Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Joaçaba
2018
LUCAS JOSÉ ZAMBONIN
Joaçaba
2018
Dedico este trabalho especialmente aos meus
pais, Cleci e Vilmo, na qual foram minha
principal fonte de inspiração para o término da
minha especialização e em mesmo grau a
todos os meus amigos e colegas que me
incentivaram a prosseguir e manter o foco,
assim como pela de compreensão pela minha
ausência em momentos afetivos.
AGRADECIMENTOS
Ergonomics is the adaptation of work to man. Such action is composed by the adaptation of
machines and furniture for the accomplishment of the work. In addition to this item, there are
other factors that influence professional ergonomics, such as lighting, noise, professional
anthropometry, psychological characteristics and workplace architecture. When there is the
sum of these characteristics on the professional, the ergonomic risk can affect not only the
physical integrity, but also the mental, magnifying the psychological stress and problem. Most
areas suffer from wrong postures and ergonomic conditions. One of these areas is dentistry.
Where the professional dentist surgeon stays sitting in the owl for a great length of time and
performing repetitive activities. This mobile is the place where the professional performs the
greatest amount of his routine activities. Due to these actions, the professional is subjected to
ergonomic conditions that can harm his mental and physical health. Just as there is a wide
variation of human measurements, ie, diversified anthropometry and dimensions of furniture,
there may be inadequate furniture purchase for the professional, increasing the ergonomic
risk. Therefore, it is extremely important to carry out an in-depth analysis to verify if there are
ergonomic risks that allow osteomuscular and psychological diseases. This evaluation should
be performed by a work safety engineer, in which it will assess whether the features found in
the office are within the accepted standards and bibliographies required. In cases where there
is disconformity, it is necessary that the engineer performs actions that allow the minimization
or elimination of these risks. Actions such as elaborate gymnastics, changing furniture,
adjusting brightness and noise and medical indications can aid in the development of a
healthy condition for the worker. Improving not only the health of the employee, but also the
performance of the same. From this, it is seen the great importance of ergonomic comfort in
the activities of a dentist.
Keywords: Ergonomics. Dentist. Health. Comfort.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E FOTOGRAFIAS
NR Norma Regulamentadora
DORT Distúrbio Ósteomuscular Relacionado ao Trabalho
LER Lesão por Esforço Repetitivo
CD Cirurgião Dentista
RX Raio X
EPI Equipamento de Proteção Individual
EPC Equipamento de Proteção Coletiva
HIV Imunodeficiência Humana
m² Metros quadrados
Lux Medida de luminosidade
Klux Quilo lux (medida de luminosidade
dB Decibéis
CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em
SESMT
Medicina do Trabalho
ETC Et cetera (E os restantes)
Nº Número
SC Santa Catarina
CRO Conselho Regional de Odontologia
PEAK Medidor de pico
Data Hold Tecla com a função de gravar a leitura na hora
CE Órgão de aprovação
LED Light Emitting Diode
Máx Máximo
Mín Mínimo
AC Corrente Alternada
cm Centímetros
ºC Graus Célsius
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................... 15
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 16
1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................ 16
1.2.1 Objetivo geral .................................................................................................... 16
1.2.2 Objetivos específicos ......................................................................................... 16
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 18
2.1 HISTÓRICO DA ERGONÔMICA ......................................................................... 18
2.2 ODONTOLOGIA .................................................................................................... 20
2.3 CIRURGIÃO-DENTISTA E AS DOENÇAS OSTEOMUSCULARES
RELACIONADAS AS DOENÇAS DO TRABALHO (DORT) ............................................. 20
2.3.1 Riscos físicos....................................................................................................... 22
2.3.2 Riscos químicos .................................................................................................. 23
2.3.3 Riscos ergonômicos ........................................................................................... 24
2.3.4 Riscos mecânicos ou de acidente ...................................................................... 24
2.3.5 Riscos biológicos ................................................................................................ 25
2.4 ERGONOMIA E A ODONTOLOGIA ................................................................... 27
2.4.1 Problemas ergonômicos na odontologia .......................................................... 28
2.5 ANTROPOMETRIA ............................................................................................... 31
2.6 LOCAL DE TRABALHO ....................................................................................... 34
2.6.1 Sala de recepção ................................................................................................ 35
2.6.2 Sala clínica ......................................................................................................... 35
2.6.3 Condições ambientais do trabalho ................................................................... 37
2.6.4 Iluminação.......................................................................................................... 37
2.6.5 Ruído .................................................................................................................. 39
2.6.6 Fatores psicológicos ........................................................................................... 40
3 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 47
3.1 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 47
3.2 ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO............................................ 48
3.3 LEVANTAMENTO DE LUMINOSIDADE .......................................................... 49
3.4 LEVANTAMENTO DE RUÍDO ............................................................................ 52
3.5 CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS ............................................................... 53
3.6 MEDIÇÕES DE ANTROPOMETRIA.................................................................... 54
3.7 LEVANTAMENTO DA MOBÍLIA E EQUIPAMENTOS .................................... 54
3.8 CONFECÇÃO DO PLANO DE AÇÃO.................................................................. 60
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 61
4.1 ANÁLISE DA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO ................... 61
4.1.1 Sala recepção ..................................................................................................... 61
4.1.2 Escritório ............................................................................................................ 62
4.1.3 Sala clínica ......................................................................................................... 62
4.2 ANÁLISE DA LUMINOSIDADE .......................................................................... 64
4.3 ANÁLISE DO RUÍDO ............................................................................................ 65
4.4 ANÁLISE DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO .................................................. 65
4.5 ANÁLISE DAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS ............................................ 66
4.5.1 Sala clínica 1 – Mocho ....................................................................................... 66
4.5.2 Sala clínica 2 – Mocho ....................................................................................... 67
4.5.3 Escritório – Cadeira e mesa.............................................................................. 68
4.5.4 Sala de espera – cadeira da auxiliar ................................................................ 69
4.5.5 Avaliação no software Ergolândia ................................................................... 70
4.6 AVERIGUAÇÃO DA MOBÍLIA E EQUIPAMENTOS ........................................ 72
4.7 VERIFICAÇÃO DAS CARACTERISTICAS PSICOLÓGICAS........................... 73
4.8 PLANO DE AÇÃO .................................................................................................. 74
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 76
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 78
APêNDICES ............................................................................................................................ 81
APÊNDICE A – AVALIAÇÃO DE ESTRESSE DO COLABORADOR .............................. 82
APÊNDICE B – FORMULÁRIO INDIVIDUAL PARA CIRURGIÃO DENTISTA ............ 84
APÊNDICE C – ENTREVISTA COM O COLABORADOR ................................................. 88
APÊNDICE D – CONHECIMENTO DO CONSULTÓRIO SOBRE ERGONOMIA NO
LOCAL DE TRABALHO ........................................................................................................ 92
APÊNDICE E – PERCEPÇÃO DO COLABORADOR QUANTO A ERGONOMIA NO SEU
LOCAL DE TRABALHO ........................................................................................................ 94
APÊNDICE F – CONDIÇÕES DE TRABALHO NOS ESCRITÓRIOS ............................... 96
APÊNDICE G – IMPORTÂNCIA DAS DIMENSÕES E MECANISMOS DE MESAS E
CADEIRAS NO TRABALHO ................................................................................................. 99
APÊNDICE H – MEDIÇÕES DE ANTROPOMETRIA ...................................................... 102
APÊNDICE I – PLANO DE AÇÃO ...................................................................................... 105
APÊNDICE J – ANAMNESE................................................................................................ 108
15
1 INTRODUÇÃO
1.1 JUSTIFICATIVA
1.2 OBJETIVOS
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Liida (2000) nos menciona que os objetivos práticos da ergonomia são a segurança,
satisfação e o bem-estar dos trabalhadores no seu relacionamento com os sistemas produtivos.
Caso as práticas da ergonomia sejam seguidas, a eficiência bem como resultado. Contudo, não
podemos dizer que a eficiência é o principal objetivo da ergonomia, pois desta forma
estaríamos impondo sofrimento e sacrifício para os trabalhadores, indo totalmente contra o
que a ergonomia luta.
20
2.2 ODONTOLOGIA
O termo DORT foi introduzido em 1998 pelo Instituto Nacional do Seguro Social, no
qual inclui as lesões provocadas por esforços repetitivos, incluindo a lesão por esforço
repetitivo, conhecido como LER. Como apresentado por Tuiuti (2016), os principais sintomas
destas doenças são:
Desconforto físico ao final do expediente;
Partes específicas do corpo inchadas;
Cansaço excessivo;
Formigamento nas extremidades (pés ou mãos);
Dificuldade ou perda de movimentos;
Tuiuti (2016) recomenda que nos postos de trabalho que necessitam um grande tempo
em pé ou sentado, seja regularizado mesas e cadeiras ou qualquer outra mobília com a altura
do colaborador, sempre deixando espaço para o movimento de pernas. Da mesma forma que
realizar pequenas pausas ao longo do dia, fazendo breves alongamentos.
Um dos pontos cruciais para a verificação destas doenças é o cansaço excessivo e
constante. As dores diárias, ainda que sejam mínimas, também são um alerta para problemas
maiores no futuro. A DORT podem evoluir para lesões permanentes que se não forem tratadas
a tempo, podem provocar até mesmo uma aposentadoria precoce (TUIUTI, 2016).
Custódio (2006), menciona que é mais frequente ser valorizado os aspectos
biomecânicos do DORT, devido serem facilmente observados e mensurados. Contudo, a base
multifatorial do DORT é a soma dos fatores biomecânicos, nos quais evidenciam o caminho
para amenizar este problema, mas não deve se limitar a um destes fatores. Abaixo está sendo
apresentado uma ilustração, na qual explana de forma clara a etiologia do DORT, segundo o
autor.
De forma explicativa Manenti (2013) a ilustração:
O grande número de movimentos dos membros superiores é característico do CD, o
que desencadeia e pode acarretar em diversas patologias, porém, [...] além das
posturas consideradas fixas, o estresse vem sendo um componente que acaba
acentuando o nível dessas lesões, tudo isso associado às características fisiológicas e
estilo de vida de cada profissional.
22
Os riscos físicos são aqueles em que o profissional está exposto a ruído, vibração,
radiação ionizante e não-ionizante, temperaturas extremas, iluminação deficiente ou
excessiva, umidade entre outros. Estes riscos são ocasionados pelo uso da caneta de alta
23
Os riscos químicos são aqueles em que o profissional está exposto poeiras, névoas,
vapores, gases, mercúrio, produtos químicos, entre outros. Através da utilização de
amalgamadores, desinfetantes químicos (álcool, glutaraldeído, hipoclorito de sódio, ácido
peracético, clorexidina, entre outros) e os gases medicinais, como óxido nitroso, podem
ocorrer a exposição ao risco químico (ANVISA, 2006).
A Anvisa (2006) menciona algumas formas para minimizar estes riscos para
profissionais da odontologia, como:
Limpar a sujidade do chão, utilizando pano umedecido para evitar poeiras;
Utilizar Equipamentos de Proteção Individual – EPIs (luvas, máscaras, óculos e
avental impermeável) adequados para o manuseio de produtos químicos desinfetantes.
Usar EPI completo durante o atendimento ao paciente e disponibilizar óculos de
proteção ao mesmo para evitar acidentes com produtos químicos;
Utilizar somente amalgamador de cápsulas;
Acondicionar os resíduos de amálgama em recipiente inquebrável, de paredes rígidas,
contendo água suficiente para cobri-los, e encaminhá-los para coleta especial de resíduos
contaminados;
Armazenar os produtos químicos de maneira correta e segura, conforme instruções do
fabricante, para evitar acidentes;
24
Fazer manutenção preventiva das válvulas dos recipientes contendo gases medicinais;
A Anvisa (2006) menciona algumas formas para minimizar estes riscos para
profissionais da odontologia, como:
Ter a máxima atenção durante a realização dos procedimentos;
Não utilizar os dedos como anteparo durante a realização de procedimentos que
envolvam materiais perfuro cortantes;
Não reencapar, entortar, quebrar ou retirar as agulhas da seringas com as mãos;
Não utilizar agulhas para fixar papéis;
Desprezar todo material perfuro cortante, mesmo que estéril, em recipiente com tampa
e resistente a perfuração;
27
A ergonomia está presente na odontologia, assim como nos demais campos. A mesma
cresce no universo do trabalho, de tal forma que auxilia a produtividade e proporciona a
execução das atividades, além de simplificar, prevenir a fadiga física e mental. Através disso
proporciona maior conforto tanto para o dentista quanto ao seu paciente (FREITAS, 2015).
Freitas (2015) menciona que a aplicação dos princípios da ergonomia nos
equipamentos e ambiente de trabalho propicia de forma eficaz a segurança, salubridade, alto
desempenho, motivação e a satisfação do odontólogo em seu local de trabalho. Pois os
28
Além das doenças expostas acima, Freitas (2015) menciona que para o cirurgião-
dentista:
[...] a repetição de gestos e a manutenção de contra-resistências, bem como a postura
dos membros superiores, com atividades que exijam constante flexão e extensão do
punho, a compressão mecânica das bases das mãos com instrumentos periodontais e
endodônticos curtos e inadequados e que necessitam da utilização de força na base
da mão, são as causas ocupacionais imediatas da Síndrome do Túnel do Carpo. [...]
os cirurgiões-dentistas que ficam sentados durante longos períodos, posição que gera
um aumento de pressão grande nos discos intervertebrais, se tornam propensos a
alterações degenerativas na coluna vertebral.
2.5 ANTROPOMETRIA
Pedroso (2011) declara que a antropometria é uma subdivisão das ciências biológicas
que tem como objetivo estudar os caracteres mensuráveis da morfologia humana. O tamanho
físico de uma população pode ser determinado através da medição de comprimentos,
profundidades e circunferências corporais. Os resultados obtidos podem ser utilizados para a
concepção de postos de trabalho, equipamentos e produtos que sirvam as dimensões da
população utilizadora.
Segundo Vieira (2008), a antropometria é dividida em cinco áreas, sendo:
(1) somatometria que consiste na avaliação das dimensões corporais do indivíduo;
(2) cefalometria que se ocupa do estudo das medidas da cabeça do indivíduo; (3)
osteometria que tem como finalidade o estudo dos ossos cranianos; (4) pelvimetria
que se ocupa das medidas pélvicas; (5) odontometria que se ocupa do estudo das
dimensões dos dentes e das áreas dentárias.
34
Para uma informação mais coerente, é preciso, juntamente com as medidas do corpo,
os ângulos dos mesmos, pois são as partes do corpo que podem ser movimentadas. O campo
de movimentação de uma parte do corpo depende da combinação de diversos movimentos
isolados. A precisão com que certos movimentos podem ser executados depende do tipo,
forma, tamanho e posição do osso e da junta, e, especialmente, do tipo, comprimento, volume
e ponto de aplicação da força no músculo e no nervo. Através disso, locais de trabalho devem
ser projetados de modo que movimentos e forças requeridos não estejam nos limites das
possibilidades do homem. Entre os valores extremos há pontos neutros em que a atividade
muscular alcança um mínimo, resultando em cansaço mínimo. São as chamadas posturas
cômodas (PEDROSO, 2011).
Da mesma forma, Naressi (2005) menciona que os aspectos de praticidade deverá ser
em torno de 9 m², para abrigar todo o equipamento, cirurgião dentista e auxiliar, melhorando a
funcionalidade. A entrada e saída do paciente dever mediante direita ou à frente da cadeira
clínica, para que não interfira na área de ação dos colaboradores. A cadeira deve estar de
forma diagonal ao eixo da sala, permitindo que os armários estejam de forma L ou U,
conforme Ilustração 5.
ambos com liberação automatizada de água. As paredes e piso do local devem ser de material
mais refratário possível.
2.6.4 Iluminação
De acordo com a NBR 5413 (1992), a iluminação de valor mais alto deve ser
utilizado quando:
A tarefa apresenta em refletância e contrastes bastante baixo;
Erros são de difícil correção;
Trabalho visual é crítico;
Alta produtividade ou precisão são de grande importância;
Capacidade visual do observador está abaixo da média;
Já para a iluminação de valor baixo, a NBR 5413 (1992) solicita que seja utilizada
quando:
39
2.6.5 Ruído
De acordo com a NR 15 (2011), há alguns cuidados que devem ser tomados quando
for medido os níveis de ruído do ambiente, sendo:
O aparelho que irá medir o ruído deve ser colocado na posição de trabalho dos
operários e na altura do ouvido dos mesmos;
Evitar a interferência do vento no microfone do medidor;
A distância do medidor à fonte de ruído deve estar de acordo com as normas
ISO 1999, ISSO 1966/1 e as recomendações ISSO R 131, R 266 e R 495;
Evitar superfícies refletoras que não sejam comuns ao ambiente;
Realizar pelo menos 5 medições em cada local;
Da mesma forma que Gê (2010) menciona que o causador de erros nas medições de
ruído é o ruído de fundo, ou seja, trata-se do ruído do ambiente que não faz parte do ruído
daquele local. Uma das técnicas de verificar tal ruído, é medindo primeiramente o ruído do
equipamento em funcionamento e, em seguida, o mesmo desligado. Se a diferença de ambas
as medições for menor que 3 dB, indica que o ruído de fundo é bastante intenso, no qual deve
ser levado em consideração nas medições.
As últimas três citações são classificadas em três grupos, conforme explanado pelo
Ministério da Saúde do Brasil (2001). Entre os agravos específicos estão incluídas as doenças
profissionais, para as quais se considera que o trabalho ou as condições em que ele é realizado
constituem causa direta, conforme o Quadro 3.
3 MATERIAIS E MÉTODOS
legislações vigentes. Estas informações foram procuradas com o objetivo de auxiliar nas
tomadas de decisões e estudos que foram necessários. A partir desta referência bibliográfica
foi possível determinar pontos como luminosidade, ruído, dimensões aceitáveis de móveis e
equipamentos, temperatura, características psicológicas, entre outras.
Verificou-se a necessidade deste levantamento de dados para a realização e adoção de
medidas que comporão os diversos projetos e para posterior análise e discussão dos resultados
obtidos.
O consultório odontológico possui uma área total de 53,56 m². Esta área é dividida em
alguns ambientes de trabalho. Cada cômodo possui uma função, assim como uma área
quadrada, tais informações estão sendo apresentadas abaixo, assim como o croque do
consultório na Ilustração 6. As dimensões a os devidos móveis que pertencem a cada cômodo,
estão sendo apresentados no item 4, discussão dos resultados.
Consultório 1: Área utilizado pelo Dr. Juliano Silvério da Silva para
atendimento clinico de seus pacientes. Neste mesmo ambiente, o profissional possui uma
mesa e cadeiras para atendimento de escritório de seus pacientes, se houver necessidade. Esta
divisão é através de uma divisória de madeira e enfeites. Área aproximada: 14,81 m²;
Circulação: Local no qual liga o consultório 1 à recepção, da mesma forma que
levar materiais para esterilização e lavagem na sala de esterilização. Área aproximada: 2,10
m²;
Recepção: Ambiente destinado para pacientes e terceiros permanecerem no
aguardo do atendimento. Área aproximada: 15,47 m²;
Lavabo: Banheiro para atender os pacientes e colaboradores que frequentam o
consultório odontológico. Área aproximada: 2,62 m²;
Consultório 2: Área destinada para atendimento clínico dos pacientes da Dr.
Maiara Peper. Área aproximada: 11,78 m²;
Sala esterilização: Local destinado para esterilizar os materiais na autoclave ou
lavagem de materiais e equipamentos na pia com água corrente, assim como empacotamento
dos mesmos antes de serem inseridos na autoclave. Área aproximada: 4,10 m².
49
dos móveis em que o profissional e sua auxiliar utilizam em maior quantidade. Dentre os
móveis medidos, abaixo estão suas funções e características. Já na Tabela 5,
Tabela 6 e Tabela 7 estão sendo apresentadas as medidas obtidas no local.
Cadeira do escritório sala clínica 1: Móvel em que o profissional utiliza para
atender e dar o diagnóstico para seus pacientes, assim como atestados, receituários e
prontuários. A cadeira possui ajuste de altura para o acento, assim como local para assentar os
cotovelos. A mesma é toda estofada, desde o assento, apoios e costas, conforme Fotografia 1 e
Ilustração 12;
Cadeira do paciente sala clínica 1: Móvel utilizado para o paciente deitar e ser
atendido pelo profissional. A cadeira possui suporte para os dois braços, sendo um móvel para
o paciente sentar, é estofada e com proteção para os pés. Na parte das costas, há ajuste de
altura para melhor atendimento ao paciente, conforme Fotografia 2;
Mocho sala clínica 1: Cadeira utilizada pelo profissional para sentar ao lado da
cadeira do paciente para realizar o atendimento. A cadeira possui ajuste de altura, é estofada
no assento e nas costas e não possui apoio para os braços para facilitar o encaixa com a
cadeira do paciente, conforme Fotografia 3 e Ilustração 13;
Cadeira auxiliar: Móvel utilizado pela auxiliar para agendar pacientes, receber os pagamentos e verificação de
os pagamentos e verificação de documentações. A cadeira não possui ajuste de altura e encosto para os
encosto para os cotovelos. É estofada na parte das costas e assento, conforme
Ilustração 13: Esquema mocho sala clínica 1 Ilustração 14: Esquema cadeira da auxiliar
59
O plano de ação foi confeccionado a partir das medições dos ambientes de trabalho
dos profissionais, medições dos móveis mais utilizados pelos mesmos, relatos do profissional
sobre sua saúde mental e física, luminosidade, ruído e conforto apresentados pelos
profissionais.
A partir destas informações foi criado um plano de ação para ser seguido, de tal forma
que auxilie na minimização ou até eliminação dos riscos ergonômicos. O plano de ação está
sendo apresentado no Apêndice I, assim como a discussão dos resultados e como se chegou a
tais conclusões no Item 4 deste trabalho.
62
4.1.2 Escritório
A sala clínica 1, conforme Fotografia 11, e sala clínica 2, conforme Fotografia 12,
medem, aproximadamente, 14,81 e 14,78 m², respectivamente. Sendo que Naressi (2005)
recomenda uma área de 9 m², estando em conformidade, pois o mesmo menciona que a sala
deve possuir funcionalidade.
Verificou-se que há apenas um registo de água para todo o consultório, estando em
desconformidade com Naressi (2005), pois o mesmo solicita que haja um exclusivo para a
sala clínica, facilitando o fluxo interno do consultório.
64
A análise do ruído foi realizado a partir dos aparelhos utilizados com maior frequência
pelo colaborador e reclamações do mesmo devido o ruído, da mesma forma que nos locais de
pouca permanência como sala de espera.
De modo geral, verificou-se que o ruído em todos os ambientes do consultório não
atinge o teto de 80 dB, não prejudicando a audição dos colaboradores e dos pacientes, estando
desta forma em acordo com a NR 15 (2011).
O único equipamento que obteve-se um ruído superior a 80 dB, mas que está dentro do
campo de tolerância, é o aparelho de ultrassom, no qual atingiu no seu pico 81,2 dB. De
acordo com o colaborador, este equipamento é pouco utilizado e num curto período, cerca de
10 a 15 minutos. Desta forma, podemos dizer que mesmo estando acima de 80 dB, o
equipamento não apresenta riscos para audição, estando desta forma em conformidade com a
NR 15 (2011).
Portanto, conclui-se que neste consultório odontológico e com os equipamentos com
suas devidas marcas e tempo de uso, não há riscos auditivos para os colaboradores e nem para
os pacientes, independentemente do tempo de permanência no local, estando em total
conformidade com a NR 15 (1992), não havendo necessidade de uso de nenhum tipo de EPI
ou EPC.
A partir das medições realizadas no cirurgião dentista foi possível verificar se, durante
as atividades que o colaborador realiza, estão em conformidade com sua mobília. Com estes
dados concluiu-se se a postura do profissional está de acordo ou em desacordo com a NR 17.
Após essa verificação, utilizou-se alguns métodos baseados no programa Ergolândia (2018)
para certificar-se as devidas conclusões, conforme é apresentado abaixo.
Como pode ser verificado na Tabela 10, apenas 40% da cadeira está em conformidade
com as dimensões do colaboradores. Apenas a largura do assento e o comprimento do encosto
para as costas. Mesmo que a mobília possua regulagem de altura, não é suficiente para atender
a dimensão entre os joelhos e pés do profissional. Dentre as análises realizadas, é possível
verificar que a variação da mobília para o colaborador não é extrema, não havendo grandes
impactos ergonômicos, contudo, a permanência nesta mobília é pequena. Desta forma, de
modo geral, podemos dizer que esta mobília está em desacordo com a NR 17.
Ao avaliarmos a mesa deste mesmo cômodo, verificamos que em sua maioria está em
acordo com a antropometria do colaborador, aproximadamente 67%. Dentre todos os móveis
avaliados, este por sua vez é que possui maior adequação a NR 17, conforme pode ser
verificado na Tabela 11, mas mesmo assim, a mobília está em desacordo com a normatização
exigida.
Na mesa, pode ser verificado que a única característica que não atende as dimensões
do profissional é a largura, ou seja, o profissional fica posicionado longe da mobília,
possibilitando má postura.
Esta mobília não é utilizada pelo cirurgião dentista, e sim pela auxiliar do mesmo. A
mesma utiliza esta mobília somente quando o atendimento é de forma administrativa.
71
Ao ser analisado este móvel, é possível concluir que dentre todos os móveis, é a
menos confortável ergonomicamente, pois atende cerca de 20%, conforme é apresentado na
Tabela 12.
Estas duas avaliações servem para verificar as regiões dolorosas, ou seja, locais em do
corpo em que o profissional sente dor ao longo da sua jornada de trabalho.
No método Moor Garg, verificou-se que o trabalhador possui um índice bem abaixo
do índice de ação, pois este, por sua vez, deve ser inferior a 3. Sendo que a partir da análise
realizada, obteve-se 0,75 conforme Ilustração 18.
Já na avaliação pelo método de Owas, deve-se possuir uma ação num futuro próximo,
ou seja, o profissional está submetido a dores que podem causarão futuros problemas,
conforme é apresentado na Ilustração 19.
73
balcões de forma rotineira, pois esta atividade é praticada pela auxiliar na qual possui uma
altura de 1,64 metros. Desta forma os balcões da sala clínica 1 estão dentro dos padrões
recomendados por Tuitti (2016) e em conformidade da altura da auxiliar.
A cadeira do escritório possui dispositivo para regulagem de altura, é estofada e possui
apoio para os braços. No mesmo ambiente encontra-se uma mesa para atendimento aos
pacientes. Este mobiliário é de altura compatível com o colaborador, pois a cadeira auxilia na
melhor forma entre o encaixe da cadeira e a mesa, conforme Tuitti (2016) recomenda.
Contudo, a mesa não há largura suficiente para acomodar os membros inferiores, conforme
recomendado por Tuitti (2016), estando assim, em desconformidade neste item. Devido a esta
falta de largura, há possibilidade do profissional sentar de forma ergonomicamente errada,
pois dificulta o apoio dos cotovelos sobre a mesa.
Ao avaliar as condições da cadeira da auxiliar, verificou-se que a mesma não possui
nenhum dispositivo para ajuste de altura, da mesma forma que a cadeira não possui encosto
para os braços. Assim, conclui-se que a mobília está em total desconformidade com Tuitti
(2016).
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
___NBR 10152 – Níveis de ruído para conforto acústico. Rio de Janeiro: 1987.
ENEQUIPA. Para que serve um decibelímetro. [S.l.]: 2013. Disponível em: <
https://www.webartigos.com/artigos/pra-que-serve-um-decibelimetro/104803>. Acessado em:
23 de julho de 2018.
JUNIOR, Joab Silas da Silva. Lâmpadas fluorescente. [S.l.]: 2018. Disponível em: <
https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/lampadas-fluorescentes.htm>. Acessado em: 13
de agosto de 2018.
LIIDA, Itiro. Ergonomia – Projeto e produção. 2ª Ed. 6ª Reimpressão. Ed. Edgard Blucher
LTDA. São Paulo: São Paulo, 2000.
SOUZA, Fabiane Azevedo de. Estudos dos critérios dimensionais da população idosa de
Porto Alegre: investigação antropométrica. 2007. 106p. Monografia (Especialização em
gerontologia Biomédica) – Universidade Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2007.
TRINDADE, E. & ANDRADE, M. LER/DORT – Rotina Dolorosa. Rev. ABO Nac. –v. 11,
n. 2, p. 72-5, Abr/mai, 2003.
VIEIRA, Sebastião Ivone. Manual de saúde e segurança do trabalho. 2ª Ed. São Paulo:
LTr, 2008. 964p.
82
APÊNDICES
83
Orientações: Assinalar os itens que, você como cirurgião dentista, observou acontecer devido ao seu local
de trabalho.
COLABORADOR
Nome: Juliano Silvério da Silva
Idade: 31 anos Sexo: ( X ) Masculino ( ) Feminino
Peso: 103 kg Altura: 183 cm Fumante: ( X ) Sim ( ) Não
Cargo: Cirurgião dentista Setor: Consultório odontológico
Tempo de cargo: 8 anos e 6 meses
Filhos: ( ) Sim ( X ) Não Quantos: - Idade dos filhos: -
Gestação: ( ) Sim ( X ) Não Tipos parto: - Quantas: -
Amamentação: ( ) Sim ( X ) Durante quanto tempo: -
Faz tratamento de saúde: ( X ) Sim ( ) Não Qual: Psiquiátrico (Síndrome do Pânico)
Usa medicação de uso contínuo: ( X ) Sim ( ) Não Qual: Eflexor, Topamex, Zetron
Realiza atividades extra empresa: ( X ) Sim ( ) Não
( ) Atividades domésticas – Frequência: -
( X ) Estuda ou faz algum curso – Frequência: 1 vez ao mês
( X ) Outras: Academia de segunda à sexta
ALIMENTAÇÃO
Café da manhã: ( X ) Sim ( ) Não O que: 1 fatia de pão com presunto, queijo e 1
xícara de café
Almoço: ( X ) Sim ( ) Não O que: Em geral arroz, feijão, carnes e saladas
Janta: ( X ) Sim ( ) Não O que: Em geral arroz, carne e saladas
Outros: ( X ) Sim ( ) Não O que: Lanches, frutas, iogurtes, entre outros
Toma líquido com frequência: ( X ) Sim ( ) Não Quanto: Aproxim. 2 litros
REPOUSO
Dorme bem: ( ) Sim ( X ) Não Quantas horas: 8 horas, mas não bem dormidas
Realiza atividade física: ( X ) Sim ( ) Não ( ) Esporte ( ) Academia ( ) Outros
Frequência: ( ) 1 x por semana ( ) 2 x por semana ( X ) 3 x ou mais
Tipos de locomoção: ( ) A pé ( ) Moto ( X ) Carro ( ) Ônibus ( ) Outros
Frequência: Todos os dias
87
DESCONFORTO MUSCULAR
Sente algum tipo de desconforto muscular ou dor: ( X ) Sim ( ) Não
Segundo a figura abaixo, especificar as dores por segmento muscular e sua frequência
JORNADA DE TRABALHO
Quantas horas por dia você trabalha normalmente: 8 horas diárias direto, sem
interrupções maiores que 15 à 20 minutos
Existe prolongação de jornada: ( X ) Sim ( ) Não Quantos dias por semana: Quarta-
feira
Faz hora extra: ( X ) Sim ( ) Não Quantos dias: 1 Quais períodos: matutino
Existe sistema de pausas: ( X ) Sim ( ) Não Quantos períodos: 2
As pausas são realizadas fora do posto de trabalho: Sim Quanto tempo: 20 minutos
Existe programa de ginástica elaboral: Não Quanto tempo: -
Você acredita que tenha movimentos repetitivos em seu trabalho: Sim Quais: Todos
os movimentos
Você acha que seu trabalho existe postura inadequada: Sim Quais:
Sempre que sentado
Os equipamentos abaixo relacionados facilitam o seu trabalho:
Monitor ( ) Sim ( X ) Não
Teclado ( ) Sim ( X ) Não
Cadeira escritório ( X ) Sim ( ) Não
88
POSTO DE TRABALHO
Quais materiais e equipamentos são usados para execução das suas atividades:
Refletor, tríplice, canetas (alta e baixa rotação), pedal e sugador.
89
2 – Você já pensou em algo que possa fazer para reduzir os problemas da questão
anterior?
R: Deixar horário dos pacientes do tamanho adequado para não atrasar, avisar
os pacientes para haver faltas (mas muitas vezes não resolve) e ter uma
conversa aberta com a auxiliar sobre estes quesitos.
4 – Você já pensou em algo que possa fazer para reduzir os problemas da questão
anterior?
R: Balcões mais estreitos e mais próximos da minha posição de trabalho, ou
seja, móveis novos.
6 – Você já pensou em algo que possa fazer para reduzir os problemas da questão
anterior?
R: Trocar as lâmpadas por outras de maior potência, na verdade já foram
compradas e estamos apenas aguardando as mesmas queimarem.
91
7 – Com relação ao ruído no seu ambiente de trabalho, há algo que lhe incomoda?
R: Não há reclamações do ruído, apenas o sugador que algumas vezes se
torna chato, mas o mesmo não é utilizado com frequência.
9 – Sobre a sua auxiliar, há algo que lhe incomode ou que possa ser mudado para
facilitar seu ambiente de trabalho?
R: Há alguns dias que possui o humor oscilante, pois até os pacientes
questionam o que houve. Já dei indicação psicológica e psiquiátrica, contudo
não tive retorno. A mesma já recebeu curso de auxiliar ao iniciar as atividades
comigo. No momento não pretendo dar outra reciclagem, apenas outro curso
ligado a equipamentos utilizados no consultório. Da mesma forma que ela
entende muito bem a questão de instrumentação e comunicação comigo.
12 – Analisando seu consultório de forma global, o que você acha que falta para
deixa-lo ainda melhor?
R: Maior divulgação do mesmo (marketing) e uma melhor estrutura estética
externa (ter um jardim mais chamativo, uma placa melhor e maior).
cursos de primeiros socorros, mas já está nos meus planos realizar uma
reciclagem.
16 – Na parte organizacional do seu consultório, você acredita que tenha algo que
possa melhorar o desempenho das suas atividades e que possam lhe ajudar a
seguir condições ergonômicas corretas?
R: Reorganizar os materiais nas gavetas, deixando mais organizado, contudo
hoje falta espaço e é mal organizado. Não há local certo para guardar materiais
de estoque, ou seja, os mesmos ficam um pouco em cada sala. Gostaria de
organizar o tempo para a auxiliar cobrar os pacientes devedores e lembrar os
pacientes de seus horários, assim como possuir uma planilha de controle de
estoque, agenda digital e controle e observações dos pacientes.
93
5 – Houve algum estudo antropométrico dos funcionários para a aquisição dos mobiliários:
( ) SIM ( X ) NÃO
8 – Há quanto tempo a empresa utiliza esse mobiliário (tempo de vida dos móveis):
R: Aproximadamente 3 anos.
11 – Há uma preocupação por parte da empresa em fazer modificações nos postos de trabalho
informatizados procurando oferecer aos seus usuários postos ergonômicos promovendo assim
a saúde e segurança dos funcionários:
R: Não há, pois há tanta permanência em locais informatizados.
95
Este formulário, tem como objetivo verificar com o usuário in loco se o mesmo sente
alguma necessidade de alteração de seu local de trabalho relacionado a escritório.
2 – Idade: 31 ANOS
5 – Como você classifica a altura do apoio para o monitor do seu mobiliário atual:
( ) BAIXA ( X ) ADEQUADA ( ) ALTA
6 – Como você classifica a altura do apoio para o teclado do seu mobiliário atual:
( ) BAIXA ( X ) ADEQUADA ( ) ALTA
7 – Como você classifica a largura do apoio para o monitor do seu mobiliário atual:
( ) ESTREITA ( X ) ADEQUADA ( ) LARGA
8 – Como você classifica a largura do apoio para o teclado do seu mobiliário atual:
( ) ESTREITA ( X ) ADEQUADA ( ) LARGA
12 – Como você classifica a distância para a visualização do monitor do seu mobiliário atual:
( ) POUCA ( X ) ADEQUADA ( ) MUITA
13 – Como você classifica a altura livre para os joelhos do seu mobiliário atual:
( ) ESTREITA ( X ) ADEQUADA ( ) LARGA
14 – Como você classifica a profundidade livre para os joelhos do seu mobiliário atual:
( X ) ESTREITA ( ) ADEQUADA ( ) LARGA
15 – Como você classifica a largura livre para as pernas do seu mobiliário atual:
( X ) ESTREITA ( ) ADEQUADA ( ) LARGA
97
3 – Como você considera a iluminação atual do escritório durante a execução de suas tarefas:
( X ) FRACA ( ) ADEQUADA ( ) EXCESSIVA
5 – Você percebe queda em seu rendimento devido às más condições de iluminação d seu
posto de trabalho:
( ) SEMPRE ( X ) NUNCA ( ) ÁS VEZES
6 – Você já teve sintomas caracterizados por ardor e dor dos olhos, vermelhidão dos olhos,
visão dupla, percepção de áureas coloridas em torno dos objetos, sensações de desconforto,
vertigens ou cefaleias devido a sua atividade no trabalho:
( ) SEMPRE ( X ) NUNCA ( ) ÁS VEZES
7 – Caso já tenha sentido algum dos sintomas acima, eles acontecem durante qual período:
( X ) NÃO ACONTECE
( ) NO INÍCIO DA JORNADA DE TRABALHO
( ) NO MEIO DA JORNADA DE TRABALHO
( ) NO FINAL DA JORNADA DE TRABALHO
10 – Você sente falta de estímulo para o trabalho como sonolência, falta de concentração,
fadiga e falta de disposição decorrentes de suas atividades?
( ) SEMPRE ( ) NUNCA ( X ) ÁS VEZES
16 – Você já teve sintomas caracterizados por tensão, dores de cabeça, irritabilidade, insônia,
diminuição da concentração, aumento do número de erros e até mesmo depressão devido a
sua atividade no trabalho:
( ) SEMPRE ( ) NUNCA ( X ) ÁS VEZES
100
Este formulário, tem como objetivo avaliar verificar se o colaborador visualiza a real
importância do uso dos mecanismos e dimensões dos móveis de escritório para a sua saúde
mental e física.
- Relacionado à cadeira:
9 – Assento com regulagem de altura:
( ) NADA IMPORTANTE ( X ) IMPORTANTE ( ) MUITO IMPORTANTE
11 – Estofamento do assento:
( ) NADA IMPORTANTE ( ) IMPORTANTE ( X ) MUITO IMPORTANTE
15 – Altura da cadeira
( ) NADA IMPORTANTE ( ) IMPORTANTE ( X ) MUITO IMPORTANTE
16 – Altura da mesa
( ) NADA IMPORTANTE ( X ) IMPORTANTE ( ) MUITO IMPORTANTE
Medida Medida
1 CORPO EM PÉ cm 3 CABEÇA cm
1.1 Estatura 183 3.1 Comprimento vertical 25
1.2 Altura dos olhos 179 3.2 Largura de frente 17
1.3 Altura dos ombros 158 3.3 Largura de perfil 19
1.4 Altura dos cotovelos 116 3.4 Distância entre os olhos 8
1.5 Altura do centro da mão-braço pendido 82 3.5 Circunferência da cabeça 19
Medida
1.6 Altura do centro da mão-braço erguido 222 4 MÃOS cm
1.7 Comprimento do braço 79 4.1 Comprimento das mãos 18
1.8 Profundidade do corpo 37 4.2 Largura das mãos 11
1.9 Largura dos ombros 43 4.3 Comprimento da palma 10
1.10 Largura dos quadris 33 4.4 Largura da palma 9
Medida
2 CORPO SENTADO cm
4.5 Circunferência da palma 11
2.1 Altura da cabeça (sentado) 88 4.6 Circunferência do pulso 7
2.2 Altura dos olhos (sentado) 75 4.7 Circunferência da palma máxima 4,5
Medida
2.3 Altura dos ombros (sentado) 61 5 PÉS cm
2.4 Altura dos cotovelos (sentado) 18 5.1 Comprimento 24
2.5 Altura dos joelhos 51 5.2 Largura do pé 9
2.6 Altura da dobra interna do joelho 52 5.3 Largura do calcanhar 5
2.7 Comprimento do antebraço 33
2.8 Comprimento nádegas – joelhos 52
2.9 Comprimento nádegas – dobra interna
59
do joelho
2.10 Comprimento nádegas pés 117
2.11 Altura da parte superior coxa 16
2.12 Largura entre os cotovelos 55
2.13 Largura dos quadris sentado 42
105
106
DESCONFORMIDADE
ITEM ANÁLISE SOLICITANTE AÇÃO DURAÇÃO RESPONSÁVEL
ENCONTRADA
Constrangimento do Garantir que apenas um paciente entre na sala de
Jornada Cirurgião
paciente ao entrar atendimento/escritório. Deve-se atentar para que somente
Naressi (2005) de dentista e
no escritório e sala outro paciente seja chamado para entrar na sala, quando o
Arquitetura trabalho auxiliar
clínica primeiro paciente já se retirou do ambiente
1 do ambiente
Naressi (2005) Instalar um registro hidráulico exclusivamente para a sala
do trabalho
Registro exclusivo e Vigilância clínica 1 e outro para a sala clínica 2. Este registro deve ser Profissional
1 mês
para as salas clínicas sanitária instalados entre o registro de entrada do consultório e hidráulico
(2005) qualquer dispositivo de saída de água das salas clínicas
Realizar a troca dos instrumentos de iluminação atual por
Déficit de
NBR 5412 outros que contemplem a luminosidade mínica exigida. Ou Profissional
2 Iluminação iluminação nos 15 dias
(1992) inserir outros mecanismos de iluminação que preencham a elétrico
cômodos
luminosidade faltante
Garantir que não serão comprados novos equipamentos
que ultrapassem a tolerância máxima de 85 dB. Caso haja
Equipamentos com alguma compra de um equipamento com um ruído Cirurgião
3 Ruído NR 15 (2011) Sempre
ruído superior a esse, é preciso solicitar a um profissional para dentista
que seja realizado uma avaliação do ruído e a necessidade
do uso de EPC ou EPI
Nos dias em que há um calor ou frio excessivo, garantir
que a temperatura do ar condicionado permaneça entre Jornada Cirurgião
Condições de
4 Temperatura NR 17 (2007) 20 e 23ºC. Nos dias em que a temperatura externa ao de dentista e
temperatura
consultório estiver agradável, deixar janelas e portas trabalho auxiliar
abertas para garantir o arejo da ventilação interna
108
DESCONFORMIDADE
ITEM ANÁLISE SOLICITANTE AÇÃO DURAÇÃO RESPONSÁVEL
ENCONTRADA
Agendar pacientes mais espaçados um dos outros,
Ministério do garantindo assim um melhor atendimento e eliminando o Jornada Cirurgião
Jornada de Excesso de carga
5 trabalho excesso de carga horária. Ter um intervalo, de pelo menos, de dentista e
trabalho horária
(2001) 1 hora durante a tarde nos dias em que a carga horário trabalho auxiliar
começa às 13:30 e se prolonga até as 21:00 horas.
Realizar a troca da mobília existente por móveis que se
adequam a antropometria do profissional. Adquirir mochos
Móveis e
com dimensões adequadas e com suporte para os braços.
Mobília e equipamentos fora NR 17 (2007) e Cirurgião
6 Cadeira e mesa do escritório com dimensões adequadas a Sempre
equipamentos da antropometria do Tuiutti (2016) dentista
antropometria do colaborador. Cadeira para auxiliar com
colaborador
altura regulável, suporte para os braços e dimensões
adequadas
Possíveis Ministério do Devido aos elementos citados acima e outros problemas
Características Cirurgião
7 transtornos trabalho psicológicos, é necessário garantir que o profissional Sempre
psicológicas dentista
osteomusculares (2001) permaneça com um tratamento psiquiátrico
Sentar na cadeira/mocho de forma correta, ou seja,
Posicionamento do Jornada
sempre permanecer com as costas encostadas no encosto, Cirurgião
profissional nas NR 17 (2007) de
cotovelos e antebraços encostados nos suportes, pés dentista
mobílias durante trabalho
Condições encostados no chão e joelhos em posicionamento neutro
8
ergonômicas Para melhorar o movimento da musculatura e prevenindo
Jornada
Atividades doenças osteomusculares, deve-se realizar ginástica Cirurgião
NR 17 (2007) de
ergonômicas elaboral durante o período de trabalho. Uma vez a cada 4 dentista
trabalho
horas trabalhadas
109
APÊNDICE J – ANAMNESE
110
NATURALIDADE: Brasileiro
Atividade atual
Atividades de cirurgião dentista em um consultório odontológico. Dentre as
atividades, encontra-se prescrições médicas, restaurações, limpezas, manutenções
odontológicas, preparos de próteses fixas, escaneamento, implantes, extrações e enxertos
ósseos;
De modo geral, os equipamentos utilizados pelo colaborador variam, contudo,
de forma majoritária é utilizado caneta de baixa e alta rotação, ultrassom, jato de bicarbonato
de sódio, notebook, cadeira e mesa de escritório, cadeira do paciente e mocho;
A organização do trabalho, jornadas de trabalho, pausas, horas extras,
relacionamento com outros colaboradores, grau de satisfação e descrição sobre suas
atividades rotineiras, podem ser observadas nos apêndices B e C deste trabalho;
As instalações do consultório odontológico, tais como ventilação, espaço
físico, iluminação, condições de conforto e higiene, podem ser verificados no índice 3.2 e 3.3
deste trabalho;
De forma rotineira, o profissional aborta o paciente na sala de escritório,
apresentando qual deverá ser seu procedimento dentário. Após o preenchimento de processos
administrativos, o paciente passa a cadeira do paciente para iniciar o trabalho. Dependendo do
tratamento, o paciente pode permanecer entre 20 minutos a 2 horas sentado. Durante este
período, o profissional permanece ao seu lado sentado realizando os procedimentos. Em
111
Atividades anteriores
A única atribuição profissional que o colaborador possui é a atual, não havendo outras
atividades anteriores.