,
destacamos a gradativa substituição dos computadores e telefones celulares por
dispositivos mais funcionais e com maior mobilidade, os smartphones ou dispositivos
híbridos móveis de conexão multirredes, como sugere Lemos (2007).

O que chamamos de telefone celular é um Dispositivo (um artefato, uma


tecnologia de comunicação); Híbrido, já que congrega funções de
telefone, computador, máquina fotográfica, câmera de vídeo,
processador de texto, GPS, entre outras; Móvel, isto é, portátil e
conectado em mobilidade funcionando por redes sem fio digitais, ou seja,
de Conexão; e Multirredes, já que pode empregar diversas redes, como:
Bluetooth e infravermelho, para conexões de curto alcance entre outros
dispositivos; celular, para as diversas possibilidades de troca de
informações; internet (Wi-Fi ou Wi-Max) e redes de satélites para uso
como dispositivo GPS. (LEMOS, 2007, p. 17).

Para tanto, a tecnologia vem progredindo e trazendo investimentos em diversas


áreas sociais, inovando seus espaços e contribuindo para seus avanços com objetivo de
aperfeiçoar esses campos (FERREIRA; FELIPE, 2019).
Mas caro(a) acadêmico o que tem a ver TIC’s com o Esporte? Vamos lá! No
esporte não seria diferente, a tecnologia se estendeu até às práticas esportivas e agora
notamos densamente a presença da ciência tecnológica no meio esportivo
As mais diversas modalidades fazem uso da tecnologia, que por sua vez tem
contribuído bastante para o investimento e progresso das atividades físicas competitivas
para aprimorar relações, pois oferece uma comunicação constante e em tempo real entre
atletas e treinadores (FERREIRA; FELIPE, 2019).
Os impactos tecnológicos já podem ser sentidos dentro do esporte, mostrando
garantias e facilidades para melhor desempenho de seus atletas. Essa ciência está
sendo aplicada em diversos materiais esportivos, trajes especiais, suscitação de
informações, assim como análise de performance (FERREIRA; FELIPE, 2019).
Segue o quadro abaixo com alguns exemplos de materiais esportivos.

Quadro 2 -
Árbitro de vídeo: É uma tecnologia utilizada para o esporte nas modalidades futebol,
baseball, cricket e etc, que tem por objetivo reavaliar erros de
julgamento durante as partidas de um jogo. Mas a ciência tecnológica
não se restringe somente até esse ponto, ela se abrange em todos os
lados, equipamentos e roupas que são produzidos perfeitamente para
acompanhar, velocidade, impulso, frequência cardíaca, desempenho
dentre outras informações dos atletas.

Nanotecnologia: Um estudo realizado revelou uma descoberta denominada


nanotecnologia que acarretará transformações tanto no esporte quanto
em outros ramos. Para o desporto, essa tecnologia, que provavelmente
envolveria tecidos de nanopartículas onde, caso houvesse algum tipo
de impacto essas partículas se enrijeceram com o objetivo de prevenir
lesões nos atletas. A nanotecnologia foi adaptada para natação, roupa
de tubarão (Fast Skin), que tem o objetivo de diminuir o atrito com a
água durante uma competição.

Biomecânica: Tecnologia utilizada na área esportiva, onde são observados os


movimentos, além do acompanhamento da frequência cardíaca dos
atletas.

Olho de Falcão: Utilizado no Tênis, a tecnologia consiste de um sistema de câmeras de


monitoramento capaz de captar a bolinha de vários ângulos quando
lançada. Além disso, a nanotecnologia é utilizada também, nesse
esporte, no desenvolvimento das raquetes, o que promove mais leveza
e precisão
Fonte: (FERREIRA; FELIPE, 2019).

A tecnologia não se limita apenas aos materiais e vestimentas esportivas. A


quantidade instantânea das informações que são passadas aos treinadores referente a
cada atleta também se dá ao avanço tecnológico. As TIC’s são utilizadas durante os
treinos e jogos, onde o treinador está ciente de todos os pontos fracos e fortes do seu
atleta, para que eles treinem mais aquilo que é necessitado, onde precisam evoluir, e o
que é preciso ter atenção. (FERREIRA; FELIPE, 2019).
Pensando também em como facilitar para os atletas a adaptação às diversas
condições do clima, há um avanço dos Tops e Coletes, que foi desenvolvido para resfriar
ou aquecer o corpo, dependendo do clima, além de também monitorar os movimentos e
frequência cardíaca dos atletas. (FERREIRA; FELIPE, 2019).
Deste modo, nos dias atuais a tecnologia está inserida na sociedade de forma
exorbitante devido a evolução da ciência tecnológica,este fato acarretou em mudanças
no contexto esportivo influenciando a vida dos atletas e treinadores, clubes, empresas,
pela busca incansável de melhor a performance, na busca pelo conforto do atleta e no
aperfeiçoamento dos jogos. Todas essas mudanças possuem o objetivo de somar e
ampliar este setor, trazendo inovação em seu desenvolvimento e melhores condições
quando se tratar de práticas esportivas.

SAIBA MAIS

Você sabia caro(a) acadêmico(a), que os Tops e Coletes o que os atletas usam
são vestimentas, isto é, são artefatos que possuem muitas funções. Uma delas é resfriar
e aquecer o corpo, conforme o momento e a necessidade, visto que tanto a hiper quanto
a hipotermia trazem riscos à saúde.
Além disso, elas servem para monitorar a movimentação dos atletas. Em alguns
casos, as cintas presas abaixo do peitoral servem para medir o desempenho cardíaco
durante um determinado período a fim de garantir a saúde durante as práticas esportivas.

Fonte: https://blog.unisportbrasil.com.br/

#SAIBA MAIS#

9 GESTÃO DE CLUBES E INSTALAÇÕES ESPORTIVAS


Instalações Esportivas

Neste tópico vamos compreender sobre os conceitos, processos, serviços,


apresentados na literatura de instalações esportivas e gestão de clubes, sendo estes os
responsáveis por tornar o esporte em um grande espetáculo.
Dessa maneira caro(a) aluno(a) é fundamental entendermos primeiramente a
definição de instalações esportivas, suas características e nomenclatura. Fried (2005),
define a instalação esportiva como o ambiente físico com limites espaciais fixos em que
se pratica atividades físicas de maneira ativa, segura e confortável.
Amaral (2015a) afirma que embora no Brasil não exista decretos, leis ou órgãos
regulamentadores para definir o termo instalações esportivas, este pode ser entendido
como unidade esportiva necessária para a realização da atividade física.
Da Costa (1971) salienta alguns conceitos no que se refere à caracterização das
instalações esportivas de acordo com sua finalidade, classificando-as da seguinte forma:
Equipamentos primários (instalações esportivas voltadas às atividades físicas de
crianças da rede pré-escolar); Equipamentos básicos (espaços livres e instalações que
visam a Educação Física, Esportiva e Recreativa para adultos e adolescentes) e
Equipamentos pesados (instalações concebidas para o alto rendimento - competição).
Pode-se compreender então por instalações esportivas estruturas naturais e/ou
artificiais, com acesso a população, adequadamente preparadas para serem utilizadas
para a prática desportiva e do lazer, com a evolução e o aumento da dimensão social do
desporto, é necessário que se tenha locais para tais práticas com mais qualidades,
podendo ser pública e/ou privada, naturais e/ou artificiais (OLIVEIRA; TAFFAREL;
BELEM, 2014; 23).

Gestão de Clubes e Espaços Esportivos

A prática de atividade física é realizada em diversas estruturas, cada qual com


sua característica, porém é necessário que haja uma gestão a fim de manter o espaço
adequado, seguro, eficiente, etc.
A gestão de instalações esportivas consiste em um conjunto de atividades
realizadas por profissionais especializados, a fim de aplicar as melhores técnicas para a
utilização destas instalações objetivando as solicitações sociais e empresariais
(CRISTIANI et al., 2017).
Diversos estudos são realizados em inúmeras regiões do Brasil, assim é possível
destacar que a maioria das instalações públicas não possui gestão suficiente a fim de
manter ações de manutenção preventiva, baixa diversidade de prática, carência de
preservação. Um fator relevante nos estudos realizados foi que, estruturas destinadas à
prática de futebol e atividades aquáticas (piscinas), possui melhor boa qualidade em
relação as demais, desde no que se refere ao espaço até nos equipamentos utilizados
para a prática, embora não tenha profissionais qualificados para ministrar as atividades
(SOUZA, 2014; JÚNIOR E ANSELMO, 2015; OLIOSI et al., 2010; CRISTIANI et al.,
2017).
No que se refere às instalações voltadas ao esporte de alto rendimento, podemos
encontrar clubes que se aproximam aos modelos internacionais, porém a maioria está
longe desta realidade, devido a falta de gestão especializada.
Assim a função da gestão de instalações esportivas são compreendidas através
de duas vertentes, primeira a elaboração de um plano geral de gestão das instalações,
que contemple: 1) ações voltadas para desenvolvimento sustentável do
empreendimento; 2) captação de recursos; 3) utilização dos espaços no geral;
4)manutenção das estruturas; 5) redução de custos; 6) implantação e preservação de
estratégias para melhorar as instalações e serviços oferecidos aos clientes; 7) sempre
observando o avanço tecnológico; 8) atuação para constatação de novas oportunidades
mercadológicas no qual podem ser implantadas; 9) controle financeiro; 10) estratégias
mercadológicas e criação de parcerias estratégicas para o desenvolvimento do negócio,
desde a locação até a realização de projetos sociais (OLIOSI et al., 2010; CRISTIANI et
al., 2017).
A segunda é a Elaboração de um plano de gestão de pessoas que trabalham nas
instalações, porém deve ser verificado os seguintes pontos: 1) os detalhes das atividades
desenvolvidas de instalações esportivas; 2) a análise dos profissionais para a realização
das atividades funcionais; 3) definição da quantidade de pessoas necessárias para
realização das atividades com qualidade; 4) realização da contratação de uma equipe
multidisciplinar de qualidade; 5) revisão dos programas de qualificação para os
profissionais; 6) acompanhamento dos profissionais e clientes, diante dos equipamentos
e serviços oferecidos e adotando medidas de superação das expectativas dos clientes
(OLIOSI et al., 2010; CRISTIANI et al., 2017).
Assim, entende-se que para um indivíduo haver um plano de gestão eficaz é
necessário de um gestor de instalações esportivas eficiente, para isso, este deve ser
qualificado para a função, pois embora este realize atividade de manutenção,
desenvolvimento, implantação, elaboração de um plano e administração dos
equipamentos, deve estar atento para alguns fatores essenciais como: Formação e
qualificação profissional (formação = preparação básica e treinamento prático inicial,
qualificação = ampliação de experiências, aprimoramento de conhecimentos);
Preparação para agir com liderança (direcionar o comportamento dos outros para a
alcançar o objetivo almejado, ou seja, possuir influencia sob alguém e/ou um grupo;
Saber utilizar os recursos necessários e atuar sempre de maneira profissional (recurso
= pessoas - integrantes e pessoas que interagem com a empresa, bens - produtos
materiais, físicos, palpáveis, e serviços - o resultado da atuação de um profissional)
(CERTO, 2003; MOTTA, 2011).

10 GESTÃO ESPORTIVA EM ESPAÇO PÚBLICOS E PRIVADOS


Caro(a) aluno(a), chegamos ao fim desta unidade e desta forma não podíamos
deixar de mencionar as amplas possibilidades que o gestor esportivo pode atuar,
podendo ser espaços públicos e privados.
Assim como já visto anteriormente, a gestão independente de onde está seu campo de
atuação, tem como objetivo consolidar a existência da empresa/organização através de
resultados financeiros positivos, alcançando os objetivos almejados ao longo do tempo.
Dessa maneira, no contexto esportivo é fundamental para uma gestão de sucesso
competências e qualificações (PIRES; SARMENTO, 2001; AZEVEDO, 2009).
A gestão esportiva é um campo de trabalho que vem se estabelecendo a cada
dia, assim como as possibilidades de atuação, um gestor esportivo tem possibilidade e
capacidades de atuar em diferentes ambientes, seja em estruturas do poder público
(espaços públicos), ou em organizações privadas.
No que se refere a gestão em espaços públicos, entende-se que o gestor realizará
a intervenção/atuação em setores esportivos como: projetos e/ou organizações do
Ministério do Esporte, Secretarias Estaduais e Municipais de Esporte, Clubes Sociais,
entidades representativas (SESC, SESI, sindicatos), ou seja, locais onde a sociedade
podem realizar a prática sem custo, ou ainda projeto que não visam fins lucrativos
(PIRES E SARMENTO, 2001; REZENDE, 2000).
Os locais públicos destinados para a prática da atividade física são: Praças,
Academias da Terceira Idade (ATI), Praias, Centros Esportivos Municipais, Centros
Sociais Urbanos (CSU), Vilas Olímpicas, Quadras Esportivas em Bairros e Periferias,
Projetos Sociais Municipais, Estaduais e Federais, Ligas Esportivas Governamentais etc.
Portanto ao se referir sobre gestão em espaços privados, entende-se que o gestor
realizará a intervenção/atuação em setores esportivos como: Empresas privadas para
atividades laborais, Clubes de Lazer, Empresas/Clubes Recreativos, Clubes Esportivos,
Clubes de Competição, Ligas Esportivas Privadas, Clubes de Futebol, Federações,
Confederações, Hotéis, Shoppings dentre outros (PIRES E SARMENTO, 2001;
REZENDE, 2000).
Quando mencionamos sobre a ambientes privados para a prática de atividades
físicas, é nítido identificarmos a cada dia o aumento em quantidade e diversidade que
encontramos no Brasil, dessa maneira, podemos citar espaços como: academias de
ginástica, musculação, lutas, dança, prática circense e escolinhas de iniciação
esportivas.
Além de espaços privados voltados ao esporte, porém não a atividade física, como
empresas de marketing e publicidade que integrem a ideia e o produto esporte nos seus
projetos, consultorias e assessorias, hotéis, shoppings (PIRES E SARMENTO, 2001;
REZENDE, 2000).
SAIBA MAIS

Você sabia que o Governo Federal - Ministério da Cidadania, dispõe de um


Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte (DIFE), no qual acompanha e monitora
os resultados obtidos nos projetos esportivos e paraesportivos financiados mediante
incentivos fiscais. Também atua na elaboração de estudos e pesquisas sobre fomento e
incentivo ao esporte e busca melhorias permanentes na atualização do sistema de
gestão e informação no âmbito da Lei de Incentivo ao Esporte.
Ao Departamento de Incentivo e Fomento ao Esporte compete: (Competências -
Publicado em 08/06/2020 17h03).
Acompanhar e monitorar os resultados obtidos nos projetos esportivos e
paradesportivos financiados por meio de incentivos fiscais previstos na Lei nº 11.438, de
2006; Analisar a documentação apresentada nos projetos esportivos e paradesportivos
financiados por meio de incentivos fiscais previstos na Lei nº 11.438, de 2006; Submeter
os projetos previamente cadastrados à avaliação e à aprovação da Comissão Técnica
de que trata o art. 4º da Lei nº 11.438, de 2006; Estimular confederações, federações e
outras entidades desportivas no aproveitamento dos incentivos fiscais ao esporte;
Elaborar estudos e pesquisas sobre fomento e incentivo ao esporte; Zelar pelo
cumprimento da legislação desportiva; Executar os procedimentos técnicos e
administrativos necessários ao cumprimento do disposto na Lei nº 11.438, de 2006 e
Prestar suporte técnico e administrativo à Comissão Técnica de que trata o art. 4º da Lei
nº 11.438, de 2006.

Fonte: https://www.gov.br/cidadania/

#SAIBA MAIS#
REFLITA

"Porque não se pode vencer um clube rico? Nunca vi um saco de dinheiro marcar gol."

Eurico Miranda

Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br. Acesso em: 01 de abril de 2021.

#REFLITA #
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalizamos mais uma unidade, e novamente podemos aprender muito até o


momento. Aprendemos que a gestão esportiva pode ser definida como o ato de planejar,
direcionar e avaliar a fim de atingir os objetivos estabelecidos, podendo ser estabelecido
relacionados a indústria esportiva ou como atividade central. Outros tópicos vistos nesta
unidade foram planejamento estratégico (ato de planejar/criar planos otimizando os
métodos para cumprir e alcançar os objetivos estabelecidos pela empresa/organização),
gestão de pessoas (área responsável administrativa responsável pelo capital humano
das empresas).
Dessa maneira, conseguimos entender melhor a respeito dos diferentes modelos
de gestão esportiva existentes no mundo, assim como gestão de clubes e suas
instalações esportivas e gestão esportiva em espaço públicos e privados.
Avançando em nosso conteúdo podemos aprender sobre políticas públicas no
esporte, focando no modelo brasileiro, tão bem como suas estrutura/organização no
sistema esportivo, apresentando a vocês caros (as) aluno(as) as um pouco das
tecnologias existentes nos dias de hoje no esporte.
Espero que você continue instigado a aprender, pois ainda temos muito conteúdo
pela frente.
LEITURA COMPLEMENTAR

Gestão de Pessoas: o que é, processos, objetivos e pilares

Gestão de pessoas é um conjunto de técnicas de RH que tem como objetivo o


desenvolvimento do capital humano nas organizações. Ou seja, a gestão de pessoas é
um processo que visa melhorar o desempenho dos colaboradores e da empresa.
O investimento em equipes têm o potencial de fazer com que profissionais
trabalhem mais satisfeitos e engajados, produzindo melhores resultados para a
companhia.
Mas isso não significa que estamos falando de meras ações como fornecer
snacks, salas de descanso e de jogos, e sim trabalhar em prol de um propósito muito
maior.
É aí que entra a gestão de pessoas, prática indispensável para conseguir crescer
empresas de forma consistente, aproveitar os talentos contratados, direcionar o trabalho
da área de Recursos Humanos e garantir melhores resultados.
A gestão de pessoas é a área responsável por administrar o capital humano das
empresas. Essa gestão utiliza técnicas de recursos humanos para conciliar os objetivos
dos colaboradores com as metas da organização. Para isso, é necessário que os
envolvidos na gestão estejam em sintonia com as equipes e identifiquem os perfis mais
adaptados à cultura para focar em ações de engajamento, desenvolvimento e motivação
dos mesmos — ações estas que devem estar alinhadas com o planejamento estratégico
da empresa.
Os objetivos da gestão estratégica de pessoas envolvem:

● apoiar a organização no alcance de suas metas, desenvolvendo e implementando


ações dos Recursos Humanos integradas com a estratégia de negócios;
● contribuir para o desenvolvimento de uma cultura de alto desempenho;
● garantir que a organização tenha as pessoas talentosas, qualificadas e engajadas
que precisa;
● criar uma relação de emprego positiva entre a gerência e os funcionários e um
clima de confiança mútua;
● incentivar a aplicação de uma abordagem ética à gestão de pessoas.

Bruna Guimarães | GUPY

Fonte: GUIMARÃES, B. Gestão de Pessoas: o que é, processos, objetivos e pilares. Disponível em:
https://www.gupy.io/blog/gestao-de-pessoas. Acesso em: 20 de março de 2021.
LIVRO

• Título: Gestão do Esporte no Brasil: Desafios e Perspectivas


• Autores: Leandro Carlos Mazzei e Flávia Cunha Bastos
• Editora: Icone Editora
• Sinopse: A Gestão do Esporte é um fato concreto, é retratado por diversos veículos,
entretanto, a ciência investiga um fator ou aspecto desse fenômeno com profundidade,
definindo vários aspectos ou formas de Gestão do Esporte.
A importância desta área vem aumentando, principalmente em cursos de graduação de
Educação Física e Esporte, por meio de programas disciplinares e produções
acadêmicas que envolvem a Gestão do Esporte.
Por outro lado, a necessidade de uma lógica moderna de gestão no meio esportivo traz
a necessidade de um aprimoramento em conhecimentos administrativos das mais
diversas organizações esportivas, tendo em vista a constante pressão por resultados
presente em nossa sociedade atual.
FILME/VÍDEO

• Título: Coach Carter: Treino para a Vida


• Ano: 2005
• Sinopse: Richmond, Califórnia, 1999. O dono de uma loja de artigos esportivos, Ken
Carter (Samuel L. Jackson), aceita ser o técnico de basquete de sua antiga escola, onde
conseguiu recordes e que fica em uma área pobre da cidade. Para surpresa de muitos
ele impôs um rígido regime, em que os alunos que queriam participar do time tinham de
assinar um contrato que incluía um comportamento respeitoso, modo adequado de se
vestir e ter boas notas em todas as matérias. A resistência inicial dos jovens acaba e o
time sob o comando de Carter vai se tornando imbatível. Quando o comportamento do
time fica muito abaixo do desejável Carter descobre que muitos dos seus jogadores estão
tendo um desempenho muito fraco nas salas de aula. Assim Carter toma uma atitude
que espanta o time, o colégio e a comunidade.
REFERÊNCIAS

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https://asidbrasil.org.br/br/. Acesso em: 30 de março de 2021.

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isso? Ano. 09/11/2018. Disponível em: www.biaamorim.com.br/author/beatrizamorim/.
Acesso em: 24 de março de 2021.

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Dissertação apresentada à Universidade Metodista de Piracicaba para a obtenção do
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Iª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, documento final, Brasília,


2004.

IIª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, documento final, Brasília,


2006.

IIIª CONFERÊNCIA NACIONAL DE ESPORTE E LAZER, Brasília, documento final,


2010.
UNIDADE III PROJETOS NO SEGMENTO ESPORTIVO
TÍTULO DA UNIDADE
Professora Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza

Plano de Estudo:
● Gestão de projetos esportivos
● Conceitos e características
● Técnicas de gestão
● Empreendedorismo, liderança, desenvolvimento, motivação e gestão do
desempenho
● Capacitação de recursos e patrocínios
● Organização e comercialização de eventos esportivos
● Ética e responsabilidade social nas organizações

Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar gestão de projetos esportivos
• Compreender as técnicas de gestão
• Citar assuntos relacionados aos temas Empreendedorismo, liderança,
desenvolvimento motivação e gestão do desempenho
• Descrever sobre capacitação de recursos e patrocínios
• Estabelecer a importância da Organização e comercialização de eventos esportivos
• Demonstrar a ética e responsabilidade social nas organizações esportivas
#INTRODUÇÃO DA UNIDADE #

Olá alunos(as), nesta unidade iremos abordar sobre os projetos no


segmento esportivos, ou seja, como é a gestão de projetos esportivos existentes,
independe do "tamanho", do tipo, da estrutura, etc., porém para que possamos
embarcar neste tema, vamos ter que conceituar e apresentar as características
da gestão de projetos esportivos.
Assim, você também aprenderá quais técnicas mais utilizadas para realizar
os projetos esportivos, dessa maneira, iremos retomar alguns assuntos das
unidades passadas como empreendedorismo, liderança, desenvolvimento,
motivação e gestão do desempenho, porém caros(as) tenham em mente que
estes assuntos nesta unidade, estão direcionados aos projetos esportivos.
Vamos estudar também a importância da capacitação de recursos e
patrocínios, da organização e comercialização de eventos esportivos e da ética e
responsabilidade social nas organizações esportivas, desta maneira, nosso
universo empreendedor estará repleto de novos conhecimentos, espero que você
esteja pronto para adquirir mais estas experiências.

Bons estudo!

#INTRODUÇÃO DA UNIDADE #
#CONTEÚDO#

Tópico 1 Gestão de projetos esportivos

Os projetos esportivos caro (a) aluno (a), podem ter algumas características
indispensáveis, assim devem seguir técnicas e metodologias repetidas, e mesmo assim
devido ao surgimento de imprevistos a equipe deve estar preparada para possíveis
mudanças em seu planejamento.

Nos dias atuais o esporte tem se tornado cada vez mais capaz de mobilizar bilhões
de dólares, para que este continue lucrar ainda mais e ter sucesso no contexto é
necessário que exista a capacitação dos indivíduos que estarão na linha de frente.

Como o Brasil recebeu diversos eventos internacionais, já ocupou a 7ª posição


da ICCA (International Congress and Convention Association) (SOUZA, 2010;
VERGARA, 2010).

Devido existir riscos em projetos esportivos é necessário que haja um gestor para
traçar as estratégias necessárias para o sucesso do evento, pois uma estratégia
realizada com cautela pode trazer benefícios, principalmente econômico para a
empresa/organização que realiza (PREUS, 2008).

Assim podemos entender que a gestão dos projetos esportivos é de extrema


importância no meio de eventos esportivos, pois através da aplicação de conhecimentos,
habilidades, ferramentas e técnicas para satisfazer aos requisitos de um projeto, capacita
o gestor a fim de responsabilizá-lo a evitar riscos que podem causar problemas nos
eventos/projetos no geral e obter os resultados definidos.
Tópico 2 Conceitos e características

Conceitos

Neste tópico, vamos aprofundar mais sobre gestão de projetos esportivos, dessa
maneira, podemos entender que o projeto está relacionado a um único empreendimento,
visando atingir as metas estabelecidas dentro de um prazo, custo e qualidade definidos.
Já o gerenciamento está relacionado com a aplicação da técnica específica para atender
as demandas do projeto, este é supervisionado pelo gestor (gerente) do projeto, que por
sua vez tem a responsabilidade de evitar problemas e obter os resultados esperados
(MORAES, 2012).

Dessa forma podemos definir projetos esportivos como plano elaborado por uma
empresa/organização privada e/ou pública de natureza esportiva (CARVALHO, 2012).

Características

Para que o projeto seja aplicado é necessário que o gestor possua características
fundamentais para que possa atuar neste cargos, características essas como:
habilidades e conhecimentos específicos de acordo com o contexto onde se irá realizar
o projeto, assim como a técnica e as ferramentas necessárias para poder realizar e atingir
as metas exigidas para sua posição (CARVALHO, 2012).

Portanto algumas com relação a função do gestão diante a função ocupada


também é fundamental seguir algumas características, pois o mesmo é responsável por:
identificar as necessidades do projeto; estabelecer objetivos de maneira clara e palpável;
atender às expectativas das partes interessadas; estabelecer a qualidade entre - escopo,
tempo e custo (VERGARA, 2010).

No entanto, torna-se evidente que para se adquirir sucesso na gestão de projetos


esportivos é necessário entregar o produto estabelecido e/ou serviço especificado dentro
do escopo, prazo e orçamento com qualidade a fim de garantir a eficácia e eficiência
(VERGARA, 2010).

Dessa maneira, alguns processos são necessários para que contemple e garanta
o sucesso por meio do comportamento antecipatório, considerando o contexto atual e
objetivando o futuro, são eles: produção das entregas planejadas; finalização das etapas
dentro do cronograma planejado; execução à partir do orçamento aprovado; realizar a
entrega de acordo com as especificações, performance e qualidade; atingir as metas,
objetivos e propósitos; alcançar as expectativas das partes interessadas. (SOUZA, 2010;
PMBOK, 2014 ).

Assim, para que tudo ocorra de acordo com com o planejado é necessário que
cada um da equipe realize sua função, portanto mais uma vez alunos (as), podemos ver
e entender o quanto um gestor esportivo qualificado é importante dentro da
empresa/organização, nos eventos, etc, pois quanto mais aumenta a demanda, mais
aumenta a competitividade, e assim necessita-se de mais capacitação para estar no
mercado de trabalho.
Tópico 3 Técnicas de gestão

Para que um projeto saia como o planejado é necessário que o gestor além de ter
todas as fases e objetivos estabelecidos é necessário utilizar de algumas ferramentas
fundamentais, assim o sucesso será mais garantido. Dessa maneira, a fim de auxiliar no
desempenho de maneira a contribuir com o aumento da produtividade e rentabilidade da
empresa/organização se faz necessário desfrutar-se de algumas técnicas que vamos
apresentar no decorrer deste tópico caro(a) aluno(a).
Segundo Gaubert (2017), para que uma empresa/organização tenha sucesso
atingindo os objetivos e metas estabelecidas, é imprescindível que a mesma disponha
de uma gerência competente no qual seja capaz de norteá-la de maneira estratégica,
buscando o melhor desempenho para garantir os melhores resultados.
Para isso é importante que o gestor saiba e possua algumas técnicas
fundamentais para que possa traçar estratégias de maneira realista e eficiente para seu
negócio. Em primeiro lugar, é necessário que este tenha conhecimento sobre sua
empresa/negócio, com a finalidade de entender os processos, funções e atribuições de
seus colaboradores tão bem quanto os pontos fortes e fracos de sua empresa/negócio.
(GAUBERT, 2017).
O planejamento das ações de maneira clara como já apresentamos nas unidades
anteriores, pode garantir o sucesso da gestão, dessa maneira se faz necessário segundo
InfoVarejo (2018), que o gestor seja capaz de estudar ações diárias, semanais e mensais
a fim de atingir múltiplas ideias.
Outro ponto importante é estar atento ao mercado em que sua
empresa/organização está inserida, visando estabelecer os pontos fortes e fracos deste
contexto, ou seja, analisar as principais datas em que o mercado está em alta e/ou baixa
financeiramente e em relação aos produtos ofertados, interesses e necessidades do
público alvo, investimentos e mudanças necessárias, etc. a fim de estabelecer
planejamentos e estratégias para projetar seu negócio (GAUBERT, 2017).

Analisar os clientes que possivelmente poderão aderir a sua marca, o contexto


em que a empresa está inserida e esquematizar o seu negócio, verificando as tendências
de consumo, verificando as empresas do mesmo ramo, como elas atuam, são
fundamentais para estabelecer seus objetivos, metas e como resultado alcançar o êxito
da gestão (INFOVAREJO, 2018).

Gaubert (2017), também afirma que entender seus clientes faz parte de uma boa
gestão, pois só assim o gestor saberá realmente quais são as necessidade, desejos,
insatisfação com sua marca. Ao compreender seu consumidor, se torna mais fácil traçar
estratégias exclusivas para seu público, diminuindo problemas e agradando mais ao
público.

Além das técnicas apresentadas manter os funcionários motivados também é um


fator muito importante, pois estes colaboram na resolução dos planejamentos.
(GAUBERT, 2017).

Já a equipe InfoVarejo (2018), afirma que uma técnica para que se tenha sucesso
em gestão é necessário organizar uma equipe eficiente, preparada e que tenha afinidade
com o mercado ao qual a empresa/mercado está inserido, este ainda frisa que é
necessário o gestor ter postura de liderança, ter atitudes assertivas e justas, mantenha
um clima organizacional favorável independente da circunstância e que não aprove
falhas de conduta.

Igualmente o bom planejamento financeiramente é fundamental para a gestão,


pois o fluxo de caixa é fundamental para auxiliar nas decisões e ações da
empresa/organização, assim é necessário algumas ferramentas para otimizar as
técnicas de gestão (GAUBERT, 2017).

A empresa InfoVarejo (2018) também indica que para se ter uma gestão de
qualidade, além da qualificação do profissional, é de extrema importância ter a tecnologia
da informação como parceira, seja para facilitar a vida dos clientes, para a divulgação da
marca, para a facilidade em realizar a gestão em termos organizacionais como fluxo de
caixa, sistemas de informações, programas de internet, etc. além de que é ideal ser um
gestor inovador, estar atento para os avanços que a tecnologia de informação tem a
oferecer para o seu negócio.

Brasil (2021) afirma que as ferramentas são indispensáveis para a gestão e são
utilizadas conjuntamente as técnica necessárias para se obter uma gestão de qualidade
e com eficácia. As técnicas apontadas pelo autor são: Planejamento (definição de
objetivos e metas); Controle (controlar finanças, estoque, performance, qualidade, etc.);
Processo (auxilia na gestão de processos); Projeto ( conjuntos de atividades temporárias
que possuem começo, meio e fim, e têm como objetivo alcançar um resultado
específico); Tomada de decisão (são matrizes, pesquisas e análises que viabilizam as
melhores escolhas pelo futuro da empresa).

Brasil (2021), apresenta algumas ferramentas mais utilizadas para que se tenha
uma gestão com resultados positivos, são essas:

❖ Planejamento estratégico - Management Tools & Trends 2018 no qual é capaz


de aplicar dimensões como: diagnóstico (pesquisas e análises de dados do
cenário atual da empresa), definição de objetivos, estratégias e metas (elaboração
dos objetivos gerais, metas e estratégias), definição de indicadores (escolha dos
indicadores), identificação do público-alvo (mapeamento dos públicos), execução
e controle (elaboração do plano de ação e execução), avaliação de resultados
(análise dos resultados). Análise SWOT ou FOFA "Forças, Oportunidades,
Fraquezas e Ameaças" auxilia na gestão a fim de mapear o cenário externo
prevendo oportunidades e ameaças do mercado dispões de quatro aspectos para
conduzir e analisar os dados, são eles: forças "Strenghts" (os pontos fortes da
empresa), fraquezas "Weaknesses" (desvantagens e falhas), oportunidades
"Opportunities' (variações do cenário), ameaças "Threats" (fatores externos
prejudiciais).
❖ Gestão de projetos - Ciclo PDCA tem como objetivo aprimorar continuamente os
processos e produtos da empresa/negócio, representa quatro passos: Plan
"Planejar" (identifica o problema, analisar as possíveis causas e formular
estratégias e táticas para solução), Do "Executar" (coloca o plano em prática),
Check "Verificar" (avalia os resultados e compara-o com o planejamento), Act
"Agir" (aplica mudanças necessárias para melhorar o processo e define melhorias
para o próximo ciclo).
❖ Empreendedorismo - Canvas "Quadro de modelo de negócios" representa
aspectos necessários para uma empresa/organização: proposta de valor
(promessa da empresa), segmento de clientes (definição do público-alvo e
personas), canais (meio dos quais a empresa pretende alcançar seus clientes),
relacionamento (estratégias para atrair e reter clientes), receitas: (definição do
modelo de negócio para obter receita), recursos (listagem de recursos financeiros,
humanos, tecnológicos e de infraestrutura necessários), atividades (delimitação
das atividades a serem desenvolvidas pela empresa), parcerias (mapeamento de
fornecedores e parceiros estratégicos), estrutura de custos (orçamento geral).
❖ Desempenho - KPI "Key Performance Indicator", tem a funcionalidade de
mensurar a performance dos processos da empresa/organização, permitindo que
o gestor acompanhe os resultados e números de forma simples e eficiente.
❖ Planejamento - 5W2H, tem a aplicabilidade de realizar o checklist dos
planejamentos e processos da empresa/organização, de maneira a esclarecer de
maneira simples e prática os objetivos e eliminando dúvidas com base em sete
perguntas essenciais, são elas: What ( o que será feito?), Why (por que será
feito?), Where (onde será feito?), When (quando será feito?), Who (por quem será
feito?), How (como será feito?), How much (quanto vai custar?).
❖ Gestão Financeira - Orçamento Base Zero (OBZ), objetiva-se em reduzir os
custos reais da empresa/organização ao máximo, organizando os gastos da
empresa.
❖ Inovação - 4Ps da Gestão da Inovação, caracteriza quatro áreas para inovar os
negócios da empresa/organização, como: propósito: (propósito central e objetivos
de criar a inovação), processos: (definir os processos utilizados para transformar
ideias em soluções), pessoas (mobilizadas as pessoas para adotar uma visão
empreendedora e se empenhar na busca dos resultados), políticas (mudanças
nas políticas da empresa, construção de inovação).
❖ Projetos - PMBOK "Project Management Body of Knowledge", documento no qual
descreve 49 processos de gestão divididos em cinco grupos (Iniciação,
Planejamento, Execução, Monitoramento/Controle e Encerramento), informa
sobre 10 áreas do conhecimento (Integração, Escopo, Cronograma, Custo,
Qualidade, Recursos, Comunicação, Riscos, Aquisições, Partes e interessadas.

Assim, podemos encontrar diversas ferramentas no mercado a fim de


facilitar e otimizar o trabalho do gestor esportivo, de modo que este tenha uma
gestão garantida de conquistas, atingindo resultados positivos para a
empresa/organização.
Tópico 4 - Empreendedorismo, liderança, desenvolvimento, motivação e gestão
do desempenho

Neste tópico caros(as) alunos(as), vamos ver vários conceitos, alguns frisando o
que já foi vistos e outros apresentando pela primeira vez para novos conhecimentos,
assim vale a pena atentar-se a todas as denominações que estaremos apresentando
neste momento:

➔ Empreendedorismo

Como já visto na Unidade I, o empreendedorismo pode ser definido como uma


atividade no qual tem como objetivo auxiliar o empreendedor a realizar mudanças e
inovar os serviços oferecidos pela empresa/organização a fim de satisfazer as
necessidades de seus clientes (GANGWAR E VISHWAKARMA, 2013).
Segundo o Sebrae (2016), existem vários tipos de empreendedorismo, embora
nosso foco seja o empreendedorismo voltado ao esporte, como vimos, iremos também
abordar nesta unidade o empreendedorismo de forma mais global, ou seja, o
empreendedorismo em vários tipos de negócios e ramos para abranger o conhecimento
de vocês alunos(as).
O primeiro empreendimento a ser apresentado é o empreendedorismo social,
onde pode ser encontrado em empreendimentos sociais visando educação e saúde aos
pobres; desenvolvimentos econômicos de comunidades carentes, também aqueles que
visam o bem estar dos cidadãos nas cidades, etc. (SEBRAE, 2016).
O empreendedorismo corporativo/intraempreendedor, onde o empreendedor é o
funcionário/colaborador no qual partindo da sua capacidade de empreender oferece
possibilidades de inovação para a empresa/organização (SEBRAE, 2016).
Neste segmento, encontramos o empreendedorismo próprio, aquela empresa em
que a maioria das pessoas almejam alcançar, embora seja uma ótima escolha, é
necessário atentar-se a algumas questões fundamentais como: necessidades de
investimento, oportunidade de mercado,para que assim possa se tomar a decisão de
seguir adiante com seu próprio negócio (SEBRAE, 2016).
Dentre muitos empreendimentos que encontramos e podemos citar, está o
empreendedorismo cooperado, ou seja, são compostas por pequenas empresas que,
embora realizam seus trabalhos individualmente, no final dividem parte de seus produtos
em forma de cooperativas (SEBRAE, 2016).
Assim, podemos dizer que que o empreendedorismo embora tenha diferentes
campos de atuação, todos estão voltados para inovação, cumprimentos de metas e
visam lucros para a empresa/organização ao qual está sendo favorecida.

➔ Liderança

Com relação a liderança podemos conceituá - la como um processo fundamental


para que mantenha a equipe da empresa/organização motivados, assim como para
estimular estes a fim de cumprir as metas e objetivos estabelecidos. (ABELHA;
CARNEIRO; CAVAZOTTI, 2018).
Segundo Besen; Tecchio; Fialho (2017), o papel da liderança dentro de uma
empresa/organização esportiva é fundamental para criação de valor e na inovação, além
de auxiliar na exposição de estratégias na inserção da gestão do conhecimento.
Encontramos no mercado de trabalho os Líderes-Coach, estes são responsáveis
em ensinar a equipe a solucionar problemas de maneira a se manter neutro em relação
às discussões. (SEBRAE, 2016).
Além de que o líder tem papel fundamental em criar ambientes benéficos para a
criatividade, ao crescimento da equipe, ao desenvolvimento individual e pessoal dos
colaboradores (SEBRAE, 2016).
Dessa maneira, podemos entender os princípios de liderança Segundo Drucker
(2002) são:

"Um primeiro princípio de liderança é que esta é uma


relação entre líder e seguidores. Sem seguidores não há o
que liderar. Um segundo princípio é que líderes eficazes
não só estão a par, como gerenciam conscientemente a
dinâmica desta liderança.”
(Drucker, 2002 p. 211)

Dessa maneira, concluímos caro(a) aluno(a) que liderança está relacionada com
atitudes além do ambiente organizacional, também é importante frisar que o líder deve
ser capacitado para extrair todas as oportunidades do mercado, planejamento e
responsabilidade por riscos calculados, deve também ser dedicado com a equipe e a
empresa/organização a fim de agregar valores para a mesma e para a sociedade.

➔ Desenvolvimento

O desenvolvimento empresarial está intimamente ligado ao modelo de gestão no


qual auxilia no processo gerencial, concretizando-se ao planejamento, execução e
controle das atividades, buscando atingir os resultados esperados pela
empresa/organização (MACHADO; SORNBERGER; COAN; 2015).
Para que haja o desenvolvimento em uma empresa/organização se faz necessário
que esta adote planos estratégicos a fim de se sustentar em meio a competitividade.
Nesta conjuntura, Abreu e Reis (2015) apontam duas vertentes de definição de
desenvolvimento, a primeira está relacionada com a competitividade, participação no
mercado, as variáveis, enquanto a segunda é entendida como eficiência, a
competitividade potencial.
Sena (2016), afirma que qualquer empresa inclusive no ramo esportivo, pode ser
desenvolvida, porém é necessário que esta apresente organização, estratégia e
inovação, neste sentido o autor conceitua desenvolvimento em uma
empresa/organização com visões positivistas através do "MEI" - Maturidade: (está
relacionada a estrutura da organização - estrutura enxuta e flexível); Estratégia:
(determinar um conjunto de ações estruturadas e planejadas para alcançar o
objetivo/crescimento desejado) e Inovação: (capacidade de estruturar, captar, avaliar e
implementar ideias geradas na organização/empresas de forma sistemática).

➔ Motivação

Quando falamos em motivação logo pensamos em algo relacionado a autoajuda,


porém motivação é algo mais complexo, principalmente ao se tratar de motivação no
âmbito organizacional, inclusive quando falamos no contexto esportivo, onde apenas
frases motivacionais não serão eficientes para atingir os objetivos que a motivação deve
alcançar.
Dessa maneira, acredito que para entendermos de fato o que é motivação,
devemos iniciar sobre seu significado, vamos lá?
O grupo HCM (2017), aponta que motivação está relacionada com os impulsos
internos do indivíduo, no qual acarreta na atitude do mesmo, além de referir a motivação
como um conjunto de motivos/razões que movem a ação das pessoas, de maneira
individual.
Segundo os mesmos autores, os cincos níveis de motivação apresentados na
pirâmide hierárquica de Mashow, são fundamentais a fim de buscar a autorrealização do
indivíduo, os quais incluem, de baixo para cima: fisiologia, segurança, amor e
relacionamento, estima e realização pessoal.
Assim, de maneira intensa (quantidade de esforço produzido), direcionada (a
meta, o foco do esforço, pessoal/profissional) e persistente (quantidade de tempo que a
pessoa despende para realizar seu objetivo), a motivação se encontra conectada ao
esforço realizado pelo(a) pessoa/colaborador(a) para que possa alcançar o objetivo
determinado, ou seja, está relacionado com a satisfação pessoal. No ramo empresarial,
podemos dizer que está relacionado com a satisfação com o cargo, com a empresa
propriamente dita, com as oportunidades que a ela é ofertada, etc. (GRUPO CHM, 2017;
GLOSS, 2017).
É importante se atentar que segundo o Grupo HCM (2017), existem dois tipo de
motivação, a motivação no qual o indivíduo possui a capacidade de caminhar em direção
ao objetivo traçado, ou seja, motiva intrínseca e também existe a motivação dependente
da empresa/organização, motivação essa que tem características e fatores externo,
assim é denominada motivação extrínseca.
Quando um colaborador/empregado estiver motivado profissionalmente e/ou
pessoalmente este é capaz de produzir mais e com mais qualidade de maneira mais
engajada, atendendo melhor os clientes focando mais nos resultados e
consequentemente lucrando mais para a empresa/organização (GRUPO HCM, 2017).

➔ Gestão do desempenho

A gestão do desempenho geralmente está sob responsabilidade do setor de RH


(Recursos Humanos) assim como dos gestores da empresa/ organização, este tem como
função avaliar as metas e desempenho dos colaboradores/funcionários. (GRUPO HCM,
2017).

O resultado dessa avaliação pode ser analisada através do exame da


performance individual do profissional, tão bem como através do cumprimento de prazos
nas realizações que das tarefas, cooperação com a equipe e a empresa, proatividade,
capacidade de inovação, dentre outros quesitos.GRUPO HCM, 2017).

Com relação a avaliação, é necessário que o RH e o gestor apliquem um


questionário para o colaborador, portanto o feedback pode ser expresso de maneira
individual ou em conjunto (junção dos dois questionários), dependendo das normas e
regras da empresa. No entanto, o fundamental para que se tenha um resultado válido e
que o colaborador não se sinta prejudicado é necessário informá-lo de todo o processo,
assim pode ser evitado diversos constrangimentos, inclusive conflitos e certos “traumas”
no processo de avaliação (GRUPO HCM, 2017).
Tópico 5 - Capacitação de recursos e patrocínios

O patrocínio esportivo pode ser definido como um conjunto de atividades


dependentes de um processo de comunicação que utiliza o Marketing esportivo e a
associação do mesmo ao estilo de vida a fim de transmitir mensagens a um público
específico, ou seja, pode ser considerado como uma ferramenta de comunicação -
propaganda, venda pessoal, promoção de vendas, relações públicas, etc. (KOTLER,
2006).
Pereira (2020), conceitua o patrocínio como uma estratégia eficaz no qual as
empresas podem ampliar o relacionamento e construir valores com seu público alvo,
assim as marcas/produtos e/ou empresas utilizam disso para obter mais retorno através
do patrocínio.
Mas as perguntas que ficam são: porque patrocinar? Como patrocinar? Quem
patrocina? Portanto caro(a) aluno(a), neste tópico vamos aprender sobre o patrocínio no
geral e as formas de captação, dessa maneira será fácil você responder todas essas
dúvidas.
Muitas empresas fornecem patrocínio por inúmeros motivos e objetivos, Melo
Neto (2000) e Sá e Almeida (2012), apresentam alguns deles, como: o aumento das
vendas; o desejo de conquistar novos mercados; a valorização e promoção institucional;
a abertura de novos canais de relacionamento; o aumento e o conhecimento da
marca/produtos da empresa; a necessidade de influenciar o conhecimento e atitude de
consumidores; alcançar formadores de opinião por meio de da mídia; criar uma relação
com diferentes comunidades; satisfazer o interesse pessoal de um executivo.
O patrocínio também auxilia na carreira do atleta, clubes, eventos esportivos, etc.,
porém este vai muito mais além, pois é capaz de gerar valores através de posturas
profissionais atribuindo-se à responsabilidade social a fim de certificar-se do bem-estar
de toda a população (PAROLINI; JÚNIOR; CARLASSARA, 2015).
No setor esportivo, existem diversos tipos de patrocínio, dentre eles podemos citar
os patrocínio de equipes esportivas; patrocínio individual e/ou de celebridades
esportivas; patrocínio de organizações e/ou entidades esportivas; patrocínio de eventos
esportivos; patrocínio de instalações esportivas; patrocínio de transmissões esportivas;
patrocínio de tecnologias voltadas ao esporte; licenciamento; etc. (SÁ E ALMEIDA,
2012).
Dessa maneira, é importante mencionar que nem sempre é fácil conquistar um
patrocinador, e é recíproco para um patrocinador financiar um evento, atleta ou clube,
pois este tem custeios, alguns com valores alto, no qual a empresa/organização
esportivas patrocinadora necessitam do fluxo de caixa (interno) ou investimentos
externos, financiamentos, etc., portanto, é crucial o sucesso do patrocínio, para que
assim o patrocinador consiga atingir os objetivos perante ao mercado esportivo, elevando
o reconhecimento da marca/produto e/ou empresa (PAROLINI; JÚNIOR;
CARLASSARA, 2015).
Assim é importante entendermos que existem alguns tipos de fontes de
financiamento, a fim de captar recursos para eventos esportivos, atletas, times, etc.,
como já apresentamos acima, ou seja, a captação de recursos podem vir através do
Setor Público - recursos governamentais, Setor Privado - recursos de pessoas jurídicas
e recursos próprios da organização e por fim de Pessoa Física - recursos de pessoas
físicas (SÁ E ALMEIDA, 2012).
Essas fontes de recursos/captação podem ser adquiridas através de:
financiamentos via incentivos fiscais, recursos por venda de serviços, doação simples,
doação via incentivo fiscal (Lei de Incentivo ao Esporte - LIE), programas, convênios,
parcerias, fundos entre outros meios. (SÁ E ALMEIDA, 2012).
Com relação a Lei de Incentivo ao Esporte - LIE, segundo Cazumbá (2016), os
projetos desportivos e paradesportivos incluídos na lei são divididos em três categorias:
➢ Desporto educacional – voltado para alunos matriculados em instituições de
ensino, visando o desenvolvimento e formação para cidadania, além de estimular
a prática do esporte como lazer, não podendo haver competitividade. Dessa
maneira o projeto deve atender pelo menos 50% dos alunos devidamente
matriculados na rede pública de ensino.
➢ Desporto de participação - qualificado para a prática voluntária e pela prática
esportiva sem regras formais, tem finalidade de integração dos praticantes,
promoção da saúde e preservação do meio ambiente, objetivando o
desenvolvimento pessoal através do esporte.
➢ Desporto de rendimento - este é praticado de acordo com as regras nacionais e
internacionais, visa a obtenção de resultados e integração entre as pessoas,
comunidade e países. É definido pela competitividade em busca de um lugar no
podium, este projeto atende atletas em formação (CAZUMBÁ, 2016).
Tópico 6 - Organização e comercialização de eventos esportivos

Para realizar a organização ou mesmo comercialização de um evento esportivo,


demanda muito empenho e dedicação, pois necessita do envolvimento de diversas
pessoas, desde os produtores, os "atores"- atletas/participantes até os espectadores,
portanto é um momento no qual requer muita energia.
Assim você deve estar se perguntando, como podemos realizar/organizar um
evento esportivo? Bom, essa não é uma tarefa fácil, porém vamos aprender a melhor
maneira de acordo com a literatura de se ter um evento esportivo de sucesso.
Primeiro passo para organizar um evento esportivo é o planejamento, Melo
(2021), afirma que para evitar confusão, gastos extras e garantir o sucesso da gestão do
evento, é necessário antes de qualquer decisão realizar um planejamento, criar um
checklist para facilitar na visualização de todos os processos.
Atletis (2020), mostra que dentro do planejamento deve antes de tudo escolher e
conhecer sobre o esporte/evento que você irá organizar, assim como suas regras, depois
para que você estabeleça o objetivo de seu evento é necessário listar qual o tipo de
evento esportivo, , exemplos: campeonatos; torneios; jogos; gincanas; desafios;
encontros (reunião de profissionais); olimpíadas; etc, a autora ainda menciona a
necessidade de elaborar uma lista com todas as etapas do evento desde o início, meio
e fim, (Checklist de planejamento).
Outro passo importante é definir o local adequado para a realização do evento,
dessa maneira, deve-se estabelecer qual será o contexto do evento (modalidade
esportiva, festas esportivas, campeonatos, torneios etc.), assim torna-se fácil decidir qual
será o ambiente/local para a realização deste evento, no qual deve-se pensar na
acomodação dos envolvidos (todos), estrutura, segurança, limpeza, acessibilidade,
autorizações, acústica, climatização, etc. (MELO, 2021).
A escolha do local ocupa a quarta posição na escala de importância para Atletis
(2020), o local deve ser apropriado e adequado para o evento escolhido, com estrutura
profissional de preferência específico para a modalidade esportiva planejada, onde haja
conforto, comodidade, mobilidade, tanto para os atletas quanto para o público no geral.
Após esta fase concluída, podemos comercializar o evento, ou seja, ir em busca
dos patrocínios/parcerias, no qual irão aumentar o "ibope" do seu evento, mas para
isso deve-se saber como e onde procurar esses patrocínios/parcerias, pois é estes são
de grande importância para aumentar o dinheiro em caixa e de quebra promover
credibilidade, confiança e visibilidade do evento. Porém, vale ressaltar que os
patrocínios/parcerias devem ser do âmbito da temática do evento realizado, caso
contrário, não terá a mesma repercussão esperada, ou seja, procure empresas
esportivas para ser patrocínios e/ou parcerias de eventos esportivos (MELO, 2021).
Uma maneira profissional para buscar patrocínios é elaborando um projeto escrito,
com ideias prontas e apresentando seu contato, dessa maneira você demonstra
credibilidade ao evento. Com os fornecedores, é fundamental verificar o custo-benefício,
pois nem sempre o mais barato será o mais vantajoso para o seu evento, nesse momento
é importante tomar cuidado (ATLETIS, 2020).

Pronto! O evento foi planejado, o lugar ideal encontrado, os patrocínios/parcerias


em potencial já fecharam contrato, podemos seguir para a divulgação do evento, nesse
momento deve ser avaliado qual o meio de comunicação alcança mais o público alvo do
seu evento, assim você irá acertar na forma de divulgação. Lembre-se: estas
informações devem constar todas no primeiro passo apresentado (planejamento), então
fiquem atentos (MELO, 2021).
Atletis (2020), aponta que nos dias atuais as divulgações de evento podem ocorrer
de diversas maneiras devido a tecnologia, portanto ela ressalta que mais importante do
que onde se irá divulgar é atingir o público-alvo. Pois dependendo do público a
divulgação através de cartazes em bairros específicos da cidade, pode ser mais viável.
Uma dica importante é utilizar a tecnologia a seu favor neste momento, você pode
arriscar também nas redes sociais, blogs esportivos, sites exclusivos, inscrições online,
formas de pagamento facilitada (maquininhas de cartão, parcelamento, compras do
ingresso pela internet), divulgação através de links no WhatsApp mas sem esquecer das
divulgações tradicionais como os panfletos, outdoor (MELO, 2021; ATLETIS, 2020).
Outro passo importante apresentado por Atletis (2020) é a segurança, pois esta
irá auxiliar para que seu evento alcance o sucesso, portanto a segurança deve ser
realizada por equipes treinadas de preferência que saiba prestar os primeiros socorros,
a fim de fiscalizar todo o evento, principalmente a(s) entrada(s) e saída(s) do evento.
Lembrando que para manter um espaço seguro é necessário mantê-lo sempre limpo, ou
seja, a limpeza e manutenção do ambiente faz parte da segurança do evento.
E por fim, citamos o pós evento, como irá finalizar seu evento? Pode ser um
show? Distribuição de prêmios? Uma confraternização?
O pós evento é o que irá fechar seu evento com chave de ouro, podemos
considerar que ele se bem planejado será o que ficará registrado na memória dos
participantes em geral. Pode ser algo simples, porém é exatamente agora que você
saberá se realmente seu evento foi agradável e o que foi mais agradável (ATLETIS,
2020).
Navarro (2004), apresenta que assim como a organização, comercializar um
evento esportivo o primeiro passo não são muito distintos, pois inicialmente na
comercialização de um evento esportivo, deve-se realizar um diagnóstico da empresa no
qual deseja contratar para realizar o evento, ou seja, a empresa contratada realiza um
levantamento detalhado a respeito da empresa contratante.
Neste diagnóstico apresentado por Navarro (2004), inclui: público alvo,
estratégias de marketing, objetivo em relação ao esporte, dessa maneira é possível
identificar a contratante a fim de desenvolver estratégias para as ações a serem
realizadas, também é realizada um levantamento de custos, a identificação das ações
mais apropriadas para o contexto e patamar da empresa, após é iniciado o
desenvolvimento de projetos especiais, negociação de contratos, assim inicia-se a
gestão de ações, onde serão acompanhamos todas as ações negociadas e caso for
necessário realizar alterações em seus procedimentos até o licenciamento da marca,
atleta, eventos, etc.
Dessa forma, podemos entender que as empresas que comercializam eventos
esportivos, se mantém na busca de obter resultados profissionais positivos, seja no
campo administrativo, esportivo ou mercadológico. Os serviços de comercialização na
esfera de eventos esportivos inclui: conceito (marcas, empresas, produtos, etc); registro
de marcas; identificação de licenciados; marketing/Promoções; contratos (de diversas
naturezas); auditorias (Marketing esportivo-vendas e compras); escolhas de esportes
e/ou atleta; planejamentos após as escolhas; elaboração de promoções (tarde de
autógrafos, brindes, etc.); divulgação da marca; criação de brindes (das marcas os
produtos para divulgação); merchandising (placas e painéis); assessoria de imprensa
(NAVARRO, 2004).

#REFLITA #

"Planejar é decidir de antemão qual é , e como será sua vitória."


STÉFANO, Rhandy di
Fonte: STÉFANO, Rhandy di. ICI Integrated Coaching Institute. Disponível em:
https://www.coachingintegrado.com.br/. Acesso em 10 de abril de 2021.

#REFLITA #

#SAIBA MAIS#

Você sabia que a Copa do Mundo da FIFA em Moscou, foi um dos maiores espetáculos
esportivos do mundo. Enquanto o Super Bowl é a maior partida sob a perspectiva norte-
americana, vista por mais de 100 milhões de pessoas nos EUA e talvez outras 100
milhões em todo o mundo, a final da Copa do Mundo de 2014 entre a Argentina e a
Alemanha teve audiência televisiva de mais de 560 milhões de pessoas.
A Copa do Mundo é um campeonato gigantesco, mas não é o maior evento esportivo em
termos de quantidade de telespectadores. Segundo o Comitê Olímpico Internacional, a
Olimpíada de 2012, em Londres, e a Olimpíada de 2008, em Pequim, alcançaram 3,6
bilhões e 3,5 bilhões de pessoas em suas casas, respectivamente, superando as duas
últimas Copas do Mundo (uma delas no Brasil), responsáveis por atrair 3,2 bilhões de
telespectadores em todo o mundo.

Fonte: FORBES. 9 Eventos Esportivos Com Mais Audiência Da História, 2018. Disponível em:
https://forbes.com.br/principal/2018/06/9-eventos-esportivos-com-mais-audiencia-da-
historia/#foto9. Acesso em: 09 de abril de 2021.

#SAIBA MAIS#

#LEITURA COMPLEMENTAR#

Eventos Esportivos

Para organizar um Evento Esportivo no seu bairro, escola, trabalho ou quer


trabalhar com organização de eventos esportivos, deve seguir algumas dicas:

1 – Tipos de Eventos Esportivos

● Campeonato esportivo: Eventos de competições esportivas de longa duração.


Nos campeonatos, todas as equipes se enfrentam num sistema de rodízio em pelo
menos uma das fases da competição. Ex: Campeonato Brasileiro de Futebol
(Brasileirão).

2 – Sistemas de Disputa de Eventos Esportivos


● Sistema de rodízio: É usado na realização de campeonatos, todos os participantes
jogam contra todos até que se conheça o campeão ou os classificados de uma
fase da competição. Quando o campeonato é dividido em fases, o sistema de
rodízio pode ser usado apenas dentro dos grupos, utilizando outro sistema de
disputa nas outras fases da competição. Ex: Campeonatos de pontos corridos ou
alguns campeonatos regionais onde há uma com sistema de Rodízio e outra fase
eliminatória.
● Eliminatória Simples: Cada confronto há um eliminado, prosseguindo na disputa
apenas os vencedores até que se conheça o vencedor do torneio. Os confrontos
podem ser únicos ou confrontos de “ida e volta”.
● Eliminatória dupla/repescagem: No sistema de eliminatória dupla o competidor ou
a equipe é eliminada somente após a segunda derrota. Mesmo após uma derrota
o participante ainda poderá ser o vencedor do torneio, pois entrará numa “chave”
de repescagem.
● Sistema Misto: É quando se utiliza dois sistema de disputa na realização de uma
competição. Ex: Copa do Mundo de Futebol da FIFA (enfrentamento em Rodízio
na primeira fase e eliminatória simples a partir da segunda fase).

3 – Critérios para Organização de Eventos Esportivos:

● Escolher uma forma ou tipo de competição (torneio, campeonato ou jogos);


● Escolher um sistema de disputa (eliminatórias, rodízio ou misto);
● Organizar a tabela da competição.

4 – Organização de Tabela de Confrontos

● Sistemas de Disputa de Eliminatória Simples: Se o número de participantes do


torneio que você organizar no seu evento é igual a uma potência de 2, não haverá
isentos em nenhuma rodada, todos os participantes vão se enfrentar na primeira
rodada.
● Sistema de rodízio simples: é utilizado na organização de eventos de competições
esportivas de longa duração, quando todas as equipes se enfrentam apenas uma
vez ou rodízio Duplo, quando todas as equipes se enfrentam duas vezes, em turno
e returno ou primeiro e segundo turno.

Fonte: COSTA, M. Eventos Esportivos: Organização, Tabelas e Tipos. 03 de abril de 2018.


Disponível em: https://www.dicaseducacaofisica.info/eventos-esportivos/. Acesso em: 09 de abril
de 2021.

#LEITURA COMPLEMENTAR#
Tópico 7 - Ética e responsabilidade social nas organizações

Em todos os contextos organizacionais é muito importante que haja Ética e


responsabilidade social, quando trata-se do âmbito esportivo nos deparamos com alguns
dilemas que vamos abordar neste tópico.
Fleury (2015) cita como exemplo de ética e responsabilidade social a posição dos
principais patrocinadores da FIFA, no episódio das prisões de alguns dirigentes e
empresários envolvidos na entidade, algumas empresas prometeram revisar seus
patrocínios e apoios a ações da entidade.
As empresas patrocinadoras unem suas marcas a algum evento para que possam
ter visibilidade, porém associar seus produtos a acontecimentos de corrupção faz com
que "manche" não apenas a empresa patrocinada como a patrocinadora, aquela que
investe o dinheiro para os fins (FLEURY, 2015). Mas será que mesmo nessas
circunstâncias é possível a empresa simplesmente se desvincular? Será que a atitude
do patrocinador seria coerente com uma boa ética?
Pois bem, para Fleury (2015) é necessário elaborar um código de ética que
regulamenta relações entre patrocinadores e entidades esportivas, a fim de nortear de
maneira transparente e clara os princípios éticos, limites e responsabilidades das
relações no que abrange entidades esportivas e patrocinadores.
O Comitê Olímpico do Brasil (COB), possui um documento denominado Código De
Conduta Ética, este apresenta onze capítulos e é especificado da seguinte maneira:
"O Código de Conduta Ética do Comitê Olímpico do Brasil
(COB) disciplina a conduta da entidade e dos agentes
públicos e privados envolvidos com a prática do esporte em
território nacional, segundo os bons valores do agir humano
e os princípios do Olimpismo" (CÓDIGO DE CONDUTA
ÉTICA, 2018).

Este documento afirma que a prática esportiva ética e sã no âmbito do COI,


objetiva-se em: promover a igualdade entre as pessoas; promover estilo de vida baseado
na alegria e na felicidade; promover a valorização do esforço para alcance de resultado;
promover os princípios básicos da atividade esportiva; promover cidadania e educação;
promover a amizade, a excelência e o respeito; promover a competição justa.
O Código De Conduta Ética, apresenta também sobre a Responsabilidade
Social e Ambiental, afirmando que:
"Art. 32 - É devida a responsabilidade social corporativa e
ambiental, estabelecendo-se relações positivas entre o
COB e a sociedade. Art. 33 - É indevida a prática de
atividades que agridam o meio ambiente e a qualidade das
relações esportivas em sociedade ou reduzam o alcance
social do esporte" (CÓDIGO DE CONDUTA ÉTICA, 2018).

Dessa maneira caro(a) aluno(a), podemos perceber que ainda faltam muitas leis
e regras quando o assunto é ética e responsabilidades sociais, mesmo que o esporte
existe há muitos anos e tange em diversas esferas, assim como é utilizado para a
formação do cidadão.

#SAIBA MAIS#

Você sabia, que o CONFEF (Conselho Federal de Educação Física) a partir da


Resolução CONFEF nº 307/2015, dispõe sobre o Código de Ética dos Profissionais de
Educação Física registrados no Sistema CONFEF/CREFs. A construção do Código de
Ética para a Profissão de Educação Física foi desenvolvida através do estudo da
historicidade da sua existência, da experiência de um grupo de profissionais brasileiros
da área e da resposta da comunidade específica de profissionais que atuam com esse
conhecimento em nosso país.
O documento apresenta além dos 12 (doze) itens norteadores da aplicação do
Código de Ética 6 (seis) capítulos, que irei apresentar alguns a vocês:

Capítulo I: Disposições Gerais


Art. 1º - O exercício da profissão exige do Profissional de Educação Física conduta
compatível com os preceitos da Lei nº. 9.696/1998, do Estatuto do CONFEF, deste
Código, de outras normas expedidas pelo Sistema CONFEF/CREFs e com os demais
princípios da moral individual, social e profissional.
Parágrafo Único - Este Código de Ética constitui-se em documento de referência para os
Profissionais de Educação Física, no que se refere aos princípios e diretrizes para o
exercício da profissão e aos direitos e deveres dos beneficiários das ações e dos
destinatários das intervenções.
Art. 2º - Para os efeitos deste Código, considera-se:
I - beneficiário, o indivíduo ou instituição que utilize os serviços do Profissional de
Educação Física;
II - destinatário, o Profissional de Educação Física.
Art. 3º - O Sistema CONFEF/CREFs reconhece como Profissional de Educação Física,
o profissional identificado consoante as características da atividade que desempenha
nos campos estabelecidos da profissão.

Capítulo III - Das Responsabilidades e Deveres


Art. 7º - No desempenho das suas funções é vedado ao Profissional de Educação Física:
I - contratar, direta ou indiretamente, serviços que possam acarretar danos morais para
si próprio ou para seu beneficiário, ou desprestígio para a categoria profissional;
II - auferir proventos que não decorram exclusivamente da prática correta e honesta de
sua atividade profissional;
III - assinar documento ou relatório elaborado por terceiros, sem sua orientação,
supervisão ou fiscalização;
IV - exercer a profissão quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício
por pessoa não habilitada ou impedida;
V - concorrer, no exercício da profissão, para a realização de ato contrário à lei ou
destinado a fraudá-la;
VI - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse a ele confiado;
VII - interromper a prestação de serviços sem justa causa e sem notificação prévia ao
beneficiário;
VIII - transferir, para pessoa não habilitada ou impedida, a responsabilidade por ele
assumida pela prestação de serviços profissionais;
IX - aproveitar-se das situações decorrentes do relacionamento com seus beneficiários
para obter, indevidamente, vantagem de natureza física, emocional, financeira ou
qualquer outra;
X – incidir em erros reiterados que evidenciem inépcia profissional;
XI – fazer falsa prova de qualquer dos requisitos para registro no Sistema
CONFEF/CREFs.
XII - vincular o seu nome e/ou registro a atividades de cunho manifestamente duvidoso.

CAPÍTULO V: Das Infrações e Penalidades

Art. 12 - O descumprimento do disposto neste Código constitui infração ética, ficando o


infrator sujeito a uma das seguintes penalidades, a ser aplicada conforme a gravidade
da infração:
I - advertência escrita, com ou sem aplicação de multa;
II - censura pública;
III - suspensão do exercício da Profissão;
IV - cancelamento do registro profissional e divulgação do fato.
Art. 13 - Incorre em infração ética o profissional que tiver conhecimento de transgressão
deste Código e omitir-se de denunciá-la ao respectivo Conselho Regional de Educação
Física.
Art. 14 – As Comissões de Ética, as Juntas de Instrução e Julgamento, os Tribunais
Regionais de Ética e o Tribunal Superior de Ética são órgãos do Sistema
CONFEF/CREFs com suas áreas de abrangência e competências elencadas no Código
Processual de Ética do Sistema CONFEF/CREFs.

Parágrafo Único - O documento mencionado no caput deste artigo corresponde ao


ordenamento adjetivo no que respeita a materialidade do fenômeno ético no âmbito do
exercício profissional da Educação Física e, garante os princípios norteadores da justiça
alicerçados no devido processo legal, da ampla defesa, ao contraditório e, no duplo grau
de jurisdição.
Para ler o documento na íntegra, acesse o site do confef:
https://www.confef.org.br/confef/resolucoes/381

Fonte: CONFEF. Código de Ética para o Profissional de Educação Física. Rio de Janeiro, 09 de novembro
de 2015.

#SAIBA MAIS#
#CONSIDERAÇÕES FINAIS#

Caro aluno(a), chegamos ao fim da Unidade IV – Projetos no segmento esportivo,


e até o momento observamos que a execução de uma atividade, evento ou projeto
relacionado ao meio esportivo demanda o aprofundamento em uma área relativamente
nova, e ainda em consolidação na Educação Física.

Na gestão de projetos esportivos é imprescindível a figura do gestor e todo o


conhecimento que ele deve ter dos conceitos, técnicas e processos para ter êxito na
execução do que se pretende. Para isso, gerir um time ou pessoas relacionadas ao
projeto, planejar ações, conhecer o público alvo dentre outros aspectos são fatores que
direcionam para o sucesso.

Esses projetos podem fazer parte de um empreendimento, que são projetos mais
complexos que buscam oferecer um produto/serviço no mercado. O empreendimento
pode ser social, corporativo/intraempreendedor, cooperativo ou próprio. Eles podem
estar atrelados à oferta social de um serviço, ou a busca da venda de um serviço e/ou
produto no mercado, gerando assim lucro para os envolvidos.

Comum na gestão de um projeto, serviço ou produto relacionado ao esporte é a


busca por patrocínios – parcerias entre empresas, do mesmo ramo ou não, no Marketing
esportivo, a veiculação das marcas/empresas, agregando nelas valores, visibilidade,
sucesso em vendas, reconhecimento, etc. É fácil notarmos os patrocínios ao
acompanharmos algum evento: as marcas estão estampadas nos uniformes, a utilização
de produtos de uma determinada marca, a apresentação/propaganda de um produto,
etc.

Apesar dessa relação mútua de interesses o objetivo é o sucesso e o lucro, é


importante que nela haja a Ética, conjunto de valores e diretrizes mínimas a serem
respeitadas e seguidas, bem como a responsabilidade social dos envolvidos, como a
preservação da natureza, respeito aos direitos e deveres como cidadãos. Ao não se
respeitar alguns desses aspectos, pode-se trazer prejuízo aos participantes na relação
de patrocínio, como a perda de credibilidade e confiança perante a sociedade, perda de
público e consumidores, de fãs e das receitas advindas de todo esse complexo sistema
de relação.

Assim temos até aqui alguns elementos para iniciarmos nossa prática na gestão
esportiva, espero que sinta-se motivado a aprofundar mais sobre a gestão esportiva!

#CONSIDERAÇÕES FINAIS#
#MATERIAL COMPLEMENTAR#

LIVRO (OBRIGATÓRIO)
• Imagem da Capa:

• Título: Gerenciamento Projetos Preparação Esportiva


• Autor: Gustavo Bastos Moreno Maia
• Edição: 1ª Edição
• Editora: Brasport
• Ano: 2016
• Sinopse: Conhecimentos e práticas da área de gerenciamento de projetos vêm dando
mostras de sua capacidade de agregar valor a diferentes projetos em diferentes setores
da atividade humana. Chegou a hora de empregar tudo isso no campo do esporte.
"Gerenciamento de Projetos de Preparação Esportiva: passo a passo para elaborar um
plano de projeto" oferece ferramentas poderosas, simples e testadas para a conquista
de resultados crescentes no esporte.
O livro é um manual prático, destinado a profissionais que atuam em atividades
relacionadas à preparação esportiva de equipes e/ou atletas.
Organizações que desejarem alcançar resultados de classe mundial no esporte
certamente se beneficiarão de práticas que garantam o aumento do nível de maturidade
gerencial dos projetos de preparação dos seus atletas. De forma direta e acessível, este
livro ensina como fazer isso.
Método é o elemento-chave para alcançar a excelência no esporte de rendimento. Neste
livro você vai conhecer um método poderoso que integra conhecimentos da área da
preparação esportiva e da área de gerenciamento de projetos. Saiba como empregar
esse método e alavanque sua carreira!

FILME/VÍDEO (OBRIGATÓRIO)
• Pôster do Filme:

• Título: O Homem que Mudou o Jogo


• Ano: 2012
• Sinopse: Baseado em fatos reais, O Homem que Mudou o Jogo é a história de Billy
Beane (Brad Pitt), gerente do time de baseball Oakland Athletics. Com pouco dinheiro
em caixa e a ajuda de Peter Brand (Jonah Hill), ele desenvolveu um sofisticado programa
de estatísticas para o clube, fazendo com que ficasse entre as principais equipes do
esporte nos anos 80.

#REFERÊNCIAS#
ABELHA, D. M., CARNEIRO, P. C. da C.; CAVAZOTTE, F. de S. C. N. Liderança
transformacional e satisfação no trabalho: avaliando a influência de fatores do contexto
organizacional e características individuais. Rev. Bras. Gest. Neg., v.20, n.4, p.516-532,
São Paulo, out-dez. 2018.

ABREU, I.; REIS, P. N. C. Desenvolvimento Empresarial E Sustentabilidade. XII SEGeT


- SIMPÓSIO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO E TECNOLOGIA. Resende/RJ. Out. 2015.

ATLETIS. Como fazer a organização de eventos esportivos. Organização De


Evento. 16 de Outubro de 2020. Disponível em: https://www.atletis.com.br/. Acesso em:
09 de abril de 2021.
BESEN, F.; TECCHIO, E.; FIALHO, F. A. P. Liderança autêntica e a gestão do
conhecimento. Gest. Prod., v. 24, n. 1, p. 2 - 14, São Carlos, 2017.

BRASIL, N. P. Ferramentas de Gestão: As Mais Usadas Que Você Precisa


Conhecer. NP Digital. Disponível em: https://neilpatel.com/br/blog. Acesso em: 08 de
abril de 2021.

CARVALHO JUNIOR, M. R. Gestão de Projetos: da academia à sociedade.


InterSaberes. Curitiba, 2012..

CAZUMBÁ, N. Captação de recursos através de leis de incentivo – Lei de Incentivo


ao Esporte. Organização da Sociedade Civil Nossa Causa, 05 de fevereiro de 2016.
Disponível em: https://nossacausa.com/. Acesso em: 01 de abril de 2021.

CLOSS. Danieli. Tudo sobre Comunicação Interna, Endomarketing, Gestão de


Pessoas e TV Corporativa! Motivação no Trabalho – 7 Ações de Endomarketing
para Motivar os Colaboradores. 2017. Disponível em:
https://endomarketing.tv/motivacao/. Acesso em: 09 de abril de 2021.
COMITÊ OLÍMPICO DO BRASIL. Código de Conduta. Rio de Janeiro/RJ, 04 de janeiro
de 2018. Disponível em: https://novoportal.cob.org.br/. Acesso em: 09 de abril de 2021.
CONFEF. Código de Ética para o Profissional de Educação Física. Rio de Janeiro,
09 de novembro de 2015.

COSTA, M. Eventos Esportivos: Organização, Tabelas e Tipos. 03 de abril de 2018.


Disponível em: https://www.dicaseducacaofisica.info/eventos-esportivos/. Acesso em: 09
de abril de 2021.

FLEURY, F. O dilema da ética no esporte. 28 May, 2015 Disponível em:


http://www.espn.com.br/. Acesso em: 09 de abril de 2021.

FORBES. 9 Eventos Esportivos Com Mais Audiência Da História, 2018. Disponível


em: https://forbes.com.br/principal/. Acesso em: 09 de abril de 2021.
Gangwar, S., & Vishwakarma, M. S. K. Entrepreneurship. International Journal on
Research and Development: A Management Review, n.2, v.1, p.85-87, London, 2013.

GAUBERT, Marcos. Como fazer uma gestão empresarial de sucesso - Myrp. Myrp
Sistema de Gestão. 02 de março de 2017. Disponível em: https://myrp.com.br/. Acesso
em: 08 de abril de 2021.

INFOVAREJO. 10 dicas essenciais de gestão empresarial. 18 de maio de 2018.


Disponível em: https://www.infovarejo.com.br/. Acesso em: 07 de abril de 2021.

MACHADO, T. R. B.; SORNBERGER, G. P.; COAN, F. M. J. Avaliação De Desempenho


Organizacional Em Pequenas E Médias Empresas: Estudo Multicaso Em
Concessionárias De Máquinas E Implementos Agrícolas. Revista Contabilidade e
Controladoria [RC&C], v.7, n.3. Curitiba/PR, 2015.

MELO, K. Saiba tudo sobre a organização de eventos esportivos. Organizar Eventos.


Disponível em: https://doity.com.br/blog/. Acesso em: 09 de abril de 2021.

NAVARRO, P. J. Organização De Evento Esportivo Para Comercialização Do


Marketing Esportivo. Projeto apresentado ao Curso de Pós-graduação em
Administração Esportiva da Universidade do Esporte do Paraná - UFPR. Curitiba/PR,
2004.

PEREIRA, D. Após queda na indústria do patrocínio esportivo, agências formam


consórcio para captar recursos. Consórcio Esporte Paraná | Lei de Incentivo ao
Esporte. Patrocínio Esportivo & Captação de Recursos. 10 de setembro de 2020.

PAROLINI, P. L. L.; JÚNIOR, A. J. R.; CARLASSARA, E. O. C. Proposta de modelo para


captação de patrocinador em eventos de corrida de rua. Rev Bras de Ciênc Esporte, v.
41, n. 4, p. 405-411, ano. 2015.

PMBOK. Um guia do conhecimento em gerenciamento de projetos (Guia Project


Management Institute. 5. Ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

SENA, J. 3 Elementos Que Garantem Desenvolvimento Das Empresas. Gestão


Empresarial. Ninho Desenvolvimento Empresarial. Goiânia/GO. 04 de Maio de 2016.

SOUZA, Gustavo Lopes Pires de. “Estatuto do Torcedor: A evolução dos direitos do
consumidor do esporte”. Alfstudio. Belo Horizonte: 2010.

STÉFANO, Rhandy di. ICI Integrated Coaching Institute. Disponível em:


https://www.coachingintegrado.com.br/. Acesso em 10 de abril de 2021.
VERGARA, Sylvia Constant, Itamar Moreira, (coord). André Bittencourt Do Valle, Carlos
Alberto Pereira Soares, José Finocchio Junior, Lincoln De Souza Firmino Da Silva.
Fundamentos do gerenciamento de projetos. Editora FGV. Rio de Janeiro, 2010.
UNIDADE IV FOCO NO ESPORTE

TÍTULO DA UNIDADE
Professor Mestre Claudiana Marcela Siste Charal
Professor Especialista Charles B. da Silva de Araujo e Souza

Plano de Estudo:
● Gestão de eventos no esporte
● Competição esportiva: conceitos e tipos
● Sistemas de disputa
● Modelos de chaves
● Regulamentos e códigos desportivos

Objetivos de Aprendizagem:
● Conceituar e compreender Gestão de eventos no esporte
● Conceituar e apresentar os tipos de Competição esportiva
● Identificar os sistemas de disputa
● Demonstrar os Modelos de chaves
● Apresentar os Regulamentos e códigos desportivos
#INTRODUÇÃO DA UNIDADE #

Olá alunos (as), chegamos à última unidade da disciplina Gestão e


Empreendedorismo, nesta unidade iremos focar no esporte, portanto
aprenderemos sobre a gestão voltada ao esporte, assim como os conceitos e os
modelos de Competição esportiva.
Dessa maneira no decorrer da nossa unidade também vamos abordar
sobre os sistemas de disputas e irei te apresentar os modelos de chave nas
modalidades esportivas, interessante não é? Pois bem, não paramos por aí, para
podermos encerrar este tópico vamos conhecer sobre os códigos de ética de
algumas modalidades esportivas, tão bem como as características e exigências
necessárias para elaborar um regulamento esportivo.

Espero que você esteja preparado para juntos podermos adquirir mais
conhecimento e entender um pouco mais sobre gestão com foco no esporte.

Bom estudo!!
#CONTEÚDO#

Tópico 1 Gestão de eventos no esporte

Para que possamos aprender sobre a gestão de eventos esportivos, precisamos


entender o que definitivamente é um evento esportivo, para Rei (2021), trata-se de um
encontro social com grande quantidade de pessoas ao redor de atividades esportivas
(competições).
Martin (2008), define evento esportivo como acontecimentos planejados,
organizados e coordenados a fim de atingir um maior número de pessoas em um espaço
físico e temporário, onde apresenta-se informações, medidas e projetos de uma ideia,
ação e/ou produto de maneira a atingir resultados eficazes dos objetivos estabelecidos.
As características de um evento são inúmeras, como por exemplo: tem data e
horário de início e fim, é realizado em local determinado (País, Estado, Cidade,
Instalação), deve ter um projeto para sua realização, etc. Tranchitella (2013), cita que em
um evento deve dispor de cinco fases, a primeira é a concepção - como dito um projeto
muito bem elaborado a fim de organizar o evento, a segunda etapa é o planejamento,
responsável por controlar as variáveis e realizar os ajustes necessários, somente na
terceira fase encontramos a execução, o operacional, a implantação e o desenvolvimento
do evento, por fim a quarta fase é onde se realiza o monitoramento do evento, a fim
assegurar de que tudo o que foi planejado aconteça e de maneira precisa, por fim muitas
vezes não realizada é a fase da avaliação, onde se relata os pontos fortes e o que devem
ser melhorados para os próximos eventos.
A gestão em um evento esportivo é fundamental para garantir uma gestão
estratégica, gerenciar, garantir as características do projeto e colocá-lo em prática,
mantendo a sequência clara e lógica do evento, irá controlar os recursos envolvidos seja
ele financeiro e/ou humano, manterá os escopo definidos, conduzirá as pessoas
envolvidas, de maneira a garantir a satisfação do envolvidos no geral - atores,
espectadores, parceiros, patrocinadores, sócios etc. (MAXIMINIANO, 2010).
Segundo Rei (2021) em eventos de grande porte é necessário criar Comitês
Organizadores, no qual por sua vez tem a função de garantir o êxito do evento. Este
apresenta 3 aspectos: jurídico, legal e político; garantir as entregas individuais e das
áreas funcionais e a coordenação no qual é responsável pelas tarefas e funções.
A função de um gestor de eventos ou do comitê de organização é definir o centro
de tomada de decisão e uma linha de comando e controle (divisão, função e
responsabilidade). Assim como também estar atento e decidir a constituição de uma
entidade legal específica; ser responsável e oferecer proteção contra os possíveis riscos;
estabelecer funções necessárias ao evento e identificando as tarefas necessárias;
estabelecer a estrutura apropriada para o sucesso; decidir as tarefas que podem ser
terceirizadas, etc. (REI, 2021).
Funções e tarefas a serem desempenhadas de acordo com cada setor na gestão
de eventos esportivos segundo Rei (2021):
➢ Gestão das Operações Esportivas: Gestão Operacional das áreas de competição
(logística), Gestão Operacional das áreas de treinamento, Gestão Operacional
das áreas de aquecimento.
➢ Gestão de Recursos Humanos para um evento esportivo: determinar os pré-
requisitos dos Recursos Humanos; contratação; formação; motivação;
comunicação interna; gestão de Pessoas; programação das atividades de RH.
➢ Organização de Serviços, Instalações e Espaços. áreas de competição (palco do
evento, exclusiva para grupo determinado de credenciados), instalações públicas
(áreas de acesso ao público), instalações de serviços (áreas de trabalho).
Ainda temos dentro de um grande evento os seguintes setores:
➢ Gestão de Equipamentos e materiais esportivos:
➢ Trabalho de Secretaria, Administração e Gerencial
➢ Gestão Administrativa
➢ Gestão de Contratos (fornecedores)
➢ Gestão Financeira
➢ Gestão de Comunicação
Tópico 2 Competição esportiva: conceitos e tipos

Conceito
Falar sobre competição não é tão simples como parece, por exemplo, o Editorial
que Conceito (2021), define competição de maneira bem abrangente, ou seja,
competição faz menção a um tipo de confronto normalmente relacionado ao meio
esportivo, o que se deduz sobre determinado tipo de regra/regulamento, com intuito de
obtenção de vitória/troféu.
Ainda a editora mencionada acima, diferencia a competição de competição
esportiva, onde a primeira diz respeito a apenas a atividade determinada pelo confronto
entre duas ou mais "times/pessoas" cumprindo regra e requisitos, enquanto a
competição esportiva, visa a lealdade e nobreza dentro das regra e norva que se deve
cumprir, respeitando o adversário, a fim de cumprir um "jogo limpo", lembrando que ao
descumprimento da regra da equipe, o atleta e/ou a equipe pode ser penalizada de
acordo com as regras específica de cada modalidade.
Filho (2021), conceitua a competição como o ato característico do ser humano
para sobrevivência, está relacionado a sua capacidade de adaptação às diversas
mudanças impostas pelas diferentes situações sociais, profissionais e/ou pessoais.
Tipos

Existem diferentes tipos de competição, a Confederação Brasileira de Desporto


Eletrônico (CBDEL, 2021) e Karmo(2021), nos apresentam os seguintes:

Torneios: Realizados em curto período de tempo, compõe apenas uma


modalidade. Ocorre o enfrentamento em grupos até que se tenha um vencedor.
Campeonatos: Sequência de jogos ou disputas esportivas com objetivo de
classificação por uma ou mais equipes através de confrontos diretos e
obrigatórios. Exemplo: Campeonato Brasileiro.
Ligas: Competição em que se formam grupos e realizam-se jogos de ida e volta.
Possui eliminatórias desde início, até que se tenha um vencedor. Ex: Superliga de
Vôlei.
Taças: Competição que reúne os campeões de outras competições ou times de
determinada região. Disputam entre si e definem o campeão, como, por exemplo,
Taça Rio e Taça Guanabara (Rio de Janeiro).
Copa: Competição em que participam os melhores times classificados em outras
competições de menor expressão. As equipes jogam entre si até determinar o
campeão. Ex: Copa do Mundo da FIFA.
Ainda podemos encontrar no âmbito da Educação física competições tipo:
Gincana: Atividades recreativas com estações criativas e/ou objetivos a serem
atingidos. Utilizada como atividade que envolvam atividade física, recreação,
esporte e conhecimentos específicos sobre determinado assunto. Ex: Atividades
de Recreação e Lazer.
Desafios: Tipo de competição no qual geralmente ocorre de forma individual, e
têm os processos de escala como referência. Ex: Eventos em empresas,
confraternizações, etc.
Tópico 3 Sistemas de disputa

Para você aluno(a), quando falamos em competições na Educação Física,


estamos nos referindo a diversas áreas no qual a Educação Física pode abranger, no
entanto você deve estar se perguntando mas vamos nos referir a qual modalidade ao ver
que neste momento iremos abordar sobre sistemas de disputa.
Pois bem, para entendermos vamos tentar apresentar tipos de sistemas de
disputas de algumas modalidades esportivas.
Segundo a CBDEL e Azevedo (2014), nas competições normalmente são
utilizadas três formas de disputas, são elas:
➢ Campeonato - É um tipo de competição onde todos se encontram, ou seja, todos
contra todos, este também é considerado como uma competição de longa
duração.
➢ Torneio - Por se tratar de uma competição de curta duração, este tipo de
competição emprega o sistema eliminatório como forma de disputa.
➢ Jogos: Ocorre a disputa de várias modalidades simultaneamente, normalmente
são de curta duração, porém deve-se atentar-se a cada tipo de organização, pois
existem formas diferentes de classificação, formação de chaves e eliminação.
No entanto, em qualquer competição desportivas existe a necessidade de
elaborar formas de disputa desportivas. Dessa maneira a Federação Internacional de
Voleibol (FIVB) (2021) e a Federação Brasileira de Desportos Eletrônicos (CBDEL)
(2021) nos apresentam os seguintes modelos de disputas para os esportes coletivos:
● Eliminatórias: Repescagem, bagnall-wild, consolação.
● Eliminatória Simples: A cada confronto há um eliminado, prosseguindo na disputa
apenas os vencedores até que se conheça o vencedor do torneio. Tem objetivo
de manter em jogo apenas as equipas vencedoras. Os confrontos podem ser
únicos ou confrontos de “ida e volta”.
● Dupla Eliminatória: Trata-se de uma disputa mais complexa, neste sistema o
competidor/equipe é eliminada somente após a segunda derrota, assim possibilita
que uma equipa com uma derrota ganhe o torneio.
● Rodízios Simples ou Todos contra todos (a uma volta): Possibilita que todas as
equipas joguem, permitindo identificar a equipe mais regular e mais equilibrada
da competição. Porém, existe um número elevado de jogos, podendo também
ocorrer jogos desequilibrados desmotivando a competição.
● Sistema Múltiplo/Mista: É quando se utiliza dois sistemas de disputa na realização
de uma competição. Exemplo: A Copa do Mundo de Futebol da FIFA utiliza um
sistema misto, com enfrentamento em Rodízio na primeira fase e eliminatória
simples a partir da segunda fase.
● Mata-Mata: Esse sistema tem a vantagem de permitir um grande número de
participantes, pois dois participantes não se enfrentam mais que uma vez.
● Escalas: escada, pirâmide (fechada, aberta ou coroa), funil e teia de aranha;
● Combinados: rodízio e eliminatória, eliminatória e escala, escala e rodízio. É a
combinação de um ou mais critérios de classificação em um só evento.
● Acumulação: educativos

Com relação aos esportes individuais as formas de disputas são diferentes,


segundo a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) (2018) a natação é
disputada através das seguintes provas: Nado Crawl, Nado Peito, Nado Borboleta, Nado
Costas, Nado Livre, Revezamento Livre, Revezamento Medley.
Nos Jogos Olímpicos, Campeonatos Mundiais e outras competições da FINA
(Federação Internacional de Natação) existem as séries: Eliminatórias, Semifinais E
Finais.
Na modalidade individual atletismo as modalidades de disputas segundo CBAt -
Confederação Brasileira de Atletismo (2020) são: provas de pista (corridas), de campo
(saltos e lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem provas
de pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona), corridas em
campo (cross country), corridas em montanhas, e marcha atlética. Assim cada qual com
sua regra de classificação/desclassificação de acordo com cada competição.
Tópico 4 Modelos de chaves

Exemplos de Modelo de chaves seremos bem específicos, segue abaixo alguns


modelos:

➔ Chave Eliminatória Simples: Número de disputas é igual ao número de


concorrentes menos um (TRAPÉ, 2021).
● Chave Eliminatória com 8 equipes

Exemplo:
Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021.

● Chave Eliminatória Simples com 16 equipes


Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021.

Você deve estar se perguntando, mas como montar essas chaves?


Bem caro(a) aluno(a), você terá diversas maneiras para organizar/distribuir as
equipes nas chaves eliminatórias simples, por exemplo, você pode decidir separar/dividir
as "melhores" equipes, por Ranking, ou mesmo distribuir de acordo com as equipe com
mais títulos, ou até mesmo realizando sorteio. Exemplo: Um isento: na parte inferior da
chave; Isentos em número par: divida por 2 e coloque metade na parte superior e metade
na parte inferior; Isentos em número ímpar: um isento na parte inferior e, o restante,
metade em cada posição da chave; o número de concorrentes a partir da segunda
rodada, corresponderá sempre a resultante de uma potência de 2; Isentos jogam a partir
da segunda rodada (TRAPÉ, 2021).
Vamos lá, agora a escolha será sua!!!

➔ Dupla Eliminatória: O time/atleta só é eliminado quando perder pela segunda vez,


dessa maneira deve-se organizar normalmente a chave com todos os
competidores, e ao lado uma chave para ser preenchida com os times perdedores.
Assim a FINAL, será realizada com o vencedor da chave dos times vencedores
(CV) contra o vencedor da chave dos times perdedores (CP). Dessa maneira.
OBS: Se caso o CV for derrotado pelo CP, haverá nova disputa, pois só é
eliminado aquele que perder duas vezes (TRAPÉ, 2021).

Exemplo:
Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021.

➔ Rodízio Simples: Aquele time que somar mais pontos é o campeão. Este é um
sistema considerado justo no qual a premiação ocorre após ocorrer o confronto
entre todas as equipes/atletas. Devido ao tempo longo de duração, este deve ter
um maior orçamento, boa infra-estrutura, instalações de qualidade, e muita
organização (TRAPÉ, 2021).

Exemplo:
Fonte: TRAPÉ, A. A. Principais Processos de Competição Esportiva. Disponível em:
https://edisciplinas.usp.br/. Acesso em: 11 de abril de 2021.

➔ Processo das Combinações: É quando em um mesmo campeonato ocorre mais


de um tipo de disputa. Exemplo - Copa do Mundo (TRAPÉ, 2021).

Exemplo:

Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021.


➔ Processo por Acumulação: Geralmente utilizado no Ranking ATP (Tênis), Formula
1 e Gincanas, pois tem características de somar/acumular pontos durante a
competição.

Exemplo:

Fonte: Google. Disponível em: www.google.com.br/imagens. Acesso em: 11 de abril de 2021.

SAIBA MAIS

❖ Eliminatória Repescagem - Existem dois tipos de Eliminatória: a Tradicional e a


Alternativa. A tradicional é muito utilizada em lutas como Judô, pois ao perder
para os semifinalistas da chave tem a chance de ir para a repescagem e alcançar
a terceira colocação. Já na eliminatória alternativa, quem perder para os finalistas
da chave tem chance de ir para a repescagem e ser campeão, a diferença entre
as duas é que na alternativa, os dois finalistas da chave irão disputar a semifinal
com os da chave da repescagem de maneira cruzada.
❖ Eliminatória Bagnall-Wild - Em uma eliminatória simples o Bagnall-Wild é utilizado
para determinar o vice-campeão e o terceiro colocado. Esta eliminatória é indicada
quando tem tempo de sobra, ou quando um adversário é "melhor" do que os
outros.

❖ Eliminatória Consolação - Nesta disputa participam os competidores eliminados


da chave principal, no mesmo sistema de eliminatória simples, ou seja, a princípio
só participam os que perderam, mas isso pode ser expandido, porém deve-se ter
cautela para não desmotivar os participantes.

Fonte: TRAPÉ, A. A. Principais Processos de Competição Esportiva. Disponível em:


https://edisciplinas.usp.br/. Acesso em: 11 de abril de 2021.

#SAIBA MAIS#
Tópico 5 Regulamentos e códigos desportivos

Caro(a) aluno(a), neste tópico iremos entender o porquê se deve elaborar


regulamentos em eventos esportivos, assim como regulamentos de Confederações de
algumas modalidades esportivas. Dessa maneira, você irá compreender o quão
importante são os regulamentos e os códigos desportivos.
Pense bem como seria se você estivesse gerenciando um evento/competição sem
regras pré estabelecidas, provavelmente haveria confusões, questionamentos, não é
mesmo? Pois bem, já iniciamos o tópico com um bom motivo para que você entenda e
aprenda sobre os regulamentos e códigos dentro do contexto esportivo.
Primeiro é fundamental que antes de se iniciar qualquer evento se tenha em mãos
este documento (regulamento), e principalmente que todos que estão envolvidos no
eventos tenham conhecimento antecipadamente sobre as regras que foram
estabelecidas. Dessa maneira você diminui as chances de cometer falhas, dúvidas,
conflitos durante o evento mantendo a transparência e auxiliando no sucesso do mesmo
(GOMES, 2019).
O regulamento deve ser composto por termos capaz de te proteger caso haja
alguma reclamação, reivindicação ou questionamentos sobre a atuação ou conduta de
outras equipes e/ou participantes. Portanto é importante deixar claro todos os tópicos
existentes, principalmente com relação às regras do jogo (GOMES, 2019).
Os itens principais em um regulamentos segundo Gomes (2019) são:
➢ Apresentação;
➢ Competição e Modalidade;
➢ Participantes e Categorias;
➢ Inscrição - Número de participantes por categoria, Requisitos para inscrição;
Especificações de cada modalidade (informações específicas de cada
modalidade disputada - definição da posição do ranking, uniforme, etc); Site para
inscrição e pagamento (link ou endereço do site para inscrição e o valor (por atleta
ou equipe) a ser pago, limite para o pagamento - hora e a data); Cancelamento
de inscrição (o procedimento de cancelamento de uma ou mais das inscrições
realizadas - critérios e data limite); Retirada de kits (informe a data e o local de
retirada); Critérios gerais (inserir os critérios de pontuação e de desempate
(confronto direto, saldo de gols, sorteio, etc) por modalidade e categoria);
➢ Programa e serviço - inserir detalhadamente o calendário geral da competição e
quais as etapas compõem a disputa. Reforce as informações sobre os locais e
horários onde as atividades serão realizadas
➢ Premiação - explicar os critérios de premiação para os vencedores da competição
e descreva os prêmios em disputa.
➢ Equipe Técnica - regulamento do campeonato - juízes, árbitros e demais
profissionais que farão parte da equipe técnica da competição.
➢ Irregularidades e Penalidades - esclareça as punições para casos de indisciplina;
irregularidades nas inscrições; erros de arbitragem; outros descumprimentos de
regra e modo de recursos.
➢ Disposições Gerais - informações adicionais sobre a organização do evento. Ex:
direitos de imagem dos participantes; primeiros socorros e segurança no local do
evento; seleção das equipes técnica e de arbitragem; onde e como abrir
solicitação para revisão de súmulas ou alteração de jogos.
➢ Data e assinatura - identificação e assinatura dos organizadores e representantes
das delegações ou equipes.
➢ Anexos - materiais de divulgação do evento - cartazes do evento, convites,
mapas, calendários e o que mais julgar interessante.
Pronto, agora você já pode criar seu evento, e não esqueça de planejar e elaborar
o regulamento!

Agora vamos identificar os códigos de ética e conduta de algumas Confederações


de modalidades esportivas, a fim de ampliar nosso aprendizado, estes que são
elaborados objetivando que cada modalidade cumpra com o propósito declarado, a fim
de cumprir as regras estabelecidas, adotando atitudes profissionais diante dos princípios
éticos conhecidos e aceitos pela sociedade e o esporte.

Voleibol - CBV (Confederação Brasileira de Voleibol)

Das Normas de Conduta Art. 5º Os princípios estabelecidos pelo Código de Ética


Esportiva são especificados por meio das Normas de Conduta a seguir enumeradas, as
quais devem ser fielmente cumpridas pela comunidade do Voleibol: dirigentes nacionais
e estaduais, árbitros, atletas, técnicos, colaboradores e, no que couber, a fornecedores
e prestadores de serviço vinculados direta ou indiretamente à Confederação Brasileira
de Voleibol; Art. 6º As normas de conduta geram responsabilidades direitos e obrigações
que devem ser assumidos nas diferentes áreas de atuação esportiva, além dos diversos
níveis da organização e da administração da Confederação Brasileira de Voleibol.

Fonte: CBV - Confederação Brasileira de Voleibol. Código de Ética do Voleibol Brasileiro CBV.
19 de março de 2015. Disponível em: https://cbv.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021.

Futebol - CBF (Confederação Brasileira de Futebol)

C A P Í T U L O I - DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I - ABRANGÊNCIA E ESCOPO


Art. 1º. Este Código de Ética tem por objetivo orientar as condutas éticas nas relações
profissionais e comerciais envolvendo o futebol, de forma a tornar mais rigorosa a
manutenção de alto padrão de moralidade e definir responsabilidades, obrigando todas
as Entidades de Prática (Clubes) e de Administração do Futebol (“Federações”), Ligas e
CBF e quaisquer de seus membros, bem como quaisquer pessoas naturais ou jurídicas
que com elas se relacionem, inclusive dirigentes eleitos, nomeados ou contratados,
atletas de clubes e seleções, treinadores e quaisquer outros responsáveis técnicos,
árbitros e assistentes, médicos e quaisquer outros profissionais da área médica,
intermediários e organizadores de partidas, colaboradores, clientes, fornecedores,
parceiros comerciais, assim como quaisquer outras pessoas naturais ou jurídicas que
exerçam qualquer cargo ou função no futebol ou no seu âmbito prestem serviços.

Seção II - PRECEITOS ÉTICOS DO FUTEBOL BRASILEIRO

Art. 2o . Constituem preceitos que orientam o futebol brasileiro e que devem ser
observados por todos aqueles que dele participam, direta ou indiretamente: (i) O futebol
deve ser gerido de forma a promover o desenvolvimento social e a redução de
desigualdades econômicas e regionais, devendo ser associado a projetos sociais e
educacionais que visem essas finalidades; (ii) Todos os segmentos do futebol devem
estar profundamente comprometidos com o repúdio ao racismo, à xenofobia e a
quaisquer outras formas de discriminação e intolerância social, política, sexual, religiosa
e socioeconômica; (iii) Sem exonerar-se de suas responsabilidades para com a
segurança, todos os envolvidos com o futebol devem colaborar de forma proativa,
permanente e eficaz com as autoridades públicas no sentido de apurar
responsabilidades e de punir atos de violência dentro ou fora dos estádios; (iv) A prática
do futebol é incompatível com a manipulação de resultados entre os competidores; (v)
Quaisquer condutas que consubstanciem assédio ou coação no tocante às escolhas
profissionais do atleta devem ser denunciadas e rechaçadas; (vi) A gestão do futebol
brasileiro, bem assim as pessoas naturais e jurídicas por ela responsáveis, devem seguir
padrões elevados de profissionalismo, transparência, planejamento, probidade,
eficiência e participação social; (vii) As parcerias comerciais e contratos celebrados no
âmbito do futebol devem atender às orientações previstas neste Código de Ética.

Seção III - DIRETRIZES FUNDAMENTAIS DE CONDUTA

Art. 3o Constituem diretrizes fundamentais de conduta, a serem observadas por todas


as pessoas submetidas a este Código: (i) Respeitar a vida, o bem-estar no trabalho, a
saúde e a segurança das pessoas; (ii) Observar o conjunto de leis, normas, costumes,
regulação e melhores práticas de governança; (iii) Agir com probidade e boa-fé, com
transparência na gestão e administração do desporto; (iv) Observar os interesses das
Federações, das Ligas, dos Clubes, patrocinadores e demais Entidades, bem como a
organização, administração, divulgação e o fomento do futebol brasileiro; (v) Manter
sigilo sobre informações confidenciais.

Fonte: CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Código de Ética e Conduta do Futebol


Brasileiro. 2017. Disponível em: https://www.cbf.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021.

Basketball - CBB - Confederação Brasileira de Basketball.

CAPÍTULO I - DOS FUNDAMENTOS ÉTICOS

Art.1º - O Código de Ética e Conduta da Confederação Brasileira de Basketball (“CBB”)


define os princípios de ética e conduta que devem pautar as atividades esportivas e
administrativas da entidade e da comunidade do Basquetebol em âmbito nacional. Art.
2º - As regras contidas neste Código expressam os valores e princípios da CBB como
entidade máxima de direção do Basquetebol nacional, bem como representante
internacional do Basquetebol do Brasil. Art. 3º - O presente Código tem como objetivo
enfatizar os ideais e valores de integridade, paixão, solidariedade, disciplina e respeito.
Art. 4º - Os membros do Conselho de Administração, Comitês, Staff profissional da CBB
e a comunidade do Basquetebol no Brasil, da qual fazem parte dirigentes, árbitros,
atletas, treinadores, equipe multidisciplinar e outros colaboradores assumem o
compromisso de pautar seus comportamentos, condutas e atitudes em conformidade
com os seguintes princípios éticos: I – Cumprir e zelar pelo cumprimento do Estatuto
Social da CBB, reconhecendo, apoiando e divulgando os objetivos, valores, princípios e
políticas da entidade; II – Conhecer, cumprir e zelar pelas regras, normas e regulamentos
que disciplinam a prática do Basquetebol, oriundas da FIBA, e divulgá-las, tanto no
âmbito nacional quanto internacional; III – Respeitar, estimular e implementar a
participação competitiva justa e, com ela, tanto a prática do desporto quanto a conquista
da vitória, como reconhecimento do melhor desempenho, e de seu aprimoramento,
obedecendo, rigorosamente, as regras e regulamentos e valores do Basquetebol; IV –
Observar, em toda e qualquer situação, o respeito e a consideração por dirigentes,
árbitros, atletas, treinadores, competidores, colaboradores e ao público em geral, de
modo a fazer prevalecer os princípios da justiça, do direito, da esportividade e da
competição justa; V – Defender a permanente valorização do Basquetebol, tendo em
vista a divulgação de sua prática, seu aprimoramento técnico e melhor desempenho
esportivo dentro dos melhores princípios de fraternidade e congraçamento dos atletas,
aficionados e das entidades congêneres, no país e no mundo e preparar os praticantes,
para a transição de sua nova carreira; VI – Observar, acatar e cumprir com seriedade as
diretivas e sanções aplicadas dentro do espírito das leis, normas, regulamentos
disciplinares e dos usos e costumes do Basquetebol; VII – Reprimir a violência física e
psicológica no esporte e valorizar a competição justa e o espírito esportivo em todas as
ocasiões e suas formas de manifestação; VIII – Prevenir e desencorajar, quaisquer
preconceitos e preferências, em qualquer competição de Basquetebol ou dentro da CBB,
com base em diferenças étnicas, de cor, gênero, crença religiosa, deficiência física,
preferência política, condição financeira, social, intelectual, opção sexual, idade,
condição marital, dentre outras formas de exclusão social e estimular o respeito aos
símbolos nacionais e à confraternização entre as nações e o respeito aos direitos
humanos, em geral; IX – Coibir e impedir o uso de qualquer substância ilícita ou de
estimulantes químicos não autorizados pela ABCD, WADA ou qualquer instituição
competente, de modo a combater os efeitos negativos da dopagem e assegurar o
princípio universal da igualdade de oportunidades e da integridade física e mental do
indivíduo; X – Rejeitar e rechaçar qualquer forma de favorecimento desleal, manipulação
de competições esportivas, corrupção de qualquer natureza, assegurando a probidade
e a dignidade no âmbito do esporte e desestimulando sua mercantilização; XI – Procurar
em primeiro plano a CBB para registrar reclamações ou sugestões, por meio de sua
Ouvidoria ou outras formas, antes de se manifestar através de redes sociais ou outros
meios de comunicação.

Fonte: CBB - Confederação Brasileira de Basketball. Código de Ética e Conduta Confederação


Brasileira de Basketball. Disponível em: https://www.cbb.com.br/. Acesso em: 10 de abril de
2021.

Atletismo - CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo)

CAPÍTULO I - Dos Fundamentos Éticos

Art.1º - O Código de Ética da Confederação Brasileira de Atletismo - CBAt define os


princípios de conduta que devem pautar as atividades esportivas e administrativas da
entidade e da comunidade do Atletismo no País. Art.2º - As regras magnas contidas
neste Código expressam os valores e princípios da CBAt como entidade máxima de
direção do Atletismo no Brasil, das Federações filiadas e dos Clubes a essas filiados e
como representante internacional do Atletismo do Brasil; Art.3º - O Código tem o objetivo
de enfatizar os ideais de dignidade, integridade, o espírito de cooperação e
congraçamento e, principalmente, de esportividade. As competições organizadas pela
CBAt devem primar por modelos que tenham critérios justos em relação às Regras
Oficiais do Atletismo e para formação das seleções nacionais, tanto em relação aos
atletas, como em relação a treinadores e dirigentes. Para tanto, é necessário que toda a
comunidade do Atletismo no País, esteja imbuída desses princípios; Art.4º - Os membros
da comunidade do Atletismo no Brasil, da qual fazem parte dirigentes, árbitros, atletas,
treinadores, equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas, massoterapeutas,
nutricionistas, psicólogos, fisiologistas ou outros que venham compô-la) e outros
colaboradores, quer da CBAt, quer das Federações filiadas e todos que direta ou
indiretamente dela participam e influenciam, assumem o compromisso de pautar seus
comportamentos, condutas e atitudes de acordo com os seguintes princípios éticos: I -
Cumprir e zelar pelo cumprimento do Estatuto da Confederação Brasileira de Atletismo -
CBAt, reconhecendo, apoiando e divulgando os objetivos, valores, princípios e políticas
da entidade; II – Conhecer, cumprir e zelar pelas regras, normas e regulamentos que
disciplinam a prática do Atletismo, oriundas da IAAF – Associação Internacional das
Federações de Atletismo, e divulgá las, tanto no âmbito nacional quanto internacional; III
– Respeitar, estimular e implementar a participação competitiva justa e, com ela, tanto a
prática do desporto quanto a conquista da vitória, como reconhecimento do melhor
desempenho, e de seu aprimoramento obedecendo, rigorosamente, as regras, normas
e regulamentos do Atletismo sempre entendendo que competir já é uma vitória por si só;
IV - Observar, em toda e qualquer situação, o respeito e a consideração por dirigentes,
árbitros, atletas, treinadores, equipe multidisciplinar (médicos, fisioterapeutas,
massoterapeutas, nutricionistas, psicólogos, fisiologistas ou outros que venham compô-
la), e outros colaboradores e ao público em geral, de modo a fazer prevalecer os
princípios da justiça, do direito, da esportividade e a competição justa; V - Defender a
permanente valorização do Atletismo, tendo em vista a divulgação de sua prática, seu
aprimoramento técnico e melhor desempenho esportivo dentro dos melhores princípios
de fraternidade e congraçamento dos atletas, aficionados e das entidades congêneres,
no País e no mundo e preparar os praticantes, para o destreinamento e a sua nova
carreira; VI – Observar, acatar e cumprir com seriedade as diretivas e sanções aplicadas
dentro do espírito das Leis, normas, regulamentos disciplinares e dos usos e costumes
do Atletismo; VII - Reprimir a violência física e psicológica no esporte e valorizar a
competição justa e o espírito esportivo, em todas as ocasiões e suas formas de
manifestação; VIII - Prevenir, desencorajar e denunciar ao Conselho de Ética, quaisquer
preconceitos e preferências, em qualquer competição do Atletismo, com origem nas
diferenças étnicas, de cor, gênero, crença religiosa, deficiência física, preferência
política, condição financeira, social, intelectual, opção sexual, idade, condição marital,
entre outras formas de exclusão social e estimular o respeito aos símbolos nacionais e
à confraternização entre as nações e o respeito à humanidade, em geral; IX – Coibir,
impedir e denunciar ao Conselho de Ética o uso de qualquer tipo de droga ou
estimulantes químicos desautorizados, de modo a preservar o princípio universal da
igualdade de oportunidades e da integridade física e mental do indivíduo; X- Rejeitar,
rechaçar e denunciar ao Conselho de Ética qualquer forma de favorecimento desleal e
de corrupção, de que natureza for assegurando a probidade e a dignidade no âmbito do
esporte e desestimulando sua mercantilização. XI - Procurar em primeiro plano a CBAt
para registrar reclamações ou sugestões, antes de se manifestar através das redes
sociais ou outros meios de comunicação.

Fonte: CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo. Regras De Competição E Regras Técnicas.


Edição 2020. Disponível em: http://www.cbat.org.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021.

REFLITA
"É importante ter metas, mas também é fundamental planejar cuidadosamente cada
passo para atingi-las."
Bernardinho

Fonte: BERNARDINHO, Rocha de Rezende. Transformando suor em ouro. Editora Sextante,


1ª Edição, 2011.

#REFLITA #
#CONSIDERAÇÕES FINAIS#

Prezado acadêmico(a), chegamos ao fim de mais uma unidade. Nesta Unidade


IV – Foco no esporte objetivamos relacionar os conteúdos aprendidos nas Unidade I, II
e III aplicados ao Esporte, no que se refere à gestão voltada ao esporte, conceitos e
modelos de competição esportiva, sistemas de disputas, elaboração de um regulamento
esportivo e alguns códigos de Ética de alguns esportes.

Vimos que evento esportivo é um fenômeno, um encontro social, planejado e que


possui data, horário, localização, público alvo, regras, atores e espectadores, etc. e por
ter tantas características necessita de uma Gestão de eventos esportivos para alcançar
o êxito.

Os eventos esportivos podem ter diferentes tipos de competições: torneios,


campeonatos, ligas, taças, copas, gincanas e desafios, por exemplo. Conhecer cada um
deles, ou qual seu evento se enquadra pode garantir o caminho do sucesso.

Além das diferenças quanto ao formato, temos os diferentes tipos de sistemas de


disputas, que podem delimitar o tempo que o evento irá durar. Temos assim:
eliminatórias (repescagem, bagnall-wild, consolação); eliminatórias simples; dupla
eliminatórias; rodízios simples ou todos contra todos (uma volta); múltiplo/mista; mata-
mata; escalas; combinados; acumulação.

Como então escolhemos os times que enfrentam uns aos outros? Quem disputa
com quem? Para isso temos que definir a forma a ser utilizada, podendo ser sorteio,
classificação do ano anterior, quantidade de títulos, etc. A partir disso formaremos o
“chaveamento” de nosso evento.

Por fim, todos esses detalhes devem constar no regulamento ou código esportivo
de nosso evento ou na modalidade em que ele se enquadra. Nesse documento deve-se
colocar todas as regras e orientações, imaginando os possíveis acontecimentos no
decorrer do evento. Pois um evento sem regras, orientações e diretrizes específicas
poderiam levar a questionamentos, mudanças inesperadas, confusões, cada um por si
e assim ao fracasso de nosso objetivo e evento enquanto gestor esportivo.

Espero que tenham aprendido muito e gostado da abordagem dos assuntos até
aqui tratados!

#CONSIDERAÇÕES FINAIS#

#LEITURA COMPLEMENTAR#
GESTÃO DA COPA DO MUNDO DA FIFA BRASIL 2014

Na edição da Copa do Mundo da FIFA 2014 foram três os países postulantes para sede
do evento, o Brasil, a Argentina e a Colômbia, no entanto, após uma reunião, a
CONMEBOL votou de forma unânime para a candidatura única do Brasil. A escolha
oficial foi anunciada na cidade de Zurique, em 30 de outubro de 2007, quando a FIFA
confirmou o Brasil como país-sede do torneio. O anúncio oficial contou com a presença
de diversos atores políticos como o presidente Luís Inácio Lula da Silva (Lula), os ex-
jogadores Dunga e Romário, o ex-ministro de estado do esporte, Orlando Silva, e o
escritor Paulo Coelho (DAMO, 2012).

Características da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014


A gestão da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 envolveu diversas instituições públicas
e privadas, nacionais e internacionais, bem como atores políticos com interesses
declarados e escusos. Esse conjunto de instituições e atores políticos aumentou a
complexidade e os riscos de gestão.

Quer saber mais sobre este assunto? Leia na íntegra!


Fonte: SILVA, D. S. A Copa do Mundo da Fifa 2014 Veio ao Brasil: A Gestão do Estado de São
Paulo como Sede. Tese apresentada à Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual
de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção do título de Doutor em
Educação Física, na Área de Educação Física e Sociedade. Campinas, 2016.
#MATERIAL COMPLEMENTAR#

LIVRO (OBRIGATÓRIO)
• Imagem da Capa.

• Título: EVENTOS E COMPETIÇÕES ESPORTIVAS: Planejamento e Organização


• Autor: Anita Massena
• Editora: Nova Letra
• Edição: 1 edição
• Sinopse: Grandes oportunidades profissionais estão surgindo no país com a realização
do Mundial de Futebol e Jogos Olímpicos. E a partir destes eventos, a tendência é
crescer muito mais. Da ideia ao projeto de execução, as tarefas são inúmeras, descritas
aqui de forma clara e objetiva. O livro ajudará tanto os que atuam quanto os que querem
atuar em eventos em geral ou, mais precisamente, em eventos e competições esportivas.
A autora, professora universitária em cursos de formação de gestores e com grande
experiência na área, coloca à disposição do leitor um verdadeiro manual. Associando
teoria e prática, este livro irá auxiliar os que querem promover, organizar, administrar e
executar desde um pequeno evento na escola ou no clube, até uma competição maior,
em associação, liga e/ou federação esportiva. Para uma ONG, setor público ou empresa
privada, profissionais liberais ou promotores de eventos, o setor está cada vez mais
exigente e concorrido. Um congresso ou seminário? Um fórum ou convenção? Uma
palestra ou workshop? Com a equipe bem treinada, o time preparado, nada pode dar
errado e o caminho é de sucesso.

LIVRO (OBRIGATÓRIO)
• Imagem da Capa.

• Título: Sistemas de Disputas para Competições Esportivas: Torneios e Campeonatos


• Autor: José Ricardo Rezende
• Ano: 2007
• Editora: Phorte
• Edição: 1 edição
• Sinopse: Diante da necessidade de superação do ser humano, a obra apresenta um
texto sobre o ambiente da competição esportiva, estabelecendo como ela se forma, os
campeonatos, os torneios, detalhando os sistemas de disputas, e fornecendo subsídios
para aplicações de soluções práticas e inovadoras, que auxiliam os profissionais que
planejam, organizam e executam trabalhos nas competições esportivas.
O autor também traz informações com o intuito de manter a igualdade para os
participantes das disputas, com objetivos claros, justos, dinâmicos e imparciais, sejam
nos sistemas de competições meramente recreativos, ou nos esportes de alta
performance e rendimento, respeitando as habilidades, regras e condições para a prática
de cada modalidade esportiva, resultando num evento esportivo de sucesso.

FILME/VÍDEO (OBRIGATÓRIO)
• Pôster do Filme.

• Título: Menina de Ouro


• Ano: 2005
• Sinopse: Frankie Dunn (Clint Eastwood) passou a vida nos ringues, tendo agenciado e
treinado grandes boxeadores. Frankie costuma passar aos lutadores com quem trabalha
a mesma lição que segue para sua vida: antes de tudo, se proteja. Magoado com o
afastamento de sua filha, Frankie é uma pessoa fechada e que apenas se relaciona com
Scrap (Morgan Freeman), seu único amigo, que cuida também de seu ginásio. Até que
surge em sua vida Maggie Fitzgerald (Hilary Swank), uma jovem determinada que possui
um dom ainda não lapidado para lutar boxe. Maggie quer que Frankie a treine, mas ele
não aceita treinar mulheres e, além do mais, acredita que ela esteja velha demais para
iniciar uma carreira no boxe. Apesar da negativa de Frankie, Maggie decide treinar
diariamente no ginásio. Ela recebe o apoio de Scrap, que a encoraja a seguir adiante.
Vencido pela determinação de Maggie, Frankie enfim aceita ser seu treinador.
#REFERÊNCIAS#

AZEVEDO, P. H. Organização de Sistema de Disputa de Competição. Universidade


de Brasília - Faculdade de Educação Física. Brasília/DF, 20 de agosto de 2014.

CARVALHO, F. K. Natação – Estilos, Competições e História. Disponível em:


https://www.coladaweb.com. Acesso em: 10 de abril de 2021.

CBAt - Confederação Brasileira de Atletismo. Regras De Competição E Regras


Técnicas. Edição 2020. Disponível em: http://www.cbat.org.br/. Acesso em: 10 de abril
de 2021.

CBDA. Confederação Brasileira de Natação. Regras Oficiais - Natação. 1 fevereiro de


2018. Disponível em: https://cbda.org.br/. Acesso em 10 de abril de 2021.

CBDEL. Confederação Brasileira de Desporto Eletrônicos. Disponível em


https://cbdel.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021.

CBF (Confederação Brasileira de Futebol). Código de Ética e Conduta do Futebol


Brasileiro. 2017. Disponível em: https://www.cbf.com.br/. Acesso em: 10 de abril de
2021.

CBV - Confederação Brasileira de Voleibol. Código de Ética do Voleibol Brasileiro


CBV. 19 de março de 2015. Disponível em: https://cbv.com.br/. Acesso em: 10 de abril
de 2021.

EDITORIAL, Que Conceito. Conceito de Competição. São Paulo. Disponível em:


https://queconceito.com.br/. Acesso em: 10 de abril de 2021.

FILHO, F. M. As Competições Esportivas E Seus Benefícios Ao Ambiente


Corporativo. Disponível em: https://www.sesi-ce.org.br/blog/. Acesso em: 10 de abril de
2021.

FIVB. Federação Internacional de Voleibol. Organização de Competições e Eventos


para Federações Nacionais de Categorias I e II. Disponível em: http://www.fivb.org/.
Acesso em: 10 de abril de 2021.

GOMES, C. Regulamento de campeonato e de competições: veja por que e como


criar um! Eventos esportivos/ Regulamento de campeonato e de competições. 17
de dezembro de 2019. Tecnologia e Gestão no esporte. Disponível em:
https://blog.sporti.com.br/. Acesso em 01 de abril de 2021.

KARMO, N. Organização de Competições Esportivas – Sistemas de Disputas.


Disponível em: http://professornelsonedf.blogspot.com/. Acesso em: 10 de abril de 2021.
MAXIMINIANO, A. C. A. Administração de Projetos: como transformar ideias em
resultados. Editora Atlas. 4 edição. São Paulo, 2010.

REI, C. B. H. D. Organização De Grandes Eventos Esportivos. Disponível em :


www.cbde.org.br/. Acesso em 10 de abril de 2021.

REZENDE, J. R. Sistemas de Disputa para Competições Esportivas: Torneios e


Campeonato. Editora Phorte. São Paulo, 2007.

SILVA, D. S. A Copa do Mundo da Fifa 2014 Veio ao Brasil: A Gestão do Estado de


São Paulo como Sede. Tese apresentada à Faculdade de Educação Física da
Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos exigidos para a obtenção
do título de Doutor em Educação Física, na Área de Educação Física e Sociedade.
Campinas, 2016.

TRANCHITELLA, M. O Gerenciamento de Risco em Eventos Esportivos: Um estudo


com Corridas de Rua. Dissertação apresentada à Faculdade de Desporto da
Universidade de Porto, em vista a obtenção de grau de mestre em ciência do desporto,
especialização em gestão desportiva, de acordo com o Decreto-Lei 74.2006, de 24 de
março. Porto, 2013.

TRAPÉ, A. A. Principais Processos de Competição Esportiva. Disponível em:


https://edisciplinas.usp.br/. Acesso em: 11 de abril de 2021.
#CONCLUSÃO#

Chegamos ao fim de mais uma etapa, que teve como objetivo principal apresentar os
conceitos e dar base sobre o que transcorre em meio da gestão e empreendedorismo no
contexto esportivo.
Para alcançarmos nosso objetivo utilizamos quatro unidades a fim de apresentar de
maneira criteriosa os pontos mais relevantes de acordo com inúmeros autores,
estudiosos no assunto em questão.

Dessa maneira, foi possível conceituar e contextualizar gestão e empreendedorismo, e


aplicá-lo ao esporte, analisando a importância e o entendimentos dos setores e funções
que rege nessa atividade tão essencial no meio esportivo, ou seja, planejamento
estratégico, gestão de pessoas, plano de negócio, técnica de gestão.
Importante ressaltar que embora gestão seja uma profissão antiga, é novidade para
Profissionais de Educação Física embora esteja em alta, mas para obter sucesso na
carreira profissional de gestor e/ou empreendedor é necessário buscar além dos cursos
de graduação.
Como continuidade sobre nosso conteúdo, apresentamos alguns modelos de gestão
mundialmente conhecidos, assim como as tecnologias utilizadas no esporte mundial,
entrelaçando-os com as estruturas/ organizações do sistema brasileiro e apontando as
políticas públicas utilizadas no esporte.
Dando ênfase em projetos esportivos, abrangemos sobre seus conceitos,
características, e como foco na gestão de projetos foi possível apresentar a respeito da
liderança, desenvolvimento, motivação e o desempenho.
E sem deixar de envolver o esporte como um todo em nosso conteúdo abordamos no
último tópico sobre os eventos esportivos, assim esperamos que você aluno(a), esteja
preparado(a) e confiante para poder organizar o seu evento, pois em nossa apostila você
estudou a respeito da atuação do gestor esportivo em eventos esportivos, quais são os
principais tipos de competições e eventos que existem neste contexto, bem como
organizar o regulamento e códigos esportivos.
Posto isto caro(a) graduando(a), encerramos nossos estudos relacionados a essa
temática, mas enfatizo, que o aprendizado e conhecimento não se esgota aqui, este é
apenas o início das possibilidades do pensar e analisar de maneira crítica sobre o tema
abordado.
Espero, no entanto, que tenhamos proporcionado momentos significativos e pertinentes
para que você pudesse compreender de forma clara os conteúdos propostos na temática
oferecida.

Desejo a todos vocês sucesso e realizações em sua carreira profissional.

Claudiana Marcela Siste Charal


Charles B. da Silva de Araujo e Souza

#CONCLUSÃO#

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