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Resumo: Atualmente os frigoríficos utilizam gases tóxicos tais como a amônia, em seus sistemas
de refrigeração, considerando a ocorrência de vazamentos, tais sistemas podem vir a expor os
trabalhadores, meio ambiente e as populações lindeiras a um risco continuo e iminente. A fim de
prever os riscos resultantes de um provável vazamento, a Análise Preliminar de Risco (APR) será
utilizada como método para avaliar e qualificar possíveis riscos de vazamentos nas instalações de
refrigeração. O estudo elaborou um modelo de APR para ser aplicado em um abatedouro de aves,
localizado no município de Soledade, Norte do Estado do Rio Grande do Sul. Tal frigorífico
utilizara um tanque de armazenamento com dimensões de 1,20m de diâmetro e com 3,00m de altura
e terá capacidade para armazenar 3.000L de amônia. A APR é considerada um dos itens necessários
para a obtenção da licença de implantação da empresa junto ao órgão competente do estado
Fundação Estadual de Proteção Ambiental - Fepam. Para a elaboração da APR, foi utilizada a
metodologia descrita pelo órgão fiscalizador do estado (Fepam). A avaliação constou da
interpretação da orientação descrita no manual técnico e a sua capacidade em substanciar uma APR
adequada. Para a análise, foram abordados os possíveis perigos, efeito dos possíveis danos causados
bem como, orientações a serem tomadas, alternativas e soluções para as situações de risco
observadas na planta da unidade. Diante do exposto, salienta-se que a APR é um dos itens
necessários para obtermos a Licença de Instalação do empreendimento junto ao órgão fiscalizador
FEPAM. Através da APR, concluímos que para os cenários previstos, obteve-se a categoria de risco
1. Segundo o manual da Fepam, instalações e atividades classificadas na categoria de risco 1 ficam
isentas de exigências no que diz respeito a riscos industriais. A fim de evitar que os cenários
previstos ocorram, recomenda-se que seja realizada a manutenção das concentrações ambientais,
mantendo as mesmas em níveis os mais baixos possíveis e sempre abaixo do nível de ação (NR-9),
por meio de ventilação adequada. Podem ainda ser implantados mecanismos para a detecção
precoce de vazamentos. O desejável é que a instalação de monitores ambientais sejam acoplados a
sistema de alarme, especialmente nos locais críticos.
Palavras-chave: Análise preliminar de risco, Amônia, Sistema de refrigeração, Manual de riscos
Fepam, Segurança no trabalho.
Abstract: Refrigerators currently use toxic gases such as ammonia in their refrigeration systems,
considering the occurrence of leaks, such systems may expose workers, the environment and
surrounding populations to a continuous and imminent risk. In order to predict the risks resulting
from a probable leak, the Preliminary Risk Analysis (APR) will be used as a method to assess and
qualify potential risks of leakage in refrigeration facilities. The study elaborated a model of APR to
be applied in a poultry slaughterhouse, located in the municipality of Soledade, North of the State
of Rio Grande do Sul. Such a refrigerator used a storage tank with dimensions of 1,20m in diameter
and with 3, 00m high and will have capacity to store 3,000L of ammonia. The APR is considered
one of the necessary items to obtain the company's installation license from the State Department of
Environmental Protection Foundation - Fepam. For the elaboration of the APR, the methodology
described by the state inspection body (Fepam) was used. The evaluation consisted of the
interpretation of the guidance described in the technical manual and its ability to substantiate an
appropriate APR. For the analysis, the possible hazards, effects of possible damages caused, as well
as, guidelines to be taken, alternatives and solutions to the risk situations observed in the plant of
the unit were discussed. In view of the above, it should be pointed out that APR is one of the items
necessary to obtain the Installation License of the project from the FEPAM inspection body.
Through the APR, we conclude that for the scenarios foreseen, category 1 was obtained. According
to the Fepam manual, facilities and activities classified in risk category 1 are exempt from
requirements with regard to industrial risks. In order to prevent the expected scenarios from
occurring, it is recommended that environmental concentrations be maintained, keeping them at the
lowest possible levels and always below the action level (NR-9) by means of adequate ventilation.
Mechanisms for the early detection of leaks can also be implemented. It is desirable that the
installation of environmental monitors be coupled to alarm system, especially in critical locations.
Keywords: Preliminary risk analysis, Ammonia, Cooling System, Fepam Hazard Handbook, Safety
at work.
1 – INTRODUÇÃO
De acordo com a norma OHSAS 18001, acidente é qualquer situação ou evento indesejado
que causa danos à saúde do trabalhador, instalações e equipamentos. Já o Ministério do trabalho
considera apenas os danos à saúde do trabalhador, porém em muitos casos um acidente pode causar
além dos danos pessoais, danos ao meio ambiente, podendo ser incluída as populações vizinhas das
instalações industriais.
Inúmeros acidentes que geraram danos ambientais e danos a populações vizinhas as
instalações industriais não são relatados, seja por não apresentarem proporções catastróficas, ou por
não caracterizarem impactos visíveis em curto prazo. (Calixto, 2009).
Segundo a OMS, aproximadamente 20 a 90% dos trabalhadores vivem em países, ou
regiões, sem acesso a quaisquer serviços de saúde ocupacional, 80% da população ativa encontra-se
nos países em desenvolvimento e industrializados, a organização estima que cerca de 30 a 50% dos
trabalhadores podem vir a sofrer com problemas de saúde oriundos das condições de trabalho
insalubres ao qual são expostos exposição diretamente a agentes físicos, químicos ou biológicos.
Lopes (2015) realizou um estudo de caso envolvendo instalações de refrigeração de um
frigorífico. O estudo de análise de risco abordou se a metodologia de órgãos ambientais, que é
usada para a manutenção ou obtenção de licença de instalação/operação ambiental de
estabelecimentos que produzem ou utilizam substâncias tóxicas, é um método válido para o
conhecimento dos riscos e possíveis efeitos de vazamentos de gases com formação de nuvens
tóxicas, como a amônia por exemplo.
Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a amônia é um elemento que apresenta
inúmeras vantagens, como por exemplo: ser o único agente refrigerante natural ecologicamente
correto, que não agride a camada de ozônio, tampouco agrava o efeito estufa. (Brasil, 2014)
Em contrapartida, a amônia possui uma alta toxicidade, a mesma torna-se explosiva em
concentrações de 15 a 30% em volume, o que o que carece de uma demanda de cuidados
específicos na sua utilização. Alguns processos necessitam de fluídos refrigerantes, em
determinadas características físico-químicas especiais devido as condições de temperatura, pressão
e umidade diferenciadas do habitual, que podem resultar no aumentando os riscos específicos à
segurança e à saúde, relacionados com o tipo do agente refrigerante utilizado, assim como com as
instalações e equipamentos. (CETESB, 2003).
Estudos desenvolvidos por Dalcin (2016) revelam que a amônia, em um sistema de
refrigeração por compressão de vapores, em uma de suas fases do ciclo frigorífico, se apresenta
liquefeita à alta pressão. Portanto, em caso de vazamento em tal fase, a massa de amônia vazada
ocuparia aproximadamente um volume 850 vezes maior no ambiente, o que formaria nuvens de
vapor tóxico de grande porte.
O Quadro 1 apresenta as principais características a serem consideradas na amônia industrial
que será usada pela empresa em seu sistema de refrigeração. As informações apresentadas a seguir
foram retiradas da Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos-FISPQ da amônia.
Quadro 1: Características da amônia (Adaptado de FISPQ – NH3) 2016.
Gás incolor. Líquido incolor sob alta
Aspecto (estado físico, forma e cor)
pressão
Taxa de evaporação 0,80 a 25ºC
Inflamabilidade Extremamente inflamável
Pressão de vapor 10 atm. a 25ºC
Densidade 0,6087 g/cm³ a 21.1ºC
A amônia anidra quando líquida é liberada em forma de spray, comporta-se como um gás
denso. Tal gás pode vir a aumentar o potencial de exposição dos trabalhadores e do público,
conforme afirmativas feitas pela agência americana de proteção ambiental (Environmental
Protection Agency - EPA). Levando em conta o grau de periculosidade da amônia, é de suma
importância que as indústrias ao fazerem uso da mesma, realizem um gerenciamento de risco
aplicado às áreas de refrigeração.
Inicialmente utilizada por militares, atualmente a APR é usada como uma técnica que visa à
prevenção de acidentes do trabalho através da antecipação dos riscos oriundos pelas atividades
desenvolvidas diariamente nos diferentes ambientes de trabalho.
Acidentes de trabalho em ambientes industrias ocorridos como Flixborough, Piper Alpha,
Exxon Valdez e PETROBRAS-P36, nos mostram que tais incidentes podem ter consequências
catastróficas, por isso os grandes grupos corporativos, na tentativa de minimizar os prejuízos e
resgatar a credibilidade junto aos órgãos de governo, aumentaram seus investimentos em prevenção
e controle de acidentes. Apesar de todos os esforços na implantação de sistemas de gestão integrada
e certificação de segurança, qualidade e meio ambiente, associado aos programas de gerenciamento
de risco, muitas destas empresas ainda continuam envolvidas em acidentes graves. (Calixto, 2009).
De acordo com Dalcin (2016), o gerenciamento de riscos é um processo que envolve todo o
planejamento de segurança dos sistemas, isso é realizado através de métodos de análises, onde o
principal objetivo é identificar as possíveis causas de acidentes que possam vir a ocorrer, avaliando
tanto a probabilidade quanto consequências de tais acidentes, reduzindo assim o nível de risco e
melhorando a segurança da indústria.
A Análise Preliminar de Riscos tem como objetivo identificar as consequências, em caso de
acidentes, que determinado produto perigoso poderá vir a causar. Nela são examinadas e levantadas
situação hipotéticas possíveis de acontecerem onde determinado produto perigoso poderá ser
liberado de forma descontrolada, registrando, para cada um dos eventos perigosos encontrados, as
suas causas e consequências para os empregados, população externa à empresa, meio ambiente e
relativas ao próprio sistema. Além de levantar as causas e consequências a APR inclui os possíveis
modos de detecção de vazamentos dos contaminantes químicos (Fleming, 1993).
Com relação aos frigoríficos, ficou estabelecido que em instalações novas ou em operação, a
elaboração de estudo de análise de risco será um dos itens obrigatórios de órgãos ambientais. Tal
análise irá compor os estudos de impacto ambiental para a obtenção ou manutenção das licenças
ambientais. Órgãos ambientais, orientados através da resolução do CONAMA N° 237 de
19/12/1997, a qual dispõem sobre aspectos de licenciamento ambiental, apresentam metodologias
para o estudo de análise de risco ambiental, que, tratados sob o foco da Engenharia de Segurança do
Trabalho, são importantes ferramentas de diagnósticos e planejamento na gerência de segurança da
planta.
Diante do exposto, a análise de risco no ambiente industrial vem tornando-se uma
ferramenta indispensável para prever, reconhecer, gerenciar e análises prováveis riscos. Uma
analise de risco bem estruturada e aplicada pode evitar problemas aos meios envolvidos bem como,
ajudar a manter a empresa operante de maneira segura sem paradas de produção e sem
comprometer de forma negativa a imagem da empresa perante o mercado e os acionistas.
Através da Análise Preliminar de Riscos (APR) realizamos uma avaliação prévia dos riscos
presentes e envolvidos na instalação de uma empresa, abatedouro de aves, em específico, do
sistema de refrigeração que utilizará amônia, sendo a APR um dos itens necessários para obtermos
a Licença de Instalação junto ao órgão fiscalizador FEPAM.
Para a elaboração da APR, usou-se como base O Manual de Análise de Riscos fornecido
pela Fepam, o qual traz a elaboração de uma matriz de priorização, onde serão associadas às
categorias de severidade (CS) juntamente com as categorias de frequência dos riscos (CF),
resultando assim, nas categorias de risco (CR), (Shinzato, 2010).
A norma divide as categorias de severidade (CS) em:
I (catastrófica) – onde a ocorrência do evento pode vir a causar várias vítimas fatais,
danos irreparáveis às instalações e ao meio ambiente;
II (crítica) – o evento acidental pode causar uma ou algumas vítimas fatais, grandes
danos ao meio ambiente e às instalações, porém, há possibilidade de ações corretivas
imediatas para que se evite seu desdobramento em catástrofe;
III (marginal) – a ocorrência do evento resulta em ferimentos ao pessoal, pequenos
danos ao meio ambiente ou aos equipamentos, podendo acarretar redução
significativa da produção e impactos ambientais controláveis e restritos ao local de
instalação;
IV (desprezível) – onde a ocorrência do evento tornasse mais “simples” e de fácil
controle, ou seja, incidentes operacionais que podem resultar indisposição ou mal-
estar aos colaboradores e danos sem significância ao meio ambiente e aos
equipamentos, tais dados podem ser facilmente reparáveis e de baixo custo, sem
impactos ambientais.
Segundo a norma, as categorias de frequência (CF) são divididas em:
A (frequente) – ao menos uma ocorrência do cenário de acidente já foi registrada no
próprio sistema e é esperada a ocorrência do mesmo várias vezes durante a vida útil
da instalação da planta;
B (provável) – esperasse uma ocorrência do evento de acidente durante a vida útil do
sistema;
C (ocasional) – onde a ocorrência do evento de acidente depende de uma única falha
(humana ou de equipamento);
D (remota) – inúmeras falhas no sistema (humanas e/ou dos equipamentos) podem
levar à ocorrência do cenário de acidente, porém, não é esperada sua ocorrência
durante a vida útil da instalação da planta;
E (improvável) – cenários que dependem de inúmeras falhas nos sistemas de
proteção, sendo extremamente improvável a sua ocorrência durante a vida útil da
instalação da planta.
Com base nas informações levantadas, juntamente com a equipe responsável pela
elaboração da APR são sugeridas medidas preventivas ou mitigadoras aos perigos identificados pela
equipe, na tentativa de eliminar as causas ou reduzir os efeitos danosos resultantes dos cenários de
acidente analisados.
A realização da análise propriamente dita é realizada com o uso de uma planilha elaborada a
partir de cada cenário identificado como passível de perigo. A planilha que será utilizada neste
estudo é representada pelo Quadro 6 em anexo.
Descrição dos parâmetros incluídos na planilha para coleta de dados.
1ª coluna: Perigo
Esta coluna contem os perigos identificados. Os perigos são eventos acidentais que têm
potencial para causar danos às instalações, aos operadores, ao público ou ao meio ambiente (p.ex.
liberação de material tóxico, explosão confinada, etc) (FEPAM, 2016).
2ª coluna: Causas / Efeitos
Tal coluna irá abranger tanto falhas intrínsecas de equipamentos (vazamentos, rupturas,
falhas de instrumentação, etc.) como erros humanos de operação, em testes ou de manutenção
(FEPAM, 2016).
Nesta coluna serão descritos os principais efeitos dos acidentes envolvendo substâncias
tóxicas e inflamáveis onde se incluem: formação de nuvem tóxica, incêndio em poça de produto
inflamável, formação de tocha (jato de fogo), incêndio em nuvem de vapor de produto inflamável,
explosão de nuvem de vapor de produto inflamável, explosão confinada com possível geração de
mísseis, e contaminação ambiental (FEPAM, 2016).
4ª coluna: Gerenciamento
Na coluna referente ao gerenciamento deverão ser estabelecidos e descritos os
procedimentos a serem utilizados no gerenciamento de modificações nos processos químicos, em
tecnologia, nos equipamentos e nos procedimentos operacionais (FEPAM, 2016).
Os procedimentos deverão garantir que as seguintes considerações sejam feitas antes que
qualquer mudança seja realizada:
a) A base técnica para a mudança proposta;
b) O impacto da mudança sobre a segurança de processo e sobre a segurança ocupacional (a
realização de uma APR pode ser suficiente);
c) As modificações correspondentes nos procedimentos operacionais;
d) O período de tempo necessário para a realização da mudança;
e) As autorizações requeridas para a realização da mudança.
De acordo com a metodologia da APR, após o levantamento dos dados obtidos a partir da
tabela, os cenários de acidentes devem ser classificados em categorias de frequência, as quais
fornecem uma indicação qualitativa esperada de ocorrência de cada cenário identificado conforme
consta no Quadro 2. (FEPAM, 2016).
2 - METODOLOGIA
A caracterização da indústria frigorífica em questão bem como dos ambientes laborais nos
frigoríficos (junto a seus principais riscos), fora realizada por meio de revisão bibliográfica
disponível.
Campo de estudo
O campo de estudo desta pesquisa compreende uma empresa que atua no ramo frigorífico,
mais especificamente no de aves. A empresa tem sua sede localizada no estado do Paraná, a
unidade avaliada será instalada na RS 332, Km 108, na localidade de Passo dos Ladrões, na cidade
de Soledade – RS.
Coleta de dados
A metodologia utilizada na elaboração da APR para o abatedouro baseou-se no manual de
análise de riscos industriais N.º01/01-FEPAM (FEV/2016).
De acordo com o manual é necessário determinarmos:
O Fator de distância, que é definido como o quociente entre duas distâncias:
A menor distância entre o ponto de liberação e o ponto de interesse onde estão localizados
os recursos vulneráveis e a distância de 50 metros, a partir de tais informações tem-se a equação 1.
𝐷𝐼𝑆𝑇Â𝑁𝐶𝐼𝐴 (𝑚)
𝐹𝐷 = (𝐸𝑞. 1)
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3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
Manutenção eficaz;
O processo não consome toda a amônia Falha no sistema de controle Vazamento
Operação adequada.
Manutenção eficaz;
Operação adequada.
Falha mecânica, manutenção Implantação de mecanismos para a
As linhas de alimentação de amônia Explosão, formação de nuvem tóxica,
inadequada, corrosão externa do detecção precoce de vazamentos.
apresentam vazamento ou ruptura irritações leves a severas lesões corporais.
cilindro Instalação de monitores ambientais
acoplados a sistema de alarme,
especialmente nos locais críticos.
Os sistemas de refrigeração por amônia
devem ser operados por profissional
Vazamento durante o recebimento da Formação de nuvem tóxica, inalação por
Erro humano, falha mecânica qualificado, com certificado de
amônia na planta funcionários do setor, intoxicação,
treinamento, conforme o disposto na NR
13.
Instalação de caixa de controle do sistema
de refrigeração de emergência, que
Chuvas fortes, vendavais, descargas Vazamentos, rompimento das linhas e
Ocorrência de fenômenos naturais desligue todos os equipamentos elétricos e
elétricas cilindro
acione ventilação exaustora sempre que
necessário.
Sistemas apropriados de prevenção e
combate a incêndios devem estar
presentes e em perfeito estado de
funcionamento.
Ocorrência de incêndio e/ou explosões Vazamentos, curto circuito Vazamentos Instalação de sprinkler sobre o qualquer
vaso grande de amônia para mantê-lo
resfriado, em caso de fogo. Instalações
elétricas à prova de explosão são
desejáveis.
As empresas devem possuir equipamentos
básicos de segurança pessoal para cada
trabalhador envolvido diretamente com a
A inalação pode causar dificuldades planta, dispostos em locais de fácil acesso
respiratórias, broncoespasmo, queimadura e fora da sala de máquinas:
da mucosa nasal, faringe e laringe, dor no Uma máscara panorâmica com filtro de
peito e edema pulmonar. A ingestão causa amônia;
Inexistência de EPI Falha humana náusea, vômitos e inchação nos lábios, boca Equipamento de respiração autônomo;
e laringe. A amônia produz, em contato Óculos de proteção ou protetor facial;
com a pele, dor, eritema e vesiculação, em Um par de luvas protetoras de borracha
altas concentrações causa necrose dos (PVC);
tecidos e queimaduras profundas Um par de botas protetoras de borracha
(PVC);
Uma capa impermeável de borracha e/ou
calças e jaqueta de borracha.
Manutenção das concentrações ambientais
a níveis os mais baixos possíveis e sempre
abaixo do nível de ação (NR 9), por meio
de ventilação adequada;
Procedimentos operacionais e de
emergência; Informações de segurança do
O gás é um irritante poderoso das vias
processo;
respiratórias, olhos e pele. Dependendo do
Permanência do menor número possível
Inexistência de EPC Falha humana tempo e do nível de exposição podem
de trabalhadores na sala de máquinas e
ocorrer efeitos que vão de irritações leves a
somente os que realizam manutenção e
severas lesões corporais.
operação dos equipamentos, a manutenção
dos locais de trabalho dentro dos padrões
de higiene ocupacional e a realização do
controle de saúde dos expostos ao
produto, enfatizando exames de olhos,
pele e trato respiratório.
Definidos os cenários, foram calculados os diferentes fatores determinantes para a
classificação do índice de risco da instalação.
Fator de distância
Estudos realizados por Lopes (2015), onde fora atribuído a distância de 30 metros como
sendo a menor distância entre o ponto de liberação e o ponto de interesse, fora obtido um fator de
distância (FD) inferior a 1.
O estudo revela que quanto menor for à distância a ser considerada entro os pontos de
liberação e de interesse, menor será o fator de distância, consequentemente, maior serão os danos
causados em caso de acidentes ocasionados pelo sistema de refrigeração.
Fator de perigo
Temos que na ausência de informações mais precisas, a MLA deve ser considerada como
igual a 20% (vinte por cento) da massa de material estocado ou em processo.
Densidade NH3=0,6087 g/cm³ Densidade NH3=0,1642g/cm³
Volume do tanque 3.000L Volume=3.000.000cm³
MLA= 20% da massa estocada
𝑚
𝑑= =𝑚 =𝑑×𝑣
𝑣
0,6087𝑔
𝑚= × 3.000.000𝑐𝑚3 → 𝑚 = 1826𝑘𝑔
𝑐𝑚3
Então:
𝑀𝐿𝐴 (20% 1826𝑘𝑔)
𝐹𝑃 = 𝐹𝑃 = → 𝐹𝑃 = 3,66 (𝐸𝑞. 2)
𝑀𝑅 100 𝑘𝑔
Matriz de risco
Devem ser estabelecidos por escrito planos de emergência para ações em caso de
vazamento, realizando-se treinamentos práticos. Como conteúdo mínimo, é preciso prever
mecanismos de comunicação da ocorrência, evacuação das áreas, remoção de quaisquer fontes de
ignição, formas de redução das concentrações de amônia e procedimentos de contenção de
vazamentos.
4 - CONCLUSÕES
CESARO, L, R. (2013) Adaptação das técnicas APR e HAZOP ao sistema de festão de segurança
do trabalho e meio ambiente.
DALCIN, G.; HENKES, J. A. Proposta para realização de uma análise de risco industrial em
sistema de refrigeração com amônia, 2016.
FEPAM (2001) Manual de Análise de Riscos Industriais. Projeto de Manual de Análise de Risco.
Fuzzy Inference Methods Applied to Failure Mode Effects and Criticality Analysis (FMECA).
MAGNAGO. Gestão de riscos : livro didático / Rachel Faverzani Magnago; design instrucional
Viviane Bastos ; [assistente acadêmico Jaqueline Tartari]. – 1. ed. rev. – Palhoça: UnisulVirtual,
2011. 192 p. : il. ; 28 cm.